Prefeitura Municipal De Iguaba Grande Estado Do Rio De Janeiro Gabinete Do Prefeito

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Prefeitura Municipal De Iguaba Grande Estado Do Rio De Janeiro Gabinete Do Prefeito PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO LEI COMPLEMENTAR Nº 082/2008 DE 22 DE JULHO DE 2008 Institui o Plano Diretor do Município O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE IGUABA GRANDE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Faz saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono a seguinte LEI: TÍTULO I DO PLANO DIRETOR Art. 1º. O Plano Diretor de Iguaba Grande é o instrumento básico para promover o adequado ordenamento e desenvolvimento do Município estabelecendo a Política Urbana e demais Políticas Setoriais assim como seus instrumentos para a realização de seus objetivos. Art. 2º. O Plano Diretor é parte integrante de um processo contínuo de planejamento, onde estão assegurados os objetivos e diretrizes definidos neste Plano Diretor e a participação popular na sua realização e implementação. § 1º. O Plano Diretor deverá ser avaliado e atualizado a cada 05 (cinco) anos. § 2º. As leis especificas, previstas no presente Plano Diretor deverão ser promovidas pelo Poder Executivo municipal no prazo máximo de um ano a contar da data de publicação da presente lei. § 3º. Fica o Poder Legislativo autorizado a promover as leis, previstas no presente Plano Diretor, se por omissão do Poder Executivo estas não forem propostas no prazo de que trata o parágrafo anterior. § 4º. Ficam igualmente autorizados os Poderes Executivo e Legislativo, dentro dos prazos previstos nesta lei complementar, a promoverem a contratação de empresas especializadas para auxiliarem na elaboração das leis previstas neste plano, respeitadas as demais legislações pertinentes. Art. 3º. Constituem o Plano Diretor as diretrizes e os instrumentos com vistas à: I - Definição e promoção da Política Urbana através da: a) Ordenação do território municipal; b) Adequação do crescimento urbano ao meio ambiente natural; c) Promoção e implantação de empreendimentos que atendam aos anseios econômicos e sociais do Município. II - Definição e promoção de Políticas Setoriais nas áreas de: a) Política de Meio Ambiente; b) Política de Habitação; c) Política de Saneamento Ambiental; d) Política de Circulação e Transportes; e) Política de Turismo, Lazer e Esportes; f) Política de Educação e Cultura; PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO g) Política de Saúde; h) Política de Trabalho e Ação Social; i) Política de Desenvolvimento Econômico. Art. 4º. O Plano Diretor tem por objetivo geral transformar o Município de Iguaba Grande em um Centro de Turismo e Lazer garantindo o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e sociais, assegurando o bem estar de seus moradores, veranistas e turistas e integrando de forma sustentável o meio urbano ao meio ambiente cultural e natural. Parágrafo Único – São objetivos específicos do Plano Diretor: I - Garantir o adequado uso e ocupação do solo urbano; II - Organizar e incentivar o desenvolvimento turístico; III - Preservar o meio ambiente natural e cultural; IV - Orientar e assegurar o desenvolvimento sócio-econômico; V - Valorizar o Município como parte integrante da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e da Região dos Lagos, consolidando a sua articulação regional; VI - Preservar o meio ambiente em todas as suas formas; VII - Orientar a legislação para controlar o parcelamento, o uso e a ocupação do solo urbano; VIII - Estruturar a rede viária; IX - Estruturar o sistema de transporte e a mobilidade; X - Orientar e assegurar o desenvolvimento sócio-econômico local; XI - Promover as atividades agrícolas e de pesca; XII - Promover o turismo; XIII - Fortalecer os Poderes Legislativo e Executivo municipais, e o papel destes como condutores do processo permanente de planejamento participativo; XIV - Efetivar a gestão democrática do Município, através do fortalecimento dos instrumentos de participação social e da permanente articulação entre as diversas esferas de governo e dos agentes econômicos e comunitários. TÍTULO II DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE Art. 5º. As funções sociais da cidade são compreendidas como direito de todo cidadão do acesso à moradia, ao transporte público, saneamento básico, energia elétrica, iluminação pública, saúde, educação, cultura, creche, lazer, segurança, acesso aos espaços e equipamentos públicos, preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural. Art. 6º. A função social da propriedade urbana ou rural é cumprida quando atende simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - Aproveitamento racional e adequado; 2 PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis com a preservação do meio ambiente; III - Observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Parágrafo único - As funções sociais da propriedade estão condicionadas às funções sociais da cidade, às diretrizes do desenvolvimento municipal e às exigências deste Plano Diretor. TÍTULO III DOS INSTRUMENTOS E RECURSOS Art. 7º. Esta lei complementar compreende os instrumentos institucionais, financeiros e urbanísticos, que promoverão a Política Urbana e as demais políticas a serem implementadas pelo Poder Público Municipal. CAPÍTULO I DOS INSTRUMENTOS DE CARÁTER INSTITUCIONAL Art. 8º. São instrumentos de caráter institucional, de apoio e de aplicação deste Plano, sem prejuízo de outros previstos na legislação municipal, estadual ou federal: I - Conselho da Cidade; II - Conselho da Educação e Cultura; III - Conselho da Saúde e Bem Estar Social; IV - Conselho do Turismo; V - Conselho do Meio Ambiente; VI - Conselho de Saneamento; VII - Conselho da Política Agrícola e Pesqueira; VIII - Conselho Gestor de Resíduos. Parágrafo Único – Lei municipal específica disporá sobre os conselhos municipais referidos neste artigo e os que ainda não foram criados, especificando sua estrutura, sua finalidade e competências. Art. 9º. Fica criado o Conselho da Cidade composto dos seguintes representantes: I - Órgãos públicos na proporção de 42,2%; II - Movimentos sociais e populares na proporção de 26,8%; III - Empresariais na proporção de 9,9%; IV - Trabalhadores na proporção de 9,9%; V - Entidades profissionais na proporção de 7%; 3 PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO VI - ONGs na proporção de 4,2%. § 1º. Todos os Conselheiros terão mandato de 2 (dois) anos, suscetível de renovação. § 2º. O Presidente do Conselho será escolhido pelos seus pares. § 3º. Na composição do Conselho da Cidade serão indicadas, preferencialmente, pessoas de formação profissional diversificada, sendo obrigatória a presença de pelo menos um profissional com competência para o planejamento urbano. § 4º. O Conselho da Cidade reunir-se-á ordinariamente pelo menos 3 (três) vezes ao ano, e extraordinariamente, quando se fizer necessário ou quando solicitado, a critério do seu presidente. Art. 10. O Conselho da Cidade é um órgão consultivo e de assessoramento, a ele competindo: I - Acompanhar e avaliar os resultados da realização e/ou implantação do Plano Diretor- PD; II - Divulgar os resultados da implantação do Plano Diretor; III - III - Intervir em todas as etapas do processo de implantação e execução do Plano Diretor; IV - Analisar e propor medidas de concretização das Políticas Setoriais; V - Sugerir decretos, regulamentos, instruções normativas e portarias contendo preceitos relativos à matéria urbanística, tendo em vista a aplicação e o desenvolvimento do Plano Diretor; VI - Assessorar o Prefeito nas decisões relativas ao desenvolvimento do Município, particularmente no que se refere ao seu planejamento físico, territorial e sócio-econômico, englobado no Plano Diretor; VII - Promover estudos e trabalhos necessários à constante atualização do Plano Diretor, desenvolvendo relatórios e projetos decorrentes dessa revisão, inclusive com enfoques extra fiscais, para serem encaminhados, caso necessário, à deliberação do Legislativo Municipal; VIII - Informar e ser informado, pelos órgãos da Administração Pública, sobre o andamento de obras ou sobre as atividades ligadas ao planejamento do Município previstas no Plano Diretor e decorrentes de sua progressiva revisão e atualização; IX - Coordenar e supervisionar projetos específicos ligados ao planejamento, quando designado pelo Prefeito, ou na esfera de suas atribuições; X - Articular-se com os órgãos estaduais, visando à instituição de serviços comuns às áreas dos Municípios adjacentes; XI - Propor o tombamento de edificações e sítios de valor cultural ou histórico. CAPÍTULO II DOS INSTRUMENTOS DE CARÁTER FINANCEIRO Art. 11. São instrumentos de caráter financeiro deste Plano, sem prejuízo de outros previstos na legislação municipal, estadual ou federal: I - Fundo de Desenvolvimento Urbano; II - Fundo de Meio Ambiente; III - Fundo de Desenvolvimento Econômico; 4 PREFEITURA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO PREFEITO IV - Fundo de Desenvolvimento do Turismo; V - Fundo de Desenvolvimento da Cultura; VI - Da Contribuição de Melhoria. Parágrafo Único - Lei municipal específica disporá sobre os fundos municipais referidos neste artigo, os quais terão natureza contábil financeira, sem personalidade jurídica. Art. 12. Comporão os recursos dos fundos municipais, dentre outros: I - As dotações orçamentárias; II - As receitas decorrentes da aplicação de instrumentos previstos nesta Lei; III - O produto de operações de crédito celebradas com organismos nacionais e internacionais, mediante prévia autorização legislativa; IV - As subvenções,
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