Ano XX – No 4.207 ESPECIAL Brasília, quarta-feira, 19 de novembro de 2014 www.senado.leg.br/jornal en S Fotos: Fotos: Federalado

Itamar Franco () Mauro Benevides (Ceará) Paulo Brossard (Rio Grande do Sul) Marcos Freire (Pernambuco) Saturnino Braga () Senado 74 A eleição que Lázaro Barbosa (Goiás) abalou a ditadura Orestes Quércia (São Paulo)

Neste mês completam-se 40 anos de uma Plenário. Para evitar um desastre na eleição data pouco lembrada, mas decisiva para a seguinte, o governo mudou a regra do jogo. história política contemporânea do Brasil. Um ano e meio antes da eleição de 1978, o Em 15 de novembro de 1974, a ditadura general — quarto dos cinco militar sofreu uma inesperada derrota nas presidentes militares da ditadura — fechou urnas, que marcou a ascensão definitiva o Congresso e, durante o recesso, impôs do Movimento Democrático Brasileiro, o uma reforma política que impedia o MDB MDB, como partido viável de oposição. de assumir o controle das duas Casas. Naquela eleição foram escolhidos se- O retrocesso representado pelo Pacote nadores, deputados federais e deputados de Abril de 1977 mostrou que o caminho Dirceu Cardoso (Espírito Santo) estaduais. Foi na corrida ao Senado que o até a volta da democracia ainda seria tortu- Adalberto Sena (Acre) governo sofreu uma derrota marcante. Dos oso. No entanto, a vitória da oposição em 22 estados que na época elegiam senadores, 1974 representou uma mudança irreversível o MDB triunfou em 16. Entre os 16 eleitos no panorama político brasileiro: a partir (retratados nesta página), estavam lideranças dali, o fim da ditadura pela via legal deixava até então desconhecidas no cenário nacional de ser uma utopia. e que se tornariam protagonistas da política Este encarte, produzido a partir do es- brasileira nos anos seguintes, como Itamar pecial “Senado 74 — a eleição que abalou Franco (Minas Gerais), Orestes Quércia a ditadura”, de Adriano Faria para a Rádio (São Paulo), Paulo Brossard (Rio Grande Senado, recapitula a história da eleição, com do Sul) e Marcos Freire (Pernambuco). depoimentos de três dos protagonistas, os A eleição de 74 era para apenas um terço ex-senadores Brossard, Saturnino Braga e dos senadores. Por isso, a Arena (Aliança Mauro Benevides — este, o único dos 16 Renovadora Nacional), partido de susten- vitoriosos do MDB ainda exercendo man- Gilvan Rocha (Sergipe) tação do regime, pôde manter a maioria no dato eletivo, na Câmara dos Deputados. Evandro Carreira (Amazonas)

Evelásio Vieira (Santa Catarina) Agenor Maria (Rio Grande do Norte) Danton Jobim (Guanabara) Ruy Carneiro (Paraíba) Leite Chaves (Paraná) SENADO 74 r p e R odução

A s primeiras páginas de O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Jornal do Brasil de 17 de novembro de 1974, quando a dos votos já indicava a vitória da oposição O início do declínio do regime militar Fatores externos, como a crise do petróleo, e internos, como as disputas entre lideranças da Arena, ajudaram o MDB a surpreender na eleição de 1974

