PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE JORNALISMO

MARIANA PRINCE GOMES CARDOSO

TORCIDAS ORGANIZADAS E VIOLÊNCIA: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS BANDA B E TRIBUNA DO PARANÁ

CURITIBA 2019 MARIANA PRINCE GOMES CARDOSO

TORCIDAS ORGANIZADAS E VIOLÊNCIA: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS BANDA B E TRIBUNA DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Jornalismo.

Orientador: Prof. Me. Miguel Angelo Manasses.

CURITIBA 2019 MARIANA PRINCE GOMES CARDOSO

TORCIDAS ORGANIZADAS E VIOLÊNCIA: UMA ANÁLISE DOS PORTAIS BANDA B E TRIBUNA DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Jornalismo.

COMISSÃO EXAMINADORA

______Prof. Me. Miguel Angelo Manasses Pontifícia Universidade Católica do Paraná

______Prof. Me. Lenise Aubrift Klenk Pontifícia Universidade Católica do Paraná

______Prof. Me. Rafael de Oliveira Andrade Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Curitiba, 10 de junho de 2019. AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, aos meus pais por todo o apoio e suporte não só na faculdade, mas na vida. Obrigada por tudo que fizeram por mim durante todos esses anos. Obrigada por terem me ensinado a amar o futebol. Como vocês bem sabem, acabou se tornando uma das minhas maiores paixões. Obrigada pai, por ter me ensinado a amar o nosso time com todo meu coração. E obrigada mãe, por, desde sempre, me mostrar que lugar de mulher também é na arquibancada. Eu amo vocês.

Agradeço ao meu irmão, meu parceiro de vida. Obrigada por me escutar e por estar ao meu lado sempre. Você sabe que é tudo pra mim e que eu não sou nada sem você.

Agradeço a minha família, minhas primas, primos, tias e avó que sempre me apoiam e acreditam em mim e no meu potencial. Vocês são parte fundamental da minha caminhada.

Agradeço ao meu namorado, por ter ficado ao meu lado em todos os momentos nesses últimos anos que não foram nada fáceis. Obrigada por entender minhas ausências e por ter sido presente. Obrigada, também, por compartilhar comigo o amor pelo futebol e pelos esportes. Mas principalmente, obrigada por compartilhar a vida comigo. Você deixa tudo mais leve e ilumina minha vida. Eu te amo.

Agradeço aos meus amigos. Aos que estão do meu lado todos os dias e àqueles que só consigo ver algumas vezes por ano. Levo vocês comigo sempre. Mas agradeço principalmente às amizades que o jornalismo me deu. Larissa, Stephanie e Victoria obrigada por compartilharem comigo essa jornada louca que é a faculdade. Sem vocês, talvez eu não tivesse chegado até aqui.

Agradeço também aos meus professores aqui da PUCPR, por terem me ensinado tanto nesses últimos anos. Meus agradecimentos especiais ao meu orientador, Miguel Manasses, por ter acreditado em mim e no meu trabalho. Obrigada por ter sido presente em todos os momentos e se fazer disponível todos os dias.

Algumas pessoas acreditam que futebol é questão de vida ou morte. Fico muito decepcionado com essa atitude. Posso afirmar que é muito, muito mais importante. (Bill Shankly) RESUMO

O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol. Atualmente os principais times do país possuem pelo menos uma torcida organizada, responsável por comandar a festa na arquibancada e muitas vezes elas são associadas à violência. Esta pesquisa tem como objetivo analisar como as três principais torcidas organizadas de Curitiba são retratadas nos portais online Tribuna do Paraná e Banda B. Os objetivos específicos são identificar quais são os temas recorrentes nos portais quando a pauta são as torcidas organizadas e comparar como esses portais tratam as torcidas organizadas. A metodologia escolhida foi análise de conteúdo qualitativa a partir de uma amostra não aleatória, tendo como principais autores Bauer (2004), Herscovitz (2007), Júnior (2011) e Bardin (2011). Foram analisadas 35 reportagens veiculadas nos dois portais durante o período do de 2019 que mostraram que temas de não violência foram os mais recorrentes, derrubando a hipótese inicial da pesquisa.

Palavras-chave: Violência. Torcidas organizadas. Futebol. Jornalismo esportivo.

ABSTRACT

Brazil is known worldwide as the country of football. These days, the main teams have at least one organized fan group, responsible for leading the party in the stands and many times associated with violence. This research has as its objective to analyse how the three organized fan groups of Curitiba are painted in the online publications Tribuna do Paraná and Banda B. The specific goals are to identify what are the recurrent themes in the news when the subject is organized fan groups. The chosen methodology was qualitative content analysis, through a non random sample, having as its main authors Bauer (2004), Herscovitz (2007), Júnior (2011) and Hardin (2011). 35 news reports were analysed in both publications during the 2019 paranaense Championship, which shows that non violent themes were the most recurring ones, subverting the initial research hipothesis.

Keywords: Violence. Organized fan group. Soccer. Sport journalism.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – 1ª tela parcial do especial “50 anos do golpe de 1964” ...... 43

Figura 2 – 2ª tela parcial do especial “50 anos do golpe de 1964” ...... 43

Figura 3 – Tela parcial da reportagem “Coritiba e Paraná fazem duelo que irá interferir no futuro dos dois” ...... 45

Gráfico 1 – Torcidas relacionadas a atos de violência segundo as reportagens analisadas...... 52

Gráfico 2 – Assuntos da matérias da categoria não violência...... 53

Tabela 1 – Categoria violência...... 50

Tabela 2 – Categoria não violência...... 51

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI 5 Ato Institucional nº 5 CBD Confederação Brasileira de Desportos CBF Confederação Brasileira de Futebol CBV Confederação Brasileira de Vôlei CND Conselho Nacional de Desportos Demafe Delegacia de Atendimento de Futebol e Eventos FIFA Federação Internacional de Futebol Ipea Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MP-PR Ministério Público do Paraná ONU Organização das Nações Unidas STJD Supremo Tribunal de Justiça Desportiva UEFA Associação de Futebol da União Europeia Urbs Urbanização de Curitiba

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...... 11 2 VIOLÊNCIA NO BRASIL...... 13 2.1 VIOLÊNCIA NO FUTEBOL...... 14 2.2 VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS...... 16 3 FUTEBOL...... 18 3.1 O FUTEBOL NO BRASIL...... 18 3.1.1 Um começo racista e elitista...... 19 3.1.2 Campeonato brasileiro e criação da CBF...... 21 4 TORCIDAS ORGANIZADAS...... 23 4.1 TORCIDAS ORGANIZADAS NO BRASIL...... 23 4.2 OS HOOLIGANS INGLESES...... 26 4.3 LEIS E PUNIÇÕES NO BRASIL...... 28 4.3.1 Exemplos de violência e tentativas de punições no Paraná...... 29 5 JORNALISMO ESPORTIVO...... 32 5.1 CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO ESPORTIVO...... 33 5.1.1 Pauta...... 33 5.1.2 Entrevista...... 34 5.1.3 Reportagem...... 34 5.1.4 Narrador...... 35 5.1.5 Comentarista...... 35 5.2 JORNALISMO ESPORTIVO NO RÁDIO...... 35 5.3 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV...... 36 5.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA INTERNET...... 38 6 JORNALISMO ONLINE...... 40 6.1 JORNALISMO ONLINE NO BRASIL...... 40 6.2 CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO ONLINE...... 42 6.2.1 Interatividade...... 42 6.2.2 Memória...... 42 6.2.3 Multimedialidade...... 44 6.2.4 Hipertextualidade...... 44 6.2.5 Customização de conteúdo ou personalização...... 45 6.2.6 Acessibilidade...... 46 6.2.7 Custo de produção e veiculação...... 46 7 TORCIDAS ORGANIZADAS NOS PORTAIS ONLINE BANDA B E TRIBUNA DO PARANÁ...... 47 7.1 TRIBUNA DO PARANÁ E BANDA B: UM BREVE HISTÓRICO ...... 47 7.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO...... 48 7.2.1 Resultados...... 51 7.2.1.1 Banda B...... 54 7.2.1.2 Tribuna do Paraná...... 55 7.2.1.3 Banda B x Tribuna do Paraná: comparação entre os veículos...... 57 8 CONCLUSÃO...... 59 REFERÊNCIAS...... 61 APÊNDICE A – REPORTAGENS SELECIONADAS PARA ANÁLISE...... 67 APÊNDICE B – TABELAS DE ANÁLISE DA CATEGORIA VIOLÊNCIA...... 70 APÊNDICE C – TABELAS DE ANÁLISE DA CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA...... 72 APÊNDICE D – REPORTAGENS DE VIOLÊNCIA POR SUBCATEGORIA...... 81 APÊNDICE E – REPORTAGENS DE NÃO VIOLÊNCIA POR SUBCATEGORIA...... 82 APÊNDICE F – CONTABILIZAÇÃO DA ANÁLISE GERAL...... 85 APÊNDICE G – CONTABILIZAÇÃO CATEGORIA VIOLÊNCIA...... 86 APÊNDICE H – CONTABILIZAÇÃO CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA...... 87 APÊNDICE I – QUADROS DE ANÁLISE DAS REPORTAGENS...... 89 11

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é conhecido como “país do futebol” e não é por acaso. Em uma pesquisa realizada pelo Paraná Pesquisa em 2016, apenas 19,5% dos entrevistados declararam não torcer para nenhum time. Segundo Wilson (2016), o esporte chegou no Brasil em meados de 1890 com Charles Miller. É importante lembrar que assim que chegou no país, o futebol encontrou um certo preconceito da imprensa. Segundo Coelho (2013) as pessoas acreditavam que o esporte era assunto menor, e que o futebol jamais seria manchete dos jornais - acreditavam que até mesmo o remo, principal esporte da época, não era capaz de tal feito. Porém, com a popularização do esporte, que aconteceu na década de 1920, os jornais começaram a dar mais espaço para a área esportiva. Em 1928, A Gazeta, do Rio de Janeiro, lançou um suplemento chamado Gazeta Esportiva, um caderno inteiro dedicado às notícias relacionadas aos esportes. Poucos anos depois, em 1931, também do Rio de Janeiro, nasceu o primeiro diário exclusivamente esportivo (COELHO, 2013), mostrando que o esporte, principalmente o futebol, era capaz de não apenas assumir manchetes e estampar a primeira página dos jornais, mas de ter um periódico inteiramente dedicado a ele. Com o futebol virando febre nacional, começaram a surgir as torcidas organizadas. Atualmente cada um dos principais times do Brasil possui pelo menos uma torcida organizada, responsável por comandar a festa nas arquibancadas dos estádios. De acordo com Murad (2017), nos primeiros anos, era comum que de vez em quando a torcida do time vencedor pagasse um jantar para a torcida que havia sido derrotada. Uma maneira pacífica de aproximação entre as pessoas. Foi lá por meados de 1970 que o cenário das torcidas organizadas mudou e cenas de violência passaram a surgir nas arquibancadas. Ainda segundo o autor, foi em 1988, quando Cleofas Sostenes Dantas da Silva, chefe da Mancha Verde, do Palmeiras, foi assassinado a tiros na frente da sede da torcida em São Paulo, que a “guerra” dos torcedores organizados, que dura até hoje, começou (MURAD, 2017). Uma pesquisa realizada pela consultoria Stochos (2013 apud ESPN, 2014) apontou que 84,2% dos entrevistados indicaram as torcidas organizadas como responsáveis por incitar a violência, fazendo com que as pessoas se afastem dos estádios. Murad (2017) defende que os noticiários têm uma parcela de culpa por esse afastamento, pois parte da mídia adota uma narrativa sensacionalista sobre a violência no futebol. 12

Vale lembrar que a mídia tem grande poder de influência sobre a população e como defendido pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann, citada por Hohlfeldt (2001), através da agenda setting a mídia influencia não só sobre o que o espectador deve pensar, mas como ele deve pensar. Dessa forma, a pesquisa busca responder a problemática de que a mídia trata as torcidas organizadas de maneira sensacionalista. Tendo isso em mente, o principal objetivo da presente pesquisa é analisar de que forma as três principais torcidas organizadas de Curitiba são retratadas pelos portais online Banda B e Tribuna do Paraná. A hipótese inicial é de que a maioria das vezes em que os portais online falam de torcidas organizada eles as relacionam com algum ato de violência. Os objetivos específicos são identificar quais são os temas recorrentes nos portais quando a pauta são as torcidas organizadas e comparar como esses dois portais tratam as torcidas organizadas. A metodologia escolhida foi análise de conteúdo, tendo como principais autores Bauer (2004), Herscovitz (2007), Júnior (2011) e Bardin (2011). A análise será feita em 35 reportagens veiculadas nos portais online Banda B e Tribuna do Paraná, durante o campeonato paranaense de futebol de 2019, que falem sobre as torcidas organizadas curitibanas. A amostragem será qualitativa e não aleatória, ou seja, todas as reportagens veiculadas nesse período, que contenham dentro do texto as palavras “torcidas organizadas”, “fúria independente”, “império alviverde” ou “os fanáticos” serão analisadas. Esta pesquisa segue a linha de pesquisa de cultura e ambientes midiáticos e está separada nas seguintes seções: introdução; violência no Brasil; futebol; torcidas organizadas; jornalismo esportivo; jornalismo online; torcidas organizadas na Banda B e na Tribuna do Paraná, parque que será apresentada a metodologia e os resultados da análise; e conclusão.

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2 VIOLÊNCIA NO BRASIL

Não há sequer um capítulo da história que não tenha episódios de violência. Seja nos primórdios da humanidade, com Caim e Abel – para aqueles que acreditam na Bíblia – seja na Batalha de Megido, no Egito, no século XV antes de Cristo, nas cruzadas, durante a Idade Média, nas inúmeras revoluções (como a francesa em 1794) ou nas inúmeras guerras que assolam o mundo diariamente. Isso sem contar as ideologias nazifascistas, o racismo, a homofobia, o machismo e tantos outros tipos de preconceitos que tiram a vida de milhares de pessoas diariamente. No Brasil, não é diferente. A violência começou já na colonização, no século XVI, com a dizimação dos povos indígenas que viviam no país antes dos portugueses chegarem. De lá para cá, a violência só aumentou, com episódios como a escravidão (século XVI – XIX), guerra da cisplatina (1825 – 1828), guerra dos canudos (1896 – 1897), guerra do contestado (1912 – 1916), ditadura militar (1964 – 1985), etc. Os números de violência no país são alarmantes. Segundo o Atlas da Violência divulgado em 2018 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil alcançou, em 2016, uma marca histórica de mais de 60 mil homicídios, o equivalente a 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes. O estudo também mostrou que enquanto a taxa de homicídio de negros cresceu 23,1% nos últimos dez anos, as mortes intencionais de pessoas não negras diminuíram em 6,8%. Já o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontou que 4,7 milhões de mulheres foram vítimas de agressão física em 2018, ou seja, em uma hora, 536 mulheres eram agredidas. Esses são apenas alguns números que demonstram que o país passa por um grave problema de violência urbana e, consequentemente, de segurança pública. Murad (2017) explica que:

a segurança pública é definida em nossa Constituição como dever do Estado, direito da cidadania e responsabilidade de todos. Visa manter das pessoas a incolumidade, ou seja, a noção jurídica que preserva, protege e cuida da ordem pública, para que pessoas, seus bens e patrimônios (públicos ou privados) permaneçam ilesos – sem lesões, sem agressões, ferimentos, mutilações, depredações, rupturas (MURAD, 2017, p. 24).

No entanto, o que acontece no Brasil é que os investimentos não são feitos da forma correta. Segundo Murad (2017), dos 277 bilhões de reais gastos com segurança pública em 2015, apenas 66,5 bilhões foram direcionados para a prevenção da 14

violência, enquanto 210 bilhões foram gastos com os efeitos da mesma. Ou seja, o país gasta três vezes mais com a consequência da violência do que com prevenção. Dados do Tribunal de Contas da União e do Ministério da Justiça de 2015 apontaram que 95% dos processos criminais no país não foram finalizados, porcentual que, segundo o autor, não mudou muito nos últimos 25 anos. Essa sensação de impunidade influencia não só na violência no futebol, mas também nos outros setores da sociedade (MURAD, 2017).

2.1 VIOLÊNCIA NO FUTEBOL

Mais do que um esporte coletivo, o futebol é um esporte de contato físico. E, no Brasil, ele também é altamente popular e competitivo. Segundo Murad (2007), o futebol é entendido por muitos cientistas sociais como um ritual de “violência simbólica” que tem o poder de evitar a violência direta, como uma forma de “solução ritual do conflito”:

seria esse frágil limite, entre o real e o simbólico, que ajudaria a explicar o fenômeno do conflito, da agressão, da violência no futebol. Potencialmente, essa estaria sempre pronta a ultrapassar as fronteiras da ordem, da lei, das regras e do controle social. (MURAD, 2007, p. 18).

Pimenta (1997) defende que a agressividade está presente no futebol desde que ele foi criado, pois dentro das praças esportivas as regras sociais tendem a ser ignoradas, o que propicia momentos de violação de costumes éticos que geralmente não é permitida e tolerada em outro ambiente, como a troca de ofensa morais e físicas. O autor cita como exemplo de violência praticada dentro de campo a agressão do jogador Serginho Chulapa ao bandeirinha da partida entre São Paulo e Botafogo em 1977, e, também, uma briga generalizada entre torcedores organizados do Palmeiras e do São Paulo, em 1994, que aconteceu após o Edmundo, jogador do Palmeiras, agredir fisicamente dois jogadores do time adversário:

como podemos perceber, o corpo a corpo, o choque na disputa, a falsa guerra, a excitação da torcida, etc, geram uma sobrecarga de tensões que nos possibilita dizer que o ambiente do futebol é propício ao surgimento de agressões (PIMENTA, 1997, p. 54).

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Pimenta (1997) ainda defende que a violência presente no futebol não é apenas física, visto que no sistema organizacional há uma violência implícita que não é percebida por quem desconhece os bastidores do esporte, como a violência promovida pela instituição no processo de iniciação de um jogador, o vendo apenas como uma mercadoria. Nesse âmbito Murad (2007) concorda, ao afirmar que a primeira forma de violência no futebol brasileiro foi a exclusão social, mais especificamente, a exclusão dos negros – e dos menos favorecidos – logo que o esporte chegou ao Brasil. Ou seja, o que aconteceu não era uma violência física, mas sim uma violência implícita. Apesar disso, o autor defende que “o futebol não é violento em si, embora haja práticas de violência dentro e fora de campo” (MURAD, 2007, p. 21). Ele ainda afirma que ao comparar os dados específicos da violência dentro do futebol com o quadro de violência geral no Brasil, percebe-se que as ocorrências violentas no esporte são muito inferiores às do país como um todo. Murad (2007) argumenta que se a impressão que ficar é a de que os estádios são lugares propícios a violência, ou a “porradaria” como ele mesmo diz, os vândalos – mesmo que não tenham um mínimo interesse por futebol – irão começar a frequentar os campos esportivos para encontrar o que buscam em qualquer outro lugar: a violência. Fazendo com que torcedores pacíficos se afastem das praças esportivas por conta do sentimento de insegurança:

portanto faz-se necessário ampliar e melhor fundamentar a análise, para não cairmos na tentação equivocada, tantas vezes repetida, de que futebol é violência e torcida é sinônimo de vandalismo. O questionamento e a superação desse erro tão difundido é uma das contribuições da pesquisa científica às temáticas do futebol. É no desdobramento avançado dessa estratégia que encontramos projetos pedagógicos que provam que o futebol não só não é necessariamente violento como tem sido muitas vezes um instrumento de paz e reeducação social (MURAD, 2007, p. 38).

