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N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | DIRETORA EDITE ESTRELA

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA JOSÉ LUÍS CARNEIRO ANA CATARINA MENDES “O PS TEM “A LUTA VINDO A CONTRA A DEMONSTRAR POBREZA É SER UM UMA QUESTÃO FATOR DE FUNDAMENTAL” ESTABILIDADE PÁG. 8 GOVERNATIVA” PÁG. 4 DR

OE 2020 APROVADO PORTUGAL REFORÇA O CAMINHO DE RESPONSABILIDADE

E CONFIANÇA PÁG. 10 2 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

“POLÍTICAS DE FUTURO” PARTIDO SOCIALISTA LANÇA NOVA CAMPANHA

O PARTIDO SOCIALISTA tazes setoriais gigantes, fo- do qual está a ser injetado um çamento de futuro, que dá um e que combate o declínio de- está a lançar uma nova cam- cados na Saúde, na Justiça reforço financeiro que o Pri- passo em frente na melhoria mográfico. Trata-se de uma panha de outdoors, onde des- Social, no Clima e nos Jovens. meiro-Ministro António Costa da qualidade dos serviços pú- forma de clarificar as medi- taca as medidas do Orçamen- Cada um dos cartazes men- classificou como “reforço sem blicos, que apoia as novas ge- das políticas adotadas e de as to do Estado que vão melhorar ciona as medidas mais em- precedentes”. rações, que se preocupa com identificar na matriz do Pro- a vida dos portugueses e das blemáticas em cada setor, Através desta campanha, o as questões ambientais, que grama do Governo, recorren- portuguesas em 2020. A cam- nomeadamente o Plano de In- Partido Socialista quer deixar combate as desigualdades, do a formas de comunicação panha é composta por 4 car- vestimento na Saúde, através claro que se trata de um Or- apoiando quem mais precisa, mais tradicionais. ^ N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 3 DR

EDITORIAL PORTUGAL NO BOM CAMINHO EDITE ESTRELA

ESCREVO NO DIA em que o Acção Socialista Digital (ASD) faz cinco anos. Cinco anos a levar, diariamente, as notícias aos assi- nantes e a quem as desejar ler. Cinco anos a trabalhar com rigor e qualidade. Mais de cinco anos passaram desde que António Costa, recém- -eleito Secretário-geral do PS, me convidou para diretora do Ac- ção Socialista (AS) e lhe propus a criação de uma edição diária deste jornal em suporte digital. Proposta aceite com entusiasmo e que sempre apoiou ao longo destes anos. E assim surgiu no pa- NOVO CICLO PS norama mediático português um projeto singular e de vanguarda na tradição pioneira do PS. O ASD é o único jornal partidário digital diário. Há jornais partidá- EM DIÁLOGO rios, mas não são digitais nem diários. Há jornais digitais diários, mas não são partidários, embora possam parecer. Com orgulho o “OLHOS NOS OLHOS” dizemos: o ASD é único e livre, em que liberdade e responsabilida- de caminham lado a lado. Em complementaridade com o históri- co Acção Socialista que continua a cumprir a sua função de levar COM A SOCIEDADE CIVIL a mensagem socialista aos militantes. Como hoje, nesta edição Nº1415. O Secretário-geral adjunto do PS deu início aos ‘Diálogos Olhos nos Nas últimas eleições legislativas, o PS elegeu 108 deputadas e deputados. Mais 22 do que na anterior legislatura. Com o seu Olhos’, uma iniciativa do Partido Socialista que arrancou a 10 de voto, a maioria dos eleitores disse que queria António Costa como fevereiro em Bragança e que tem como principal objetivo auscultar a Primeiro-ministro e que confiava no PS para dar continuidade ao sociedade civil. trabalho realizado nos últimos quatro anos. O governo tomou posse, apresentou o seu programa à Assembleia da República e, posteriormente, o Orçamento do Estado para este ano, que foi JOSÉ LUÍS CARNEIRO es- lão Nobre da Escola Secundá- para dar nota do empenho do aprovado pela maioria parlamentar. Um orçamento de “continui- colheu o momento seguinte à ria Emídio Garcia, em Bragan- Partido Socialista na promo- dade e progresso”, nas palavras do Primeiro-ministro, que refor- aprovação do Orçamento do Es- ça, José Luís Carneiro deixou ção de uma verdadeira políti- ça o caminho iniciado na mandato anterior e responde aos de- tado para arrancar com este ci- a garantia de que o Partido ca de coesão, lembrando que safios estratégicos para o país na nova legislatura: alterações clo, explicando que “é o momen- Socialista vai avançar com está em elaboração uma es- climáticas, demografia, transição digital, desigualdades. Tam- to oportuno para que o maior a eleição das Comissões de tratégia nacional de desenvol- bém por isso, este Orçamento do Estado é considerado o melhor partido português, responsável Coordenação e de Desenvolvi- vimento regional que pretende dos últimos anos. pela conquista e consolidação mento Regional (CCDR), asse- “compatibilizar as orientações Nesta edição, também lhe damos conta da nova campanha de ou- das liberdades e direitos funda- gurando que “estas passarão estratégicas do Programa Na- tdoors do PS, em que se destacam algumas medidas do Orça- mentais, vá ao encontro dos ci- a ter uma legitimidade políti- cional da Política de Ordena- mento do Estado para melhorar a vida dos portugueses e das por- dadãos e das suas instituições ca enraizada nas comunida- mento do Território (PNPOT) tuguesas, em áreas tão importantes como Saúde, Justiça Social, para os ouvir, com eles dialogar des locais, em detrimento de com os restantes instrumen- Clima e Jovens. Cada um destes quatro cartazes identifica as olhos nos olhos, auscultando as dependerem apenas e exclu- tos de Gestão Territorial e medidas mais emblemáticas no respetivo setor. suas críticas e sugestões, ten- sivamente do poder central” e com os Objetivos do Desen- De tudo isto lhe damos notícia nesta edição. E pode ainda o lei- do em vista aperfeiçoar as suas que “para tornar o Estado mais volvimento Sustentável; valo- tor ler duas importantes entrevistas: da Líder parlamentar, opções de política, quer no Par- eficiente, alguns dos serviços rizar os municípios e as CIM Ana Catarina Mendes, e do Secretário-geral adjunto, José Luís lamento, quer no Governo”. da administração desconcen- na construção de uma políti- Carneiro. “Trata-se de uma prática de trada passarão a estar inte- ca de desenvolvimento urbano A divulgação dos dados estatísticos sobre desemprego, défice e ‘prestação de contas’, mas grados na esfera das CCDR”. sustentável; acelerar a execu- crescimento económico mostram que a economia nacional está também de ‘responsabilida- Este é o passo seguinte na re- ção dos Programas Operacio- de boa saúde, como, aliás, tem sido reconhecido pelas institui- de’, ou seja, de validação re- forma do Estado, considera o nais Regionais do PT/2020; va- ções europeias e pelos organismos internacionais. De facto, Por- gular das opções de política, número dois do PS, depois de lorizar o Interior e apostar na tugal foi um dos três países da União Europeia, para além de Chi- mobilizando os cidadãos para o Governo ter lançado um pro- cooperação territorial trans- pre e da Lituânia, que viu a sua economia crescer acima da média a responsabilidade coletiva na cesso de descentralização, fronteiriça, transnacional e europeia, registando um significativo aumento do investimento administração dos bens públi- através do qual “pretende dar inter-regional, com projetos público e privado, assim como das exportações, e uma redução do cos”, acrescentou o dirigente mais poder às freguesias, aos conjuntos”. défice e da dívida pública. Os dados e os números, recentemente do PS. municípios e às comunidades A iniciativa “Diálogos Olhos divulgados pelo INE e pelo Eurostat, revelam que Portugal regis- intermunicipais”. nos Olhos” irá percorrer nos tou no quarto trimestre de 2019 uma aceleração da sua econo- Avançar com a eleição O Secretário-geral adjunto do 18 distritos e Regiões Autóno- mia. Resultados que confirmam a justeza das opções estratégi- das CCDR PS aproveitou este encontro mas dos Açores e da Madeira cas do governo liderado por António Costa e provam que Portugal Em Trás-os-Montes, no Sa- com as forças vivas da região até julho de 2021. ^ está no bom caminho. ^ 4 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

ENTREVISTA A JOSÉ LUÍS CARNEIRO “O PS TEM VINDO A DEMONSTRAR SER UM FATOR DE ESTABILIDADE GOVERNATIVA” O Secretário-geral adjunto do PS não tem dúvidas: o Partido Socialista é um fator de estabilidade governativa e a legislatura será cumprida. Eleito deputado nas eleições de outubro, antigo autarca de Baião e secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no XXI Governo, José Luís Carneiro foi a escolha do Secretário-geral, António Costa, para suceder no cargo a Ana Catarina Mendes, que assumiu a liderança do Grupo Parlamentar.