Em abril de 1974, o regime militar completava dez anos, aproveitaram nomes do MDB até então pouco conheci- com poucas ameaças no horizonte. Um simulacro de dos, como Paulo Brossard (Rio Grande do Sul), Itamar ­democracia era mantido, com eleições diretas apenas para Franco (Minas Gerais), Marcos Freire (Pernambuco) e deputados, senadores, vereadores e parte dos prefeitos. Roberto Saturnino Braga (Rio de Janeiro). Nas eleições de 1970, uma ala da oposição, com muitos Quando a contagem dos votos começou, a surpresa dos líderes presos ou exilados, pregou o voto em branco. foi geral. Ao conquistar mais de um terço da Câmara, o O resultado foi uma vitória esmagadora da Arena (Alian- MDB adquiriu o direito de solicitar comissões parlamen- ça Renovadora Nacional), partido de apoio à ditadura, tares de inquérito e exercer de fato o papel de oposição. 1974 foi o “ponto que passou a deter mais de dois terços da Câmara e mais Líderes como Ulysses Guimarães e Franco Montoro saí- de inflexão” do de quatro quintos das cadeiras do Senado. regime militar, O ano de 74 terminaria, porém, em desastre para o E leitos para o Senado – 1974* para o historiador governo. Nas eleições de 15 de novembro, o MDB (Mo- antonio Barbosa: Arena (6) vimento Democrático Brasileiro), partido da “oposição – Teotônio Vilela – 60% “dali em diante, foi consentida”, se recuperou espetacularmente, ele- um plano inclinado” BAHIA – Luiz Viana Filho – 67% gendo 16 senadores, das 22 vagas em disputa MARANHÃO** – Henrique de La Roque – 100% (um terço das vagas de então), e por pouco MATO GROSSO – Mendes Canale – 54% não obteve a maioria da Câmara, tendo con- PARÁ – Jarbas Passarinho – 65% quistado 161 das 364 cadeiras, ou 44%. PIAUÍ – Petrônio Portella – 75% Como um regime ditatorial poderia ter permitido essa derrota eleitoral? MDB (16) Para Antonio Barbosa, historiador ACRE – Adalberto Sena – 53% e professor da Universidade de Brasília, AMAZONAS – Evandro Carreira – 60% 1974 foi o “ponto de inflexão” do regime: “Nos dez CEARÁ – Mauro Benevides – 54% anos anteriores, de 64 a 74, ele se consolidou, atingiu o ESPÍRITO SANTO – Dirceu Cardoso – 56% auge. Nos dez anos posteriores, ele vai irremediavelmente GOIÁS – Lázaro Barbosa – 57% vivendo o seu plano inclinado”. GUANABARA – Danton Jobim – 71% Diversos fatores contribuíram para o fracasso da MINAS GERAIS – Itamar Franco – 53% Arena em 1974. Um deles era externo — o impacto PARAÍBA – Ruy Carneiro – 52% da crise do petróleo contribuiu para o fim do “milagre PARANÁ – Leite Chaves – 61% econômico” brasileiro do início da década. Naquele ano, PERNAMBUCO – Marcos Freire – 56% a classe média já começava a sentir o aperto, e as urnas RIO DE JANEIRO – Roberto Saturnino – 64% foram a forma de exprimir a insatisfação. Outro foram RIO GRANDE DO NORTE – Agenor Maria – 53% as divisões internas do governo, fruto, paradoxalmente, RIO GRANDE DO SUL – Paulo Brossard – 61% da vitória total de 1970. Em vários estados, diferentes lí- SANTA CATARINA – Evelásio Vieira – 53% deres passaram a se engalfinhar pelo comando da Arena. SÃO PAULO – Orestes Quércia – 73% Preocupada com a imagem de regime de “partido único”, SERGIPE – Gilvan Rocha – 54% a ditadura afrouxou as regras eleitorais, permitindo pela

primeira vez os debates no rádio e na televisão. Disso se * O Distrito Federal e os territórios de Amapá, Fernando de Noronha, Rondônia e Roraima não elegiam senadores. Os eleitores do Distrito Federal podiam votar nos candidatos de seus estados de origem. ** O MDB não apresentou candidato no Maranhão. O avanço do MDB CÂMARA SENADO 1973 223 87 59 7 1974* 203 161 45 21

* O número de cadeiras na Câmara aumentou de uma eleição para outra. 2 SENADO 74 A CI ado en S a a i c ên g A a/ el g eraldo Ma G

