RepiiUica Fcderativa do BrasO

DIARIO DOS TRABAIHOS REVISIONAIS

ANO II- N'16 QUINTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 1994 BRASILIA - DF

CONGRESSO NACIONAL

Revisao da Constitui^ao Federal

RETIFICACAO No DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS, publicado no dia 8 de dezembro de 1993, como matdria de rosto, na pdgina n9 215, inclua-se por omissao a seguinte:

CONGRESSO NACIONAL Revisao da Constitui^ao Federal Fago saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Humberto Lucena, Presidente do Senado Federal, nos termos do art. 48, item 28 do Regimento Interno, promulgo a seguinte:

RESOLUCAO N" 2, DE 1993-RCF Prorroga prazos previstos nos arts. 4% caput, e 6' da Resolu^ao n' 1, de 1993-RCF.

O Congresso Nacional resolve: Art. lv Os prazos mencionados nos arts. 4?, caput, e 6? da Resolusao n9 1, de 1993-RCF, passam a ser de vinte e dois e de sete dias, respectivamente. Art. 29 Esta resolusao entra em vigor na data de sua publica;ao. Senado Federal, 7 de dezembro de 1993. — Senador Humberto Lucena, Presidente. a ^ ; — 564 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

EXPEDIENTE CENTRO QRAFICO DO SEN ADO FEDERAL MANOEL VILELA DE MAOALHAES DIARIO DO CONQRESSO NAOONAL Dfealor-Oaral io Samado Fadaral laprcaao Mb ratpoaaabibdadt da kdaaa de Saaade Fadaral AOACIEL DA S1LVA MA1A Dirt tor Extern tivo CARLOS HOMERO VIE1RA NINA ASSINATURAS Dkaler Adalaittrmtivo LUIZ CARLOS BASTOS SeaeUral .OS 71X00000 Dirtier U4 at trial PLORIAN AUQUSTO COUTINHO MADRUGA Dkttnr Adjaato Tragea 1.200 eaeapiaiaa

SUMARIO

I — ATA DA 16* SESSAO, EM 2 DE FEVEREIRO S. Ex" ao Presidente da Repiiblica, repudiando a transfe- DE 1994 rencia da sede do DNER. DEPUTADO OSVALDO BENDER — Parabeni- 1.1—ABERTURA zando o Tribunal Superior do Trabalho — TST, pela deci- 1.2 —EXPEDIENTE sao de julgar as rescisoes de contratos de trabalho, feitas nos sindicatos, como andes julgadas. 1.2.1 — Discursos do Expediente DEPUTADO EVERALDO DE OLIVEIRA — In- DEPUTADO NILSON GIBSON — Crise no setor credulidade diante do levantamento, feito pela Embratel, de Saude do Estado de Pernambuco. de telefonemas de polfticos as empreiteiras nos ultimos DEPUTADO JOSE SERRA, como h'der — Indig- anos. Defesa da integridade do Governador Joao Alves nagao pelo encerramento da sessao ordinaria da Camara Filho e de sua esposa, Dra. Maria do Carmo Alves, citados dos Deputados, quando S. Ex- ainda usava da palavra em no referido levantamento da Embratel. nome da Lideran^a. DEPUTADO ARMANDO PINHEIRO, como Lider SR. PRESIDENTE — Respqsta ao Sr. Jose Serra. — Dificuldades na instalagao da CPI da CUT. Registro DEPUTADO CARLOS LUPI — Registro da impar- da visita de dirigentes sindicais estrangeiros ao Presidente cialidade do Sr. Adylson Motta no exerci'cio das Presi- da Repiiblica, com a finalidade de testemunhar a transpa- dencias da Camara e do Congresso Revisor. Manuten^ao rencia da diregao da CUT. da obstrugao do PDT aos trabalhos da revisao. DEPUTADO CHICO VIGILANTE — Defesa da in- DEPUTADO JO AO FAGUNDES — Considera?6es tegridade da CUT. Transcrinao nos Anais da carta das sobre proposta de S. Ex" a revisao da Constituigao, tratando entidades sindicais estrangeiras aos Presidentes do Con- do Corpo de Bombeiros. gresso Nacional e da Camara dos Deputados. DEPUTADO TONY GEL, pela ordem — Registro DEPUTADO LUIZ GIRAO — Esclarecimentos so- de sua presen^a nas sessoes de ontem, por divulga^ao con- bre a obstrunao na revisao constitucional, divulgada pela traria da imprensa, devido a obstru^ao. imprensa como ausencia. DEPUTADO CARLOS LUPI, pela ordem — Dife- DEPUTADO LIBERATO CABOCLO — A questao renciando obstrugao de ausencia. do voto obrigatorio no Brasil. Contrario ao voto facul- DEPUTADA MARILU GUIMARAES — Esclare- tative. cimento a imprensa sobre obstrugao e freqiiencia. DEPUTADO MAURfCIO CAL1XTO, como Lfder DEPUTADO JOAO PAULO — Criticas a atuagao — Expectativas do Governo Federal em rela^ao ao Orga- do Governo nas questoes economicas em tramita^ao no mento da Uniao para o exerci'cio de 1994. Congresso Nacional. DEPUTADA MARIA LUIZA FONTENELE — Re- DEPUTADO JOSE THOMAZ NONO — Observa- gistro da presen^a da atriz Lucelia Santos, na vigilia contra nces sobre o comportamento politico do Governador Ciro a revisao constitucional. A questao da inconstitucionali- Gomes. Posindes definidas pelo PMDB na tramitanao de dade da revisao constitucional. Novo surto de cdlera no propostas do Piano Econdmico do Governo. Ceara. DEPUTADO OS6RIO ADRIANO — Inconsisten- DEPUTADO JAMIL HADDAD — Afastamento de cia da Ministra Margarida Coimbra Nascimento, dosTrans- S. Ex" do Governo por posigao contrdria de seu partido portes, defendendo o restabelecimento, no Rio de Janeiro, ao Piano Economico. Consideragoes sobre a privalizagao da sede do DNER — Departamento Nacional de Estradas do setor ptiblico. A divida da Saiide e os cortes propostos e Rodagem. Transcrinao, nos Anais, de carta redigida por pelo Ministro Fernando Henrique Cardoso. Fevereirode 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 565

DEPUTADO HAROLDO LIMA — Carater empre- SENADOR NELSON CARNE1RO — Transferencia sarial da revisao constitucional. provisoria da sede do DNER para o Rio de Janeiro. DEPUTADO WALDOMIRO FIORAVANTE — DEPUTADA SANDRA CAVALCANTI — Criti- Interesses escusos no ambito da revisao constitucional. cando atitude de Deputado da Bancada do PDT do Rio DEPUTADO JOSt MARIA EYMAEL — Inconsti- de Janeiro, que tornou piiblica de maneira escusa, carta tucionalidade da vigencia no corrente ano da lei derivada dirigida, no passado, por S. Ex' ao Deputado Joao Alves. da Medida Provisdria n" 400/94, que trata do Imposto de DEPUTADO CHICO VIGILANTE — Secundando Renda de Pessoa Fi'sica. parlamentares que o antecederam na tribuna, sobre a ino- DEPUTADO EDISON ANDRINO — Protestos con- portunidade da transferencia da sede do DNER. tra materia injuriosa publicada na edigao de hoje do jornal DEPUTADO SERGIO MIRANDA — Suscitando O Gstado de S. Paulo, sobre a ausencia de parlamentares questao de ordem sobre a nao distribuigao previa da relagao no im'cio das votagoes da Revisao Constitucional. dos destaques de preferencia a serem votados, bem como SENADOR VALMIR CAMPELO — Benefi'cios que do espelho da Ordem do Dia, ficando os Srs. Deputados a redu^ao do mandato presidencial, coincidindo com o impedidos de se preparar adequadamente para os debates dos parlamentares ja nas eleigoes deste ano, traria as insti- e as discussoes. tuigoes democraticas. SR. PRESIDENTE — Resposla ao Sr. Sergio Mi- DEPUTADO LUIZ GIRAO — Participagao crescen- randa. tc das multinacionais no setor leiteiro. DEPUTADO NEY LOPES — Conclusao da primeira DEPUTADO MENDES RIBEIRO — Defesa da in- etapa do projeto de irrigagao Osvaldo Amorim, no Baixo tegridade moral e da isengao no trabalho de relatoria do Assu — RN. pelo Governador Jose Agripino. Deputado . DEPUTADO JORGE KHOURY — Regozijo pela DEPUTADO CARLOS KAYATH — Apoio as pro- publicagao do PLANVASF — Piano Nacional de Desen- postas revisionais que defendem a instituigao do Ministerio volvimento do Vale do Sao Francisco, e pelo langamento Ptiblico, junto aos tribunals de contas. do Piano Estadual de Irrigagao, de iniciativa do Gover- DEPUTADO NICIAS RIBEIRO — Consideragdes nador Antonio Carlos Magalhaes, da Bahia. sobre pontos polemicos do relatdrio do Deputado Nelson DEPUTADO PEDRO IRUJO — Apelo em favor Jobim, tais como rcmuneragao de vereadores e quebra da aprovagao de proposta de emenda constitucional.de sua de monopolios. autoria, que cria o decimo-quarto salario, visando promo- DEPUTADO MAURILIO FERREIRA LIMA — ver a distribuigao direta de rendas. Contestando as declaragoes do Governador Ciro Gomes, DEPUTADO MARCELO BARBIERI — Homena- em recente entrevista ao programa "Bom Dia Brasil" e gem postuma ao jornalista Paulo Arruda Correa da Silva, a imprensa escrita, acerca da alianga firmada entre o PSDB fundador de O Imparcial, de Araraquara. e o PMDB. DEPUTADO GERMANO R1GOTTO, Como lider 1.3 —ORDEM DO DIA — Nota da Executiva do PMDB, repudiando as declaragoes — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- do Governador Ciro Gomes. cidas aos arts I9 a 4" da Constituigao Federal. (Principios SR. PRESIDENTE — Nota assinada por S. Ex* e Fundamentais) — Parecer n" 1/94-RCF. Rejeitados a pro- pelo Deputado Inocencio de Oliveira, na qualidade de Pre- posta revisional n" 1.079-1 e os destaques, ficando preju- sidente da Camara dos Deputados, protestando contra os dicado o substitutivo do relator as demais propostas revisio- ataques dirigidos ao Congresso Nacional pelo Governador nais correlatas e emendas a elas oferecidas. Ao arquivo. Ciro Gomes. — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADA BETH AZIZE — Cn'ticas as opinioes cidas ao art. 82 da Constituigao Federal (duragao do man- do Governador Ciro Gomes expressadas, com intuito elei- dato presidencial) — Parecer n9 16/94-RCF. Apreciagao toreiro, atraves da imprensa falada e escrita.Denunciando adiada, em virtude do termino do prazo regimental da a relagao do Governador com parlamentar citado pelo rela- sessao. tdrio da CPI do Orgamento. — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADO ALUIZIO ALVES — Apontando os cidas ao art. 12 da Constituigao Federal (nacionalidade) meritos da proposta revisional, de sua autoria, que institui — Parecer n" 2/94-RCF. Apreciagao adiada, em virtude o federalismo regional. do termino do prazo regimental da sessao. DEPUTADO GERMANO RIGOTTO — Solidari- — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- zando-se com a Bancada do DF em protesto contra a trans- cidas ao art. 14, paragrafo 8° da Constituigao Federal (elegi- ferencia do DNER e de outros drgaos federals para outras bilidade de militar) — Parecer n9 6/94-RCF. Apreciagao capitals. adiada, em virtude do termino do prazo regimental da DEPUTADO CARLOS LUPI, como lider — Conve- sessao. niencia de se transfcrir alguns orgaos federals para outros Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- Estados, consoante com a politica global de Governo na cidas ao art. 14, paragrafo 9° da Constituigao Federal (lei gerencia da Administragao Piiblica. Imagem favoravel do complementar sobre inelegibilidade) — Parecer n" Rio de Janeiro no exterior. 7/94-RCF. Apreciagao adiada, em virtude do termino do DEPUTADO SERGIO AROUCA. como lider — In- prazo regimental da sessao. conveniencia da ccntralizagao dos orgaos da Administragao — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- piiblica em Brasilia. cidas ao art. 14, paragrafos lOe 11 da Constituigao Federal 566 Quinta-feira 3 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de iyv4

(impugna^ao de mandate) — Parecer n" 8/94-RCF. Apre- DEPUTADO GERMANO RIGOTTO, como Lider cia^ao adiada, em virtude do termino do prazo regimental — Posigao do PMDB quanto as materias da pauta de hoje da sessao. e sobre sua inversao. — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- cidas ao art. 56 da Constituigao Federal (licenga para afasta- DEPUTADO MORONI TORGAN — Razoes para mento no exercicio do mandato) — Parecer n" 14/94-RCF. defesa do Piano de Estabilizagao Economica do Governo. Apreciagao adiada, em virtude do termino do prazo regi- DEPUTADO JORGE TADEU MUDALEN — Jus- mental da sessao. tificando a ausencia do Deputado Helio Cesar Rosas. — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADO JARV1S GAIDZINSKI — Deficit pii- cidas ao art. 50 da Constituigao Federal (convocagao de blico. Ministros de Estado)-Parecer n" 23/94-RCF. Apreciagao DEPUTADO ERNESTO GRADELLA — Mobili- adiada, em virtude do termino do prazo regimental da zagao popular contra a realizagao da Revisao Constitu- sessao. cional. — Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADO JOSE MARIA EYMAEL — Comen- cidas ao Ato das Disposigdes Constitucionais Transitorias tarios a respeito da posigao do PPR em relagao a Revisao (inclusao dos arts. 71 a 75 — Fundo Social de Emergencia) Constitucional, sendo contrario a regulamentagao do Fun- — Parecer n" 24/94-RCF. Apreciagao adiada, em virtude do Social de Emergencia, atraves de Medida Provisoria. do termino do prazo regimental da sessao. DEPUTADO — Rea- firmando compromisso do PT com o esforgo pela estabili- 1.3.1 — Comunicagao da Presidencia zagao economica do Pat's, mas protesta contra o rito revi- — Convocagao de sessao unicameral hoje, as 20 boras sional. e 30 minutos, com Ordem do Dia que designa. SENADOR ESPERlDlAO AMIN, como Lider — Enfatizando a posigao do PPR a respeito da proposta que 1.4 — ENCERR AMENTO institui o Fundo Social de Emergencia. SENADOR EDUARDO SUPL1CY, como Lider — 2 - ATA DA 17' SESSAO, EM 2 DE FEVEREIRO Esclarecimentos sobre noticiario de depositos na conta ban- DE 1994 caria de S. Ex', quando da campanha a Prefeitura de Sao Paulo. 2.1 — ABERTURA DEPUTADO ARMANDO PINHEIRO — Referen- cias ao pronunciamento do Sr. Eduardo Suplicy. 2.2 —EXPEDIENTS 2.2.1 — Discursos do Expediente 2.3 —ORDEM DO DIA DEPUTADO CARLOS LUPI — Acordo entre as Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- Liderangas para inversao da pauta da sessao de hoje, trans- cidas ao art. 82 da Constituigao Federal (duragao do man- fenndo o item 8, inclusao dos arts. 71 a 75 — Fundo Socia' dato presidencial) — Parecer n" 16. de 1994-RCF. Apre- de Emergencia, para primeiro lugar. Possibilidade de dr ciagao sobrestada por falta de quorum para o prossegui- cussao pelo autor da proposta. mento da sessao. J s Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- - O E ABRAO —Quorum para a vota- 930 do Fundo Social de Emergencia. cidas ao art. 12 da Constituigao Federal (nacionalidade) DEPUTADO ELIAS MURAD —Comentarios a res- — Parecer n° 2, de 1994-RCF. Apreciagao sobrestada por peito da proposta revisional de instituigao do voto facul- falta de quorum para o prosseguimento da sessao. tativo. Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADO MAURILIO FERREIRA LIMA — cidas ao art. 14, paragrafo 8° da Constituigao Federal (elegi- Consideragdes sobre a possivel saida do Ministro Fernando bilidade de militar) — Parecer n" 6, de 1994-RCF. Apre- Henrique Cardoso do governo, caso nao seja aprovado ciagao sobrestada por falta de quorum para o prossegui- o Fundo Social de Emergencia. mento da sessao. Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- DEPUTADO CLO VIS ASSIS — Apelo pela inversao cidas ao art. 14, paragrafo 9° da Constituigao Federal (lei da pauta e pela aprovagao do Fundo Social de Emergencia. complementar sobre inelegibilidade) — Parecer n0 7, de DEPUTADO JOAO FAUSTINO — Criagao da 1994-RCF. Apreciagao sobrestada por falta de quorum para Frente Parlamentar em Defesa da Escola Piiblica. o prosseguimento da sessao. SENADOR NELSON CARNE1RO — Demissao de Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- empregados da Petrofertil. cidas ao art, 14, paragrafos 10 e 11 da Constituigao Federal DEPUTADO HUGO BIEHL — Regozijo pela apro- (impugnagao de mandato) — Parecer n" 8, de 1994-RCF, vagao, na Camara dos Deputados, do Projeto de Decreto Apreciagao sobrestada por falta de quorum para o prosse- Legislativo n" 383, de 1993, proposto pela Comissao Parla- guimento da sessao. mentar Mista de Inquerito do Endividamento Agricola, Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- que suspende resolugoes do Conselho Monetario Nacional cidas ao art. 56 da Constituigao Federal (licenga para afasta- e do Banco Central que autorizaram a indevida cobranga mento no exercicio do mandato) — Parecer n? 14, de de corregao monetaria sobre recursos do credito agricola; 1994-RCF. Apreciagao sobrestada por falta de quorum para e apelo pela ratificagao do Senado Federal. o prosseguimento da sessao. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 567

Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofere- — Parecer n" 24, de 1994-RCF. Aprecia^ao sobrestada por cidas ao art. 50 da Constituii;ao Federal (convocaqao de falta de quorum para o prosseguimento da sessao. Ministros de Estado) — Parecer n" 23. de 1994-RCF. Apre- cia^ao sobrestada por falta de quorum para o prossegui- 2.3.1 — Comunica^ao da Presidencia mento da sessao. — Convoca^ao de sessao unicameral a realizar-se dia Propostas Revisionais e respectivas emendas. ofere- 3 de fevereiro, as 11 boras com Ordem do Dia que designa. cidas ao Ato das Disposi^oes Constitucionais Transitdrias (inclusao dos arts. 71 a 75 — Fundo Social de Emergencia) 2.4 — ENCERRAMENTO

REVISAO DA CONSTITUigAO FEDERAL

Ata da 16a Sessao, em 2 de fevereiro de 1994

10a Sessao Legislativa Extraordinaria, da 49a Legislatura

Presidencia dos Srs. Humberto Lucena, Adylson Motta e Nabor Junior

AS 14 HORAS, ACHAM SE PRESENTES OS SRS: Acre Roraima Aluizio Bezerra _ PMDB; Celia Mendes _ PPR; Joao Maia _ PP; Joao Tola _ PPR; Nabor Junior _ PMDB; Ronivon Santiago Alceste Almeida _ Bloco (PTB); Avenir Rosa _ PP; Cdsar _ PPR; Zila Bezerra _ PMDB. Dias _ PMDB; Francisco Rodrigues _ Bloco (PTB); Joao Fagundes _ PMDB; Joao Franca _ PP; Julio Cabral _ PP; Tocantins Luciano Castro _ PPR; Marcelo Luz _ PP; Marluce Pinto _ PTB; Carlos Patrocinio _ PFL; Darci Coelho _ Bloco (PFL); Derval Ruben Bento _ Bloco (PFL). de Paiva _ PMDB; Freire Junior _ PMDB; Joao Rocha _ PFL; Amapa Leomar Quintanilha _ PPR; Merval Pimenta _ PMDB; Moises Abrao _ PPR; Osvaldo Reis _ PP; Paulo Mourao _ PPR. Aroldo G6es _ PDT; Eraldo Trindade _ PPR; Falima Pelaes _ Bloco (PFL); Gilvan Borges _ PMDB; Henrique Almeida _ Maranhio PFL; Jonas Pinheiro _ PTB; Lourival Freitas _ PT; Murilo Alexandre Costa _ PFL; Cesar Bandeira _ Bloco (PFL); Pinheiro _ Bloco (PFL); Sdrgio Barcellos _ Bloco (PFL); Costa Ferreira _ PP; Daniel Silva _ PPR; Eduardo Matias Valdenor Guedes _ PP. Bloco (PFL); Epiticio Cafeteira _ PPR; Haroldo Saboia _ PT; Para Jayme Santana _ PSDB; Jose Burnett _ PRN; Jose Reinaldo _ Bloco (PFL); Magno Bacelar _ PDT; Nan Souza _ PP. Alacid Nunes _ Bloco (PFL); Almir Gabriel _ PSDB; Coulinho Jorge _ PMDB; Domingos Juvenil _ PMDB; Eliel Ceara Rodrigues _ PMDB; Gerson Peres _ PPR; Giovanni Queiroz _ A6cio de Borba _ PPR; Antonio dos Santos _ Bloco (PFL); PDT; Hilirio Coimbra _ Bloco (PTB); Jarbas Passarinho _ PPR; Arioslo Holanda _ PSD; Beni Veras _ PSDB; Carlos Virgilio _ Jos6 Diogo _ PPR; Mirio Chennonl _ PP; Mirio Martins _ PPR; Cid Sab6ia de Carvalho _ PMDB; Edson Silva _ PDT; PMDB; Osvaldo Melo _ PPR; Paulo Titan _ PMDB; Socotro Ernani Viana _ PP; Etevaldo Nogueira _ Bloco (PFL); Gonzaga Gomes _ PC do B. Mola _ PMDB; Jackson Pereira _ PSDB; Jose Linhares _ PP; Amazonas Luiz Girao _ PDT; Luiz Ponies _ PSDB; Maria Lulza Fontenele; Mauro Sampaio _ PSDB; Moroni Torgan _ PSDB; Orlando Beth Azize _ PDT; Carlos De'Carli _ PPR; Euler Ribeiro _ Bezerra _ Bloco (PFL); Pinheiro Landim _ PMDB; S6rgio PMDB; Ezio Ferreira _ Bloco (PFL); Gilberto Miranda _ Machado _ PSDB; Ubiratan Aguiar _ PMDB; Vicente Fialho _ PMDB; Joao Thome _ PMDB; Jose Dutra _ PMDB; Ricardo Bloco (PFL). Moraes. Piaui Rondonia B. S4 _ PP; Chagas Rodrigues PSDB; Giro Nogueira _ Bloco Amir Lando _ PMDB; Antonio Morimolo _ PPR; Aparicio (PFL); Felipe Mendes _ PPR; Hugo Napoleao _ PFL, Jesus Carvalho _ Bloco (PTB); Mauricio Calixlo _ Bloco (PFL); Tajra _ Bloco (PFL); Joao Henrique _ PMDB; Jos6 Luiz Maia _ Odacir Scares _ PFL; Pascoal Novaes _ PSD; Reditino Cassol _ PPR; Lucidio Portella _ PPR; Murilo Rezende _ PMDB; Mussa PSD; Ronaldo Aragao _ PMDB. Demes _ Bloco (PFL); Paes Landim _ Bloco (PFL). 568 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro dc 1994

Rio Grande do Norte PMDB; Genesio Bernardino _ PMDB; Getulio Neiva _ PL; Humberto Souto _ Bloco (PFL); Ibrahim Abi-Ackel _ PPR; Aluizio Alves _ PMDB; Dario Pereira _ PFL; Fernando Israel Pinheiro _ Bloco (PRS); Jose Belato _ PMDB; Jose Freire _ PPR; Flavio Rocha _ PL; _ Geraldo _ PMDB; Jose Santana de Vasconcelos _ Bloco (PFL); PMDB; _ PMDB; Ibere Ferreira _ Jose Ulisses de Oliveira _ Bloco (PTB); Junia Marise _ PRN; Bloco (PFL); Joao Faustino _ PSDB; La ire Rosado _ PMDB; Lael Varella _ Bloco (PFL); Leopoldo Bessone _ Bloco (PTB); Lavosier Maia _ PDT; Ney Lopes _ Bloco (PFL). Marcos Lima _ PMDB; Mario de Oliveira _ PP; Mauricio Paraiba Campos _ PL; Neif Jabur _ PMDB; Nilmario Miranda _ PT; Odelmo Leao _ PP; Osmanio Pereira _ PSDB; Paulino Cicero de Adauto Pereira _ Bloco (PFL); Antonio Mariz _ PMDB; Vasconcelos _ PSDB; Paulo Delgado _ PT; Paulo Heslander _ Francisco Evangelista _ PPR; Humberto Lucena _ PMDB; Ivan Bloco (PTB); Paulo Romano _ Bloco (PFL); Romel Anisio _ PP; Burity _Bloco (PFL); Ivandro Cunha Lima _ PMDB; Jose Luiz Ronaldo Perim _ PMDB; Ronan Tito _ PMDB; Samir Tannus _ Clerot _ PMDB; Jose Maranhao _ PMDB; Raimundo Lira _ PPR; Saulo Coelho _ PSDB; Sergio Ferrara _ PMDB; Sergio PFL; Vital do Rego _ PDT; Zuca Moreira _ PMDB. Miranda _ PC do B; Sergio Naya _ PMDB; Tarcisio Delgado _ PMDB; Tilden Santiago _ PT; Vittorio Medioli _ PSDB; Wilson Pernambuco Cunha _ Bloco (PTB); Zaire Rezende _ PMDB. Alvaro Ribeiro _ PSB; Fernando Lira _ PSB; Gilson Gspirito Santo Machado _ Bloco (PFL); Gustavo Krause _ Bloco (PFL); Inocencio Oliveira _ Bloco (PFL); Jose Jorge _ Bloco (PFL); Armando Viola _ PMDB; Etevalda Grassi de Menezes Jose Mendon^a Bezerra _ Bloco (PFL); Jos6 Mucio Monteiro _ Bloco (PTB); Gerson Camata _ PMDB; Helvecio Castello _ Bloco (PFL); Luiz Piauhylino _ PSB; Marco Maciel _ PFL; PSDB; Joao Calmon _ PMDB; Jones Santos Neves _ PL; Jorio Maurilio Ferreira Lima _ PMDB; Maviael Cavalcanti _ PRN; de Barros _ PMDB; Lezio Sathler _ PSDB; Nillon Baiano _ Miguel Arraes _ PSB; Nei Maranhao _ PRN; Nilson Gibson _ PMDB; Rita Camata _ PMDB; Roberto Valadao _ PMDB; Rose PMDB; Osvaldo Coelho _ Bloco (PFL); Pedro Correa _ Bloco de Freitas _ PSDB; Jonice Tristao _ PFL. (PFL); Renildo Calheiros _ PC do B; Roberto Franca _ PSB; Rio de Janeiro Salatiel Carvalho _ PP; Sergio Guerra _ PSB; Wilson Campos. Alagoas Aldir Cabral _ Bloco (PTB); Amaral Netto _ PPR; Arolde de Oliveira _ Bloco (PFL); Arlur da Tavola _ PSDB; Benedita da Augusto Farias _ Bloco (PSC); Guilherme Palmeira _ PFL; Silva _ PT; Carlos Alberto Campista _ PDT; Carlos Lupi _ PDT; Jose Thomaz Nono _ PMDB; Roberto Torres _ Bloco (PTB); Carlos Santana _ PT; Cidinha Campos _ PDT; Edesio Frias _ Vil6rio Malta _ PPR. PDT; Francisco Domelles _ PPR; Jair Bolsonaro _ PPR; Jamil Haddad _ PSB; Jandira Feghali _ PC do B; Jose Mendes _ Bloco Sergipe (PTB); Jose Carlos Coulinho _ PDT; Junot Abi-Ramia _ PDT; Albano Franco _ PRN; Djenal Gon9alves _ PPR; Everaldo de Laprovita Vieira _ PMDB; Luiz Salomao _ PDT; Marino Oliveira _ Bloco (PFL); Jos6 Teles _ PPR; Lourival Baptista _ Clinger _ PDT; Miro Teixeira _ PDT; Nelson Carneiro _ PP; PFL; Pedro Valadares _ PP. Nelson Bomier _ PL; Paulo Portugal _ PP; Paulo Ramos _ PDT; Rubem Medina _ Bloco (PFL); Sandra Cavalcanti _ PPR; Sergio Bahia Arouca _ PPS; Sergio Cury _ PDT; Sidney de Miguel _ PV; Alcides Modesto _ PT; Angelo Magalhaes _ Bloco (PFL); Vivaldo Barbosa _ PDT; Vladimir Palmeira _ PT; Wanda Reis _ Aroldo Cedraz _ PRN; Beraldo Boaventura _ PSDB; C16vis PSD. Assis _ PSDB; Eraldo Tinoco _ Bloco (PFL); Felix Mendon^a _ Sao Paulo Bloco (PTB); Geddel Vieira Lima _ PMDB; Haroldo Lima _ PC do B; Jabes Ribeiro _ PSDB; Jairo Cameiro _ Bloco (PFL); Alberto Goldman _ PMDB; Alberto Haddad _ PP; Aldo _ PT; Joao Almeida _ PMDB; Joao Carlos Rebelo _ PC do B; Aloizio Mercadante _ PT; Armando Pinheiro Bacelar _ Bloco (PSC); Jorge Khouiy _ Bloco (PFL); Josaphat _ PPR; Ary Kara _ PMDB; Cardoso Alves _ Bloco (PTB); Marinho _ PFL; Jose Falcao _ Bloco (PFL); Jose Louren^o _ Carlos Nelson _ PMDB; Cunha Bueno _ PPR; Delfim Netto _ PPR; Jutahy Magalhaes _ PSDB; Luis Eduardo _ Bloco (PFL); PPR; Diogo Nomura _ PL; Eduardo Jorge _ PT; Eduardo Suplicy Luiz Moreira _ Bloco (PTB); Luiz Viana Neto _ Bloco (PFL); _ PT; Ernesto Gradella _ PSTU; Eva Blay _ PSDB; Fabio Marcos Medrado _ PP; Nestor Duarte _ PMDB; Pedro Irujo _ Feldmann _ PSDB; Fabio Meirelles _ PPR; Fausto Rocha _ PMDB; Prisco Viana _ PPR; S6rgio Gaudenzi _ PSDB; PRN; Florestan Femandes _ FT; Gastone Righi _ Bloco (PTB); Tourinho Dantas _ Bloco (PFL); Uldurico Pinto _ PSB; Waldir Geraldo Alckmin Filho _ PSDB; Heitor Franco _ PPR; H61io Pires _ PSDB. Bicudo _ PT; Joao Melao Neto _ PL; Jorge Tadeu Mudalen _ PMDB; Jose Abrao _ PSDB; Jos6 Anlbal _ PSDB; Jose Cicote _ Minas Gerais PT; Jose Dirceu _ PT; Jose Genoino _ PT; Jose Serra _ PSDB; A6cio Neves _ PSDB; Agoslinho Valente _ PT; Aracely de Koyu Iha _ PSDB; Liberate Caboclo _ PDT; Luiz Carlos Santos Paula _ Bloco (PFL); Armando Costa _ PMDB; Avelino Costa _ _ PMDB; Luiz Gushiken _ PT; Luiz Miximo _ PSDB; Maluly PPR; Camilo Machado _ Bloco (PFL); Edmar Moreira _ PP; Netto _ Bloco (PFL); Marcclino Romano Machado _ PPR; - Elias Murad _ PSDB; Felipe Neri _ PMDB; Fernando Diniz _ Marcelo Barbieri _ PMDB; M4rio Covas _ PSDB; Maurici ! Fevereiro tie 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 569