Sobre as suas funções, era tos tem para concretizar? motriz da democracia e da socie- soberania” e em matéria de polí- cas, que resultam da auscultação um projeto que ambiciona- É preciso ter sempre presen- dade portuguesa e eu pretendo tica externa, historicamente tem das instituições, das cidadãs e ci- va? Pensou em vir a exercer te que estamos a falar do maior contribuir ativamente para este existido um amplo consenso com dadãos. Exemplos desta postura o cargo de SGA? partido político português, aque- objetivo. o PSD e com o CDS. são a iniciativa “Diálogos Olhos O convite do Secretário-geral An- le que mais contribuiu para a con- nos Olhos”, um ciclo de abertu- tónio Costa para o exercício desta quista e a consolidação dos direi- Como vê a atual correlação Legislatura: “O PS é um ra à sociedade civil já em curso, função foi para mim uma surpre- tos e liberdades democráticas, de forças no Parlamento? O fator de estabilidade e também a iniciativa “Governo sa. Quem vê na política o exercí- aquele que mais ativamente se que espera de cada um dos governativa” Mais Próximo”, que começou esta cio de uma missão e de um ser- comprometeu com a justiça so- partidos? semana em Bragança. viço não olha para estas funções cial. Ao mesmo tempo, é o grande O PS obteve nas eleições de outu- Acredita que esta Legislatura em termos de ambição. E eu vejo partido do Poder Local e do Poder bro uma maioria clara para execu- será concluída? O que é que as pessoas po- a política com muito sentido de Regional e o partido da “Euro- tar o seu Programa. Essa confian- Claro que sim. Num mundo glo- dem esperar do novo ciclo do responsabilidade, encaro as fun- pa connosco”. Dar um contributo ça expressa pelo povo português balizado, complexo e cheio de Partido Socialista? ções que tenho exercido com para a atualização das opções po- de forma maioritária reforça fatores de instabilidade e con- As portuguesas e os portugue- grande sentido de missão. Seja ao líticas à luz dos valores e princí- aquela que tem sido a função his- flito, todos conhecem bem o va- ses podem esperar o mais impor- nível autárquico, seja no Governo pios do PS, promover o exercício tórica do PS: construir as melho- lor da estabilidade. E o PS tem tante: segurança e previsibilidade ou no apoio à liderança do Parti- de o abrir ainda mais à socieda- res soluções políticas em diálogo. vindo a demonstrar ser um fa- nas opções políticas, estabilida- do Socialista, a minha ambição é de civil, procurar qualificar a sua Preferencialmente esse diálogo tor de estabilidade governativa. de e credibilidade nas contas pú- cumprir o melhor possível esta militância e continuar a estimu- deverá ter lugar com os partidos Quer através da sua postura de blicas, uma vontade reformista missão. lar uma cultura de responsabili- à nossa esquerda, sem desmere- diálogo permanente, procuran- que dê confiança a quem inves- dade, são deveres fundamentais cer o contributo das outras for- do consensos alargados para a te e cria riqueza, e a valorização Que marca pretende deixar de quem assume estas funções. ças políticas democráticas e plu- adoção e implementação de me- do nosso País e do nosso Governo no PS ao longo do exercício Ou seja: o Partido Socialista tem ralistas. Recordo que naquelas didas estruturantes, quer atra- na vida europeia e internacional. do seu mandato? Que proje- de continuar a ser a grande força que são as chamadas “funções de vés das suas opções programáti- É em torno destes valores que o N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 5 DR

O PARTIDO SOCIALISTA TEM QUE CONTINUAR A SER A GRANDE FORÇA MOTRIZ DA DEMOCRACIA E DA SOCIEDADE PORTUGUESA E EU PRETENDO CONTRIBUIR ATIVAMENTE PARA ESTE OBJETIVO”

NUM MUNDO GLOBALIZADO, COMPLEXO E CHEIO DE FATORES POLÍTICA E COMUNICAÇÃO DE INSTABILIDADE E CONFLITO, “TEMOS DESENVOLVIDO TODOS CONHECEM BEM O VALOR DA UMA CULTURA DE ESTABILIDADE. E O PS TEM VINDO A DEMONSTRAR SER UM FATOR DE INOVAÇÃO”

ESTABILIDADE GOVERNATIVA” Qual a importância de um rio de difusão acessível e mui- projeto editorial como o Ac- to fácil. ção Socialista nos dias de hoje? Como avalia 5 anos Como está o PS a de Acção Socialista Digital? adaptar-se? O Acção Socialista tem uma O PS sempre foi um partido importante função, que tem político de grande proximida- sido executada com elevado de com as pessoas. Natural- ENTREVISTA A JOSÉ LUÍS CARNEIRO Autárquicas: “Razões O nosso objetivo deve ser o de sentido de responsabilidade mente, não poderia deixar de para confiar nos consolidar esses resultados. Re- e de serviço. Manter os mili- estar presentes nestas plata- resultados das boas cordo que, das Câmaras Munici- tantes e os simpatizantes do formas de contacto, nas re- “O PS TEM VINDO A DEMONSTRAR SER UM FATOR políticas” pais onde o PS está em maioria, PS regularmente informados des sociais. Temos uma pá- há cerca de 40 em que os, ou as sobre o que de mais relevan- gina de Facebook, através da Temos no horizonte duas presidentes atingiram o limite te ocorre na vida politica na- qual interagimos com os uti- eleições: Presidenciais e de mandatos, pelo que não po- cional e internacional é uma lizadores, estamos no Twitter DE ESTABILIDADE GOVERNATIVA” Autárquicas. Relativamen- derão recandidatar-se. Mas as inestimável mais-valia num te às presidenciais, qual é boas políticas seguidas pelos tempo em que a política per- O Secretário-geral adjunto do PS não tem dúvidas: o Partido Socialista é um fator de estabilidade governativa e a legislatura será cumprida. Eleito deputado a sua opinião? O PS deve autarcas socialistas dão-nos ra- deu claramente espaço me- TEMOS VINDO A nas eleições de outubro, antigo autarca de Baião e secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no XXI Governo, José Luís Carneiro foi a escolha do apresentar um candidato, zões para termos confiança nos diático. O Acção Socialista DESENVOLVER UMA ou candidata, próprio/a? resultados. constitui uma fonte diária de CULTURA DE INOVAÇÃO Secretário-geral, António Costa, para suceder no cargo a Ana Catarina Mendes, que assumiu a liderança do Grupo Parlamentar. A decisão de apresentar uma notícias que escapariam às TAMBÉM NESTE DOMÍNIO, candidatura à Presidência da O SGA está disponível para pessoas se este projeto não PROCURANDO IR AO República é um ato de respon- participar no desafio autárqui- existisse e não contasse com ENCONTRO DAS NOVAS Partido Socialista está concen- sabilidade pessoal. Portan- co como candidato? a colaboração de profissio- GERAÇÕES ATRAVÉS DE trado. A União Europeia está to, antes de mais, é necessário Todos os dirigentes políticos de- nais da informação. NOVOS CANAIS E DE NOVOS numa fase decisiva relativamen- que os eventuais candidatos ou vem estar disponíveis para as CONTEÚDOS QUE NOS te à aprovação do seu Orçamen- candidatas se disponibilizem e autarquias. É através das autar- A comunicação política foi PERMITAM ESTABELECER to Plurianual, em cima da mesa se posicionem politicamente. quias que as políticas públicas muito afetada pelas novas UMA CADEIA DE DIÁLOGO, estão assuntos da maior impor- É igualmente necessário sa- mais influenciam a vida das pes- formas de comunicar? QUE CONSIDERAMOS tância o nosso primeiro-ministro ber o que pensam e o que de- soas. Temos dois grandes exem- Muito mesmo. As redes so- MUITO IMPORTANTE.” precisa do apoio e do contributo fendem para a Presidência da plos de participação de dirigen- ciais trouxeram um mundo de todos e de todas para alcan- República. Só depois de conhe- tes do PS em autárquicas: a do de oportunidades de comu- çar bons resultados para Por- cidas as intenções de candida- Secretário-geral Jorge Sampaio nicar, mas trouxeram igual- e no Instagram, procurando tugal. E essa é apenas uma das tura é que os partidos decidem, que, há 30 anos foi candidato a mente outro tanto de riscos. ir ao encontro das diversas muitas frentes de trabalho em em sede própria, quem apoiar Lisboa, e a do então ministro An- Daí que a necessidade do ri- faixas etárias e dos diversos que o Partido Socialista tem de ou, como já ocorreu, se devem tónio Costa. Ambos deram um gor e da isenção tenham as- tipos de utilizadores destas dar o seu melhor enquanto par- deixar essa escolha ao critério inestimável contributo para va- sumido uma nova importân- redes. Temos vindo a desen- tido de governo. Estamos muito dos seus militantes. É, portan- lorizar a ação autárquica. E re- cia. Caminharmos no sentido volver uma cultura de inova- conscientes da amplitude desta to, cedo para nos pronunciar- cordo que António Costa já ti- de informarmos, debatermos, ção também neste domínio, missão. Penso que os portugue- mos sobre o assunto. nha sido candidato a Loures. Um esclarecermos, valorizando o procurando ir ao encontro das ses e as portuguesas também acabou por se tornar Presidente contraditório e a livre forma- novas gerações através de têm essa consciência e confiam Sobre as Autárquicas, onde da República e o outro é primei- ção da opinião, é essencial. É novos canais e de novos con- na capacidade do PS para pros- é que o PS pode colocar a ro-ministro. No entanto, quero essa direção certa, comba- teúdos que nos permitam es- seguir esta estratégia nacional fasquia sem correr riscos? salientar que neste momento tendo a desinformação e a tabelecer uma cadeia de diá- de afirmação de Portugal pelo O PS e os candidatos por si estou inteiramente dedicado às contrainformação, que têm logo, que consideramos muito que tem de mais positivo nas apoiados tiveram resultados ex- minhas funções no Parlamento nas redes sociais um territó- importante. ^ pessoas e nos seus recursos. celentes em 2013 e em 2017. e no Partido Socialista. ^ 6 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

DR Guarda, Lisboa, Porto, Santarém PS CONQUISTOU e Viana do Castelo. O PS assegurou o mesmo núme- ro de deputados eleitos em 2015 MAIS 22 DEPUTADOS nos Açores, Bragança, Guarda e Vila Real, elegendo mais um de- E GANHOU COM MAIS putado por cada um dos círculos de Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Por- 160 MIL VOTOS talegre, Santarém, Viana do Cas- telo, Viseu e Madeira, mais dois O PARTIDO SOCIALISTA alcan- Comparativamente com as elei- parlamentares por Aveiro, Lis- çou nas eleições legislativas de ções de 2015, o PS voltou a ser boa e Setúbal, e mais três pelo outubro uma expressiva vitória, o partido mais votado em Beja, círculo do elegendo mais 22 deputados na Castelo Branco, Évora, Faro, Por- Porto. Con- VER MAIS: Assembleia da República, passan- talegre, Setúbal e na Região Au- quistando do de 86 para 108, tendo regista- tónoma dos Açores, estendendo ainda um de- do mais 160 mil votos expressos e a vitória eleitoral a oito círculos putado pelo sendo a força política mais votada onde a coligação PSD/CDS ti- círculo de em 15 dos 20 círculos eleitorais nha sido a mais votada há qua- Fora da Euro- no território nacional. tro anos: Aveiro, Braga, Coimbra, pa. ^

