Universidade Do Sul De Santa Catarina Jackson Gil Avila
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JACKSON GIL AVILA RAINHAS DO RÁDIO, DA TV E DOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO: SONS E TONS NA IDENTIDADE MUSICAL BRASILEIRA E CATARINENSE. Tubarão 2020 JACKSON GIL AVILA RAINHAS DO RÁDIO, DA TV E DOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO: SONS E TONS NA IDENTIDADE MUSICAL BRASILEIRA E CATARINENSE. Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Ciências da Linguagem. Profa. Dra. Dilma Beatriz Rocha Juliano (Orientadora) Profa. Dra. Jussara Bittencourt de Sá (Coorientadora) Tubarão 2020 fi Dedico este trabalho aos amantes da música, aos que vivenciaram a era de ouro do rádio nacional, aos saudosistas dos anos 1980 e a todos que – como eu – cresceram sob o fascínio da televisão. AGRADECIMENTOS Se eu fosse expressar toda a gratidão que sinto nesse momento de colocar um ponto final nessa trajetória, seria preciso escrever mais uma tese. Todavia, alguns nomes são indispensáveis e, por isso, consagra-os aqui: A Deus, pai de infinita bondade, pela vida. A meu pai, hoje no azul astral, por tudo que pode me oferecer. A minha mãe, pelo amor; por ainda estar comigo – mesmo que – às vezes, não saiba quem sou; pelos exemplos; pelo ar que respiro; por cada lágrima que rola em meu rosto; por dormir e acordar contigo; por poder ver televisão ao teu lado; pelas vezes que repito a mesma coisa... por te amar. A UNISUL, por esses 15 anos de parceria. Ao governo do estado de Santa Catarina, pelo aporte financeiro, através do UNIEDU. A todos os professores, pelo que foi compartilhado. E, em especial... Ao professor Mário, à professora Silvânia e à professora Chirley, pela generosidade. A Rosemary, pela amizade e pela contribuição. À professora Dilma, por mais um belo entardecer da minha vida acadêmica. Ao Diego, pelo apoio e pelas contribuições. Aos funcionários, em especial a Kellen e a Pati, pela parceria. Aos colegas, pelos cafés, pelos risos soltos e pelas contribuições. A Mayara e a Marlene, nossa pós-doutora, por todas as trocas e pela amizade. E ainda aos amigos, em especial a Édina, a Socorro e a Nabel. Ao professor João Monteiro; que – colega no mestrado – me colheu na sua casa. À Dona Mariazinha e às professoras Perpétua e Maria Marta, lembranças boas da especialização. Às professoras Eloísa e Andréia, lembranças boas do mestrado. E, para encerrar, à professora Jussara, pela parceria de 10 anos, pelas longas conversas, pelos olhares de carinho, pelas risadas, pelas trocas, pelas alegrias somadas e pelas dificuldades divididas. Eu já disse e repito: precisaria de dez vidas pra terminar de lhe agradecer por tudo que representa para mim. Se eu tivesse que elencar as sete maravilhas do mundo, diria: o colo da minha mãe, um verso do Quintana, uma canção do Gonzaguinha, a interpretação da Elis Regina, um fim de semana na Ilha do Mel, a presença dos amigos e a oportunidade de conviver com a professora Jussara. Muito Obrigado!!! ―Sou rainha na passarela da vida, sou princesa nos contos de fada, sou garota na esquina do tempo... Sou o que quero porque sonhar me permite. Dá licença, hoje não quero tristezas, nem lágrimas... Quero sorrisos, praia, sol, mar... Água fria e banho de coco... Quero samba no pé, festa no coração...‖. (Leônia Teixeira) RESUMO O aporte dessa pesquisa se insere nos estudos culturais e nas investigações sobre a historiografia da música popular brasileira e sobre o papel da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa, especificamente o rádio e a televisão, na construção da identidade musical brasileira, nas décadas de 1930 a 1950, no primeiro veículo e, 1980, no segundo. Para tanto, buscamos analisar a construção do mito das rainhas do rádio: Linda Batista, Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Ângela Maria, Vera Lúcia, Dóris Monteiro e July Joy. Analisamos também as estratégias que levaram algumas artistas a serem eleitas rainhas da música, na televisão: Gretchen, a rainha do bum bum; Xuxa, a rainha dos baixinhos; Sula Miranda, a rainha dos caminhoneiros; e Rita Lee, a rainha do rock. Apresentamos, ainda, os programas de auditório que tiveram papel determinante na construção desses ídolos. Procuramos também destacar as demais mídias que deram suporte à manutenção do reinado das artistas, como a indústria fonográfica, o cinema, a imprensa escrita e a publicidade. Voltando o olhar para o nosso estado, buscamos entender o papel que o rádio e a televisão tiveram na construção da identidade musical catarinense, nas mesmas décadas. A pesquisa é qualitativa de descrição, e a técnica utilizada é de análise de conteúdo. Os procedimentos metodológicos têm como pressupostos a macro e a microanálise. O arcabouço teórico recorre a autores que discorrem sobre nação, identidade e indústria cultural, bem