Mariano _ PMDB; Mauricio Najer _ Bloco (PFL); Mendes Rio Grande do Sul Botelho _ Bloco (PTB); Nelson Marquezelli _ Bloco (PTB); Adao Pretto _ PT; Adroaldo Streck _ PSDB; Adylson Motta _ Osvaldo Stecca _ PMDB; Paulo Novais _ PMDB; Pedro Pavao _ PPR; Aldo Pinto _ PDT; Antonio Britto _ PMDB; Carlos PPR; Roberto Rollemberg _ PMDB; Tadashi Kuriki _ PPR; Azambuja _ PPR; Carlos Cardinal _ PDT; Carrion Junior _ luga Angerami _ PSDB; Vadao Gomes _ PP; Valdemar Costa PDT; Celso Bematdi _ PPR; Eden Pedroso _ PT; Fetter Junior _ Neto _ PL; Wagner Rossi _ PMDB; Walter Nory _ PMDB. PPR; Germano Rigolto _ PMDB; Ibsen Pinheiro _ PMDB; Ivo Mato Grosso Mainardi _ PMDB; Joao de Deus Antunes _ PPR; Jose Fogaija _ PMDB; Jose Fortunati _ PT; Jose Paulo Bisol _ PSB; Luis Joao Teixeira _ PL; Jonas Pinheiro _ Bloco (PFL); Jose Roberto Ponle _ PMDB; Mendes Ribeiro _ PMDB; Nelson Augusto Curvo _ PMDB; Julio Campos _ PFL; Ricardo Correa _ PL; Rodrigues Palma _ Bloco (PTB). Jobim _ PMDB; Nelson Proem;a _ PMDB; Odacir Klein _ PMDB; Osvaldo Bender _ PPR; Paulo Paim _ PT; Pedro Simon Distrito Federal PMDB; Telmo Kirst _ PPR; Victor Faccioni _ PPR; Wilson Muller _ PDT. Augusto Carvalho _ PPS; Benedito Domingos _ PP; Chico Vigilante _ PT; Jofran Frejal _ Bloco (PFL); Maria Laura _ FT; O SR. PRES1DENTE (Adylson Motta) — A lista de pre- Os6rio Adriano _ Bloco (PFL); Paulo Octlvio _ PRN; Pedro senqa acusa o comparecimento de 508 Srs. Congressistas. Ha- Teixeira _ PP; Sigmaringa Seixas _ PSDB: Valmir Campelo _ vendo niimero regimental, declaro aberta a sessao. PTB. Sob a prote^ao de Deus.iniciamos nossos trabalhos. Goias Passando-se ao pen'odo destinado a Breves Comunica- goes, concedo a palavra ao nobre Deputado Nilson Gibson. Antonio Faleiro _ PSDB ; _ Haley Margon _ PMDB; Iram O SR. NILSON GIBSON (PMDB — PE. Para uma breve Saraiva _ PMDB; Irapuan Costa Junior _ PP; Lazaro Barbosa _ comunicagao) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, desejo PMDB; Luiz Soyer _ PMDB; Maria Valadao _ PPR; Mauro fazer urn regislro, na sessao de hoje, em decorrencia do pro- Borges _ PP; Mauro Miranda _ PMDB; Onofre Quinan _ prio texto constitucional, que define o setor de satide como direito de todos e dever do Estado, mediante poh'ticas sociais PMDB; Paulo Mandarino _ PPR; Pedro Abrao _ Bloco (PTB); e economicas que visem a redugao do risco da doenga e de Roberto Balestra _ PPR; Ronaldo Caiado _ Bloco (PFL); outros agravos e ao acesso universal e igualilario as agoes Virmondes Cruvinel _ PMDB. e servigos para a sua promogao, protegao e recuperagao. Sr. Presidente, em Pernambuco, esta ocorrendo uma gra- Mato Grosso do Sul ve crise na satide, Faltam medicos, pacientes esperam mais de 14 boras por uma cirurgia. Durante esse tempo, o quadro Elisio Curvo _ PRN; George Takimolo _ Bloco (PFL); Jose clinico se agrava. Elias _ Bloco (PTB); Levi Dias _ PPR; Marilu Guimaraes _ Os medicos do Hospital da Restauragao, do Estado de Bloco (PFL); Nelson Trad _ Bloco (PTB); Valter Pereira _ Pernambuco, estao denunciando que muitos pacientes ja mor- PMDB; Waldir Guerra _ Bloco (PFL); Wilson Martins _ reram, o mesmo ocorrendo em outros hospitais do Estado, PMDB. devido a falta de neurocirurgioes nos plantdes diarios. Sr. Presidente, a especialidade, segundo esses medicos, Parana so ha em dias alternados — o que nem sempre acontece — e o paciente que precisa de uma cirurgia de emergencia e Affonso Camargo _ PPR; Antonio Ueno _ Bloco (PFL); obrigado a esperar de 12 a 14 horas para ser atendido. Basilio Villani _ PPR; Carlos Roberto Massa _ PSD; Carlos Sr. Presidente, essa situagao 6 urn absurdo! Quando e Scarpelini _ PP; Delcino Tavarcs _ PP; Deni Schwartz _ PSDB; medicado, o paciente morre. Tudo isso por culpa exclusiva Edesio Passes _ PT; Edi Siliprandi _ PSD; Elio Dalla-Vecchia _ do Governo de Pernambuco. Trata-se de urn crime! PDT; F14vio Ams _ PSDB; Ivanio Guerra _ Bloco (PFL); Joni Sr. Presidente, segundo os medicos, esse e o retrato da Varisco _ PMDB; Jose Felinto _ PP; Jose Richa _ PSDB; situagao cadtica por que passam as emergencias dos Hospitais Luciano Pizzatto _ Bloco (PFL); Luiz Carlos Flauly _ PP; do Estado de Pernambuco. Eis o desgoverno do Estado de Matheus lensen _ PSD; Moacir Micheletto _ PMDB; Munhoz da Pernambuco. E de pasmar. Sr. Presidente! Rocha _ PSDB; Otto Cunha _ S/P; _ PT; Pedro A ausencia de especialistas nos plantoes tern feito cente- nas de pacientes voltarem para casa sem atendimento ou pas- Tonelli _ PT; Pinga Fogo de Oliveira _ S/P; Reinhold Stephanes sar ate 20 horas nas emergencias, sentindo dores enquanto _ Bloco (PFL); Wilson Moreira _ PSDB. aguardam a sua vez. Santa Catarina Diante do grave quadro, Sr. Presidente, os medicos levan- tam o seguinte questionamento; como um otorrinolaringo- Angela Amin _ PPR; Cesar Souza _ Bloco (PFL); Dejandir logista, um oftalmologista ou mesmo um clinico vai, por exem- Dalpasquale _ PMDB; Dercio Knop _ PDT; Dtrceu Cameiro _ plo, fazer uma neurocirurgia ou medicar um paciente de trau- PSDB; Edson Andrino _ PMDB; Esperidiao Amin _ PPR; Hugo matologia se essas nao sao as suas especialidades? Trata-se Biehl _ PPR; Jarvis Gaidzinski _ PPR; Luci Choinacki _ PT; de uma grande indagagao! Sr. Presidente, V. Ex' que e da Luiz Henrique _ PMDB; Nelson Morro _ Bloco (PFL); Nelson area da saude, sabe perfeitamente desses problemas. Wedekin _ PDT; Neuto de Conlo _ PMDB; Orlando Pacheco _ Sr. Presidente, data venia, a denuncia e grave, merece uma pronta posigao formal do Conselho Regional de Medicina Bloco (PFL); Paulo Duarte _ PPR; Ruberval Pilotto _ PPR; em virtude do comportamento e da atitude antietica dos medi- Valdir Colalto _ PMDB; Vasco Furlan _ PPR. 570 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 cos, pois existem aqueles que estao recebendo, por um plan- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — V. Ex* nao tao, 67 mil cruzeiros reals. Se o Governador pode pagar essa pode criticar a Presidencia! quantia por um plantao, e so multiplicar esse valor pelos plan- toes que os demais medicos dao e o salario basico deveria O SR. JOSE SERRA — Permita-me... ser, no mfnimo, de 400 mil cruzeiros reais. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia Os hospilais do Estado estao com os seus corredores so esta advertindo que determinadas atitudes nao constam repletos de macas com pessoas que, entre gemidos de dor do Regimento, Nao admito crlticas a Presidencia no momento e lamentai^oes, permanecem a espera de atendimento, sem da sessao. V. Ex' pode ate criticar em uma outra. saber se de fato o terao. A crise e causada pelos pedidos de demissao dos medicos O SR. JOSE SERRA — Estou fazendo um comunicado mal pagos; a crise nao poderia estar acontecendo em momento como Elder. E minha prerrogativa e o conteudo do meu comu- mais inoportuno! nicado. Sr. Presidente, segue o requerimento a V. Ex* O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia Que fique clara a necessidade de a Camara dos Depu- nao aceita. Isso esta escrito no Regimento Intcrno. V. Ex' tados, o Congresso Nacional e tambem a Mesa da Revisao nao pode criticar a decisao da Mesa, a nao ser numa prdxima Constitucional, em decorrencia do Texto Constitucional — sessao. o que registrei no inicio do meu pronunciamento —, encon- O SR. JOSE SERRA — Nao estou criticando a decisao trarem uma solu§ao, o mais rapidamente possi'vel, para o da Mesa no sentido que V. Ex* quer dar. Apenas digo que setor da saiide em Pernambuco. a interrup^ao da fala de um Elder, no ultimo minuto, quando Requeremos a V. Ex", Sr. Presidente, que seja enviado estava concluindo dentro de uma discussao acalorada e impor- expediente ao Governador do Estado de Pernambuco. infor- tante que surgiu em funqao de uma agressao da qual fui objeto mando sobre essa nova deniincia e solicitando as informagoes — e V. Ex' testemunhou — surpreende-me do ponto de sobre o problema do referido setor. vista da tradiqao desla Casa, em fun^ao da tradi^ao de V. V. Ex*, Sr. Presidente, conhece bem a area, porque faz Ex', como Deputado e membro da Mesa, que sempre teve pane dela. Estamos verificando que ha ausencia de medicos o apre^oe oapoiodeste Deputado, deste Elder do meu partido nos hospitals do Estado. e da relaqao que ate entao mantlnhamos. Sr. Presidente, pego a V. Ex* paciencia para parabenizar Quero dizer que V. Ex* poderia ter economizado esta a Camara dos Deputados. atitude. Eu estava em plena conclusao, ainda faltava um minu- to e V. Ex' nao me permitiu terminal o racioclnio. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Nobre Con- gressista, o tempo de V. Ex* esta esgotado. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia O SR. NILSON GIBSON — Muito obrigado. Sr. Presi- nao aceita as crlticas de V. Ex' e determina que sejam retiradas dente. Respeito V. Ex* e o Regimento. dos Anais. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Nobre Con- O SR. JOSE SERRA — V. Ex' tern todo o direito de gressista Nilson Gibson, a Presidencia se aborrece muitas vezes rebate-las. Sr. Presidente, como tambem o tenho de faze-las por causa do tempo. Existe algo que se chama Regimento e de mante-las. Inclusive registro que lamento ter de faze-las, Interne e que tern de ser observado nesta Casa. lamento bastante, por se tratar do Presidente de quern se trata neste momento. O SR. NILSON GIBSON —Sr. Presidente, sou um Con- gressista antigo nesta Casa. Respeito V. Ex'! O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. determina a Taquigrafia que as palavras de crltica a Presi- dencia sejam retiradas do texto do discurso do Deputado Jose O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Sei que V. Serra. Ex' compreende. E e dever da Presidencia zelar pelo cumpri- Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, nobre mento do Regimento da Casa. Congressisla Carlos Lupi. Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, nobre O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pronuncia o seguinte Congressisla Everaldo de Oliveira. (Pausa.) discurso, Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- Concedo a palavra ao nobre Congressisla Paulo Duarte. gressistas, em primeiro lugar, quero registrar que V. Ex', (Pausa.) na Presidencia desta Casa, em todas as sessoes de que parti- Com a palavra ao nobre Congressisla Paulo Ramos. (Pau- cipo, tern sido um cumpridor exemplar do Regimento Interno. sa.) Quero, como Parlamentar que conhece V. Ex' apenas "do O Sr. Jose Serra — Sr. Presidente, peijo a palavra para convlvio do plenario, do trabalho, fazer justi?a — repito — uma breve comunica^ao. a conduta exemplar de V. Ex' na Presidencia das sessoes desta Casa. Tenho assistido a demonstragdes do procedimento O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a palavra, como Elder, para uma breve comunica^ao, ao nobre de V. Ex" em relagao a todos os Parlamentares, independente Congressisla Jose Serra. do partido ao qual pertengam. Eu mesmo ja live a palavra cortada algumas vezes por ter extrapolado o tempo regimental O SR. JOSE SERRA (PSDB — SP. Como Eider. Para determinado. uma breve comunicagao. Sem revisao do orador.) — Sr. Presi- Quero aproveitar para dizer que, na sessao de hoje, va- dente, Sn* e Srs. Congressistas, quero aqui reiterar o que mos ter mais um embate sobre o Congresso Revisor. A sessao disse no encerramento da sessao passada. V. Ex' tomou uma de ontem foi um aviso previo de que nao existe a maioria, atitude que, para mim, e inedita nesta Casa. Nunca vi, em como a grande imprensa quer fazer crer, que vai fazer um 7 anos de vida parlamentar, um Elder... rolo compressor favoravel a Revisao. Ontem tivemos 314 Par-1 Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 571 lamentares votando a favor da inversao de pauta e do comedo O SR. JOAO FAGUNDES (PMDB — RR. Pronuncia da sessao do Congresso Revisor. Na verdade, nao se votou oseguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, absolutamente nada da Revisao. Srs. Congressistas, inicialmente querosubscrever inteiramente Hoje, nos, do PDT, vamos continuar em obstrugao; va- as palavras do eminente Deputado Carlos Lupi, no que di? mos continuar, dentro do Regimento, lutando pelos princi'pios respeito a sabedoria, a sensatez e a seriedade com que V. nos quais acrcditamos e os quais defendemos desde o comedo Ex' conduz os trabalhos desta Casa. Sou testemunha — varias da legislatura: o da inoportunidade e inadequaqao do mo- vezes fui advertido quanto ao termino do tempo — do zelo mento da realizagao da Revisao Constitucional. com que V. Ex" cumpre, bem e fielmente, os preceitos do Mas isso nao nos impede, em nenhum momento — essa Regimento Interno. foi a decisao do Partido — de estar aqui debatendo, discutindo Sr. Presidente, gostaria de abordar uma propositura de e lutando por aquilo que, a nosso ver, e o melhor para a minha autoria para a Reforma Constitucional, que esta sendo Naijao brasileira. debatida nesta Casa. Sr. Presidente, Srs. Congressistas, a Naqao brasileira vive Trata-se da posiqao do Corpo de Bombeiros dentro do grande crise; e qucrem responsabilizar a Constituigao pela Texto Constitucional. Seguramente, todos nos, ao longo da incompetencia do Governo Federal. Hoje, na sessao da Cama- vida, tivemos oportunidade de verificar a grande tarefa, a ra dos Deputados, tivemos uma prova real da incompetencia grande obra que realiza em proveito da coletividade, em todos do Governo Federal, que nem sequer assessora os Parlamen- os pontos do Brasil, essa corporagao maravilhosa, que e o tares que, representando o Governo, encaminham as vota?6es Corpo de Bombeiros. sobrc as materias que Ihc interessam. O Governo inexiste Por imimeras razoes, Sr. Presidente, o Corpo de Bom- na sua articula^ao, na sua informa?ao sobre materias do seu beiros sempre foi considerado um dos drgaos encarregados prdprio interesse. da segurantja piiblica, quando, na verdade, ele se destina es- Sr. Presidente, o grande problema do Brasil nao e, ao sencialmente a defesa civil. contrario do que dizem, a Constitui?ao. Querem fazer a Revi- O Corpo de Bombeiros e uma instituigao que, na desgra- sao como se esta fosse a salvagao da lavoura do Pat's. O proble- ga, na incerteza, o povo busca; por felicidade, o povo encontra. ma do Brasil e de competencia administrativa: recursos piibli- Todos os casos nao socorridos po' outros organismos da admi- cos mal-aplicados, inaptidao de um Governo para gerir a causa nistragao piiblica sao atendidc elo Corpo de Bombeiros. e a coisa piiblica brasileira. O Corpo de Bombeiros e capa. irender o leao que fugiu £ isso que, mesmo sem espago, devemos dizer a popula- do circo, e capaz de socorrer o enxame de abelhas que invadiu (;ao. A imprcnsa nao nos da chance para que possamos demo- o cemiterio. craticamente debater o que pcnsamos. Por essa razao, estamos No entanto, o Corpo de Bombeiros nao tinha um lugar a ocupar a tribuna desta Casa; queremos defender os princi'- de destaque no texto constitucional, e o que a minha proposta pios nos quais acrcditamos, queremos lutar por uma nova preve e justamente dar esse destaque que ele merece no tocan- sociedade, porque o atual sistema foi implantado pelo Movi- te a defesa civil, Precisamos criar, no Texto Constitucional. mento de 64, pela Ditadura de 64, que se exauriu, que acabou, organismos capazes de serem convocados nos casos incertos, que se esgotou: um sistema economico concentrado, onde nas desgragas inesperadas que acontecem: o desabamento, a classe trabalhadora e assalariada vive num sufoco eterno. a inundagao, uma peste generalizada que porventura se abata Ela tern ah'vios momcntaneos, cortados sempre por uma espa- sobre a sociedade, e nao necessariamente so nos incendios, da na sua cabc?a a sufoca-la na sua sobrevivencia. 6 esse como costumeiramente se faz a respeito do Corpo de Bom- o modelo neoliberal que combatemos; e esse o modelo que beiros. queremos mudar na luta ideoldgica, na luta comportamental, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, deixo a elevada consi- na luta da divisao pragmdtica da sociedade brasileira. Lutamos deragao dos eminentes Li'deres e Parlamentares que votarao por uma sociedade mais justa. mais igualitaria, pelo voto de- nessa reforma constitucional a escolha da proposta que fago mocratico, pela participaqao do povo, respeitando as institui- e um destino ao Corpo de Bombeiros separado dos meca- goes. Nao julgamos que a Revisao Constitucional seja o ele- nismos relatives a seguranga piiblica. O Corpo de Bombeiros mento principal de mudamja da nossa sociedade. Essa socie- e essencialmente para a defesa civil e, nessas circunstancias, dade poderii mudar a partir de 3 de outubro, quando a popu- deve formar, deve presidir, deve comandar os outros organis- lagao tera chance inedita nos ultimos 40 anos: elei^ao geral mos que porventura se aglutinem em defesa dessas calami- — Presidente da Repiiblica. Deputado, dois Senadores e Go- dades que costumeiramente aparecem e que, evidentemente, vcrnador de Estado. sao incertas e nao podem estar previstas de maneira a serem O nosso papel, agora, e o de conscientizar o povo brasi- atacadas convenientemente no tempo oportuno. leiro, fazendo-o conhecer nossas propostas, nosso programa Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. de governo. Estamos cansados do improvise, cansados de assistir a atua^ao dos presidentes inaptos, sem competencia O Sr. Tony Gel — Sr. Presidente, pego a palavra. para para gerir a causa e a coisa piiblica. Por isto, estamos, em uma questao de ordem. nome do PDT, obstruindo a sessao do Congresso Revisor: O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — V. Ex" tern julgamos que todas as revisoes feitas no mundo foram contra a palavra, para uma questao de ordem. os interesses sociais e os das popula^oes mais carentes e neces- sitadas. Estaremos lutando contra a Revisao; mas, havendo O SR. TONY GEL (PRN — PE. Para uma questao de quorum, estaremos lutando pelo que julgamos correto e do ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- interesse da populagao brasileira. gressistas, o jornal O Estado de S. Paulo, de hoje, esta divul- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. gando uma relagao trazendo os nomes dos congressists que O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concede a nao comparecem ou que nao comparecerem daqui para frente palavra ao nobre Congressista Joao Fagundes. as sessoes do Congresso Revisor. 572 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Para minha surpresa, o meu nome esta incluido como aquilo que contem o art. 150 que e a maior excrescencia ausente na sessao de ontem. Na verdade, nao so participei desta Carta constitucional. da sessao do Congresso Revisor, como tambem participei da Conclamo, Sr. Presidente, a todas as Liderangas desta sessao da Camara dos Deputados ate as 21h30min, quando Casa que nao admitam que o Governo, mais uma vez, tente houve verificagao de quorum. No dia em que nao puder com- empulhar, enganar a Nagao brasileira, sem explicitar os verda- parecer, farei a justificativa e para mim nao sera problema deiros dados, ou seja, na sua inteireza, todos os dados que algum o jornal divulgar que estive ausente. Dificil e aceitar esta Casa precisa conhecer para votar materias de tamanha a injustiga de estar em O Estado de S. Paulo como ausente grandeza e importancia, e fique dizendo, ou continue dizendo de uma sessao da qual participei. a populagao do nosso Pai's que a causa da inflagao e o deficit Sr. Presidente, fago este registro, a fim de que haja a publico. Isso nao e verdade. Sr. Presidente. corregao por parte daquele orgao de imprensa. Em 1990 e em 1991 nao tivemos deficit publico e a inflagao cresceu; em 1992 e em 1993 o deficit publico foi irrelevante O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Feito o registro. e o de 1994 aparecera se o Governo pagar liquidamente a O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, pego a palavra, di'vida. Caso nao o faga, e so pague os juros, tera urn superavit para uma questao de ordem. de quase 4 bilhoes de ddlares. Portanto, Sr. Presidente, enquanto o Governo vem a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a esta Casa para dizer que precisa arrecadar mais, que precisa palavra ao nobre Deputado Carlos Lupi. diminuir o repasse para os Estados e Municfpios, mantem O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Para uma questao uma imunidade fiscal para fundagoes, igrejas, entidades edu- de ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. cacionais, entidades assistenciais, periddicos, livros, jornais Congressistas, rapidamente, em cima da questao levantada e papel. Isso envolve. Sr. Presidente, parcela consideravel pelo companheiro, informo a Corregedoria, que se nao me da nossa economia e, seguramente, dezenas de bilhoes de engano e o orgao responsavel para defender o Congresso, ddlares, contemplando, beneficiando grupos ccondmicos que que o PDT esta em obstrugao e que quando eles colocam tinham que contribuir mais para que o Brasil sai'sse da crise ausentes da a entender para a populagao que estamos faltando em que vive. ao servigo, quando estamos em obstrugao declarada. Portanto, Sr. Presidente, pego a V. Ex', na qualidade Quero deixar isso registrado, pedindo a V. Ex' que enca- de Presidente, que leve este problema a Mesa do Congresso minhe ao orgao responsavel da Camara dos Deputados para e que nao permita que o Governo atropele a nossa soberania, avisar ao jornal. engane esta Casa e engane o povo brasileiro. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Feito os regis- Muito obrigado. Sr. Presidente. tros dos nobres Deputados, a Presidencia encaminhara a solici- tagao feita pelo Deputado Carlos Lupi. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia encaminhara cdpia do pronunciamento de V. Ex' ao Sr. Presi- A Si* Marilu Guimaraes — Sr. Presidente, pego a palavra, dente do Congresso, Senador Humberto Lucena, para as pro- pela ordem. videncias que julgar cabiveis e necessarias. Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, nobre O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a Congressista Jose Thomaz Nond. palavra a nobre Deputada Marilu Guimaraes. O SR. JOSE THOMAZ NONO (PMDB — AL. Pronuncia A SRA. MARILU GUIMARAES — (Bloco PFL — MS. o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Pela ordem. Sem revisao da oradora.) — Sr. Presidente, quero Srs. Congressistas, gostaria de fixar aqui duas posigdes do apenas reforgar o que foi dito pelos companheiros e dizer PMDB. que me causou estranheza ver o meu nome no jornal, porque Em primeiro lugar, quero manifestar uma profunda estra- estavamos presentes na sessao ate o final. nheza as declaragdes do Govemador do Ceara, Sr. Tasso Esperamos da Mesa uma providencia imediata em relagao Jereissati, veiculadas de ha muito tempo — nao, perdoem-me, a essa distorgao de uma informagao erronea com relagao aos nao e Tasso Jereissati, e Fernando Collor; nao, e aquele alto, companheiros que aqui estavam presentes. o Ciro Gomes, desculpem, mas e tudo parecido — o Gover- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Feito o registro. nador Ciro Gomes, hoje pela manha, no programa Bom Dia Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, o nobre Brasil, dedicou varies daqueles preciosos minutos a desancar Congressista Joao Paulo. o PMDB em genero, numero e grau, Respeitamos as divergencias locais e temos procurado O SR. JOAO PAULO (PT — MG. Pronuncia o seguinte trabalhar no sentido de compor. O PMDB aqui tern feito discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- das tripas coragao para respaldar a poh'tica do Ministro Fernan- gressistas, esta Casa nao pode permitir a aprovagao de nenhu- do Henrique do PSDB, como fez com o Ministro Jutahy Maga- ma materia economica de interesse do Governo sem que o Ihaes Junior, do PSDB, ou da Ministra Leonor Franco, do Executive cumpra as suas obrigagdes constitucionais. PSDB, exatamente porque entende que as necessidades nacio- Apelo a V. Ex', Sr. Presidente, na qualidade de represen- nais devem transcender as diferengas interpartidarias. tante da Mesa do Congresso Nacional, nesta sessao, que nao As Liderangas sensatas de todos os partidos sensatos desta se aprove nada nesta Casa sem que o Executive cumpra o Casa tern colocado o dbvio, o evidente: a necessidade de que dispde o § 6'' do art. 165 da Constituigao. somar esforgosde maneira suprapartidaria, as vezes, ate preju- O Governo tern a obrigagao constitucional de apresentar dicando as questoes provinciais em favor de uma uniao maior a esta Casa, discriminadamente, os efeitos sobre a receita em torno do Pai's. e a despesa de tudo aquilo que pesa para a Uniao, ou seja, Mas confesso o meu constrangimento quando ainda meio subsfdios, incentivos, creditos, anistias, isengdes, ou seja. sonolento ligo a televisao e vejo aquele impavido senhor falar Fevereiro de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 573 mal do partido, quando na mesma hora e na mesma data O SR. OSORIO ADRIANO (Bloco PEL — DF. Pronuncia o Presidente do Partido Tasso Jereissati, o Ministro-mor do oseguinte discurso. Sem revisao doorador.) — Sr. Presidente, Partido, Fernando Henrique Cardoso, o notavel do Partido, Srs. Congressistas, poucas vezes tera o Senhor Presidente da Senador Mario Covas, estarem procurando costurar alian^as Reptiblica sido assessorado de maneira tao inconsistente, tao que sao obviamente dificeis e exigent reniincias de ambas contraditdria, tao inexperiente como o foi pela Exm' Sr" Minis- as partes, tra dos Transportes Margarida Coimbra do Nascimento, nas Entao, permito-me aqui questionar quem e que fala pelo suas justificativas junto ao Presidente, para que fosse restabe- PSDB: se e o Elder, companheiro, brilhante Deputado e mais lecida no Rio de Janeiro a sede do Departamento Nacional brilhante economista, Deputado Jose Serra, se o Senador Ma- de Estradas e Rodagens. rio Covas, se o Ministro Fernando Henrique Cardoso ou se S. Exd, a Ministra, traz aqui alguns argumentos. Pelo o Governador Giro Gomes; porque se for o Governador Ciro Decreto 99,203, de 1990, e dito que a justificativa para a Gomes, evidentemente sera profundamente constrangedor a vinda do DNER para o Distrito Federal era por ser impres- um partido costurar aliangas com quem o agride. cindt'vel a aproximagao ft'sica do seu orgao executivo do centro Essa fac(;ao, essa versao, essa face masoquista do PMDB das decisoes poh'ticas do Pat's. Parece que essa justificativa nao conhego e nem quero conhecer. Nao me cabe aqui aconse- se acabou, porque acaba de ser assinado um decreto pelo Ihar governadores, ate porque todos sabemos tratar-se de um Sr. Presidente levando de volta para o Rio de Janeiro a sede homem ilustrado, brilhante, profundo conhecedor da sua rea- do DNER. S. Ex' assim justifica: lidade social, amado por todos os cearenses, embora tenha perdido as elei^des em todas as cidades importantes, mas A alta diregao da autarquia nao conseguiu sequer isso e secunddrio dentro de um processo, afinal de contas compor na Capital da Reptiblica setores considerados o amor eleitoral se manifesta das formas mais heterodoxas imprescindt'veis a sua correta administragao. possfveis. Mas dcsejo que o PSDB se oriente e oriente o seu Governador para nao atrapalhar coisas que sao muito Sr. Presidente, penso que seja parte das fungdes do Minis- mais importantes do que assegurar a governabilidade nesse tro dos Transportes ou da Ministra fazer com que os orgaos fim de mandate Itamar Franco, e nos preparar para o pleito subordinados a sua administragao funcionem. Entretanto, S. de 3 de outubro, democratico, aberto; porque tenho certeza Ex", a Ministra, leva de volta a sede porque funcionarios que que e isso que desejam as lideran^as maiores do PSDB e estao lotados no Rio de Janeiro impetraram liminares e estao do PMDB. la em verdadeira guerra contra o Distrito Federal pela sua No meu Estado, por exemplo, nds temos uma alianga permanencia a beira das praias. feita, de ha muito, com o PSDB. E tenho certeza que gerara Sr. Presidente, ontem, escrevi uma carta a Sua Excelencia constrangimentos profundos entre ambas as facades as decla- o Senhor Presidente da Reptiblica e a encaminhei atraves rasdes, digamos assim, heterodoxas, do Governador Ciro Go- do Ministro Mauro Durante; hoje ja tenho a resposta. E um mes. arrazoado a respeito dos desmandos que tern acontecido nesta Outra questao partidaria. Sr. Presidente, Srs. Congres- questao de transferencia de orgaos para o Rio de Janeiro. sistas, e uma posigao do partido com relagao ao fundao, que A Ministra fez suas justificativas e o Presidente na sexta- se discute. O PMDB ja discutiu na sua bancada e nao vai feira, dia 21, um final de semana, justamente o Presidente concordat com nenhuma subtragao as dotagdes relativas a que tern lutado para que todas as medidas sejam transparentes, educa^ao. Ate porque nao queremos vitimar um dos nossos surgiu com esse decreto sem o conhecimento de ninguem mais ilustres membros, que e o Senador Joao Calmon, que, desta cidade ou de outros Ministros que poderiam, talvez, ha tantos anos luta, e luta tambem em nome do partido, Ihe fazer uma orientagao bem melhor. em defesa da educagao nesle Pat's. Os 18% de vinculagao Levam para o Rio de Janeiro a sede do DNER. No mo- orgamentdria sao uma conquista do PMDB e serao mantidos, mento. Sr. Presidente, em que drgaos ptlblicos, especialmente por bem ou por mal, mas, sem duvida alguma, pela forma o DNER, que lida diariamente com as empreiteiras, no mo- democrdtica do Plendrio. mento em que sao levantadas dtlvidas sobre essas emprei- Da mesma forma, vamos refrescar, sob a forma de desta- teiras, em que estamos aguardando a CPI sobre as atitudes que, a memdria do Ministro Fernando Henrique Cardoso no dessas empreiteiras corrompendo funcionarios do Governo, que diz respeito ao IPMF. Quando se acordou no IPMF houve levam de volta o DNER. um grande entendimento legislative e executivo, garantindo Nao podemos aceitar, Sr. Presidente, e na minha carta 20% de verbas para a construgao de casas populates, que ao Senhor Presidente da Reptiblica disse que ele nao ha de todos sabemos ser uma carencia social da maior relevancia querer ser o iniciador de uma debandada de volta para o e, mais do que isto, fator de atragao de empregos, de geragao Rio de Janeiro de orgaos ja implantados na nossa cidade. de mao-de-obra e nds nao podemos condenar o Pat's a mais Tern sido. Sr. Presidente, um vaivem muito grande. 6rgaos absoluta estagnagao, apenas para que se pague, pontualmente, como a Embratur, que estava sediada aqui, bastou que assu- o Bradesco, o Itad, o Nacional e outros empreendimentos. misse a diregao uma pessoa desligada de Brasilia, para que Esses dois pontos serao abordados hoje e amanha, na sessao a levassem de volta para o Rio de Janeiro; outros orgaos, do Congresso, mas quero, aqui, antecipar que o Partido, atra- como a CVM, que funcionava no nosso Distrito Federal, ja ves da deliberagao da sua Bancada, manter-se-a na posigao esta de volta ao Rio de Janeiro. Assim o SPHAN, a Sunab, da defesa intransigente desses dois pontos que entendemos e por at' vai. fulcrais e que nao podem ser subtrat'dos, conquista que nao pode ser irrelevada dentro da proposta apresentada pelo Exe- Estamos aqui as voltas com a aprovagao das medidas cutivo. (Muito bem! Palmas.) provisdrias do Senhor Presidente aumentando os impostos, aumentando aliquot as de impostos, para que o Governo possa O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concede a fazer face aos gastos do Orgamento. Estamos completamente palavra ao nobre Congressista Osdrio Adriano. em desacordo com essa politica. Sr. Presidente, porque nao 574 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 concordamos com a maneira como vem sendo tratado o dinhei- de virem para a Capital Federal, num gesto de rebeldia moti- ro retirado do bolso do pobre, do povo brasileiro. vada por uma especie de indiosincrasia em relagao a cidade, Lamentavelmente, na visita que fiz hoje a S. Ex-, a Sr* que agora se torna vitoriosa com a revogagao do Decreto Ministra dos Transportes, embora muito educada, nos confes- n° 99.203, de 6 de abril de 1990, que eles se negaram a cumprir sou que nao sabia que haveria influencias poh'ticas dentro por quatro anos, em flagrante desafio a autoridade do Presi- do Ministerio e que ela foi convidada apenas como uma tec- dente da Republica. nica. Essa resistencia seria compreensivel nos anos intciais da Ora, Sr. Presidente, e total desconhecimento da realida- transferencia da Capital, mas nao tem o menor cabimento de, porque Ministerio ou Ministro, que conhego, e um cargo nos dias atuais, quando Brasilia ja alcangou sua consolidagao politico, indicado pelo Senhor Presidente da Republica. E como cidade moderna e dinamica, que oferece aos seus habi- a Ministra justifica que e apenas uma tecnica. Talvez ela nao tantes boas condigoes de vida, com m'veis elevados de segu- devesse ter aceitado o convite que Ihe foi feito pelo Excelen- ranga piiblica, perfeito sistema de transportes e comunicagao tissimo Senhor Presidente. urbana, interestadual e internacional, regularidade de abaste- Deixo aqui. Sr. Presidente, o meu protesto e a minha a cimento de generos alimentfcios, escolas de todos os graus surpresa com os argumentos da Exm Sr" Ministra dos Trans- e hospitais aparelhados como os que mais o sejam no Pais, portes para fazer retornar ao Rio de Janeiro um orgao que lazer, nivel cultural e convivencia humana elevados. ha anos vem lutando para permanecer naquele Estado, sendo que esse drgao tern construido, aqui em Brasilia, um predio A cidade nao se pode debitar qualquer tipo de dificuldade de cerca de 75 mil metres quadrados inteiramente abando- para o bom desempenho da administragao piiblica, pois que, nado, as moscas, que esta sendo ocupado por outros orgaos. aqui nao faltam as condigoes essenciais a que o servigo publico O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, embora cumpra com eficiencia as suas relevantes tarefas. tenha aqui a sua sede, insiste, mediante liminar, em perma- Em defesa do retorno do DNER ao Rio de Janeiro fala-se necer no Rio de Janeiro, numa desobediencia total a Sua muito na situagao dos 650 funcionarios que la permaneceram Excelencia o Senhor Presidente da Republica. sob os mais variados pretextos. Alega-se, que, "para traze-los Sr. Presidente, solicito a V. Ex' que seja transcrita nos definitivamente para o Planalto Central, nao existem as im- Anais do Congresso a carta que eu enderecei ao Senhor Presi- prescindiveis verbas, nem adequadas instalagoes". Trata-se dente da Republica, datada de ontem. de alegagao insustentavel, sabido que o drgao dispde em Bra- Muito obrigado. silia de ampla sede, em predio prdprio de avangada concepgao arquitetonica, que, se esta parcialmente ocupado, e porque UUCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. nao houve determinagao de seus dirigentes de completar a OSORIO ADRIANO EM SEU PRO N UNCI AM EN- transferencia, agora to-nada sem efeito, e que jamais se invia- TO Brasilia, 31 de janeiro de 1994 bilizaria por falta de funcionarios porque, atualmente existem em Brasilia mais de 100.000 desempregados, que poderiam A Sua Excelencia ser recrutados para ocupar os lugares daqueles que permane- Doutor Itamar Franco cerem em desobediencia no Rio de Janeiro, inclusive em fun- Digm'ssimo Presidente da Republica gdes de especializagao tecnica. Palacio do Planalto Nada se diz, contudo, quanto a situagao de 380 servidores Brasilia — DF que ha quatro anos foram obrigados a vir para Brasilia, se Excelenti'ssimo Senhor Presidente da Republica: desfazendo do que possuiam no Rio para comprarem ou aluga- Permita-me que, na condi^ao de integrante da represen- rem residencias na capital e aqui matricularem filhos nas esco- tagao de Brasilia na Camara dos Deputados, venha a presenga las, criarem novas raizes familiares e de amizade e, de repente, de V. Ex' para, respeitosamente, manifestar discordancia com se veem na iminencia de regressarem, como se fossem objetos o Decreto, sem numero, de 21 de janeiro ultimo, dispondo removiveis a qualquer momento de um lugar para outro. Nao "sobre o restabelecimento provisorio no Municipio do Rio se fala, tambem, dos elevados custos para o drgao, decorrentes de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, da sede do Departa- da remogao de servidores (ajuda de custo, transporte das mento Nacional de Estradas de Rodagens — DNER". mudangas, etc.). A nosso juizo, e em que pesem as razoes oferecidas pela Senhora Ministra dos Transportes em sua exposigao de moti- De outro lado, ha que levar em conta que as antigas vos, o retorno do DNER ao Rio de Janeiro nao se justifica, instalagoes do DNER no Rio de Janeiro foram destinadas seja do ponto de vista da racionalidade administrativa, seja a outros fins e teriam que ser readaptadas, com custos igual- quanto aos aspectos polfticos dessa decisao. mente elevados, para receber de volta a ciipula do drgao. O DNER, como autarquia, e juridicamente um orgao E tudo isso em carater provisdrio, como diz o decreto, o da administragao direta, vinculado ao Ministerio dos Trans- que significa que do mesmo modo que esta indo para o Rio portes, competindo-lhe a execugao da poh'tica rodoviaria na- pode a qualquer momento estar vindo de volta para Brasilia, cional segundo diretrizes estabelecidas pelo Ministro dos circunstancia, sem diivida, geradora de muita instabilidade. Transportes. Atua, portanto, em permanente e muito proximo Conforme vimos expondo, sao absolutamente equivoca- convivio com a ciipula do Ministerio, sediado em Brasilia. das as hipdteses de ganhos administrativos e financeiros advin- A logica recomenda, pois, que a cabega do orgao esteja onde dos da operagao de retorno do Departamento Nacional de estiver o Ministerio, ate porque, o pouco que ainda Ihe resta Estradas de Rodagem ao Rio de Janeiro. Basta recordar o de execugao de obras e a fiscalizagao sao encargos dos Distritos periodo em que a ciipula do Ministerio esteve isolada de seus Rodoviarios nos Estados. orgaos de execugao, de suas politicas, caracterizado principal- E sabido que o DNER foi dos ultimos orgaos de impor- mente pela dispersao e pela lentidao nas decisoes, tudo impor- tancia da administragao federal a transferir-se para Brasilia. tando em acirramento de custos, inadmissivel nos tempos pre- Isto se deveu a resistencia de parte de seus antigos funcionarios sentes vividos pelo Pais. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 575

Acres^am-se, ainda, as repercussoes poh'ticas negativas sumula estao incluidas todas as rescisdes feitas perante as dessa decisao, como o esti'mulo as resistencias a Brasilia, laten- autoridades credenciadas. tes em areas da adrninistragao federal nostalgicas da vida no O Superior Tribunal do Trabalho recebeu muita critica, literal, que poderao iniciar pressdes retornista^ indesejaveis. inclusive por parte dos lideres sindicais e do prdprio Ministro Basta ver o que volta e meia e insinuado em setores da grande do Trabalho com relagao a essa sumula. Ontem o Ministro imprensa, localizada principalmente na antiga capital, que Walter Barelli esteve com o Presidente do Superior Tribunal apenas toleram mas nao aceitam como irreversi'vel a locali- do trabalho, que prometeu rever essa rescisao. zagao da Capital no Planalto Central. Tudo fazem para dene- Eu queria me manifestar desta tribuna e dizer aos inte- grir o Distrito Federal, como recentemente, ao insinuarem grantes do TST que, quando revirem o caso, efetivamente que a corrupgao apurada no Governo anterior e a que foi fagam justiga para que as rescisdes feitas, assinadas, homolo- revclada no Congresso Nacional tern come uma de suas causas gadas pelos sindicatos tenham validade; caso contrario, nao o fato de haver sido transferida a Capital para Brasilia. precisa haver homologagao de rescisdes. Nao precisa. Nin- Exemplos recentes (entre 1992 e 1993) bem sucedidos guem precisa procurar o Ministerio do Trabalho para fazer dessas pressdes, alem do DNER, sao; a transferencia para uma rescisao de contrato de trabalho, caso nao tiver validade. o Rio de Janeiro (e nao para Sao Paulo que e o centro finan- Ninguem e obrigado a fazer uma rescisao, um acordo, ceiro do Pais) da Comissao de Valores Mobiliarios, subordi- se tern direitos a receber. A Justiga do Trabalho esta at, e nada ao Departamento do Tesouro Nacional; as negociagdes o trabalhador vai recorrer a ela imediatamente, e nao vai entre o BNDES e o Banco do Brasil para a venda a este esperar dois anos para depois recorrer a Justiga do Trabalho. da sede daquele em Brasilia, o que significa que o BNDES Apresentei emenda a Revisao tornando lei aquilo que decidiu permanecer no Rio de Janeiro; o Institute Brasileiro vem ao encontro do que o Tribunal decidiu. Eu so quero Cultural (antiga SPF1AN) transferiu suas diretorias para o que a rescisao seja feita mediante a folha corrida dos paga- Rio de Janeiro; a EMBRATUR transferiu o Departamento mentos feitos durante os ultimos cinco anos. Verificados justos de Analise de Projetos para o Rio de Janeiro; a SUNAB os pagamentos perante a autoridade credenciada, o sindicato, transferiu todos os seus departamentos, exceto o de Recursos o Promoter Publico, ou alguem do Ministerio do Trabalho, Humanos, para o Rio de Janeiro. de acordo com o trabalhador, se ele concordar e nao tern Senhor Presidente, certo de que V. Ex", como Chefe nada mais a receber, para que essas rescisdes sejam conside- da Nagao e como brasileiro, tendo a exata compreensao do radas como agao julgada. que representou e continua representando para o ideal da Por que penso nisso. Sr. Presidente? Para justamente integragao nacional a localizagao da capital do Pais no Planalto desincharmos das agdes trabalhistas as Juntas de Conciliagao, Central, iniciativa de coragem civica e arrojo patridtico do os Tribunais Regionais e o Supremo, porque hoje, quando grande brasileiro e conterraneo nosso, de Minas Gerais, o efetivamente o trabalhador tern direitos justos e quer reclamar presidente Juscelino Kubitscheck, nao permitira que se pro- na Justiga do Trabalho, ele leva 10 ou 20 anos para que isto mova o esvaziamento de Brasilia atraves de expedientes como seja julgado e para que ele possa receber os seus direitos, os do DNER. enquanto que em 70% das rescisdes feitas com justiga, legais, acordos feitos, ainda ha uma grande maquina atras de tudo Foi por confiar no patriotismo de V. Ex' que me dispus isso, que atiga o trabalhador, que busca o trabalhador no a trazer-lhe essas pondcragdes, as vezes com a veemencia seu prdprio lar e diz para ele: "Vamos fazer mais uma agao de um pioneiro que aqui chegou nos primdrdios da construgao na Justiga do Trabalho e vamos fazer mais um acordo, e da cidade, em 1957, e que tern dedicado todas as suas energias evidentemente esse acordo nos vamos rachar, nds vamos divi- ao desenvolvimento da cidade e receia ve-la esvaziada. Formu- dir". lo, assim, a V. Ex% ardente apelo no sentido de que torne sem efeito o referido decreto e ao contrario do retorno ao Esta e a maquina que funciona. Sr. Presidente, e se nds Rio, que faga com que o DNER complete sua transferencia queremos um Brasil justo, um Brasil grande, a Casa das leis, para Brasilia que e o lugar onde constitucionalmente ele deve o Congresso Nacional nao pode permitir que isso continue, estar sediado, como todo o Governo. e por isso eu quero todos os direitos do trabalhador respei- Respeitosos cumprimentos, Deputado Osdrio Adriano. tados. Dou os parabens ao Supremo Tribunal do Trabalho, por O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia ter, atraves desta sumula, tornado essa decisao, evidentemente autoriza a transcrigao nos Anais do documento referido pelo considerando o acumulo de agdes na Justiga do Trabalho, ilustre orador. que eles nao tern condigdes de julgar com rapidez, sabedores Concedo a palavra ao nobre Congressista Ruben Bento. de que existem agdes tramitando que tern todos os direitos, (Pausa.) que tern justiga, onde os direitos nao foram respeitados, para Concedo a palavra ao nobre Congressista Victor Faccioni. que esses nao sejam protelados e prolongados. (Pausa.) Por isso entendi por bem de aqui desta tribuna manifestar Concedo a palavra ao nobre Congressista Osvaldo Ben- os meus parabens ao TST e apelar aos nobres Pares para der. que na Revisao nds corrijamos, definitivamente, essas distor- gdes, com justiga e com realidade. O SR. OSVALDO BENDER (PPR — RS. Pronuncia o Era o que eu queria dizer, Sr. Presidente. seguintc discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, ja falei, na parte da manha, sobre um O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a assunto muito interessante que esta nas manchetes dos jornais palavra ao nobre Congressista Everaldo de Oliveira. ~dos liltimos dias. Trata-se do Tribunal Superior do Trabalho, pela Sumula 330, que deu definigao e clareza as rescisdes O SR. EVERALDO DE OLIVEIRA (Bloco PEL — SE de contratos feitas nos sindicatos. Tambem acredito que nessa Pronuncia o seguinte discurso.) — Sr. Presidente, Sr® e Srs. 576 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONA1S Fevereiro de 1994

