Carlos Edinei De Oliveira
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO EM HISTÓRIA FAMÍLIAS E NATUREZA As relações entre famílias e ambiente na construção da colonização de Tangará da Serra - MT CARLOS EDINEI DE OLIVEIRA CUIABÁ 2002 CARLOS EDINEI DE OLIVEIRA FAMÍLIAS E NATUREZA As relações entre famílias e ambiente na construção da colonização de Tangará da Serra - MT Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em História. Orientadora: Prof.ª Drª Maria Adenir Peraro CUIABÁ 2002 TERMO DE APROVAÇÃO CARLOS EDINEI DE OLIVEIRA FAMÍLIAS E NATUREZA As relações entre famílias e ambiente na construção da colonização de Tangará da Serra – MT Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Mato Grosso, pela Banca formada pelos professores: Orientadora: Profª Drª Maria Adenir Peraro Departamento de História – ICHS – UFMT Prof.ª Drª Joana Aparecida Fernandes da Silva Departamento de Antropologia – ICHS – UFMT Departamento de Ciências Sociais - UFG Prof ª Drª Ana Silvia Volpi Scott NEPO - UNICAMP Prof. Drº João Carlos Barrozo Departamento de Sociologia e Ciência Política – ICHS - UFMT Cuiabá, 15de abril de 2002. RESUMO Esta dissertação tem como objetivo principal entender a relação das famílias migrantes com o ambiente que passaram a ocupar no momento da colonização de Tangará da Serra – MT e as representações que elaboraram sobre este ambiente. Tem como hipótese que as famílias tinham duas formas antagônicas de representar o ambiente. A primeira era aquela da convivência diária, do impacto da chegada no novo ambiente e suas relações efetivas com ele, considerando-o como sertão, perigoso, povoado de bichos e insetos. A segunda representação era expressa nas cartas encaminhadas a parentes e amigos que ficaram no lugar de origem, ou pela propaganda para a venda de terras, quando alguém aparecia para comprá-las. Nesta última, o ambiente é apresentado como fértil, nutridor, um paraíso. A dissertação apresentada realizou-se mediante a leitura de várias fontes escritas, destacando as paroquiais e cartoriais; as fontes orais também foram amplamente utilizadas. As balizas teóricas pretendidas fundamentam-se na História Cultural, tendo como discussão as representações do mundo social abordadas por Roger Chartier e Émile Durkheim. O texto apresentado é divido em quatro partes, ou seja, ambientes em que as famílias migrantes, em especial mineiras, paulistas e paranaenses, reocuparam-nos no período de 1959 a 1979, produzindo nestes ambientes diferentes representações. O estudo também apresenta representações de viajantes, como Nicolau Badariotti, Max Schmidt e Roquette -Pinto, sobre o espaço em estudo, território tradicional do povo indígena Paresí. ABSTRACT The aim of this dissertation is to understand the relation of the migrant families with the environment where they settled down during the colonization of Tangará da Serra - MT and also their illustration of this environment. The hypothesis is that the families had two opposing forms of illustrating the environment. The first one was about the daily routine, about the arrival impact to the new environment as well as the effective relations to it, regarding it as dangerous backwoods, full of wild animals and insects. The second one was expressed through letters sent to relatives and friends who had not moved to Tangará da Serra, or it was expressed though land advertising, when there was anyone interested in buying a piece of it. In this last example, the environment presented a more favorable image, it was fertile soil, a paradise. This research was based on the reading of parish register and registry office books, interviews were also widely used. The aimed theoretical bases get support from the Cultural History, considering as argument the social word illustration approached by Roger Chartier and Émile Durkheim. The text is divided in four parts, in other words, areas where “mineras”, “paulistas” and “paranaenses” families settled down from 1959 to 1979 causing different representations of them. The study also presents representations from travelers like Nicolau Badariotti, Max Schimidt and Roquette -Pinto about this specific environment, Paresi indian people’s traditional land. À Matildes, Carlos Murilo e Maria Clara. AGRADECIMENTOS No dia 7 de setembro de 1972, minha família rompia a Serra do Tapirapuã, para avistar o povoado de Tangará da Serra. Nosso destino era a fazenda Bandeirantes; 100 alqueires de terra, parte, de “mata virgem”, adquiridas por meu avô Antônio Simões de Oliveira, baiano, mas procedente de São Paulo, que queria usar as terras para a produção do “ouro verde”. Cresci, vivendo e ouvindo