Murad (2007) ainda usa alguns exemplos para sustentar seu ponto de vista, como o caso da Vila Olímpica da Mangueira, no Rio de Janeiro, que a partir das práticas esportivas, especialmente do futebol, fez com que caísse para zero o envolvimento de adolescentes do morro da Mangueira com o crime organizado, entre os anos de 2001 e 2002.

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2.2 VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS

Segundo Murad (2017), nas primeiras décadas da existência das torcidas organizadas, entre 1940 e 1970, os conflitos entre as torcidas organizadas existiam, mas eram pontuais. Como será explicado mais para frente, na seção Torcidas Organizadas, depois que a ditadura militar foi implantada no Brasil, em 1964, grupos dissidentes dessas torcidas começaram a surgir, tendo como sua maior característica a violência. O autor ainda afirma que a guerra entre os torcedores organizados, da forma como é conhecida hoje, aconteceu anos mais tarde, em 1988, quando Cleofas Sostenes Dantas da Silva, chefe da Mancha Verde, de apenas 23 anos, foi assassinado a tiros na frente da sede de sua própria torcida, em São Paulo. A violência nos estádios brasileiros, principalmente entre as torcidas organizadas, é reconhecidamente um problema de segurança pública. Segundo Murad (2017), o Brasil ocupa o primeiro lugar quando se trata de mortes causadas por conflito entre torcedores. Os números são alarmantes, visto que “de 2010 a 2016 foram 117 homicídios comprovados, média de quase 17 a cada ano, sendo o auge em 2013, ano em que atingimos 30 mortes, média de 2,5 ao mês” (MURAD, 2017, p. 22). De acordo com Murad (2017), houve uma queda de 33% das mortes de 2013 para 2014, porém, houve um aumento na letalidade – e na brutalidade – dos casos. O autor cita o exemplo da morte de um torcedor no Estádio do Arruda, em Recife, que foi atingido por um vaso sanitário, jogado a mais de três metros de altura. Outro dado ainda mais alarmante que Murad (2017) cita, é de que cerca de 70% das vítimas são torcedores que não têm vínculo com os responsáveis diretos por esses atos violentos. Apesar disso, é importante ressaltar que os torcedores violentos são uma minoria dentro do contexto de todos os torcedores organizados. Segundo Murad (2017), uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e do mestrado da Universidade Salgado de Oliveira, atualizada em 2015-2016, apontou que o número de vândalos, ou seja, torcedores violentos, dentro das torcidas organizadas, gira em torno de 5% e 7%. Enquanto apenas 15% das torcidas organizadas foram reincidentes em atos criminosos. Ainda segundo a pesquisa, há um total de 700 torcidas oficiais cadastradas. Ou seja, não podemos generalizar nem demonizar as torcidas como um todo, mas também não podemos banalizar os casos de violência (MURAD, 2017). 17

O problema é que, segundo Murad (2017), há facções transgressoras se infiltrando dentro das torcidas organizadas, como grupos ligados a ideais neonazista, parecido com o que acontecia com os hooligans ingleses. 18

3 FUTEBOL

O futebol é considerado o esporte mais popular do mundo por muitas pessoas. Segundo o site da Federação Internacional de Futebol (FIFA), atualmente a entidade possui 211 países associados, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU), conta com apenas 193. Segundo Wilson (2016), apesar de lugares como Itália, México, Grécia e Japão praticarem esportes envolvendo a ação de chutar uma bola, o berço do futebol é a Grã-Bretanha medieval. Foi na terra da rainha, ou seja, na Inglaterra, que o futebol, como é conhecido hoje, deu seus primeiros passos. Dunmore e Murray (2014) afirmam que em 1862 foi escrito um primeiro esboço das regras para o jogo, por John Charles Thring. Essas regras foram ajustadas e publicadas no ano seguinte pela recém-fundada Football Association, na Inglaterra. Demorou um pouco, mas o esporte se popularizou em todo o mundo:

foi só em meados do século XIX que o jogo na forma que você conhece hoje se desenvolveu na Inglaterra – e em 1900 já havia se espalhado por toda a Europa e a América do Sul. Avance mais 110 anos e, agora, todos os países e continentes estão jogando (DUNMORE; MURRAY, 2014, p. 11).

Murad (2017) afirma que vários fatores ajudam a entender a popularidade do esporte, como por exemplo, o futebol ser uma modalidade espontânea – por poder ser jogada em qualquer lugar – e imprevisível, também é simples e barata, além de ser universal e democrática, afinal qualquer pessoa (independente de gênero, cor, classe social, cultura, tipo físico, etc.) pode jogar e se destacar no esporte.

3.1 FUTEBOL NO BRASIL

No Brasil, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem 27 federações filiadas atualmente, ou seja, todos os estados, incluindo o Distrito Federal, têm representação dentro da maior entidade futebolística nacional. É senso comum de que o esporte chegou ao país através de Charles Miller em 1894. Filho de um inglês com uma brasileira, ele foi estudar na Inglaterra e quando voltou, trouxe duas bolas de futebol. Wilson (2016) diz que há poucas razões para se duvidar disso. Porém, há quem discorde. e Júnior (2014) defendem que Miller 19

não foi o responsável por trazer o esporte, que hoje é a paixão nacional, ao país. Eles defendem que existem registros da prática do futebol no país desde o século 19:

o futebol brasileiro nasceu da sua mais legítima expressão: dois times improvisados, na beira da praia, time com camisa de um lado, time sem camisa do outro, linhas riscadas na areia, gols delimitados por pedaços de qualquer coisa e alguns goles de cerveja na cabeça. (...) Isso aconteceu pela primeira vez em 1874, no pedaço de areia em frente aonde hoje fica o Hotel Glória, no Rio de Janeiro (ROSSI; JÚNIOR, 2014, p. 23).

Ou seja, os autores defendem que o futebol chegou ao Brasil 20 anos antes de Miller, porém de forma amadora.

3.1.1 Um começo racista e elitista

Murad (2017) afirma que, diferente de hoje, o futebol era um esporte elitista quando chegou, feito para o lazer da mais alta classe econômica brasileira. Recém- saído do regime escravista, o Brasil ainda estava sob forte influência do racismo, consequentemente, da exclusão dos negros, e não foi diferente no futebol. O autor explica que nos clubes e nos colégios, o esporte permanecia como algo exclusivo à elite branca, enquanto na várzea, nas praças mais pobres e nas periferias, as pessoas menos favorecidas “corriam atrás da bola como forma de afirmação social, uma vez que constatavam a possibilidade de serem bons em algo privativo das elites” (MURAD, 2017, p. 99). Rossi e Júnior (2014) explicam que os times que não restringiam por meio do estatuto que apenas brancos poderiam jogar eram extremamente seletivos a partir das altas mensalidade e do título. Se isso falhasse, o novo membro deveria ser aceito por pelo menos dois terços dos associados. Porém, não demorou muito para que o esporte começasse a quebrar as barreiras de cor e classe. Esse processo de democratização, ou até mesmo de inclusão no futebol, começou a ser reconhecido e entrar em vigência na década de 1920. Murad (2007) precisa que foi em 1923, ano que o Vasco da Gama sagrou-se campeão carioca com um time “de gente modesta”, ou seja, de negros e pobres:

a partir daí não deu mais para segurar. Os clubes foram lentamente incluindo jogadores desses segmentos em suas equipes, o que resultou numa transformação de largo alcance para o futebol, com repercussão na sociedade (MURAD, 2007, p. 33). 20

Apesar de ser um grande passo em direção à igualdade racial no esporte, ele não foi muito bem aceito pela elite. Murad (2007) ressalta que após o ocorrido, o Vasco sofreu uma “expulsão branca” da liga de futebol e passou a ser pressionado para construir um estádio próprio – com inúmeras especificação e exigências a fim de dificultar a execução – como uma forma de pré-requisito para continuar participando da liga metropolitana. Rossi e Júnior (2014) creditam o “fim do racismo” no futebol brasileiro ao dinheiro. Segundo os autores, a proibição de jogadores negros começou a criar um problemas aos cartolas e aos técnicos, visto que “toda uma seleção de atletas com habilidade, porte físico e vontade de jogar bola ficava de fora dos gramados” (ROSSI; JÚNIOR, 2014, p. 42). Os dirigentes começaram a perceber que os negros poderiam dar a eles uma vantagem competitiva. Foi a partir dessa integração dos negros ao futebol brasileiro que Leônidas da Silva se tornou, segundo Rossi e Júnior (2014), o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro profissional:

a história de Leônidas e a dos primeiros clubes campeões do Brasil mostram que foram a ambição e a vontade de ganhar dinheiro, e não lutas benevolentes contra a discriminação que incluíram os negros no futebol brasileiro (ROSSI; JÚNIOR, 2014, p. 46).

Agora os negros já eram aceitos nos clubes de futebol, mas isso não significa que eles não continuaram sofrendo preconceito por conta da cor de sua pele. Rossi e Júnior (2014) exemplificam: na Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil, que era o anfitrião do campeonato, perdeu o título para o Uruguai o imaginário popular criou três culpados. Eram eles: Bigode (por não ter contido Ghiggia nos dois gols feitos pela seleção uruguaia); Juvenal (por não ter dado cobertura a Bigode); e Barbosa (o goleiro que falhou no gol de Ghiggia). O que eles tinham em comum além de, supostamente, serem os culpados pelo gol do jogador uruguaio? Todos eram negros. Oito anos depois, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia, o cenário mudou. Segundo Rossi e Júnior (2014), o trio Pelé, Garrinha – dois negros – e Vavá – um nordestino – foram responsáveis por 11 dos 13 gols da seleção brasileira na última partida da fase de grupo e nos três jogos das eliminatórias. Na final, mais um negro entrou como titular: Djalma Santos. Ou seja, jogadores negros foram os responsáveis por dar ao Brasil o primeiro título mundial da história. 21

3.1.2 Campeonato Brasileiro e a criação da CBF

O primeiro Campeonato Brasileiro aconteceu em 1971, apesar de já existirem outros torneios envolvendo times de diferentes lugares do país. Ele foi organizado pela Confederação Brasileira de Desportes (CBD), entidade que cuidava de todos os esportes no país. Segundo Sarmento (2006), o que motivou a criação do campeonato foi o interesse despertado pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, que tinha a participação de equipes dos principais centros futebolísticos:

cientes de que a grande maioria dos estados brasileiros dispunha de estádios em condições de sediar partidas de uma competição de grande porte, os dirigentes decidiram formatar um torneio interclubes mais abrangente para o ano de 1971, substituindo o Roberto Gomes Pedrosa por um novo Campeonato Brasileiro (SARMENTO, 2006, p. 131).

Essa primeira edição do Brasileirão, de acordo com Sarmento (2006), foi dividia em duas divisões: a Divisão Extra, que continha os 20 principais clubes do Brasil, com todas as regiões do país representadas igualmente; e a Primeira Divisão, o mesmo que a atual “Série B”, que envolvia as outras equipes de importância regional que haviam ficado de foram da Divisão Extra. O autor ainda ressalta que não existia, no regulamento, a possibilidade de um time subir de divisão ou de ser rebaixado. Depois da primeira edição do campeonato, o número de participantes da Divisão Extra começou a aumentar. Segundo Rossi e Júnior (2014), em 1972 o número de times aumentou para 26, sendo que 12 federações tinham representação, mais que no primeiro ano da competição, quando apenas oito estados tinham representantes. Em 1976, já havia 54 clubes participando. E o número de participantes só foi aumentando. Segundo os autores, em 1979 havia 94 clubes inscritos no campeonato e 22 federações representadas. Esse foi o último ano em que a CBD organizou um campeonato brasileiro. Rossi e Júnior (2014) explicam que, por exigências da FIFA, todos os países passaram a ser obrigados a ter uma associação exclusiva para cuidar do futebol, e assim nasceu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Sarmento (2006) conta que João Havelange – ex-presidente da CBD e, na época, presidente da FIFA – já havia sugerido que isso acontecesse. A nova organização já chegou fazendo mudanças no Campeonato Brasileiro, ao invés de Divisão Extra, passou a se chamar Taça Ouro e o número de participantes também mudou: 22

seriam 40 clubes por cinco edições (de 1980 a 1984), 44 em 1985 e 48 na edição seguinte. O poder das federações era mantido pelo critério de classificação para o nacional. Sem um sistema de acesso e rebaixamento, as vagas eram distribuídas de acordo com a classificação nos estaduais (ROSSI; JÚNIOR, 2014, p. 138).

Sarmento (2006) explica que nesses primeiros cinco anos, os times eram divididos em quatro módulo, 32 equipes classificavam para a próximo fase, e, junto com as quatro melhores equipes da Taça Prata – equivalente a segunda divisão do campeonato – disputavam a fase final do campeonato. Algumas confusões começaram a acontecer quando alguns times grandes, com as maiores torcidas, começaram a não se classificar para a Taça Ouro, e a CBF começou a dar um “jeitinho”. Sarmento (2006) usa como exemplo o Santos, que não conseguiu se classificar para o campeonato de 1983, mas foi convidado pela CBF a integrar a divisão principal por conta de seu retrospecto nos campeonatos nacionais. Em 1987, novas mudanças foram feitas ao campeonato, o Conselho Nacional de Desportos (CND) orientou que o campeonato deveria ter no máximo 24 equipes na divisão principal e ter um sistema de rebaixamento e acesso a partir daquele ano. Nesse mesmo ano, de acordo com Rossi e Júnior (2016), uma intervenção do governo federal para solucionar um casso de doping de um jogador, somado com uma crise financeira, fez com que a CBF abrisse mão da organização do campeonato, passando o controle para os clubes. O Campeonato Brasileiro só passou a ser como é hoje em 2005, após inúmeras tentativas de fazer uma competição que agradasse a todos. Atualmente, as duas principais divisões do campeonato são formadas por 20 times, cada. As quatro equipes da primeira divisão (Série A) que tiverem o pior desempenho são rebaixados para a segunda divisão (Série B), enquanto as quatro equipes que tiverem o melhor desempenho sobem para a Série A. 23

4 TORCIDAS ORGANIZADAS

É impossível não notar a presença das torcidas organizadas ao entrar em um estádio de futebol. Para muitos, elas são sinônimo de confusão. Para outros, são parte fundamental do espetáculo. A verdade é que são elas que comandam a festa na arquibancada. Porém, segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Stochos e divulgada pela ESPN em 2014, 84,2% dos entrevistados indicaram que as torcidas organizadas são culpadas pela violência no futebol. Apesar de existirem um todos os lugares do mundo, esses agrupamentos de torcedores – geralmente relacionados à violência – são conhecidos por diferentes nomes ao redor do globo. Lopes e Cordeiro (2010) explicam que na América do Sul, com exceção do Brasil, esses grupos são conhecidos como barras bravas, enquanto no sul da Europa, são chamados de ultras. Já os hooligans estão presentes principalmente no Reino Unido e no norte europeu e serão descritos com mais profundidade ao longo da presente seção.

4.1 TORCIDAS ORGANIZADAS NO BRASIL

No Brasil, é senso comum que existem torcidas organizadas – embora na época não fossem chamadas assim – desde antes de 1939, quando a Torcida Uniformizada do São Paulo foi criada. Segundo Murad (2017), entre 1940 e 1950 a população brasileira foi protagonista de diversas manifestações culturais, com o intuito de afirmar uma identidade própria. Isso aconteceu em diversos setores artísticos e, também, no futebol. O intuito era democratizar e popularizar o esporte. Foi nessa época que mais torcidas organizadas surgiram, como a Charanga (1942) do Flamengo. Pimenta (1997) defende que esses grupos não podem ser considerados “organizados” visto que sua constituição é diferente das torcidas atuais. Apesar das marcas ainda serem as mesmas – camisas, bandeiras, faixas, bandas (ou baterias) – elas não pensavam e nem tinham a estrutura burocrática que as torcidas organizadas de hoje têm. Segundo Toledo (1996), na época, o único objetivo dos torcedores era torcer para seus times. Murad (2017) vai além e defende que:

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na origem carnavalizadas, as torcidas marcavam sua atuação com cânticos, cores, alegorias e festejos. Foi nessa conjuntura que as relações entre futebol e música popular no Brasil se intensificaram, aprofundando-se. (...) Das primeiras décadas, até mais ou menos início dos anos 1970, havia conflitos, sim, entre as torcidas, mas eram localizados, pontuais (MURAD, 2017, p. 110).

A partir do final da década de 1960, a configuração desses grupos começou a mudar e as torcidas organizadas conhecidas hoje começaram a se formar. O Brasil caminhava em busca de um desenvolvimento econômico e, enquanto a cidade de São Paulo acelerava o processo de urbanização, as torcidas começaram a mudar o comportamento, passando a cobrar os times, jogadores e dirigentes por um bom desempenho (PIMENTA, 1997). Um exemplo, utilizado por Pimenta (1997), é a Torcida Jovem do Flamengo: ela foi criada em 1968 por membros da Charanga que não concordavam com os métodos pacíficos e passou a adotar comportamentos agressivos nas arquibancadas, tendo como marca registrada a violência. O cenário começou a piorar, não por acaso, pouco tempo depois do Ato Institucional nº 5 (AI 5), que consolidou a ditadura militar. De acordo com Murad (2017), foi aí que as torcidas deixaram de ser carnavalizadas e se tornaram militarizadas. Reflexo do cenário político vigente na época, as torcidas passaram a seguir as doutrinas e os padrões do militarismo. Nesse período, elas começaram a estampar as páginas policiais em noticiários, revistas e jornais. As cenas eram assustadoras e, mesmo assim, demorou entre 10 e 15 anos para que as torcidas passassem a ser reconhecidas pela violência que se institucionalizou dentro delas. Essas torcidas além de deixaram de ser pacíficas, também deixaram de ser “amadoras” e se tornaram, de fato, organizadas. Pimenta (1997) explica que:

a estruturação desses grupos (...) tomou um caminho institucional e as “Torcidas Organizadas” se constituíram em pessoa jurídica de responsabilidade privada, sem fins lucrativos. Essas organizações são regidas por estatutos que determinam o modelo de regras burocráticas básicas a serem respeitadas, fazendo-se necessário, então, eleger periodicamente um presidente, compor uma diretoria e um conselho deliberativo. Na medida em que a torcida ganha corpo, aumenta consideravelmente ao seu redor o número de simpatizantes que se tornam sócios e contribuem financeiramente para a manutenção da organizada que, por sua vez, promove festas, reuniões, coloca à disposição dos associados ônibus em dias de jogos, desconto em ingressos, entre outras atividades (PIMENTA, 1997, p. 75, grifo do autor).