Congressistas, decoro parlamentar comporta tambem respeito vernador Joao Alves Filho e a plantou com estardalhago em a verdade; decoro parlamentar repudia categoricamente mon- um jornal do Rio, na antevespera da apresentagao do Rela- tagens, mentiras, falcatruas, usando nomes de terceiros e de tdrio da CPI do Orgamento, sem que houvesse sequer tempo gente de respeito para atingir objetivos politiqueiros. Nesse de o Governador provar que tudo nao passava de grossa e momento de autodepuragao a que nos propusemos. e precise mal acabada mentira. refletir sobre isso. E grave ainda que, em seu furor oposicionista, o Depu- Permito-me, Sr. Presidente, a propdsito dessa conside- tado tenha envolvido o nome sob todos os aspectos respei- ragao inicial, lembrar o disposto no § 1° do art. 55 da Consti- taveis da primeira-dama de Sergipe, Dra Maria do Carmo tuigao: Nascimento Alves, mulher que Sergipe em peso respeita e § 1° E incompati'vel com o decoro parlamentar admira pelo notavel trabalho que realiza na area social, naque- (...) o abuso das prerrogativas asseguradas a membro le Estado; um patrimdnio politico, social e moral, inatacavel do Congresso Nacional (...). sob qualquer angulo. Tudo isso. Sr. Presidente, fere o decoro parlamentar, Isso porque. Sr1' e Srs. Parlamentares, temos, nesta Casa, insulta e humilha esta Casa, porque e inadmissivel que um um episodic explfcito que exige providencias imediatas, de Parlamentar use de mentiras, de um monte de falcatruas, maneira a cortar o mal pela raiz, impedindo que a erva daninha para obter dividendos eleitoreiros para terceiros. se alastre e tome as proporgdes dramaticas do escandalo no O Governador Joao Alves, preocupado em preservar sua caso do Orgamento. dignidade, fez exatamente o que Ihe competia para desmas- No dia 19 de Janeiro, o Jornal do Brasil publicou extensa carar a caliinia, a mentira, a falsidade: pediu a Embratel, materia, a pagina 5, divulgando informagdes do Deputado citada pelo Deputado ao jornal como autora do levantamento, Luiz Salomao, do PDT fluminense, segundo a qual aTelebras, a confirmagao do fato. Em 25 de Janeiro, a Embratel informa a Embratel e o Prodasen teriam feito minucioso levantamento ao Governador de Sergipe que jamais fez o tal trabalho. Nega, de telefonemas dados por Parlamentares e outras persona- categoricamente, a informagao prestada pelo Deputado. lidades ptiblicas a empreiteiras diversas. Mas o Governador sergipano foi alem: pediu a TELER- Na materia, o Governador do Estado de Sergipe era cita- GIPE, empresa do grupo Telebras — tambem citada ao jornal do como "campeao de ligagdes", tendo ligado do "telefone pelo Deputado Luiz Salomao como autora do levantamento em nome de sua esposa, Maria do Carmo Nascimento Alves — que confirmasse o fato. Em 28 de Janeiro, a empresa infor- — "atengao para este detalhe!" — 9.498 vezes para emprei- ma que, em nenhum dos telefones de D. Maria do Carmo teiras". Nascimento Alves, de 1989 a 1993, foi feita uma ligagao sequer A primeira duvida que se levanta, de pronto, e de que para as empreiteiras relacionadas pelo Deputado, com o que forma, por qual fantastico avango da tecnologia tera sido possi- se derruba definitivamente o castelo de cartas levantado pelo vel constatar-se que o Governador de Sergipe, Joao Alves Deputado Luiz Salomao. Filho, ligou do telefone do qual nao e proprietario para em- Em "Nota de Esclarecimento", publicada ontem, toda preiteiras. O Deputado Luiz Salomao, que envolve a Embra- a mentira e langada por terra. Pego, inclusive, Sr. Presidente, tel, a Telebras e o Prodasen na sua histdria, nao esclareceu que esta nota seja transcrita nos Anais desta Casa, porque ao jornal — unico, por sinal, que publicou a histdria fantastica ela sintetiza a forma mais h'mpida, cristalina e racional de — de que maneira e possi'vel saber-se, com tanta certeza, se desmontar uma falsidade, de se rasgar de piiblico a mascara que alguem ligou, de um telefone que nao e o seu, para de pretense guardiao da honra alheia. outra pessoa. Incrivel ainda a constatagao de que, nos dias Mas isso nao basta, Srs. e Sr" Parlamentares! Se queremos uteis de 89 a 93, seriam necessarias 20 ligagdes diarias para de fato limpar o Congresso Nacional. manchado por episddios chegar ao mimero denunciado pelo Parlamentar. lamentaveis praticados, felizmente, por uma minoria, temos Mas o Governador Joao Alves Filho nao se deu por satis- que estar atentos. Temos que impedir que outros maus Parla- feito. Preocupado como sempre foi em mostrar que a classe mentares continuem enxovalhando o nome do Parlamento poh'tica e formada, em sua esmagadora maioria, por gente brasileiro. E construir uma mentira, usando de uma prerro- Integra, de respeito e de bem, resolveu interpelar o Deputado gativa do cargo — como e o presente caso — e digno de e, paralelamente, apurar a verdade. O Governador Joao Alves punigao, e punigao several Filho — sabem-no bem V. Ex"" — e um homem digno e Uma demincia totalmente vazia, sem qualquer substan- honrado. Foi Prefeito de Aracaju, Governador de Sergipe, cia, que se desmoronou em menos de uma semana, e uma Ministro de Estado do Interior e volta ao Governo de Sergipe indignidade que merece castigo e solicito providencias do sem que jamais, em tempo algum, alguem mostrasse um ato Exm? Sr. Presidente da Camara dos Deputados, Deputado indigno, um so que fosse, praticado por ele em sua profi'cua Inocencio Oliveira, no sentido de tomar medidas energicas vida publica. para coibir tao condenavel atitude. O objetivo do Deputado Luiz Salomao — que pertence Solicito que conste dos Anais do Congresso Nacional ao PDT, partido que faz radical, sistematica e cega oposigao a nota de esclarecimento do Governador Joao Alves Filho, ao Governador de Sergipe nesse Estado — era colher frutos a correspondencia da Embratel e a correspondencia da TE- eleitoreiros. Como Governador de Sergipe, estava definitiva LERGIPE, concessionaria da Telebras no Estado de Sergipe. e absolutamente isento de qualquer acusagao na CPI do Orga- Muito obrigado. Sr. Presidente. mento, embora muito o PDT tivesse manobrado para incrimi- na-lo. Era precise "plantar" alguma coisa nova. E o Deputado DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. engendrou a fantastica histdria de ligagdes telefdnicas do Go- EVERALDO DE OLIVEIRA EM SEU DISCURSO: Fevereiro de 1994 DlARlO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Ouinta-feira 3 577

INFORME PUBLICITAR

OTA DE ESCLARECIMENTO

Reportagem publicada no Jornal do 4. Diante dessas informagoes que Brasil de 19.01.94 e repercutida na desmentem categoricamente a noticia imprensa sergipana em 24.01.94 atribui divulgada com tanto espalhafato. a ao Deputado Luiz Salomao. Iider do PDT qual, de forma condenavel, procurou na Camara Federal, a informagao de que o envolver a oessoa Integra e respeitada Governador de Sergipe, Joao Alves Filho. de sua esposa, o Governador Joao Alves fez 1.665 ligagoes telefomcas para a Filho esclarece tambem que determi- Construtora OAS e 7.832 para a Queiroz nou a Procuradona Geral do Estado Galvao, entre 1989 e 1993: utillzando encammhar mterpelagao judicial junto telefone da Pnmetra Dama do Estado, ao Supremo Tribunal Federal (STF), no Maria do Carmo do Nascimento Alves. A sentido de que o Deputado Luiz Salo- noticia diz que trabalharam no levanta- mao confirme ou negue as informagoes mento a TELEBRAS. EMBRATEL e PRODA- a ele atribuidas pelo Jornal do Brasil, SENforgao do Senado). para, em caso positivo, processa-lo por Em respeito a Nagao e ao povo sergi- caluniaedifamagao. pano em particular, o Governador Joao 5. Consciente de seu inabalavel Alves Filho vem esclarecer a bem da compromisso com a lisura e a verdade, verdade o seguinte: o Governador deplora e estranha as 1. A noticia e absurda e caluniosa, ja falsas informagoes, cuja autoria e que fere o bom senso e a logica mais atribuida pelo prestigiado Jornal a urn simples. Estarrecido e indignado, o Gover- parlamentar lider nacional de urn par- nador adotou de imediato duas providen- tido — o PDT — que em Sergipe faz cias: solicitou a EMBRATEL a confirmagao ferrenha oposigao ao Governo do Es- do levantamento, e pediu a TELERGIPE tado e que, por suas reincidentes atitudes indignas, ja esta sendo proces- (orgao vinculado S TELEBRAS em Sergipe) sado por seus pares na Camara Federal a realizagao de urn rigoroso e exaustivo por falta de decoro; rastreamento de todas as ligagoes feitas 6. Alem disso, ficou evidenciado nos ultimos quatro anos atraves de todos como ardilosa manobra o fato de a os telefones em nome de Dra. Maria do caluniosa denuncia ter sido feita Ss Carmo do Nascimento Alves. vesperas da divulgagao do relatorio 2. A resposta da EMBRATEL, veio final do relator da CPI do Orgamento, atrav6s de oficio com data de 25.01.94.0 numa vil orquestragao da lideranga texto afirma categoricamente: "Temot a pedetista para, de ultima hora, tentar Infoitnar que a EMBRATEL etn momento incriminar o Governador de Sergipe algum recebau solicitagao sobre a reali- num episodic cujo desfecho, pelas zagao da peaqulsa, quer por parta da provas irrefutaveis, haveria de isenta-lo TELEBRAS quer por parte da CPI". E de qualquer envolvimento com o caso mais: "Attim tendo, a noticia velculada que envergonhou o pais. e improcedente no que ae refera i 7. Por fim, o governador est§ con- particlpagao da EMBRATEL"; victo de que o bom senso e a justiga 3. a TELERGIPE afirmou taxabva- prevalecerao sempre acima dessas mente, atrav6s de oficio com data de iniquidades, nao obstante a agao irres- 28.01.94: "Informamos que, apdtexaut- ponsavel e suspeita de individuos que ttva pesqulta, no periodo de 1989 a se dizem guardides da moralidade, mas 1993, nik) fol detectada nenhuma liga- que se utilizam, como neste caso, de gao telefdnlca para as empreitelras OAS artificios ignobeis no exercicio dos seus e Queiroz Qalvio". No oficio a TELERGIPE cargos. informa que a pesquisa foi feita nos cinco telefones que estdo em nome da Dra. JoSo Alves Filho Maria do Carmo do Nascimento Alves. GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE 578 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

EMBRATEL CT . i• A J — Cu3 / 04 ■ i- . I. . ' Ti V.A II ..I. I IIVA' .

Aracaju-Gii, 20 cc „ar.ciro oc 1004

ExniS 5;', DR. JGAO ALVES FILriG DD. oOV^i-.N'AuuR DO aa aauuxPn. Nes ta

Excclcntiasimo Gcnhor;

Eni rcaposta ao Oficio NR 0170 clc 24/01/94 do V.Exa., tcmos a informar quc a EMBRATEL cm moincnlo algum reccbcu aolicitagao sobrc a realiaaqao de pcsquisa a quc sc referc o scmanario "CINKOltM", qucr por parte da TELEI3RAS qucr por partc da CRI.

Asaim acndo, a noLicia veiculada c impruccdcii Lc qua refere a participaqao da EMDRATELJ

Certos dc termos atendido solicitagao de V.Exa.,colocamo-nos a diapoGigao para outras informagocs quc sc fizcrcm nccessa- rias.

Atcr.ciosainontc,

^DMlRijf RRiupno COSTA ' CMEFE DO /DISTRITO. DE ORERAgOES EMDRATELMRACAJU

Emprtu Braiilaira d« Tel»comunk:aci5a» S.A. /vmi ui i«a i/h/ S«0« Av fxiirtam* Voant. 1012 • Rio Jonairo • HJ T«l ■ 10211 • 2IC4I82 • Cm.P. 2506 • Talon 10211 21 ISO • Tolofl EMORATE L CEP 20071 Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 579

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En atenclo a Va«i» 8oUelt«cXo» informafflo* quc cncoiv tram-*® no* rtful^tro* dc«t» E«pre»» *5 (cinto) Unha* teUfftm cat* a« quaiii psrtrnccn k Votta Scnhoria oa dirifitofc dcf uao. In fur inamoa • qu»» apBa axHuntiva petiqtiliat no |iff r iodci de 1999 a I993i nSo fol detect Ada nrnhuma llgacSo k v 1«♦ 6n 1 • c* par a a* Empreikeira* OAS c QUCIRQZ OALVSO, dent re. as rhaina • dan inker eat aduala orifllnadae pelaa llnha* teUfcintcas acini* re- fer idaa• regiatradaa cm «ea none.

AkeneiaeMcnte.

MARTItttWuKJ?}' dCxVIIRA BRAVO Rreeidente

nut a nn ouMia o M. a, a ma im) 101 • tmi i»»»i in ■ c«. m c,o.c. taort-tii/MOi.ta • in*, in. tr.oiaiii'i iiMO-MO.* Artida • Ocfipi 580 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O Sr. Armando Pinheiro — Sr. Presidente, pego a palavra mentos sobre demincias segundo as quais recursos descon- para uma comunicagao de Lideranga. tados no mercado paralelo, atraves do doleiro Eduardo Had- dad, foram depositados na conta do Comite do entao candi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a date a Prefeitura de Sao Paulo, Eduardo Matarazzo Suplicy, palavra ao nobre Congressista. atraves do BANESPA, na conta corrente n° 13003521-8. Como se trata de fato de suma gravidade, Sr. Presidente, O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR — SP. Como Lider, comunico a Casa que amanha tambem entrarei com essas para uma breve comunicagao. Sem revisao do orador.) — representagdes, a fim de que os fatos sejam devidamente apu- Sr. Presidente, Srs. Congressistas, tomamos conhecimento ho- rados. O que desejo e saber se o Sr. Meneguelli e o dirigentes je, pela imprensa, de que o Presidente da CUT, Sr. Jair Mene- do PT e da CUT informaram aos dirigentes da Alemanha guelli, esta em Brasilia, em companhia de dirigentes sindicais e Estados Unidos que se encontram hoje em Brasilia a desti- europeus e americanos. Fez ontem uma visita ao Presidente nagao desses recursos que nao estao sendo devidamente apli- do Congresso Nacional e, ao que consta, vai fazer, hoje, uma cados na contabilidade da CUT para suas fungdes constitu- visita ao Senhor Presidente da Reptiblica. cionais. Esses dirigentes estao, segundo a imprensa, procurando E flagrante e caracten'stico. Sr. Presidente, o desvio de trazer um atestado de idoneidade a CUT e tentando demons- finalidades, o desvio de atividades e o desvio de recursos trar que os seus recursos, provindos de entidades do exterior, dessa central sindical. E fato gravfssimo, e todos esperam tern ou vem sendo bem aplicados por essa central sindical. que o Congresso apure esses desmandos e essa forma promfs- Verificamos tambem, Sr. Presidente, que o Sr. Jair Mene- cua de relacionamento entre uma central sindical e um partido guelli informou a imprensa que vai impetrar, perante o STF, politico. Espero que o Congresso, atraves das suas liderangas, um mandado de seguranga contra o Congresso Nacional para que negociaram a aprovagao de medidas econdmicas do Go- impedir a instalagao da CPI da CUT, ja aprovada pelo Con- verno, posicione-se contra a procrastinagao da CPI da CUT; gresso. Ha, porem, um manifesto do PT no sentido de evitar espero que estas entidades: Polfcia Federal, Banco Central a sua instalagao. e a Procuradoria da Repiiblica'oferegam a Nagao a apuragao Creio, Sr. Presidente, que a CUT e o PT estao realmente desses e de outros fatos que trarei oportunamente ao conheci- apavorados, nao sabem mais o que fazer; ate importam diri- mento desta Casa e da opiniao publica. gentes de outros pafses para tentar mostrar a opiniao piiblica Era a comunicagao que tinha que fazer. Sr. Presidente. as suas contas, que sao publicas e que deveriam ser transpa- rentes, na medida em que sao recursos recebidos de trabalha- Durante o discurso do Sr. Armando Pinheiro, o dores, atraves de sindicatos, e recursos provindos dessas orga- Sr. Adylson Motta, I'' Vice-Presidente, deixa a cadeira nizagoes do exterior, sob pretexto de serem aplicados em da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Nabor Junior, favor do sindicalismo. 2° Secretdrio Parece-me ate que os dirigentes da CUT nao leram a O Sr. Chico Vigilante — Sr. Presidente, pego a palavra Constituigao e nem a legislagao para saber que a CUT nao pela Lideranga do Partido dos Trabalhadores. pode exercer e muito menos aplicar recursos em partidos polf- ticos e em campanhas, ja que e vedado pela Constituigao. O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concedo a pala- Mas, Sr. Presidente, na medida em que se toma diffcil, vra ao nobre Congressista. nesta Casa, instalar a CPI da CUT — que espero seja instalada O SR. CHICO VIGILANTE (PT — DF. Como Lfder. o quanto antes — eu, como integrante indicado pelo meu Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, Partido para essa CPI, em razao de toda essa manifestagao para tranqfiilizar o nobre Deputado que me antecedeu, gosta- da CUT, nao desejo mais retardar a apresentagao de docu- ria de dizer-lhe que a medida que S. Ex' estapropondo chega mentos de fundamental importancia a Comissao da CUT. um pouco atrasada. O Presidente da Central Unica dos Traba- Venho participar a Camara dos Deputados e ao Con- lhadores, o companheiro Jair Meneguelli, ha 15 dias, junta- gresso Nacional que, amanha, entregarei a Procuradoria-Ge- mente com os dirigentes da CUT, pediu ao Procurador-Geral ral da Repiiblica, ao Banco Central, a Secretaria da Receita da Republica uma investigagao, por parte da Procuradoria- Federal e a Superintendencia da Polfcia Federal, atraves dos Geral da Republica, com o objetivo de mostrar a todos que seus organismos de Sao Paulo, duas representagdes mediante esta Central Sindical deve, nao teme e nao tern nada a esconder as quais pego apuragdes de fatos de alta gravidade. de ninguem. Um deles diz respeito — esses documentos serao levados As delegagdes internacionais e os representantes maxi- ao conhecimento da opiniao piiblica amanha — a cheques mos do sindicalismo brasileiro estao em Brasilia, Disseram oriundos de uma organizagao alema, em nome da CUT, endos- ontem ao Presidente da Camara dos Deputados — acompa- sados pelo Sr. Jair Meneguelli e pelo tesoureiro da CUT. nhei as audiencias — que nao vieram para se imiscuir em Esses cheques de valores consideraveis, em ddlares, foram nossos problemas, mas para testemunhar a boa e sadia aplica- descontados por doleiros que atuam no mercado paralelo em gao desses recursos. Sao Paulo. Pedirei a apuragao do destino desses recursos. Nao paramos af. Jair Meneguelli entregou ao Presidente Sr. Presidente, uma vez que, primeiro, ha flagrante ilegalidade do Congresso Nacional toda a vida contabil da Central Unica no fato de a CUT atuar no mercado paralelo do ddlar com dos Trabalhadores. E fez mais: foi, com a Executiva da CUT, dinheiro provindo do exterior e, segundo, porque nao ha noti- ao Presidente do Banco Central e pediu a quebra do sigilo cias do destino dos cruzeiros resultantes da transformagao bancario da entidade e de todos os seus dirigentes. desses ddlares. Havera, por certo, instalagao de inquerito pe- A CUT nao tern nada a esconder da sociedade; ela e rante a Polfcia Federal, Receita Federal, Banco Central e o organismo mais importante dos trabalhadores brasileiros. a Procuradoria da Reptiblica. O mesmo nao posso dizer do "chefe maximo" do Deputado Uma outra representagao. Sr. Presidente, em que darei que acaba de falar, o Sr. Paulo Salim Maluf, que nao tern entrada amanha nesses mesmos drgaos, visa obter esclareci- como explicar os 19 milhdes de ddlares do caixa 2 da Paubrasil. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Quinta-feira 3 581

Fato comprovado, fato aprovado, fato verdadeiro. Nao ha mundialmente, que vieram aqui testemunhar em favor da Cen- como explicar. Estao desesperados, porque ja chegaram a tral Unica dos Trabalhadores do Brasil. Muito obrigado. conclusao de que a proposta do Senador Esperidiao Amin DOCUMENTO AQUESE REEERE O SR. CHI- para que haja uma CPFda CUT nao dara absolutamente CO VIGILANTE EM SEU PRONUNCIAMENTO: em nada. Brasilia, 1? de fevereiro de 1994 Tentaram, Sr. Presidente e Srs. Congresiiistas, envolver Excelentissimos Senhores a Central Unica dos Trabalhadores no assassinate no ABC Senador Humberto Lucena e Deputado Inocencio Oliveira paulista. Foram derrubadas todas as agdes. A prdpria impren- DD. Presidentes do Senado Federal e da Camara dos Depu- sa, que investigou profundamente, comprova que a Central Unica dos Trabalhadores nao tern nada, absolutamente nada, tados da Republica Federativa do Brasil a ver com o crime. E mais: denunciaram que o Institute de A Confederagao Internacioinal de Organizagdes Sindicais Estudos dos Trabalhadores, orgao financiado por uma central italiana — nao existia. A CUT deixdii que fosse publicado; Livres — CIOSL, e sua regional da Organizagao Regional Interamericana de Trabalhadores — OR1T, representadas depois, convdcou a imprensa e o representante do drgao finan- ciador no Brasil. Foram a sedc, mostraram os equipamentos nesta oportunidade por seus Secretarios-Gerais, bem como desse Instituto. Portanto, todas as mentiras assacadas contra as Centrais Sindicais e ela filiadas, que firmam conjuntamente a Central Unica dos Trabalhadores e contra o PT pelos inte- esta, vieram ao Brasil e solicitaram essa audiencia com V, grantes do PPR estao caindo por terra. No entanto, nao conse- Ex' para expressar sua solidariedade com a Central Unica guem desvincular o Sr. Paulo Salim Maluf da roubalheira dos Trabalhadores — CUT, uma de nossas filiadas nesse Pai's da Paubrasil; nao conseguem explicar o Caixa 2 de 19 milhdes e contestar, no que nos corresponde, as suspeitas que vem de dolares que os empresarios deram —e que agora assumem. sendo levantadas contra essa organizagao irma. Um dos principios da CIOSL e a pratica da solidariedade Dessa forma, o que expos o Parlamentar que me antece- e o intercambio poh'tico-profissional entre nossas filiadas, atra- deu nao assusta nem a mim, nem a Central Unica dos Traba- ves de diversas formas, entre elas convenios e projetos de lhadores, nem ao Partido dos Trabalhadores; ao contrario, colaboragao, que muitas vezes tern envolvido apoio material tranqiiiliza. Antes que S. Ex' pedisse a investigagao sobre e financeiro. a CUT, ela prdpria o fez, dirigindo-se ao Ministerio Piiblico As organizagdes sindicais aqui presentes querem declarar e solicitando auto-apuragao. Pediu que investigue e investigue a V. Ex31 e as demais autoridades brasileiras que ha muito com rigor, porque a CUT quer mostrar para a sociedade, acompanhamos e mantemos estreitas relagdes de intercambio para a opiniao publica brasileira que nao deve absolutamente e de parceria com a Central Unica dos Trabalhadores. nada. Em nenhuma de nossas experiencias de convenios feitos Para concluir. Sr. Presidente, eu queria, neste instante, com essa central, tivemos qualquer motivo, ou sequer descon- saudar a vinda dessa delegagao internacional, o Secretario- fianga, sobre a corregao na utilizagao do apoio prestado, bem Geral da CIOSL, que e o organismo maximo dos trabalha- como do cumprimento das atividades pretendidas. dores em ni'vcl de mundo, aos representantes da Italia, da Lamentavelmente somos obrigados a pensar que as acusa- Holanda, dos Estados Unidos e da Franga, que estao no Brasil gdes feitas e que resultaram no requerimento de instalagao exatamente para reafirmar — e colocaram isto ontem — o de uma Comissao Parlamentar de Investigagao — CPI, aca- interesse que tern pela organizagao sindical em m'vel de mun- bam se somando a muitos dos ataques que o movimento sindi- do. cal vem sofrendo em muitos pai'ses, motivados por polfticas Estao realizando no Brasil o mesmo que estao fazendo que pretendem reduzir os direitos sociais, em beneffcio da na Russia: ajudando os trabalhadores russos a se organizarem, "competitividade" ou da "liberdade do mercado". da mesma forma que o fazem em outros pai'ses da America Sem desconnhecer a importancia da CPI como um instru- Latina. E a solidariedade que existe entre trabalhadores. por- mento que, em oportunidades recentes, atestou a soberania que, quando o trabalhador, no Brasil, e explorado e o seu e espi'rito democratico do Poder Legislativo brasileiro, quere- salario, achatado, quem ganha sao as multinacionais la nos mos afirmar que essas motivagdes nao refletem a convivencia pai'ses de origem, c quem perdc sao os trabalhadores desses que temos tido contra a CUT. pai'ses. Enquanto uma hora de trabalho de um trabalhador Nao quisemos e nao pudemos ficar alheios ao momento nos Estados Unidos continuar valendo um dia de trabalho diffcil que vive a CUT, porque sabemos da inveracidade das de um trabalhador brasileiro, quem esta perdendo sao os tra- acusagoes mencionadas. Mas, tambem porque as suspeitas balhadores dos Estados Unidos. e os trabalhadores brasileiros levantadas nos atingem, enquanto organizagdes, porque so- continuam sendo explorados. E por isso que eles ajudam o mos seus parceiros e como cidadaos, porque acreditamos na movimento sindical brasileiro. justiga e na democracia. Sr. Presidente, pego a autorizagao de V. Ex' para a trans- A CIOSL/ORIT e as Centrais Sindicais filiadas aqui pre- crigao, na Integra, nos Anais do Congresso Nacional, da carta sentes defendem e defenderao sempre a liberdade de organi- dirigida ao Exm° Sr. Humberto Lucena e ao Deputado Inocen- zagao e de expressao dos trabalhadores, o respeito aos direitos cio Oliveira, Presidentes, respectivamente, do Senado Federal sindicais e a autonomia dos sindicatos. E com a certeza de e da Camara dos Deputados, assinada pelas entidades sindicais que o Estado brasileiro tambem professa esses principios, que estao no Brasil neste momento. No caso, a CIOSL, a consignados nos documentos internacionais que tern firmado, CIOSL/ORIT, que e a representante nacional para a America queremos manifestar a nossa esperanga de que nao tera prosse- Latina; a FNV, da Holanda; a AFL-CIO, dos Estados Unidos; guimento esse lamentavel ocorrido. a COIL, da Itdlia; a CISL, da Italia; a CFDT, da Franga; Com nossos profundos respeitos. — CIOSL — FNV — e a UGT, da Espanha. Holanda — CG1L — Italia — CFDT — Franga — CIOSL/ Sr. Presidente, trata-se de um documento verdadeiro. OR1T — AFL-CIO-EUA — CISL — Italia — UGT — Espa- pois esta assinado por representantes de entidades respeitadas nha. 582 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — A solicitagao ral de Exercito, ou um juiz pode deixar de votar? Nao, porque, de V. Ex' sera atendida. se o fizer, estara confessando, explicitamente, a sua vocagao Concedo a palavra ao nobre Congressista Luiz Girao. antidemocratica. O SR. LUIZ'GIRAO (PDT — CE. Pronuncia o seguinte Ora, o nosso sistema permite que o indivi'duo anule o discurso. Sem revisao do orador.) —Sr. Presidente, Srs. Con- seu voto secretamente, e e o melhor sistema — nao existe gressistas, acabo de ler o jornal O Estado de S. Paulo e vejo nenhuma contesta§ao quanto a isto. Admiro-me que o Depu- o meu nome constando como faltoso na sessao de ontem tado Nelson Jobim, que e professor de Filosofia do Direito, do Congresso Revisional, quando, na realidade, o que acon- tenha acolhido uma emenda dessas, porque isso e totalmente teceu — todos sao testemunhas — foi que o nosso Partido contraditdrio. Se a Constituigao brasileira elegeu o regime bem como o Partido dos Trabalhadores fizeram obstru?ao. democratico para viger neste Pai's, ninguem pode se insurgir E direito de o parlamentar fazer obstrugao. contra o regime democratico. Gostaria que a Mesa da Casa tomasse uma providencia Entao, nobres Congressistas, o maximo de liberdade ob- a respeito disso, pois nao e justo; assim que o numero regi- tem-se com o sistema atual. O Estado tern a obrigagao de mental foi atingido, participamos do processo, inclusive negan- fazer o indivi'duo comparecer para zelar pela sua consciencia, do aquela votaqao; e, logo depois, participamos da sessao e Ihe oferece tres alternativas: votar, votar em branco ou da Camara dos Deputados. E todos os parlamentares do Par- anular o voto. Anular o voto e a mesma coisa que nao compa- tido Democratico Trabalhista bem como os do PCdoB e do recer, com a vantagem de ser secreto; ao passo que o indivi'duo PT tambem estao na relagao como faltosos, e isto acaba estra- que nao comparece abre a sua consciencia a censura, a retalia- gando a imagem particular do parlamentar que freqiienta assi- 5ao e a revanchismos. duamente esta Casa, praticamente nao tendo falta. Muito Os defensores do comparecimento nao-obrigatdrio apre- obrigado. Sr. Presidente. sentam apenas um argumento: nos Estados Unidos e assim. Ou seja, e um corolario do velho lema: "O que e bom para O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — O desejo de os Estados Unidos e bom para o Brasil". E pena que essas V. Ex' sera atendido. pessoas se esquegam de que os americanos estao guardando Concedo a palavra ao nobre Congressista Liberato Cabo- o seu petrdleo debaixo da terra, para usa-lo no dia em que clo. ele acabar no mundo todo; e vem aqui com essas novidades a servi5o do poder economico, querendo legislar sobre coisas O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT — SP. Pronuncia que nao interessam. Jamais algum pai's vendeu, entregou, o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente. propiciou ao capital estrangeiro um bem finite, um bem com Srs. Congressistas, mais uma vez, ocupo esta tribuna para duragao finita. chamar a atenqao para um engodo que tern sido lancjado na O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — A solicitagao imprensa. Causa-me perplexidade ver como certas pessoas ainda nao atentaram para o carater faccioso que e dado a de V. Ex' sera atendida. Concedo a palavra ao nobre Congressista Luiz Girao. questao que passo a abordar. Todos sabemos — nao somos ingenuos — que os reais O SR. LUIZ GIRAO (PDT — CE. Pronuncia o seguinte motivos que desencadearam a Revisao nada tern a ver com discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- o processo eleitoral. Isso e aquele aperitivo que se serve nas gressistas, acabo de ler o jornal O Estado de S. Paulo e vejo festas da sociedade burguesa para depois vir o file — todo o meu nome constando como faltoso na sessao de ontem mundo sabe disso. De qualquer maneira, falta imaginaqao do Congresso Revisional, quando, na realidade, o que acon- a esses senhores que estao ai promovendo essa Revisao Consti- teceu — todos sao testemunhas — foi que o nosso Partido tucional para atender a interesses do poder economico e fo- bem como o Partido dos Trabalhadores fizeram obstrugao. mentando questoes de pouca importancia no momento. E direito de o parlamentar fazer obstruqao. No ultimo domingo, a Folha de S. Paulo trazia o questio- Gostaria que a Mesa da Casa tomasse uma providencia namento falso: voce e a favor do voto obrigatdrio? Como a respeito disso, pois nao e justo; assim que o numero regi- se o voto, no Brasil, fosse obrigatdrio. Estou cansado de falar, mental foi atingido, participamos do processo, inclusive negan- e ninguem me contestou ainda, que o voto no Brasil e faculta- do aquela vota5ao; e, logo depois, participamos da sessao tive; o que e obrigatdrio e o comparecimento. O indivi'duo da Camara dos Deputados. E todos os parlamentares do Par- pode chegar a segao eleitoral e votar em branco, votar num tido Democratico Trabalhista bem como os do PCdoB e do candidate ou anular o voto. Portanto, nao existe voto obriga- PT tambem estao na relagao como faltosos, e isto acaba estra- tdrio no Brasil: existe, sim, o comparecimento obrigatdrio, gando a imagem particular do parlamentar que freqiienta assi- que, alias, e extremamente salutar para o cidadao, porque duamente esta Casa, praticamente nao tendo falta. Muito o Estado deve defender a liberdade de consciencia: se o indivi'- obrigado. Sr. Presidente. duo nao quer votar, ele vai a seqao eleitoral e anula o seu O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — O desejo de voto secretamente, ao passo que, se ele nao for, estara reve- V. Ex' sera atendido. lando a sua consciencia. Concedo a palavra ao nobre Congressista Liberato Cabo- E uma falacia dizer que o voto no Brasil e obrigatdrio, clo. e nao existe nenhum desejo da sociedade de que isto mude. Essa ideia vem da cabeea de pessoas a serviijo do poder econo- O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT — SP. Pronuncia mico, que querem dourar a pflula, inventando questoes que o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, nao sao fundamentais. Ha pouco tempo, quase cassamos o Srs. Congressistas, mais uma vez, ocupo esta tribuna para Deputado Jair Bolsonaro, porque S. Ex' fez um discurso anti- chamar a atenqao para um engodo que tern sido lan5ado na democracia. Da mesma forma, o indivi'duo que nao vai votar imprensa. Causa-me perplexidade ver como certas pessoas esta fazendo um discurso antidemocratico, porque a demo- ainda nao atentaram para o carater faccioso que e dado a cracia pressupde o voto. Pergunto: um deputado, ou um gene- ques ao que passo a abordar. Fevereiro de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 583