histórias de Tangará da Serra. Hoje, parte de minhas indagações do passado está presente nesta dissertação, que só foi possível graças ao apoio intelectual e afetivo que recebi ao longo da realização do mestrado. Desta forma, mesmo correndo o perigoso risco de esquecer alguém, tentarei externar meus agradecimentos a todos. Inicialmente, agradeço imensamente aos homens e às mulheres que se auto-intitulam pioneiros, por terem me deixado ouví-los, pois me contaram tantas histórias, que, ao escutá- las, às vezes, esquecia minha árdua tarefa de pesquisador e viajava com suas lembranças. À professora Drª. Maria Adenir Peraro, minha orientadora, agradeço pela disciplina com que conduziu a orientação, pelo carinho e pe la amizade sempre prestados, pelo pronto atendimento, pelas discussões e pela confiança em que tudo daria certo. À professora Drª. Joana Aparecida Fernandes da Silva, pela valiosa contribuição, desde a reorganização do projeto de pesquisa, até o exame de qualificação, pela leitura e pelos apontamentos sempre criteriosos e certeiros, pelas palavras fraternas e pela amizade constante, durante a realização desta caminhada. Agradeço da mesma forma: - à professora Drª. Ana Sílvia Volpi Scott, pela valiosa contribuição no exame de qualificação. Ao professor Dr. João Carlos Barrozo, pela oportunidade de me fazer conhecer a obra Nicolau Badariotti e ao professor Dr. Jerri Roberto Marin, pelas informações e sugestões muito valiosas. - às grandes amigas Vânia Na daf e Suzana Guimarães, pelo apoio concedido, pelas discussões bibliográficas, pelo companheirismo; sou lhes eternamente grato. - à Edil, Jucineth, Marli, Maria do Socorro, Simone Nolasco e ao amigo Adson Arruda, por tudo que realizamos juntos. - à prof essora Ms. Hellen Cristina de Souza, pelo incentivo à pesquisa e pelos apontamentos importantes sobre a primeira parte da dissertação. - a todos que contribuíram comigo, indicando bibliografias, emprestando material de acervo particular, ao prof. Ms. Sérgio Baldinotti, ao prof. Ms. Aires José Pereira, à prof ª. Ana Cristina Lopes, à profª Ms. Anna Maria Ribeiro Fernandes Moreira da Costa, à Srta. Maria das Neves Dantas, à profª. Tereza Lopes da Silva, à Sra. Thaís Bergo Duarte Barbosa, à prof.ª. Vera Lúcia Godrim, ao Sr. Sílvio José Sommavilla, ao Sr. Uraci Maciel Sakuyoshi. - ao médico Fábio Pinatto e ao engenheiro agrônomo Roger Francisco da Silva Castilhos pela significativa colaboração. - aos alunos que têm colaborado comigo no processo de pesquisa, em especial aos da disciplina de Metodologia do Ensino das Ciências Humanas do curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação – ITEC. - aos responsáveis pelas secretarias municipais de Tangará da Serra, que disponibilizaram o acervo para a pesquisa, como a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo. Sou grato também a Naomi Onga, pela cuidadosa elaboração dos mapas, ao William Flávio de Carvalho e ao Glicélio Corrêa dos Santos, pela ajuda junto ao computador e no processo de transcrição de fitas, a Laerte Joana de Camargo Medrado e Rosalina Maria Camargo de Almeida, pela assessoria na transcrição de dados das fontes cartoriais, no município de Nova Olímpia – MT. Sou grato, ainda: - ao Sr. Pedro Justino de Almeida e à Sra. Helena Matias Simões Junqueira, responsáveis pelos Serviços Notariais e Registrais de Nova Olímpia e Progresso e ao Frei Paulino Costela, pároco de Tangará da Serra, pela abertura dos arquivos e pela confiança em mim depositada. - aos amigos professores da Escola 13 de Maio, da ATEC, do ITEC e da UNICEN, pelo incentivo ao longo da caminhada. - ao padre José Egberto Pereira, que faleceu antes de este texto se concretizar, agradeço a atenção demonstrada. Tenho certeza que está feliz com o registro de parte da História que viveu. Meus agradecimentos especiais: - ao Fernando, a Carminha, a Fernanda, a Fabiana e ao Toshio, minha família em Cuiabá, obrigado pela hospitalidade; o carinho e a presença de vocês me fortalecera, para que pudesse vencer obstáculos. - ao Renato, a Ilza, a Bruna, ao Gabriel e ao Lucas, membros especiais da minha família. - ao meu pai Benedito Carlos, pelo apoio constante, e a minha mãe, Adelaide Rossi, que sempre, em oração, intercede para que eu consiga ser feliz em tudo que realizo. - a Maria Clara e ao Carlos Murilo, minhas distrações preferidas, meus anjos, meus sonhos, motivos da força de ser feliz. - a Matildes, minha companheira, que, em muitos momentos, tem sido pai e mãe desta pequena família, que tenho deixado ausente. Nada se realizaria sem o carinho, sem o amor, sem a paciência e a força espiritual que me transmite. Contudo, ao