como sobre a música, o rádio e a TV. No que tange a Santa Catarina, também demos procedimento a uma busca teórica que desse suporte ao estudo. Nossa tese é a de que a indústria cultural influenciou a construção da identidade musical brasileira, através do rádio nas décadas de 1930 a 1950, e da televisão, nos anos 1980; o que se pode comprovar na análise do papel que os meios de comunicação de massa tiveram, no primeiro momento, como integradores do território e disseminadores da musicalidade que se propunha como representante de um país; e, no segundo recorte temporal, como aglutinadores de uma música, a qual já se mostrava multifacetária e que buscava por um espaço em rede nacional. E é claro que não podemos deixar de frisar a importância dos valores de mercado nesse processo. Quanto à Santa Catarina, pudemos concluir que, tanto no período em que analisamos o papel do rádio quanto no relacionado à televisão, destaca-se um regionalismo muito forte, na busca por um espaço em meio a uma programação retransmitida de uma emissora paulista ou carioca; mas que, pelo menos a partir do meio televisivo, pode produzir duas rainhas da música catarinense: Liza Bonô e Sol. Palavras-chave: rainhas; música; identidade; rádio; televisão. ABSTRACT The contribution of this research is part of the cultural studies and investigations on the historiography of Brazilian popular music and on the role of the cultural industry and the mass media, specifically radio and television, in the construction of Brazilian musical identity, in the decades of 1930 to 1950, in the first vehicle, and 1980, in the second. To that end, we seek to analyze the construction of the myth of the radio divas, so-called queens of radio: Linda Batista, Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Âgela Maria, Vera Lúcia, Dóris Monteiro and July Joy. It was also analyzed the strategies that led some other artists to be also elected queens of music on television: Gretchen, the queen of butt; Xuxa, the queen of children; Sula Miranda, the queen of truckers; and Rita Lee, the queen of rock. We also presented the auditorium programs that played a decisive role in the construction of these idol. Yet, we tried to highlight the other media that supported the maintenance of the reign of artists, such as the recording industry, cinema, the written press and advertising. Turning our eyes to our state, we seek to understand the role that radio and television played in the construction of Santa Catarina's musical identity, in the same decades. The research is qualitative in description, and the technique used is content analysis. Methodological procedures are based on macro and micro analysis. The theoretical framework uses authors who discuss nation, identity and cultural industry, as well as music, radio and TV. Regarding Santa Catarina, we also searched for a theoretical framework that would support the study. Our thesis is that the cultural industry influenced the construction of the Brazilian musical identity, through radio in the 1930s and 1950‘s, and television, in the 1980‘s; which can be seen in the analysis of the role that the mass media had, at first, as integrators of the territory and disseminators of the musicality that was proposed representative of a country; and, in the second time frame, as agglutinators of a music that was already showing itself to be multifaceted and looking for a space on the national television network. And of course, we cannot fail to emphasize the importance of market values in this process. As for Santa Catarina, we could conclude that, both in the period in which we analyzed the role of radio and in that related to television, a very strong regionalism stands out, in the search for a space amid rebroadcast from a São Paulo or Rio de Janeiro station; but that, at least from the television broadcasting, was able to produce two queens of Santa Catarina music: Liza Bonô and Sol. Keywords: queens; music; identity; radio; television. RESUMEN La contribución de esta investigación forma parte de los estudios e investigaciones culturales sobre la historiografía de la música popular brasileña y sobre el papel de la industria cultural y los medios de comunicación, específicamente la radio y la televisión, en la construcción de la identidad musical brasileña, en las décadas de 1930 a 1950, en el primer vehículo y, 1980, en el segundo. Para ello, se busca analizar la construcción del mito de las reinas de la radio: Linda Batista, Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Ângela Maria, Vera Lúcia, Dóris Monteiro y July Joy. Se analizan las estrategias que llevaron a algunas artistas a ser también elegidas reinas de la música, en la televisión: Gretchen, la reina del trasero; Xuxa, la reina de los bajitos; Sula Miranda, la reina de los camioneros; y Rita Lee, la reina del rock.