Todos sabemos — nao somos ingenuos — que os reals disse que jamais aceitaria ser vice e criou um quadro humo- motivos que desencadearam a Revisao nada tern a ver com ristico. Na verdade, o que ha e falta de coragem de enfrentar o processo eleitoral. Isso e aquele aperitivo que se serve nas os problemas reais, e ficam dourando a pilula, fazendo o festas da sociedade burguesa para depois vir o file — todo ensaiogeralcom questdes sem nenhum significadoe ate ridicu- mundo sabe disso. De qualquer maneira, falta imagina?ao las, como essa questao do voto facultativo, como essa questao a esses senhores que estao ai promovendo essa Revisao Consti- de haver ou nao vice-presidente, refletindo talvez inconscien- tucional para atender a interesses do poder economico e fo- tesdoentios, revivendo as tragediasde Abel e Cairn, de Rdmu- mentando questdes de pouca importancia no momento. lo e Remo, de Pedro e Fernando Collor, que revelam a dificul- No ultimo domingo, a Folha de S. Paulo trazia o questio- dade de se construir um Estado a partir de dois. namento falso: voce e a favor do voto obrigatdrio? Como Deixo aqui registrada a minha total contrariedade e per- se o voto, no Brasil, fosse obrigatdrio. Estou cansado de falar, plexidade para com o fato de o Dr. Nelson Jobim, que e e ninguem me contestou ainda, que o voto no Brasil e faculta- professor de Filosofia do Direito, aceitar uma emenda tao tive; o que e obrigatdrio e o comparecimento. O individuo contraditdria filosoficamente. pode chegar a segao eleitoral e votar em branco, votar num Anular voto nao e votar, porque, no im'cio da nossa civili- candidate ou anular o voto. Portanto, nao existe voto obriga- zagao, Parmenides ja dizia: "O que e e, e nao pode deixar tdrio no Brasil; existe, sim, o comparecimento obrigatdrio, de ser; o ser e, o nao-ser nao e". O voto no Brasil ja e que, alids, e extremamente salutar para o cidadao, porque facultativo, o resto e dourar a pilula para desviar a atengao o Estado deve defender a liberdade de consciencia: se o indivi- dos assuntos realmente importantes para o nosso Pai's. Muito duo nao quer votar, ele vai a se^ao eleitoral e anula o seu obrigado. (Palmas.) voto secretamente, ao passo que, se ele nao for, estara reve- O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- lando a sua consciencia. vra ao nobre Congressista Mauricio Calixto. E uma falacia dizer que o voto no Brasil e obrigatdrio, e nao existe nenhum desejo da sociedade de que isto mude. O SR. MAURICIO CALIXTO — Sr. Presidente, requeiro Essa ideia vem da cabega de pessoas a servigo do poder econo- a V. Ex- que transforme a minha inscrigao de breve comuni- mico, que querem dourar a pflula, inventando questdes que cagao para comunicagao de Lideranga em nome do PFL, por nao sao fundamentais. Ha pouco tempo, quase cassamos o gentileza. Deputado Jair Bolsonaro, porque S. Ex' fez urn discurso anti- O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — V. Ex' tern o democracia. Da mesma forma, o individuo que nao vai votar seu requerimento deferido. esta fazendo um discurso antidemocratico, porque a demo- O SR. MAURICIO CALIXTO (Bloco PFL — RO. Para cracia pressupde o voto. Pergunto: um deputado, ou um gene- uma comunicagao de Lideranga. Sem revisao do orador.) — ral de Exercito, ou um juiz pode deixar de votar? Nao, porque, Sr. Presidente, SC' e Srs. Congressistas, domingo, li uma re- se o fizer, estara confessando, explicitamente, a sua voca^ao portagem na revista IstoE que se referia as expectativas do antidemocratica. Governo Federal, as elucubragdes do Governo Federal em Ora, o nosso sistema permite que o individuo anule o relagao a futura elaboragao do Orgamento para o ano de seu voto secretamente, e e o melhor sistema — nao existe 1994; e ali vi algumas colocagdes absolutamente pertinentes, nenhuma contestagao quanto a isto. Admiio-me que o Depu- inclusive, algumas delas colocadas pelo ex-Ministro e nosso tado Nelson Jobim, que e professor de Filosofia do Direito, colega Deputado Alberto Goldman, do PMDB do Estado tenha acolhido uma emenda dessas, porque isso e totalmente de Sao Paulo. contraditdrio. Se a Constituigao brasileira elegeu o regime O titulo da materia da revista IstoE da conta de que democratico para viger neste Pai's, ninguem pode se insurgir aquilo que sera elaborado pelo Governo Federal para o ano contra o regime democratico. de 1994 traduz-se num "orgamento-mentira". Isto porque o Entao, nobres Congressistas, o maximo de liberdade ob- propdsito do Governo Federal e zerar o deficit piiblico e dar tem-se com o sistema atual. O Estado tern a obrigagao de dimensao, dar conteudo, dar vigor e substancia as destinagdes fazer o individuo comparecer para zelar pela sua consciencia, das verbas orgamentarias de investimentos do Governo Fede- e Ihe oferece tres alternativas: votar, votar em branco ou ral nos diversos setores de necessidades da vida desta Nagao. anular o voto. Anular o voto e a mesma coisa que nao compa- De im'cio, poder-se-ia pensar que o Deputado Alberto recer, com a vantagem de ser secreto; ao passo que o individuo Goldman, sendo Ministro de Estado dos Transportes do Go- que nao comparece abre a sua consciencia a censura, a retalia- verno Federal, poderia estar cometendo uma indelicadeza, gao e a revanchismos. uma falta de etica, uma incoerencia; mas nao, ao contrario, Os defensores do comparecimento nao-obrigatorio apre- o Deputado Alberto Goldman foi absolutamente feliz, porque sentam apenas um argumento: nos Estados Unidos e assim. observou as exigencias do Ministerio da Fazenda para as pro- Ou seja, e um coroldrio do velho lema: "O que e bom para postas preliminares de elaboragao orgamentaria, aquilo que os Estados Unidos e bom para o Brasil". E pena que essas poderia ser ou nao colocado no Orgamento da Uniao. pessoas se esquegam de que os americanos estao guardando O nobre Deputado deixou o Ministerio dos Transportes o seu petroleo debaixo da terra, para usa-lo no dia em que e veio para esta Casa, e as propostas do Governo hoje sao ele acabar no mundo todo; e vem aqui com essas novidades completamente obtusas, completamente absurdas — ate me a servigo do poder economico, querendo legislar sobre coisas nego a descer a detalhes no que se refere a essas propostas que nao interessam. Jamais algum pai's vendeu, entregou, que o Governo Federal chama de "orgamento-verdade" e. propiciou ao capital estrangeiro um bem finito, um bem com que a revista IstoE, na ultima edigao, acusa de ser literalmente duragao finita. um "orgamento-mentira". Sabemos que, por tras dessa Revisao, nao e questao de Sr. Presidente, o nosso pronunciamento e no sentido de ter vice ou nao. Alias, esse negdcio de nao ter vice deveria alertar esta Casa para que nao se deixe levar pelas palavras ser chamado de "Projeto Jo Scares", que foi a pessoa que h'ricas, as vezes muito bem articuladas pelo Ministro da Fazen- 584 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Fevereiro de 1994 da, quando vende um produto na mi'dia nacional, anunciando mo Tribunal Federal arguir a inconstitucionalidade da Revi- que vai elaborar um orgamento-verdade para o ano fiscal sao. Entendo tambem, de acordo com o parecer da Ordem de 1994. Na verdade, ali ja existem indmeras, incontaveis dos Advogados do Brasil, que assistimos aqui, por um lado, incursdes de destinagoes de verbas com caracteristicas tipica- a uma ameaga aos interesses do povo e, por outro, a um mente eleitoreiras, desconhecendo, literalmente, as reais e ato concrete de inconstitucionalidade. Pelos ultimos fatos alar- verdadeiras necessidades e anseios do povo brasileiro e dos deados, inclusive atraves da imprensa, ha uma agao criminosa diversos setores da vida publica nacional onde ha a necessidade em curso do ponto de vista da relagao do interesse privado, de investimentos por parte do Governo Federal. capital, com a agao parlamentar, intencionando realizar um Em razao disso. Sr. Presidente, gostaria de reafirmar verdadeiro saque no patrimonio publico e ecoldgico do nosso o pensamento do ex-Ministro e Deputado Alberto Goldman, Pafs. cuja critica ao Governo Federal pode parecer, perante a opi- Nao e fato desconhecido que ha interesse de grupos inter- niao publica, uma posigao incongruente e incoerente. Sim, nacionais que dominam o mundo todo em controlar um pedago o Governo tern sido incorreto nas suas afirmagoes perante de cada pafs, principalmente o Brasil, um pais rico em minerios a opiniao publica, perante a Nagao brasileira, praticando, e com o patrimonio humano que tern. E existe essa tentativa literalmente, um ludibrio contra a boa-fe da sociedade brasi- de, atraves de uma agao tao imoral, aquebrantar o animo leira. dos que lutam pela verdade e pelos direitos do povo. Fla pouco, o Congresso Nacional vasculhou as suas pro- Neste momento, nao mediremos esforgos no sentido de prias entranhas para verificar irregularidades no Orgamento. lutar para que a Revisao nao ocorra. Ainda ha pouco, assinei A sociedade brasileira ja nao suporta mais as tergiversagdes, um documento em que o Deputado Haroldo Lima colhia assi- a pusilanimidade, a tibieza, a fraqueza do Governo Federal. naturas de varios companheiros desta Casa solicitando uma E precise, sim, um orgamento-verdade, mas nao sustentado agao energica e imediata para investigar, e em seguida denun- pelos frageis alicerces do sofisma, da falacia, da tergiversagao ciar, os parlamentares que estao recebendo suborno — como e da mentira. Transformar o orgamento-verdade em mentira diz a revista — para entregar o nosso patrimonio aos grupos sera, mais uma vez, pior do que o engodo, o embuste por estrangeiros. Ha uma agao espiiria em curso, e nao podemos parte do Governo Federal, e fara com que a Nagao brasileira, nos calar diante disso. neste ano de 1994, venha dar uma resposta, um basta ao Sr. Presidente, nao venho a tribuna apenas para tratar Governo Federal. O povo brasileiro ja esta farto da sua iner- questdes que estao sehdo debatidas. Neste momento, levanto cia; agora, juntar a sua inercia a irresponsabilidade de instituir a minha voz em nome dos que tanto sofrem e morrem no um orgamento-mentira, o Congresso Nacional nao ha de su- Estado do Ceara. Temos um surto de colera novamente em portar mais isto, em nome do povo brasileiro. nosso Estado, que atinge, de forma cruel, aqueles que nao tern condigoes dignas de habitagao, que nao tern agua tratada Fla pouco, o Congresso Nacional vasculhou as suas prd- em suas casas. Nesse perfodo chuvoso, com o volume de agua prias entranhas para verificar irregularidades no Orgamento. que entra nos agudes, nas cacimbas e outros locais que concen- A sociedade brasileira ja nao suporta mais as tergiversagdes, tram agua, para la vai o vibriao colerico. a pusilanimidade, a tibieza, a fraqueza do Governo Federal. Sr. Presidente, Srs. Congressistas, queremos agdes ener- E precise, sim, um orgamento-verdade, mas nao sustentado gicas. Pedimos aos governantes, que se empenham tanto em pelos frageis alicerces do sofisma, da falacia, da tergiversagao mostrar, pela televisao, tanta coisa bonita que tern o nosso e da mentira. Transformar o orgamento-verdade em mentira Estado para atrair turistas, que tenham a mesma tenacidade sera, mais uma vez, pior do que o engodo, o embuste por e dedicagao para salvar o povo que esta morrendo de fome parte do Governo Federal, e fara com que a Nagao brasileira, e de colera. E um surto insuportavel, os hospitals estao lotados neste ano de 1994, venha dar uma resposta, um basta ao Governo Federal. O povo brasileiro ja esta farto da sua iner- e nao tern como atender a tanta gente. Estou encaminhando ao Ministerio da Saiide solicitagao cia; agora, juntar a sua inercia a irresponsabilidade de instituir no sentido de que o Ministerio explique que providencias um orgamento-mentira, o Congresso Nacional nao ha de su- esta tomando para atender a nossa populagao. Enquanto o portar mais isto, em nome do povo brasileiro. nosso povo esta a morrer de fome, o que vemos — como Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Palmas.) disse ha pouco um dos nossos Deputados — sao agdes de O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- aparencia, que nao resolvem os problemas do povo. Queremos vra a nobre Congressista Maria Lui'za Fontenele. agdes que vao ao encontro dos anseios do nosso povo, para que tenhamos a verdadeira democracia e felicidade. Muito A SRA. MARIA LUIZA FONTENELE (PSTU — CE. obrigado. (Palmas.) Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao da oradora.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, registro, com muita alegria O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- e emogao, a presenga, entre nos, fazendo vigflia contra a vra ao nobre Congressista Jamil Haddad. Revisao Constitucional, da doce Lucelia Santos. Foi bonito ver. Sr. Presidente, Srs. e Sr* Parlamentares, O SR. JAMIL HADDAD (PSB — RJ. Pronuncia o seguin- como, na sua dogura, sem perder a ternura, ela foi forte te discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. e vigorosa ao dizer que a sua voz se somava a de tantos Congressistas, quero, inicialmente, para evitar especulagdes que nao aceitam uma Revisao que vai atingir interesses do sobre o meu posicionamento, dizer que me afastei do Gover- povo, dos nossos indfgenas, das mulheres, dos funcionarios, no, devolvi o cargo ao Presidente Itamar Franco quando o enfim, de tantos quantos neste momento tern a sua vida e meu Partido se colocou contra a polftica econdmico-financeira a sua luta ameagadas por este golpe a que estamos assistindo do Governo Itamar Franco. dentro deste plenario. Sr. Presidente, sao de estarrecer as colocagdes feitas pelo Sr. Presidente, hoje me somei — nao de corpo presente, jornalista Michel Chossudovsky, em artigo publicado em no- mas em pensamento e decisao — aqueles que foram ao Supre- vembro no Le Monde Diplomatique a respeito da situagao Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 585 do nosso Pals, sob o ti'tulo "O Brasil sob a imposigao dos seus escritos do passado (especialmente a respeito "das provedores de fundos". Passo a le-las: classes sociais no mundo capitalista da periferia"), o novo responsavel nao cessou de argumentar em favor Uma dura batalha, que ha varies anos se trava do neoliberalismo: "Esquegam tudo o que escrevi" — no Brasil, talvez tenha em breve o seu desfecho: trata- declarou diante de um auditorio de banqueiros e indus- se, para os poderosos interesses industriais e financeiros triais. Desde julho passado, o Presidente Itamar Franco ligados as firmas multinacionais, de modificar a Consti- havia cessado virtualmente de exercer qualquer poder tui^ao de modo a permitir a privatizacjao do setor piibli- politico e deixava a redea a seu ministro. co. Os Partidos de esquerda e alguns sindicatos tentam Antigo Senador de Oposigao, o Sr. Fernando Hen- se opor a essa "normalizagao" exigida pelo Fundo Mo- rique Cardoso sabia que, para fazer aprovar as reformas netario Internacional, que, em conluio com os bancos inspiradas pelo FMI — prestem atengao a este trecho estrangeiros, usa a alavanca da di'vida para levar Bra- — era necessario manipular a sociedade civil e imobi- silia a ceder. lizar apoios no Congresso. Gragas a mfdia fortemente A estrategia do FMI consistia em apoiar os credo- controlada por poderosos interesses financeiros, foi res ao mesmo tempo em que enfraqueceria o Estado possi'vel explicar a opiniao piiblica que a desindexagao central. Durante os anos 80, 90 bilboes de ddlares ja prevista para os salarios era "o unico meio de combater tinham sido pagos sob a forma de juros, ou seja, quase a inflagao". O ministro anunciou corte de 50% no Orga- tanto quanto o montante da di'vida (120 bilboes), mas mento da Educagao, Saiide e Servigos Sociais. o ressarcimento desta di'vida nao era o objetivo prin- cipal. Sou testemunha da falta de dinheiro para a Saiide, o Prestem atengao. Sr. Presidente, Srs. Congressis- que pude constatar quando ocupei essa Pasta. Inclusive, o tas! repasse de 15%, que teria de ser feito pela Previdencia Social, Os credores internacionais desejavam agir de mo- nos foi negado, e nao houve repasse por parte do Tesouro do a que o Brasil permanecesse endividado para o futu- para fazer face a essas necessidades. Ate que, apds uma longa re e que o Estado e a economia fossem reestruturados conversa com o Presidente Itamar Franco, constituiu-se uma com vantagens para eles; era necessario continuar pi- comissao de Parlamentares, de representantes dos trabalha- Ihando os recursos naturais e o meio ambiente; conso- dores, das classes patronais, e decidiu-se pelo emprestimo lidar uma economia de baixos salaries orientada para dos trabalhadores, do Fundo de Amparo ao Trabalhadores, a exportagao; assumir o controle das empresas estatais de 35 trilhdes de cruzeiros para fazer face as di'vidas do Minis- mais rentaveis. A infla^ao e a desindexa^ao dos salaries terio. decorreram diretamenle das reformas macroeconomi- Conseguimos, nesse momento, colocar em dia os paga- cas. O empobrecimento nao foi somente o "resultado" mentos. Mas, hoje, a di'vida da Saiide volta a ser enorme, destas reformas, mas a "condigao expb'cita" do acordo e nao ha interesse na concessao de recursos para o seu aprimo- com o FMI. ramento. De acordo com a polftica de privatizagao, a Saiide seria a prioridade de determinadas pessoas deste Governo. As declara^oes continuam. Sr. Presidente, e sao de estar- Sr. Presidente, o Ministro anunciou um corte de 50% recer num determinado ponto. Chega-se, entao, ao Presidente nos Orgamentos da Educagao, da Saude e dos Servigos Sociais. Itamar Franco — pe^o aos nobres Congressistas que prestem Seu piano relative aos salarios, votado em agosto, deveria atengao ao trecho do artigo publicado pelo Le Monde Diploma- resultar, em termos reais, numa baixa de 31% dos salarios, tique a respeito da pressao do Fundo Monetario Internacional ou seja, uma economia de algo como 11 bilhdes de ddlares em cima do nosso Pai's: para o Tesouro e em beneficio dos credores. Entretanto, o O terceiro ato da "saga da di'vida" come?ou depois Fundo Monetario Internacional recomendou tambem — pres- do veto senatorial de 29 de setembro de 1992, seguido tem atengao, Srs. Congressistas! — emendas constitucionais do juramento do novo Presidente, Itamar Franco. Inf- que permitiriam a privatizagao rapida de setores estrategicos cio desastrado: o chefe de Estado prometeu aumentar como a PETROBRAS e TELEBRAS. os salaries, baixar as tarifas dos services publicos, modi- Daf a importancia dos debates, iniciados no Congresso, ficar o programa das privatizagoes, e isto sem levar em meados de outubro, a respeito das modificagdes na Lei em conta o fator de que tinha as maos atadas pelo Fundamental, reclamadas pelo Sr. Camdessus desde dezem- acordo conclui'do com o Fundo Monetario Internacio- bro de 1991. Como disse o Sr. Fernando Henrique Cardoso, nal. Apesar do apoio de uma impressionante maioria "precisamos ainda obter o sinal verde do Fundo Monetario parlamentar (...) o ministerio nao pode receber o apoio Internacional". Se tiver mais exito que seus antecessores, o imediato das instituigoes financeiras de Washington. Ministro merece uma recompensa. Ele poderia — de acordo O discurso populista do Sr. Itamar Franco nao com materia publicada em dezembro do ano passado — langar- satisfazia nem aos credores, nem as elites nacionais. se na disputa presidencial. O FMI decidira mostrar-se extremamente firme: tres Sr. Presidente, volto a leitura do documento: ministros sucessivos na economia, durante os sete pri- meiros meses da presidencia, sem que nenhum obti- Fernando Henrique Cardoso conduz a polftica cor- vesse o aval do FMI. reta com um ritmo mais lento". Para atingir a meta O ato seguinte da "saga" — pego aos nobres com- fixada pelo Fundo Monetario Internacional, no que panheiros que prestem atengao a este trecho final — concerne ao deficit do Orgamento, o Congresso deve comegou com a nomeagao para as Finangas do Sr. Fer- aceitar um corte de 6 bilhdes de ddlares; outros 6 bi- nando Henrique Cardoso, intelectual de renome e so- lhdes de ddlares virao da Revisao Constitucional, gra- cidlogo marxista. O mundo dos negdeios, surpreendido gas, essencialmente, a dispensa de funcionarios" — no primeiro instante, logo se tranqiiilizou. Apesar dos configurando, claramente, a privatizagao e o desem- 586 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

prego em massa. "O que e precise, no Brasil, e um exatamente antes da acusagao do Presidente pelo Senado, a 29 de setembro. Brasilia capitulava: o encargo do servigo Pinochet suave, de preferencia um civil como Fujimori, (2) pois os militares nao sao a solugao.(...) Falar de fujimo- da Di'vida tornar-se-ia substancialmente mais pesado. rizagao remete a experiencia peruana, ao golpe de esta- Uma Terapia Custosa e .... Proveitosa do civil do Presidente Alberto Fujimori — uma hipo- Os processes contra o Presidente Collor tinham utilmente tese a considerar para o Brasil se a sociedade ou o desviado a atengao da populagao das verdaderias questdes Congresso fizerem obstaculo (como foi o caso do Peru sociais: a grande maioria dos brasileiros empobreceu em con- em 1992) ao programa do FMI. seqiiencia do "piano Collor", langado em margo de 1990 pela Esse artigo foi escrito por Michel Chossudovsky e publi- discutida ministra das finangas da epoca, a Sr' Zelia Cardoso cado em novembro de 93, no Le Monde Diplomatique. Passa- de Mello e pela terapia mais ortodoxa, mas igualmente onero- lo-ei a Mesa, para que permita a sua inclusao integral nos sa de seu sucessor, o Sr. Marcflio Marques Moreira:o desem- Anais desta Casa. Muito obrigado. Sr. Presidente. prego causou uma devastagao, os salaries reais baixaram, os programas sociais sofreram grandes golpes. DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. JA- Os provedores de fundos impuseram uma desvalorizagao MIL HADDAD EM SEU DISCURSO: do cruzeiro, a inflagao mensal ultrapassou os 20% e era em parte provocada pelo programa "anti-inflacionario" do FMI. Um aumento das taxas de juros reais imposto em 1991, pelo O BRASIL SOB A IMPOSICAO DOS FMI, contribufra para inflacionar a di'vida interna, atraindo PROVEDORES DE FUNDOS para o sistema bancario brasileiro dinheiro de especulagao Michel Chossudovsky e dinheiro "sujo". Algo como trezentos grandes grupos finan- ceiros e industriais acumulararn lucros consideraveis. Estes Uma dura batalha, que ha varios anos se trava no Brasil, grupos sao em grande parte responsaveis por uma "inflagao talvez tenha em breve o seu desfecho: trata-se, para os pode- atigada pelo lucro": a parte do capital do produto interno rosos interesses industrials e financeiros ligados as firmas mul- bruto passou de 45% a 66%, a partir do im'cio da decada tinacionais, de modificar a Constituigao de modo a permitir de 80. A "democracia" propiciara as elites da economia, em a privatizagao do setor publico. Os partidos de esquerda e ligagao com os credores estrangeiros, aquilo que os regimes alguns sindicatos tentam se opor a esta "normalizagao" exigida militares "nacionalistas" nao tinham conseguido realizar. pelo Fundo Monetario Internacional, que, em conluio com A estrategia do FMI consistia em apoiar os credores ao os bancos estrangeiros, usam a alavanca da di'vida para levar mesmo tempo em que enfraqueceria o Estado central. Du- Brasilia a ceder. rante os anos 80, 90 bilhoes de ddlares ja tinham sido pagos Perturbada por um escandalo politico, a presidencia do sob a forma de juros, ou seja, quase tanto quanto o montante Sr. Fernando Collor de Mello (1990-1992) teve um papel im- da di'vida (120 bilhoes), mas o ressarcimento desta Di'vida portante na reestruturagao do Estado brasileiro. A primeira nao era o objetivo principal. Os credores internacionais dese- "eleigao democratica" de um chefe de Estado significa o fim javam agir de modo que o Brasil permanecesse endividado da ditadura militar, e ao mesmo tempo, a transigao para uma para o futuro e que o Estado e a economia fossem reestrutu- nova forma de "democracia autoritaria", sob o controle dos rados, com vantagens para eles: era necessario continuar pi- provedores de fundos do Pafs e das instituigoes financeiras Ihando os recursos naturais e o meio ambiente; consolidar internacionais de Washington. uma economia de baixos saldrios orientada para exportagao, Algumas semanas depois da Eco 92, realizada no Rio assumir o controle das empresas estatais mais rentaveis, <3). em junho de 1992, um inquerito no Congresso confirmava "A inflagao e a desindexagao dos salaries decorreram direta- a implicagao do Presidente, por intermedio do Sr. PC Farias, mente das reformas macroeconomicas. O empobrecimento seu preposto, que fora o responsavel por sua campanha eleito- nao foi somente o "resultado" destas reformas, mas a "con- ral, num desvio de recursos piiblicos que importava em varios digao explfcita" do acordo com o FMI. milhdes de ddlares. A opiniao piiblica so tinha olhos para o escandalo e a queda do Chefe de Estado: a retransmissao O piano Collor combinou, num coquetel de receita (pou- pela televisao dos inqueritos parlamentares teve mais sucesso co comum) inusitada, uma polftica monetaria intervencionista com uma privatizagao no estilo do FMI, a liberagao do comer- que os jogos olfmpicos! (4) Durante este tempo, e longe dos olhos da opiniao piiblica, cio e uma taxa de cambio flutuante . Quando em setembro uma tentativa importando, neste caso, bilhoes de ddlares era de 1990, o FMI aprovava oficialmente o "piano Collor", e negociada entre o Ministro das Finangas e os provedores de uma primeira declaragao de intengao, um emprestimo-ponte fundos internacionais do Brasil. Esta negociagao foi realizada de dois bilhoes de ddlares permanecia "no aguardo" em Wa- no perfodo de junho a setembro de 1992. O processo de acusa- shington. O Sr. Michel Camdessus, diretor-geral do FMI, de- gao do Sr. Collor estava iniciado, os ministros se demitiram, clarava: "Antes de pedir o acordo do conselho executive do mas o responsavel pelas finangas, o Sr. Marcflio Marques Fundo, devo assegurar-me de que as negociagdes com os ban- cos vao na boa diregao e que obterao resultados satisfatdrios". Moreira, foi mantido, assegurando a ligagao com o Fundo (5) Monetario Internacional — FMI e os bancos comerciais. O enfraquecimento do Estado, assim como a instabilidade da Algumas semanas mais tarde, em Nova Torque, o Go- Bolsa de Sao Paulo, e a fuga de capitals, permitiram que verno brasileiro retomava as discussdes com os credores. O se acentuassem as pressdes sobre o Governo. O Sr. Collor Sr. Jdrio Dauster, principal negociador do Sr. Collor, afirmava em vao que "os pagamentos da di'vida devem ser fungao da tornou ptiblicas as discussdes com os bancos em junho quando <6) estourava o escandalo. <1) capacidade de pagamento do Brasil" O drgao conselheiro Um acordo de prinefpio sobre a "formula de reestrutu- de vinte e dois bancos comerciais dirigido pelo Citibank repli- ragao" da Di'vida ( de acordo com o piano Brady), relative cou colocando seu veto ao acordo de emprestimo do FMI a 44 bilhoes de ddlares devidos aos bancos, foi anunciado e dando ordem aos bancos para nao mais adiantarem dinheiro Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 587

ao Brasil, ate o pagamento dos atrasados do service da Divida mento economico bem mais eficaz" para que uma grande de um montante de cerca de oito bilhoes de ddlares. Este pane dos recursos do Estado fosse utilizada para o pagamento veto foi oficialmente aprovado pelo Grupo dos 7 (formado dos juros da Divida. Entretanto, varios artigos da Constituigao pelos sete pai'ses mais industrializados) em Washington. de 1988 contrariavam este objetivo. O FMI sabia muito bem Depois disto, o Tesouro americano pediu ao Banco Mun- que a reestruturagao do or5amento passava por demissdes dial e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em massa de assalariados do setor publico. Ora, esta medida que adiassem qualquer novo emprestimo a Brasilia. O FMI, era inaplicavel sem emenda a lei fundamental, que assegurava em resposta as diretrizes precisas dos bancos comerciais e o emprego aos funcionarios federals. Para o FMI e os bancos, da administra^ao americana, congelou sen projeto de missao uma revisao constitucional se impunha, evidentemente. no Brasil. O Fundo apareceu, assim como uma simples "buro- A segunda fase das negociagdes com o FMI terminou cracia financeria", praticando nos paises endividados uma po- no fim de 1991; o Sr. Camdessus aprovou o novo acordo, litica de reforma em nome dos credores internacionais. apds consulta ao Sr. Nicholas Brady, Secretario Americano O Governo brasileiro estava prisioneiro de um circulo do Tesouro e ao Sr. David Mulford (13'. Uma segunda decla- vicioso; o fornecimento de dinheiro novo pelo FMI, com a ragao de intengdes preparada pelo Sr. Marcilio Marques Mo- finalidade de reembolsar os bancos, estava bloqueado por reira foi entregue em maos pelo Presidente Collor, ao Sr. um drgao de conselho representando estas mesmas institui- Camdessus, por ocasiao da reuniao de ctipula latino-ameri- ^oes... Embora satisfazendo a todas as exigencias do FMI, cana, em Cartagena (Colombia), em dezembro (a primeira, o Brasil encontrava-se na lista negra. E sua incapacidade de assinada por Zelia Cardoso de Mello, fora destruida). O Sr. atender as exigencias dos credores podia servir de pretexto Camdessus louvou este novo programa "ortodoxo", embora a novas represalias. A tensao aumentou. A Sr" Zelia Cardoso salientando a "necessidade de aprovagao pelo Congresso de de Mello, quando de uma reuniao do BID em Nagoya (Japao), emendas constitucionais no meio do proximo ano (1993)" em abril de 1991, acusou o Grupo dos Sete de usar pressoes O acordo de emprestimo, no valor de dois bilhoes de politicas desleais para bloquear creditos multilaterais conce- ddlares, obrigava o Governo brasileiro a executar, num perio- didos a seu pais. ( ' do de 20 meses, programas devastadores(15). Particularmente, no dominio fiscal, foi uma realidade: 65% das.despesas corren- MUDANCAS NA EQUIPE tes ja eram reservados ao servigo da Divida, e o FMI queria Esta reuniao de Nagoya marcou uma virada. Acabou-se novas redugdes nos gastos sociais (16'. a retdrica "nacionalista" e as recriminagdes contra a comuni- O terceiro ato da "saga da divida" comegou depois do dade financeira internacional. A Sr" Zelia Cardoso de Mello voto senatorial de 29 de setembro de 1992, seguido do jura- pediu demissao em maio e uma nova equipe ocupou as fun- mento do novo presidente, Itamar Franco. Inicio desastrado: 0es, mais afinada com o "consenso de Washington". A no- o chefe de Estado prometeu aumentar os salaries, baixar as mea^ao do Sr. Marcilio Marques Moreira para o Ministerio tarifas dos servigos publicos, modificar o programa das privati- da Fazenda foi saudada pelo governo americano e as institui- zagdes, e isto sem levar em conta o fato de que tinha as gdes financeiras.<8) maos atadas pelo acordo concluido ha um ano com o FMI. Antigo embaixador nos Estados Unidos, o Sr. Marcilio Apesar do apoio de uma impressionante maioria parlamentar, Marques Moreira tinha excelentes rela^des com o Sr. Cam- oriunda de uma coalizao de partidos indo da esquerda a direi- dessus e com o Sr. David Mulford, sub-secretario do Tesouro ta, o ministerio (gabinete) nao pdde receber o apoio imediato americano. O Sr. Jdrio Dauster, considerado porseus interlo- das instituigdes financeiras de Washington. cutores como "intransigente" foi substituido, para negociar, O discurso populista do Sr. Itamar Franco nao satisfazia por um economista, o Sr. Pedro Malan, conselheiro do Banco nem os credores, nem as elites nacionais. O FMI decidira Interamericano de Desenvolvimento e antigo Diretor Execu- mostrar-se extremamente firme: tres ministros sucessivos na tive do Banco Mundial(9). Estes elementos tiveram um papel economia, durante os sete primeiros meses da presidencia, que nao deve ser subestimado nas negocia?6es durante a se- sem que nenhum obtivesse o apoio do FMI. O Fundo enviou gunda metade do mandato do Sr. Collor. representantes para apoiar localmente a marcha dos progra- O acordo de ajuda eventual (stand by agreement) tendo mas econdmicos. Houve interrupgao dos pagamentos do em- sido bloqueado a pedido dos bancos, novas discussoes sobre prestimo, o Brasil estava novamente na lista negra. Era preciso a reforma economica foram iniciadas com o Sr. Marcilio Mar- negociar. ques Moreira. As discussoes foram retomadas em fevereiro de 1993, O Sr. Collor encontrou em junho de 1991, em Washing- num encontro em Washington, entre o Sr. Camdessus e o ton, o presidente Bush, o Sr. Camdessus e o presidente do segundo ministro das finangas do Sr. Itamar Franco, o Sr. Citibank, Sr. Jonh Reed. No mes seguinte, uma missao do Paulo Haddad. O Sr. Camdessus reclamou a apresentagao, FMI dirigida pelo Sr. Jose Fajgenbaum — Diretor da Divisao em sessenta dias, de um novo programa economico. Ficou do Atlantico Sul do FMI, foi a Brasilia. Ele declarou que tambem claro que, apesar das preliminares do acordo, em se o Brasil queria chegar a um acordo de emprestimo com setembro de 1992, sobre a reestruturagao da divida comercial, o FMI; "impunham-se reformas economicas estruturais, impli- o veto dos bancos a concessao de novos emprestimos multila- cando em emendas a Constitui^ao" (10) . No Parlamento, o terais perdurava e que um acordo de emprestimo do FMI torn elevou-se e o FMI, foi acusado de "interferencia" em nao seria concluido antes da assinatura de um texto definitivo assuntos internos do Estado. O Presidente Collor pediu ao com estes mesmos bancos (17). Fundo para substituir o Sr. Fajgenbaum por "uma pessoa Sem perda de tempo, algumas semanas depois, uma mis- mais qualificada". "Vitdria populista para o Presidente Co- sao do FMI chegava a Brasilia, dirigida pelo mesmo Sr. Faj- llor" escreveu entao o New York Times'11'. genbaum, declarado persona non grata, dois anos antes, pelo O incidente, claro, foi qualificado de "infeliz mal-enten- Presidente Collor. Uma continuidade que nao correspondia dido" (12), embora a posigao do Sr. Fajgenbaum fosse fiel ao lado brasileiro... O Sr. Paulo Haddad havia deixado a Ds prdticas do FMI. O Fundo pedia a aplica?ao de um "trata- fungao; o ministerio, com o novo ministro empossado ha ;e- 588 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 nas alguns dias, estava em plena confusao. O Sr. Eliseu Resen- <4) Langado em margo de 1990, o piano Collor foi, sob de encontrou o Sr. Camdessus no fim de abril... e foi substi- varios aspectos, uma continuagao do Piano Verao de 1989, tufdo em maio. Ler Ignacy Sachs O Brasil no Espartilho do Piano Collor, O ato seguinte da "saga" comegou com a nomeagao para e Luis Felipe de Alencastro, O Brasil Contra o Presidente as Finangas do Sr. Fernando Henrique Cardoso, intelectual Collor Le Monde Diplomatique, junho de 1990 e outubro de renome e socidlogo marxista. O mundo dos negdcios, sur- de 1992 respectivamente. preendido no primeiro instante, logo se tranqiiilizou. Apesar (5) Citado pelo Jornal do Brasil, 21 de setembro de 1990. dos seus escritos do passado (especialmente a respeito "das "') CF. Financial Times, 10 de outubro de 1990. classes sociais no mundo capitalista da periferia"), o novo CF, Financial Times, 4 de abril de 1991. responsavel nao cessou de argumentar em favor do neolibe- w Luis Carlos Bresser Pereira, "O FMI e as Carrogas" ralismo; "Esquegam tudo o que escrevi" declarou diante de 8| — Folha de S. Paulo, 27 de julho de 1991. um auditdrio de banqueiros e industriais " . Desde julho <''1 Cf. Folha de S. Paulo, 14 de junho de 1991. passado, o Presidente Itamar Franco havia cessado virtual- (l"> Entrevista no Jornal do Brasil, citada pelo Estado mente de exercer qualquer poder politico e deixava a redea de S. Paulo, 23 de junho de 1991. Ler tambem a Folha de a seu ministro. S. Paulo de 19 de junho de 1991. Antigo senador de oposigao, o Sr. Fernando Henrique "" Cf. O Globo de 7 de dezembro de 1991. Cardoso sabia que, para fazer aprovar as reformas inspiradas (in q p-Qijja (jg §_ Paulo, 19 de julho de 1991. pelo FMI, era necessario manipular a sociedade civil e mobi- 0,1 Cf. O Globo, 7 de dezembro de 1991. lizar apoios no Congresso. Gragas a midia fortemente contro- <'41 Citado pela Gazeta Mercantil, 7 de dezembro de 1991. lada por poderosos interesses financeiros. foi possivel explicar ,l5) A declaragao de intengao foi aprovada pelo FMI em a opiniao publica que a desindexagao prevista para os salarios janeiro de 1992. Ler "Carta ao FMI preve aperto brutal em era "o tinico meio de combater a inflagao". O ministro anun- 92" — olha de S. Paulo, 6 de dezembro de 1991. ciou cortes de 50% no orgamento da educagao, saude e servi- "6> Ler Tania Bacelar de Aratijo "A Crise Financeira gos sociais. Seu piano relative aos salarios, votado em agosto do Setor Publico Brasileiro" in Henrique Gomes e outros, pelo Congresso, deveria resultar em termos reais, numa baixa "Crise e Reestruturagao do Estado do Brasil" — Editora de 31% dos salarios, ou seja, uma "economia" de algo como Universitaria, Recife — 1993. 11 bilboes de ddlares para o Tesouro... e em beneficio dos 802 bancos, entre os quais o Chase Manhattan e o credores. Loyds Bank tinham ja aprovado a formula de reestruturagao Entretanto, o FMI recomendou tambem emendas consti- da divida. Cf. Folha. de Sao Paulo, 16 de margo de 1993. tucionais que permitiriam a privatizagao rapida dos "setores (lS) Ha alguns anos atras, o Sr. Cardoso teve o tftulo estrategicos" da economia: Petrobras e Telebras <19). Dai a de intelectual do ano "por sua contribuigao na analise das importancia dos debates iniciados no Congresso, em meados classes sociais". de outubro, a respeito das modificagdes da Lei fundamental Estes setores, qualificamos de "estrategicos", nao po- reclamadas pelo Sr. Camdessus desde dezembro de 1991. Co- dem ser privatizados sem mudangas na Constituigao. mo disse o Sr. Fernando Henrique Cardoso, "prescisamos <2 , 2 ) " Entrevista com o Sr. Fernando Henrique Cardoso, ainda obter o sinal verde do FMI ' " . Brasilia, agosto de 1993. O ministro tendo mais exito que seus antecessores, tal <21) Entrevista em S. Paulo, agosto de 1993. sucesso merece recompensa e o Sr. Cardoso bem poderia, Publicado no Le Monde Diplomatique, novembro de 1993. no proximo ano, langar-se na disputa presidencial. Comen- tario de um alto responsavel de um dos principals provedores de fundo do Brasil:"Fernando Henrique Cardoso conduz a O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concedo a pala- politica correta com um ritmo mais lento" Para atingir a meta vra ao nobre Congressista Haroldo Lima. fixada pelo FMI, no que concerne o deficit do orgamento, O SR. HAROLDO LIMA (PC do B — BA. Pronuncia o Congresso deve aceitar um corte de 6 bilboes de ddlares; o seguinte discurso.) — Sr. Presidente, Sr^ e Srs. Congres- outros seis bilboes virao da revisao constitucional, gragas es- sistas, por diversas vezes, denunciamos desta tribuna que a sencialmente a dispensa de funcionarios. O que e precise, Revisao Constitucional que querem impor ao Brasil tern um no Brasil, e um Pinochet suave, de preferencia um civil como carater empresarial e atende somente aos interesses de pode- Fujimori, pois os militares nao sao a solugao <:!1). rosos grupos economicos, especialmente estrangeiros. Afirma- "A fujimorizagao"... falar de fujimorizagao remete a ex- mos que a elite economica e politica de nosso Pats pretende periencia peruana, ao golpe de estado civil do presidente Al- utilizar a Revisao Constitucional para, com quorum facilitado, berto Fujimori — uma hipdtese a consdierar para o Brasil liquidar com as conquistas nacionais, polfticas e trabalhistas se a sociedade ou o Congresso fizerem obstaculo (como foi inclufdas no Texto Constitucional de 1988. o caso do Peru em 1992) ao programa do FMI. Denunciamos que, nessa empreitada revisionista que as Notas: classes dominantes elegeram como sua bandeira principal, ll) O Senado aprovou a formula de reestruturagao da contam com a subserviencia de um Congresso de maioria dfvida em dezembro de 1992. conservadora, desgastado perante a opiniao publica, em fim (2) O montante do pagamento dos juros foi limitado a de mandate, com muitos de seus integrantes respondendo 30% por uma moratdria parcial negociada com os bancos por crime de corrupgao e convivendo com o temor de que comerciais em 1989. O piano de reestruturagao devia eleva-lo a maioria de seus quadros nao se reeleja. nesse cenario para 50% suspeito que querem mudar quase a totalidade dos artigos <3) Os bancos comerciais registraram uma margem de lucro da Constituigao brasileira, pois somente quatro de seus dispo- de 55% de 1992, Ler Osmil Galindo e Tania Bacelar, Pano- sitivos nao foram objeto de emendas. rama Economico 1992-1993 Fundagao Joaquim Nabuco, Re- Preocupados com os seguidos adiamentos do im'cio da cife 1993. Revisao, a maioria conservadora, que detem os trabalhos do Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 589