DEPUTADOS Hugo Oliveira João Ataíde António Lacerda Pedro Cegonho Ribeiro Ricardo Mourinho ELEITOS Joana Pereira Cristina Jesus Sales Ricardo Leão Isabel Oneto Félix ^ BEJA Tiago Estevão João Paulo Pedrosa Romualda Fernandes João Torres Catarina Marcelino Saiba quem são os Pedro do Carmo Martins ^ LISBOA Miguel Matos Pedro Bacelar Maria Antónia 108 deputados à As- Telma Guerreiro ^ EUROPA António Costa ^ MADEIRA Vasconcelos Almeida Santos sembleia da Repúbli- ^ BRAGA Paulo Pisco Edite Estrela Carlos Pereira Joana Lima Filipe Pacheco ca eleitos pelo Partido Sónia Fertuzinhos ^ ÉVORA Eduardo Ferro Olavo Câmara Pedro Sousa André Pinotes Socialista para a legis- José Mendes Luís Capoulas Santos Rodrigues Marta Freitas Constança Urbano de Batista latura 2019-2023, por Maria Begonha Norberto Patinho Mariana Vieira da PORTALEGRE Sousa ^ VIANA DO CASTELO círculo eleitoral: Joaquim Barreto ^ FARO Silva Luis Moreira Testa José Magalhães Tiago Brandão Hugo Pires Jamila Madeira Mário Centeno Ricardo Miguel Hugo Carvalho Rodrigues ^ AÇORES Palmira Maciel José Apolinário Graça Fonseca Pinheiro Carla Miranda Marina Gonçalves Isabel Almeida Luis Soares Jorge Botelho João Gomes ^ PORTO ^ SANTARÉM Anabela Rodrigues Rodrigues Nuno Sá Joaquina Matos Cravinho Alexandre Alexandra Leitão ^ VILA REAL Lara Martinho ^ BRAGANÇA Luís Graça Maria da Luz Rosinha Quintanilha António Gameiro Ascenso Simões João Fernando Brum ^ FORA DA EUROPA Marcos Perestrello Rosário Gamboa Maria do Céu Francisco Ferreira de Azevedo e Castro ^ CASTELO BRANCO Paulo Porto Susana Amador João Matos Albuquerque Rocha ^ AVEIRO Hortense Martins ^ GUARDA Sérgio Sousa Pinto Fernandes Hugo Costa ^ VISEU Pedro Nuno Santos Eurico Brilhante Dias Ana Mendes Godinho Fátima Fonseca ^ SETÚBAL João Azevedo Cláudia Cruz Santos Nuno Fazenda Santinho Pacheco Pedro Delgado Alves José Luis Carneiro Ana Catarina Mendes Lúcia Fernanda Filipe Neto Brandão ^ COIMBRA ^ LEIRIA Ana Sofia Antunes Cristina Moreira Araújo Silva Porfírio Silva Raul Miguel Castro Jorge Lacão João Paulo Correia Eurídice Pereira João Paulo Rebelo Susana Correia Pedro Coimbra Elza Pais Isabel Moreira Tiago Barbosa João Galamba José Rui Cruz

Ferro Rodrigues reeleito ANA CATARINA presidente da AR O socialista Eduardo Ferro Rodri- JORGE FERREIRA MENDES LIDERA gues foi reeleito Presidente da Assembleia da República na pri- DIREÇÃO MAIS meira sessão do novo Parlamen- to. Dirigindo-se aos deputados, REPRESENTATIVA E logo após a eleição, Ferro Rodri- gues manifestou-se agradecido PARITÁRIA pela confiança em si depositada, que disse ser “motivo da maior honra”, pelo que procurará “con- A LÍDER da bancada socialis- ves, de Viana do Castelo, e Lara tinuar a ser o presidente de todos ta no Parlamento, Ana Catarina Martinho, dos Açores. Impor- Lisboa, que transitam da equi- lista que não só mantém a qua- os deputados e deputadas”. Mendes, foi eleita por uma am- ta sublinhar que é também uma pa de Carlos César. E ainda Luís lidade da direção do Grupo Par- A deputada socialista Edite Es- pla maioria de 91% pelos depu- mulher, Ana Catarina Mendes, Testa, de Portalegre, Porfírio lamentar, mas reforça também trela foi eleita como primeira vi- tados do PS e conta na sua di- que pela primeira vez assume Silva de Aveiro, Hugo Pires de um claro equilíbrio na diversi- ce-presidente da Assembleia da reção com cinco mulheres num a responsabilidade de liderar a Braga, membros do Secretaria- dade regional, nela figurando República, tornando-se na pri- total de 12 vice-presidentes: a bancada parlamentar do PS. do Nacional e também José Luís deputados e deputadas eleitos meira mulher socialista a desem- ex-ministra Constança Urbano Integram a nova equipa da dire- Carneiro, novo secretário-geral pelos círculos do interior, do li- penhar este cargo. A deputada de Sousa, Hortense Martins, de ção do GPPS Carlos Pereira, da adjunto do partido. Com esta toral, do Norte e do Sul e das re- Maria da Luz Rosinha foi eleita Castelo Branco, a líder da JS, Madeira, João Paulo Correia, do composição, a nova liderança giões autónomas dos Açores e Secretária da Mesa e Diogo Leão Maria Begonha, Marina Gonçal- Porto, Pedro Delgado Alves, de parlamentar do PS afirma uma da Madeira. e Sofia Araújo, vice-secretários. ^ N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 7

O EXECUTIVO DO NOVO GOVERNO PS JORGE FERREIRA São dezanove ministros: oito mulheres e onze homens, além do próprio Primeiro-ministro. É o Governo com melhor índi- ce de paridade de género, com as mulheres a representarem 42% do Executivo. António Costa manteve 14 dos anteriores ministros e ministras à frente das mesmas pastas, fazendo entrar cinco novos elementos: Alexandra Leitão, Ana Abru- nhosa, Ana Mendes Godinho, Maria do Céu Albuquerque e Ri- cardo Serrão Santos. O Primeiro-ministro pretende com este Executivo dar resposta às principais prioridades do Programa do Governo: combater as desigualdades e a crise demográfi- ca, implementar um verdadeiro programa de ação climática e promover a transição digital.

COMPOSIÇÃO DO XXII GOVERNO CONSTITUCIONAL PROGRAMA DO XXII GOVERNO CONSTITUCIONAL António Costa Graça Fonseca AMBIÇÃO E CONFIANÇA PRIMEIRO-MINISTRO MINISTRA DA CULTURA

PARA UMA NOVA PÁGINA Pedro Siza Vieira MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO MINISTRO DE ESTADO, SUPERIOR DE PROSPERIDADE DA ECONOMIA E DA TRANSIÇÃO DIGITAL Este é um “Governo de continuidade da mudança que iniciámos em 2015”, assegurou o Primeiro-Ministro no arranque do debate do Programa do XXII Governo Constitucional, Tiago Brandão no Parlamento. Foi com esta garantia que António Costa iniciou a defesa do Programa Augusto Rodrigues do Governo para a presente Legislatura, avisando que não se esperem “retrocessos no Santos Silva MINISTRO DA EDUCAÇÃO progresso que já alcançámos” e assegurando que o Executivo não vai “marcar passo”, MINISTRO DE ESTADO E DOS NEGÓCIOS nem “mudar o rumo” do caminho até agora prosseguido. ESTRANGEIROS Ana Mendes AVANÇAR e consolidar as po- te com políticas de habitação e aos cidadãos”, destacando que Godinho líticas iniciadas em 2015 não de emprego estável e bem re- a prioridade continua a ser o Mariana Vieira MINISTRA DO TRABALHO, significa, contudo, para o lí- munerado, políticas que per- desenvolvimento dos cuidados da Silva SOLIDARIEDADE E der socialista, que o Governo mitam às famílias encontrar de saúde primários um objetivo MINISTRA DE ESTADO E SEGURANÇA SOCIAL se prepara para abandonar o creches para os seus filhos, es- que “nos propusemos generali- DA PRESIDÊNCIA “equilíbrio responsável” que já colas e universidades de quali- zar ao longo desta legislatura”. conseguiu na anterior legisla- dade, transportes públicos có- Mário Centeno Marta Temido tura entre a melhoria de ren- modos e a preços acessíveis Os portugueses MINISTRO DE ESTADO E MINISTRA DA SAÚDE dimentos e a confiança que e acesso a bons cuidados de confiaram na DAS FINANÇAS “promove o investimento”, en- saúde. estabilidade política tre a recuperação dos serviços Segundo António Costa, há A presidente da bancada so- João Pedro públicos e a redução da dívida ainda outros desafios funda- cialista, Ana Catarina Mendes, João Gomes Matos pública, entre a diminuição das mentais a que “temos de res- reafirmou a vontade do PS em Cravinho Fernandes desigualdades e a coesão inter- ponder” que passam, como sa- continuar “a trabalhar para MINISTRO DA DEFESA MINISTRO DO NACIONAL AMBIENTE E DA AÇÃO na e a competitividade exter- lientou, pela “melhoria geral que Governo e Parlamento CLIMÁTICA na, entre a defesa do interesse dos salários e pela conciliação cheguem, durante os próximos nacional e o aprofundamento da vida pessoal, familiar e pro- quatro anos, a todos os acor- Eduardo do projeto europeu. Tudo isto, fissional”, defendendo que “não dos que forem necessários Cabrita Pedro Nuno como assinalou, “com contas basta olhar para o salário míni- para que as pessoas sintam MINISTRO DA Santos ADMINISTRAÇÃO MINISTRO DAS certas”. Para o primeiro-minis- mo nacional”, sendo igualmen- que a sua vida está melhor”. Na INTERNA INFRAESTRUTURAS E tro, quanto mais o país avança, te preciso “prosseguir uma sua intervenção, no encerra- DA HABITAÇÃO “mais exigente se torna a cami- evolução justa de todos os sa- mento do debate do Programa nhada”, tendo reforçado a am- lários”, designadamente na re- do Governo, Ana Catarina Men- Francisca bição de “fazer mais e melhor”. muneração dos jovens quali- des recordou que os portugue- Van Dunem Depois de alinhar os quatro ficados, assegurando-lhes a ses votaram no sentido da es- MINISTRA DA JUSTIÇA MINISTRA DA COESÃO grandes desafios estratégicos “confiança de que devem in- tabilidade política, mostrando, TERRITORIAL em volta dos quais se estrutu- vestir na sua qualificação e através do reforço dos resul- ra o Programa do Governo, as que é aqui, em Portugal, que tados eleitorais, que confiaram Alexandra alterações climáticas, a sus- se podem realizar plenamen- no PS para “manter a solução Leitão Maria do Céu tentabilidade demográfica, a te quer do ponto de vista pes- política da anterior legislatura, MINISTRA DA Albuquerque MODERNIZAÇÃO MINISTRA DA transição digital e o combate soal, quer profissional”. Antó- independentemente da forma DO ESTADO E DA AGRICULTURA às desigualdades, o primeiro- nio Costa referiu-se ainda à concreta que assuma”. ADMINISTRAÇÃO -ministro sustentou que para nova Lei de Bases da Saúde re- “O essencial é saber onde nos PÚBLICA “vencer estes desafios estra- centemente aprovada no Par- posicionaremos no momen- Ricardo Serrão tégicos” são necessárias medi- lamento, uma lei que segundo to em que tivermos de optar Nelson Souza Santos das concretas que contribuam o primeiro-ministro “será inevi- por medidas que mudem a vida MINISTRO DO MINISTRO DO MAR para a melhoria da vida dos ci- tavelmente marcada pelo de- das pessoas para lhes conferir PLANEAMENTO dadãos e com impacto real no senvolvimento da melhoria dos maior dignidade e mais direi- seu quotidiano, nomeadamen- cuidados de saúde prestados tos”, afirmou. ^ 8 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