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Ou seja, as torcidas começaram a ter uma estrutura muito parecida com a dos clubes de futebol e se tornaram verdadeiras empresas. De acordo com Toledo (1996), a maioria das torcidas se organiza como a Gaviões da Fiel, do Corinthians, – que é considerada a primeira torcida organizada dessa era – tendo um conselho deliberativo, diretoria executiva, diretoria fiscal e diretoria de carnaval (para aquelas torcidas que também participam dos desfiles de carnaval). O autor defende que esse modelo começou um novo padrão de sociabilidade, que acabou se tornando também um estilo de vida. Essas torcidas também têm um grande poder político, capaz de mexer não apenas com a política dos clubes de futebol, mas também de influenciar a política dentro das cidades:

no Brasil, as torcidas aprenderam a levantar votos para candidatos que defendiam seus interesses. Em 2008, Julião da Caveira, presidente da Os Fanáticos, do Atlético [sic] Paranaense, foi eleito vereador em Curitiba pelo Partido Social Cristão, com 4.041 votos – quase todos os eleitores eram associados da organizada (ROSSI; JÚNIOR, 2014, p. 247).

Atualmente as torcidas organizadas são facilmente reconhecidas por suas marcas: camisas; símbolos; bandeiras; faixas; e bateria. Toledo (1996) explica que as camisas são a principal marca de reconhecimento e reforçam o compromisso do grupo, inclusive o não uso da mesma nas áreas “comandadas” pelos organizadas pode ser vista como falta de comprometimento. O autor explica que essas camisas são uma mistura do uniforme do clube com os símbolos e o nome da organizada. Segundo o autor esses símbolos geralmente são animais (porcos, periquito, urubu, baleia, etc.), personagens fictícios (zé carioca, pirata, mosqueteiro, etc.) ou entidades fantásticas/divindades (ceifador, dragão, santos, entre outros). De acordo com Toledo (1996), as faixas são as responsáveis por determinar o “território” das torcidas organizadas dentro do estádio e trazem o nome da mesma escrito por extenso. Já as bandeiras fazem uma representação estética na arquibancada que podem determinar um certo status para a torcida. O autor explica que quanto maior a quantidade de bandeiras e quanto maiores forem os famosos bandeirões, maior é o prestígio da torcida. Além disso, elas não apenas tremulam sob o vento, elas precisam adquirir a sintonia e o ritmo imposto pela bateria. Ou seja, as bandeiras e a bateriam ficam em harmonia. Toledo (1996) defende que a bateria é considerada o suporte sonoro das torcidas e dita as manifestações nas arquibancadas, como os gritos de guerra, hinos, xingamentos e coreografias: 26

mais do que isso, há toda uma expressividade corporal posta à prova, que traduz em êxtase contínuo, pois, o conjunto percussivo raramente pára [sic] de tocar ao longo de um jogo, exigindo sempre dos torcedores organizados uma garra que transcende a posição de meros espectadores da partida (TOLEDO, 1996, p. 60).

O autor ainda explica que os integrantes da bateria formam um grupo dentro da organizada e possuem um certo status, por conta da destreza e do domínio que eles têm sob os instrumentos.

4.2 OS HOOLIGANS INGLESES

Antes de começar a falar sobre os hooligans, é importante entender o que é o hooliganismo. Dunning (2000) explica que o termo “hooliganismo do futebol” é muito utilizado pela mídia e pelos políticos para falar sobre as diversas formas de violência, físicas ou verbais, que acontecem dentro e fora dos estádios, como, por exemplo, o lançamento de sinalizadores nos jogadores, árbitros da partida, dirigentes dos clubes ou até mesmo nos torcedores do outro time, além da vandalização de propriedades privadas ou públicas e brigas – corporais ou envolvendo armas – entre torcidas que alegam lealdade a times rivais. Apesar da violência no futebol existir há tempos na Inglaterra – Pimenta (1997) destaca uma tabela em seu livro, que aponta que no ano de 1946 foram registrados 500 feridos e 33 mortes em confrontos entre torcedores no país britânico – os hooligans surgiram nas arquibancadas inglesas nos anos 60 e mudaram a rotina no futebol. Em um de seus artigos publicados, Dunning (2000) fez uma tabela com os números de incidentes relacionados ao futebol publicados nas páginas de jornais ingleses entre 1908 e 1983:

a esmagadora maioria dos incidentes referidos na tabela foram relatados nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Mais particularmente, 17 foram relatados na década de 1960, 20 na década de 1970 e não menos que 40 nos primeiros três anos da década de 1980 (DUNNING, 2000, p.144, tradução nossa).

Ou seja, só nos três primeiros anos da década de 80, mais incidentes foram registrados do que nos 20 anos anteriores. Para o autor, isso reflete tanto o aumento do vandalismo no esporte nessas três décadas, quanto o interesse da imprensa, considerando a violência no futebol um assunto digno de ser noticiado. Ele ainda 27

relaciona esse aumento com o crescimento do interesse, tanto popular quanto político, no hooliganismo. É importante ressaltar que, diferente das torcidas organizadas no Brasil, em que sua maior característica é o envolvimento com a instituição:

na Europa, uma das características dos grupos de torcedores de futebol, os “Hooligans”, é o envolvimento político-ideológico com partidos de extrema direita, em particular os de cunho nacionalista que tentam resgatar o nazismo (PIMENTA, 1997, p. 74, grifo do autor).

Kerr (1994) afirma que apesar dos hooligans alegarem lealdade a seus clubes, o sucesso da equipe geralmente não é tão importante para eles. O autor afirma que o time é apenas uma forma de “conveniência” para que os membros se juntem para praticar a violência, seja em estádios, pubs, metrôs ou em outros locais públicos. Segundo Dunning (2000), o incidente que colocou os hooligans como um problema inglês para todo o mundo foi a tragédia de Heizel, em Bruxelas, durante a final da Taça dos Campeões (atual Liga dos Campeões) em 1985. O jogo era entre a Juventus, da Itália, e o Liverpool, da Inglaterra. O autor explica que o que aconteceu na ocasião foi que a divisão entre as torcidas adversárias era inadequada e subpoliciada, facilitando que os hooligans de Liverpool conseguissem “atacar” a torcida italiana. Ao tentar se proteger dos ataques ingleses, os italianos fizeram pressão em uma parede defeituosa que acabou caindo, levando vários italianos junto. Inúmeras pessoas ficaram feridas e 39 perderam a vida. Dunning (2000) explica que a tragédia de Heizel fez com que surgisse no Parlamento Inglês a Lei dos Espectadores de Futebol, que exigia que as entradas nos jogos de futebol fossem computadorizadas. Além disso, a Associação de Futebol da União Europeia (UEFA) proibiu os clubes ingleses de participarem de competições europeias durante anos. Em agosto de 2000, o Parlamento Inglês aprovou uma lei para controlar os hooligans. Em matéria publicada pela Folha de São Paulo, o então secretário de Estado de Interior da Inglaterra, John Steven, afirmou que essa lei daria aos policiais o “direito de trabalhar para impedir que torcedores, em estado de embriaguez e com um histórico problemático nos estádios, voltem a causar problema” (STEVEN, 2000). A lei permitia que as autoridades locais banissem esses torcedores dos estádios – dentro ou fora da Inglaterra – por um período entre três e dez anos, 28

podendo inclusive confiscar o passaporte dos mesmos até cinco dias antes de partidas internacionais. Treze anos depois da lei ser aprovada, a Folha de São Paulo fez um levantamento com dados do governo britânico mostrando que desde que a lei entrou em vigor, cerca de 46 mil torcedores foram presos. Segundo os dados, 17,9 mil torcedores foram presos por desordem pública, 13,4 mil por abuso de álcool, enquanto 4,8 mil foram detidos por apresentarem comportamentos violentos e três mil por invadirem o gramado. Em entrevista concedida a Leandro Colon, jornalista da Folha, também em 2013, o chefe da equipe da Procuradoria Britânica, Nick Hawkins, explicou como as autoridades conseguiram diminuir a atividades dos hooligans:

nos últimos dez anos, nós tivemos uma significante redução da violência. Eu acho que vários fatores contribuíram para isso. Primeiro, temos policiais nos jogos identificando de diferentes maneiras quem causa os problemas Segundo, conseguimos muito bem coletar evidências das pessoas que comentem delitos. Temos muitos promotores usando a legislação com eficácia, banindo torcedores de jogos, impedindo que viagem para fora para assistir a partidas de times ingleses por no mínimo três anos. No momento, há em volta de 2,5 mil torcedores banidos como resultado de delitos dentro e em volta dos estádios (HAWKINS, 20131).

Ou seja, as autoridades britânicas conseguiram neutralizar o hooliganismo nos estádios ao criar leis e aplicá-las aos responsáveis por praticar atos violentos.

4.3 LEIS E PUNIÇÕES NO BRASIL

Todos os torcedores, de futebol ou não, estão amparados pela Lei nº 10.671/2003 também conhecida como Estatuto do Torcedor. Outra lei importante é a Lei nº 12.299/2010, que acrescenta ao Estatuto do Torcedor, entre outros assuntos, medidas de prevenção e repressão à violência dentro de competições esportivas. É importante ressaltar que para fins judiciais “considera-se torcida organizada (...) a pessoa jurídica de direito privado ou existente de fato, que se organiza para o fim de torcer e apoiar entidade de prática esportiva de qualquer natureza ou modalidade” (Art. 2ºA, Lei nº 12.299/2010). O parágrafo único do Artigo 2º A prevê que as torcidas organizadas mantenham um cadastro atualizado de todos os seus associados ou membros. Esse cadastro deve ter no mínimo: nome completo do

1 Sem paginação. 29

integrante; data de nascimento; nome da mãe e do pai (se houver); número do registro civil; número do CPF; estado civil; profissão; endereço completo; escolaridade; além de uma fotografia. O Estatuto do Torcedor define que torcidas organizadas que se envolverem em confusões podem sofrer penalidades:

a torcida organizada que, em evento esportivo, promover tumulto; praticar ou incitar a violência; ou invadir local restrito aos competidores, árbitros, fiscais, dirigentes, organizadores ou jornalistas será impedida, assim como seus associados ou membros, de comparecer a eventos esportivos pelo prazo de até três anos (ART 39ºA, LEI Nº 12.299/2010).

Além disso, as torcidas também respondem civilmente pelas ações de seus membros dentro ou nos arredores do estádio, assim como no trajeto de ida e volta. Outras punições podem ser aplicadas diretamente aos membros das torcidas, ou aos torcedores ditos “comuns”, caso eles portem dentro ou nos arredores do estádio instrumentos que possam servir para práticas violentas. De acordo com o Estatuto do Torcedor, a pena para essas ações é a reclusão de um a dois anos, além de multa. Caso seja a primeira vez que o infrator tenha cometido esse - ou qualquer outro crime - e que ele tenha bons antecedentes, o juiz deve converter a pena de reclusão para uma pena impeditiva, ou seja, que impeça o comparecimento do infrator a qualquer evento esportivo por um prazo de três meses a três anos, dependendo da gravidade do ato. O infrator ainda deve comparecer em um local indicado pelo juiz duas horas antes da partida de seu time e permanecer no local até duas horas após o final da competição. Se essa pena impeditiva for descumprida sem justificativa plausível, a pena é convertida para privativa de liberdade, ou seja, a pessoa vai para a cadeia.

4.3.1 Exemplos de violência e tentativas de punições no Paraná

Apesar de existirem leis para prevenir a violência nos estádios, muitas vezes elas acabam não sendo aplicadas. Um exemplo é o caso da confusão que aconteceu entre torcedores do Athletico Paranaense e do Vasco, durante a última partida do Campeonato Brasileiro de 2013, em Joinville. Segundo o jornal O Globo, o Athletico mandava o jogo em Santa Catarina por conta de uma punição após um tumulto na torcida em um jogo contra o Coritiba, em outubro do mesmo ano. 30

A confusão aconteceu quando torcedores do Athletico e do Vasco se encontraram em um ponto de separação da arquibancada e causaram uma briga generalizada. Quatro pessoas ficaram feridas. Depois do ocorrido, 28 mandados de busca e apreensão foram emitidos e, segundo o jornal A Notícia, pelo menos 25 pessoas foram presas. O problema é que a maioria ficou presa somente por alguns meses. Como é o caso de Leone Mendes da Silva. Ele foi solto em 2014 e teve o júri marcado somente para novembro de 2018, cinco anos depois do ocorrido. Segundo reportagem da Tribuna do Paraná, Leone foi considerado culpado das acusações de tentativa de homicídio e incitação à violência, pegando 10 anos de prisão. O acusado recorreu a decisão e segue em liberdade esperando a decisão da Justiça. Outro caso que ficou bastante conhecido no Brasil, foi a “batalha campal” – como definido na súmula pelo árbitro Leandro Vuaden – no Couto Pereira em dezembro de 2009. A partida era entre Coritiba e Fluminense terminou empatada em 1 a 1. Com o resultado, o time paranaense foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro. Após o apito final, torcedores do Coritiba invadiram o gramado e, além de atirar objetivos nos árbitros da partida e nos jogadores do próprio time, entraram em confronto com a polícia. Segundo o jornal Lance!, 17 pessoas ficaram feridas. Além disso, os torcedores causaram um prejuízo de R$ 500 mil ao estádio, por conta da depredação. O Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acabou punindo o Coritiba com a pena máxima: 30 mandos de campo em jogos do Campeonato Brasileiro e uma multa de R$ 610 mil. Essa foi a maior punição sofrida no futebol brasileiro. Porém, o clube recorreu da decisão e conseguiu reduzir a pena para 10 mandos de campo. Segundo uma reportagem feita pelo Lance! em 2017, oito anos depois do acontecido, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) indiciou 14 torcedores pelo acontecido. Seis tiveram suas sentenças em 2011 e foram proibidos de ir a estádios por um período de dois anos. Além disso, cinco tiveram que pagar uma mensalidade ao time paranaense pelos danos materiais e quatro tiveram que prestar serviços à comunidade. Depois de alguns anos, uma pessoa foi absolvida e seis foram a julgamento. Em março de 2017, saiu o veredicto desses torcedores. Dois deles tiveram penas mais leves: condenados por lesão corporal grave, ficaram em regime semiaberto. Um deles por dois anos e 11 meses e o outro por dois anos e um mês. Já os outros quatro foram acusados por tentativa de homicídio e foram condenados em regime fechado. Três deles tiveram a mesma pena: sete anos e seis meses. A maior pena foi para o ex-presidente da 31

Império Alviverde, torcida organizada do Coritiba, Reimakler Allan Graboski. Ele pegou oito anos e quatro meses. Os quatro saíram presos da sessão. Um mês depois do ocorrido, em janeiro de 2010, a diretoria do Coritiba decidiu barrar as torcidas organizadas de suas partidas. Segundo reportagem da Gazeta do Povo, publicada em janeiro de 2010, o clube proibiu a entrada de adereços de torcedores com materiais das torcidas organizadas. Porém, segundo reportagem publicada pela Tribuna do Paraná em setembro do mesmo ano, a torcida continuava frequentando o estádio, porém descaracterizada. A reportagem ainda cita que a torcida estava em reunião com o MP-PR para negociar a volta da Império Alviverde, caracterizada, às arquibancadas. Quem teve uma atitude parecida foi o Athletico. Desde 2017 torcidas organizadas são proibidas de entrar caracterizadas dentro da Arena da Baixada. A medida foi tomada, segundo reportagem publicada no Bem Paraná, após protestos dos torcedores, que picharam o muro e tentaram invadir o Centro de Treinamento do time. A proibição se estendia também às torcidas organizadas dos times visitantes. Em maio de 2018 o clube aderiu o projeto-piloto do Ministério Público do Paraná de ter somente torcedores do time mandante no estádio, ou seja, torcida única. Em entrevista concedida ao Globo Esporte, o promotor do Ministério Público, Maximiliano Ribeiro Deliberador, explicou que a torcida única evita a necessidade de deslocamento de força policial para fazer escolta dos torcedores da equipe visitante até o local da partida. Um dos objetivos do projeto, segundo a reportagem, é diminuir a presença das torcidas organizadas dentro dos estádios. O Athletico foi o único clube da capital paranaense que aderiu ao projeto. Em 2019, no primeiro clássico do ano entre Coritiba e Athletico a torcida única foi mantida e mesmo assim houve confronto entre torcedores dos dois times. Segundo matéria publicada pelo G1, sete terminais e quatro ônibus foram alvos de vandalismo. 32

5 JORNALISMO ESPORTIVO

O jornalismo esportivo encontrou resistência desde muito cedo. Segundo Coelho (2013), na década de 1910 o esporte começou, pela primeira vez, a ganhar espaço dentro dos jornais. O jornal Fanfulla, de São Paulo, por exemplo, já dedicava páginas para a divulgação de esportes. Porém, as redações esportivas encontravam bastante preconceito, pois havia uma crença de que somente pessoas de baixa renda seriam leitores desse segmento. O autor defende que esse preconceito não era infundado, afinal, “menor poder aquisitivo significava também menor poder cultural e, consequentemente, ler não constava de nenhuma lista de prioridades” (COELHO, 2013, p. 9). E foi por isso que várias revistas e jornais dedicados ao mundo esportivo foram surgindo e desaparecendo com o passar dos anos. Em meados de 1920, período em que o Rio de Janeiro era a capital brasileira e impulsionava o país, os negros entraram de vez no futebol, fazendo o esporte se popularizar ainda mais. Isso fez com que os jornais cariocas passassem a dedicar cada vez mais espaço para o esporte e os jogos dos grandes times começaram a também ganhar destaque nas edições. Exemplo disso é o jornal A Gazeta que, em 1928, lançou a Gazeta Esportiva, suplemento dedicado para falar exclusivamente sobre o segmento. Em São Paulo, no entanto, o cenária era um pouco diferente. Coelho (2013) afirma que os jornais dedicavam um espaço mínimo para a grande paixão nacional, citando como exemplo o Correio Paulistano, que dispunha de apenas uma coluna para matérias que incluíam futebol. Alguns anos depois, em 1931, Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues, fundou o Jornal dos Sports no Rio de Janeiro. Segundo Coelho (2013), esse foi o primeiro diário dedicado exclusivamente aos esportes. A partir daí, os cadernos especializados começaram a surgir em todo os estados. Em 1949, o Correio do Povo, jornal do Rio Grande do Sul, lançou um matutino chamado A Folha Esportiva. Na década de 1960, após a seleção brasileira conquistar o primeiro título mundial, a grande imprensa também começou a abrir espaço para o esporte. Em São Paulo, nasce o Caderno de Esportes, que mais tarde viria a ser o Jornal da Tarde (SILVEIRA, 2009). Porém, o que acontece em todas essas publicações é uma crônica esportiva, que não tem muita precisão nos detalhes nem muito comprometimento com a realidade. Coelho (2013, p.17) explica que “importava menos a informação precisa. Os cronistas cuidavam mais do personagem e suas histórias”. 33

Apesar de ser um gênero em crescimento, a criação desses produto tão específicos foi recebida com desconfiança:

duvidar foi o esporte preferido até mesmo de gente experiente, que vivia de escrever para os cadernos especializados. (...) João Saldanha fez uma previsão no final dos anos 1960, quando um aventureiro resolveu não lançar um caderno, mas uma revista inteiramente dedicada ao futebol. Placar nunca sairia dos primeiros números, imaginava Saldanha, que prestou inestimáveis serviços ao esporte brasileiro (COELHO, 2013, p. 8).

Contudo, além de existir até hoje, a revista tem uma projeção de 2,5 milhões de leitores, segundo o site da Abril, editora responsável pela Placar. Foi depois da criação da revista, que o cenário começou a mudar no mundo do jornalismo esportivo e a imprensa passou a ter um compromisso maior com a verdade (SILVEIRA, 2009). Coelho (2013, p. 22) defende que essa “noção de realidade que o jornalismo esportivo carrega nos tempos atuais torna a cobertura esportiva tão brilhante quanto qualquer outra no jornalismo”.