Congresso, primeiro tentou impedir a instala^ao da CPI do tas". Que tipo de suspeitas, pergunto, precisam ser evitadas Orgamento; depois, instalada a CPI e desnudado o mar de pela Shell? lama envolvendo um sem-numero de Parlamentares, forgou Em outro ponto da reportagem de Veja, ha o relato de um agodado encerramento das investigagoes, legando ao Con- uma reuniao, realizada em Fortaleza, em 20 de janeiro, com gresso um relatorio repleto de falhas injustificaveis. Agora, 25 representantes das 100 maiores empresas de capital estran- mais uma vez, temerosos de que a punigao dos corruptos geiro no Pals, entre elas a Scania, White Martins, Nestle, venha a atrapalhar a Revisao, querem pressa na tramitagao Siemens, Bayer, Xerox e Monsanto, que se dispdem a gastar dos processes de cassagao de mandatos, pouco se importando 2,5 milhdes de ddlares em campanha publicitaria de apoio se haverd ou nao prazo para que todos se defendam ou para a Revisao. E mais; pretendem, segundo dizem, escorar com que se investigue possiveis e provaveis omissoes da CPI. dinheiro as campanhas dos parlamentares que votarem a favor Sou de opiniao que o julgamento dos acusados de corrup- das "reformas necessarias para o desenvolvimento do Pals", gao deva ser rigoroso e que as investigagoes a cargo da Corre- ou seja, que votarem a quebra dos monopdlios estatais na gedoria devem ser aprofundadas para punir ou inocentar os Revisao. Na minha opiniao, o nome disso e suborno, que nomes investigados. O que nao se pode aceitar e que se atro- o Cddigo Penal Brasileiro tipifica como crime passi'vel de pri- pele prazos e leis para punir alguns Parlamentares e inocentar sao. outros, simplesmente para se garantir o im'cio da Revisao Contudo, Sr. Presidente, o mais grave no relato dessa Constitucional. Ademais, considero um escandalo Parlamen- reuniao pela reportagem da Veja e que existe ali uma afirma- tares que, mais cedo ou mais tarde, serao cassados pela Cama- gao do representante da Scania, Sr. Laerte Setubal, dizendo ra ou pelo Senado participarem da mudanga na Constituigao que o Deputado Jackson Pereira "sera o intermediario entre do Pai's, seja atraves de seu voto em plenario, seja atraves o nosso grupo e a Bancada cearense". Segundo ainda a mesma de sua influencia junto aos seus antigos liderados, seja atraves reportagem, "o Deputado Jackson Pereira, do PSDB, foi o de suas emendas apresentadas e aceitas pelo Relator. organizador da visita dos empresarios a Fortaleza". Ora, aca- Outro problema que exige uma solugao etica e transpa- bamos de realizai no Congresso uma CPI que investigou e rente diz respeito ao prdprio Relator da Revisao Constitu- denunciou relagao criminosa entre parlamentares e emprei- cional. A Mesa da Camara precisa se pronunciar sobre o teiras, unidos na tarefa de manipular o Orgamento da Uniao. requerimento, assinado por mais de 40 Parlamentares, que Diversos parlamentares respondem a proceSso de perda de solicita da Corregedoria da Casa uma investigagao sobre as mandate por causa disso; outros ainda se encontram sob inves- ligagdes do Deputado Nelson Jobim com organizagdes e em- tigagao. presas interessadas na quebra de monopdlios estatais. O escri- Pergunto ao Sr. Presidente: existe diferenga entre inter- tdrio de advocacia, do qual o Deputado Jobim era sdcio ate mediario de empreiteira e intermediario de multinacional? hd tres meses, tinha como clientes a Confederagao Nacional Que providencia a Mesa da Camara pretende tomar com rela- da Indiistria e grupos econdmicos que se colocam como possi- gao a essas denuncias? A Mesa da Camara considera normal veis compradores das estatais que podem ou nao ser privati- o fato de multinacionais estarem prometendo dinheiro para zadas, a depender do relatdrio do prdprio Jobim. Alem disso, as campanhas dos parlamentares para votarem a favor de esse escritdrio patrocinou diversas causas contra pessoas juri- seus interesses na Revisao Constitucional? Considera normal dicas de direito publico, ignorando que a Constituigao que o fato de conhecidos lobistas, como o ex-Ministro Said Farhat, o Deputado Jobim quer mudar, em seu art, 54, II, c, profbe afirmarem que existe o lobista que age publicamente e o que a Deputados e Senadores patrocinar esse tipo de causa. se mexe no escuro? Este ultimo, segundo Farhat, e o mais Outro escandalo surge agora. Sr. Presidente, com a repor- eficiente: consegue inclusive incluir palavras em dispositivos tagem publicada pela revista Veja, intitulada : "Milhdes na constitucionais aqui votados, atendendo aos interesses de Revisao". A reportagem vem confirmar tudo aquilo que te- quern Ihe paga. mos, insistentemente, denunciado nesta Casa, ou seja, o carr- Outra demincia estampada nas paginas da Veja, que pre- ier empresarial da Revisao Constitucional pretendida, o jogo cisa de esclarecimento, refere-se as viagens patrocinadas pelas de corrupgao que se esconde por tras das pressdes favoraveis multinacionais NEC, Alcoa, Shell, IBM, Siemens, Xerox, a Revisao. FIAT e GM para parlamentares brasileiros, utilizando o pre- A reportagem diz que "a reforma da Constituigao mobi- texto de visitas a fabricas, entre outros. Quern sao esses parla- liza lobbies poderosos, dispostos a gastar 100 milhdes de ddla- mentares? Isto e verdade, ou a revista esta sendo leviana? res na defesa de seus interesses" e passa a discorrer sobre Caso positive, que providencias a Mesa da Camara ira tomar? as mobilizagdes de diversos setores que querem influir na Que providencias ira tomar a Mesa da Camara diante mudanga da Constituigao. de todas essas denuncias? Sera que ira desconsidera-las e re- Em determinado trecho da reportagem de Veja, ao refe- mete-las ao arquivamento como fizeram, num passado recen- rir-se 11 proposta de quebra do monopdlio do petrdleo, o Presi- te, com um pedido de CPI para a Comissao de Orgamento? dente da Shell, Omar Carneiro da Cunha, diz: "Acho que Quero acreditar que o Presidente da Camara, que ate agora e minha obrigagao trabalhar para melhorar o Pals". Na verda- tern se conduzido de maneira reta no tratamento das denuncias de, esse senhor pretende trabalhar para melhorar a empresa de corrupgao que envolvem parlamentares, va dar tratamento a que serve, e o faz de maneira ti'pica do submundo, pois equanime a essas denuncias de corrupgao e a questao que a Shell sustenta, segundo Veja, "uma beh'ssima mansao no diz respeito ao proprio Relator da Revisao Constitucional. Lago Sul com dupla fungao: abriga escritdrios da empresa De nossa parte, Sr. Presidente, reafirmamos a posigao no andar de cima e funciona como hotel/salao de festas no do PC do B de nao participar desta Revisao, que, a cada piso tdrreo, para receber deputados, prefeitos, empresarios dia, se mostra mais escandalosamente contra o povo e o Estado ou jornalistas". Ja o Diretor de relagdes governamentais da brasileiro. Nao aceitamos inclusive a absurda proposta, jci Shell, Roberto Melo, diz que a multinacional "prefere traba- assumida pelo Relator Jobim, de se adiar por mais um mes lhar em grupo com outras empresas para nao levantar suspei- a data final para o encerramento da Revisao Constitucional. 590 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Forgar isso e enveredar-se mais ainda nessa aventura irrespon- O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- savel, que dara ao Brasil uma Constituigao que nao sera respei- vra ao nobre Congressista Jose Maria Eymael. tada por seu povo. Miiito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR — SP. Pronuncia vra ao nobre Congressista Waldomiro Fioravante. o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, O SR. WALDOMIRO FIORAVANTE (PT — RS. Pro- Sr* e Srs. Congressistas, na ultima sexta-feira, encaminhei nuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. uma representagao a Procuradoria-Geral da Repiiblica, pedin- Presidente, Sr6 e Srs. Congressistas, a Constituigao de 1988, do ao Sr. Procurador, Dr. Aristides Junqueira, que proponha bem ou mal, passou por um processo democratico, mediante imediatamente agao direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal contra a lei decorrente da Medida o qual a sociedade brasileira, de forma organizada, estava 0 vigilante e participava dos debates dos seus temas, debates Provisoria n 400, que penalizou os trabalhadores brasileiros que resultaram em uma Constituigao que nao e aquela que e, de uma forma direta, terrivel, fortfssima, a classe media sonhavamos, aquela que queriamos para o Pais, mas, entre- do nosso Pais. tanto, e democratica e legftima. E com que argumento. Sr. Presidente, Srs. e Sr* Congres- Neste momento, o que se faz, neste Congresso, nao e, sistas, apresentei a Procuradoria-Geral da Uniao essa repre- de forma nenhuma, simples revisao, e sim a elaboragao de sentagao? A argumentagao juridica e elementar, tranquila, um novo Texto Constitucional que vem nitidamente ao encon- cristalina e de facil entendimento, mesmo por aquele que tro dos interesses dos grandes grupos economicos — emprei- nao possui cultura juridica. Que fundamentos sao esses. Sr. teiras, multinacionais, banqueiros, latifundiarios — em detri- Presidente? mento da populagao brasileira. Diz a Constituigao da Repiiblica, Constituigao de 1988, Ate agora, a Revisao, com o Relator que sabidamente em seu art. 62, que uma medida provisoria nao convertida tern compromisso com as elites do nosso Pais, tern sido reali- em lei em 30 dias perde a sua eficacia. Ora, se a medida, zada mediante um processo de conta-gotas, do qual nem este provisoria precisa ser convertida em lei, o raciocinio, a conclu- Congresso consegue participar de forma democratica, nem sao logica, obvia, e que lei a medida provisoria nao e. A a sociedade brasileira, que se escandaliza ainda mais com medida provisoria, aa realidade, e um instrumento ati'pico as denuncias da revista Veja sobre tentativa de suborno de no nosso Direito, introduzido pela Constituigao de 1988, inspi- Parlamentares para votarem propostas de interesse dos grupos rando-se no modelo parlamentarista da Italia, principalmente, economicos, tais como a privatizagao da TELEBRAS e da mas e um instrumento singular dentro do processo constitu- PETROBRAS. A falta de participagao da sociedade repre- cional. E um instrumento tinico, com caracten'sticas persona- senta uma situagao antidemocratica e traduz ilegitimidade. h'sticas e que nao se confunde com a lei. Tanto assim que Sr. Presidente, ja faz mais de dois meses que as galerias a Constituigao diz: medida provisoria tern eficacia de lei, mas desta Casa encontram-se fechadas, sob o pretexto de que tern que ser convertida em lei em 30 dias para nao perder estariam fazendo reformas. No dia-a-dia, estamos aqui e nunca a sua validade. vimos operarios trabalhando. Tenho diividas. Sr. Presidente, Ora, se, de um lado, temos que a medida provisdria em relagao a veracidade desse argumento. Sera que estao nao e lei', de outro lado, temos o art. 150 da Constituigao fazendo reforma nesta Casa justamente para impedir a partici- Federal, que, no seu inciso III, b, estabelece, com clareza pagao da populagao nas votagdes? solar, de forma iluminada, o principio da anterioridade. Este E e importante destacar, Sr. Presidente, Sr*5 e Srs. Parla- estabelece explicitamente, expressamente, que toda lei que mentares, que, quando nds, poh'ticos deste Pais, precisamos pretender criar impostos, ou majorar impostos, excetuadas do voto da populagao brasileira, dirigimo-nos, com a maior as excegdes da Constituigao que nao agasalham o Imposto cara-de-pau, as vilas, as comunidades, aos sindicatos, no cor- de Renda, esta lei tern que ser publicada no exercfcio anterior. Nao foi o que aconteceu com a lei decorrente da Medida po-a-corpo com a populagao, pedindo votos para podermos ? representa-los neste Congresso. Entretanto, no momento em Provisoria n 400. A medida provisdria foi editada no dia 29 de dezembro, mas a lei dela decorrente, que germinoc que o povo precisa pedir e fiscalizar o voto dos Parlamentares, ? esta Casa nao se pode furtar de recebe-los. Esta deve ser da Medida Provisdria n 400, veio a ser publicada somente a Casa da democracia, a Casa da populagao brasileira, e fe- agora, no mes de janeiro. Portanto, e clara a ferida constitu- cham-lhes as portas sob o falso argumento de que estao fazen- cional. do reformas. E mais. Sr. Presidente, a prdpria lei, no seu texto, diz claramente, expressamente, que os efeitos da lei derivada Sr. Presidente, fago uma solicitagao a Mesa desta Casa 0 no sentido que se abram imediatamente as galerias, para que da Medida Provisdria n 400 estarao presentes no calendario a populagao brasileira possa aqui se fazer presente e assistir de 1994. Ou seja, a prdpria lei abriga no seu seio, de forma aos trabalhos, sob pena de estarmos violando um prinefpio flagrante, incontroversa, a inconstitucionalidade. basico do processo legislative, que e o da publicidade dos Vejam que absurdo; a prdpria lei publicada em 1994 diz seus atos. De galerias fechadas, com Relator que representa textualmente que ela tern que produzir os seus efeitos no os interesses das elites e Parlamentares que nem sequer partici- mesmo ano-calendario de 1994. Houvesse um estudante de pam do processo, porque as medidas aqui vem em gotfculas, Direito, nem precisaria ser do ultimo ano, poderia ser do nao pode haver sucesso na Revisao. segundo ano, quiga ate do primeiro ano, a assessorar a equipe Tenho certeza de que, se essas medidas nao forem adota- econdmica, e nao se cometeria tamanha insensatez juridica. das, a Revisao Constitucional vai resultar em uma Consti- Senhor Presidente, Srs. Congressistas, gostaria tambem tuigao muito pior do que as elaboradas nos poroes da ditadura de aproveitar esta oportunidade para estimular as forgas orga- militar, que vigoraram nas epocas negras da Histdria de nosso | nizadas do Pais, para estimular todos aqueles que tem legitimi- Pais. dade a proper uma agao direta de inconstitucionalidade; para Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. estimular os sindicatos, que sao partes legi'timas, - oropor Fevereiro de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 591 mandados de seguranga coletivos. Assim, estarao prestando No seu art. 2", a emenda propde nova redagao para o relevante servigo a consciencia jun'dica do Pai's e ajudando art. 82 da Carta Magna, fixando em quatro anos o mandato a erradicar logo, sem mais tardanga, sem mais demora, mais presidencial. essa agressao ao ordenamento jun'dico constitucional patrio. Com efeito. Sr. Presidente, Srs. Congressistas, diversas Falo com o mesmo grau de confianga que tinha quando sao as razdes que recomendam a redugao do mandato do nesta Casa levantei, ja no im'cio do ano passado, a premissa, Chefe do Poder Executivo. Um mandato mais curto favorece a afirmagao de que a emenda constitucional que criava o a democratizagao, uma vez que pen'odos prolongados tendem IPMF e suprimia o princi'pio da anterioridade era inconstitu- a hipertrofia do poder. A America Latina e o nosso prdprio cional, porque feria uma clausula petrea. Esta premissa veio Pai's sao exemplo disso. Nao foi por acaso que, no pen'odo a ser depois, por unanimidade, reconhecida pelo Supremo autoritario, o mandato do Presidente da Republica chegou Tribunal Federal. a durar ate seis anos. Dessa forma, o mandato mais curto O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — (Faz soar a cam- e particularmente aconselhavel para os paises que pretendem painha.) consolidar e fortalecer as instituigdes democrdticas, como o nosso. O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Ja concluo. Sr. Presi- Outra razao importante que justifica plenamente a redu- dente, desde ja agradecendo a consideragao de V. Ex' gao do mandato presidencial e a necessidade de diminuirmos E com a mesma convicgao, com o mesmo grau de certeza, os anos eleitorais. Hoje, ha eleigdes quase todo ano. Tivemos que lango aqui este brado de animo. A sociedade brasileira eleigdes em 1988, 1989, 1990 e 1992 e teremos este ano; ou precisa reagir; ela tern os instrumentos constitucionais a sua seja, nos ultimos sete anos, so em dois nao houve ou nao disposigao, portanto, deve utiliza-los, junto ao Supremo Tri- havera eleigdes. bunal Federal, junto aos jui'zes de Primeira Instancia, no con- Isso, indubitavelmente, pode levar a um desgaste do regi- trole difuso da constitucionalidade, derrubando a lei que me democratico devido a vulgarizagao do voto, sem falar nos afrontou as pessoas fi'sicas brasileiras, os trabalhadores, e que gastos elevadfssimos das campanhas e na inegavel paralisagao penalizou tao severamente a classe media com esse absurdo da economia nacional nos anos eleitorais, devido a instabi- aumento da aliquota do Imposto de Renda. Muito obrigado. lidade natural que caracteriza esses pen'odos. O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- Deste modo. Sr. Presidente, se a partir deste ano ja for vra ao nobre Congressista Victor Faccioni. (Pausa.) adotado o mandato presidencial de quatro anos, havera coinci- Concede a palavra ao nobre Congressista Luci Choinacki. dencia das eleigdes para a Presidencia da Republica, Con- (Pausa.) gresso Nacional e para os Governos estaduais, nao apenas Concede a palavra ao nobre Congressista Valmir Cam- casualmente, mas de forma permanente, em 1998, 2002,2006, pelo. etc. Tal coincidencia de eleigdes contribuira decisivamente O SR. EDISON ANDRINO — Sr. Presidente, pego a para resolver um dos problemas institucionais mais graves palavra pela ordem. do Pai's; o de Presidentes da Republica que se elegeram isola- damente, muitas vezes sem programa de governo, por fora O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concedo a pala- e por cima dos partidos poh'ticos e do Congresso Nacional. vra ao nobre Congressista. Esse problema e causado exatamente por um mandato presi- O SR. EDISON ANDRINO (PMDB — SC. Pela ordem. dencial que nao coincide com as legislaturas do Congresso Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria de regis- Nacional. Tal desencontro dificulta, quando nao impede, a trar, aqui, o meu protesto contra o jornal O Estado de S. formagao de maiorias definidas do Parlamento e bases parla- Paulo de hoje, que traz uma materia com uma relagao de mentares majoritarias comprometidas com o programa de go- Deputados que nao teriam participado da votagao na sessao verno do Executivo. de ontem. Estamos convencidos de que a ausencia de tais bases Para surpresa minha, consta meu nome aqui, mas parti- parlamentares e uma das causas principais da crise ora viven- cipei de toda a votagao, desde as 14h, quando cheguei ao ciada no Governo do Presidente Itamar Franco, como tambem plenario, ate o final da sessao, as 22h, assim como outros por um dos problemas mais evidentes do fracassado Governo Deputados que participaram e tambem constam da relagao. Fernando Collor de Mello. Se os partidos poh'ticos, o Con- Fago aqui meu registro e meu protesto, esperando que gresso Nacional e o Presidente da Republica nao tern progra- o jornal corrija esse erro cometido. Muito obrigado. mas definidos, essa ausencia de rumos favorece o fisiologismo, o "toma-la-da-ca", a instabilidade e o desgoverno. O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concedo a pala- Assim, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, a redugao do vra ao nobre Senador Valmir Campelo. mandato presidencial e a conseqiiente coincidencia das elei- O SR. VALMIR CAMPELO (PTB — DF. Pronuncia gdes para o Congresso e para a Presidencia da Republica o seguinte discurso.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, contribuirao enormemente para que o Pai's va ao encontro com o apoio de 52 Senadores, apresentei, em abril do ano da tao almejada estabilidade poh'tico-institucional, condigao passado, uma proposta de emenda a Constituigao prevendo tao necessaria para que possamos superar os graves problemas a reeleigao do Presidente da Republica, dos Governadores econdmico-sociais que nos afligem. de Estado e dos Prefeitos municipais, bem como a redugao Para concluir, e importante ressaltar que o mandato de do mandato presidencial para quatro anos. quatro anos para Presidente da Republica nao e estranho A proposta, classificada como PEC n? 04, de 93, tramitou a nossa experiencia constitucional, uma vez que a primeira normalmente nas Comissdes- Tecnicas do Senado e, com o Constituigao Republicana, a de 1891, fixou em quatro anos im'cio dos trabalhos de Revisao Constitucional, encontra-se, o mandato presidencial, pen'odo tambem adotado pelas Cartas juntamente com outras proposigoes no mesmo sentido, sob de 1934 e de 1967. a apreciagao do Congresso Revisor. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. 592 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- Constitucional por um ato de vontade prdpria, pois sabemos vra a nobre Congressista Jandira Feghali. (Pausa.) que, na verdade, ele assumiu essa fungao porque a Casa assim Concede a palavra ao nobre Congressista Antonio Falei- o decidiu. Ougo insinuagdes mais do que maldosas, de ma-fe, ros. (Pausa.) acusagdes que nao cabem neste momento em que a Casa Concede a palavra ao nobre Congressista Luiz Girao. ja esta conspurcada o suficiente com as acusagdes piiblicas que pesam sobre mais de duas dezenas de seus membros. O SR. LUIZ GIRAO (PDT — CE. Pronuncia o seguinte Por que? Porque, ha tres meses, Nelson Jobim tinha um discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- escritdrio de advocacia e defendia A, B e C. E o que isto gressistas, venho novamente a esta tribuna, preocupado, a quer dizer para alguns? Que Nelson Jobim vai ser o relator cada dia que se passa, com a forma de atua^ao das cmpresas capaz de abrir a telefonia a privatizagao, que vai aconselhar multinacionais do setor de leite. Ja chamei a atengao desta a privatizagao da Previdencia, que, por certo, vai abrir o mono- Casa para a forma ousada como as multinacionais estao atuan- polio da Petrobras. Meus amigos, pelo amor de Deus, um do e como o nosso Pafs esta nas maos das multinacionais Relator nao faz nada disso. Vou votar pela manutengao do do leite. monopdlio da Petrobras, pela manutengao do monopdlio da O Deputado Jamil Haddad, quando Ministro da Saiide, telefonia; vou votar pelos monopdlios dos quais o Estado fez um acordo com as multinacionais da industria farmaceutica nao pode abrir mao. Mas, qualquer que seja o parecer dado no sentido de que os remedios pudessem ter um nome gene- por Nelson Jobim a essas questdes, sei que sera o que S. rico, o que nada mais era do que uma protegao as pessoas Ex' pensa e nao aquilo que os outros gostariam que ele pensas- que nao tern condigoes de comprar medicamentos em virtude se. E e exatamente por isso que S. Ex' e o Relator da Revisao dos seus pre90s abusivos hoje no mercado oncedo a palavra Constitucional. a nobre — em determinadas ocasioes, eles subiram de 63% Nds temos o direito, sim, de obstaculizar os trabalhos; a 85% acima da inflagao. Hoje, o Governo procura um acordo temos o direito de nao dar quorum; temos o direito de empur- e uma forma de impedir que isto acontega. rar com a barriga, o quanto pudermos no tempo, as decisdes Li, na revista Exame, que uma multinacional do leite sobre a Revisao Constitucional. esta atuando no mercado. Em nenhum pafs serio do mundo. Eu tenho o direito de nao concordat com quern quer Sr. Presidente, isso e permitido. Quero que isto fique regis- a privatizagao da Previdencia. Mas quern, por exemplo, decide trado nesta Casa, para que amanha, quando acontecer o que que o monopdlio do petrdleo deve ser quebrado, tambem venho prevendo, alguem se lembre de que o Deputado Luiz tern o direito de discordar de mim que nao quero que isso Girao esteve aqui e falou do assunto. No dia 4, havera um acontega. Mas nao sera o parecer de Nelson Jobim — e aqui leilao em Pernambuco. O Governo brasileiro, atraves do Con- esta a maldade, aqui esta a ma-fe, aqui esta a inveja de quern selho de Desenvolvimento Economico, tern que tomar uma nao tern o talento e o trabalho, de quern nao alcangou em posigao acerca da forma como estao se processando as incorpo- oito anos de Casa a projegao nacional que S. Ex' alcangou ragoes no setor leiteiro brasileiro. Isso e muito serio! — repito: nao sera o parecer do Nelson Jobim que ira resolver Esta e a quinta vez que chamo a atengao da Casa para isso ou aquilo para a Revisao Constitucional, Resolvera o este assunto, porque creio que se faz necessaria uma apuragao, Plenario desta Casa, e em duas votagdes. Nds resolveremos. pelo Governo brasileiro, quanto a forma como as empresas Nao sera o Deputado Jobim que vai quebrar o monopdlio estao sendo adquiridas. Uma determinada empresa ja adquiriu disso ou daquilo, e nem sabemos qual sera o parecer de S. outras no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Ex" sobre isso. Mas garanto a V. Ex's que nenhuma dessas Janeiro, em Sao Paulo, em Goias, em Brasilia, na Bahia e, diatribes que atiram sobre meu h'der, meu colega, meu amigo, agora, parte para Pernambuco. Quando menos esperarmos, meu irmao Nelson Jobim, ira fazer com que ele mude de o povo brasileiro estara de joelhos a esmolar preqos. O setor ideia, mude o passo, que se curve, que seja submisso e subser- de leite brasileiro ficara resumido a duas empresas no Pafs, viente. Isto nao e polftica. se nao houver uma forma de barrar o crescimento exacerbado E meu ultimo ano nesta Casa. Nao sou candidate a reelei- dessa empresa italiana, que nem sequer foi investigada pelo gao, talvez porque nao tenha estdmago para engolir sapos nosso Governo. Nada se conhece sobre como esse dinheiro todos os dias. Mas nao posso, nao permito e nao consinto aparece aqui de uma hora para outra. Depois dos escandalos que nenhuma voz do meu Partido se levante nos termos em na Italia, fico ate me perguntando se esse dinheiro nao provem que estou levantando a minha voz para dizer que isto nao da corrup^ao italiana e esta vindo desta forma para ca, porque e polftica. o Brasil e o saco da porcaria do mundo. Todos os dias desabam nesta Casa desaforos de um depu- Mais uma vez chamo a atengao dos companheiros e pe^o tado contra outro deputado, por qualquer falha, porque deu que examinem, com cuidado, a forma como essa multinacional um aparte mal dado, porque pediu uma questao de ordem esta atuando no mercado de leite brasileiro. fora de tempo, porque entendeu que deveria falar quando Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. nao podia, porque pura e simplesmente pertence a um partido a que o outro nao pertence, e la vem desaforo. E o desaforo O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- e um pesado. Nao se diz insolencia para o parlamentar; se vra ao nobre Congressista Mendes Ribeiro. diz para esta Casa! Se esta Casa tern um Relator que se coloca O SR; MENDES RIBEIRO (PMDB — RS. Pronuncia sob suspeita, e este relator foi escolhido pela Casa, e a Casa o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, que esta sob suspeita! (O Sr. Presidente faz soar a campainha) Srs. Congressistas, tenho ouvido, com muita tristeza, manifes- Eu ja concluo, Sr. Presidente; contra a vontade, mas obediente tagdes seguidas e duras contra o Deputado Nelson Jobium, ao tempo, ja concluo. Relator da Revisao Constitucional, e fico me perguntando Se esta Casa encontra no Deputado Nelson Jobim um por que. Relator que nem sempre afina com a minoria que nao quer Nelson Jobim foi Li'der quando dos trabalhos da Consti- a Revisao, esta Casa nao tern o direito de assacar nada contra tuinte de 1988, e me pergunto se hoje e Relator da Revisao o Deputado Nelson Jobim, embora tenha todo o direito de Fevereiro de 1994 DlARlO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 593 dizer que a maioria errou quando escolheu o Deputado Nelson "Ao lembrar que o gestor e o fiscalizador nao Jobim como Relator da Revisao Constitucional. podem ser a mesma pessoa, Jose Bisol condenou a Meu apelo e para que nos respeitemos. Bastam. Sr"" e classificagao de processes sigilosos, no Tribunal de Srs, Congressistas, as manchetes de todos os dias, as imagens Contas da Uniao para imimeras investigagoes e agoes de todos os dias, as noti'cias dc todos os dias! Quando e que que, no fundo, nao passam de processes para privilegiar o Congresso esti bem? O Congresso esta bem quando, a?oda- certos criminosos. Bisol criticou a autonomia do Tribu- damente, modifica o seu Regimento Interno, diminuindo o nal de Contas da Uniao em nomear o seu prdprio Minis- prazo de defesa dos colegas acusados. O Congresso estd bem terio Publico, condenando a legislagao deu direito ao quando tem alguem na berlinda. O Congresso estci bem quan- Tribunal de Contas da Uniao de estabelecer se um do se sangra na veia da saude. O Congresso esta bem enquanto processo sera ou nao sigiloso. Quando Ihe sinteressa estamos esfaqueando os nossos pelas costas. proteger uma pessoa, transformam o processo em sigi- Isto nao e politica. Poh'tica nao e a arte de atirar pedras loso. E nao tem Ministerio Publico para fiscalizar sua em quern se evidencia; poh'tica nao e a arte de falar mal atividade, porque o Ministerio Publico e deles". Para porque nao tem assunto. Esta e uma Casa aberta, desarmada, Bisol, "e esse tipo de cultura poh'tica que tem que com cn'ticos sem compostura em demasia. acabar no Brasil." Nao fiquem agastados com o colega que acaba de falar. Sabem V. Ex' que dedico ao precitado parlamentar o Entendam, por favor, que e apenas um apelo para que com- mais profundo respeito pelo seu saber jun'dico e pela extrema preendam que o Deputado Nelson Jobim nao se nomeou Rela- dedicagao qeu tem a sua vida parlamentar. tor; que S. Ex' nao ira aprovar as modifica?6es da Carta. O Tribunal de Contas da Uniao e uma instituigao secular, O Plenario nomeou Jobim. O Plenario decidira o que sera de natureza essencial ao controle democratico dos gestos pii- e o que nao sera modificado. E deveriamos ser felizes, como blicos. eu sou, por termos na relatoria da Constituinte o talento, Quanto a forma de organizagao cabe registrar que confor- a retidao e a capacidade do Deputado Jobim. me assinala a manogrofia "Como controlar o Estado", de Aos medicos desta Casa, eu recomendo que jamais to- mcm por cliente alguem que tenha dinheiro ou que seja proxi- autoria do eminente Marcos Valerio de Araujo, em trabalho premiado pelo Tribunal de Ciintas de Esparia e pela Sociedade mo a Federagao das Indiistrias. Aos engenheiros desta Casa, Estatal Quinto Centenario, mais de sete pafses entre as entida- eu recomendo que jamais fagam qualquer piano para esse des de fiscalizagao superior ibero-americanas, adotam sistemas mcsmo tipo de gente. Aos arquitetos, idem. Aos comuni- de controle, em forma de drgao colegiado. Alias, em Portugal, cadores, tambem. Triste democracia quando um homem tem que provar Espanha e Venezuela atuam diretamente junto as Cortes de para os seus companheiros que os ataques graciosos e de Contas o Ministerio Publico especializado. ma-fe surgem apenas porque a evidencia corrdi as entranhas As instituigoes brasileiras passam por profundos proces- de quern, nao tendo outros argumentos, resolve atirar pedras ses de aperfeigoamento, numa decorrencia natural do amadu- nos seus iguais. recimento democratico da sociedade, sendo alientador os Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. questionamentos quando formulados visando primora-las. No Brasil, a Constituigao Federal de 1988 trouxe nova O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concedo a pala- fisionomia ao Congresso Nacional, atribuindo-lhe no seu arti- vra ao nobre Congressista Carlos Kayath. go 73 o direito de escolher 2/3 dos Ministros que comporao O SR. CARLOS KAYATH (Bloco PTB — PA. Pronuncia aquela Corte, e no mesmo artigo dispde que o preenchimento oseguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, de 1/3 das vagas depende de aprovagao do Senado Federal. Srs. Congressistas, venho aqui fazer um pronunciamento que Portanto, o Poder Legislativo — que e segundo o art. 71 diz respeito a instituigao do Ministerio Publico junto aos Tribu- da Constituigao Federal o titular do controle extemo da Admi- nais de Contas. Nele transcreverei uma entrevista concedida nistragao Publica — participe ate da composigao do drgao pelo nobre Senador Jose Paulo Bisol a imprensa, relativa auxiliar dessa atividade. a essa questao. Conquanto as vagas reservadas ao Congresso Nacional Por mais respeito que tenha pelo Senador Bisol, pelo ainda nao tenham ocorrido, e fato que a instituigao do Tribunal saber jun'dico de S. Ex', pela extrema dedicagao que S. Ex' de Contas da Uniao vem acompanhando o desenvolvimento devota a atividade parlamentar, na verdade, venho aqui apre- que se verifica na prdpria sociedade. sentar as minhas divergencias quanto ao ponto de vista espo- A censura que fez o nobre parlamentar ao fato de ser sado por aquele digno Senador. E venho aqui. Sr. Presidente, o prdprio Tribunal de Contas da Uniao quern decide se o expressar o meu apoio aos Deputados Adylson Motta, Darci procesos e sigiloso ou nao e que esse procedimento privilegia Coelho, Adroaldo Streck, Luis Eduardo Magalhaes e outros certos criminosos, causa estranhesa. que tambem apdiam a existencia e a permanencia do Minis- O prinefpio do contraditdrio e da ampla defesa autorizam terio Publico separado, especializado, juntos aos Tribunais a que certas apuragdes, quando se tem em vista os superiores de Contas da Uniao e dos Estados. interesses da Administragao Publica, se processam sob a chan- Pego que V. Ex' de como lido o meu pronunciamento. cela do sigilo, como ordinariamente facultam os Cddigos de DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. Processo Civil e Penal e procedem todas as instancias do Judi- CARLOS KAYATH EM SEU DISCURSO: ciario. Esse procedimento, h'cito, visa resguardar apenas as apuragdes, protegendo tambem inocentes de acusagdes levia- Senhor Presidente, nas ate que o mfnimo de indfeios de veracidade seja estabe- Senhores Deputados, lecido. O jornal O Liberal de meu Estado — o Para — publicou Acreditam os senhoras que a nao condenagao de um no dia 18 de janeiro de 1994, pag. 4 do caderno 2 notfeia cidadao acusado nesse turbilhao de denuncias que ocorreram na qual atribui ao Senador Paulo Bisol a seguinte declaragao: com a Comissao Parlamentar de Inquerito do Orgamento enui- 594 Quinta-feira 3 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 vale em seus efeitos a senten^a do inocencia? Repara o dano Outro exemplo, in casu" de combativa atuagao, e do sofrido com a acusa^ao? Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas do Distrito For vezes a chancela de sigilo e necessaria nao a defesa, Federal, que a propdsito, tambem esta com lotagao aquem mas a coleta de provas. Sua Ex' nao leu o no Diario Oficial de suas necessidades. A assesscria deste Deputado colheu dezenas de profeitos julgados porque foram flagrados com na imprensa noticias dando conta que: Ministerio Publico jun- o dinheiro das prefeituras, no bloqueio do Piano Collor, em to ao Tribunal de Contas do Distrito Federal denuncia a poli'cia suas contas particulares? O escandalo da compra de bicicletas quadrilha de falsificadores de certiddes de tempo de servigo, e guarda-chuvas pelo Ministerio da Saiide? A auditoria no evitando prejui'zo ao erario que ultrapassaria a cifra de milhdes Instituto Nacional de Servigo Social e em tantos outros drgaos, de ddlares; Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas inclusive a pedido do Congresso Nacional? Pois saiu publicado do Distrito Federal quer explicagdes sobre Resolugao da Ca- no Diario Oficial? mara Legislativa do Distrito Federal que criou 273 cargos; Parece-me, porem, que aos Ministros do Tribunal de Con- Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas do Distrito tas da Uniao nao cabe fazer da "mi'dia" cenario onde desen- Federal denuncia servidores fantasmas; Ministerio Publico volvam acusagoes antes julgar, como alguns oportunistas po- junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal questiona deriam pretender. o empreendimento de Aguas Claras etc. Fui informado por Ha ainda outro irremediavel equi'voco nas palavras atri- urn de seus membros, o Dr. Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, bui'das ao nobre Senador Bisol: O Tribunal de Contas da da firme atuagao que o Ministerio Publico junto ao Tribunal Uniao nao tern Ministerio Publico "deles". Ha, como previsto de Contas do Distrito Federal vem tendo com relagao ao na Constituigao Federal, urn Ministerio Publico que atua jun- Metro e as contratagoes sem concurso publico que chegaram to, repito, junto ao Tribunal de Contas da Uniao. A ele nao a quase 13.000. se subordinia; utiliza-se sim da estrutura do Tribunal, mas No meu Estado, o Ministerio Publico junto ao Tribunal sao absolutamente independentes na elaboragao de pareceres. de Contas do Estado do Para esta, e forgoso reconhecer, A honradez e dignidade de seus membros, aliados aos princi- melhor delineado que o Ministerio Publico junto ao Tribunal pios institucionais do "parquet" afastam o carater de sub- de Contas da Uniao. A legislagao complementar local colocou missao. a instituigao no ambito pleno de todos os principios delineados Recordo aqui, por ser recente, a altivez com que se houve pela Constituigao Federal de 1988, com orgamento proprio o ilustre Procurador do Ministerio Publico, Jatir Batista da e receita vinculada a instituigao. O modelo do Tribunal de Cunha, ao postular o afastamento do Sr. Lafaiete Coutinho Contas do Estado do Para foi considerado "ideal" no Encontro Torres da Presidencia do Banco do Brasil, promovendo inclui- Nacional de Procuradores do Ministerio Publico junto aos sive sustenta^ao oral em defesa dessa medida, quando muitos Tribunais de Contas ocorrido em Brasilia, no pen'odo de 16 se calaram ante o Poder. Cabe registrar que tal providencia a 20 de abril do ano passado, tanto que os outros "parquet" foi intentada a pedido do ilustre Procurador-Geral da Repii- congeneres estao buscando estruturagao identica ao meu Esta- blica que, com base na Lei do Tribunal de Contas da Uniao do, fato que ao final culminara por afastar de vez ideias de pediu ao Ministerio Publico junto ao Tribunal de Contas da que o Ministerio Publico que atua junto as Cortes de Contas Uniao providencias para o afastamento, numa inequfvoca a essas estaria submisso. demonstragad de harmonia e interatividade entre as institui- Em mais de 18 Estados da Federagao o Ministerio Publico gdes. junto ao Tribunal de Contas esta delineado conforme prescrito No mesmo diapasao, num tributo a Justiga, cabe obtem- na Constituigao Federal de 1988. perar que a inobservancia que o nobre Senador atribui ao A revisao constitucional e o momento certo para aperfei- Ministerio Publico e ofensivo a dignidade e devogao de mais goarmos as instituigdes brasileiras que vem dando significativa de 30 anos de servigo do Sr. Francisco de Salles Mourao contribuigao a sociedade. Congratulo-me com os Deputados Branco, Procurador-Geral do Ministerio Publico junto ao Tri- Adylson Mota, Darci Coelho e Adroaldo Streck pelas Pro- bunal de Contas da Uniao, hoje aposentado. A simples leitura postas n* 3130-9, 3559-1, 4834-8, observando que a primeira das atas do Tribunal de Contas da Uniao no Diario Oficial jd conta com o apoio dos nobres Deputados Luis Eduardo sao claros demonstrativos da eficiencia com que desempenhou — PFL/BA, Delio Braz — PFL/GO, Darci Coelho — PFL/ suas fungoes e quantas vezes foram seus pareceres escolhidos TO, Mario Chermont — PP/PA, Jose Elias Moreira — PTB- contra interesses de poderosos. MS, Waldir G uerra — PFL-MS, Levi Dias — PPR/MS, Nilson E imperioso registrar que esses dois grandes nomes das Gibson — PE, — Osvaldo Melo — PA, Elisio Curvo — MS, letras jun'dicas citados constituem uma instituigao Minis- Nelson Trad — PTB/MS — Miirilo Guimaraes — PFL/MS terio Publico junto ao Tribunal de Contas da Uniao que — Hermmio Calvinho — PMDB-PA, que colocam o Minis- vem funcionando em carater precario porque o concurso pra terio Publico junto aos Tribunais de Contas na linha evolutiva o preenchimento das cinco vagas la existentes foi suspenso necessaria ao seu aperfeigoamento. em virtude de ajuizamento de Agao Direta de Inconstitucio- a hora em que se deve considerar as criticas construtivas nalidade — ADIN n0 789-1-600. Nessa agao questiona-se os e somar esforgos par ao bem do Par's, deixando que a sereni- limites da autonomia do Ministerio Publico junto ao Tribunal dade e a amadurecida reflexao sobreponham-se a intransi- de Contas da Uniao. Embora o Supremo Tribunal Federal gencias e rompantes que nada acrescentam, porque nada vi- esteja sendo presidido por ex-membro do Ministerio Publico sam construir. junto ao Tribunal de Contas da Uniao, Luiz Octavio Gallotti e mesmo ciente da gravidade da ausencia de decisao sobre O SR. PRESIDENTE (Nabor Junior) — Concede a pala- essa Agao Direta de Inconstitucinalidade — ADIN, a Colenda vra ao nobre Congressista Nicias Ribeiro. Corte nao adotou qualquer providencia para acelerar a trami- tagao do feito. O prejui'zo dessa omissao e nao so do Tribunal O SR. NICIAS RIBEIRO (PMDB — PA. Pronuncia o de Contas da Uniao, mas principalmente, da propria socie- seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, dade. Sr*s e Srs. Coneressistas. estamos na fase da revisao da nossa Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 595