ANA CATARINA MENDES, LÍDER PARLAMENTAR DO PARTIDO SOCIALISTA “A LUTA CONTRA A POBREZA É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL”

A presidente da bancada socialista no Parlamento considera que o Orçamento do Estado foi um bom teste para todas as forças políticas no Parlamento e assegura que o PS contribuirá para a estabilidade política e social nesta Legislatura. Ana Catarina Mendes lembra que os portugueses querem uma governação à esquerda, mas assume o compromisso de trabalhar com todos os partidos para alcançar as melhores soluções. Sobre comunicação e democracia, a líder parlamentar deixa clara a sua preocupação com os desafios emergentes do crescimento das redes sociais.

É A PRIMEIRA mulher a lide- te complexa. O Orçamento do ro passo no compromisso que Há alguma solidez na rela- O Grupo Parlamentar do PS rar a bancada parlamentar Estado foi um bom teste? assumimos com os portugue- ção que ficou entre PS, BE, tem a função de apoiar o Go- do PS. O que representa este O Orçamento de Estado para ses da erradicação da pobreza, PCP e Verdes? verno na sua ação, mas não se facto para si? Enfrentou al- 2020 foi um teste para todo o do reforço do Estado Social e Há pontos de convergência esgota nisso. Para mim, a luta guma dificuldade no proces- Parlamento: para o PS, para os da aposta na nova geração de com esses partidos em certas contra a pobreza é uma ques- so de afirmação? partidos da oposição e para o desafios estratégicos. matérias, algumas das quais tão fundamental e tudo fare- Sim, sou – e é com orgulho que Governo. Há uma nova reali- consideramos fundamentais mos, no Grupo Parlamentar aceito o desafio. É um cargo que dade política resultante das Governação para o País e para os cidadãos. do PS, para apoiar o Governo assumo como os outros que te- eleições de outubro de 2019 à esquerda Foi isso que resultou da vonta- na definição de uma estraté- nho desempenhado, procurando e estamos todos cientes dis- de expressa pelos eleitores. A gia para erradicar a pobreza, corresponder à confiança que so, mas cabe ao PS, que ga- Como vê a atual correlação maioria dos portugueses quer com um olhar particularmen- em mim foi depositada, neste nhou essas eleições e que tem de forças no Parlamento? O uma governação à esquerda. te atento aos idosos e aos de- caso pelos meus colegas depu- o maior grupo parlamentar na que espera de cada um dos Vamos continuar a trabalhar sempregados de longa dura- tados. Todas as funções têm de- Assembleia da República, es- partidos? com todos os partidos com as- ção. Outra marca importante, safios e dificuldades e o impor- tar à altura das suas respon- Acima de tudo: responsabilidade! sento parlamentar. que nos distingue enquanto tante é saber superá-los. sabilidades e garantir a esta- partido do socialismo demo- bilidade política e social nesta Acredita que esta Legislatu- O PS pretende marcar esta crático, é a defesa também Exerce um cargo de enorme legislatura. Afirmar e cumprir ra será concluída? Sessão Legislativa através dos interesses da classe mé- responsabilidade, numa con- o nosso programa é credibili- Acredito – é isso que os portu- de propostas políticas em dia, que ainda não recuperou juntura política extremamen- zar a política. O OE foi o primei- gueses nos pedem. que áreas preferenciais? devidamente do esforço que N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 9

JORGE FERREIRA JORGE FERREIRA PARA MIM, A LUTA CONTRA A POBREZA É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL E TUDO FAREMOS, NO GRUPO PARLAMENTAR DO PS, PARA APOIAR O GOVERNO NA DEFINIÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA PARA ERRADICAR A POBREZA, COM UM OLHAR PARTICULARMENTE ATENTO AOS IDOSOS E AOS DESEMPREGADOS DE LONGA DURAÇÃO.”

ANA CATARINA MENDES, LÍDER PARLAMENTAR DO PARTIDO SOCIALISTA COMUNICAÇÃO “A LUTA CONTRA A POBREZA E DEMOCRACIA A reforma do território autárquico vai ou do PS, o Ação Socialista é fundamental para não avançar? O Grupo Parlamentar vai to- manter informados os nossos militantes, É UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL” mar alguma iniciativa ou vai aguardar pelo simpatizantes e passar a nossa mensagem. Governo? O que podem esperar as popu- lações das freguesias que foram obriga- Como avalia 5 anos de Ação Socialista A presidente da bancada socialista no Parlamento considera que o Orçamento do Estado foi um bom teste para todas as forças políticas no Parlamento e assegura que o das a juntar-se contra sua vontade? Digital? PS contribuirá para a estabilidade política e social nesta Legislatura. Ana Catarina Mendes lembra que os portugueses querem uma governação à esquerda, mas assume o O Governo já assumiu a necessidade de se O Ação Socialista Digital é, num novo tem- aprovar uma alteração à atual lei. Irá apre- po de desmaterialização da informação, uma compromisso de trabalhar com todos os partidos para alcançar as melhores soluções. Sobre comunicação e democracia, a líder parlamentar deixa clara a sua preocupação com sentar uma proposta de lei que permitirá fi- os desafios emergentes do crescimento das redes sociais. xar critérios para a criação, fusão e extinção de freguesias.

foi exigido a todos durante a presidenciais, qual é a sua Como analisa o comportamento da Co- É ESSENCIAL MANTER UMA crise. opinião? O PS deve apresen- municação Social? E que problemas acha COMUNICAÇÃO SOCIAL tar um candidato, ou candi- que este setor está a enfrentar? INDEPENDENTE, QUER DO PODER O que é que os portugueses data, próprio/a? As redes sociais colocam hoje desafios enor- POLÍTICO, QUER DO PODER ECONÓMICO, podem esperar do novo ciclo Não é o momento para falar mes à comunicação social tal como a conhe- COM CAPACIDADE DE INFLUENCIAR A do PS? sobre esse assunto. cemos e concebemos. É essencial manter FORMAÇÃO DA OPINIÃO ASSEGURADA POR Melhorias no seu dia-a-dia, no- uma comunicação social independente, quer PROFISSIONAIS COMPETENTES.” meadamente com o aumento Sobre as Autárquicas, onde do poder político, quer do poder económico, do investimento nos serviços é que o PS pode colocar a com capacidade de influenciar a formação da públicos essenciais, com des- fasquia sem correr riscos? opinião assegurada por profissionais compe- taque para a Saúde, continuar Quanto às eleições autárqui- tentes. A existência de órgãos de comunica- a convergência com a União cas, temos o dever de conti- ção social sólidos, fiáveis e independentes é Europeia e melhorar da quali- nuar a ser o maior partido au- essencial não só para o futuro da democracia forma mais direta de chegar a todos os mili- dade da nossa democracia. tárquico e para isso há que como para o presente. tantes e simpatizantes do PS. É a demons- PS: O maior partido destacar e apoiar o bom tra- tração de que o PS está atento à mudança na autárquico balho de milhares de autar- Qual a importância de um projeto editorial forma de melhor comunicar. Ao longo de cin- cas do PS nas Assembleias e como o Ação Socialista nos dias de hoje? co anos, a diretora do Ação Socialista Digital Temos no horizonte duas Câmaras Municipais e nas As- A comunicação partidária de qualidade é es- tem sabido conduzir esta publicação diária eleições: Presidenciais e Au- sembleias e Juntas de Fre- sencial para estimular os debates. No caso com enorme sucesso e dedicação. ^ tárquicas. Relativamente às guesia. ^ 10 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 JORGE FERREIRA

PORTUGAL REFORÇA O CAMINHO DE RESPONSABILIDADE E CONFIANÇA

O primeiro-ministro, António Costa, congratulou-se com a aprovação do Orçamento do Estado, no Parlamento, afirmando que o país e os portugueses ganham com um orçamento que revela responsabilidade e oferece continuidade às políticas desenvolvidas na anterior legislatura.

