O SLA De Fernanda Abreu Funk
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O SLAFunk de Fernanda Abreu Luciane de Paula Eus1 FA Montagem a partir de diversas fotos de Fernanda Abreu. Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm Foto do encarte do álbum Sla radical dance disco club, de FA Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras Programa de Pós-Graduação em Lingüística e Língua Portuguesa Campus – Araraquara O SLA Funk de Fernanda Abreu Luciane de Paula Orientação: Profa. Dra. Renata M. F. Coelho Marchezan Araraquara 2007 Foto do encarte do álbum Entidade Urbana, de FA Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras Programa de Pós-Graduação em Lingüística e Língua Portuguesa Campus – Araraquara O SLA Funk de Fernanda Abreu Luciane de Paula Tese de Doutoramento pelo Programa de Pós-Graduação em Lingüística e Língua Portuguesa da UNESP – Araraquara Orientação: Profa. Dra. Renata M. F. Coelho Marchezan Araraquara 2007 Foto do encarte do álbum Na Paz, de FA Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm Para a “galera sangue bom” do meu “clube da pesada”. Especialmente mãe e pai, Elaine, Renata, Rubens, Rute e Sandra, “pedras preciosas” em minha vida. Foto do encarte do álbum Na Paz, de FA Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm Agradecimentos? Reverências àqueles que orientaram e orientam, de alguma forma, esta pesquisa e, principalmente, esta des-orientada “sujeita” que resiste, tenta se rebelar e procura, com idealismo romântico, ainda que de forma entorpecente, uma forma utópica de mudança. Mas sabemos que, para orientar in-sanos, é preciso muita gente. Ao menos eles não precisaram (não quiseram ou não puderam) usar a camisa de força: Rita e Diana, toda equipe da seção de pós-graduação, coordenação e corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Lingüística e Língua Portuguesa, pela orientação precisa, e-mails esclarecedores, paciência com horários e trabalhos. Papaléguas e Lupércio, pelo tratamento com a impressora e com o computador. Flávia, João Marcos, Maurício, Júnior, Ítalo, Patrick, Esther, Priscila, Ângela, Paula, Rangel, Lidiane, Luís Gustavo, Alemão, Luciene, Simone, Sílvia, Denise, Keila, por trabalharmos juntos e termos nos tornado amigos. Cândice, Daniela e Lúcia, pelo “help” com o inglês, amizade e paciência. Fabiana De Vito e família, pelas portas da casa sempre abertas. Pelo abrigo e pelos cuidados. Por me deixarem à vontade, como se estivesse em minha casa. Pelo tratamento “vip”. Pela amizade e por me adotarem como parte da família. Cleri, Denise e Natália, pelos trabalhos conjuntos e pela amizade que ficou. Elaine, pelos recortes de notícias de jornal, gravação de documentários, locação de filmes, leituras e revisões atentas. Por suportar, desde 1994, “meus acessos temperamentais”. Por ser meio “mãezona” e por me ensinar, com suas ações, um dos maiores aprendizados que possuo: o valor da verdadeira amizade. Essa lição de vida tem me tornado, a cada dia, como ela, mais humana. Um brinde à sua existência! Rubens, pelos documentários, pela rebeldia, pelo conhecimento resistente e entorpecente acerca do LSD e dos poetas beat. Por ser par-padrinho em casamento, colega em retrato de família, poeta marginal e parceiro! Pela compreensão, maturidade, ironia e humor. Valeu pelo diálogo selvagem e sadio, cara-pálida! Rute, pelo cuidado terapêutico e pelo vínculo. Mas, principalmente, pela liberdade e pelo re-nascimento quixotesco ad aeternum. Sandra, pela faxina, em todos os sentidos. Pela limpeza e organização de meus papéis, textos, discos, filmes e “bugigangas”. Por saber onde estão as coisas. Por fazer eu me encontrar em minha própria bagunça. Francisco, pelo socorro dos arquivos do e no computador. Sandra, pelo apoio de irmã mais velha. Pela influência sociológica. Pela leitura atenta, pelas discussões incessantes. Pelos cuidados, de toda espécie. Por ser 10 anos mais velha e abrir caminhos. Pela influência da MPB. Pela amizade. Pelas madrugadas a fio. Pelos abraços, beijos e “queijos” sem preço. Pela gargalhada gostosa. Sandra, por seu exemplo e por ser quem você é, do jeito que é. Pai, antes de mais nada, pela vida. Por ser meu “berço do samba”. Por ser “titã” “mutante”. Pelas lágrimas escondidas. Por me levar e buscar madrugadas adentro e viagens afora. Pelo gosto e pelo “culto” ao “baixo estrato corpóreo”. Por sua fala silenciosa e seu jeito, em atitudes, de me dizer “Eu te amo, minha filha”. Então, já que prefere as ações à fala, pelo cuidado de uma vida. A minha vida, pai! Mãe, também pela vida, gerada e cuidada. Pela impressora. Pelos financiamentos de toda a espécie. Pela presença. Por procurar palavras em dicionários, localidades em mapas, músicas em discos, poemas em livros, filmes em fitas de vídeo. Pelos sebos descobertos. Por acordar madrugadas para me buscar na rodoviária. Por me ditar partes de textos em rascunho e, principalmente, por decifrar a letra! Fernanda Abreu, pela obra, por