A rtilharia israelense durante a guerra de 1973: o conflito levaria a uma crise mundial do petróleo E leitores votam, em 2006, no Distrito Federal: cabine de papelão surgiu na eleição de 1974

ram fortalecidos das urnas. O próprio presidente Ernesto O ano de 1972 marca a explosão dos Novos Baianos; o Geisel reconheceu de maneira um tanto constrangida, no de 1973, a dos Secos & Molhados. Em 1974, os já con- discurso televisivo de fim de ano, a vitória da oposição sagrados Elis Regina e Tom Jobim se juntam para gravar (leia na próxima página). o clássico LP Elis & Tom. Ironicamente, a derrota eleitoral serviu para o regime Foi um ano de tragédias marcantes no Brasil. O se apresentar ao Brasil como uma democracia. A reação, incêndio do Edifício Joelma, no centro de São Paulo, porém, não tardaria: a Lei Falcão (do nome do então mi- matou 191 pessoas e chocou o país no primeiro dia de nistro da Justiça, Armando Falcão) limitou a propaganda fevereiro. Em março, uma enorme enchente matou quase eleitoral na TV a currículos e retratos dos candidatos. 200 pessoas e desabrigou mais de 60 mil em Tubarão E em 1977 Geisel fechou o Congresso e decretou uma (SC). A ditadura abafou a gravidade de uma epidemia de oti dis r to federal reforma política, criando a eleição indireta para um terço meningite em São Paulo. O governo dava continuidade à não elegia do Senado (os chamados senadores biônicos) e garantindo política de grandes obras. Uma foi inaugurada — a Ponte senadores, mas para a Arena, na prática, a maioria parlamentar. Tudo Rio-Niterói, prevista para ficar pronta três anos antes — e os eleitores para evitar a perspectiva de nova vitória do MDB. A outra, anunciada: a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior podiam votar nos ditadura ganhava, assim, sobrevida. A democracia ficaria do mundo, que entraria em operação dez anos depois. candidatos de seus para depois, mas o processo de derrocada iniciado pela estados de origem eleição de 1974 não seria mais revertido. Debates, novidade na TV Alguns detalhes da legislação eleitoral de 1974 ainda U m ano de transformações subsistem no Brasil de quatro décadas depois. A propa- O ano de 1974 foi conturbado em várias partes do ganda paga no rádio e na TV foi proibida a partir daquele mundo. Foi o ano da Revolução dos Cravos, em abril, ano. Também foi criada a obrigação de fornecimento que derrubou a ditadura salazarista em ; da gratuito de transporte, pela Justiça Eleitoral, em dias de morte do líder argentino Juan Domingo Perón, em ju- eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais. Na época, lho; e da renúncia, em agosto, do presidente dos Estados era uma forma de garantir a maior votação possível para Unidos, Richard Nixon, pressionado pelo escândalo de a Arena nos chamados grotões, onde o governo tinha Watergate. ampla maioria. Outra novidade daquele ano foi a cabine A repercussão desses três acontecimentos se prolon- eleitoral de papelão, fácil de produzir e transportar. garia pelos anos seguintes. Em Portugal, uma das con- Porém, a mudança mais marcante na eleição de 74 sequências foi o fim do que restava do império colonial, foram os debates na televisão. Marcaram época os debates com a independência de Moçambique, Angola, Guiné, entre Orestes Quércia e Carvalho Pinto, em São Paulo, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Na , Perón e Paulo Brossard e Nestor Jost, no Rio Grande do Sul. foi sucedido pela mulher, María Estela. Isabelita, como O Distrito Federal não elegia senadores, mas os elei- A cesse o vídeo era conhecida, não resistiu à pressão dos militares e seria tores residentes em Brasília não deixaram de escolher produzido sobre derrubada por um golpe em 1976, dando início a sete representantes para o Senado: em 1974 eles puderam o assunto: anos de ditadura. Nos Estados Unidos, nem a retirada votar nos candidatos de seus estados de origem, desde http://bit.ly/Senado74 americana do Vietnã, completada em 1975, impediu a que se inscrevessem com antecedência. ra