“OS PORTUGUESES desejam não tenham feito a análise mais Governo que todos conhecem”. medida que propõe exclui preci- safios estratégicos para o país continuidade da governação dos correta sobre a vontade mani- Neste ponto, António Costa samente as empresas”. na nova legislatura. últimos quatro anos e este quin- festada pelos portugueses. reafirmou a ideia de que a de- Em relação à proposta do PSD “Um Orçamento de continuida- to Orçamento confirma isso”, “Desde a noite das eleições não mocracia portuguesa “ganha sobre o IVA da eletricidade, que de da mudança que iniciámos defendeu o líder socialista tive dúvidas sobre o que signifi- muito”, na clareza das suas op- acabou por ser retirada, após em 2016, assegurando mais António Costa falava na Assem- cavam os resultados eleitorais, ções políticas, com uma alter- avanços e recuos, António Cos- crescimento, melhor emprego, bleia da República, depois de com os portugueses a dizer nativa à direita, polarizada pelo ta referiu que os sociais-demo- maior igualdade, com contas a proposta do Governo de Or- que desejavam que a geringon- PSD, “e em ter soluções políti- cratas “estão sempre a falar certas. Um Orçamento de pro- çamento do Estado (OE) para ça continuasse, agora com um cas devidamente ancoradas à de contas certas, mas, depois, gresso na resposta aos quatro 2020 ter sido aprovada, em vo- PS mais forte. Mas acho que os esquerda, com um Governo po- apresentam uma medida que grandes desafios estratégicos tação final global, com os votos nossos parceiros dramatiza- larizado pelo PS”. significaria deitar pela janela da nova legislatura: alterações favoráveis do PS e as absten- ram excessivamente algumas António Costa lamentou, tam- fora 800 milhões de euros de climáticas, demografia, tran- ções de BE, PCP, PAN, PEV e da perdas conjunturais que terão bém, que no momento em que receita num ano”. sição digital, desigualdades”, deputada não inscrita Joacine registado e interpretaram er- se discutiam as linhas estra- Uma irresponsabilidade política afirmou, sublinhando também Katar Moreira. PSD, CDS-PP e radamente como vontade de os tégicas para o futuro do país, o e orçamental que o líder socia- a consolidação e o reforço do os parlamentares da Iniciativa portugueses não darem conti- PSD, enquanto maior partido da lista fez questão de contrapor caminho iniciado há quatro Liberal e do Chega votaram con- nuidade à geringonça, ou de que oposição, tenha preferido utili- à iniciativa do Governo sobre a anos, com mais investimento, tra. Com idêntica votação foram esta solução política lhes tives- zar o debate orçamental como matéria. qualidade nos serviços públi- aprovadas as propostas de lei se sido prejudicial. Mas essa instrumento da sua “campanha “Procuramos agora em Bru- cos, melhoria dos rendimentos de Grandes Opções do Plano de não é de todo em todo a nossa eleitoral interna”. xelas que o IVA da eletricida- e maior justiça social. 2020 e do quadro plurianual de análise”, contrapôs. de baixe da forma que pode e O primeiro-ministro referiu- programação orçamental para Pelo contrário, sublinhou Antó- PSD priorizou campanha deve descer, ou seja, em fun- -se, depois, à previsão de um os anos 2020-2023. nio Costa, nas últimas eleições interna ção dos escalões de consumo, excedente orçamental, o que Tendo ao seu lado o ministro de legislativas, “a direita teve a “Quem quer fazer política tem de forma a apoiar mais quem, acontece “pela primeira vez Estado e das Finanças, Mário maior derrota eleitoral de sem- de estar na política com res- tendo menos rendimento, tam- na democracia”, para realçar Centeno, e o secretário de Es- pre, pulverizou-se e está hoje ponsabilidade. Não podemos bém consome menos. Quere- a importância fundamental de tado dos Assuntos Parlamenta- mais fraca - e isso foi fruto do estar a fazer política para a mos incentivar fiscalmente um o país se libertar dos recur- res, Duarte Cordeiro, o líder do sucesso da governação dos úl- bancada, um Orçamento do Es- consumo mais responsável”, sos afetos ao serviço da dívida, Governo socialista sustentou timos quatro anos”. tado não é propriamente um acrescentou. lembrando que é essa liberdade que a Democracia ganha com “Sempre dissemos que, com ou ‘outdoor’ onde se afixam pro- orçamental que permitirá re- soluções à esquerda e com um sem maioria absoluta, iríamos messas eleitorais, devendo ser Um orçamento forçar o investimento em áreas PS mais forte. negociar - e assim temos fei- antes um instrumento de res- de continuidade e prioritárias como a saúde, a to, já que tanto o programa do ponsabilidade”, contrapôs, dei- progresso educação ou a habitação. Ganha a Democracia Governo, como este Orçamen- xando a interrogação, a título António Costa fez questão de “É o resultado da trajetória de com um PS mais forte to após a especialidade, apre- de exemplo, de como um parti- reforçar que o Orçamento do consolidação prosseguida na Na sua declaração, António sentam diferenças resultantes do “que passa o tempo a falar Estado apresentado pelo Go- anterior legislatura e é tam- Costa frisou também que os das negociações com o Bloco na necessidade de melhorar a verno do PS é de “continuida- bém condição essencial para “parceiros naturais” do Gover- de Esquerda, PCP, PAN e Livre”, competitividade fiscal das em- de e progresso”, reforçando o prosseguirmos a nossa estra- no continuam a estar à esquer- apontou, sem deixar de salien- presas não apresenta nenhu- caminho iniciado na legislatura tégia de prosperidade partilha- da, ainda que, no seu entender, tar que “há um programa do ma medida para isso e a grande anterior e respondendo aos de- da”, defendeu António Costa. ^ N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 11

JORGE FERREIRA ORÇAMENTO DO ESTADO SEM DESVIRTUAMENTOS

CARLOS CÉSAR, presidente do Partido Socialista, considera que a condução política do deba- JORGE FERREIRA te sobre o Orçamento do Estado “correu bastante bem”, realçan- do que o documento foi aprova- do “sem desvirtuamentos” à pro- posta inicial. “Se nós excetuarmos dois ou três OE2020: UM DOCUMENTO casos de propostas aprovadas, a verdade é que este Orçamento DE RESPONSABILIDADE foi aprovado sem desvirtuamen- tos que o pusessem em causa”, Um Orçamento é um “documento de apontou o presidente do PS, Car- mento agora apresenta maiores fazer uma geringonça à esquerda responsabilidade” e não “uma lista de desejos los César. “Evidentemente que complexidades e maiores dificul- para dar cabo das contas do Or- e muito menos um catálogo de peditórios”, estamos num período mais com- dades” comparando com o últi- çamento ou para fazer episódios defendeu o ministro de Estado e das Finanças, plexo, onde a natureza das me- mo Governo do PS, em que havia como o do IVA, como pede a mão Mário Centeno, no encerramento do debate na didas a tomar não é a natureza um acordo escrito com a esquer- ao PS para fazer reformas estru- do Orçamento do Estado para 2020. preliminar e mais básica daque- da, “mas continuamos a afirmá- turais sobre as quais, de resto, las que foram necessárias tomar -lo como prioridade do ponto de não produz conteúdo explícito, ou NA OPINIÃO do ministro de Estado e das Finanças, este é de no período imediatamente depois vista do nosso relacionamen- até para num dia insultar o CDS facto “o melhor orçamento dos últimos anos”, reafirmando, o do Governo do PSD e do CDS, e to, o que ficou, aliás, expresso e no dia seguinte pedir-lhe namo- que o primeiro-ministro garantiu, que o Governo “não trabalha isso exige um diálogo com maior nas votações que ocorreram” no ro”. O dirigente socialista anteci- em função de interesses do momento ou mesmo do próximo maturidade e com maior sele- Orçamento. pou que o PSD “está fadado para fim de semana”. O ministro das Finanças lembrou, no encerra- ção do ponto de vista político” Já sobre o desempenho dos so- tombar à direita, à procura de um mento do debate sobre o OE, na Assembleia da República, que entre os partidos da esquerda, cial-democratas na discussão do aliado, que é o CDS, que se che- um Orçamento em caso algum pode ser confundido com uma explicou. Orçamento do Estado para 2020, gou ainda mais para lá da direita” “lista de desejos” ou com um catálogo onde se elencam vários Sobre o equilíbrio de forças no Carlos César considerou que uma com a nova liderança, e lamentou pedidos, avisando os críticos da gestão orçamental do Gover- Parlamento, Carlos César en- das características do PSD dirigi- que os social-democratas conti- no que, tal como “não há carros sem travões, também não há tende que “em boa verdade, nós do por Rui Rio é a “geometria va- nuem a seguir uma conduta “er- orçamentos sem cativações”. O que há, e os exemplos multi- não negamos que este relaciona- riável, porque tanto é capaz de rática e imprevisível”. ^ plicam-se com a prática recorrente de anteriores governos da direita, “é quem não saiba travar a tempo e acabe por cortar a direito”, do mesmo modo, acrescentou o ministro das Finanças, como também “há quem não saiba cativar e acabe a desperdi- OS PORTUGUESES çar, afinal, as gorduras que depois quer queimar”. Na sua inter- venção o ministro Mário Centeno fez questão de se referir tam- bém ao que classificou como “decisões difíceis”, que na altura CONFIARAM NA JORGE FERREIRA foram mesmo consideradas “muito controversas”, como foi o ESTABILIDADE POLÍTICA caso da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e da ven- da do Novo Banco, iniciativas que permitiram “lançar as bases” A PRESIDENTE da bancada PS quer vida dos para que Portugal pudesse recuperar a confiança e a credibili- socialista, Ana Catarina Men- portugueses melhor dade, o que possibilitou uma poupança de dois mil milhões de des, reafirmou a vontade do “O XXII Governo Constitucio- euros em juros da dívida e permitiu “o maior reforço de sempre PS em continuar “a trabalhar nal propõe-se governar para as da despesa no Serviço Nacional de Saúde”. para que Governo e Parlamen- pessoas, para os portugueses to cheguem, durante os pró- de hoje e para os portugueses constam do programa do Go- O Orçamento do Estado para 2020: ximos quatro anos, a todos os de amanhã. Para todos os por- verno na área da saúde, como • Melhora as contas do Estado, com uma redução do défi- acordos que forem necessários tugueses, porque, para nós, di- por exemplo “mais unidades de ce de 0,1% em 2019 para um superavit de 0,2% em 2020, para que as pessoas sintam que ferentemente de outros, o país saúde familiar, mais centros atingindo um excedente orçamental pela primeira vez em a sua vida está melhor”. Na sua só está melhor quando a vida de saúde, mais portugueses democracia. intervenção, no encerramen- das pessoas está melhor”, asse- com médico de família e no- • Revigora o processo de convergência com a área euro pelo to do debate do Programa do gurou, por seu lado, o vice-pre- vos hospitais”, garantindo que quinto ano consecutivo, um efeito inédito desde a adesão à Governo, Ana Catarina Mendes sidente da bancada socialista os portugueses não esquecem moeda única, com uma previsão do crescimento real do PIB recordou que os portugueses Porfírio Silva. “Contas certas o que o último Executivo de di- de 1,9%. votaram no sentido da estabili- para a convergência, investir reita fez entre 2011 e 2015: • Reflete a evolução positiva do mercado do trabalho (mais dade política, mostrando, atra- na qualidade dos serviços pú- “cortaram 1.100 milhões de 371 mil empregos entre os três primeiros trimestres de vés do reforço dos resultados blicos, melhorar a qualidade da euros do Serviço Nacional de 2015 e o mesmo período de 2019) e uma diminuição muito eleitorais, que confiam no PS democracia e valorizar as fun- Saúde, aumentaram as taxas significativa do desemprego com a uma redução para cerca para “manter a solução políti- ções de soberania”, elencou o moderadoras dificultando o de metade da taxa de desemprego que ca da anterior legislatura, inde- parlamentar, assegurando que acesso dos portugueses aos passou de 12,5% em 2015 para 6,4% VER MAIS: pendentemente da forma con- é nesse sentido que o executivo hospitais, aos centros de saú- em 2019. creta que assuma”. “O essencial continuará o trabalho do Gover- de e às unidades de saúde fa- • Reforça a trajetória decrescente da é saber onde nos posicionare- no anterior, “agora com novos miliar, sem falar nos hospitais taxa de desemprego para 6.1% em mos no momento em que tiver- níveis de exigência”. que ficaram por construir, nas 2020. mos de optar por medidas que unidades de saúde familiar que • Fortalece a credibilidade internacional mudem a vida das pessoas para Investimento no SNS ficaram por montar e os cen- com a redução do peso da dívida públi- lhes conferir maior dignidade e O deputado João Paulo Correia tros de saúde que também fi- ca no PIB, atingindo os 116,2%. ^ mais direitos”, afirmou. destacou as propostas que caram por construir.” ^ 12 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