responder meus e-mails, interessar-se e se propor a auxiliar na pesquisa. “Garota sangue bom”! Haroldo, pelo encantamento quanto à língua e à cultura latina. Zaga, Laura, Maria Célia, Viviana, Renata Junqueira e Ude, pelas saborosas leituras teóricas e poéticas. Pelo gosto e pelo tratamento crítico dos textos literários. Edna e Sílvia, pelas aulas da pós, pela paciência com as faltas, em todos os sentidos, pelas sugestões bibliográficas e esclarecimentos de dúvidas. Por me aceitarem com minha imaturidade e “ignorãça” (como escreveu Manoel de Barros). Pelo alimento do espírito (conhecimento) em prol de meu crescimento acadêmico. Arnaldo, pelas leituras atentas e pelas aulas. Pelas sugestões, por co-laborar com minha lapidação e maturidade acadêmica. Rosário, pelas aulas, pela leitura atenta e pelas sugestões preciosas na tese. Ainda que com pouco contato, por me conhecer, por meio de minha escrita acadêmica. Dulce, pela força de todo o tipo. Por ter me dado a honra de ser orientada por você, em arte. Pela amizade e por estar sempre aqui, junto, melhor, dentro de mim. Renata, pela orientação, em todos os sentidos. Pelo suporte. Pelo incentivo e liberdade. Pelo limite e pelos “puxões de orelha” em boa hora. Pela sofisticação e pela discrição. Por ser minha “mãe” acadêmica. Por me fazer refletir sobre muitas questões e por me fazer aprender com a vida. Por me aceitar, cuidar e proteger. Pelo amadurecimento de nossa relação. Cada dia, respeito, admiro, confio e gosto mais de você. Pelo profissionalismo. Pelas sugestões e indicações, em diversas áreas da minha vida. Pela compreensão nos momentos de crise. Pelo refinamento, elegância, beleza, charme, educação e estilo com que se coloca e ocupa o seu espaço. Aprendo muito com isso. Pelo equilíbrio e discernimento. Hoje, depois de 12 anos de convivência, ensino, co-produção acadêmica, assistência e apoio, mais que orientadora, você é amiga. Verdadeira, sincera e incisiva. Leal. Desde 1994, como professora de graduação e paraninfa da turma, depois, como orientadora, você faz parte da minha vida. Mas, com certeza, mais que qualquer conteúdo programático, o que você mais me ensinou foi a ver as pessoas como elas são. Ouvir, aceitar, falar, contestar, argumentar, refletir...dialogar. Assim, o que fica, para mim, é a pessoa maravilhosa que você é! “Urbana Canibal”. Obrigada por fazer parte de mim, Renata. E, por deixar, de alguma forma, que eu faça parte da sua existência. Mais que qualquer parentesco, você é Amiga. E os laços de amizade são, para mim, se não tão fortes quanto, até mais fortes que os “laços de família”. Mas, mais que laços, obrigada pelos nós que nos tornamos. Afinal, se, como afirma Bakhtin, o sujeito é diálogo porque o “eu” é composto a partir do e pelo “outro”, posso me projetar, com muita satisfação, em você, meu “outro”. Então, aqui não estamos, aqui, somos nós. E é a isso que reverencio: nossos nós! Àqueles que, por amnésia, tenha esquecido de citar. Vocês são meu “clube S.L.A.”, digo, “clube L.U.”, todos, “selvagens antropófagos”, “sangue bom” “na veia”, resistentes e entorpecentes, mas sempre rebeldes diante da vida, essa “Roda que se mexe” como um grande “baile da pesada”. Foto do encarte do álbum SLA 2 ~ Be Sample, de FA Concepção, montagem e estilização gráfica: Luciane de Paula. CorelDraw, 21 cm X 29, 7 cm “No centro da luxúria mundo-cão dessa cidade sucatinha balneária Totalmente faveluda e suburbosa A classe média emergente cafonuda é totalmente sacudida por pobreza, putaria e bandidagem de insolência detergente Desafiando o social com violência bem lasciva Provocando a tradição de sapiência divertida E a minha, a sua, a nossa boemia Encara essa parada e senta a pua Absorvendo e transformando O darkside dessa lua Em sol intenso, coração de chapa quente Do centro da luxúria mundo-cão Do zôo humano carioca ensolarado Surge a padroeira debochada da delícia imaculada Da risada escancarada, dançarina arrebatada Abençoando toda a força de prazer Na nossa luta pra viver Cheio de marra Não tem pra Jesus Cristo, não tem pra ninguém E São Sebastião? Não tem pra ninguém Padroeira debochada Não tem pra Jesus Cristo, não tem pra ninguém E São Sebastião? No way Quem me guia na alegria e na agonia dessa vida é a padroeira da delícia imaculada vem me abençoar, dançarina arrebatada vem me abençoar, gargalhada escancarada vem me abençoar, padroeira debochada Vem, vem, vem me abençoar Fecha o corpo e sente o sangue da cidade em transe Transe de vitória humana Transe de derrota humana Na festa incrementada dessa selva urbana Porque o que é bélico hoje em dia, vira gíria pomba-gira Tá bombando, tá bombando E a majestade debochada vai tá sempre de passagem pra outra laje de ruína futurista Numa dança rebolada e incessante, bem marcada na batida eternidade Funk nos lábios do samba, no beijo da briga, pandemônio na cidade ‘Vestiu a microssaia espelhada e saiu por aí’ O mundo tá na pista e a Padroeira debochada tá sacudindo a multidão.”.