5.1 CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO ESPORTIVO

O jornalismo esportivo é uma área especializada, mas não deixa de ser jornalismo. Segundo Barbeiro e Rangel (2006), a essência do jornalismo não muda, independente se ele for esportivo, político, econômico, ou se for feito para rádio, jornal, televisão ou internet, porque a natureza da profissão está ligada ao interesse público e, claro, às regras de ética. Apesar disso, os autores defendem que trabalhar com jornalismo esportivo tem algumas especificidades, pois o segmento é muito confundido com entretenimento. O jornalismo esportivo, assim como todos os outros, trabalha com: pauta; entrevista; e reportagem. E é feito por uma série de profissionais tradicionais nas redações, mas também conta com profissionais mais especializados, como narradores e comentaristas. Todos eles serão explicados a seguir.

5.1.1 Pauta

A pauta é o começo de qualquer reportagem. Pinto (2014) define a pauta como uma proposta de reportagem. Segundo Barbeiro e Rangel (2006), se não tiver pauta, 34

não é jornalismo. Eles defendem que a pauta serve como um roteiro e colabora bastante para que o repórter faça uma boa matéria. Segundo os autores, a pauta na imprensa esportiva virou puramente burocrática. “Podemos até falar que o esporte hoje é pautado pela agenda” (BARBEIRO; RANGEL, 2006, p. 26). Eles ainda afirmam que é através da pauta que se fazem matérias exclusivas e se atinge um dos objetivos mais nobres do jornalismo, que, segundo os autores, é a notícia inédita ou o chamado “furo de reportagem”.

5.1.2 Entrevista

Barbeiro e Rangel (2006) defendem que a entrevista é a solução para tirar o jornalismo esportivo da rotina, já que é através dela que se consegue informações exclusivas, furos e até ganchos para outras matérias. Porém, segundo os autores, na maioria das entrevistas feitas no campo esportivo as perguntas são previsíveis e muitas vezes elas dão a resposta. Existem diversos tipos de entrevistas que podem ser feitas. A mais comum, dentro do esporte, são as entrevistas coletivas. Barbeiro e Rangel (2006) argumentam que é uma das piores práticas do jornalismo esportivo, pois elas favorecem os entrevistados e não os entrevistadores, uma vez que, na maioria dos casos, é o assessor de imprensa do clube que escolhe quem irá falar e em algumas vezes, até conduz a entrevista.

5.1.3 Reportagem

Barbeiro e Rangel (2006) defendem que a reportagem é um dos elementos mais importantes na cadeia de produção do jornalismo, mas salientam que não se pode confundir reportagem com boletins informativos, pois eles não têm profundidade. “Reportagem não é apenas notificação de um fato. É necessário o detalhamento, a escolha de um ângulo ainda não explorado, procurar descobrir o possível impacto daquelas informações no tema tratado” (BARBEIRO; RANGEL, 2006, p. 21). Um exemplo de reportagem no esporte é a série de matérias intituladas “Dossiê Vôlei”, feita pela ESPN Brasil em 2014, que denunciou esquemas de corrupção na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Após a reportagem ser publicada, vários dirigentes da CBV foram forçados a deixar seus cargos.

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5.1.4 Narrador

Barbeiro e Rangel (2006) definem o narrador como o apresentador da transmissão esportiva. O papel do narrador é apresentar o que está acontecendo no jogo, descrever o fato. Apesar do jornalismo pressupor um distanciamento do acontecimento, o narrador precisa saber passar a emoção do jogo ao espectador. Os autores defendem que atualmente o papel do narrador não é somente narrar, ele também precisa conhecer a competição. Os autores explicam que a transmissão na televisão exige menos do narrador, pois o telespectador está visualizando o jogo e sabe o que está acontecendo. Já na rádio, o narrador precisa “criar imagens na mente do ouvinte e transportá-lo para o estádio” (BARBEIRO; RANGEL, 2006, p. 66).

5.1.5 Comentarista

O comentarista tem o papel de analisar o que aconteceu e o que pode vir a acontecer em uma partida. Cabe a ele a função de explicar para o torcedor o que está acontecendo de maneira mais aprofundada que o narrador, como por exemplo, explicar a mudança que o treinador fez no time com uma substituição e como isso pode impactar o jogo. O comentarista precisa ter um conhecimento profundo das regras do esporte e da competição (BARBEIRO; RANGEL, 2006).

5.2 JORNALISMO ESPORTIVO NO RÁDIO

O rádio chegou ao Brasil no final da década de 1910, mais precisamente, em 1919, com a Rádio Clube de Pernambuco. Demorou alguns anos até que começassem as transmissões esportivas nas rádios. Segundo Lacour (2014), o início da programação esportiva em rádio foi em abril de 1925, na Rádio Educadora de São Paulo, quando foi apresentado durante a transmissão, o resultado dos jogos de futebol. Ribeiro (2007) afirma que em 1922 foi feita a primeira transmissão de um jogo de futebol:

na verdade, não era uma transmissão na íntegra, mas uma série de boletins recebidos por telefone e retransmitidos por auto-falantes [sic]. Eles informavam o andamento da partida aos frequentadores da Confeitaria Mini, localizada no vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. O novo veículo era, ainda, apenas uma promissora novidade (RIBEIRO, 2007, p. 59). 36

Os registros indicam que a primeira transmissão completa de uma partida de futebol aconteceu somente em julho de 1931. O jogo era entre as seleções estaduais de São Paulo e do Paraná (LACOUR, 2014). Segundo Ribeiro (2007), a Copa do Mundo de 1938 foi responsável por transformar a imprensa esportiva. Pela primeira vez na história, os veículos fizeram a cobertura de um megaevento como é a Copa. De acordo com o autor, o país enviou quatro pessoas para fazer a cobertura do evento, incluindo Gagliano Neto, o único narrador da América do Sul a transmitir os jogos da seleção brasileira. Na ocasião, o Brasil ficou em terceiro lugar no campeonato. Ainda de acordo com Ribeiro (2007), até 1940 não havia no país um estádio que fosse compatível ao número de fãs do futebol. A inauguração do Pacaembu, que tinha capacidade para 70 mil torcedores, fez com que a imprensa esportiva também entrasse em uma nova era, principalmente dentro do rádio, visto que a exclusividade das transmissões diminuiu, caminhando em direção a uma democratização. Nesse mesmo ano foi publicado o primeiro romance da literatura esportiva – o livro Flô, o melhor goleiro do mundo. (RIBEIRO, 2007). Alguns anos depois, em 1944, a Rádio Panamericana fez sua primeira transmissão de futebol. Segundo Ribeiro (2007), a programação, na época, ainda era mesclada com outros temas. Dois anos depois, a rádio passou a ter o jornalismo e os eventos esportivos, tanto nacionais quanto internacionais, dentro da grade de programação. “Pela primeira vez na história do rádio esportivo brasileiro formava-se uma equipe, ou melhor, um time de craques responsáveis por segurar um dia inteiro, sete dias por semana, um ano de programação esportiva” (RIBEIRO. 2007, p. 113). Ribeiro (2007) explica que depois da Rádio Panamericana, outras emissoras começaram a inserir dentro de sua grade horária programas esportivos, como a Ceia dos Maiorias, que, segundo o autor, é o precursor das mesas redondas sobre esportes. Ou seja, as rádios começaram a inserir em sua programação diária programas que falavam de esportes, dos bastidores e não só a transmissão dos jogos.

5.3 JORNALISMO ESPORTIVO NA TV

Alguns meses depois da Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil, aconteceu a primeira transmissão esportiva pela televisão brasileira. O jogo era entre Palmeiras e São Paulo, no Pacaembu. Segundo Ribeiro (2007, p. 135), “duzentos 37

privilegiados, no máximo, conseguiram acompanhar depois, em casa, as primeiras imagens de uma partida de futebol transmitida pela televisão”. Na época, somente quem estava em São Paulo teve acesso à transmissão do jogo. Por ser um equipamento muito caro na época, poucas pessoas conseguiam ter o aparelho em casa. Mesmo assim, Ribeiro (2007) explica que a televisão era vista como “a menina dos olhos” pelos empresários. Apesar de contarem com investimentos milionários, as emissoras tinham uma infraestrutura precária. “Como o futebol não poderia faltar em qualquer empreendimento de comunicação, mesmo com a falta de estrutura as emissoras atreviam-se a transmitir jogos inteiros” (RIBEIRO, 2007, p. 142). A primeira transmissão interestadual foi feita em maio de 1956, pela TV Record, de São Paulo, e pela TV Rio, do Rio de Janeiro. Ribeiro (2007) afirma que a transmissão da vitória da seleção do Brasil contra a seleção italiana, em julho do mesmo ano, foi responsável pelo aumento da procura por aparelhos televisivos. A influência tanto da imprensa esportiva quanto dos jornalistas esportivos era grande. Segundo Ribeiro (2007), João Havelange, presidente da CBD na época, teve de entregar o comando político da seleção brasileira, após perder o terceiro mundial seguido, para Paulo Machado de Carvalho:

o dono das Emissoras Unidas teria carta branca para organizar a seleção da maneira que achasse melhor. Para surpresa de todos, o empresário chamou três jornalistas esportivos consagrados para ajudar a formatar um projeto que ficou conhecido como Plano da Vitória. Se em outros tempos homens influentes da imprensa esportiva apenas palpitavam nos rumos da seleção, dessa vez a influência seria decisiva (RIBEIRO, 2007, p. 162).

Segundo o autor, eles se encontravam todo mês com o novo técnico da seleção brasileira, Vicente Feola, para decidir a comissão técnica e, também, os critérios utilizados para a convocação dos jogadores que integrariam o time que disputaria a próxima Copa do Mundo, na Suécia, em 1958. A ideia deu certo, e a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. Após a Copa de 58, o número de aparelhos televisivos saltou de menos de mil unidades para mais de 620 mil. Com o número de pessoas com acesso à TV aumentando, as emissoras precisaram aperfeiçoar suas transmissões, especialmente os jogos de futebol, e melhorar a infraestrutura. Ribeiro (2007) aponta que a televisão passou a ser, de fato, um grande negócio. Apesar de há anos já ser considerada “a 38

menina dos olhos”, como citado anteriormente. A programação das emissoras contava com jornalismo, séries, filmes estrangeiros e, claro, esportes. Foi em meados da década de 1960 que programas no estilo mesa-redonda começaram a surgir, como é o exemplo do Resenha Facit, da TV Globo, e do Na Boca do Tigre, da TV Record. Os programas tinham fama por ter discussões “acaloradas”. Anos depois, em 1976, a TV Record criou o programa Cartão Vermelho, em que um convidado se sentava na cadeira e era sabatinado pelos jornalistas convidados. Pessoas importantes para o mundo esportivo passaram pelo programa, como o técnico da seleção brasileira que havia sido demitido, Oswaldo Brandão, e, também, seu substituto, Cláudio Coutinho. (RIBEIRO, 2007). O primeiro canal de esporte por assinatura foi criado no começo da década de 1990: o Sportv, das Organizações Globo. Ribeiro (2007) explica que a chegada dos canais a cabo foi um acontecimento maravilhoso para a imprensa esportiva, pois puderam resgatar algumas de suas maiores estrelas que tinham se distanciado do segmento, como Armando Nogueira. Em 1993, o grupo Abril criou a TVA Esportes, que mais tarde foi substituída pelo canal ESPN Brasil para fazer frente e concorrer com o Sportv. “Se em décadas passadas todos duvidavam que uma programação esportiva no rádio pudesse fazer sucesso, agora o Brasil passava a ter não um, mas dois canais específicos de esportes na TV a cabo” (RIBEIRO, 2007, p. 279).

5.4 JORNALISMO ESPORTIVO NA INTERNET

Os websites chegaram ao Brasil em meados de 1990, como será explicado na próxima seção. Porém, por volta de 1997 surgiram os primeiros sites exclusivos de esportes, como o Lancenet, do jornal Lance! o Sportsya e o Pelé.net. Ribeiro (2007) explica que como a notícia chegava ao público rapidamente, a competição obrigava todos os veículos a entrar no mundo digital. “Foi só em 1999, no entanto, que a internet virou fenômeno tão grandioso que começou a tirar alguns dos melhores profissionais do jornalismo esportivo” (COELHO, 2013, p. 59). Segundo Coelho (2013), vários nomes importantes dos jornais impressos começaram a migrar para os portais online. A internet oferecia salários muito mais altos que os das redações de jornais e revistas. Muitas vezes investiam no novo mercado. Porém, no início de 2001 houve uma “fuga” dos investidores que afetou drasticamente as redações dos veículos que estavam na internet. Coelho (2013) usa 39

como exemplo o IG, que havia tirado repórteres do Lance!, mas julgou desnecessário continuar investindo no mercado por ter feito parceria justamente com o Lancenet. Um ano depois, em 2002, o cenário se estabilizou. “Quem tinha de continuar investindo continua até hoje. Quem não tinha deixou a área e já não causa grandes rebuliços. Mas o estrago foi considerável” (COELHO, 2013, p. 62).

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6 JORNALISMO ONLINE

Para começar a falar sobre o jornalismo online é preciso distinguir jornalismo online de webjornalismo. Segundo Mielniczuk (2003), o online remete a uma ideia de um fluxo contínuo de informação, de maneira quase instantânea, enquanto o webjornalismo se refere a uma parte específica da internet, em que tem um design gráfico mais amigável. Ou seja, enquanto o jornalismo online é toda informação colocada dentro da internet, o webjornalismo é um segmento que tem características específicas, que serão explicadas ao longo da presente seção. É consenso que o jornalismo online surgiu nos Estados Unidos. Sousa (2003) defende que os jornais foram os primeiros a ingressar na internet, criando versões online de seus produtos, por entenderem que a internet era uma ameaça a sua existência. Já Ferrari (2008) afirma que os portais surgiram da evolução dos sites de buscas que recorreram ao conteúdo como forma de “prender” o leitor. Para compreender como o conteúdo é capaz de prender o leitor na internet, é preciso entender melhor como funciona o jornalismo. Ward (2006) resume o processo jornalístico em quatro passos: identificar o que pode ser de interesse do leitor; obter informações para desenvolver a ideia; selecionar nesse material coletado o que é mais importante e tem mais relevância e apresentar a matéria com exatidão e veracidade. Isso serve para todas as formas de jornalismo, mas no online isso acontece mais rápido e de forma mais dinâmica.

6.1 JORNALISMO ONLINE NO BRASIL

O Brasil começou a se conectar com a rede mundial de computadores na década de 90. Porém, nessa época, a internet ainda era usada quase que exclusivamente para fins acadêmicos e poucas pessoas tinham acesso. Segundo Pinho (2003), foi em 1995 que aconteceu a abertura da internet comercial no país. Nesse mesmo ano o Jornal do Brasil criou uma versão para a internet, se tornando o primeiro site jornalístico brasileiro. Segundo Ferrari (2008), o nascimento dos portais no Brasil se deu de forma diferente do que nos Estados Unidos, por exemplo. Aqui, os portais surgiram de dentro das empresas jornalísticas tradicionais, como as Organizações Globo, o grupo Estado (dono do jornal O Estado de São Paulo), o grupo Folha (dono do jornal Folha de São 41

Paulo) e a Editora Abril. Já nos Estados Unidos, como dito anteriormente, a autora defende que surgiram através dos portais de busca. De acordo com a Ferrari (1997), entre 1997 e 2000, os sites jornalísticos apostavam no número de conteúdo disponibilizado, prestando mais atenção na quantidade de notícias do que na profundidade das mesmas. Durante a primeira década, o jornalismo online passou por três fases, de acordo com Mielniczuk (2001). Nessa primeira fase, quando os jornais começaram a entrar no mundo digital, o conteúdo era apenas replicação de partes do jornal impresso, ou seja, ainda não eram feitas matérias exclusivas para os portais e que aproveitassem todos os recursos disponíveis. Segundo a autora:

o que era então chamado de jornalismo online não passava de uma transposição de uma ou duas das principais matérias de algumas editorias. Este material era atualizado a cada 24 horas, de acordo com o fechamento das edições do impresso (MIELNICZUK, 2001, p. 2).

Num segundo momento, apesar de continuar vinculado ao jornal impresso e muitas das matérias serem copiadas, começa a se perceber uma exploração maior dos recursos oferecidos pelo meio online, como a utilização do e-mail para comunicação entre o jornalista e os leitores, por exemplo. Segundo Mielniczuk (2003), foi nessa fase que os portais começaram a ser atualizados mais vezes. Ao invés de esperar o fechamento da edição do impresso, começaram a surgir matérias próprias no site que chamavam para notícias que aconteciam no período entre as edições. Além disso, o e-mail começa a ser utilizado como ferramenta de comunicação entre leitores e jornalistas e as notícias começam a se apropriar da hipertextualidade, elemento do jornalismo online que será explicado ao longo da seção. O jornalismo online só passou a ser como é hoje na terceira fase, quando o mercado passou a se preocupar em não ser somente uma versão online do jornal impresso, mas sim em ser um canal com conteúdo aprofundado, que explorasse melhor todas as ferramentas oferecidas pela internet:

nesse estágio (...) os produtos jornalísticos apresentam recursos em multimídia, como sons e animações, que enriquecem a narrativa jornalística; oferecem recursos de interatividade, como chats com a participação de personalidades públicas; (...) apresentam a utilização do hipertexto não apenas como um recurso de organização das informações da edição, mas também começam a empregá-lo na narrativa de fatos (MIELNICZUK, 2003, p. 36). 42

Para a autora, é exatamente nesse período que os webjornais de fato nascem, estando preocupados com a qualidade e não com a quantidade de notícias. Para entender melhor essa terceira fase que o jornalismo online está hoje e saber definir o que é um webjornal, é importante conhecer as características dele.

6.2 CARACTERÍSTICAS DO WEBJORNALISMO

Existem diversos autores que discorrem sobre as características do webjornalismo. Entre eles estão Pinho (2003), Bardoel e Deuze (2001), Palacios (2014) e Salaverría (2014), além de Mielniczuk (2003). Palacios (1999 apud Mielniczuk, 2003) seleciona cinco aspectos: interatividade, memória, personalização, multimidialidade e hipertextualidade. Bardoel e Deuze (2001) caracterizam o webjornalismo em quatro elementos: interatividade, customização de conteúdo, hipertextualidade e multimedialidade. Acrescenta-se aqui, mais duas características apresentadas por Pinho (2003), a acessibilidade e o custo de produção e veiculação. Todas elas serão explicadas a seguir.

6.2.1 Interatividade

Apesar dessa característica não ser exclusiva da internet – afinal o rádio também utiliza muito da interatividade – ela não pode faltar no meio online. Para Bardoel e Deuze (2001), elementos interativos são essenciais para o webjornalismo, principalmente pelo potencial de fazer com que o leitor se envolva com a notícia. Isso pode ser feito de inúmeras maneiras. Seja através de e-mail ou mensagens que o leitor troque com o jornalista, por meio de comentários na notícia, por meio de infográficos ou até mesmo com um newsgame.