MARIA BEGONHA, DEPUTADA E LÍDER DA JUVENTUDE SOCIALISTA geração que, sendo jovem, é for- çada a discutir problemas que “ESTE É UM BOM ORÇAMENTO mobilizaram os pais e os avós: a defesa do Estado Social, em- prego com dignidade, habitação PARA OS JOVENS PORTUGUESES” para todos, salários justos. Os jovens têm que ter representa- A JS está satisfeita com o OE, Reconhecemos que, com este mas o acesso aos mestrados tividade e têm que se sentir re- na perspetiva da Juventu- Governo, há uma nova geração está dificultado, ou mesmo ve- presentados nas políticas. de? Que medidas gostaria de de políticas de habitação e reco- dado, a muitos estudantes. destacar? nhecemos o enorme esforço que Olhando para as bancadas do Sim, este é um bom orçamen- vai ser feito no investimento em Diria que o Governo está a Parlamento, considera que to para os jovens portugueses habitação pública, mas acredi- corresponder às aspirações a Juventude está bem re- porque reforça os direitos das tamos que programas de apoio da juventude portuguesa? Ou presentada através das for-

novas gerações. É preciso des- nos custos com a renda dirigidos há áreas críticas? DR ças políticas com assento tacar o IRS jovem e o aumento aos jovens são fundamentais. Há áreas críticas, como a habi- parlamentar? do investimento na educação e Os custos com a renda de casa tação ou os salários baixos, no- Os jovens estão interessados A questão da representativida- ensino superior, que vêm melho- são o grande entrave à emanci- meadamente para os mais quali- na política ou continuam o seu de é fundamental. Representa- rar as condições de emancipa- pação da nossa geração. Aumen- ficados. O Governo está no rumo processo de afastamento? tividade é o encontro entre vá- ção dos jovens. Este orçamento támos o investimento no Porta certo ao estabelecer como prio- Há muitos jovens interessados rias gerações nos centros de traz uma descida das propinas e 65, o Plano Nacional de Aloja- ridade a construção de políticas na política, mas são muitos mais decisão e nos órgãos de sobe- acolheu também uma propos- mento dos Estudantes do Ensi- de habitação, de emprego e de os que estão afastados dos par- rania. E, em Portugal, a juventu- ta da JS, que valoriza as bolsas no Superior vai responder à falta qualificação direcionadas para tidos e das juventudes partidá- de está gravemente sub-repre- de ação social, pelo que os es- de camas para muitos estudan- a classe média e para os jovens, rias. E o que é mais alarmante: sentada. Esta legislatura conta tudantes e as suas famílias vão tes, mas temos que ir mais longe mas o PS ainda não é identifica- estão afastados das institui- com mais jovens, com grande pagar menos e vão ter bolsas e continuar a dar prioridade ine- do como o partido que está na ções. Demos passos decisivos contributo do Grupo Parlamen- melhores. Além disso, por pro- quívoca à habitação. Existe uma vanguarda do reforço dos direi- nos últimos quatro anos para tar do PS, que tem sete depu- posta da JS e do PS, os passes outra área onde defendemos tos das novas gerações. No en- recuperar credibilidade e con- tados da Juventude Socialista, com valor reduzido vão chegar a que a Assembleia da República tanto, importa salientar que os fiança dos jovens na política e que fazem a diferença e rejuve- mais jovens. e Governo têm que apresentar jovens portugueses sabem bem nos políticos com um governo nescem a bancada. E que, sobre- soluções: é na democratização quem lhes devolveu estabilida- credível, mas os partidos tradi- tudo, contribuem para melhorar Onde gostariam que o docu- do acesso aos mestrados. Hoje, de, direitos e rendimentos, e sa- cionais enfrentam dificuldades as propostas e a pluralidade de mento tivesse ido mais além? as propinas descem no 1º ciclo, bem que foi o PS. em falar diretamente para uma ideias! ^

PEDRO CEGONHO, DEPUTADO E EX-PRESIDENTE DA ANAFRE formas tecnológicas, poderão vir a revolucionar o paradigma “É FUNDAMENTAL QUE OS JOVENS de interação dos cidadãos com o Estado, e do Estado com os ci- ENTREM PARA OS PARTIDOS, dadãos e com a economia. POR SI E LIVREMENTE” O processo de Reorganiza- ção Administrativa Territo- rial Autárquica foi eficaz no O que gostaria de desta- eleições e ter sido presidente juventude nos órgãos au- cumprimento dos seus ob- car no seu percurso polí- da Associação Nacional de Fre- tárquicos das freguesias? jetivos? O ex-Presidente da tico e o que espera alcan- guesias ao longo de seis anos, Penso que os jovens têm inte- ANAFRE vai envolver-se no çar com o seu mandato de foi uma etapa de verdadeira resse na política, mas, prova- debate sobre o tema? deputado? realização pessoal e constituiu velmente, não na “bolha” par- Ter sido presidente da Associa-

Eu comecei a minha vida autár- uma extraordinária preparação tidária em que vivemos. Julgo DR ção Nacional de Freguesias foi quica numa freguesia em Lis- para qualquer desafio na vida. que devemos fazer um esforço também aprender a ser porta- boa, em 2005. Nessa altura era É uma experiência que procu- maior em reabilitar e qualificar sive como presidentes. Julgo -voz de uma instituição onde secretário da Junta e traba- ro que esteja presente no meu a democracia representativa e que o PS tem contribuído para vários partidos políticos têm lhava em simultâneo no Banco. presente mandato de deputa- os partidos políticos através de esse rejuvenescimento. assento, ganhando a capacida- Mas a partir daí cresceu a von- do à Assembleia da República. iniciativas como o Parlamen- de de ser o rosto de posições tade de protagonizar uma can- Agora, na Assembleia da Repú- to dos Jovens. É fundamental Considera que a realidade consensualizadas. Mas trata- didatura a presidente da Junta, blica quero trabalhar na área que os jovens entrem para os das freguesias é uma rea- -se de posições nem sempres na altura de Santo Condestá- da Cultura e Património e na partidos, por si e livremente, e lidade da qual o Parlamen- coincidentes com a nossa opi- vel, depois Campo de Ourique. dos Assuntos Europeus, apli- aí tenham verdadeira capaci- to está distante? nião pessoal, ou até com a po- A construção de uma candida- cando o conhecimento em te- dade de intervenção. Sem ser O Parlamento não está longe sição do nosso partido. Quando tura vencedora, envolvendo vá- mas que tenho trabalhado aca- em lógicas de grupos ou de ar- das autarquias. Mas também nos tornamos ex-presidentes rias pessoas e desenhando um demicamente, na vertente dos regimentação para eleições in- aqui se nota o centralismo mu- ganhamos liberdade, mas de- projeto de esperança, foi um paradigmas e da História da ternas ou externas. Os partidos nicipal, sobretudo quando se vemos impor a nós próprios desafio muito motivador e foi o globalização e dos problemas deveriam ter um pacto educati- fala de questões autárquicas, uma reserva pública sobre as segredo para ganhar uma Jun- que dela derivam. vo para a cidadania que promo- como a descentralização e as matérias anteriormente traba- ta, que era difícil, logo em 2009. vesse a participação dos jovens finanças locais, reduzindo as lhadas. Ou seja, dentro do PS Iniciei aí um percurso, já há dez Diria que os jovens estão nos partidos políticos, de acor- freguesias, por vezes, apenas estarei sempre disponível para anos, que me deu a oportuni- interessados na política do com a opção ideológica de à questão da reorganização do refletir com os novos dirigentes dade de exercer a função mais ou acha que estão, global- cada um. Nas freguesias temos território. Mas as freguesias e o da ANAFRE sobre a reorganiza- próxima das pessoas e do seu mente, num processo de vindo a constatar o aumento do potencial deste nível de gover- ção do território, mas publica- dia-a-dia: ser presidente de afastamento? A responsa- número de jovens com respon- no mais próximo das pessoas, mente penso que não fará sen- uma Junta. Passar por três bilidade é de quem? Falta sabilidades autárquicas, inclu- combinado com as novas plata- tido. ^ N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 13

PARTIDO DR SOCIALISTA RENOVA ESTRUTURAS CONCELHIAS

O Partido Socialista renovou as suas estruturas locais para um ciclo de dois anos de mandato. Foram eleitos os órgãos de mais de 250 concelhias em todos os distritos do território continental, num processo que envolve cerca de seis mil militantes.

