Matemática E Matemáticos Na Universidade De São Paulo: Italianos, Brasileiros E Bourbakistas (1934-1958)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO, FILOSOFIA E HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS ELIENE BARBOSA LIMA MATEMÁTICA E MATEMÁTICOS NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO: ITALIANOS, BRASILEIROS E BOURBAKISTAS (1934-1958) Salvador - Ba 2012 ELIENE BARBOSA LIMA MATEMÁTICA E MATEMÁTICOS NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO: ITALIANOS, BRASILEIROS E BOURBAKISTAS (1934-1958) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências, na área de concentração de História e Filosofia das Ciências e implicações para o Ensino das Ciências. Orientador: Prof. Dr. André Luis Mattedi Dias Salvador – Ba 2012 Biblioteca Central Julieta Carteado – UEFS Lima, Eliene Barbosa L697m Matemática e matemáticos na Universidade de São Paulo: italianos, brasileiros e bourbakistas (1934-1958). / Eliene Barbosa Lima. – Salvador, BA, 2012. 260f. Orientador: André Luis Mattedi Dias Tese (doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, Universidades Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, 2012. 1.Geometria algébrica – História. 2.Escola italiana. 3.Escola bourbakista. 4.Matemáticos brasileiros – História. 5.Abordagens geométrica e algébrica. I.Dias, André Luis Mattedi. II. Universidade Federal da Bahia. III.Universidade Estadual de Feira de Santana. IV. Título. CDU: 512.7(09) ELIENE BARBOSA LIMA MATEMÁTICA E MATEMÁTICOS NA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO: ITALIANOS, BRASILEIROS E BOURBAKISTAS (1934-1958) Tese apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências, na área de concentração de História e Filosofia das Ciências e implicações para o Ensino das Ciências da Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana. BANCA EXAMINADORA Profa. Dra. Circe Mary Silva da Silva Dynnikov Doutora em Pedagogia, Universitat Bielefeld Universidade Federal do Espírito Santo Prof. Dr. Jean Fernandes Barros Doutor em Matemática, Universidade Federal de Pernambuco Universidade Estadual de Feira de Santana Prof. Dr. Aurino Ribeiro Filho Doutor em Física, University of Essex Universidade Federal da Bahia Prof. Dr. Olival Freire Junior Doutor em História Social, Universidade de São Paulo Universidade Federal da Bahia Prof. Dr. André Luis Mattedi Dias (orientador) Doutor em História Social, Universidade de São Paulo Universidade Federal da Bahia Salvador – Ba 2012 Eliezer Cerqueira Lima (in memoriam) AGRADECIMENTOS Durante os mais de quatro anos de doutorado, a caminhada nem sempre foi fácil. Não raro, pareceu-me impossível de ser realizada, mesmo tendo o conforto de saber que fui eu quem a escolheu para fazer. O que prevalece, na maioria das vezes, ainda que tenhamos o amparo do orientador, é o processo solitário de escrita, a diária convivência de fazer e refazer argumentos, que precisam estar bem fundamentados, num processo que envolve tempo, prazo para terminar, exigência que faz parte de todo e qualquer curso de pós-graduação, independentemente dos problemas surgidos ao longo dessa caminhada, tornando a tarefa ainda mais árdua e dura. Todos esses momentos são atenuados por algumas convicções que construímos ao longo da vida e que, de alguma forma, fugindo de qualquer lógica, fortalece-nos e nos impulsiona ao movimento, enfim, a não ficar, como dizia Raul Seixas, “no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar.”. Neste sentido, agradeço a Deus pelo milagre da fé. E, ainda, pela presença de pessoas que são importantes em nossas vidas desde sempre, de quando tive consciência de mim mesma. À minha mãe em especial, Odete Barbosa Lima, que, só pela existência, já deixa o meu mundo mais feliz e à minha irmã Elizete Barbosa Lima, pela ajuda constante e incondicional. Devo dizer que sou uma pessoa de sorte, pois consegui construir laços tão fortes com a minha eterna professora de matemática da escola básica, Georgina da Silva e Silva – nela me inspirei e foi de sua responsabilidade o início da minha carreira profissional, a ponto de me considerar, desde o início de nossa convivência, um membro oficial de sua família. Inclusive com direito a tias, Maria das Graças da Silva e Genoveva Bacelar da Silva, tão generosamente receptivas em sua casa quando eu morava em Ilhéus e precisava ficar em Salvador para assistir às aulas do doutorado. Com outras pessoas, a presença foi construída ao longo da minha vida, cada uma com a sua própria história de como nos encontramos e começamos a ter pontos de intersecção. Neste sentido, agradeço a Rosemeire Valadares, que deu condições para que eu fizesse o curso de licenciatura em matemática