6.2.2 Memória

O recurso da memória é muito utilizado no jornalismo online diariamente. Por conta da capacidade da web de disponibilizar um espaço virtualmente ilimitado para o armazenamento de conteúdo – seja noticioso ou não –, pesquisar sobre assuntos antigos é simples. Palacios (2014) afirma que: 43

o jornalismo é memória em ato, memória enraizada no concreto, no espaço, na imagem, no objeto, atualidade singularizada, presente vivido e transformado em notícia que amanhã será passado relatado. Um passado relatado que, no início, renovava-se a cada dia, e com o advento da rádio, da televisão, da Web, tornou-se relato contínuo e ininterrupto, nas coberturas jornalísticas 24x7 (24 horas por dia, sete dias por semana) (PALACIOS, 2014, p. 91).

Ou seja, qualquer notícia publicada hoje, se torna memória amanhã, podendo ser resgata a qualquer momento. Isso acontece muito em dezembro, com as famosas retrospectivas do ano que aparecem nas telas da TV ou nos sites jornalísticos, por exemplo. Outro momento que é possível perceber o uso da memória é nas reportagens especiais ou comemorativas. Veja o exemplo nas figuras abaixo.

Figura 1 – 1ª tela parcial do especial “50 anos do golpe de 1964”

Fonte: Gazeta do Povo, 2014.

Figura 2 – 2ª tela parcial do especial “50 anos do golpe de 1964”

Fonte: Gazeta do Povo, 2014. 44

As figuras 1 e 2 mostram a página do conteúdo especial produzido pelo jornal curitibano Gazeta do Povo em 2014, quando o golpe militar que depôs o então presidente João Goulart completou 50 anos. É possível ver nitidamente como a memória foi utilizada nesse caso: as reportagens retomam o que houve antes do golpe acontecer e vão até décadas após o fim da ditadura, mostrando as consequências.

6.2.3 Multimedialidade

Bardoel e Deuze (2001) definem a multimedialidade como uma convergência dos formatos tradicionais da mídia (texto, áudio e imagem) em uma única notícia. Já Salaverría (2014) defende que multimídia é “a combinação de pelo menos dois tipos de linguagem em apenas uma mensagem” (SALAVERRÍA, 2014, p. 30), não se prendendo apenas ao uso dos formatos tradicionais, mas também incluindo infográficos, animações, entre outros. Segundo Mielniczuk (2003), os recursos multimídias eram utilizados apenas nas chamadas “produções especiais”, nas quais os jornalistas tinham mais tempo para elaborar a matéria e não eram assuntos que exigiam urgência em relação ao tempo. Hoje em dia, pode-se observar essa junção de dois tipos de linguagem também em reportagens factuais.

6.2.4 Hipertextualidade

Essa é uma característica específica do mundo online, que basicamente se resume em conectar diversos conteúdos através de links. Pinho (2003) afirma que:

a principal característica do hipertexto é a sua maneira natural de processar informação funcionando de uma maneira parecida com a mente humana, que trabalha por associações e idéias [sic] e não recebe a informação linearmente. (...) Dessa maneira o internauta que navega em páginas de hipertexto vai acumulando conhecimento, segundo o seu interesse e até se satisfazer (PINHO, 2003, p. 50).

O autor também defende que o hipertexto faz com que a internet seja não-linear e isso exige que o conteúdo mostrado na tela convença o leitor de que ele vai encontrar aquilo que está procurando, ou seja, se o jornalista não souber usar os 45

recursos de hipertexto, esse aspecto pode ser prejudicial. Na figura abaixo, é possível entender como os webjornais utilizam do hipertexto hoje.

Figura 3 – Tela parcial da reportagem “Coritiba e Paraná fazem duelo que irá interferir no futuro dos dois”

Fonte: Tribuna do Paraná, 2019

Na figura 3 percebe-se o hipertexto sendo utilizado quatro vezes. Em todas elas o tema é o mesmo da reportagem principal, o futebol. Então o que se vê é que o hipertexto é utilizado para fazer com que a experiência do leitor seja mais profunda e, também, mais personalizada.

6.2.5 Customização de Conteúdo ou Personalização

Também conhecido como personalização de conteúdo, essa é uma característica que também é exclusiva do jornalismo online. Muitos sites jornalísticos dão a opção para o leitor escolher quais são as notícias que ele gostaria de ver primeiro. Ou quais notícias ele gostaria de receber via newsletter, por exemplo. Para Mielniczuk (2003), pode-se ser considerado customização de conteúdo o simples fato do leitor poder decidir a forma e, também, a ordem que ele vai ler uma notícia, através do recurso do hipertexto.

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6.2.6 Acessibilidade

Uma característica muito importante da internet é a acessibilidade. No mundo online o conteúdo está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana (PINHO, 2003). Canavilhas (2013) explica que “a acessibilidade diz respeito a capacidade de informar todos os públicos ou, pelo menos, tornar acessível a informação ao maior número de pessoas possível a qualquer hora, de qualquer lugar” (p. 109). Ou seja, essa acessibilidade torna possível ao usuário o acesso as notícias na hora que ele quiser, e, se estiver com um aparelho móvel, também de onde ele quiser.

6.2.7 Custo de produção e veiculação

Segundo Pinho (2003), o custo de produção e veiculação da televisão e dos jornais impressos são extremamente altos, enquanto na internet “depois dos investimentos iniciais em hardware e software, o uso da rede tem um custo pequeno: publicar uma informação na World Wide Web (...) geram despesas irrisórias” (PINHO, 2003, p. 53). Ou seja, manter um jornal online e veicular notícias no mesmo têm um valor baixo.

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7 TORCIDAS ORGANIZADAS NOS PORTAIS BANDA B E TRIBUNA DO PARANÁ

As três torcidas organizadas de Curitiba foram criadas em um período muito próximo. A Império Alviverde, que representa o Coritiba, e a Os Fanáticos, que representa o Athletico, foram criadas no ano de 1977. Segundo as redes sociais da Os Fanáticos, a torcida foi criada no dia 24 de março de 1977. Já a Império Alviverde foi fundada em 2 de outubro do mesmo ano, segundo o site oficial da entidade. A Fúria Independente, do Paraná Clube, surgiu alguns anos depois em 1993. Segundo o site oficial da Fúria, a torcida nasceu no dia 29 de setembro de 1993.

7.1 TRIBUNA DO PARANÁ E BANDA B: UM BREVE HISTÓRICO

A Tribuna do Paraná foi criada pelo então editor d’O Estado do Paraná João Féder, em 1956, com o objetivo de ser um jornal impresso com foco em notícias locais (ANDRADE, 2013). A parte digital, ficava a cargo do Paraná Online, que nasceu em 1998 e, além de ter uma equipe própria de jornalistas, também agregava o conteúdo d’O Estado do Paraná e da Tribuna do Paraná. Com o fim das atividades d’O Estado do Paraná, o portal Paraná Online passou a se identificar mais com a Tribuna, até que em 2016 o domínio foi incorporado e o Paraná Online deixou de existir. Hoje, o portal conta com um alcance de 15,1 milhões de páginas visualizadas no mês e tem 3,1 milhões de visitantes únicos em suas plataformas, tanto impressas quanto digitais (TRIBUNA, 2018). Já a Rádio Banda B foi criada em 1999 pelo radialista Luiz Carlos Martins. Hoje, é uma das três maiores audiências de Curitiba, ficando em primeiro lugar quando se trata de rádio AM, tendo uma média de 50 mil ouvintes por minuto. Quando se trata de esporte, é a maior audiência no setor de rádio em Curitiba e Região. O portal online surgiu apenas em 2010, segundo o site da empresa, nasceu “da necessidade de convergência das duas mídias mais rápidas que existem: rádio e internet”. Hoje, a Banda B é a maior referência de notícias online da capital paranaense e região metropolitana, atingindo a marca de 25 milhões de páginas visualizadas por mês e três milhões de usuários únicos mensalmente (BANDA B, 2018).

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7.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO

A metodologia escolhida para a pesquisa foi a análise de conteúdo, que será aplicada em reportagens, veiculadas nos portais online Banda B e Tribuna do Paraná durante o campeonato paranaense de futebol de 2019, que têm como tema as torcidas organizadas de Curitiba. Segundo Júnior (2011), a análise de conteúdo é semelhante à análise de discurso e à análise semiológica, pois todas analisam a mensagem do texto, porém, o autor defende que somente a análise de conteúdo “cumpre com os requisitos de sistematicidade e confiabilidade” (JÚNIOR, 2011, p. 286). A análise de conteúdo ainda “pode ser utilizada para detectar tendências e modelos na análise de critérios de noticiabilidade” (HERSCOVITZ, 2007, p. 123). Considerando que um dos objetivos específicos da presente pesquisa é identificar quais são os temas recorrentes quando a mídia fala de torcidas organizadas, essa metodologia irá ajudar a entender quais são os critérios de noticiabilidade e se ela responde a hipótese inicial da pesquisa de que os jornais só noticiam as torcidas organizadas quando algo violento acontece. Júnior (2011) organiza a análise de conteúdo em três fases: pré-análise; exploração do material; e tratamento dos resultados obtidos e interpretações. O autor defende que a pré-análise é uma das etapas mais importantes do processo, já que ela serve de base para as outras fases. Essa pré-análise consiste em formular os objetivos e a hipótese inicial da análise, além de escolher quais serão os documentos analisados, no caso, qual será o corpus da pesquisa. No caso, os documentos serão selecionados através de uma amostragem não aleatória:

muito utilizadas em análise de conteúdo são as técnicas de amostragem não aleatórias, empregadas quando não se tem acesso a toda a população de estudo ou quando se trabalha com populações menores, como, por exemplo, algumas edições específicas de publicações que tratam da cobertura de um tema registrado em período também específico ou para estudos comparativos como o tratamento de um tema em determinados veículos em épocas distintas ou não (HERSCOVITZ, 2007, p. 131).

Segundo Bardin (2011, p.126), “o corpus é o conjunto de documentos tidos em conta para serem submetidos aos procedimentos analíticos. A sua constituição implica, muitas vezes, escolhas, seleções e regras”. Na presente pesquisa, será utilizada a regra da exaustividade. Segundo a autora, com essa regra não é possível 49

deixar de fora nenhum elemento por qualquer razão (como dificuldade de acesso) que não seja justificável no plano do rigor. Ela ainda afirma que a regra é completada pela regra de não seletividade. Ou seja, serão analisadas todas as reportagens publicadas nos portais online Tribuna do Paraná e Banda B, entre 19 de janeiro e 22 de abril de 2019 – período correspondente a data do primeiro jogo do campeonato paranaense de 2019 até um dia depois da última partida – que falem sobre as torcidas organizadas curitibanas. Serão analisados somente os textos publicados dentro dos portais durante o período predeterminado, excluindo as publicações nas outras plataformas desses veículos, como, por exemplo, as redes sociais, e, também, matérias que falem sobre outros campeonatos que não seja o paranaense de 2019. Serão selecionadas todas as reportagens que contenham as palavras “torcidas organizadas”, “império alviverde”, “os fanáticos” ou “fúria independentes” no corpo do texto. O próximo passo, depois de definido o corpus, é codificar o mesmo. Segundo Bauer (2004):

a codificação (...) é uma tarefa de construção que carrega consigo a teoria e o material da pesquisa. (...) Um referencial de codificação é um modo sistemático de comparação. Ele é um conjunto de questões (códigos) com o qual o codificador trata os materiais, e do qual o codificador consegue respostas, dentro de um conjunto predefinido de alternativas (valores de codificação) (BAUER, 2004, p.199).

Herscovitz (2007) afirma que a codificação por tema geralmente produz resultados positivos, além de ser comum na análise de conteúdo. Então, para a presente pesquisa, as reportagens serão separadas, primeiramente, em duas categorias temáticas: violência e não violência. Após todo o corpus da pesquisa ser separado dentro das categorias, que a análise irá ser feita. Dentro da categoria violência serão incluídas todas as matérias que falarem sobre violências físicas, violências verbais e violência contra patrimônios (públicos ou privados). Na presente pesquisa, é entendido como violência física qualquer ato que atinja diretamente o corpo de outro indivíduo (como socos, chutes, agressão com objetos). Já violência verbal será entendido qualquer ato verbal que ameace a integridade física de outra pessoa ou que sejam considerados atos de racismo ou de homofobia. Violência contra patrimônios será qualquer atitude que venha a destruir, deteriorar, inutilizar ou apenas vandalizar qualquer bem material, seja público, como 50

terminais, ou privado, como o estádio. Invasões ao estádio ou aos centros de treinamentos, também são consideradas violência contra o patrimônio. As reportagens que forem incluídas nessa categoria, serão analisadas de acordo com a tabela a seguir.

Tabela 1 – Categoria violência ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA VIOLÊNCIA Reportagem número Data de publicação Título da matéria Link da matéria Portal □ Tribuna do Paraná □ Banda B 1 FORMA DE VIOLÊNCIA □ Violência física □ Violência verbal □ Violência contra patrimônio 2 LOCAL DA VIOLÊNCIA □ Dentro do □ Arredores do □ Pontos de □ Centro de □ Outros estádio estádio ônibus/terminais Treinamento 3 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros Fonte: a autora, 2019

Já na categoria não violência serão incluídas todas as matérias que não se enquadrem em violência. Elas serão separadas em protestos, reuniões, eventos festivos, atitudes solidárias e outros. Em “protestos”, estarão incluídas as matérias onde foram feitos protestos pacíficos, seja dentro ou fora dos estádios, em que não houve registro de violência. Em “reuniões”, serão consideradas possíveis encontros de torcedores organizados com os diretores de seus times, com o Ministério Público, entre outros. Já em “eventos festivos”, entrarão as matérias que falem sobre eventos organizados pelas torcidas ou que tenham a presença delas, com o intuito de comemorar algo, seja um título ou o aniversário do clube, por exemplo. Em “atitudes solidárias”, entrará matérias que valem sobre ações que venham a ter como objetivo ajudar ao próximo, como arrecadação de agasalhos, chocolates para Páscoa, etc. Já em “outros”, serão incluídas todas as matérias que não se apliquem a nenhuma das outras.

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Tabela 2 – Categoria não violência ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número Data de publicação Título da matéria Link da matéria Portal □ Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros Fonte: a autora, 2019

7.2.1 Resultados

A partir do método descrito acima, foram selecionadas 35 reportagens para análise. Ao todo, apenas 11% das reportagens analisadas relacionavam as torcidas organizadas de Curitiba a atos de violência durante o período do Campeonato Paranaense de 2019, o que corresponde a quatro matérias. Dessas quatro matérias, três estão relacionando as torcidas com atos de violência contra patrimônio e apenas uma a atos de violência física. Nenhuma reportagem falou sobre violência verbal. Vale ressaltar que essas matérias não citam os nomes das torcidas organizadas, apenas indicam a qual clube elas pertencem. Nas reportagens em que se falava sobre violência contra o patrimônio, as torcidas organizadas não foram responsabilizadas pelo jornalista que escreveu a matéria, mas sim pela fonte, que, no caso, era o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto. Uma das reportagens repercute o relatório que a Urbs entregou à Delegacia de Atendimento de Futebol e Eventos (Demafe) avaliando que houve R$ 38 mil de prejuízo por conta de brigas entre torcedores do Athletico e do Coritiba, após o confronto entre as equipes no dia 30 de janeiro. Nessa reportagem, o presidente da Urbs anunciou que entraria na justiça contra os clubes e, também, contra as torcidas organizadas para pedir o ressarcimento do valor. Já nas outras duas reportagens que falam sobre o assunto, uma cita que o presidente irá responsabilizar 52

as torcidas organizadas e a outra comenta que a Urbs acionará as mesmas na Justiça. Ou seja, as três reportagens, ao citar as torcidas organizadas, estão relacionando-as aos casos de vandalismo no transporte público. Já a matéria que fala sobre violência física não cita diretamente que foram torcedores organizados que se envolveram em uma briga. O texto comenta sobre um vídeo que mostra cerca de 50 torcedores do Coritiba e do Paraná entrando em conflito. Um dos torcedores do Coritiba fica no caído no chão, aparentemente desacordado, após ser agredido por dez torcedores do Paraná. A briga aconteceu no dia 30 de março, mesmo dia em que as clubes se enfrentaram no Campeonato Paranaense. A matéria cita ainda que o local que aconteceu a violência foi no meio do caminho entre as sedes das torcidas organizadas e, também, dos estádios dos times. Como a reportagem fala que a confusão aconteceu no meio do caminho entre as sedes das torcidas organizadas, dá-se a entender que foram torcedores dessas torcidas que participaram do confronto. Abaixo, o gráfico 1 mostra quais foram os envolvidos nos conflitos noticiados nessas quatro reportagens.

Gráfico 1 – Torcidas relacionadas a atos de violência segundo as reportagens analisadas

25%

75%

Império Alviverde x Os Fanáticos Império Alviverde x Fúria Independente

Fonte: a autora, 2019.

Observa-se que em 75% dos casos, ou seja, em três reportagens, as torcidas organizadas Império Alviverde, do Coritiba, e Os Fanáticos, do Athletico, foram relacionadas a atos de violência. No caso, são as três reportagens sobre violência contra patrimônio, em que o presidente da Urbs anuncia que entrará na justiça contra 53

essas duas torcidas para responsabilizá-las pelos prejuízos causados, no entendimento dele, pelos integrantes dessas torcidas. Já nos outros 25%, que correspondem a uma matéria, as torcidas relacionadas foram a Fúria Independente, do Paraná Clube, e, novamente, a Império Alviverde. Dessa vez, elas foram relacionadas à violência física. No total, a torcida Império Alviverde estava presente em 100% das matérias, ou seja, nas quatro matérias que falavam sobre violência, enquanto a torcida Os Fanáticos apareceu em 75% das reportagens, totalizando três matérias, e a Fúria Independente em 25%, ou seja, somente uma reportagem. O restante das matérias, que representam 89% das reportagens analisadas, ou seja, 31 matérias, falam sobre atos de não violência. Diferente do que aconteceu nas reportagens que estavam na categoria violência, os nomes das torcidas organizadas foram citados em algumas reportagens e todas as subcategorias tiveram pelo menos uma matéria que se encaixasse, conforme observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2 – Assuntos da matérias da categoria não violência

26%

36%

3% 3%

16% 16%

Protestos Reuniões Eventos festivos Atitudes solidárias Serviços Outros

Fonte: a autora, 2019.

A maior parte das reportagens analisadas entrou na subcategoria “outros”, por não abordar nenhum dos assuntos pré-selecionados. Como é o caso de sete reportagens que citavam que a torcida organizada Fúria Independente pediu a 54

renúncia da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo do Paraná Clube. No total, essa subcategoria teve 11 reportagens. Outro assunto também bastante comentado foram os protestos, com oito reportagens no total. Dessas, cinco reportagens falavam de protestos feitos pela Fúria Independente e três sobre protestos feitos pela Império Alviverde. Cada torcida protestou por um motivo diferente: a Império Alviverde fez um protesto no Centro de Treinamento do Coritiba por conta do desempenho do time, enquanto a Fúria Independente protestou em alguns jogos do time com uma faixa pedindo o fim da parte social do clube. Todos os protestos foram pacíficos. Outras cinco reportagens falavam sobre atitudes solidárias por parte das torcidas organizadas – dessas, três citavam a Império Alviverde e duas citavam a Fúria Independente – e outras cinco falavam sobre serviços, como compra de ingressos, proibição do uso de artigos das torcidas organizadas, deslocamento para os jogos, etc. Somente uma reportagem falou sobre reuniões das torcidas organizadas, no caso, era reunião entre a Império Alviverde e a torcida Os Fanáticos com organismos de segurança e com os clubes para definir os detalhes da segurança para o jogo entre Coritiba e Athletico. Também houve apenas uma reportagens que falou sobre eventos festivos. Essa matéria falava sobre uma festa que a torcida Os Fanáticos realizou com integrantes da oposição do Athletico para comemorar o aniversário do time. Na categoria não violência, a torcida Fúria Independente esteve presente em 49% das reportagens, totalizando 17 reportagens, enquanto a Império Alviverde apareceu em 34%, ou seja, em 12 reportagens, e a Os Fanáticos em 20%, um total de 7 matérias.