A ESTES DIRIGENTES con- tantes para o próximo desafio numa fase subsequente. ro dois do PS salienta a impor- derações do Partido Socialista celhios, juntam-se os novos ór- eleitoral. José Luís Carneiro, Secretário- tância “desta dinâmica, altamen- como as Estruturas das Mulhe- gãos das Secções temáticas e Com as eleições autárquicas no -geral adjunto do PS considera te mobilizadora e catalisadora de res Socialistas – Igualdade e de residência, que envolvem a horizonte, o Partido Socialista tratar-se de “uma fase de grande uma política de proximidade que Direitos (MS-ID) têm eleições participação de cerca de dois elegeu agora as equipas que im- mobilização interna que demons- o Partido Socialista tem cultiva- marcadas entre os dias 13 e 14 mil militantes. As eleições de- plementarão a base programá- tra não só a vitalidade das estru- do junto da sociedade”. de março, a que se seguirão os correram em todo o território tica da ação do partido no que turas locais do partido, como o O próximo ciclo de renovação Congressos Federativos. O mês entre os dias 31 de janeiro e 01 respeita à constituição das pró- empenhamento dos seus mili- já arrancou, com a apresenta- seguinte é dedicado à eleição do de fevereiro, mobilizando local- ximas listas eleitorais, segun- tantes e a abrangência da sua ção das candidaturas às estru- Secretário Geral do PS e da Pre- mente as estruturas e os mili- do critérios que serão definidos implantação territorial”. O núme- turas Federativas. Tanto as Fe- sidente Nacional das MS-ID. ^

DR MULHERES SOCIALISTAS CRIAM ESTRUTURAS DE BASE CONCELHIA

ESTÁ CONCLUÍDA a primeira rão lugar a 13 e 14 de março. -Geral do PS para a Igualdade. fase do processo de implemen- Elza Pais, Presidente Nacio- “Com esta base Concelhia que tação da base concelhia das Mu- nal das Mulheres Socialistas, agora se inicia, aumentam tam- lheres Socialistas – Igualdade e congratulou-se com estes re- bém as nossas responsabilida- Direitos (MS-ID), com a cons- sultados, lembrando que “este des e reforçam-se as condições tituição de 135 novas estrutu- foi um projeto conquistado no para uma participação mais ati- ras concelhias em todo o terri- último Congresso do PS”, pelo va e em plena igualdade, para a tório continental, que envolvem que, em primeiro lugar, agra- construção de um PS mais for- a participação de mais de 1 500 deceu “o apoio e abertura do te que a todas e todos envolva, mulheres socialistas. As elei- nosso Secretário-Geral, Antó- e não deixe ninguém para trás”, ções decorreram em simultâ- nio Costa, para a construção afirmou a líder das MS-ID. neo com o ato eleitoral para os desta base concelhia”. As no- Estas estruturas estão já ati- órgãos das Secções e Conce- vas estruturas de base conce- vas e estarão em condições de lhias do Partido Socialista, entre lhia, propostas pela Presiden- apoiar o próprio PS no proces- 31 de janeiro e 01 de fevereiro. te das MS-ID, Elza Pais, foram so de participação nas próxi- A segunda fase de apresenta- aprovadas durante o XXII Con- mas Eleições Autárquicas, que ção de candidaturas coincidiu gresso Nacional, com o objetivo terão lugar já em 2021 e que, com a apresentação de candi- de reforçar a participação das pela primeira vez, deverão con- daturas aos órgãos das Federa- mulheres na política, em linha tar com 40% de mulheres nas ções do PS e das MS-ID, que te- com a estratégia do Secretário- listas candidatas. ^ 14 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 DR GOVERNO APROVA MEDIDAS PARA A VALORIZAÇÃO E PROMOÇÃO DO INTERIOR GOVERNO MAIS PRÓXIMO

O primeiro Conselho de Ministros descentralizado da legislatura, que se realizou em Bragança, no âmbito da iniciativa ‘Governo Mais Próximo’, aprovou um conjunto de medidas destinadas à valorização dos territórios do Interior do país, com destaque para a promoção do emprego, do incentivo à mobilidade geográfica e fixação em territórios de baixa densidade, ao conhecimento e à inovação.

A APROVAÇÃO deste conjun- pecuniária como outros aspetos grama de Valorização do Inte- milhões de euros, prevê a atri- to Regional, bem como de outros to de medidas vai ao encontro relacionados com a prestação rior, com o objetivo de selecionar buição de 1.500 bolsas a estu- atores relevantes. do compromisso do XXII Gover- de trabalho. O diploma, aprova- ações específicas nos territórios dantes que se desloquem para no em tornar o país mais coeso, do na generalidade, seguirá ago- e incorporar novas iniciativas, o Interior por períodos de três A Estratégia Comum de De- mais inclusivo e mais competiti- ra para consulta pública. nomeadamente soluções orien- a seis meses, começando a ser senvolvimento Transfrontei- vo, através da adoção de políti- tadas para dinâmicas de maior aplicado já este ano e prolon- riço, com vista a promover re- cas públicas especialmente diri- Programa ‘Trabalhar no In- proximidade, programas de fi- gando-se pela legislatura. lações de cooperação fortes e gidas à correção das assimetrias terior’, iniciativa que tem como nanciamento com dotação es- estáveis nas zonas de fronteira regionais, promovendo a atração objetivo apoiar e incentivar a pecífica e critérios adaptados Programa Internacional de entre Portugal e Espanha, inte- de investimento e a diversifica- mobilidade geográfica. Inte- ao interior, assim como projetos Investigação sobre Monte- gra medidas transversais e mul- ção e qualificação do tecido pro- gra a medida ‘Emprego Interior construídos em rede e dirigidos sinho, orientado para ativida- tissetoriais, com o objetivo de dutivo, para um desenvolvimen- MAIS’, que consiste num apoio ao aumento da competitividade, des de I&D que promovam a melhorar a mobilidade trans- to mais equilibrado de todo o financeiro até 4.827 euros para recentrando o modelo em áreas relevância internacional do Par- fronteiriça e eliminar custos de território nacional. Estar a pro- os trabalhadores que passem a temáticas e territórios conside- que Natural do Montesinho, e contexto; garantir infraestrutu- meter que é possível resolver residir e prestar trabalho num rados de intervenção prioritária. a criação do Observatório de ras e conectividade territorial; “num ápice” o que “décadas de território do interior, passível de Montesinho no complexo de in- promover a gestão conjunta de esvaziamento” produziram nas majoração em função da dimen- Programas +CO3SO Conhe- fraestruturas da Lama Grande, serviços básicos nas áreas de regiões do Interior, e que hoje é são do agregado familiar que cimento e +CO3SO Digital, vi- afetando os imóveis ao Fundo educação, saúde, serviços so- “um dos problemas estruturais com ele se desloque a título per- sando a criação de condições Revive Natureza. ciais ou proteção civil; melhorar do país”, disse o primeiro-minis- manente, assim como uma com- para o desenvolvimento social o ambiente; valorizar os centros tro, é estar a “iludir” as popu- participação dos custos asso- e económico, através da pro- Além destas medidas, o Con- urbanos e dinamizar atividades lações e a transmitir-lhes uma ciados ao transporte de bens. O moção de emprego qualifica- selho de Ministros discu- culturais. ideia errada. António Costa de- programa beneficia igualmente do, inovação e transferência de tiu ainda outras iniciativas, A iniciativa “Governo Mais Próxi- fendeu que, se o país quer au- da medida de apoio ao regresso tecnologia, com orçamentos de- nomeadamente: mo”, cuja primeira edição decor- mentar o seu potencial de cres- de emigrantes, prevista no âm- dicados e adaptados às neces- reu em Bragança durante dois cimento, tem mesmo de olhar bito do ‘Regressar’, que passará sidades específicas dos territó- A Estratégia para a Coesão dias, assentará sempre num para o Interior e para “o muito a contemplar uma majoração de rios. Estes dois programas vão Territorial, através da qual se Conselho de Ministros descen- que lá está ainda por aproveitar”. 25% face aos apoios já concedi- mobilizar 50,5 milhões de eu- procura alavancar o desenvol- tralizado, sendo este exclusiva- dos. Para facilitar a mudança de ros, num investimento total de vimento regional do país como mente dedicado à valorização Medidas que promovem casa, foi aprovada a medida ‘Ha- 76 milhões de euros, prevendo- um todo. Esta Estratégia quer do interior do país e a medidas a fixação de pessoas nos bitar no Interior’. -se a criação de 424 postos de também dar mais coerência às para criar emprego e condições territórios do Interior trabalho. políticas regionais e às políti- de fixação de pessoas. Depois de Programa de Incentivos à Fi- Medidas para o reforço cas setoriais que têm impacto Bragança, as próximas reuniões xação de Trabalhadores do da sustentabilidade e Programa de mobilidade de territorial, e contará com o en- descentralizadas do Executivo Estado no Interior, abrangen- valorização do Interior estudantes ‘Conhecer Por- volvimento das Comissões de serão em Castelo Branco e nos do tanto incentivos de natureza Revisão e reavaliação do Pro- tugal’, com uma dotação de 5 Coordenação e Desenvolvimen- Açores. ^ N.º 1415 | FEVEREIRO 2020 | 15

PORTUGAL QUER DR UM ORÇAMENTO À ALTURA DAS AMBIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA

Terminou sem acordo a Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia que, no passado dia 21, decorreu em Bruxelas, com a agenda de trabalhos focada no orçamento plurianual da União para 2021-2027.