derrota de Gerald Ford, sucessor de Nixon, para o de- i e i l

mocrata Jimmy Carter na eleição presidencial de 1976. O Mas o fato externo que mais influenciou a conjuntu- Clara Clara v ra eleitoral brasileira teve origem no ano anterior — a guerra árabe-israelense de 1973. Uma aliança de países árabes, liderada pelo Egito, atacou Israel de surpresa no Dia do Perdão, feriado do calendário judaico. Com apoio americano e europeu, Israel reagiu e venceu em poucos dias o confronto. Em represália, as nações árabes exportadoras de petróleo decidiram boicotar os aliados de Israel e promoveram um aumento brutal do preço do barril de petróleo, que passou de US$ 3 para US$ 12 em poucos meses. O choque provocou uma recessão mundial, cujos efeitos se fizeram sentir rapidamente no Brasil. O Proálcool, programa de substituição da gasolina pelo eta- nol, lançado em 1975, foi uma consequência dessa crise. T ragédias no Brasil Num ambiente de repressão política, a aspiração pela liberdade no Brasil se manifestou por meio das artes. Na primeira metade da década de 1970, surgiram algumas das maiores obras-primas da música popular brasileira. A Ponte Rio-Niterói: uma das maiores obras do regime militar foi inaugurada em 1974 3 SENADO 74 O depoimento de quem foi protagonista da história A eleição que mudou a política nacional, vista 40 anos depois por três dos senadores eleitos pelo MDB, e o discurso da derrota do presidente Geisel

Tr o ês d s 16 senadores eleitos em 1974 falaram à Rádio pego de surpresa pelo convite para ser candidato. E Mauro e ao Jornal do Senado sobre aquela eleição. Em comum, Benevides enfrentou a força das oligarquias da Arena no uma constatação: no início da campanha, ninguém acre- Ceará. Eles e outros 13 saíram das urnas como vencedores, ditava nas chances de vitória do MDB. Roberto Saturnino o que levou o general Ernesto Geisel a um duro discurso, Braga foi lançado a pedido de um velho líder do antigo um mês depois. Ao mesmo tempo em que reconhecia a estado do Rio de Janeiro, Amaral Peixoto, genro de Ge- vitória do MDB, o presidente atribuía a derrota da Arena túlio Vargas. No Rio Grande do Sul, Paulo Brossard foi a “dissensões internas”, fruto de uma “emoliente maioria”. ado ado nado e en en S S S

a a a a a i Sa turnINO i Poaul Mo aur c ci c ên ên ên g g A A A / Braga e Brossard Benevides ra/ m i e v i l

Eleito no antigo Foi senador O Exerceu dois a Kalu a José Cruz/ José g s s i c o c

­estado do Rio de ár até 1983, mi- mandatos no Se- M Janeiro, um ano nistro da Justiça Mar nado (1975–1983 antes da fusão com (1986–1989) e e 1987—1995) e a Guanabara. Foi ministro do Su- presidiu a Casa senador (1975– premo Tribunal de 1991 a 1993. 1985 e 1999–2007) e prefeito do Rio Federal (1989–1994). Tem 90 anos É deputado federal (PMDB-​CE) “ninguém queria (1986–1988). Tem 83 anos e mora no e mora no Rio Grande do Sul. desde 2007. Tem 84 anos. enfrentar a arena. Rio. “Eu não pretendia ser candidato “A Arena era imbatível. O MDB o velho amaral “A eleição de senador, naquele a coisa nenhuma. Eu sempre digo tinha perdido em 1970. Na eleição peixoto momento, era a única eleição majori- que fui objeto da ‘traição’ do meu de 74, a mim coube assumir aquela me fez um apelo” tária do país. Então passou a ter um amigo Alcides Saldanha, que me disputa, arriscada e matematicamen- — sATURNINO bRAGA significado todo especial e os senado- forçou a ir a Caçapava. Era só para te impossível. Mas a força do povo res eleitos se tornaram as lideranças ir a uma inauguração não sei de quê, esteve caracterizada pela manifesta- importantes em cada estado. e, quando eu menos esperava, saiu ção espontânea naquela eleição. O “no primeiro No primeiro momento, a classe uma enorme recepção, anunciando próprio governador César Cals, na discurso eu disse: média das grandes cidades apoiou o a minha candidatura. época, numa explosão de entusias- enquanto estiver golpe, sem dúvida nenhuma. Em 74, Naquela eleição, havia apenas mo, disse que ‘nem o Padre Cícero’ aqui, não vou pedir já havia um sentimento de que era uma vaga para o Senado. Se hou- venceria o candidato da Arena. Isso licença a ninguém!” importante restabelecer a democracia. vesse duas, a oposição teria feito a naturalmente estimulou nossos — Paulo Brossard Naquele momento, a opinião pública maioria. correligionários para que intensifi- estava virando realmente contra os Quando fiz o primeiro discurso cassem a luta. militares. no Senado, disse: ‘Fui eleito para Chegamos ao Senado, aqueles “o governador No Rio de Janeiro, ninguém no oito anos. No entanto, meu mandato 16 representantes das unidades fe- césar cals disse MDB queria aceitar ser candidato, pode durar oito meses... ou oito se- deradas, e cada qual trouxe o seu que ‘nem o padre porque Paulo Torres era considera- manas... ou oito dias... ou oito horas. recado, consubstanciando o nosso cícero’ venceria do imbatível. A Arena, na eleição Entenderam? Pois bem, quero dizer propósito inabalável de restabelecer o candidato da anterior, tinha dado uma lavagem que, enquanto estiver aqui, não vou o estado democrático de direito. Isso arena” no MDB, e o velho Amaral Peixoto pedir licença a ninguém para dizer só foi alcançado, na sua plenitude, — mAURO bENEVIDES me fez um apelo, dizendo que eu iria o que eu entenda que devo dizer! A em 1988, quando eu já estava no prestar um serviço ao partido.” ninguém!’.” segundo mandato de senador.” a c i l b