Constitui^ao, e comegam a surgir os primeiros pareceres do Por isso fago um apelo no sentido de que esta Casa, ilustre Relator Nelson Jobim, de que este Congresso Revisor mantenha na nossa Consti- Ainda ha pouco, o Congressista Mendes Ribeiro fazia tuigao o monopolio estatal das telecomunicagdes, assim como alusdes ao comportamento do Deputado Nelson Jobim, defen- o monopolio estatal do setor eletrico. dendo-o das cn'ticas que estao sendo assacadas contra S. Ex" Quanto ao monopolio do petrdleo, a meu ver, e neces- Evidentemente, o Deputado Nelson Jobim merece de mim sario, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, que seja feita uma e — creio — desta Casa todo o respeito. Mas, no momento avaliagao um pouco mais profunda. A nossa Constituigao prof- em que determinadas posigdes de S. Ex' nao satisfazem o be ate mesmo que uma empresa privada implante neste Pafs interesse ou a visao deste ou daquele Congressista, comegam refinaria para beneficiamento do petrdleo, o que, no meu as criticas ao nosso Relator da Re visao Constitucional. modo de entender, e um absurdo; razao por que entendo Entendo que nesta Revisao e nos pareceres de S. Ex' que o monopolio do petrdleo deva ser melhor estudado, me- existem algumas questdes que preocupam este Deputado. Ihor avaliado. Uma delas, por exemplo, e quando S. Ex', na analise das Embora eu defenda a existencia permanente da Petro- propostas ao art. 29 da Constituigao, resolveu apresentar um bras, a sua intocabilidade, comego a discutir, a conversar sobre substitutivo retirando o salario dos ilustres Vereadores dos o acerto da manutengao do monopolio absoluto do petrdleo munidpios, chamados de pequenos. S. Ex' propde tambem no Brasil por parte da Petrobras. que o niimero de edis das Camaras Municipais destes munici- Entendo que o petrdleo deva ser pesquisado por empresas pios seja reduzido para cinco. outras e nao apenas pela Petrobras — ate mesmo porque Creio que nove, como numero mi'nimo de Vereadores ja houve contratos de riscos — , assim como deve, tambem, no Pat's, e um numero grande; entretanto, cinco e um numero esse petrdleo, se achado, ser devidamente explorado e benefi- demasiadamente pequeno. Sugiro, portanto. Sr. Presidente, ciado, desde que, evidentemente, a nossa Nagao, o nosso que fiquemos com o meio termo, com o numero que fora Pafs se estruture de tal forma, de tal ordem que os impostos estipulado pela Constituigao de 1967, com a emenda de 1969, sejam devidamente recolhidos aos cofres do Poder Piiblico. ou seja, o numero sete. Penso que sete Vereadores e o numero Portanto, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, a meu ver, ideal para as Camaras dos Municipios chamados de pequeno este e o grande momento para que esta Casa possa, nesta porte. 5 Revisao Constitucional, fazer uma avaliagao prudente, calma Tambem nao posso concordar que S. Ex' , os ilustres e tranqiiila sobre a nossa atual Constituigao. Vereadores deste Pals, de munici'pio grande ou de municipio pequeno, fiquem sem os seus vencimentos. Ate mesmo a Bf- A meu jufzo, apesar da urgencia no sentido da conclusao blia Sagrada diz em uma passagem, em uma fala de Jesus dos trabalhos do Congresso Revisor, com todas essas dificul- Cristo, que todo trabalhador tern direito ao seu salario. Nao dades, tomo a liberdade de sugerir aos Srs. Congressistas cabe a este Deputado, e a nenhum outro, dizer se este ou que fagam essa Revisao com absoluta tranquilidade, sem aquele Vereador, deste ou daquele Municipio, trabalha mais agressao a nenhum companheiro, principalmente ao Relator, ou trabalha menos. Essa responsabilidade, esse cuidado, essa Deputado Nelson Jobim, que tern, evidentemente, se esme- obrigagao, e do povo que elegeu um determinado Vereador. rado, procurando, em seus pareceres, traduzir a opiniao ou Isto posto, entro em desacordo com o substitutivo do a media das opinioes, propostas apresentadas a S. Ex' pelos ilustre Relator, Deputado Nelson Jobim, no que se refere ilustres Senadores e Deputados que constituem este Congresso Revisor. ao art. 29 porque entendo que nao satisfaz a totalidade da s realidade da Nagao brasileira. E importante, Sr. Presidente, Sr' e Srs. Congressistas, Senhor Presidente, quando se fala da Revisao Constitu- que os membros do Congresso Revisor possam, com calma e tranquilidade, buscar o melhor para este Pafs, discutindo cional, e importante que se toque em um dos assuntos que as questdes no seu merito, sem, em momento algum, faltar — creio eu — deverd ser dos mais polemicos nesta Casa: com o respeito a quern quer que seja. a discussao do monopolio. Infelizmente, quando se fala em monopolio, entende-se o monopolio do petrdleo da mesma Entendo, Sr. Presidente, SC e Srs. Congressistas, que forma que se deveria entender de maneira diferente o mono- esta Casa abriu o seu ventre para que pudessem companheiros polio estatal das telecomunicagdes e do setor eletrico. nossos serem punidos, conforme se falava ou se discutia de Gostaria de fazer um apelo aos Srs. Congressistas para erros cometidos por estes companheiros. Este Congresso tal- que busquemos a manutengao do monopolio estatal das teleco- vez tenha sido o primeiro ou — quem sabe? — talvez o unico municagdes neste Pais, assim como a manutengao do mono- no mundo que abriu as suas prdprias entranhas, permitindo pdlio estatal do setor eletrico, especialmente porque o setor que seus membros fossem investigados e devidamente pu- das telecomunicagdes e um setor altamente rentavel, nao so nidos. no Brasil, mas em qualquer outro pais do planeta. O telefone Portanto, e importante que os Srs. Congressistas, quer e um cheque assinado em branco sobre a mesa. Entao, e Senadores, quer Deputados, procurem resguardar, cada vez de fato um setor em que o lucro e muito certo e, portanto, mais, a imagem desta Casa, que deu demonstragao, a meu muitas empresas teriam muito interesse na sua privatizagao. ver, irretorqufvel, insofismavel da sua disposigao de reparar E a minha preocupagao, meu caro Presidente, tern funda- qualquer falha, qualquer erro, qualquer deslize de qualquer mentalmente duas razdes; primeiro, sou brasileiro e, segundo, companheiro membro do Congresso Revisor. sou da Amazonia. Imagine: se a empresa de telecomunicagao Senhor Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, esperamos fosse privada, certamente, jamais iria implantar o sistema poder caminhar com espfrito de tranquilidade, de concordia, de telefonia na Amazonia ou no Centro-Oeste, regides onde para efetuarmos a revisao constitucional, que e, evidente- certamente nao e tao rentavel o sistema. A partir daf, portan- mente, uma das coisas mais sonhadas e mais esperadas por to, essas regides ficariam mais carentes do que sao hoje, no toda a Nagao. que se refere ao setor de telecomunicagdes. Muito obrigado, Sr. Presidente. 596 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Durante o discurso do Sr. Nicias Ribeiro, o Sr. opiniao piiblica brasileira, ou, entao, esse candidate afundara Nabor Junior, 2" Secretdrio, deixa a cadeira da presi- em cada Estado as candidaturas regionais e impedira a eleigao denda, que e ocupada pelo Sr. Humberto Lucena, Presi- dos candidates proporcionais. dent e Hoje havera reuniao da Bancada do meu Partido, PSDB. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede Mudei de partido, mas nao mudei de ideias. Desde o comego a palavra ao Congressista Maurflio Ferreira Lima. do ano, quando militava no PMDB, lutava por essa alianga. Vou aproveitar a reuniao da Bancada do meu Partido hoje O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA (PSDB — PE. a tarde para manifestar, oficialmente, no seio dele, a minha Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — discordancia com a posigao do Governador Ciro Gomes e Sr. Presidente, Srs. Congressistas, trago a esta tribuna um a minha disposigao e a do PSDB de Pernambuco de lutar tema politico que, em principio, deveria ter sido discutido pela unidade das forgas sociais-democratas e pela alianga do em reunioes internas do meu Partido — PSDB. Todavia, tendo PSDB com o PMDB. em conta que o Governador do Ceara, Dr. Giro, em entrevista Era o que tinha a dizer. ao Programa "Bom Dia Brasil" e em entrevista divulgada pela imprensa escrita, condena as negociagoes que estao sendo O Sr. Germane Rigotto — Sr. Presidente, pego a palavra feitas e conduzidas pelas Presidencias do PSDB e PMDB, para uma comunicagao de Lideranga. visando a uma alianga para o pleito de 1994. Quero desta tribuna manifestar o meu desacordo com as palavras de S. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Para uma Ex- comunicagao de Lideranga, concedo a palavra ao Congressista E uma realidade em nosso Pais a alianga PSDB/PMDB. Germano Rigotto. Venho de um Estado, Pernambuco, onde essa alianga esta fechada, e seu candidate a Governador esta posto, que e O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS. Para uma o Prefeito de Recife, Jarbas Vasconcelos. comunicagao de Lideranga. Sem revisao do orador.) — Sr. Vejo no plenario o honrado Senador Garibaldi Alves Presidente, Srs. Congressistas, o Brasil, nas ultimas horas, Filho, do Rio Grande do Norte, onde a alianga PMDB/PSDB tern ouvido e lido manifestagoes do Governador Ciro Gomes tambem esta fechada. Vejo essa mesma alianga prosperar, relativamente ao comportamento do Congresso Nacional, ma- com candidatura langada, em Alagoas, na Paraiba e em mime- nifestagoes essas que atingem o PMDB. V. Ex', como Presi- ros outros Estados da Federagao. dente da Casa, ja se reportou as agressoes ao Congresso Nacio- O Governador Ciro Gomes estava ausente do Brasil e, nal, bem como o Deputado Inocencio Oliveira, Presidente certamente, nao se apercebeu da decisao politica tomada, da Camara dos Deputados. que tera grande influencia na sucessao presidencial. O PMDB, por meio de sua Executiva Nacional, por meio O Partido dos Trabalhadores, cujo candidate tern, em do seu Presidente Nacional, Deputado Luiz Henrique, e do media, 30% da preferencia nacional, decidiu, mediante pro- Secretario-Geral, Deputado Haley Margon, hoje divulgou no- posta do seu candidate ao Diretorio Nacional, quebrar a verti- ta oficial relativa as declaragdes do Governador Ciro Gpmes. calidade nessa eleigao. O PT vai se permitir apoiar em certos Em virtude de sua importancia, gostaria de ler a nota Estados candidates a Governador que necessariamente nao da Executiva do PMDB, para deixa-la registrada nos Anais. apoiem a candidatura de Lula a Presidencia da Republica. Ela diz o seguinte; A verticalidade que existia nas eleigoes era de ordem politica e nao formal. Com essa decisao do PT, a verticalidade nao existe mais, e a alianga PSDB/PMDB pode ser montada em O PMDB, por solicitagao do Presidente do PSDB, ambito nacional, excluindo, nas diversas regioes, as segoes Dr. Tasso Jereissati, vem mantendo com esse Partido contrarias a essa alianga ou nas quais ela seja inconvenient^^ conversagdes de alto m'vel, com vistas a articulagao E bem verdade que uma candidatura social-democrata de am- da sucessao presidencial. Nesse dialogo, temos colo- bito nacional nao pode prescindir em Sao Paulo da candidatura cado os interesses do Pais e da causa democrdtica acima honrada do Senador Mario Covas. Entao a alianga PSDB/ de idiossincrasias pessoais, regionais ou partidarias. PMDB, em esfera nacional, teria de passar, necessariamente, No entanto, o Governador do Ceard, Dr. Ciro pela candidatura do Senador Mario Covas, em Sao Paulo, Gomes, vem, reiteradamente, dirigindo agressoes as o que exclui as forgas politicas inconvenientes a esse palanque. mais descabidas e injuriosas ao PMDB e as suas Lide- A mesma coisa ocorrera no Rio de Janeiro, em Pernambuco, rangas, como acaba de fazer no dia de hoje. em Alagoas, no Rio Grande do Norte, porque e irreversivel Deploramos tal comportamento, que nao se con- esse processo de alianga das forgas sociais-democratas. Se cilia com a representatividade e dignidade do alto cargo em qualquer dos Estados da Federagao uma das segdes do que exerce e que conflita com o pensamento que vem Partido for inconveniente a essa alianga, essa segao regional sendo manifestado pela diregao do PSDB e das suas ficara, por conta do processo, exclufda da alianga. liderangas. Tenho certeza de que a maioria do PSDB, que na maioria Consciente de que e grave a crise nacional, o dos Estados brasileiros caminha para fechar alianga com o PMDB prosseguira no seu esforgo junto aos setores PMDB, nao concorda com as declaragdes do Governador mais conseqiientes da vida partiddria, no sentido da do Ceara, Ciro Gomes. 6 muito correto as forgas que repre- convergencia em tomo de um projeto que opere pro- sentam a social-democracia buscarem um candidate comum fundas reformas poh'ticas, economicas e sociais. a Presidencia da Republica. Caso contrario, nao chegaremos, Entendemos que o momento reclama grandeza, sequer, ao segundo turno. Essa e uma eleigao vinculada. As- serenidade, descortino e clarividencia, com o que pros- sim sendo, ou temos um candidate a Presidencia da Republica seguimos a luta histdrica do velho MDB e do PMDB, que tenha um projeto com largo apoio eleitoral perante a lembrando a toda hora a ligao do inexcedivel Presidente Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 597

Ulysses Guimaraes, segundo o qual; "Quern cuida das personificar como urn "novo Collor". Ele deve ter aprendido coisas pequenas fica pequeno". boas ligoes com o ex-Presidente da Republica, porque se louva Brasilia, 2 de fevereiro de 1994. no mesmo discurso, acompanha as mesmas ideias, tern o mes- Deputado Luiz Henrique mo comportamento politico, com o objetivo de conquistar Presidente Nacional do PMDB a simpatia da sociedade brasileira e poder, amanha, despontar Deputado Haley Margon nas pesquisas para a Presidencia da Republica. Secretario-Geral do PMDB. Tenho a obrigagao de dizer que ate comungo, em parte, com as opinioes do Governador Ciro Gomes, porque eu tam- bem luto pela moralizagao desta Casa, como luto pela morali- Senhor Presidente, registro nos Anais esta nota oficial zagao de todas as instituigdes desta Republica. E exatamente do Partido, que e tambem a posigao da Bancada do PMDB nesta Casa, em razao dessas agressoes descabidas, absurdas porque sou uma aluna aplicada dessa ideia do Governador ao nosso partido. Nao sei qual e o interesse de uma pessoa, Ciro Gomes, de querer moralizar esta instituigao, e que estou de uma Lideranya que, ao longo do tempo, aprendi a respeitar. apresentando a Mesa da Camara dos Deputados um requeri- Senhor Presidente, estas declara^oes e este comporta- mento, juntando xerox da materia veiculada na revista Veja, mento nao dignificam o cargo que ocupa o Govemador Giro de 2 de fevereiro de 1994. Gomes, a sua historia e o seu passado. Nessa materia, fica bastante claro o envolvimento de um Queremos repudiar as declaragoes do Governador Giro Deputado que representa o Governador Ciro Gomes aqui Gomes, deixando registrada nos Anais a nota oficial do na Camara dos Deputados; que vincula esse Deputado a gru- PMDB. pos empresariais que estao, segundo denuncia da revista, gas- Entendemos que os Colegas do PMDB na Casa e a Lide- tando milhdes de ddlares para interferirem no processo da ran§a do PSDB, que estao a todo momento tentando construir Revisao Constitucional. uma alternativa para o Pai's, uma allemativa de centro-es- Senhor Presidente, o meu requerimento e no sentido de querda, viavel, que signifique transformagoes, mudangas pro- que a Mesa da Camara dos Deputados apresente uma repre- fundas no campo economico, social e politico, esses parlamen- sentagao contra o deputado representante do Sr. Ciro Gomes aqui no Congresso — acusado de ser representante de lobistas tares, com certeza, nao estao concordando com esse comporta- mento descabido, injusto, que, realmente, nao dignifica a empresariais que querem macular e viciar o processo da Revi- pessoa de urn governador, como Giro Gomes. sao Constitucional — a fim de que, atraves dessa represen- Era isso que tinha a dizer. Sr. Presidente. tagao, a Mesa da Camara instaure o processo de perda de mandate por falta de decoro parlamentar. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Antes de Com esta atitude. Sr. Presidente, tenho certeza absoluta passar a palavra ao proximo orador, a Presidencia, sobre o de que estarei colaborando com a tese do Governador Ciro mesmo assunto, deseja ler a nota, para que conste nos Anais: Gomes de moralizar esta instituigao. Congresso Nacional Quero comegar a moralizagao saneando esta Casa, a par- Nota ao Piiblico tir da responsabilidade de representantes seus que estao sendo Noticiario de jornal de ampla divulgagao nacional da con- denunciados, conforme declara a revista Veja, por estarem ta de declaragoes do Sr. Giro Gomes, Governador do Estado gastando milhoes e milhdes de ddlares, interferindo no pro- do Ceard, atribuindo-lhe referencias ofensivas ao Congresso cesso da Reyisjo Constitucional. Nacional, cujos termos sao rigorosamente inadmissi'veis. Era o que eu tinha a dizer. Sr. Presidente. Em nome do Congresso Nacional, bem assim de todos os Srs. Congressistas, o Presidente do Senado e o Presidente O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo da Camara registram seu veemente protesto contra essa abu- a palavra ao nobre Congressista Alufzio Alves. siva forma de referir-se ao Poder Legislativo. O SR. ALU1ZIO ALVES (PMDB — RN. Pronuncia o Por ser o autor das declaragoes Governador do Estado, seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, reveste-se o episddio de gravidade maior, pois de mandatario Srs. Congressistas, deve vir a discussao, dentro de poucos de tal m'vel tern o povo direito de exigir decoro e comedimento. dias, nesta sessao dedicada a Revisao Constitucional, uma Que tome a Nagao conhecimento do repudio que tal atitude emenda que apresentei, instituindo o federalismo regional, merece. ou seja, alem da Nagao, do Estdo e do Municfpio, a regiao, Brasilia, 1' de fevereiro de 1994. como ja existe em outros pai'ses, em suas Constituigdes mais Senador Humberto Lucena, Presidente do Senado Fe- modernas. Por exemplo, Portugal, Espanha e Italia. deral. Foi a maneira que a Italia encontrou para eliminar parte Deputado Inocencio Oliveira, Presidente da Camara dos das desigualdades que separam o pai's econdmica e social- Deputados. mente. Foi a maneira que a Espanha e Portugal encontraram Concede a palavra a nobre Congressista Beth Azize. para eliminar parte das dificuldades de suas populagdes, dividi- das atraves do tempo por reivindicagdes separatistas. No Brasil, surgiram, nos liltimos momentos, movimentos A SRA. BETH AZIZE (PDT — AM. Pronunciao seguinte separatistas: ora no Rio Grande do Sul, ora em Sao Paulo, discurso. Sem revisao da oradora.) — Sr. Presidente, Srs. em varios Estados que apresentam o Nordeste como peso Congressistas, nao gostaria de abordar esse assunto na sessao morto na Nagao e do qual querem se livrar, constituindo do Congresso Revisor, mas nao e bom que nos calemos e outros pai'ses soberanos. que esta Casa nao reaja ante as denuncias, vilanias que tern Ora, Sr. Presidente, vi, hi poucos dias, estatfsticas idd- sido cometidas contra Congressistas que cumprem com a sua neas divulgadas pelo Banco do Nordeste, que apontam que, obrigagao aqui. nos ultimos dez anos, somando os recursos para obras publi- Esse e o caso, Sr. Presidente, do Sr. Governador Ciro cas, somando os recursos do Finor, o Nordeste recebeu US$10 Gomes, do Estado do Cear^, que, a meu ver, comega a se bilhdes. 598 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Os recursos do Finor nao sao propriamente recursos desti- ferencia de determinados drgaos para o Rio de Janeiro, como nados somente ao Nordeste, pois 80% deles sao utilizados e o caso do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. por empresas paulistas e empresas sulistas que la instalam Sr. Presidente, eu nao posso deixar de manifestar a minha empresas sucursais de suas matrizes no Sul. posigao com relaqao a esse assunto. Entendo que a Capital Considerando que todos esses recursos visassem apenas e Brasilia, a Capital esta em Brasilia e esta muito bem em atendei ao Nordeste — 10 bilhoes de ddlares em 10 anos Brasilia. Entendo que no momento em que temos a Capital, — somente o saldo de exporla^ao do Nordeste, neste mesmo o Distrito Federal, assim localizado, o Idgico e que os drgaos periodo, e de 5 bilhoes de ddlares. Ou seja, nds importavamos federals que nao estao no Distrito Federal, que nao estao 10 bilhoes de ddlares e exportavamos 15 bilhoes de ddlares, em Brasilia, sejam transferidos para Brasilia. E ildgico. Sr. deixando, portanto, 5 bilhoes de ddlares de saldo para aprovei- Presidente, termos uma Capital Federal, e determinados dr- tamento do restante do Pais no seu esforqo de industrializa^ao. gaos do Governo e drgaos importantes como o Departamento Portanto, o Nordeste nao e peso morto. Durante 94 anos Nacional de Estradas e Rodagem sendo transferidos para o de existencia do DNOCS. todos os recursos, somados, nao Rio de Janeiro. chegam a ser a despesa da construgao do metro do Rio de Quero deixar clara a minha posigao de apoio a posi^ao Janeiro ou de Sao Paulo. Mas esses argumentos serao sempre da Bancada do Distrito Federal. Entendo que o mais impor- usados contra o Nordeste porque e uma regiao subdesen- tante nao e o custo da transferencia para o Rio de Janeiro, volvida, nao acompanhou o desenvolvimento do restante do mas o significado da transferencia de um drgao como o Depar- Pais. tamento Nacional de Estradas de Rodagem para um Estado, O Rio Grande do None produz 93% do sal brasileiro. para uma cidade, que nao o Distrito Federal, que nao Brasilia. Pois o Governo Federal acaba de eliminar a ah'quota sobre Deixo clara a minha posiijao. Sr. Presidente, solidarizan- a importatjao de sal, permitindo que o sal do Chile entre do-me com a Bancada do Distrito Federal. Temos de lutar no Brasil em condiijoes de pre^os mais favoraveis do que conjuntamente, nao para impedir tais transferencias, mas para o sal do Rio Grande do Norte. Por que? Porque o transporte trazer para Brasilia drgaos que nao estao nesta Capital. Acre- do Rio Grande do Norte para o restante do Pais encarece dito que e muito importante para que a Administragao tenha muito mais o produto e torna nao competitivo o seu preqo um desempenho melhor. Alguns dizem que Brasilia tern muita com o sal do Chile. corrup^ao, mas Brasilia nao e a responsavel. Sr. Presidente. A xelita era urn minerio que tinha 90% de sua produijao Essa corrupgao que ocorre hoje em Brasilia e que estamos no Rio Grande do Norte. Sete minas trabalhavam com 16 combatendo aconteceria no Rio de Janeiro, se a Capital fosse mil operarios. Estao todas fechadas. Por que? Porque a Uniao o Rio de Janeiro e se as estruturas fossem as mesmas. Nao eliminou as aliquotas que pesavam sobre minerio semelhante. e o local que leva a corrupgao. Ha um engano, ou ate o Entao, minerios de outros pai'ses vieram competir com o mine- aproveitamento de uma situa^ao para, por interesses outros, rio produzido no Rio Grande do Norte. pensarem na loucura de transferir a Capital do Brasil, com Por isso, entendemos que a formula nao e so o incentivo, todos os custos que acarreta. Quero estar ao lado da Bancada nao e apenas dar mais dinheiro ao Nordeste. Vamos estabe- do Distrito Federal nesta luta para o fortalecimento, para lecer o federalismo regional, que e a formula inteligente encon- a transferencia para ca, inclusive, dos drgaos que nao estao trada por pai'ses com problemas semelhantes — Italia, Portu- no Distrito Federal. gal e Espanha — e cada uma dessas regioes faz a legislaqao Pe?o ao Presidente Itamar Franco que nao deixe prospe- da sua competencia legal e da sua conveniencia economica. rar a ideia de que o DNER poderia ter uma atua^ao melhor A legislagao relativa a importa^ao de sal seria feita pelo orgao se fosse transferido para o Rio de Janeiro. Penso que o cami- representative do federalismo regional da regiao Nordeste. nho nao e este. O caminho e fortalecermos a Administraqao Com isso, eliminan'amos tambem todos os pruridos, todos para que se tome agil, eficiente. Nada tenho contra o Rio os sonhos, todas as maluquices de separatismo que nessa hora de Janeiro; tudo a favor. Entendo apenas que a Capital hoje amea^am — as vezes ridiculamente, mas ninguem sabe se esta aqui, nao no Rio de Janeiro, e, por isso mesmo, o ideal amanha o sera — a unidade nacional, que nao pode ser susten- e que os drgaos federals estejam aqui, para que tenhamos tada apenas por uma bandeira, por um hino, mas pela reali- um bom desempenho da prdpria maquina administrativa. dade economica de todos os dias, pela igualdade de oportu- O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, peqo a palavra como nidades para o trabalho e uma vida decente. Eider. Por essa razao, apresentei uma emenda estabelecendo o federalismo regional. Creio que deva merecer a atenqao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede do Sr. Relator e deste Plendrio como uma formula de fornecer a a palavra, como Eider, ao nobre Congressista Carlos Lupi. instrumentos definitivos para a solugao dos problemas das O SR.CARLOS LUPI (PDT — RJ. Como Eider. Sem desigualdades regionais do Pais. revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, so- Muito obrigado. mos amplamente favoraveis a que se otimize e racionalize toda operagao de Governo, a tudo que se possa fazer para O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede melhorar a eficiencia do drgao piiblico. a palavra ao Congressista Germane Rigotto. Ouvi o meu Companheiro e Colega Germano Rigotto O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS Pronuncia e outros companheiros falarem sobre a questao da transfe- o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, rencia da Capital Federal para o Rio de Janeiro e quero remon- Sr* e Srs. Congressistas, ouvi, numa das ultimas sessoes, uma tar algumas coisas que nao acontecem por acaso: o Rio de manifesta^ao do Deputado Paulo Octavio, que representa a Janeiro tern sido discriminado de vdrias maneiras desde que posi^ao de toda a Bancada do Distrito Federal no Congresso foi transferida a capital do antigo Estado da Guanabara para Nacional, contra as ideias de transferencia da Capital para ca. E quero contar essa histdria para poder chegar ao dia o Rio de Janeiro e medidas que estao sendo tomadas de trans- de hoje. O Rio de Janeiro tern atualmente o maior niimero Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 599 de funcionarios piiblicos federals e de prdprios federals, mas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede continua sendo o Estado mais discriminado em verbas da a palavra ao Congressista Sergio Arouca, como Li'der. Uniao, em comparagao com a sua popula?ao. renda per capita O SR. SERGIO AROUCA (PPS — RJ. Para uma comuni- e o que representa no PIB do Brasil. cagao de Lideranga. Semrevisaodoorador.) — Sr. Presidente, Senhor Presidente, Srs. Congressislas, qua'rido se quer Srs. Congressislas, acredito que a discussao que se estd travan- falar de transferencia de drgaos piiblicos, tern que se levar do sobre o Rio de Janeiro, necessariamente, deve ter uma em conta algumas realidades. A primeira realidade e a seguin- dimensao tecnica, porque senao estaremos cometendo equi'vo- te: o que representa essa transferencia de economia para a cos sobre conceitos. E o mesmo equi'voco que se comete, Naijao? por exemplo, quando o Presidente da Repiiblica, ao viajar Quero que os tecnicos respondam. Sou sempre uma pes- para o Paraguai, tenha que entregar o cargo ao Vice-Pre- soa que costuma ser atenciosa com todos que me falam. Estou sidente, como se os meios de comunicagao nao fossem suficien- ao lado do Deputado Chico Vigilante, que sempre esta vigi- tes para que o exercfcio da Presidencia e do poder pudessem lante aos interesses de Brasilia; S. Ex' defende, e claro, os estar se realizando, hoje, em qualquer lugar do mundo. interesses de Brasilia, porque S. Ex' foi eleito para isso, como Q conceito da centralizagao do poder e da administragao eu fui eleito para defender os interesses do meu Estado. Mas, em Brasilia nao significa o monopdlio da administragao nesta acima de tudo, fui eleito para defender os interesses do Brasil; Capital. Issoe um equi'voco fantdstico. Transferirlaboratorios, sou Deputado Federal, tenho que representar a Unidade brasi- grupos tecnicos que estao no Rio de Janeiro, ou que estivessem leira e nao estou aqui com paixao regional. A minha defesa em Minas ou que estivessem no Rio Grande do Sul, significa e no sentido de que fenhamos uma poli'tica de Govemo global, um grande equi'voco do ponto de vista da cultura, da area para gerenciar a administra^ao piiblica em prol da popula?ao da ciencia e da tecnologia, bem como da comunicagao com necessitada. Portanto, se se precisa ter urn drgao do Governo as decisoes e com as hierarquias. no Rio Grande do Sul, porque la existe uma zona de expor- De repente, seria muito mais fdcil manter esse grupo ta?ao importante, que assim o seja; caso contrario. que nao no Rio de Janeiro, ou em qualquer outro lugar, do que fazer se tenha. com que as diregoes que la estejam, hoje, tenham que viajar Senhor Presidente, qualquer transferencia de orgao so semanalmente e o Estado financiando essas passagens, para pode ser feita, baseada em estudos tecnicos e praticos que que venham despachar de uma forma burocrdtica e incompe- a viabilizem. Nao pode ser pura e simplesmente uma decisao tente aqui em Brasilia. de quern pensou e achou bonito ir para esse ou para aquele Portanto, o meu entendimento e no sentido de que os lugar. Refiro-me ao esvaziamento que tern sofrido a Cidade meios de comunicagao da modernidade, que permitam acesso do Rio de Janeiro e aquele Estado. Nao seri a transferencia por computador, por correio eletronico, sejam estabelecidos do DNER, ou de outros drgaos, que mudari essa situagao. por contatos imediatos; isso significa uma centralizagao buro- A situa^ao do Rio de Janeiro sd sera mudada mediante uma crdtica, quando se acreditava que o poder tinha que se comu- maior aten?ao, um maior respeito que deve a Uniao ter para nicar por telefone. Isso e um equi'voco diante do desenvol- com a populaijao daquele Estado. o que queremos exigir. vimento cientifico-tecnoldgico e — permita a minha expressao No caso, nao falo mais como Vice-Li'der da Bancada do — , e um erro do ponto de vista econdmico-financeiro pensar PDT, e sim como carioca, como fluminense. O Rio de Janeiro que, por definigao, qualquer atividade do Estado deve estar tern que exigir os seus direitos. E quando estamos brigando centralizada geograficamente no mesmo lugar. pelo dinheiro da Linha Vermelha, nao e porque tal obra e Como centro do poder, Brasilia nao tern nada a ver com de autoria do Governador ; trata-se de uma a concentragao da administragao do Estado. O Estado pode obra para o Rio de Janeiro. A despoluiqao da Bai'a de Guana- estar em qualquer lugar do Brasil, desde que ele esteja interco- bara sd terS o seu primeiro resultado efetivo daqui a cinco municado e que aquele lugar, tecnicamente, seja o mais conve- anos. Com certeza, nao seri o Governador Leonel Brizola niente. quern colheri os louros desse trabalho. Essa despoluigao e Por isso. Sr. Presidente, entendemos que essa discussao importantfssima para o Estado do Rio de Janeiro. Nao importa tern que ser colocada no seu devido lugar e a questao da o Governo que viri depois. Entao, temos que ter a contra- centralizagao em Brasilia deve tambem receber um tratamento partida do Governo Federal aos anos de discrimina^ao que conceitual correto. O Estado pode estar descentralizado e o Estado do Rio de Janeiro vem sofrendo. Quero que haja pode estar permanente no Brasil inteiro, sem necessidade uma reflexao por parte de todos os companheiros que falaram de concentrar os recursos humanos nesta Capital, o que nao aqui sobre a transferencia do drgao. Nao tenho dados tecnicos significa qualquer demerito para ela. para saber se essa transferencia tern algum embasamento. Quero defender os interesses do meu Estado. O Rio de Janeiro O Sr. M^rio Covas — Sr. Presidente. pego a palavra nao pode continuar sendo discriminado como vem sendo; o pela ordem. Rio de Janeiro nao pode ser o "patinho feio" da poli'tica O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. nacional, porque hoje e o governo do PDT que esta la; o Ex' a palavra. Rio de Janeiro tern que ser tratado com a importancia que tern, como segunda unidade da Federagao em arrecada^ao O SR. MARIO COVAS (PSDB — SP. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, como e possivel obser- fiscal, como terceira unidade da Federa^ao em popula^ao e var, ja ha 508 Congressislas presentes. Eu gostaria de saber, como a porta de entrada do Brasil para o mundo. Queiram para efeito de controlar a presenga em plendrio, a que horas fveis; queiram ou nao, para o mundo, o Brasil comega no Rio de Janeiro; queiram ou nao, o Rio de Janeiro continuara vai comegar a votagao? sendo a cidade mais linda do mundo. O Sr. Sergio Arouca — Sr. Presidente, pego a palavra, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Faltam falar como Li'der, para um breve registro. apenas mais dois oradores; em seguida, comegara a votagao. 600 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Fevereiro de 1994