7.2.1.1 Banda B

Das 35 reportagens selecionadas para a análise, somente dez foram publicadas pelo portal Banda B. Dessas matérias, duas relacionavam as torcidas organizadas a atos de violência e oito a atos de não violência. As duas matérias que entraram na categoria violência falavam sobre violência contra o patrimônio. Uma delas citava que o presidente da Urbs responsabilizou o Athletico e o Coritiba e as torcidas organizadas pelos atos de vandalismo no transporte público após o jogo entre as duas equipes. Ou seja, a Império Alviverde e a Os 55

Fanáticos foram relacionadas com esses atos. Já a outra matéria, apenas cita que a Urbs acionaria os diretores dessas torcidas na Justiça. As outras oito reportagens, que estão na categoria não violência, ficaram divididas entre protestos, atitudes solidárias, serviços e outros. Duas reportagens falaram sobre protestos – uma falou sobre um protesto pacífico da Império Alviverde no Centro de Treinamento do clube, cobrando um desempenho melhor do clube, e a outra sobre protestos da Fúria Independente pedindo o fim da parte social do Paraná. Outras duas reportagens falaram sobre atitudes solidárias das torcidas, e, novamente, uma citou a Império e a outra citou a Fúria. No caso da Império Alviverde, a reportagem citava que doações para uma campanha podiam ser feitas na sede da Torcida Organizada. A campanha tinha como objetivo arrecadar brinquedos para crianças e adolescentes em tratamento no Hospital Erasto Gaertner. Já a reportagem que cita a Fúria Independente, é sobre uma parceria que a torcida e o clube fizeram com o Hospital Erastinho, que pretende criar um hospital dedicado apenas ao público infantil para o tratamento de câncer. O clube estampou a logo do projeto em sua camisa na partida contra o Coritiba, e doou as camisas para que fosse feito um leilão com o valor revertido para a construção do hospital. Três reportagens falaram sobre serviços e somente uma entrou na subcategoria “outros”. No total, 60% das matérias publicadas na Banda B envolviam a Império Alviverde, ou seja, seis reportagens, já as torcidas Fúria Independente e Os Fanáticos estavam em 40% das reportagens, totalizando quatro matérias cada.

7.2.1.2 Tribuna do Paraná

A Tribuna do Paraná publicou 25 das 30 reportagens que foram analisadas. Apenas duas reportagens falavam sobre algum ato de violência. Dessas, uma entrou na subcategoria violência contra o patrimônio, pois citava o presidente da Urbs responsabilizando o Athletico, o Coritiba e suas respectivas torcidas organizadas pelos atos de vandalismo que ocorreram após o jogo no dia 30 janeiro. A outra, entrou na subcategoria violência física. Como já citado acima, a matéria relaciona o local em que ocorreu a briga entre torcedores do Paraná e do Coritiba como sendo o meio do caminho entre as sedes das torcidas organizadas. As outras 23 reportagens entraram na categoria não violência. A maioria delas entrou na subcategoria “outros”, totalizando dez reportagens. Sete eram sobre a Fúria 56

Independente do Paraná e falavam sobre os pedidos de renúncia da Mesa Diretora. Nessas matérias, o jornal explicou passo a passo o que estava acontecendo. Uma reportagem conta que integrantes da torcida organizada pediram a renúncia da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo, durante reunião do conselho. Outra já fala que o presidente do clube, Leonardo Oliveira, pode renunciar a qualquer momento por conta da pressão sofrida na reunião. Em seguida, uma matéria aponta que a Fúria Independente soltou uma nota apoiando o Leonardo e reforçando o pedido de saída do Casinha, presidente do Conselho Deliberativo. Ou seja, as reportagens acompanharam o caso. Outra matéria que entrou nessa subcategoria, foi quando o presidente do Conselho Deliberativo do Athletico, Mario Celso Petraglia, criticou a torcida organizada do clube, Os Fanáticos, pelas manifestações contrárias a ele durante uma partida do Campeonato Paranaense. Petraglia também criticou presidentes de clubes que já foram integrantes de torcidas organizadas, como é o caso de Samir Namur, do Coritiba, que foi integrante da Império Alviverde, e de Leonardo Oliveira, que já fez parte da Fúria Independente. Seis reportagens repercutiram protestos feitos pelas torcidas. Quatro delas falavam sobre o protesto da Fúria Independente, pedindo o fim da parte social do Paraná. Uma reportagem falava sobre o protesto que foi feito em jogos através de faixas, e outras falavam da repercussão desse protesto, que fez com que o clube colocasse em pauta nas reuniões do conselho a venda da sede social. Já as outras duas reportagens falavam sobre um protesto feito pela Império no Centro de Treinamento do Coritiba. Uma delas falava sobre o protesto em si, e a outra apenas citava que determinado jogador já estava no clube quando houve o protesto. Houve ainda três reportagens citando atitudes solidárias das torcidas. Duas delas falaram sobre uma atitude da Império Alviverde durante o jogo entre Coritiba e Paraná, no dia 30 de março, que tinha torcida única. Na ocasião, um torcedor idoso do Paraná Clube entrou no estádio vestindo a camisa do time paranista. A Polícia Militar quis retirar o senhor do estádio, para evitar confusões, mas a Império Alviverde impediu que isso acontecesse e deixou o torcedor acompanhar a partida nas arquibancadas com a torcida alviverde. Já a outra reportagem, falava sobre a parceria entre a Fúria Independente com o Paraná Clube para ajudar o Hospital Erastinho. Mesmo assunto abordado na Banda B. 57

Duas reportagens falaram sobre serviços, e apenas uma reportagem falou sobre reuniões – entre a Império Alviverde e a Os Fanáticos com organismos de segurança –, também só teve uma matéria falando sobre eventos festivos, no caso, festa organizada pelo os Fanáticos e a oposição do clube para comemorar o aniversário de 95 anos do Athletico. No total, a Fúria Independente esteve presente em 56% das reportagens analisadas que foram publicadas na Tribuna do Paraná, ou seja, em 14 matérias, enquanto a Império apareceu em 40%, totalizando 10 reportagens, e a Fanáticos em 24%, que corresponde a um total de seis reportagens.

7.2.1.3 Banda B x Tribuna do Paraná: comparação entre os veículos

De todas as reportagens analisadas, 29% foram publicadas na Banda B e 71% na Tribuna do Paraná. A maior diferença foi no número proporcional de matérias dentro da categoria violência. De todas as reportagens analisadas no portal Banda B, 20% se encaixaram na categoria violência, que representa duas reportagens, enquanto apenas 8% das matérias na Tribuna do Paraná falavam sobre o assunto, totalizando, também, somente duas reportagens. Na categoria violência, todas as reportagens da Banda B falavam sobre um único assunto: a Urbs entrando na justiça contra as torcidas organizadas do Coritiba e do Athletico. Enquanto a Tribuna do Paraná usou duas matérias: uma para falar do mesmo caso da Banda B e outra para falar da briga entre 50 torcedores do Coritiba e do Paraná. Como já citado anteriormente, nenhuma dessas matérias citou o nome das torcidas organizadas. A maioria das reportagens analisadas estava na categoria não violência. A Tribuna do Paraná trabalhou mais as reportagens fora do campeonato, acompanhando os possíveis desdobramentos dos protestos, por exemplo. Por isso, as matérias que entraram na subcategoria “outros” somaram 43% das reportagens analisadas dentro categoria não violência, e 40% no total das matérias analisadas no portal. Enquanto a Banda B focou mais em serviço, tendo 37,5% das reportagens da categoria e 30% no total. Apesar da Banda B ter dedicado, proporcionalmente, mais espaço para relacionar as torcidas organizadas com atos de violência, ela também dedicou mais espaço para falar sobre as atitudes solidárias das mesmas. No total, as matérias que 58

falaram sobre solidariedade das torcidas somaram 20% das reportagens analisadas no portal, que representa duas reportagens. Enquanto na Tribuna, apenas 12% das matérias falavam sobre o assunto, totalizando três reportagens.

59

8 CONCLUSÃO

A partir das reportagens analisadas, fica claro que, ao contrário do que Murad (2017) defende, a imprensa não adota uma narrativa sensacionalista sobre as torcidas organizadas, pelo menos nos dois veículos analisados. Muito pelo contrário, os portais não utilizaram em nenhum momento o nome das torcidas no texto da reportagem, e não chegaram nem a citar as torcidas organizadas nos títulos das matérias. Na maioria das vezes, foi preciso associar a torcida a qual eles estavam se referindo, a partir do clube que ela representava. Ou seja, a hipótese inicial, de que a maioria das vezes em que os portais online falam de torcidas organizada eles as relacionam com algum ato de violência ou vandalismo, acabou não se confirmando, visto que foi identificado que o tema de não violência é o mais recorrente nos dois portais quando se trata de torcidas organizadas. Ao decorrer da análise comparativa, a Banda B não parece se preocupar muito com as torcidas organizadas e quase não fala delas, já que ela foi responsável por menos de 30% das matérias analisadas. Já por outro lado, a Tribuna do Paraná cita as torcidas várias vezes e faz as ações delas virarem pauta de seus repórteres. Isso ficou muito claro quando 28% das reportagens falam sobre os desdobramentos do pedido de renúncia da Mesa Diretora feito pela Fúria Independente. Outro ponto que chamou atenção foi que havia uma matéria falando sobre a invasão de torcedores ao Centro de Treinamento do Paraná Clube, mas que em nenhum momento o texto comentou se eram torcedores organizados ou não. Apesar de ter a tag “fúria independente”, a reportagem não entrou para a análise justamente por não citar nem a palavra “torcida organizada” ao longo do texto e nem o nome da torcida organizada do Paraná. Se a mídia realmente adotasse um discurso sensacionalista, esse seria o caso ideal, mas não aconteceu. Também não foi noticiado pelos portais os registros de vandalismo que aconteceram dentro da Arena da Baixada (Estádio Joaquim Américo Guimarães) na partida válida pela final da Taça Dirceu Krueger, segundo turno do Campeonato Paranaense, entre Coritiba e Athletico. O próprio Athletico divulgou uma nota em seu site oficial dois dias após o ocorrido com o título “Cadeiras e banheiro do Joaquim Américo são depredados por torcedores do Coritiba”. Nenhum dos dois portais comentou o assunto.

60

Apesar da pesquisa ter sido aplicada em reportagens de dois veículos locais durante um campeonato regional, ela contribui academicamente por mostrar que, ao menos nos portais analisados, as torcidas organizadas não são retratadas de maneira sensacionalista e nem relacionadas constantemente a situações de violência, abrindo portas para que pesquisas mais aprofundadas sobre o tema sejam feitas. Seria interessante realizar uma pesquisa com veículos de circulação nacional, para ver se o resultado é diferente, visto que jornais locais tem mais espaço para falar sobre o que acontece na cidade, consequentemente, mais espaço para abordar as torcidas organizadas em mais aspectos. Nessa proposta de pesquisa com veículos nacionais, seria bom incluir entrevista com os profissionais da editoria de esportes para saber qual critério de noticiabilidade eles utilizam para falar sobre as torcidas organizadas. Outra ideia de pesquisa que surgiu no decorrer da análise do presente trabalho foi de pesquisar as matérias que falem sobre atos de violência de um período de pelo menos dois anos e comparar com os números de boletins de ocorrências registrados na Demafe, para ver se as torcidas realmente não estão mais sendo tão violentas, ou se são os jornais que não estão mais noticiando.

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REINECKEN, Marcio. Coxa sofre maior punição do futebol brasileiro. Gazeta do Povo. Esportes. Curitiba, 15/12/2009. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/esportes/coxa-sofre-maior-punicao-do-futebol- brasileiro-cg0q8v0qivkedq1445joplnim/. Acesso em: 14 abr. 2019.

RIBEIRO, André. Os donos do espetáculo: histórias da imprensa esportiva do Brasil. Editora Terceiro Nome, 2007.

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WILSON, Jonathan. A pirâmide invertida: A história da tática no futebol. KasaFutebol Editora LTDA-Grande Área, 2016.

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APÊNDICE A – REPORTAGENS SELECIONADAS PARA ANÁLISE

Nº Título Link 1 Torcida do Athletico poderá comprar https://www.bandab.com.br/esporte/times/athletico/tor- ingressos para a partida contra o cida-do-athletico-podera-comprar-ingressos-para-a- Rio Branco partida-contra-o-rio-branco/ 2 Urbs entrará na Justiça contra https://www.bandab.com.br/cidades/presidente-da- Athletico e Coritiba por prejuízos de urbs-anuncia-que-entrara-na-justica-contra-athletico-e- torcida coritiba-por-prejuizos-de-torcida/ 3 Após estragos, presidente da URBS https://www.bandab.com.br/cidades/apos-noite-de-es- diz que vai pedir torcida única em tragos-presidente-da-urbs-diz-que-vai-pedir-torcida- todos os clássicos unica-em-todos-os-classicos/ 4 Amigos de jovem morta em acidente https://www.bandab.com.br/cidades/amigos-de-jovem- criam campanha para ajudar morta-criam-campanha-para-ajudar-criancas-em-hos- crianças em hospital pital/ 5 Insatisfeitos com o desempenho do https://www.bandab.com.br/esporte/times/coritiba/insa- time, torcedores do Coritiba tisfeitos-com-desempenho-do-time-torcedores-do-cori- protestam no CT da Graciosa tiba-protestam-no-ct-da-graciosa/ 6 Em protesto, torcida organizada https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- pede o fim das atividades sociais do clube/em-protesto-torcida-organizada-pede-o-fim-das- Paraná atividades-sociais-do-parana/ 7 Grupo de conselheiros do Paraná https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- pede renúncia da Mesa Diretora do clube/grupo-de-conselheiros-do-parana-pede-renun- Conselho Deliberativo cia-de-mesa-diretora-do-conselho-deliberativo/ 8 Ministério Público recomenda https://www.bandab.com.br/esporte/times/coritiba/mi- torcida única no clássico Paratiba nisterio-publico-recomenda-torcida-unica-no-classico- paratiba/ 9 Paraná fecha parceria com o https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- Hospital Erasto Gaertner para o clube/parana-fecha-parceria-com-o-hospital-erasto-ga- clássico Paratiba ertner-para-o-classico-paratiba/ 10 Policiamento para o Athletiba será https://www.bandab.com.br/esporte/times/policia- reforçado em toda a capital nesta mento-para-o-athletiba-sera-reforcado-em-toda-a-capi- quarta-feira tal-nesta-quarta-feira/ 11 Atletiba já tem a sua primeira https://www.tribunapr.com.br/esportes/atletiba-ja-tem- polêmica sua-primeira-polemica/ 12 Prejuízo causado por briga de https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-re- torcidas em ônibus e terminais é giao/briga-de-torcidas-em-curitiba-causou-prejuizo-de- avaliado em R$ 38 mil r-38-mil/ 68

13 Fanáticos volta atrás e retornará a https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/fanati- antigo setor na Arena cos-volta-atras-e-retornara-antigo-setor-na-arena/ 14 Torcida organizada do Coritiba faz https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/torcida- protesto no CT da Graciosa organizada-do-coritiba-faz-protesto-no-ct-da-graciosa/ 15 Walisson Maia se vê um jogador https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/walis- mais completo nesta volta ao son-maia-se-ve-um-jogador-mais-completo-nesta- Coritiba volta-ao-coritiba/ 16 Torcida organizada do Paraná pede https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/tor- fim do clube social cida-organizada-do-parana-pede-fim-do-clube-social/ 17 Presidente do Paraná afastado por https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- um mês clube/presidente-do-parana-fica-afastado-por-um-mes/ 18 Briga entre Os Fanáticos e diretoria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/briga- do Athletico tem mais um capítulo entre-os-fanaticos-e-diretoria-do-athletico-tem-mais- um-capitulo/ 19 Paraná Clube terá reunião pra https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/pa- discutir venda da sede da Kennedy rana-clube-tera-reuniao-pra-discutir-venda-da-sede- da-kennedy/ 20 Conselho do Paraná Clube se reúne https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- pra definir situação da sede social clube/conselho-do-parana-clube-se-reune-pra-definir- da Kennedy situacao-da-sede-social/ 21 Oposição realiza festa ‘não oficial’ https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/os-fa- pra comemorar aniversário do naticos-realiza-festa-nao-oficial-pra-comemorar-aniver- Athletico sario-do-athletico/ 22 Paraná não pode vender a sede da https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/pa- Kennedy rana-nao-pode-vender-sede-da-kennedy/ 23 Antes fonte de arrecadação do https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/an- Paraná, setor social atualmente é tes-fonte-de-arrecadacao-do-parana-setor-social-atual- visto como problema pela torcida mente-e-visto-como-problema-pela-torcida/ 24 Torcida do Paraná Clube pressiona https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/tor- e pede saída de Casinha cida-do-parana-clube-pressiona-e-pede-saida-de-casi- nha/ 25 Presidente do Paraná pode https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- renunciar a qualquer momento clube/presidente-do-parana-pode-renunciar-qualquer- momento/ 26 Em nota, Fúria apoia Leonardo https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Oliveira e reforça pedido de saída clube/em-nota-furia-apoia-leonardo-oliveira-e-reforca- de Casinha pedido-de-saida-de-casinha/ 27 Dado Cavalcanti “assume as https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- broncas” do Paraná Clube clube/dado-cavalcanti-assume-as-broncas-do-parana- clube/ 69

28 Paraná Clube e Fúria Independente https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/pa- fazem parceria por causa nobre rana-clube-e-furia-independente-fazem-parceria-por- causa-nobre/ 29 Leonardo Oliveira nega renúncia e https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/le- permanece no Paraná Clube onardo-oliveira-nega-renuncia-e-permanece-no-pa- rana-clube/ 30 Torcedor infiltrado, provocação e até https://www.tribunapr.com.br/esportes/paratiba-teve- guindaste. Um Paratiba diferente no torcida-unica-e-pressao-alviverde-no-pinhao/ Pinhão 31 Torcedor do Coritiba desacordado https://www.tribunapr.com.br/noticias/seguranca/torce- após briga com mais de 50 pessoas dor-do-coritiba-desacordado-apos-briga-com-mais-de- em Curitiba 50-pessoas-em-curitiba/ 32 Paraná procura torcedor que https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/pa- assistiu clássico com a torcida do rana-procura-torcedor-que-assistiu-classico-com-tor- Coritiba cida-do-coritiba/ 33 Petraglia desce a lenha na https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/petra- Fanáticos e sobra até pra dupla glia-desce-lenha-na-fanaticos-e-sobra-ate-pra-dupla- Paratiba! paratiba/ 34 Torcedores do Coritiba poderão https://www.tribunapr.com.br/esportes/torcedores-do- acompanhar clássico na Arena coritiba-poderao-acompanhar-classico-na-arena/ 35 Athletico x Coritiba: acesso das https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico-x-cori- torcidas, bloqueios do trânsito, tiba-acesso-das-torcidas-bloqueios-do-transito-servico- serviço do clássico do-classico/ 70