A CIMEIRA foi interrompida que admitiu que “esse docu- União que não seja proporcional dução”, tendo em conta que se satisfeitos, satisfazendo simul- diversas vezes para consultas mento técnico não só não aju- ao respetivo rendimento”. trata de áreas estratégicas fun- taneamente “um objetivo co- bilaterais e acabou sem acordo dou como complicou, visto que Ora a preocupação do Primeiro- damentais, não só para a “iden- mum, que é a UE e o orçamento entre os 27 Estados-Membros. foi manifestamente, porventu- -ministro António Costa é que tidade da União Europeia”, mas europeu para os próximos anos”. Em cima da mesa estava o “do- ra, ao encontro da posição de os Estados-Membros se con- também porque constituem “os Ursula Von der Leyen desdra- cumento técnico” elaborado alguma minoria presente no centrem em “dotar a União Eu- maiores desafios que a Euro- matizou, explicando que “é uma pela Comissão Europeia, que conselho, mas foi frontalmen- ropeia de um orçamento à altu- pa tem pela frente: a transição boa tradição em democracia de- previa um Quadro Financeiro te contra a posição maioritá- ra das suas ambições”, que não para a sociedade digital e a tran- bater as diferentes visões, as di- Plurianual com contribuições ria dos seus membros”. António “enfraqueça a Política de Coe- sição climática”. ferentes ênfases e necessida- equivalentes a 1,069% do Ren- Costa explicou: “alguns países, são e a Política Agrícola Co- A presidente da Comissão Euro- des apontadas pelos diferentes dimento Nacional Bruto, pro- em vez de terem uma postu- mum”, o que este documento peia, Ursula Von der Leyen, diz Estados-membros, no que toca posta que foi rejeitada pelos ra construtiva, agarraram-se não assegura. António Costa que é necessário “trabalho ár- às políticas de coesão, agricul- líderes europeus e que foi alvo a um número mágico e à in- defende que a Política de Coe- duo”, com “a democracia” para tura ou relativamente às novas de críticas. Um dos críticos foi sistência em manter uma con- são e a Política Agrícola Comum que os “27 diferentes interesses prioridades”. ^ o Primeiro-ministro português, tribuição para o orçamento da “não devem sofrer qualquer re- da União Europeia” possam ser

DR ESTRASBURGO AGUARDA NOVA PROPOSTA DE ORÇAMENTO PARA A UNIÃO EUROPEIA

O Parlamento Europeu “está desapontado com o fracasso do Conselho Europeu em alcançar um acordo” sobre o próximo orçamento plurianual da União Europeia, e espera que “o Conselho apresente uma versão mais ambiciosa [da proposta], capaz de servir de base para as negociações”, afirmou David Sassoli, presidente da Assembleia de Estrasburgo.

“SE QUEREMOS ir ao encontro ropeu informou que “nas duas posta], capaz de servir de base velope global de 1.094 mil mi- mil milhões de euros para a PAC das expectativas dos nossos ci- reuniões que tivemos [o presi- para as negociações”. A propos- lhões de euros, representando (contra 367,7 mil milhões do or- dadãos, necessitamos de apoiar dente e os líderes das banca- ta em causa esteve em discus- estas contribuições o equiva- çamento plurianual ainda em as nossas ambições com fundos das parlamentares] com o pre- são na cimeira extraordinária de lente a 1,074% do Rendimento curso). Esta proposta continua suficientes [...] É essencial que sidente do Conselho Europeu, chefes de Estado e de Governo Nacional Bruto (RNB) do con- a ser inferior à que foi apresen- cheguemos rapidamente a um Charles Michel, confirmámos a da EU, não tendo havido acordo junto da União, muito próximo tada originalmente pela Comis- acordo ambicioso em torno do posição unânime do Parlamento sobre ela. Para o documento ser do valor proposto no ano pas- são Europeia (que contempla- orçamento de longo prazo da UE relativamente à proposta por si aprovado, é necessário consen- sado por Helsínquia (1,07% do va contribuições de 1,114% do e nos recursos próprios”, afir- apresentada”. so entre os 27, que não foi ainda RNB) e que Portugal conside- RNB), e muito aquém do valor mou em comunicado divulgado Para David Sassoli, “ainda se atingido. rou “inaceitável”. de 1,3% do RNB defendido pelo em Bruxelas. está longe de uma proposta O Parlamento Europeu consi- A nova base negocial, proposta Parlamento Europeu, que terá a Os Deputados Europeus rejei- aceitável”, considerando que derou tratar-se de uma pro- por Charles Michel, depois de se- última palavra no processo ne- taram liminarmente a proposta a proposta em cima da mesa posta bastante semelhante à manas de consultas aos 27, des- gocial, e que já manifestou o seu para o orçamento plurianual da apresenta uma diferença de que foi apresentada pela pre- tinava apenas 323 mil milhões descontentamento com o novo União Europeia (UE) 2021-2027 230 mil milhões de euros rela- sidência finlandesa do Conse- de euros aos fundos da política documento sobre a mesa, apon- apresentada pelo Conselho, vin- tivamente à proposta de Estras- lho da UE no segundo semestre de coesão (contra 367,7 mil mi- tando precisamente que não di- cando que ainda “está longe” de burgo. Por isso, Sassoli espera de 2019 e de imediato rejeita- lhões do atual quadro financei- fere muito da proposta finlan- ser um documento “aceitável”. que “o Conselho apresente uma da pelos Estados-membros. O ro 2014-2020, já sem os contri- desa, claramente rejeitada pela O presidente do Parlamento Eu- versão mais ambiciosa [da pro- documento contempla um en- butos do Reino Unido) e 329,3 assembleia. ^ 16 | N.º 1415 | FEVEREIRO 2020

ACÇÃO SOCIALISTA DIGITAL ADAPTA-SE “PORQUE AS NOTÍCIAS NÃO TÊM HORA MARCADA”

O Acção Socialista Digital (ASD)completou no passado dia 26 de fevereiro o quinto aniversário, com a publicação da sua 1155ª edição. Em suporte digital e de subscrição gratuita, o órgão de informação oficial do PS conquistou o estatuto de leitura obrigatória para dirigentes e militantes do PS. E não só.

ESTREOU-SE EM 2015, dirigi- mordial; jornal singular, porque com especial enfoque na capta- Após cinco anos de edição diá- dos de notícias fiáveis, o que do por Edite Estrela, quando o não se assemelha a nenhum ção de leitores entre as cama- ria ininterrupta, vai haver uma não é de somenos em tempos Partido Socialista preparava as outro; projeto inovador, porque das mais jovens da população. reformulação do projeto. Edite de desinformação.” E acrescen- bases do seu programa eleito- não é cópia nem imitação do Para essa atratividade, contri- Estrela explica: “porque as no- ta que “evoluir, sem ruturas, ral. António Costa, Secretário- existente.” O Acção Socialista bui um design gráfico moder- tícias não têm hora marcada, o preservando a sua identidade -geral do PS, foi o primeiro en- Digital foi então assim descrito no e apelativo, acompanhado ASD vai ser reformulado, cor- e mantendo o rumo fundador, trevistado de um jornal que se pela Diretora Edite Estrela. de conteúdos em permanen- respondendo às necessidades é o objetivo do ASD”, que quer apresentava como “original, O formato tem vindo a evoluir, te atualização, produzidos por do seu público: leitores de dife- igualmente “contribuir para na pluralidade de sentidos que procurando chegar a um públi- uma equipa de profissionais rentes idades e formações, to- aproximar os cidadãos da polí- o termo comporta: edição pri- co cada vez mais abrangente, dedicados. dos igualmente exigentes, ávi- tica.” ^

QUINTO QUARTO TERCEIRO ANIVERSÁRIO ANIVERSÁRIO ANIVERSÁRIO

SEGUNDO PRIMEIRO PRIMEIRA ANIVERSÁRIO ANIVERSÁRIO EDIÇÃO

diretora Edite Estrela // conselho de redação António Correia de Campos, Hugo Mendes, José Manuel dos Santos, Maria José Leitão, Maria Manuel Leitão Marques, // redação André Salgado (chefe de Redação), Rui Solano de Almeida, La Salette Marques // fotografia Jorge Ferreira // layout, paginação Miguel Andrade, Francisco Sandoval // redação, administração e expedição Partido Socialista, Largo do Rato 2, 1269-143 Lisboa; NIPC 501312188; Telefone 21 382 20 00; Fax 21 382 20 33 // [email protected] // nº erc 106395 // depósito legal 21339/88 // issn 0871-102X // tiragem 25000 Propriedade do Partido Socialista do Partido Propriedade // impressão Grafedisport - Impressão e Artes Gráficas, SA; Estrada Consiglieri Pedroso 90, 2730-053, Barcarena-Oeiras ÓRGÃO OFICIAL DO PARTIDO SOCIALISTA OFICIAL DO PARTIDO ÓRGÃO Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos autores. O “Acção Socialista“ já adotou as normas do novo Acordo Ortográfico. Este jornal é impresso em papel cuja produção respeita a norma ambiental ISO 14001 e é 100% reciclável. Depois de o ler colabore com o Ambiente, reciclando-o.