Crianças Vidas Passadas
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CRIANÇAS e suas Vidas Passadas Como as lembranças de vidas passadas afetam nossos filhos 6ª.EDIÇÃO SEXTANTE 3 Copyright © Carol Bowman e Steve Bowman, 1997 Todos os direitos reservados Título original: Children 's Past Lives Trechos de "East Coker" e "Burnt Norton" in Quartetos, copyright de 1943 de T. S. Eliot, renovado em 1971 por Esme Valerie Eliot, reeditados com permissão de Hartcourt Brace & Company e Faber and Faber Ltd. tradução Gilson Dimenstein Koatz preparo de originais Regina Maria da Veiga Pereira revisão Ivone Teixeira e Luiz Otávio de Souza e Silva capa Eneida Oliveira Déchery impressão e acabamento Lis Gráfica e Editora Ltda. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO -NA -FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS , RJ. B783c Bowman, Carol 1950- Crianças e suas vidas passadas : como as lembranças de vidas passadas afetam nossos filhos / Carol Bowman e Steve Bowman ; prefácio do Dr. Brian Weiss; tradução Gilson Dimenstein Koatz. — Rio de Janeiro : Sextante, 2003 Tradução de: Children's past lives ISBN 85-7542-068-2 1. Memória dê crianças 2. Reencarnação e crianças. I. Bowman, Steve. II. Título. 03-1124. CDD 133.9013 CDU 133.9:053.2 Todos os direitos reservados, no Brasil, por Editora Sextante (GMT Editores Ltda.) Rua Voluntários da Pátria, 45 - Gr. 1.404 - Botafogo 22270-000 - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2286-9944 - Fax: (21) 2286-9244 Central de Atendimento: 0800-22-6306 E-mail: atendimento@esextante. com.br www.esextante.com.br 4 Este livro é dedicado à memória de lan Ballantine, cuja visão e espírito continuam a mudar o mundo. 5 AGRADECIMENTOS Meus sinceros agradecimentos às pessoas abaixo mencio- nadas, por sua ajuda: À minha editora Betty Ballantine, por sua sabedoria e paciência, e pelas inúmeras horas de trabalho. A Norman Inge, por ter dado a partida a esse processo. Aplausos para Elisa Petrini, da Bantam, por ter juntado todas as peças. Agradeço a Kyle King por sua magia; a Joseph Stern por um telefonema; a Judith Wheelock por seus esforços e perspicácia; a Ellen Nalle Hass, Dra. Emma Mellon, Susan Garrett, Rosemarie Pasdar, Amy McLaughlin e Michaela Majoun por terem gasto seu tempo lendo meus rascunhos, e por suas sugestões. Sou grata a todos os casais que desejaram partilhar suas histórias. Agradecimentos aos doutores Hazel Denning, William Emerson, David Chamberlain, Winafred Blake Lucas e Colletta Long por partilharem seus casos e por seu bom aconselhamento. E a Henry Bolduc, por seu infatigável entusiasmo desde o come- ço, e a Tineke Noordegraaf e Roger Woolger por seus magníficos ensinamentos. Minha maior estima e amor por Sarah e Chase, por me deixarem contar suas histórias. Minha gratidão eterna a Steve, meu co-autor nesta vida. 6 SUMÁRIO PRIMEIRA PARTE HISTÓRIAS DE VIDAS PASSADAS 1. CHASE E SARAH 2. PRELÚDIO 3. MEDITANDO DURANTE o RECREIO 4. A HORA DA MORTE 5. TRANSE É FÁCIL 6. DR . IAN STEVENSON 7. LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS EM CRIANÇAS 8. BLAKE 9. PRESTO , CHICAGO SEGUNDA PARTE GUIA PRÁTICO PARA LEMBRANÇAS DE VIDAS PASSADAS EM CRIANÇAS 10. Os QUATRO SINAIS 11. GATILHOS 12. O QUE os PAIS PODEM FAZER 13. SONHANDO COM o PASSADO TERCEIRA PARTE OUÇAM AS CRIANÇAS 14. ADULTOS E SUAS RELIGIÕES 15. A MORTE É UMA PORTA GIRATÓRIA 16. VEJA AS CRIANÇAS DE MODO DIFERENTE BIBLIOGRAFIA PS- A PAGINAÇÃO NÃO ACOMPANHA O ORIGINAL 7 PREFÁCIO São inúmeras as publicações que tratam de casos clínicos e relatos de reencarnação em adultos, mas há muito poucos livros sobre lembranças de vidas passadas em crianças. E, no entanto, as histórias que envolvem crianças são., quase sempre, as mais fascinantes e convincentes. Já vi crianças falando em línguas estrangeiras às quais nunca tinham tido acesso em sua existência atual. Já ouvi várias vezes crianças narrando, com detalhes precisos, acontecimentos vivi- dos há décadas ou séculos, quando "eram grandes". Em vários momentos, eu ou seus pais pudemos conferir essas lembranças. Presenciei um menino de quatro anos relatando sua experiência como piloto de um bombardeiro na Segunda Grande Guerra, descrevendo com incrível meticulosidade e perfeição a intrin- cada maquinaria e funcionamento do avião. As lembranças de vidas passadas destas e de outras crianças são espantosas e extremamente importantes. Os pais precisam saber como identificar as lembranças de vidas passadas de seus filhos. É necessário que saibam que essas lembranças são normais e não devem ser motivo de preocupação ou objeto de tratamento psiquiátrico. E é também fundamental que aprendam a lidar com essas lembranças de seus filhos, para transformá-las em instrumentos de cura. A criança pode ter, na vida atual, sintomas causados por traumas em vidas passadas. Por exemplo, o pânico de fogo, as- sociado com problemas respiratórios e