APÊNDICE B – TABELAS DE ANÁLISE DA CATEGORIA VIOLÊNCIA

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA VIOLÊNCIA Reportagem número 2 Data de publicação 31/1/2019 Título da matéria Urbs entrará na Justiça contra Athletico e Coritiba por prejuízos de torcida Link da matéria https://www.bandab.com.br/cidades/presidente-da-urbs-anuncia- que-entrara-na-justica-contra-athletico-e-coritiba-por-prejuizos-de- torcida/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 FORMA DE VIOLÊNCIA □ Violência física □ Violência verbal X Violência contra patrimônio 2 LOCAL DA VIOLÊNCIA □ Dentro do □ Arredores do X Pontos de □ Centro de □ Outros estádio estádio ônibus/terminais Treinamento 3 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros X Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA VIOLÊNCIA Reportagem número 3 Data de publicação 31/1/2019 Título da matéria Após estragos, presidente da URBS diz que vai pedir torcida única em todos os clássicos Link da matéria https://www.bandab.com.br/cidades/apos-noite-de-estragos-presidente- da-urbs-diz-que-vai-pedir-torcida-unica-em-todos-os-classicos/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 FORMA DE VIOLÊNCIA □ Violência física □ Violência verbal X Violência contra patrimônio 2 LOCAL DA VIOLÊNCIA □ Dentro do □ Arredores do X Pontos de □ Centro de □ Outros estádio estádio ônibus/terminais Treinamento 3 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros X Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA VIOLÊNCIA Reportagem número 12 Data de publicação 12/2/2019 Título da matéria Prejuízo causado por briga de torcidas em ônibus e terminais é avaliado em R$ 38 mil Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/briga-de- torcidas-em-curitiba-causou-prejuizo-de-r-38-mil/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 FORMA DE VIOLÊNCIA □ Violência física □ Violência verbal X Violência contra patrimônio 2 LOCAL DA VIOLÊNCIA □ Dentro do □ Arredores do X Pontos de □ Centro de □ Outros estádio estádio ônibus/terminais Treinamento 3 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros X Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros 71

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA VIOLÊNCIA Reportagem número 31 Data de publicação 1/4/2019 Título da matéria Torcedor do Coritiba desacordado após briga com mais de 50 pessoas em Curitiba Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/noticias/seguranca/torcedor-do-coritiba- desacordado-apos-briga-com-mais-de-50-pessoas-em-curitiba/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 FORMA DE VIOLÊNCIA X Violência física □ Violência verbal □ Violência contra patrimônio 2 LOCAL DA VIOLÊNCIA □ Dentro do X Arredores do □ Pontos de □ Centro de □ Outros estádio estádio ônibus/terminais Treinamento 3 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos X Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

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APÊNDICE C – TABELAS DE ANÁLISE DA CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 1 Data de publicação 25/2/2019 Título da matéria Torcida do Athletico poderá comprar ingressos para a partida contra o Rio Branco Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/athletico/torcida-do- athletico-podera-comprar-ingressos-para-a-partida-contra-o-rio- branco/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias X Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros X Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 4 Data de publicação 25/2/2019 Título da matéria Amigos de jovem morta em acidente criam campanha para ajudar crianças em hospital Link da matéria https://www.bandab.com.br/cidades/amigos-de-jovem-morta- criam-campanha-para-ajudar-criancas-em-hospital/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos X Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 5 Data de publicação 28/2/2019 Título da matéria Insatisfeitos com o desempenho do time, torcedores do Coritiba protestam no CT da Graciosa Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/coritiba/insatisfeitos-com- desempenho-do-time-torcedores-do-coritiba-protestam-no-ct-da- graciosa/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 6 Data de publicação 9/3/2019 73

Título da matéria Em protesto, torcida organizada pede o fim das atividades sociais do Paraná Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana-clube/em- protesto-torcida-organizada-pede-o-fim-das-atividades-sociais-do- parana/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 7 Data de publicação 27/3/2019 Título da matéria Grupo de conselheiros do Paraná pede renúncia da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo

Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana-clube/grupo- de-conselheiros-do-parana-pede-renuncia-de-mesa-diretora- do-conselho-deliberativo/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 8 Data de publicação 28/3/2019 Título da matéria Ministério Público recomenda torcida única no clássico Paratiba

Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/coritiba/ministerio- publico-recomenda-torcida-unica-no-classico-paratiba/

Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias X Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos X Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 9 Data de publicação 29/3/2019 Título da matéria Paraná fecha parceria com o Hospital Erasto Gaertner para o clássico Paratiba Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana-clube/parana- fecha-parceria-com-o-hospital-erasto-gaertner-para-o-classico- paratiba/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 74

1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos X Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 10 Data de publicação 10/4/2019 Título da matéria Policiamento para o Athletiba será reforçado em toda a capital nesta quarta-feira Link da matéria https://www.bandab.com.br/esporte/times/policiamento-para-o- athletiba-sera-reforcado-em-toda-a-capital-nesta-quarta-feira/ Portal □ Tribuna do Paraná X Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias X Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros X Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 11 Data de publicação 28/1/2019 Título da matéria Atletiba já tem a sua primeira polêmica Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/atletiba-ja-tem-sua-primeira- polemica/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias X Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 13 Data de publicação 25/2/2019 Título da matéria Fanáticos volta atrás e retornará a antigo setor na Arena Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/fanaticos-volta-atras-e- retornara-antigo-setor-na-arena/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde X Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 14 Data de publicação 28/2/2019 Título da matéria Torcida organizada do Coritiba faz protesto no CT da Graciosa 75

Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/torcida-organizada- do-coritiba-faz-protesto-no-ct-da-graciosa/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 15 Data de publicação 7/3/2019 Título da matéria Walisson Maia se vê um jogador mais completo nesta volta ao Coritiba Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/walisson-maia-se- ve-um-jogador-mais-completo-nesta-volta-ao-coritiba/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 16 Data de publicação 10/3/2019 Título da matéria Torcida organizada do Paraná pede fim do clube social Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/torcida- organizada-do-parana-pede-fim-do-clube-social/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 17 Data de publicação 11/3/2019 Título da matéria Presidente do Paraná afastado por um mês Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/presidente-do- parana-fica-afastado-por-um-mes/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ □ Atitudes solidárias □ Serviço □ Outros Eventos festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros 76

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 18 Data de publicação 12/3/2019 Título da matéria Briga entre Os Fanáticos e diretoria do Athletico tem mais um capítulo Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/briga-entre-os- fanaticos-e-diretoria-do-athletico-tem-mais-um-capitulo/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde X Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 19 Data de publicação 23/3/2019 Título da matéria Paraná Clube terá reunião pra discutir venda da sede da Kennedy Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/parana-clube- tera-reuniao-pra-discutir-venda-da-sede-da-kennedy/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros Eventos festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 20 Data de publicação 25/3/2019 Título da matéria Conselho do Paraná Clube se reúne pra definir situação da sede social da Kennedy Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/conselho-do-parana- clube-se-reune-pra-definir-situacao-da-sede-social/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 21 Data de publicação 26/3/2019 Título da matéria Oposição realiza festa ‘não oficial’ pra comemorar aniversário do Athletico Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/os-fanaticos-realiza- festa-nao-oficial-pra-comemorar-aniversario-do-athletico/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões X Eventos □ Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 77

2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde X Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 22 Data de publicação 26/3/2019 Título da matéria Paraná não pode vender a sede da Kennedy Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/parana-nao-pode- vender-sede-da-kennedy/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 23 Data de publicação 26/3/2019 Título da matéria Antes fonte de arrecadação do Paraná, setor social atualmente é visto como problema pela torcida Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/antes- fonte-de-arrecadacao-do-parana-setor-social-atualmente-e- visto-como-problema-pela-torcida/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA X Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 24 Data de publicação 27/3/2019 Título da matéria Torcida do Paraná Clube pressiona e pede saída de Casinha Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/torcida-do- parana-clube-pressiona-e-pede-saida-de-casinha/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço X Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 25 Data de publicação 27/3/2019 Título da matéria Presidente do Paraná pode renunciar a qualquer momento 78

Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/presidente-do- parana-pode-renunciar-qualquer-momento/ Portal X Tribuna do □ Banda B Paraná 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos festivos □ Atitudes □ Serviço X Outros solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 26 Data de publicação 28/3/2019 Título da matéria Em nota, Fúria apoia Leonardo Oliveira e reforça pedido de saída de Casinha Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/em-nota-furia- apoia-leonardo-oliveira-e-reforca-pedido-de-saida-de-casinha/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço X Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 27 Data de publicação 29/3/2019 Título da matéria Dado Cavalcanti “assume as broncas” do Paraná Clube Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/dado-cavalcanti- assume-as-broncas-do-parana-clube/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos festivos □ Atitudes □ Serviço X Outros solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 28 Data de publicação 30/3/2019 Título da matéria Paraná Clube e Fúria Independente fazem parceria por causa nobre Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/parana-clube-e-furia- independente-fazem-parceria-por-causa-nobre/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos X Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria 79

□ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 29 Data de publicação 30/3/2019 Título da matéria Leonardo Oliveira nega renúncia e permanece no Paraná Clube Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/leonardo-oliveira- nega-renuncia-e-permanece-no-parana-clube/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos X Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 30 Data de publicação 31/3/2019 Título da matéria Torcedor infiltrado, provocação e até guindaste. Um Paratiba diferente no Pinhão Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paratiba-teve-torcida-unica-e- pressao-alviverde-no-pinhao/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos X Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 32 Data de publicação 1/4/2019 Título da matéria Paraná procura torcedor que assistiu clássico com a torcida do Coritiba Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/paranaclube/parana-procura- torcedor-que-assistiu-classico-com-torcida-do-coritiba/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos X Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 33 Data de publicação 8/4/2019 Título da matéria Petraglia desce a lenha na Fanáticos e sobra até pra dupla Paratiba! Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/petraglia-desce- lenha-na-fanaticos-e-sobra-ate-pra-dupla-paratiba/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes solidárias □ Serviço X Outros festivos 80

2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria X Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 34 Data de publicação 8/4/2019 Título da matéria Torcedores do Coritiba poderão acompanhar clássico na Arena Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/torcedores-do-coritiba-poderao- acompanhar-classico-na-arena/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos X Reuniões □ Eventos □ Atitudes □ Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS □ Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros X Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

ANÁLISE DE CONTEÚDO – CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA Reportagem número 35 Data de publicação 10/4/2019 Título da matéria Athletico x Coritiba: acesso das torcidas, bloqueios do trânsito, serviço do clássico Link da matéria https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico-x-coritiba-acesso-das- torcidas-bloqueios-do-transito-servico-do-classico/ Portal X Tribuna do Paraná □ Banda B 1 ASSUNTO DA MATÉRIA □ Protestos □ Reuniões □ Eventos □ Atitudes X Serviço □ Outros festivos solidárias 2 ENVOLVIDOS X Império Alviverde □ Os Fanáticos □ Fúria Independente □ Império x outros □ Fanáticos x outros □ Fúria x outros □ Império x Fanáticos □ Império x Fúria □ Fanáticos x Fúria □ Império x Fanáticos x Fúria □ Outros

81

APÊNDICE D – REPORTAGENS DE VIOLÊNCIA POR SUBCATEGORIA

Violência contra o patrimônio Nº Título Link https://www.bandab.com.br/cidades/presidente-da- Urbs entrará na Justiça contra Athle- 2 urbs-anuncia-que-entrara-na-justica-contra-athletico-e- tico e Coritiba por prejuízos de torcida

coritiba-por-prejuizos-de-torcida/ Após estragos, presidente da URBS https://www.bandab.com.br/cidades/apos-noite-de-es- 3 diz que vai pedir torcida única em to- tragos-presidente-da-urbs-diz-que-vai-pedir-torcida-

dos os clássicos unica-em-todos-os-classicos/ Prejuízo causado por briga de torcidas https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-re- 12 em ônibus e terminais é avaliado em giao/briga-de-torcidas-em-curitiba-causou-prejuizo-de-r-

R$ 38 mil 38-mil/

Violência física Nº Título Link Torcedor do Coritiba desacordado https://www.tribunapr.com.br/noticias/seguranca/torce- 31 após briga com mais de 50 pessoas dor-do-coritiba-desacordado-apos-briga-com-mais-de- em Curitiba 50-pessoas-em-curitiba/

82

APÊNDICE E – REPORTAGENS DE NÃO VIOLÊNCIA POR SUBCATEGORIA

Protestos Nº Título Link Insatisfeitos com o desempenho do time, https://www.bandab.com.br/esporte/times/cori- 5 torcedores do Coritiba protestam no CT da tiba/insatisfeitos-com-desempenho-do-time-torce-

Graciosa dores-do-coritiba-protestam-no-ct-da-graciosa/ https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- Em protesto, torcida organizada pede o fim 6 clube/em-protesto-torcida-organizada-pede-o-fim- das atividades sociais do Paraná

das-atividades-sociais-do-parana/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/tor- Torcida organizada do Coritiba faz protesto 14 cida-organizada-do-coritiba-faz-protesto-no-ct-da- no CT da Graciosa

graciosa/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/coritiba/wal- Walisson Maia se vê um jogador mais com- 15 isson-maia-se-ve-um-jogador-mais-completo- pleto nesta volta ao Coritiba

nesta-volta-ao-coritiba/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Torcida organizada do Paraná pede fim do 16 clube/torcida-organizada-do-parana-pede-fim-do- clube social

clube-social/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- 17 Presidente do Paraná afastado por um mês clube/presidente-do-parana-fica-afastado-por-um-

mes/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Conselho do Paraná Clube se reúne pra 20 clube/conselho-do-parana-clube-se-reune-pra-defi- definir situação da sede social da Kennedy

nir-situacao-da-sede-social/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Antes fonte de arrecadação do Paraná, se- clube/antes-fonte-de-arrecadacao-do-parana-se- 23 tor social atualmente é visto como pro- tor-social-atualmente-e-visto-como-problema-pela- blema pela torcida

torcida/

Reuniões Nº Título Link https://www.tribunapr.com.br/esportes/torcedores- Torcedores do Coritiba poderão acompa- 34 do-coritiba-poderao-acompanhar-classico-na- nhar clássico na Arena

arena/

Eventos festivos Nº Título Link https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/os- Oposição realiza festa ‘não oficial’ pra co- 21 fanaticos-realiza-festa-nao-oficial-pra-comemorar- memorar aniversário do Athletico

aniversario-do-athletico/

Atitudes solidárias Nº Título Link Amigos de jovem morta em acidente criam https://www.bandab.com.br/cidades/amigos-de-jo- 4 campanha para ajudar crianças em hospi- vem-morta-criam-campanha-para-ajudar-criancas-

tal em-hospital/ https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- Paraná fecha parceria com o Hospital 9 clube/parana-fecha-parceria-com-o-hospital- Erasto Gaertner para o clássico Paratiba

erasto-gaertner-para-o-classico-paratiba/ 83

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Paraná Clube e Fúria Independente fazem 28 clube/parana-clube-e-furia-independente-fazem- parceria por causa nobre

parceria-por-causa-nobre/

Torcedor infiltrado, provocação e até guin- https://www.tribunapr.com.br/esportes/paratiba- 30

daste. Um Paratiba diferente no Pinhão teve-torcida-unica-e-pressao-alviverde-no-pinhao/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Paraná procura torcedor que assistiu clás- 32 clube/parana-procura-torcedor-que-assistiu-clas- sico com a torcida do Coritiba

sico-com-torcida-do-coritiba/

Serviço Nº Título Link https://www.bandab.com.br/esporte/times/athle- Torcida do Athletico poderá comprar in- 1 tico/torcida-do-athletico-podera-comprar-ingres- gressos para a partida contra o Rio Branco

sos-para-a-partida-contra-o-rio-branco/ https://www.bandab.com.br/esporte/times/cori- Ministério Público recomenda torcida única 8 tiba/ministerio-publico-recomenda-torcida-unica- no clássico Paratiba

no-classico-paratiba/ https://www.bandab.com.br/esporte/times/policia- Policiamento para o Athletiba será refor- 10 mento-para-o-athletiba-sera-reforcado-em-toda-a- çado em toda a capital nesta quarta-feira

capital-nesta-quarta-feira/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/atletiba-ja- 11 Atletiba já tem a sua primeira polêmica

tem-sua-primeira-polemica/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico-x- Athletico x Coritiba: acesso das torcidas, 35 coritiba-acesso-das-torcidas-bloqueios-do-transito- bloqueios do trânsito, serviço do clássico

servico-do-classico/

Outros Nº Título Link

Grupo de conselheiros do Paraná pede re- https://www.bandab.com.br/esporte/times/parana- 7 núncia da Mesa Diretora do Conselho Deli- clube/grupo-de-conselheiros-do-parana-pede-re-

berativo nuncia-de-mesa-diretora-do-conselho-deliberativo/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/fa- Fanáticos volta atrás e retornará a antigo 13 naticos-volta-atras-e-retornara-antigo-setor-na- setor na Arena

arena/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/athle- Briga entre Os Fanáticos e diretoria do Ath- 18 tico/briga-entre-os-fanaticos-e-diretoria-do-athle- letico tem mais um capítulo

tico-tem-mais-um-capitulo/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Paraná Clube terá reunião pra discutir 19 clube/parana-clube-tera-reuniao-pra-discutir- venda da sede da Kennedy

venda-da-sede-da-kennedy/

Paraná não pode vender a sede da Ken- https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- 22

nedy clube/parana-nao-pode-vender-sede-da-kennedy/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Torcida do Paraná Clube pressiona e pede 24 clube/torcida-do-parana-clube-pressiona-e-pede- saída de Casinha

saida-de-casinha/ 84

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Presidente do Paraná pode renunciar a 25 clube/presidente-do-parana-pode-renunciar-qual- qualquer momento

quer-momento/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Em nota, Fúria apoia Leonardo Oliveira e 26 clube/em-nota-furia-apoia-leonardo-oliveira-e-re- reforça pedido de saída de Casinha

forca-pedido-de-saida-de-casinha/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Dado Cavalcanti “assume as broncas” do 27 clube/dado-cavalcanti-assume-as-broncas-do-pa- Paraná Clube

rana-clube/

https://www.tribunapr.com.br/esportes/parana- Leonardo Oliveira nega renúncia e perma- 29 clube/leonardo-oliveira-nega-renuncia-e-perma- nece no Paraná Clube

nece-no-parana-clube/ https://www.tribunapr.com.br/esportes/athletico/pe- Petraglia desce a lenha na Fanáticos e so- 33 traglia-desce-lenha-na-fanaticos-e-sobra-ate-pra- bra até pra dupla Paratiba!

dupla-paratiba/

85

APÊNDICE F – CONTABILIZAÇÃO DA ANÁLISE GERAL

Categorias Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Violência 2 2 4 Não violência 8 23 31 TOTAL 10 25 35

Total envolvidos

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 2 6 8 Os Fanáticos 0 3 3 Fúria Independente 3 12 15 Império x Fanáticos 3 2 5 Império x Fúria 1 1 2 Fanáticos x outros 1 0 1 Fanáticos x Fúria x Império 0 1 1

Total torcidas envolvidas Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 6 10 16 Os Fanáticos 4 6 10 Fúria Independente 4 14 18

86

APÊNDICE G – CONTABILIZAÇÃO CATEGORIA VIOLÊNCIA

Categoria violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Violência física 0 1 1 Violência Verbal 0 0 0 Violência contra patrimônio 2 1 3 TOTAL 2 2 4