quando eu trabalhava na escola em que dirigia e mais adiante pela amizade fraterna, compreensiva e protetora de irmã mais velha. Ainda, a Antonio Vilas Boas, ou simplesmente “Vilas”, uma amizade não tão diária, mas sólida, um dos meus alicerces no processo de realização da minha dissertação quando muito gentilmente cedeu os seus conhecimentos de historiador para fazer leituras e considerações acerca da minha escrita. O outro alicerce foi Sandra Sinara Cerqueira, renovado aqui na realização dessa tese. Novamente com as constantes leituras, críticas, discussões e sugestões, pela ajuda na correção gramatical, na interpretação de alguns termos em inglês e na elaboração do abstract, o que não me isenta da responsabilidade pelos eventuais erros cometidos. É também uma amiga fraterna, a pessoa que me ajuda a enxergar a vida com mais otimismo, às vezes sem dizer nada, só pelas ações generosas que sempre tem para com os seus semelhantes. Agradeço ainda a outras amizades construídas no próprio período do doutorado, a Janice Lando e Inês Freire, que se tornaram, além de amigas de frequentes reuniões de desconcentração, parceiras de trabalhos. E Larissa Pinca, uma amizade conquistada no período em que lecionei na UESC. Há aquelas pessoas que apareceram na minha vida profissional durante a minha defesa de mestrado e permaneceram. Este é o caso específico do Prof. Dr. Wagner Rodrigues Valente, a quem agradeço pela gentileza que sempre mostrou para comigo, notadamente por ter se disponibilizado, desde a defesa de mestrado, a me ajudar no que fosse possível nesse meu percurso de formação profissional. Outras vieram por terem aceitado o convite para participar da minha banca de qualificação. Dessa forma, agradeço os comentários e sugestões do Prof. Dr. Jean Fernandes Barros e do Prof. Dr. Aurino Ribeiro Filho. E, ainda, a Profa. Dra. Circe Mary Silva da Silva Dynnikov pela generosidade, receptividade e disponibilidade mostradas ao dar contribuições valiosíssimas a essa pesquisa. Agradecimentos estes renovados pelas suas respectivas participações na minha defesa, os quais são estendidos ao Prof. Dr. Olival Freire Junior. Houve aquelas que foram primordiais para um melhor entendimento do que seja o ofício de ser historiador. Neste sentido, agradeço à Profa. Dra. Lígia Bellini e ao Prof. Dr. Antonio Luigi Negro, pela receptividade e pelas excelentes aulas, discutidas no mais alto nível em companhia de colegas historiadores muito generosos. As discussões dos textos contemplando as várias facetas do fazer e da metodologia histórica foram, sem a menor sombra de dúvidas, fontes inspiradoras para a realização dessa pesquisa. Analogamente, abro espaço ainda para agradecer ao enriquecedor convívio e aprendizados obtidos durante as aulas de História e Educação ministradas conjuntamente pela Profa. Dra. Sara Martha Dick e a Profa. Dra. Joseania Miranda Freitas. Sou grata ao meu orientador Dr. Prof. André Luis Mattedi Dias por sua importância ao longo de minha formação profissional. Uma longa convivência gerou uma amizade, algumas vezes mais explícita do que a própria função de orientador, manifestada pelos inúmeros diálogos, não apenas para buscar o fortalecimento e a renovação de novos parâmetros dos laços profissionais, mas, principalmente, pela busca do bem estar pessoal de ambas as partes. Isso só fazemos por alguém que nos é muito importante. A André todo o meu respeito profissional e toda a minha consideração, independente do futuro reservado para essa nossa relação profissional. E, por fim, mas não menos importante, agradeço à UEFS, representada na figura do Diretor do DEXA Prof. Dr. Haroldo Gonçalves Benatti e, mais especificamente, à área de Educação Matemática, por meio de sua coordenadora Profa. Dra. Andréia Maria Pereira de Oliveira, que não mediram esforços, apesar do pouquíssimo tempo de chegada a essa Instituição, para que eu pudesse concluir essa tese afastada das minhas atividades docentes. Além disso, agradeço pela acolhida. A todos vocês, mais uma vez, o meu mais profundo agradecimento. RESUMO Nesta pesquisa buscamos compreender o lugar que a Universidade de São Paulo ocupou na rede internacional que configurou o desenvolvimento da geometria algébrica, durante o período de 1934 a 1958. Fizemos esse recorte temporal, tendo como início o ano de chegada dos matemáticos italianos na subsecção das ciências matemáticas da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo e, como término, o último ano em que um integrante da escola bourbakista esteve nessa faculdade realizando atividades acadêmicas. Para tanto, fazendo uso de uma literatura vigente e de fontes, tais como livros didáticos, teses de doutoramento, anuários, notas de