O Sr. Nelson Carneiro — Sr. Presidente, pecjo a palavra do, estao as melhores formas de gerenciar este funcionamento, pelaordem. no interesse da Nagao. Argumenta-se, em segundo lugar, que o provavel retorno O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem a pala- de 50 servidores ao Rio de Janeiro — dos 119 que se transfe- vra o nobre Congressista Nelson Carneiro. riram para Brasilia — geraria despesas per capita de O SR. NELSON CARNEIRO (PP — RJ. Pela ordem. CR$450.000,00. Mais ainda, como proclama um segmento Sem revisao do orador) — Sr. Presidente, tenho ouvido, aqui, local da Associagao dos Servidores, apoiado por um segmento declara^des contrarias a tranferencia, para o Rio de Janeiro, do sindicato dos Servidores, de que o DNER despenderia da sede do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, cerca de US$8,0 milhdes com a mudanga (sic). transferencia provisdria, enquanto cessa a atual situagao. Nada mais absurdo. Exatamente em fungao do mimero Basta dizer a V. Ex' que de mil e cent funcionarios daquela limitado de servidores na Sede do DNER — os 119 transfe- autarquia, apenas trezentos estavam situados no Rio de Janei- ridos do Rio. mais 180 obtidos em Brasilia, da antiga Repre- ro, depois de quatro anos de transferencia do Departamento sentagao da Autarquia e de outros drgaos locais — o DNER para esta Capital. Todavia, para calar aqueles que divergem langou mo da chamada "terceirizagao", contratando cerca e buscam argumentos para contrariar a decisao da nobre Mi- de 600 empregados de firmas particulares para atividades bu- nistra dos Transportes, Df Margarida Coimbra, quero que rocraticas e especializadas. O dobro do efetivo da Sede. fique constando desta intervengao uma si'ntese dos motivos E quern denunciou esta terceirizagao? Exatamente o que determinaram essa transferencia provisdria, ate que Bra- S1NDSEP, Sindicato de Servidores, que bateu as portas do silia tenha condigdes de alojar os funcionarios do Departa- Tribunal de Contas da Uniao, em 17 de outubro de 1993, mento Nacional de Estradas de Rodagem. alegando que o DNER estava gastando, na epoca, CR$1,11 Ao fazer referencia a dificuldade de socorrer, basta dizer bilhao com este tipo de contratos. que, ate hoje, cerca de trinta famflias vivem num barraco, Em conseqiiencia da demincia e da redugao do Orga- na garagem do Departamento, porque nao encontraram urn mento, o DNER esta obrigado desde dezembro ultimo, a local onde pudessem instalar residencia; ha, tambem, a dispa- dispensar todos esses empregados de firmas. ridade entre os veqcimentos que recebem e os altos pregos O resultado; ficou sem a mao-de-obra estranha, mas que dos alugueis desta cidade. dava suporte as atividades burocraticas e tecnicas em Brasilia, Portanto, nao tem razao os que clamam contra a atitude em face da carencia de servidores efetivos. da Ministra Margarida Coimbra. E uma decisao provisdria. Como se ve, diante desses mimeros alarmantes, restou Assim que houver condigdes de devolver a Brasilia aquele uma Sede simbdlica — sem suporte tecnico e administrative Departamento, ele voltara. Infelizmente, quatro anos depois, — o que pesou na decisao do devolver o drgao ao Rio, em isso nao se realizou. Nao e apenas esse o instituto que esta carater provisdrio e ate que haja condigoes efetivas de insta- a reclamar medidas iguais. La, esta, por exemplo, o caso lagao em Brasilia. da Embratur que continua sediada, oficialmente, em Brasilia, Pergunta-se entao, o que significam os recursos para a mas sua sede e no Rio de Janeiro. devolugao de 50 servidores ao Rio de Janeiro, em passagens Pego a V. Ex' a inclusao, na integra, dessas consideragdes e diarias, diante da economia brutal com a desmobilizagao ao meu discurso. da mao-de-obra contratada, por determinagao do Tribunal DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. de Contas da Uniao? NELSON CARNEIRO EM SEU DISCURSO; Vale observar que os servidores que desejarem retornar Aspectos relevantes presidiram a decisao do Governo ao Rio, irao se agregar aos 800 servidores que la estao, perten- Federal, atraves do Ministerio dos Transportes, em restabe- centes a ex-Sede do DNER, e que constituem o grande "cor- lecer provisoriamente a Sede do DNER — Departamento po" da Autarquia. Nacional de Estradas de Rodagem, na cidade do Rio de Ja- Os que permanecerem em Brasilia, com as garantias do neiro. Ministerio dos Transportes, terao lugar na Representagao da Ninguem contesta a tese de que os drgaos do Governo Autarquia e nos prdprios quadros do Ministerio, defasados Federal, na Administragao Direta e Indireta, deveriam ter desde a ultima Reforma Administrativa. Serao em nuemro sede na Capital da Republica. No caso do DNER, no entanto, nao superior a 180 funcionarios, a grande maioria jd estabe- a efetivagao da transferencia enfrenta peculiaridades e dbices lecida nesta capital com as suas famflias. que, em lugar da consolidagao natural, geram problemas tecni- O terceiro argumento e de que o Rio de Janeiro nao cos e adminstrativos ainda nao superados, prejudicando as possui estrutura para abrigar a Sede de volta. Absolutamente. suas agoes e a sua participagao no processo de desenvolvi- Retornara ao mesmo predio, da Avenida Presidente Vargas, mento do Pais. 522, onde continuam os servidores nao transferidos para Brasi- Com a Reforma Administrativa empreendida pelo Go- lia. O Setimo Distrito Rodoviario Federal, que vinha ocu- verno anterior, tais problemas se agravaram, eis que foram pando alguns andares do predio, retornara para a sua antiga proibidas quaisquer iniciativas de suporte a consolidagao da sede, em Parada de Lucas/RJ — imdvel pertencente ao sede: a transferencia de recursos humanos com a disponi- DNER. bilidade de habitagdes condignas, transferencia de micleos Entre uma Sede "simbdlica" existente em Brasilia e um de tecnologia e de acervos que constituem a memdria e o corpo tecnico e administrativo, operando no Rio de Janeiro controle central de suas atividades. e dando respostas aos desafios da programagao rodoviaria, Argumenta-se, em primeiro lugar, que o retomo da Sede, preferiu o Governo optar pela segunda solugao. provisoriamente, ao Rio de Janeiro, contraria a legislagao. Quando os opositores a medida falam em despesas com Nao, ao se considerar o preceito constitucional (art. 84) de a devolugao dessa sede "simbdlica" omitem ainda os gastos que compete ao Executive dispor sobre a organizagao e o extraordinarios com passagens aereas e diarias para os dirigen- funcionamento da administragao federal. E que ao seu coman- tes que, semanalmente, se deslocavam ao Rio de Janeiro — Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 601 onde persistia o grande nucleo de apoio do drgao. Inversa- dolares do Orgamento, que a ELETROBRAS havia mente, esses deslocamentos a Brasilia estarao restritos a Dire- destinado para terminar Angra I, prosseguir Angra II toria, em seus despachos e audiencias em Brasilia, previa- e completar o sistema de transmissao em nosso Estado, mente programados, representando 10 por cento do total das para aumentar as dotagdes de duas hidreletricas que despesas anteriores. nao atendem as exigencias do art. 7? da EDO. O propalado "golpe contra Brasilia" nao se sobrepde Esse escandalo, prezado Deputado, ocorreu no a urn verdadeiro golpe contra a Na^ao, que seria a convivencia Poder Executive, na calada da noite, sem que as mais com essa triste realidade do DNER, sem meios de sobreviver altas autoridades deste Pais dele tomassem conheci- tecnicamente e de reassumir o seu papel de responsavel pela mento. execugao da Politica Nacional de Transportes. Com uma pe- Alertado por nos, voce ja estava providenciando quena cabeija' aqui e o "corpo" no centro nevralgico da a devida corregao. Quero crer que altos interesses fo- malha viaria federal, que esta localizado na Regiao Sudeste ram afetados. do Pais. A decisao, portanto, consulta os mais altos interesses da Sociedade, sem embargo da importancia que se da a Capital Vou repetir; "Quero crer que altos interesses foram afeta- Federal. dos". Por isso aceitei a indicagao do meu Partido para compor a CPI das empreiteiras; sei o que aconteceu nessa oportu- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Com a pala- nidade. vra a Congressista Sandra Cavalcanti. Continuando: A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PPR — RJ. Pronuncia Da mesma forma, no ano passado, voce ja havia salvado o Estado o Rio de Janeiro de diversas manobras o seguinte discurso. Sem revisao da oradora.) — Sr. Presi- dente, Srs. Congressistas, antes de discutir a materia que me desse tipo. Dai, Deputado Joao Alves, a nossa gra- traz a tribuna, quero alertar meus colegas para um "folheto- tidao. zinho" clandestino distribuido hoje por um Deputado inte- Fique certo de que voce esta acima dessas alei- grante da Bancada do PDT do Rio de Janeiro. O referido vosias. panfleto reproduz uma carta que enviei ao Deputado Joao Eu me referia as que Ihe eram langadas na ocasiao com Alves em novembro de 91, quando, acusado de cometer irre- relagao as mudangas no Orgamento que eu denunciava como gularidades na Comissao de Orgamento, foi alijado daquela tendo sido feitas na calada da noite pelo Poder Executivo. Presidencia. Nao e voce que esta errado. O erro esta na forma E a mim esse mesmo jornal atribuiu uma serie de acusa- como o Orgamento e elaborado, primeiro no Poder goes aquele Deputado. Eu nem estava em Brasilia na ocasiao, Executivo e depois, e claro, aqui em nossa Casa. porque — como digo aqui na carta — tinha, infelizmente, Mas, se erro existe, ele e de todos, e voce nao contraido pneumonia e havia passado um mes fora da cidade. tern que pagar por nos sozinho.". Mas, voltando, fago questao — para que ninguem perca tempo em catar o papel — de ler eu mesma a carta, reiterando Termino a carta dizendo que ele pode continuar contando com a minha gratidao e com a do meu Estado assim como exatamente os termos em que esta redigida e nas circunstancias s em que foi redigida: com a minha amizade. Sr. Presidente, distribuiu isso aqui hoje um Deputado Derrubada por uma pneumonia no dia 24 de se- que esta sub jiidice nesta Casa, um baderneiro, uma pessoa tembro, so retornei a Camara no dia 28 de outubro. que nao tern nenhuma compostura, que se porta nesta Casa Fiquei em Brasilia alguns dias, depois fui para minha com a mesma leviandade com que se portou ao longo da casa no Rio. sua tumultuada e muito, muito, esquisita carreira na Policia Nesse periodo, estive completamente por fora dos Militar do Estado do Rio de Janeiro. acontecimentos que envolveram a Comissao de Orga- Repito o que disse aqui sempre; nesta carta eu me limitei mento e que terminaram com o sacrificio que a Lide- a agradecer ao Deputado Joao Alves pelo trato correto que ranga do PFL impos a voce. deu aos pleitos do Estado do Rio de Janeiro. E se tivesse Vi que me foram atribuidas declaragoes nos jor- que faze-lo novamente, assim o faria, porque nos, do Estado nais. Apresso-me, pois, em dar-lhe a verdadeira versao: do Rio de Janeiro, gragas a ajuda dele, sem nenhum conteiido nao fiz qualqudr declaragao sobre sua pessoa. eleitoral — porque ali nao estava o seu eleitorado — , obtive- Nao fiz, mas fago agora e fago por escrito, para mos verbas para a Linha Vermelha, para CIEP, para projetos que possa usa-la como bem entender. de abastecimento, para projetos de vias e para o desenvol- Conhego voce ha muitos anos e sou-lhe muito grata vimento do Estado. pelo trato cordial e amigo de que sempre fui alvo. E se mais nao tivemos, Sr. Presidente, foi porque os Nunca precisei de voce para qualquer assunto de natu- recursos destinados ao Estado do Rio de Janeiro, nas maos reza pessoal, e bem verdade. Mas sempre que recorri de um Governador Leonel Brizola, nao sao recursos a fundo a voce na defesa dos legitimos interesses do meu Esta- perdido; sao recursos perdidos por inepcia e incompetencia, do, o Rio de Janeiro, encontrei em voce um interlocutor inepcia e incompetencia que se traduzem na figura de Depu- atento e compreensivo. tados que Ihe sao afins sob todos os pontos de vista; a falta E agora, meus colegas, pego-lhes atengao para este trecho de compostura na vida piiblica, a falta de capacidade adminis- da carta, porque ele explica muito do que vinha acontecendo trativa, a incompetencia para estudar as materias e principal- e continua acontecendo neste Pais: mente a falta de carater. Agora mesmo (isso no dia 19 de novembro de Muito obrigado. Sr. Presidente. 91), uma manobra absolutamente irregular ocorreu na O Sr. Chico Vigilante — Sr. Presidente, pego a palavra area do Poder Executive. Desviaram 79 milhoes de pela ordem. 602 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —- Concedo aos quatro primeiros artigos. A informa^ao que obtivemos a palavra a V. Ex- e que essa relagao so estaria disponivel nas sessdes. Considero que isso prejudica o andamento dos trabalhos, porque, se O SR. CHICO VIGILANTE (PT — DF. Pela ordem. nao temos a rela^ao de destaques e preferencias, nao podemos Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, quero fazer um nos preparar para a sessao. Esta e a primeira questao. esclarecimento a respeito dessa transferencia do DNER para A segunda reclamagao. Sr. Presidente, e que nao estao o Rio de Janeiro. sendo distribuidos os avulsos da Ordem do Dia dos trabalhos Ouvi aqui, com atengao e satisfagao, o apoio dado pelo revisionais para a Camara Federal. Se nao recebermos tam- Deputado Germano Rigotto com relagao a inoportunidade bem os avulsos determinando a Ordem do Dia, a pauta da dessa transferencia do DNER para a cidade do Rio de Janeiro. votagao da sessao do Congresso Revisional, nao podera haver Precise esclarecer alguns pontos, Sr. Presidente. Essa uma melhor preparagao da nossa Bancada. nao e uma luta do Distrito Federal contra o Rio de Janeiro; Sao estas as duas questoes: a de termos acesso, antes essa e uma luta da populagao do Distrito Federal, que quer da sessao, a relagao de destaques e preferencias, bem como a racionalidade nos gastos piiblicos. a distribuigao, com os avulsos da Camara, da Ordem do Dia Primeiro, nao houve um estudo, demonstrando que a do Congresso Revisional. melhor forma de resolver o problema do DNER seria a trans- ferencia provisdria para o Rio de Janeiro; segundo, o Governo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Nobre Con- que, neste instante, clama para que o Congresso Nacional gressista Sergio Miranda, a Presidencia atendera, de imediato, aprove o ajuste fiscal — nao sei se o Ministro Fernando a solicitagao de V. Ex' Se houve algum lapso nesse sentido, Henrique Cardoso esta informado disso — , vai gastar oito providenciarei para que nao mais acontega. milhdes de dolares com essa transferencia absurda. Alem dis- Quanto a Ordem do Dia e aos avulsos, foram enviados so, a transferencia e provisdria; parece-me que atende muito a Secretaria-Geral da Mesa da Camara para serem encami- maisao caprichoda Ministra dosTransportes, que, porcoinci- nhados aos Srs. Deputados. dencia, e carioca. Esta tudo aqui a disposigao de V. Ex' Temos informagao. Sr. Presidente, de que, quando o O SR. SERGIO MIRANDA — Muito obrigado. DNER estava no Rio de Janeiro, era constante a vinda para Brasilia de continues, de burocratas, deslocando-se as custas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo do Erario, muitas vezes para pegar uma simples assinatura a palavra ao nobre Deputado Ney Lopes. em um papel e levar para a direijao do DNER. Agora, os O SR. NEY LOPES (PFL — RN. Pronuncia o seguinte fatos tendem a se repetir. Foram gastos milhdes e milhdes discurso.) — Sr. Presidente, Sr'5 e Srs. Congressistas, o Rio de cruzeiros com diarias, hospedagem de hotel, passagem Grande do Norte, atraves da obra administrativa do Gover- de aviao para deslocar os burocratas do DNER para reunides nador Jose Agripino, acaba de receber a primeira etapa do aqui, na cidade de Brasilia. projeto de irrigagao Osvaldo Amorim, no Baixo Assu. Para Por conseguinte, e inaceitavel, do ponto de vista adminis- entender-se a dimensao do empreendimento a adutora recen- trativo e da racionalidade, essa medida. Nds, de Brasilia, temente construida em Fortaleza, Ceara, para abastecimento questionamos tambem como, depois de 33 anos da transfe- da cidade tern uma vazao por segundo de tres milhdes de rencia da capital da Repiiblica, ainda se continue com cerca metros ciibicos d'gua por segundo. A adutora do Baixo Assu, de 145 mil servidores piiblicos lotados no Rio de Janeiro. recentemente inaugurada pelo Governador Jose Agripino, E interessante verificar que, embora metade dos auditores tern vazao de sete milhdes e meio de metros ciibicos por do INSS estejam naquela cidade, foi exatamente no Estado segundo, que significa dizer; abastece sozinha as cidades de do Rio de Janeiro que houve o maior mimero de falcatruas Fortaleza, Natal e ainda sobra agua. no INSS. Sr. Presidente, assisti a inauguragao desse empreendi- Portanto, fica aqui o nosso protesto contra essa transfe- mento de largo alcance econdmico e social. Nenhum alarde. rencia indevida e absurda do DNER para o Rio de Janeiro. Tudo discretamente. Nem refeigao para a comitiva oficial foi A Bancada do Distrito Federal esta unida no sentido de garan- servida. Nenhum gasto superfluo. E esta a caracterfstica maior tir a permanencia dos orgaos piiblicos na Capital da Repiiblica. do perfil administrative comandado pelo Governador Jose Nao podemos aceitar o esvaziamento de Brasilia. Nao ha Agripino, no Estado do Rio Grande do Norte. O Pafs ainda estudo tecnico; trata-se de um decreto provisdrio que, em nao tomou conhecimento pleno dessa e de outras obras, todas um momento de dificuldade, vai desperdigar oito milhdes de elas construfdas com recursos prdprios e pequenas ajudas do dolares, pelo capricho de uma Ministra incompetente e que Governo Federal. E numa hora de crise, em que o Governo tern demonstrado nao estar a altura do cargo para o qual do Estado foi transferido com pesadas dfvidas e encargos. foi convidada a exercer. Sr. Presidente, o projeto do Baixo Assu, no Rio Grande Muito obrigado. Sr. Presidente. do Norte, abrange uma area de 6000ha, divididos em tres O Sr. Sergio Miranda — Sr. Presidente, pe^o a palavra etapas: Projeto Piloto (lOOOha), 1' Etapa (2000ha) e 2' Etapa pela ordem. (3000ha). A posigao fisica e financeira destas etapas e a seguinte: O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. a Projeto Piloto; totalmente conclufdo. Desta etapa, 600ha Ex a palavra. se encontram plantados. Os irrigantes estao em fase de treina- mento, para opera?ao do projeto. O SR. SERGIO MIRANDA (PC do B — MG. Pela ordem. O saldo da area do Piloto de 400ha e 254ha da 1' Etapa Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, sou Vice-Lider estao conclufdos. Serao licitados brevemente 4 areas de 150ha do PC do B. cuja Lideran^a encaminhou hoje, pela manha, e uma de 54 ha para empresarios. a Secretaria da Mesa do Congresso Revisional o pedido da 1' Etapa: Nos 1250ha SAU desta etapa, as obras civis relagao de destaques e preferencias que seriam votados quanto estao concluidas, faltando o fornecimento e montagem de Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 603

equipamentos eletricos, hidromecanicos e parcelares, cujos Regozijo-me Sr. Presidente, Sr''" e Srs. Congressistas, nao pregos e valores, levando-se em consideragao que serao "irri- apenas pelo fato de ser o Presidente da ABID — Associagao gantes" conforme a legislagao em vigor (Lei n" 6.662/79 e Brasileira de Irrigagao e Drenagem. Decreto 89/496/84 e outros sera de US$4,5 milhoes, caso haja Regozijo-me Srs, Parlamentares, nao pelo fato de dois possibilidade de tornaro projeto empresarial, este valor reduz sao-franciscanos terem influfdo diretamente nestas duas im- para US$1,2 milhao. portantes conquistas (este Parlamentar e o atual Prefeito de 2" Etapa: A segunda etapa esta com projeto totalmente Juazeiro — Missael Aguilar). concluido. As obras e equipamentos estao orgadas em US$15 Regozijo-me dignos representantes do povo brasileiro, milhoes, sendo que neste valor estao incluidos a complemen- pelo fato de estar seguro que a irrigagao e a unica alternativa tagao da captagao na EPB-1, ou seja 917m de adutora de economica viavel para o desenvolvimento do semi-arido nor- 0 1400mm, canal adutor, trasnsposigao da RN-118 e Estagao destino. de Bombeamento Principal EBP-2. Regozijo-me pelo fato de que o aproveitamento de tal Sr. Presidente, o Governador Jose Agripino contou para potencial dara a Bahia 50% das areas irrigaveis do Nordeste. edificagao dessa monumental obra com a eficiencia do seu Regozijo-me pelo fato da irrigagao ser uma atividade Secretario de Agricultura, Ronaldo Soares; de tecnicos de onde, por excelencia, usa extensivamente a mao-de-obra, ge- renomada competencia como Pericles Ribeiro Ponte e tantos rando mais empregos. outros. Regozijo-me pelo fato de que com a irrigagao o Brasil O nome do projeto — Osvaldo Amorim — e uma justa podera, sim, ser o celeiro do povo brasileiro primeiramente, homenagem a um homem que viveu amando o Assu e sempre e o celeiro do mundo. sugeriu para o Vale essa alternativa de irrigagao, como forma Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. de alcangar o pleno desenvolvimento. Gratifica-me fazer este O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo registro que deixo inscrito nos Anais do Parlamento brasileiro, a palavra ao nobre Congressista Pedro Irujo. demonstrando que o meu Partido — o PFL — tern na pessoa do Gogernador Jose Agripino um administrador eficiente e O SR. PEDRO IRUJO (PMDB — BA. Pronuncia o se- um politico de larga visao. guinte discurso.) — Sr. Presidente, Sr"" e Srs. Congressistas, a pratica da verdadeira justiga social esta muito mais na agao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo efetiva dos que tern o poder de decidir, do que na retdrica a palavra ao nobre Deputado Jorge Khoury. eleitoreira dos que se arvoram em defensores da classe traba- Ihadora. O SR. JORGE KHOURY (PFL — BA. Pronuncia o se- guinte discurso.) — Sr. Presidente, Sr^* e Srs. Congressistas, Na maioria das vezes, tal justiga esta em medidas simples, venho pela primeira vez neste ano a tribuna desta Casa para capazes de serem implantadas de modo rapido e desprovidas me regozijar com fatos histdricos e importantes que acontecem de controversias ou rancores poh'ticos. esta semana em meu Pafs. Assim, extremamente preocupado em encontrar solugoes O dia e uma mera coincidencia — 2 de fevereiro -— Dia para os graves problemas que sacrificam duramente a classe de lemanjd. Todos os atabaques da Bahia e por que nao, trabalhadora brasileira, ocupo esta tribuna para dar conheci- do Brasil, soam em sua homenagem. mento a esta Casa e a Nagao, que apresentei proposta de Todas as flores e os perfumes, as prendas mais singelas Revisao Constitucional, criando o decimo quarto salario atra- atd as mais preciosas Ihe sao ofertadas. ves da Proposta n? 221-4. O mes tambem e uma mera coincidencia — fevereiro Este salario. Sr. Presidente, seria pago no mes de junho — mes do carnaval, o mais brasileiro dos meses. O Diario como complementagao de renda, nos moldes do decimo tercei- Oficial da Uniao de ontem, publicou o PLANVASF — Piano ro ja em vigencia, e traria uma serie de beneffcios para a Nacional de Desenvolvimento do Vale do Sao Francisco. tao sofrida classe trabalhadora e para a prdpria economia Projeto da autoria do Deputado Prisco Viana (PPR — brasileira. BA) que este Parlamentar teve a honrosa incumbencia de O primeiro dos beneffcios detsrminado pelo decimo quar- relatar. to salario e a distribuigao direta de rendas. Com essa medida, Significa o instrumento para um planejamento definitive o trabalhador brasileiro receberia, no meio do ano, mais um do Vale do Sao Francisco, significa o vei'culo proprio para salario, recurso que o ajudaria a veneer as dificuldades finan- a alocagao de recursos orgament^rios plurianuais, significa ceiras em que se encontra, massacrado por uma inflagao gigan- enfim, uma vitdria importantissima para o povo sao-francis- tesca e marginalizado pelos achatados salarios. cano. O decimo quarto salario, sem duvida alguma, tambem Amanha, o Governo do Estado da Bahia, que tern se agiria como uma fator de equilfbrio no mercado, pois a maioria notabilizado pela performance moral, digna, progressista e dos consumidores brasileiros, que sempre aguardam, ansiosos, empreendedora do Governador Antonio Carlos Magalhaes, a chegada do decimo terceiro salario no final do ano, poderiam oferece a Bahia e aos investidores o Piano Estadual de Irriga- contar, no meio do ano, com mais um salario para minorar gao, trabalho desenvolvido pelo Secretario Walter Baptista, suas conhecidas dificuldades financeiras. da Agricultura, Irrigagao e Reforma Agraria, que delegou A adogao do decimo quarto saldrio beneficiaria a indus- ao'Dr. Misael Aguilar, Coordenador de Irrigagao, a incum- tria, o comercio, o cidadao, proporcionando aumento da pro- bencia de operacionalizar tal iniciativa ainda nos idos de 1991. dugao, geragao de maior mimero de empregos e um saudavel Documento dos mais completes sobre as perspectivas do aquecimento da demanda de produtos. Alifis, e disso que desenvolvimento da agricultura irrigada no Estado, oferece o Brasil precisa para retomar o caminho do desenvolvimento informagdes diversas sobre o potencial das areas possfveis e da justiga social. Para se center a tem'vel escalada inflacio- de ser irrigadas, atingindo a soma de mais de meio milhao naria, e preciso salario justo, emprego para todos, redugao de hectares, aldm do que jd era conhecido. de impostos, e a prdtica duradoura de uma polftica economica 604 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

sem equi'vocos, onde a ingerencia do Estado seja a menor experiencia pioneira, surgida de sua criatividade, foi funda- possivel. mental para sua implantagao no jornalismo brasileiro. A edu- Com o processo revisional em curso, vivemos um mo- cagao, afinal, era uma de suas preocupagoes centrais. mento bastante propi'cio para lutar pela aprovagao de medidas Homem profundamente dedicado a famflia, Paulo Silva democraticas como e o caso do decimo quarto salario. Estou deixa muita saudade, mas acima de tudo um grande exemplo plenamente convencido de que salario e uma forma verdadei- de dedicagao a sua terra, ao seu povo e as causas mais nobres ramente democratica e concreta de distribuigao direta das que norteiam nossa sociedade. rendas. Salario, alias, como pensam alguns, nao gera inflagao. Fica aqui registrado nos Anais desta Casa nossa modesta Alem disso, desejo lembrar que muitas sao as Estatais homenagem ao grande jornalista Paulo Silva e a tudo que e empresas privadas brasileiras que, de uma maneira ou de ele significou e continuara significando para todos que tiveram outra, ja "pagam um decimo quarto" aos seus funcionarios. o privilegio de desfrutar de sua convivencia. Entao, Sr. Presidente, por que nao estender esse bene- Muito obrigado. fi'cio a todos os trabalhadores brasileiros? Por que nao demo- cratizar a distribuigao de renda? Nao e isso a verdadeira justi^a social da qual tanto o Brasil necessita? COMPARECEM MAIS OS SRS.: Convem lembrar, ainda, que muitos pafses, buscando aperfeigoar seu sistema economico ja pagam o decimo quarto salario aos trabalhadores, com resultados excepcionais, tanto Amapa no aspecto produtivo quanto no aspecto social. Jose Samey _ PMDB; Sergio Barcellos _ Bloco (PFL). Desta forma. Sr. Presidente, e imprescindfvel salientar que a cria^ao do decimo quarto salario, no Brasil, e uma Para medida de justiga, uma maneira de corrigir distorgoes sociais enormes. Carlos Kayath _ Bloco (PTB); Henmnio Calvinho _ PMDB; Assim, a partir do momento em que esta Casa assumiu Nicias Ribeiro _ PMDB. a responsabilidade de revisar a Constituigao, e h'cito considerar que a proposta, por mim apresentada, se constitui em ponto Rondonia de real importancia para a normalizagao das relagoes do traba- Carlos Camurga _ PP; Edison Fidelis _ PSD. Iho com o capital. Em sintese. Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Congressistas, fago Acre desta tribuna um veemente apelo aos nobres Pares no sentido de que votem favoravelmente a aprovagao da proposta do Flsviano Melo _ PMDB; Francisco Diogenes _ PPR. decimo quarto salario, estabelecendo, assim, um dispositivo legal e justo para melhor distribuir a renda a todos os brasi- Tocantins leiros. Edmundo Galdino _ PSDB. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede Maranhao a palavra ao nobre Deputado Marcelo Barbieri. Mauro Fecury _ Bloco (PTB). O SR. MARCELO BARBIERI (PMDB — SP. Pronuncia o seguinte discurso.) — Sr. Presidente, Sr^ e Srs. Congres- Ceara sistas, fago uso dapalavra para registrar e lamentar profunda- mente da tribuna desta Casa o falecimento do jornalista Paulo Antonio dos Santos _ Bloco (PFL); Carlos Benevides Arruda Correa da Silva, fundador de O Imparcial, importante PMDB. orgao de imprensa de Araraquara. Piaui Sua morte siibita entristeceu nossa terra, pelo exemplo que ele deixou de devogao ao trabalho, de honestidade, e Paulo Silva _ PSDB. de defensor do interesse publico, notadamente os de nossa cidade. Pernambuco Paulo Silva marcou efusivamente sua passagem pela im- Jose Carlos Vasconcellos _ PRN; Tony Gel _ PRN. prensa. Por duas vezes, ocupou a presidencia da Associagao dos Jornais do Interior. Foi guindado, posteriormente, a dire- Alagoas gao maxima da Associagao Brasileira de Jornais do Interior. Alem disso, pertenceu a diretoria da Associagao Latino-A- Divaldo Suruagy _ PMDB; Olavo Calheiros _ PMDB; mericana de Imprensa, quando ocupou a fungao de vice-pre- Teotonio Vilela Filho _ PSDB. sidente. Foi membro destacado da Associagao Paulista de Impren- Bahia sa e autor de diversos projetos voltados para a reflexao do Genebaldo Correia _ PMDB; Joao Alves _ PPR; Jos6 Carlos papel da mi'dia no atendimento ao publico e na defesa do Aleluia _ Bloco (PFL); Leur Lomanto _ Bloco (PFL); Manoel movimento municipalista. Castro _ Bloco (PFL); Ribeiro Tavares _ PL. Paulo Silva destacou-se como um grande empreendedor. Embora ja debilitado por longos anos dedicados ao trabalho Minas Gerais exaustivo, o emerito jornalista estava em plena atividade. Do seu espfrito liicido surgiu o projeto "Jornal na Escola", Alfredo Campos _ PMDB; Raul Belem _ PP; Sandra Starling que acabou se viabilizando primeiramente na Argentina. A _ FT; Wagner do Nascimento _ PRN. Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 605

Rio de Janeiro qao. Gostaria de saber de V. Ex' se nao teriamos que recome- gar a sessao hoje ja no processo de votagao, interrompido Alvaro Valle _ PL; Eduando Mascarenhas _ PSDB; Jose ontem por falta de quorum. Egydio _ PPR; Jose Vicente Brizola _ PL; Laerte Bastos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O processo PSDB; Paulo de Almeida _ PSD; Regina Gordilho _ Prona; 9 Roberto Jefferson _ Bloco (PTB). de votagao de ontem, referente ao art. I , foi encerrado, por- que o requerimento de destaque foi rejeitado pelo Plenario Sao Paulo e, em conseqiiencia, ficou prejudicada a materia destacada. Chafic Farhat _ PPR; Irma Passoni _ PT; Jose Maria Eymael O SR. CARLOS LUPI — Sim, mas houve a verificagao de quorum. _ PPR; Jose Serra _ PSDB; Paulo Lima _ Bloco (PFL); Robson Tuma _ PL. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Houve. O SR. CARLOS LUPI — Constatou-se a inexistencia Mato Grosso de quorum. Louremberg N. Rocha _ PPR; Marcio Larcerda _ PMDB; O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Nao, houve Oscar Travassos _ PL; Wellington Fagundes _ PL. quorum. O requerimento foi recusado pelo Plenario. Recu- sado o requerimento pelo Plenario, a materia destacada ficou Distrito Federal prejudicada. Solicito ao Relator a leitura do requerimento de destaque. Meira Filho _ PP; Paulo Oclavio _ PRN. E o art. 39, inciso 11. O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, tra- Goias ta-se de destaque do Deputado Fabio Feldmann relative ao inciso II do art. 39, cuja redagao S. Ex' pretende alterar. Joao Natal _ PMDB; Lucia Vania _ PP; Vilmar Rocha _ 9 Bloco (PFL); Zc Gomes da Rocha _ PRN. Diz o art. 3 da Constituigao: Constituem objetivos fundamentais da Republica Mato Grosso do Sul Federativa do Brasil:... II —garantir o desenvolvimento nacional;... Rachid Saldanha Derzi _ PRN. O Deputado Fabio Feldmann acrescenta: Parana "(...)de forma sustentdvel, de modo a garantir a qualidade de vida para as presentes e futuras geraqoes. Jose Eduardo _ PTB; Werner Wanderer _ Bloco (PFL). O SR. FABIO FELDMANN (PSDB — SP) — Sr. Presi- Rio Grande do Sul dente, desisto do requerimento e da emenda. Waldomiro Fioravante _ PT. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Mesa defere a solicitaqao de V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Passe-se Art. 39, item IV. Quanto ao inciso IV do art. 39 foram a Ordem do Dia. apresentados requerimentos de destaque para tres propostas; Continua^ao da votagao, em primeiro turno, das pro- n9 S/6,950, 14.107 e 14.899. postas revisionais e respectivas emendas oferecidas aos arts. Com a palavra o Relator. 1? ao 49 da Constituigao Federal — Principios Fundamentais ? O SR. RELATOR (Nelson Jobim) — Sr. Presidente, Srs. —, tendo Parecer de n 1, de 1994, RCF, do Relator, concluin- Congressistas, o Deputado Fabio Feldmann destaca o inciso do pela apresenta^ao do substitutivo. IV do art. 39. O painel eletronico acusa o comparecimento de 328 Srs. Congressistas. O Texto Constitucional diz; Art. 2? O Requerimento de destaque para a Emenda "Art. 39 — Constituem objetivos fundamentais n' 3.009/2 fica prejudicado, pois a PRE n0 12.746-9, a que da Republica Federativa do Brasil; se refere a emenda, nao foi destacada. Ficam prejudicados igualmente os Requerimentos de pre- IV — promover o bem de todos, sem preconceitos ferencia para a vota^ao n? 7 e de Preferencia para destaque de origem, raqa, sexo, cor, idade e quaisquer outras n912. formas de discriminaqao." Art. 39, inciso 11. O inciso II do art. 39 recebeu dois 9 Pretende o Deputado Fabio Feldmann a inclusao, no destaques, ambos para a Proposta n 7.007-1, Requerimentos texto do inciso IV, da seguinte expressao; orientaqao sexual. n9s 16 e 19. Em vota^ao o Requerimento n" 16. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votaqao o Requerimento de Destaque n917, relative a proposta PRE O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, pe?o a palavra pela n9 6.950. ordem. Os Srs. Congressistas que votam favoravelmente queiram O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. permanecer sentados. (Pausa.) Ex' a palavra pela ordem. O SR. CID SABOIA DE CARVALHO (PMDB — CE.) O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pela ordem. Sem — Sr. Presidente, nao entendi. O parecer do Relator e favord- revisao do orador.) — Sr. Presidente, ontem, por falta de vel a que se de o destaque ou e contra a que se conceda quorum, interrompemos a sessao durante o processo de vota- o destaque? 606 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota e contrario. o Lider do PP? O SR. CID SABOIA DE CARVALHO — Entao, V. ExJ O SR. JONES DOS SANTOS NEVES — O PP vota "nao", tern que indagar o "nao" do Plenario. No caso seria: quern Sr. Presidente. concordar com o Relator... O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer o Lider do PMDB? e contrario. O SR. JOAO THOME (PMDB — AM) — O PMDB, Os Srs. Congressistas que rejeitam o requerimento de Sr. Presidente, e contrario ao requerimento. destaque queiram permanecer sentados. (Pausa) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota Rejeitado. o Lider do PFL? O SR. CHICO VIGILANTE (PT — DF) — Sr. Presidente, O SR. LUIS EDUARDO (BLOCO (PFL — BA) — pego verificagao de votagao. "Nao", Sr. Presidente. O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ) — O PDT acompanha O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota o pedido de verificagao de votagao. o Lider do PL? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Foi reque- rida verificagao de votagao pelo PT e pelo PDT. O SR. JONES SANTOS NEVES (PL — ES) — O Partido Pego aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. Liberal vota "nao". Sr. Presidente. Vai-se passar a apreciagao da materia atraves do sistema ele- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota tronico. o Lider do PTB? O SR. (PC do B — SP) — O PCdoB O SR. RODRIGUES PALMAS — "Nao", Sr. Presidente. tambem pede verificagao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Os Srsi Con- o Lider do PPR? gressistas que votarem "sim" aprovam o requerimento. Os O SR. VICTOR FACCIONI (PPR — RS) — "Nao", que votarem "nao" o rejeitam. O parecer do Relator e contra- Sr. Presidente. rio ao requerimento de destaque. Vai-se votar o requerimento e, em seguida, se aprovado, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota se votara a materia destacada. o Lider do PRN? (Pausa.) Como vota o Lider do PSDB? O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP) — Sr. Presidente, convocamos ao plenario a presenga da Bancada do PSDB O SR. FABIO FELDMANN (PSDB — SP) — Sr. Presi- para que possamos votar, ja que a votagao sera nominal. dente, o PSDB encaminha a votagao "sim". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- O SR. JOAO THOME (PMDB — AM) — Sr. Presidente, dencia solicita aos Srs. Congressistas que estao fora do plenario somente para lembrar os membros do PMDB que estao che- que venham a este recinto para exercerem o seu direito de gando agora que o voto do PMDB e "nao". voto. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Os Srs. Con- A Presidencia solicita a todos os Srs. Congressistas que gressistas que se encontram nas bancadas queiram registrar tomem os seus lugares a fim de ter im'cio a votagao pelo os seus cddigos de votagao e selecionar os seus votos, acio- sistema eletronico. nando, simultaneamente, o botao preto do painel e a chave O SR. CHICO VIGILANTE (PT — DF) — Sr. Presidente, sob a bancada, mantendo-os pressionados ate que as luzes a Bancada do Partido dos Trabalhadores se declara em obs- se apaguem. (Pausa.) trugao. Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos queiram faze-lo nos postos avulsos, afastando-se apos o re- O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ) — Sr. Presidente, gist ro. a Bancada do PDT se declara em obstrugao. O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU — SP) — Sr. Presi- O Sr. Haroldo Lima — Sr. Presidente, pego a palavra dente, o PSTU se declara em obstrugao. pela ordem. O SR. ALDO REBELO (PC do B — SP) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo o Partido Comunista do Brasil, PC do B, se declara em obs- a palavra ao nobre Congressista. trugao. O SR. HAROLDO LIMA (PC do B — BA. Pela ordem. O SR. ROBERTO FRANCA — O PSB, Sr. Presidente, Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, eu gostaria de tambem se declara em obstrugao. solicitar a V. Ex' o uso da palavra para, enquanto se da o processo de votagao, ler um requerimento que estou encami- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Entao o nhando a Mesa, em nome de diversos Srs. Parlamentares. PT, o PDT, o PSTU, o PC do B e o PSB se declarant em O requerimento, Sr. Presidente, e encabegado pelos Srs. obstrugao. Congressistas Amir Lando e Benito Gama, sendo subscrito Como vota o Lider do PPS? por Deputados de quase todos os Partidos da Casa, nao sd O SR. SERGIO AROUCA (PPS — RJ) — Sr. Presidente, aqueles que tem defendido uma posigao contraria a Revisao, o Partido Popular Socialista votara "sim", votara a favor do mas tambem o PMDB — o prdprio Lider do PMDB assina requerimento. —, membros do PSDB, do PL e de outros Partidos. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 607