Subcategoria Violência física

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Arredores do estádio 0 1 1 Envolvidos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império x Fúria 0 1 1

Local - Violência contra o patrimônio Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Ponto de ônibus/terminal 2 1 3 Envolvidos – Violência contra o patrimônio Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império x Fanáticos 2 1 3

Total envolvidos categoria violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império x Fanáticos 2 1 3

Império x Fúria 0 1 1

Total torcidas envolvidas Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 2 2 4

Os Fanáticos 2 1 3

Fúria Independente 0 1 1 87

APÊNDICE H – CONTABILIZAÇÃO CATEGORIA NÃO VIOLÊNCIA

Categoria não violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Protesto 2 6 8 Reuniões 0 1 1 Eventos festivos 0 1 1 Atitudes solidárias 2 3 5 Serviço 3 2 5 Outro 1 10 11 TOTAL 8 23 31

Envolvidos – Protestos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 1 2 3 Fúria Independente 1 4 5

Envolvidos – Reuniões Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império x Fanáticos 0 1 1

Envolvidos – Atitudes solidárias Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 1 2 3 Fúria Independente 1 1 2

Envolvidos – Serviço Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 0 2 2 Império x Fanáticos 1 0 1 Império x Fúria 1 0 1 Fanáticos x outros 1 0 1

Envolvidos – Outros Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Os Fanáticos 0 2 2 Fúria Independente 1 7 8 Fanáticos x Fúria x Império 0 1 1

88

Total envolvidos categoria não violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 2 6 8 Os Fanáticos 0 3 3 Fúria Independente 3 12 15 Império x Fanáticos 1 1 2 Império x Fúria 1 0 1 Fanáticos x outros 1 0 1 Fanáticos x Fúria x Império 0 1 1

Total torcidas sozinhas Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Império Alviverde 4 8 12 Os Fanáticos 2 5 7 Fúria Independente 4 13 17

89

APÊNDICE I – QUADROS DE ANÁLISE DAS REPORTAGENS

Categorias

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

20% das reportagens 11% das reportagens 8% das reportagens analisadas analisadas na Banda B analisadas se encaixa- Violência na Tribuna se encaixaram na se encaixaram na cate- ram na categoria vio- categoria violência goria violência lência

80% das reportagens 89% das reportagens 92% das reportagens analisa- analisadas na Banda B analisadas se encaixa- Não violência das na Banda se encaixaram se encaixaram na cate- ram na categoria não na categoria não violência goria não violência violência

Total envolvidos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL 20% das reportagens 24% das reportagens ana- 23% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- Império Alviverde analisadas envolviam envolviam somente a raná envolviam somente a somente a Império Império Império Nenhuma reportagem 12% das reportagens ana- 9% das reportagens analisada na Banda B Os Fanáticos lisadas na Tribuna envol- analisadas envolviam envolvia somente a Fa- viam somente a Fanáticos somente a Fanáticos náticos 30% das reportagens 48% das reportagens ana- 43% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- Fúria Independente analisadas envolviam envolviam somente a raná envolviam somente a somente a Fúria Fúria Fúria 30% das reportagens 8% das reportagens anali- 14% das reportagens analisadas na Banda B sadas na Tribuna do Pa- Império x Fanáticos analisadas envolviam a envolviam a Império e a raná envolviam a Império Império e a Fanáticos Fanáticos e a Fanáticos 10% das reportagens 4% das reportagens anali- 6% das reportagens analisadas na Banda B sadas na Tribuna do Pa- Império x Fúria analisadas envolviam a envolviam a Império e a raná envolviam a Império Império e a Fúria Fúria e a Fúria 10% das reportagens Nenhuma reportagem ana- 2,5% das reportagens analisadas na Banda B lisada na Tribuna do Pa- analisadas envolviam a envolviam a Fanáticos raná envolvia a Fanáticos Fanáticos e outra tor- Fanáticos x outros e outra torcida organi- e outra torcida organizada cida organizada (que zada (que não a Impé- (que não a Império ou Fú- não a Império ou a Fú- rio ou Fúria) ria) ria) Nenhuma reportagem 4% das reportagens anali- 2,5% das reportagens Fanáticos x Fúria x analisada na Banda B sadas na Tribuna do Pa- analisadas envolviam Império envolvia as três torci- raná envolviam as três tor- as três organizadas das organizadas cidas organizadas 90

Total envolvidos torcida sozinha Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

70% das reportagens 40% das reportagens 46% das reportagens ana- analisadas na Banda analisadas na Tri- Império Alviverde lisadas envolviam a Impé- B envolviam a Impé- buna do Paraná en- rio rio volviam a Império

50% das reportagens 24% das reportagens 29% das reportagens ana- analisadas na Banda analisadas na Tri- Os Fanáticos lisadas envolviam a Fanáti- B envolviam a Fanáti- buna do Paraná en- cos cos volviam a Fanáticos

56% das reportagens 50% das reportagens analisadas na Tri- 51% das reportagens ana- Fúria Independente analisadas na Banda buna do Paraná en- lisadas envolviam a Fúria B envolviam a Fúria volviam a Fúria

Categoria violência

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

50% das reportagens 25% das reportagens Nenhuma reportagem anali- analisadas na Tribuna do analisadas dentro da sada na Banda B dentro da Violência física Paraná dentro da catego- categoria violência fala- categoria violência falava ria violência falavam so- vam sobre violência fí- sobre violência física bre violência física sica

50% das reportagens Todas as reportagens anali- 75% das reportagens analisadas na Tribuna do sadas na Banda B dentro da analisadas dentro da Violência contra Paraná dentro da catego- categoria violência falavam categoria violência fala- patrimônio ria violência falavam so- sobre violência contra patri- vam sobre violência bre violência contra patri- mônio contra patrimônio mônio

Local - Violência física

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

Nenhuma reportagem Todas as reportagens anali- Todas as reportagens analisada na Banda B sadas na Tribuna do Paraná analisadas que falavam Arredores do dentro da categoria vio- que falavam sobre violência sobre violência física, o estádio lência falava sobre vio- física, a violência aconteceu local da violência era nos lência física nos arredores do estádio arredores dos estádios

Envolvidos - Violência física Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Nenhuma reportagem Todas as reportagens anali- Todas as reportagens analisada na Banda B sadas na Tribuna do Paraná analisadas que falavam Império x Fúria dentro da categoria vio- que falavam sobre violência sobre violência física en- lência falava sobre vio- física envolviam a Império e volviam a Império e a Fú- lência física a Fúria ria

91

Violência contra o patrimônio

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Todas as reportagens Todas as reportagens ana- Todas as reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas que falavam que falavam de violên- raná que falavam de vio- Ponto de ônibus/ sobre violência contra o cia contra o patrimônio, lência contra o patrimônio, terminal patrimônio, a violência a violência aconteceu a violência aconteceu em aconteceu em ponto de em pontos de ônibus pontos de ônibus e/ou ter- ônibus e/ou terminais e/ou terminais minais Envolvidos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Todas as reportagens Todas as reportagens ana- Todas as reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas que falavam que falavam sobre vio- raná que falavam sobre vi- Império x Fanáticos sobre violência contra o lência contra o patrimô- olência contra o patrimônio patrimônio envolviam a nio envolviam a Império envolviam a Império e a Império e a Fanáticos e a Fanáticos Fanáticos

Total envolvidos categoria violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Todas as reportagens 50% das reportagens ana- 75% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas dentro da Império x Fanáticos dentro da categoria vi- raná dentro da categoria categoria violência en- olência envolviam a Im- violência envolviam a Im- volviam a Império e a pério e a Fanáticos pério e a Fanáticos Fanáticos Nenhuma reportagem 50% das reportagens ana- 25% das reportagens analisada na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas dentro da Império x Fúria dentro da categoria vi- raná dentro da categoria categoria violência en- olência envolvia a Im- violência envolviam Impé- volviam a Império e a pério e a Fúria rio e Fúria Fúria

Total torcidas sozinhas

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

Todas as reportagens Todas as reportagens Todas as reportagens analisadas na Banda B analisadas na Tribuna do analisadas dentro da Império Alviverde dentro da categoria vio- Paraná dentro da catego- categoria violência en- lência envolviam a Impé- ria violência envolviam a volviam a Império rio Império Todas as reportagens 50% das reportagens 75% das reportagens analisadas na Banda B analisadas na Tribuna do analisadas dentro da Os Fanáticos dentro da categoria vio- Paraná dentro da catego- categoria violência en- lência envolviam a Faná- ria violência envolviam a volviam a Fanáticos ticos Fanáticos 50% das reportagens Nenhuma reportagem 25% das reportagens analisadas na Tribuna do analisada na Banda B analisadas dentro da Fúria Independente Paraná dentro da catego- dentro da categoria vio- categoria violência en- ria violência envolviam a lência envolvia a Fúria volviam a Fúria Fúria 92

Categoria não violência

Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

23% das reportagens 24% das reportagem 20% das reportagens na analisadas no total e analisadas na Tribuna e Banda B e 24,5% das re- 26% das reportagens 26% das reportagens da Protesto portagens da Banda B analisadas dentro da Tribuna dentro da cate- dentro da categoria fala- categoria não violência goria falavam sobre pro- vam sobre protestos falavam sobre protes- testos tos 3% das reportagens 4% das reportagens ana- Nenhuma reportagem da analisadas no total e lisadas na Tribuna e den- Reuniões Banda B falou sobre reuni- dentro na categoria não tro da categoria falavam ões violência falavam sobre sobre reuniões reuniões 3% das reportagens 4% das reportagens ana- Nenhuma reportagem da analisadas no total e lisadas na Tribuna e den- Eventos festivos Banda B falou sobre even- dentro na categoria não tro da categoria falavam tos festivos violência falavam sobre sobre eventos festivos eventos festivos 14,5% das reportagens 20% das reportagens da 12% das reportagens analisadas no total e Banda B e 24,5% das re- analisadas na Tribuna e 16% das reportagens portagens da Banda B 13% das reportagens da Atitudes solidárias analisadas dentro da dentro da categoria fala- Tribuna dentro da cate- categoria não violência vam sobre atitudes solidá- goria falavam sobre atitu- falavam sobre atitudes rias des solidárias solidárias 14,5% das reportagens 8% das reportagens ana- 30% das reportagens na analisadas no total e lisadas na Tribuna e 9% Banda B e 38% das repor- 16% das reportagens Serviços das reportagens da Tri- tagens dentro da categoria analisadas dentro da buna dentro da categoria falavam sobre serviços categoria não violência falavam sobre serviços falavam sobre serviços 31% das reportagens 40% das reportagens 10% das reportagens na analisadas no total e analisadas na Tribuna e Banda B e 13% das repor- 36% das reportagens 43% das reportagens da Outros tagens da Banda B dentro analisadas dentro da Tribuna dentro da cate- da categoria falavam so- categoria não violência goria falavam sobre ou- bre outros assuntos falavam sobre outros tros assuntos assuntos

Envolvidos - Protestos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL 50% das reportagens 33% das reportagens 37,5% das reportagens analisada da Banda B analisadas na Tribuna do analisadas que falavam Império Alviverde que falavam sobre pro- Paraná que falavam so- sobre protestos envol- testos envolviam so- bre protestos envolviam viam somente a Impé- mente a Império somente a Império rio 50% das reportagens 67% das reportagens 62,5% das reportagens analisada da Banda B analisadas na Tribuna do analisadas que falavam Fúria Independente que falavam sobre pro- Paraná que falavam so- sobre protestos envol- testos envolviam so- bre protestos envolviam viam somente a Fúria mente a Fúria somente a Fúria

93

Envolvidos - Reuniões Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Todas as reportagens Todas as reportagens Nenhuma reportagem analisadas na Tribuna do analisadas que falavam Império x Fanáticos analisada da Banda B Paraná que falavam so- sobre reuniões envol- falava sobre reuniões bre reuniões envolviam a viam a Império e a Faná- Império e a Fanáticos ticos

Envolvidos – Eventos festivos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

Todas as reportagens anali- Todas as reportagens Nenhuma reportagem sadas na Tribuna do Pa- analisadas que falavam analisada da Banda B fa- Os Fanáticos raná que falavam sobre sobre eventos festivos lava sobre eventos festi- eventos festivos envolviam envolviam somente a vos somente a Fanáticos Fanáticos

Envolvidos - Atitudes solidárias Banda B Tribuna do Paraná TOTAL 50% das reportagens 67% das reportagens anali- 60% das reportagens analisadas da Banda B sadas na Tribuna do Paraná analisadas que fala- que falavam sobre ati- Império Alviverde que falavam sobre atitudes vam sobre atitudes tude solidárias envol- solidárias envolviam so- solidárias envolviam viam somente a Impé- mente a Império somente a Império rio

50% das reportagens 33% das reportagens anali- 40% das reportagens analisadas da Banda B sadas na Tribuna do Paraná analisadas que fala- Fúria Independente que falavam sobre ati- que falavam sobre atitudes vam sobre atitudes tude solidárias envol- solidárias envolviam so- solidárias envolviam viam somente a Fúria mente a Fúria somente a Fúria

Serviço - envolvidos Banda B Tribuna do Paraná TOTAL Todas as reportagens 40% das reporta- Nenhuma reportagem da analisadas na Tribuna do gens analisadas que Banda B que falava sobre Império Alviverde Paraná que falavam de falavam de serviços serviços envolvia somente a serviços envolviam so- envolviam somente Império mente a Império a Império 33,33% das reportagens Nenhuma reportagem 20% das reporta- analisadas na Banda B que analisada na Tribuna do gens analisadas que Império x Fanáticos falavam sobre serviços en- Paraná que falava sobre falavam sobre servi- volviam a Império e a Faná- serviços envolvia a Impé- ços envolviam a Im- ticos rio e a Fanáticos pério e a Fanáticos 94

Nenhuma reportagem 20% das reporta- 33,33% das reportagens analisada na Tribuna do gens analisadas que analisadas na Banda B que Império x Fúria Paraná que falava sobre falavam sobre servi- falavam sobre serviços en- serviços envolvia a Impé- ços envolviam a Im- volviam a Império e a Fúria rio e a Fúria pério e a Fúria 20% das reporta- Nenhuma reportagem gens analisadas que 33,33% das reportagens analisada na Tribuna do falavam sobre servi- analisadas na Banda B que Paraná que falava sobre ços envolviam a Im- falavam sobre serviços en- Fanáticos x outros serviços envolvia a Faná- pério e a Fanáticos volviam a Fanáticos e outras ticos e outras torcidas or- e outras torcidas or- torcidas organizadas (que ganizadas (que não a Im- ganizadas (que não não a Império ou a Fúria) pério ou a Fúria) a Império ou a Fú- ria)

Envolvidos - Outros Banda B Tribuna do Paraná TOTAL 20% das reportagens Nenhuma das reportagens 18% das reportagens analisadas da Tribuna do analisadas na Banda B analisadas que fala- Paraná que falavam so- Os Fanáticos que falavam sobre outros vam de outros assun- bre outros assuntos en- assuntos envolvia so- tos envolviam so- volviam somente a Faná- mente a Fanáticos mente a Fanáticos ticos Todas as reportagens ana- 70% das reportagens 73% das reportagens lisadas na Banda B que fa- analisadas na Tribuna do analisadas que fala- Fúria Independente lavam sobre outros assun- Paraná que falavam so- vam de outros assun- tos envolviam somente a bre outros assuntos en- tos envolviam so- Fúria volviam somente a Fúria mente a Fúria

10% das reportagens 9% das reportagens Nenhuma das reportagens analisadas na Tribuna do analisadas que fala- analisadas na Banda B Fanáticos x Fúria x Paraná que falavam so- vam sobre outros as- que falavam sobre outros Império bre outros assuntos en- suntos envolviam a assuntos envolvia a Impé- volviam a Império, a Fa- Império, a Fanáticos e rio, a Fanáticos e a Fúria náticos e a Fúria a Fúria

Total envolvidos categoria não violência Banda B Tribuna do Paraná TOTAL

26% das reportagens 25% das reportagens analisadas na Tribuna 26% das reportagens ana- analisadas na Banda B do Paraná dentro da lisadas na categoria não Império Alviverde dentro da categoria não categoria não violência violência envolviam so- violência envolviam so- envolviam somente a mente a Império mente a Império Império

13% das reportagens Nenhuma reportagem analisadas na Tribuna 10% das reportagens ana- analisada na Banda B do Paraná dentro da lisadas na categoria não Os Fanáticos dentro da categoria não categoria não violência violência envolviam so- violência envolvia so- envolviam somente a mente a Fanáticos mente a Fanáticos Fanáticos 95

52% das reportagens 37,5% das reportagens analisadas na Tribuna 48% das reportagens ana- analisadas na Banda B do Paraná dentro da lisadas na categoria não Fúria Independente dentro da categoria não categoria não violência violência envolviam so- violência envolviam so- envolviam somente a mente a Fúria mente a Fúria Fúria

4% das reportagens 12,5% das reportagens analisadas na Tribuna 7% das reportagens anali- analisadas na Banda B do Paraná dentro da sadas na categoria não vi- Império x Fanáticos dentro da categoria não categoria não violência olência envolviam a Impé- violência envolviam a envolviam a Império e a rio e a Fanáticos Império e a Fanáticos Fanáticos

Nenhuma reportagem 12,5% das reportagens analisada na Tribuna 3% das reportagens anali- analisadas na Banda B do Paraná dentro da sadas na categoria não vi- Império x Fúria dentro da categoria não categoria não violência olência envolviam a Impé- violência envolviam a envolvia a Império e a rio e a Fúria Império e a Fúria Fúria

12,5% das reportagens Nenhuma reportagem analisadas na Banda B analisada na Tribuna 3% das reportagens anali- dentro da categoria não do Paraná dentro da sadas na categoria não vi- violência envolviam a categoria não violência olência envolviam a Faná- Fanáticos x outros Fanáticos e outra tor- envolvia a Fanáticos e ticos e outra torcida orga- cida organizada (que outra torcida organi- nizada (que não a Império não a Império ou a Fú- zada (que não a Impé- ou a Fúria) ria) rio ou a Fúria)

Nenhuma reportagem 4% das reportagens analisada na Banda B analisadas na Tribuna 3% das reportagens anali- Fanáticos x Fúria x dentro da categoria não do Paraná dentro da sadas na categoria não vi- Império violência envolvia a Im- categoria não violência olência envolviam a Impé- pério, a Fanáticos e a envolviam a Império, a rio, a Fanáticos e a Fúria Fúria Fanáticos e a Fúria

Total torcidas sozinhas Banda B Tribuna do Paraná TOTAL 50% das reportagens 35% das reportagens ana- 39% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas dentro da Império Alviverde dentro da categoria não raná dentro da categoria categoria não violên- violência envolviam a Im- não violência envolviam a cia envolviam a Impé- pério Império rio 25% das reportagens 22% das reportagens ana- 23% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas dentro da Os Fanáticos dentro da categoria não raná dentro da categoria categoria não violên- violência envolviam a Fa- não violência envolviam a cia envolviam a Faná- náticos Fanáticos ticos 25% das reportagens 57% das reportagens ana- 55% das reportagens analisadas na Banda B lisadas na Tribuna do Pa- analisadas dentro da Fúria Independente dentro da categoria não raná dentro da categoria categoria não violên- violência envolviam a Fú- não violência envolviam a cia envolviam a Fúria ria Fúria