ú Ern e esto Geis l p oposição, alcançou substancial avanço na autenticidade e R Em 30 de dezembro de 1974, o de sua acrescida expressão política. a da da a i c presidente Ernesto Geisel se dirige Acresce mencionar (...) que a Arena aparentemente “a arena se desgastou dên i com o largo período

Pres à nação em cadeia de rádio e televi- se beneficiou — e talvez mais correto seria dizer que se são. Reconhece a vitória do MDB desgastou — com o largo período de confortável, mas de confortável, e critica a Arena. emoliente posição majoritária. As consequências estão mas emoliente “Ressentimentos — e não há agora à vista. Sirva isso de alerta (...). Na Arena, partido maioria” razão para c­ultivá-los — não me que se comportou como partido único, sem que na re- — pres. Geisel, em 1974 tolhem, nem sinto simples cons- alidade o fosse, as dissensões internas sobrepor-se-iam trangimento, que até seria compreensível, ao registrar aos objetivos maiores do conjunto, ensejando afirmações que o Movimento Democrático Brasileiro, partido da mais positivas do partido contrário.”

Jornal do Senado Secretaria de Comunicação Social Secretaria Agência e Jornal do Senado Revisão: Fernanda Vidigal, Produção: Rodrigo Resende e Anderson Mendanha Praça dos Três Poderes, Ed. Anexo 1 do Senado Federal, Diretor: Davi Emerich Diretor: Marco Antonio Reis Pedro Pincer e Tatiana Beltrão Á udio: André Menezes 20o andar, 70165-920, Brasília, DF Diretor-adjunto: Flávio de Mattos Diretor-adjunto: Flávio Faria Diagramação: Claudio Portella Edição: Leila Herédia www.senado.leg.br/jornal • e-mail: [email protected] Diretor de Jornalismo: Eduardo Leão Coordenação de Cobertura: Nelson Oliveira Tratamento de imagem: Afonso Celso F. A. Oliveira Twitter: @Agencia_Senado Coordenação de Edição: Silvio Burle Pesquisa de fotos: Braz Félix vÍDEO (agência Senado) facebook.com/SenadoFederal Coordenação de Multimídia: James Gama Imagens: Adriano Kakazu e Tadeu Sposito Tel.: 0800 612211 Editor-chefe do Jornal: Marcio Maturana série “Senado 74” (rádio SENADO) Finalização: Bernardo Ururahy Edição do Encarte: André Fontenelle Reportagem: Adriano Faria Edição: Maurício Muller e James Gama