asma, muitas vezes tem origem numa morte em incêndio numa vida anterior. Você sabe- ria o que fazer se um de seus filhos, com esses sintomas, tivesse sonhos ou vagas lembranças de acidentes com fogo? Em outro dos meus casos, uma criança com terror de água lembrou-se de ter-se afogado numa vida passada. Depois disso, o medo desapareceu. Um menino de nove anos, que entrava em pânico cada vez que sua mãe se afastava, mesmo momentaneamente, ficou curado ao lembrar de sua separação 8 traumática da mãe, seguida de morte, em outra existência, quando eram marido e mulher. Estes casos, como tantos outros, demonstram como a recordação de traumas em vidas passadas pode curar sintomas na vida presente de adultos e crianças. É por todas essas razões que quero recomendar o livro de Carol Bowman, Crianças e Suas Vidas Passadas, especialmente para o público brasileiro. Durante minha primeira viagem ao Brasil, em agosto de 1996, fiquei profundamente impressionado com a espiritualidade de seu povo, com a abertura de sua mente e com a qualidade de seu interesse por minhas pesquisas e por meus livros. Estou certo de que vocês estão aptos a acolher e pôr em prática os conhecimentos e conselhos que Carol Bowman apresenta neste livro. A abertura de espírito dos brasileiros permite que seus filhos lhes falem livremente de suas lembranças de vidas passadas. As crianças não têm medo de comunicar suas experiências. O livro de Carol Bowman irá seguramente contribuir para que os pais possam compreendê-las e ajudá- las. Por isso eu o recomendo com entusiasmo. Dr. Brian L. Weiss, M.D. Autor de Muitas Vidas, Muitos Mestres 9 PRIMEIRA PARTE HISTÓRIAS DE VIDAS PASSADAS CAPÍTULO l CHASE E SARAH Sente no colo da sua mãe, feche os olhos e conte-me o que vê quando ouve o barulho forte que o amedronta", pediu o hipnoterapeuta Norman Inge. Meu coração bateu acelerado. Talvez agora pudéssemos resolver o mistério do medo de barulhos fortes do meu filho de cinco anos. Relembrei um incidente que ocorrera meses antes, em 4 de julho de 1988, quando o estranho comportamento de Chase começou. 4 DE JULHO DE 1988 Todos os anos, meu marido Steve e eu dávamos uma grande festa de 4 de julho, Dia da Independência americana, em nossa casa, que ficava a poucos minutos a pé do melhor ponto de Asheville para se assistir à queima de fogos. Nossos amigos e seus filhos pequenos ansiavam por se juntarem a nós no quintal de casa, onde passávamos a tarde. A festa sempre culminava com uma caminhada colina abaixo, até o campo de golfe, para assistir à grande queima de fogos. Chase passara semanas comentando animadamente como se divertira nas festas dos anos anteriores, e sobretudo como gostara dos fogos. Seus olhos se arregalavam ao lembrar das cores brilhantes no céu. Desejava muito que o espetáculo desse ano fosse longo e espetacular. Nossos amigos chegaram na tarde do dia 4 trazendo comida e caixas de estrelinhas. O quintal se encheu rapidamente e havia crianças por todos os cantos. Os adultos tentavam descansar na varanda, enquanto as crianças davam 10 voltas pela casa e pelo quintal, tendo quase sempre Chase como líder. Chase era um menino cheio de energia e curiosidade, muitas vezes impossível de parar, dando sempre a impressão de estarmos dois passos atrasados, tentando detê-lo antes que derrubasse alguma coisa. Sarah, nossa filha de nove anos, se reuniu com as amigas ao lado da casa, criando sua própria festa. Quando o sol desceu atrás das árvores, percebemos que era hora de juntar as crianças e preparar-nos para a caminhada. Peguei Chase quando passou correndo por mim e, levando mantas e lanternas, nos juntamos às pessoas que desciam nossa rua em direção ao campo de golfe. UM MEDO INEXPLICÁVEL Segurando firme a minha mão, Chase balançava meu braço e avançava aos saltos acompanhando as pessoas. As meninas mais velhas, amigas de Sarah, formaram seu próprio e risonho cortejo. Chegamos ao nosso lugar predileto e abrimos as mantas sobre o gramado íngreme. Daquele ponto víamos a planície e os campos de golfe cheios de gente. À medida que o céu escurecia, meninos e homens soltavam bombinhas e morteiros, enchendo o vale com explosões de luz, som e fumaça. Movido pela ansiedade e pelo açúcar consumido, Chase subia e descia a colina com os amigos, até perder o gás e cair sentado no meu colo. Ficamos vendo o grupo barulhento lá embaixo, esperando o início da grande comemoração. De repente, a explosão do início da queima de fogos reverberou colina acima, ecoando à nossa volta. O céu se iluminou, estalando com as explosões. A multidão à nossa volta gritava "oh" e "ah" a cada nova explosão de luzes e cores no céu escuro. Porém, ao invés de se divertir, Chase começou a gritar. "Qual é o problema?", perguntei. Ele não conseguiu responder, gritando cada vez mais alto. Segurei-o fortemente contra mim, achando que estivesse tão exausto que as explosões o tivessem 11 amedrontado.