O requerimento esta vazado nos seguintes termos: — Comentando artimanhas de lobistas, a revista cita a experiencia do Sr. Said Farhat, "dono da Semprel, uma antiga "Exm". Senhor empresa de lobby", que teria conseguido introduzir "tres pala- Senador Humberto Lucena vras no inciso XV da Constituigao de 1988", com grande DD. Presidente do Congresso Nacional conseqiiencia economica, e informa ter dito o Sr. Jose Bala Sr. Presidente, Sobrinho, Presidente do Banco Pontual, que "ha uns trinta Os abaixo-assinados, parlamentares e h'deres de grupos organizados (trabalhando junto aos Congressistas) que partidos polfticos com assento nesta Casa, com a memd- nao querem se expor para evitar reagdes contrarias. ria ainda muito marcada pelos fatos escabrosos que Tudo isso. Sr. Presidente, cria para nds, Parlamentares, comoveram a Nagao durante o recente funcionamento uma situagao intoleravel. E como se estivessemos metidos da CP1 do Or^amento; em uma tramdia gigantesca, onde grupos poderosos fomentam conscientes de que o povo so confia em um Con- a corrupgao em escala que deixa a recente CPI do Orgamento gresso se estiver convencido de que ele e formado por reduzida a um ensaio de amadores. Agora, sim, os profis- polfticos integros, que nada tern a esconder; descom- sionais estariam agindo, mercantilizando com ds interesses prometidos com interesses quaisquer que nao sejam nacionais. os do povo brasileiro, e desejando que isto fique claro Sr. Presidente, essa e a informagao apresentada a milhoes e comprovado; de brasileiros pela revista de maior circulagao do Pals. Ela tendo opinioes politicas diferentes sobre a maioria nos agride. Nao somos corruptos. Nao somos vendilhdes da dos problemas brasileiros, mas nao eslando mancomu- Patria. Nao vendermos a nossa consciencia a nenhuma empre- nados com nenhum grupo economico, brasileiro ou sa nacional ou estrangeira, interessada em comprar as nossas estrangeiro; estatais. E nao queremos passar por ladrdes ou coniventes desejosos de contar com a ajuda de V. Ex', e com roubos, escandalos, traigdes e omissdes criminosas. Por de ajudar V. Ex', na tarefa irrecusavel de defender isso, dirigimo-nos a V. Ex' para requerer que sejam tomadas com medidas efetivas e esclarecimentos cabais a honra providencias rigorosas e urgentes no sentido de se investigar do Congresso Nacional, expoem e afinal requerem o em profundidade os fatos levantados, a fim de preservar a que se segue; dignidade, a honra e o decoro do Poder Legislative, que nao Dos Fatos pode funcionar sob ignominiosa suspeigao. A revista Veja que circula esta semana, datada Na expectativa de que V. Ex' nao nos faltara, atenciosa- de 2 de fevereiro de 1994, traz longa materia, de sete mente, subscrevem, Senador Amir Lando, Deputado Benito paginas, intitulada "Milhoes na Revisao". A materia, Gama, Deputado Waldir Pires, Senador Cid Sabdia de Carva- se nao esclarecida, significara grave ameaga de desmo- Iho e diversos outros Lfderes e todos os Partidos na Casa, ralizagao do Congresso Nacional, especialmente pas- incluindo PMDB, PL, PSDB, PC do B, PP, PSB, PDT etc., sara a sociedade a ideia de que a revisao que o Con- e diversos outros Parlamentares que estao, agora, querendo gresso pretende fazer e uma espiiria negociata contra subscrever a referida nota. os interesses nacionais. Sr. Presidente, e esse o texto do requerimento que esta- A revista afirma a certa altura; mos encaminhando a V. Ex': ...os grupos interessados na mudanga da Carta DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. HA- montam lobbies poderosos. Os que querem as mudan- ROLDO LIMA EM SEU PRONUNCIAMENTO: gas, os empresarios, banqueiros e fazendeiros, devem gastar perto de 50 milhoes de ddlares ate que a revisao REQUERIMENTO termine. — A dinheirama e a pressao sobre os Parlamen- Exm° Senhor tares se explicam tambem porque a revisao tocara em Senador Humberto Lucena interesses economicos que podem significar lucros, ou DD. Presidente do Congresso Nacional perdas, na casa de bilhoes de ddlares. Senhor Presidente, — Referindo-se a uma reuniao havida a 20 de Ja- Os abaixo assinados, parlamentares e h'deres de partidos neiro passado, no Ceara, com a presenga de "25 empre- polfticos com assento nessa Casa, sarios representando as 100 maiores companhias de com a memdria ainda muito marcada pelos fatos escabro- capital estrangeiro instaladas no Brasil", entre as quais sos que comoveram a Nagao durante o recente funcionamento sao citadas a "Scania, White Martins, Nestle, Siemens, da CPI do Orgamento; Bayer, Xerox e Monsanto", que estariam dispostas a conscientes de que o povo sd confia em um Congresso "gastar 2,5 milhoes de ddlares em campanha publici- se estiver convencido de que ele e formado por polfticos Inte- taria de estlmulo a revisao" e a "escorar" com dinheiro gros, que nada tern a esconder; as campanhas dos parlamentares que votarem a favor descomprometidos com interesses quaisquer que nao se- das reformas que entendem necessarias ao pals, a revis- jam os do povo brasileiro, e desejando que isto fique claro ta informa: "Com um detalhe; os empresarios, agora, e comprovado; sd admitem soltar dinheiro depois que a revisao for tendo opinioes politicas diferentes sobre a maioria dos votada. Nao fazem pagamentos antecipados. E preciso problemas brasileiros, mas nao estando mancomunados com ser firme porque as esquerdas ainda sao fortes e o nenhum grupo economico, brasileiro ou estrangeiro; parlamentar pode vacilar, disse Laerte Setubal, que desejosos de contar com a ajuda de V. Ex', e de ajudar representava a fabrica de caminhdes Scania em Forta- a V. Ex', na tarefa irrecusavel de defeaider com medidas efeti- leza. Jackson Pereira sera o intermediario entre nosso vas e esclarecimentos cabais a honra do Congresso Nacional; grupo e a bancada cearense. expoem e afinal requerem o que se segue: 608 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Dos Fatos: nia em Fortaleza. Jackson Pereira sera o intermediario entre nosso grupo e a bancada cearense". A revista Veja, que circula esta semana, datada de 2 de fevereiro de 1994, traz longa materia, de sete paginas, — Comentando artimanhas de lobistas, a revista cita a intitulada "Milhoes na Revisao". A materia, se nao esclare- experiencia do Sr. Said Farhat, "dono da Semprel, uma antiga cida, significara grave ameaga de desmoralizagao do Con- empresa de lobby", que teria conseguido introduzir "tres pala- gresso Nacional, especialmente passara a sociedade a ideia vras no inciso XV da Constituigao de 1988", com grande de que a revisao que o Congresso pretende fazer e uma espuria conseqiiencia econdmica, e informa ter dito o Sr. Jose Baia negociata contra os interesses nacionais. Sobrinho, presidente do Banco Pontual, que "Ha uns trinta A revista afirma a certa altura: grupos organizados (trabalhando junto aos congressistas) que — ..."os grupos interessados na raudanga da Carta mon- nao querem se expor para evitar reagdes contrarias". tam lobbies poderosos. Os que querem as mudangas, os empre- Tudq isso Sr. Presidente, cria para nds uma situagao into- sarios, banqueiros e fazendeiros, devem gastar perto de 50 leravel. E como se estivessemos metidos em uma tramdia milhoes de dolares ate que a revisao termine." gigantesca, onde grupos poderosos fomentam a corrupgao em — "A dinheirama e a pressao sobre os parlamentares escala que deixa a recente CPI do Orgamento reduzida a se explicam tambem porque a revisao tocara em interesses um ensaio de amadores. Agora sim, os profissionais estariam economicos que podem significar lucros, ou perdas, na casa agindo, mercantilizando com os interesses nacionais. de bilhoes de dolares." Senhor Presidente, — Reterindo-se a uma reuniao havida a 20 de janeiro Esta e a informagao apresentada a milhoes de brasileiros passado, no Ceara, com a presenga de "25 empresarios repre- pela revista de maior circulagao do Pafs. Ela nos agride. Nao sentando as 100 maiores companhias de capital estrangeiro somoscorruptos. Nao somos vendilhdes da Patria. Nao vende- instaladas no Brasil", entre as quais sao citadas a "Scania, mos a nossa consciencia a nenhuma empresa, nacional ou White Martins, Nestle, Siemens, Bayer, Xerox e Monsanto", estrangeira, interessada em comprar nossas estatais. E nao que estariam dispostas a "gastar 2,5 milhoes de dolares em queremos passar por ladrdes, ou coniventes com roubos, es- campanha publicitaria de esti'mulo a revisao" e a "escorar" candalos, traigdes e omissdes criminosas. Por isso, dirigimo- com dinheiro as campanhas dos parlamentares que votarem nos a V. Ex", para requerer que sejam tomadas providencias a favor das reformas que entedem necessarias ao Pafs, a revista rigorosas e urgentes no sentido de se investigar em profun- informa: "Com um detalhe: os empresarios, agora, so admi- didade os fatos levantados, a fim de preservar a dignidade, tem soltar dinheiro depois c^ue a revisao for votada. Nao fazem a honra e o decoro do Poder Legislative, que nao pode funcio- pagamentos antecipados. E precise ser firme, porque as es- nar sob ignominiosa suspeigao. querdas ainda sao fortes e o parlamentar pode vacilar, disse Na expectativa de que V. Ex" nao nos faltara, atencio- Laerte Setubal, que representava a fabrica de caminhoes Sca- samente.

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_Avr- Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 609

O SR. LUIS EDUARDO — Sr. Presidente, pe^o a palavra "orientaijao sexual", atendendo a uma reivindicagao das mino- pela ordem. rias que querem ver os seus direitos protegidos. Estou pedindo, em nome do PSDB, a todos os Congres- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo sistas que votem "sim" ao requerimento de destaque permi- a palavra a V. Ex' tindo, depois, a discussao da emenda propriamente dita. O SR. LUIS EDUARDO (PEL — BA. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, desejo apenasesclarecer O Sr. Paulo Ramos — Sr. Presidente, pego a palavra a Bancada do PFL que o voto e "nao". pela ordem. Muitos Srs. Congressistas que estao chegando neste mo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo mento ao plenario estao equivocadamente pensando que se a palavra a V. Ex" trata aqui de verificagao de numero, quando, na verdade, ja estamos votando materia importante e a orientaqao do O SR. PAULO RAMOS (PDT — RJ. Pela ordem. Sem Partido e "nao". revisao do orador.) — Sr. Presidente, pedi a permissao de V. Ex" para ler rapidamente um documento subscrito por O Sr. Germano Rigotto — Sr. Presidente, pego a palavra varies Parlamentares. pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Antes que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- V. Ex' faga a leitura desse documento, renovo o apelo para vra V. Ex' que todos os Congressistas comparegam para a votagao de materia importante da Revisao Constitucional. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS. Pela or- dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o PMDB O SR. PAULO RAMOS — Sr. Presidente, o documento ja encaminhou e confirma o encaminhamento contrario. e subscrito por muitos Parlamentares e por isso pego, nao OSr. Nelson Marquezelli — Sr. Presidente, pe?o a palavra so a atengao de V. Ex", mas tambem a desta Casa, alem pela ordem. de uma atengao especial ao Relator da Revisao, ja que o documento envolve o nome do Deputado Nelson Jobim. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- Queremos manifestar nosso inconformismo em relagao vra V. Ex' a forma apressada e irresponsavel com que pretendem elabo- O SR. NELSON MARQUEZELLI (PTB — SP.) — Sr. rar outra Constituigao para o povo brasileiro. Presidente, o PTB tambdm vota "nao" e avisa aos seus mem- Alem dos prazos exiguos, que nao permitem o debate bros para votarem "nao". e que excluem, nao so a participagao dos Parlamentares, mas tambem a dos setores organizados da sociedade, sendo grave O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, pego a palavra pela o episodic relativo ao fechamento das galerias, fato nunca ordem. ocorrido na histdria do nosso Parlamento, querem fazer as O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- votagdes a toque de caixa, as escondidas, numa clara demons- vra V. Ex' tragao de que, cumprindo as determinagdes do grande capital nacional e internacional, ja trazem uma Constituigao adrede O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pela ordem. Sem preparada. revisao do orador.) — Sr. Presidente, eu queria deixar regis- E o pior e que tudo e tramado contra os mais caros trado para a Mesa que nds do PDT estamos em obstrugao valores nacionais e contra os mais elementares direitos do e, e claro, V. Ejc' desde ontem sabe disso, tanto nds quanto povo brasileiro. Pretendem claramente suprimir os avangos os Partidos que sao contra a Revisao estamos fazendo uma e as conquistas da Constituigao de outubro de 88. A maior obstrugao regimental. Todavia, o jornal o Estado de S. Paulo prova do golpe que se pretende perpetrar contra a Consti- de hoje coloca todos os Parlamentares do PDT, PT, PCdoB, tuigao e o procedimento do Deputado Nelson Jobim, esco- PSB como faltosos. Mas todos nds sabemos que e regimental Ihido pelo Presidente do Congresso Revisor, sem a aprovagao a obstru^ao. Por isso, estou aqui representando o meu Partido do Plenario. e declarando essa obstrugao. Ao afirmar que ja tern pronta no computador sua Consti- Pela razao exposta, pe^o a Mesa que utilize os meios tuigao, o Deputado Nelson Jobim age confessando seu despre- legais para que o jornal seja informado de que essa obstrugao zo pela atual Constituigao e seu descaso pelo processo demo- 6 regimental, que os Parlamentares estao presentes na Casa, cratico. mas que nao estao presentes na sessao por uma op^ao polftica, E precise denunciar a Nagao que o Deputado Nelson portanto, dentro das normas do Regimento do Congresso Jobim esta eticamente impedido de ser o Relator da Revisao Revisor. constitucional. Urge denunciar a Nagao que o Deputado Nel- 6 o que pego a V. Ex', Sr. Presidente, ao mesmo tempo son Jobim, no escritdrio de advocacia a que esta vinculado, em que agrade^o. tern como clientes grandes representagoes empresariais com as quais ha tempos vem se reunindo, sendo exemplos mais O Sr. Fabio Feldmann — Sr. Presidente, pe?o a palavra conhecidos a FIESP e a CNI. pela ordem. Somos obrigados, ainda, a denunciar a Nagao que o De- putado Nelson Jobim, contratado por empresas de consul- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Cotlcedo toria, elaborou trabalhos sobre o texto constitucional sempre a palavra a V. Ex' preenchendo os interesses do grande capital, podendo ser O SR. FABIO FELDMANN (PSDB — SP. Pela ordem. citada a afirmagao de que a Constituigao defendida pela FIESP Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, eu queria informar foi por ele elaborada. aos Parlamentares que estao chegando que esse destaque visa O Deputado Nelson Jobim apresenta-se como o todo-po- permitir a introdugao de uma emenda que incluiria a expressao deroso, como o dono da Revisao, sem qualquer respeito a 610 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 atuagao dos demais parlamentares, tendo ousado afirmar que Nao tenho duvida de que aquilo que esta sendo feito sequer leria as emendas apresentadas. aqui fere o decoro parlamentar. Invoco o Regimento Interno, For fim. Sr. Presidente, nao podemos aceitar a tentativa cujo art. 244 diz que se considera atentatorio do decorro parla- do Deputado Nelson Jobim de se compatibilizar com o cargo mentar usar, em discurso ou proposigao, expressoes que confi- de Relator simplesmente pela iniciativa que tomou afastan- gurem crimes contra a honra ou contenham incitamentos a do-se do escritorio de advocacia e pedindo a suspensao provi- pratica de crime. Isso que esta acontecendo e crime contra soria na OAB do Distrito Federal. a honra. Sr. Presidente. Entendemos que a Revisao Constitucional e um episddio Quero deixar clara a posi^ao do PMDB. Fa?o essa mani- do processo histdrico brasileiro e que os escritdrios de advo- festagao nao apenas porque o Deputado Nelson Jobim e mem- cacia e as empresas de consultoria sao permanentes, levan- bro da Bancada do PMDB, mas porque S. Ex' e um homem do-nos. Sr. Presidente, a novas indagagdes: respeitado pelo Pafs e pela Casa em virtude de sua compe- — terminada a Revisao Constitucional, o Deputado Nel- tencia, dignidade e carater. S. Ex' podera cometer um erro son Jobim retornara ou nao ao seu escritorio e as empresas ou outro na conduqao do seu importante trabalho como Rela- de consultoria? tor da Revisao, mas sua honra e dignidade nao podem ser Assim, temos todas as razdes para exigir a destitui^ao atacadas. O seu trabalho como Deputado e jurista e reconhe- do Deputado Nelson Jobim do cargo de Relator da Revisao cido nacionalmente. Constitucional. Quando assumiu a fungao de Relator, S. Ex'.disse que Cremos que o Deputado Nelson Jobim deva exercer o se desvinculava totalmente de todo o seu trabalho profissional. mandate conquistado, defendendo os interesses que pretende E obrigasao do Deputado Nelson Jobim, como Relator, ouvir representar, mas nunca no cargo de Relator da Revisao Cons- todos os setores da sociedade. No sabado, ouvira as entidades titucional. (Apupos.) sindicais, como esta ouvindo todos os setores da sociedade O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Antes de que o procuram. S. Ex'deve ouvir empresarios, trabalhadores, conceder a palavra aos Lfderes que a estao solicitando, desejo centrais sindicais, centrais empresariais, enfim, todas as enti- dizer que esse assunto ja foi resolvido em face de questao dades representativas da sociedade. Como Relator, nao deve de ordem levantada- pelo Congressista Paulo Ramos, a qual fechar a porta para ninguem. E S. Ex' nao a esta fechando. decidida pela Presidencia nao foi objeto de recurso. Nao ha, Quero deixar clara a posigao do PMDB, que e a de nao nem na Constitui^ao, nem no Regimento, a figura da desti- aceitar mais esse tipo de agressao. O PMDB vai solicitar a tuigao do Relator, que continua a merecer a confianga do Mesa que, analisando o Regimento Interno, veja aqueles Srs, Plenario do Congresso Nacional. Deputados, colegas, que estao atentando contra o decoro par- Por outro lado, a indicagao feita pela Presidencia, de lamentar com a agressao descabida, despropositada e injusta acordo com o Regimento, recebeu o apoio da maioria expres- que esta sendo feita neste plenario. siva de todas as Liderangas das duas Casas do Congresso Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Nacional, com exce^ao daquelas que sao contra a Revisao O Sr. Gastone Rich! — Sr. Presidente, pego a palavra e que Ihe fazem obstrugao. como Eider do PTB. Concedo a palavra ao Elder Luis Eduardo. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Antes de O SR. LUIS EDUARDO (BLOCO PEL — BA. Como conceder a palavra aos proximos oradores, desejo renovar Li'der. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- o apelo aos Srs. Congressistas para que venham ao plenario, gressista, como V. Ex-, com senso de oportunidade, ja resol- a fim de exercer o seu direito de voto. veu essa questao, torna-se desnecessaria a minha interferencia Deputado Gastone Righi, antes de V. Ex' havia pedido no sentido de repelir veementemente essa tentativa daqueles a palavra o nobre Li'der do PV, Deputado Sidney de Miguel, que, por nao quererem elaborar a Revisao Constitucional, a quern concedo a palavra. Depois a concederei a V. Ex' tentam agredir um homem de bem, um homem competente, O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV — RJ. Como Li'der. um homem lucido, um homem honesto como o Deputado Sem revisao do orador.) — Obrigado, Sr. Presidente. Nelson Jobim. a Estamos preocupados, porque ontem foi aberto o pro- Solidarizo-me com V. Ex e com toda a Mesa, manifestan- cesso de votagao da Revisao Constitucional com o voto fla- do-me contra essa agressao que se torna repetitiva, cansativa grantemente contra o meio ambiente. Votou-se ontem contra e — por que nao dizer — chata. um destaque do Deputado Fabio Feldmann, que colocava O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo a defesa do meio ambiente junto a outras clausulas petreas a palavra ao Congressista Germane Rigotto. da Constituigao. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS. Sem revi- Hoje estamos votando outro assunto da maior impor- sao do orador.) — Sr. Presidente, ja respondemos a agressoes tancia. Apresentei emenda a Constituigao com o objetivo de absurdas, injustas, descabidas, desrespeitosas, de pessoas de- proteger o direito de orientagao sexual das pessoas que sao sesperadas. Neste plenario podemos debater, discutir e ate atacadas, dessa minoria que tanto sofre. Estamos vendo mais nao concordat, nao ter posigoes convergentes com relagao uma vez os efeitos da chamada "votagao salame". a Revisao Constitucional. Essa e a principal critica que fago ao Sr. Relator. Esse No entanto. Sr. Presidente, Srs. Deputados, partir para e o principal erro que cometemos ao entrar nesse tipo de a agressao, partir para a ofensa descabida, partir para aquilo revisao. Infelizmente, a parte da Constituigao de 1988 relativa que tern ocorrido sistematicamente neste plenario, ja nao po- aos direitos a cidadania e a que mais sofrera, sem duvida demos aceitar. Chamo a atemjao de V. Ex', porque, represen- nenhuma, nesse tipo de votagao, tando o PMDB, vou requerer ao Presidente Inocencio Oliveira O jornal O Globo traz um informe sobre direitos humanos que convoque a Mesa da Camara dos Deputados para que no Pai's. Menciona, porexemplo, a existencia de 500 mil meno- diga se as agressoes que estao ocorrendo no plenario nao res, que sao objeto de prostituigao. Sabemos dos assassinates ferem o decoro parlamentar. de minorias, sabemos do trabalho escravo, da situagao dos Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 611 mdios e sabcmos tambem que vira nessa "votaqao salame" Fazia S. Ex", durante sua intervengao, a defesa de um a amputagao de direitos fundarnentais, que, pela primeira dos membros do seu Partido, Relator da Revisao da Consti- vez na histdria deste Pai's, foram assegurados na Carta de tuigao, Deputado Nelson Jobim. 1988, Todos que estao aqui serao responsaveis pelo que for Longe de mim esta. Sr. Presidente, qualquer pretensao feito e nao soinente o Sr. Deputado Nelson Jobifn. de desconhecer no Deputado Nelson Jobim qualidades dignas Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. de elogio, do reconhecimento de toda a Casa e do meu prdprio. Longe de mim esta. Sr. Presidente, a pretensao de deixar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Teni a pala- de prestar ao Deputado Nelson Jobim o reconhecimento e |ra o Deputado Gastone Righi, que anteriormente a havia os elogios pela sua inteligencia, pela sua capacidade de traba- pedido, pela Lideranga do PTB Iho, pela forga com que se empenhanas ideiasem que acredita. No entanto. Sr. Presidente, se queremos preservar nesta O SR. GASTONE RIGHI (BLOCO PTB — SP. Como Casa o espfrito do contraditdrio, o espfrito da polemica, o Li'der. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- espfrito democratico, nao poderemos correr o risco de eleger gressistas, minha intervengao objetiva e falar, ainda. sobre o Deputado Nelson Jobim ao pedestal da unanimidade, por- a questao de ordem que varios Deputados do PDT vem insis- que nem Jesus Cristo, quando passou, brevemente, pela Ter- tindo em formular a respeito do nobre Relator. ra, conseguiu ser unanime entre o povo e a humanidade. O PTB tem uma posigao, que e definitiva. Eu, particular- Cabe a nos, portanto, registrar aqui que apesar de o mente, tenho vtirias objegoes a forma de condugaoda relatoria Sr. Deputado Gastone Righi ter feito uma exposigao de todos em relagao ao processo revisional. Entretanto, nao podemos os adjetivos que nos pode oferecer Aurelio Buarque de Ho- nos quedar silentes. Sr. Presidente, quando injurias, ofensas landa para elogiar o Deputado Nelson Jobim, teremos o sagra- sao irrogadas a um companheiro parlamentar de elevado m'vel, do direito, mais do que o direito, o dever de defender e de alto padrao, de princfpios eticos reconhecidos por todos de manifestar aqui, desta tribuna, todos os nossos adjetivos, nos, parlamentar nao so de ilibada conduta mas tambem de com os quais pretendemos criticar o trabalho e, fundamen- cultura nunca contestada, talmente, as posigdes polfticas e ideoldgicas do Deputado Nel- Os conhecimentos juridicos do Deputado Nelson Jobim son Jobim. E o fazemos. Sr. Presidente, na absoluta convicgao tem sido luminares. Em todos os instantes, tem S. Ex' auxi- de que estamos defendendo tambem o melhor para o nosso liado ora a Mesa, ora as Liderangas, ora o prdprio Plenario. Pafs. De repente alguem Ihe irroga algumas imputagoes absoluta- Devemos manifestar tambem a nossa opiniao de que mente infundadas. Nao quero deter-me cm adjetivagoes. To- o Deputado Nelson Jobim nao defende o melhor phra o nosso dos adjetivos de elogio ao insigne Relator sao merecidos. Pafs. Qual a calunia, qual a injuria, qual a difamagao, qual Quero dizer a V. Ex', Sr. Presidente, que esse princfpio o crime em fazer as afirmagdes diante desta tribuna? cruel, anti-regimental, que fere o decoro parlamentar. de atin- Permaneceremos, portanto. Sr. Presidente, ja que V. Ex" gir colegas sem algum fato cabal e definitivo nao pode prospe- nos cobra, pelas campainhas, o fim desse breve posiciona- rar. Imagine V. Ex' que alguem aqui viesse e dissesse que mento, com o direito da oposigao, o direito dos contras, o V. Ex" nao pode presidir o Congresso, ou nao pode votar mesmo direito que teve alguem no passado de, atraves da quando houver uma materia relativa ao seu Nordeste em vota- palavra de ordem do mar de lama, levar ao suiefdio um Presi- gao. Imagine que absurdo! Um advogado nao possa votar dente da Republica. (Apupos.) E quantos dos que estao aqui uma materia de Direito, ou uma materia relativa a sua profis- falariam naquela epoca? sao ou a sua atividade jun'dica, que nao pudesse um industrial O Sr. Presidente (Humberto Lucena) — Pego que encerre votar materia referente a atividade industrial, ou um agricultor o seu pronunciamento, nobre Deputado. materia referente a atividade rural ou mesmo um trabalhador votar uma materia referente a Direito Social ou a Direito O SR. ALDO REBELO — E esse o direito. Sr. Presidente, Trabalhista. que queremos manifestar, suportando os apupos, porque coisa E um absurdo. Sr. Presidente, maxime, quando nenhum pior do que os apupos ja suportamos e estaremos sempre fato concrete e alegado contra o Sr. Relator. Ele ser advoga- dispostos a suportar. do? Pertencer a um escritorio de advocacia que faz a defesa O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta encer- de clientes com atividades economicas? Nada mais curial, nada rada a votagao. mais normal. Ate mesmo porque seus opositores reconhecem que em nenhum dos processes, em nenhum dos feitos S. Ex' participou pessoalmente, desde que e Deputado. VOTAR AM OS SRS. CONGRESSISTAS: Nao ha qualquer ferimento ao estatufdo pela Carta Mag- na. Portanto, o que resta e apenas a indecorosa ofensa, a gratuita ofensa, que deve ser repelida por todos nos, mas, RORAIMft principalmente, pela Mesa do Congresso Nacional. ALCESTE ALMEIDA - BLOCO - SIM Sr. Presidente, quero que V. Ex" aceite, em relagao ao CESAR DIAS - PMDB - NAO FRANCISCO NOOKIGUES BLOCO - NAO Sr. Relator, a irrestrita solidariedade do meu Partido. o PTB, JOAO FA0UNDE8 - PMDB - NAO contra essas aleivosias, inoportunamente assacadas. JOAO FRANCA HP NAU JULIO CABRAL - PP NAO LUCIANO CASTRO - PPR NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo MARCELO LUZ - PP NAO a palavra ao nobre Lfder Aldo Rebelo. RUBEN BENTO - BLOCO - NAO O SR. ALDO REBELO (PC DO B — SP. Como Lfder. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, AMAPA ouvi aqui, atentamente, as palavras do nobre Lfder do PMDB, - ERALDO TRINDADE - PPR - NAO em exercfcio, Deputado Germano Rigotto. - FATIMA PELAES - BLOCO - NAO 612 Quinta-feira 3 diARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 - HENRIQUE ALMEIDA PEL NAO PIAUI - JONAS PINHEIRO PTS SIM - MURILO PINHEIRO BLOCO NAO CHAGAS RODRIGUES - SERGIO BARCELLOS BLOCO NAO GIRO NOGUEIRA ■ PSDB SIM - VALDENOR OUEOES PP NAO FELIPE MENDES - BLOCO NAO HUGO NAPOLEAO ■ PPR NAO JESUS TAJRA PFL NAO PARA JOAO HENRIQUE BLOCO NAO JOSF I UT7 MATA PMDB NAD - ALACID NUNES ■ BLOCO NAO LUL1UI0 FOR I ELLA PPR NAD - COUTINHO JORGE PMDS NAO MURILO REZENDE CDS AO!. 11 m ,1, - DOMINGOS JUVENIL PMD8 NAO MUSSA DEMES PMDfl NAU - ELIEL RODRIGUES PMDS NAO PAULO SILVA BLOCO NAO - GERSON PERES PPR NAO PSDB - SIM - HERMINIO CALUINHO PMDB NAO - JAR8AS PASSARINHO PDS NAO RIO GRANDE DO NORTE - JOSE OIOGO PP NAO - MARIO CHERMONT PP NAO - ALUIZIO ALOES - MARIO MARTINS PMDB - SIM - GARIBALDI ALVES PMDB - NAO - NICIAS RIBEIRO PMDB NAO ~ HENRIQUE EDUARQO ALOFS PMDB - abstencao - OSVALDO MELO PPR NAO - 18ERE FERREIRA PMDB - SIM - PAULO TITAN PMDB NAO - JOAO FAUSTINO BLOCO - NAO " LAIRE ROSAOO PSDB - NAO AMAZDNAS - NET LOPES PMDB - NAO BLOCO - NAO ~ AUREO MELLO PRN NAO PARAIBA - JOAO THOME PMD8 NAO ADAUTO PEREIRA RONDONIA ANTONIO MARIZ BLOCO - NAO FRANCISCO EVANDELISTA PMDB - SIM PPR NAO - ANTONIO MORIMDIO - PPH bin HUMBERTO LUCENA PMDB - - APARICIO CARUALHO - BLOCO - 131H ABSTENCAO - EDISON FIDELIS - PP NAO -MA U»et 0 ■ C A t I*TO - BLOCO - NAO - ODACIR SOARES - PFL - JOSE MARANHAO PMDB NAO - PASCOAL NOUAES NAO - RAIMUNDO LIRA PFL " PSD SIM " ZUCA MOREIRA NAO ACRE PMDB NAO ALUIZIO BEZERRA - PMDB - NAO rcRMHntJULO CELIA MENDES - PPR NAO FLAVIANO MELO - PMDB - - GUSTAOO KRAUSE FRANCISCO DIOGENES NAO - JOSE CARLOS OASCONCELLOS BLOCO - SIM JOAO TOTA - PPR NAO - JOSE JORGE PRN NAO NA80R JUNIOR - PPR NAO BLOCO SIM - PMDB - NAO JOSE MULIO MONK IRO ULUOU NAO RONIUON SANTIAGO - PPR NAO MARCO MACIEl PFL SIM ZILA BEZERRA - PMDB - " MAURILIO FERREIRA LIMA NAO - MAVIAEL CAOALCANTI P MOB SIM TOCANTINS - PEDRO CORREA BLOCO NAO - SALATIEL CARVALHO BLOCO NAO CARLOS PATROCINIO PP NAO OARCI COELHO PFL - SIM DERUAL DE PAIUA BLOCO NAO ALAGOAS MERVAL PIMENTA PMDB NAO PMDB NAO MOISES ABRAO POC - AUGUSTO FARIAS BLOCO OSUALDO REIS PP NAO - DIVALDO SURUAGY NAO NAO - guilherme palmeira PMDB NAO MARANHAO - OLAVO CALHEIROS PFL NAO - TEOTONIO VILELA FILHO PMDB NAO CESAR BANDEIRA - VITORIO MALTA PSDB NAO COSTA FERREIRA ■ BLOCO - SIM PPR NAO ■ PP NAO DANIEL SILUA PPR eduardo matias NAO SERCIPE FRANCISCO COELHO BLOCO NAO jayme SANTANA BLOCO SIM JOAO RODOLFO PSDB SIM ALBANO FRANCO PRN PPR NAO DJENAL GONCALVES NAO JOSE BURNETT PPR EVERALDO DE OLIVEIRA PSDB - SIM, JOSE REINALDO NAO JOSE TELES BLOCO NAO BLOCO - SIM LOURIVAL BAPTISTA PPR NAO ROSEANA SARNEY - BLOCO - PEDRO VALADARES PFL NAO NAO PP NAO CEARA AECIO DE BORBA BAHIA 30IA - PPR NAO ERNANIpdS S? OIANA OE CARVALHO - PMDB - NAO ANGELO MAGALHAES BLOCO - PP SIM BENITO GAMA NAO ETEOALDO NOGUEIRA ERALDO TINOCO BLOCO NAO JACKSON PEREIRA - BLOCO - NAO BLOCO NAO LUIZ GIRAO - PSDB - NAO FELIX MENDONCA - POT ~ JAIRO CARNEIRO BLOCO NAO MARCO PENAFORTE NAO JOAO ALMEIDA BLOCO NAO MAURO 8ENEVIDES - PSDB ~ SIM PMDB - SIM MORONI TORGAN - PMDB - NAO JOAO CARLOS 8ACELAR BLOCO ~ PSDB - JORGE KHOURY NAO ORLANDO BEZERRA NAO JOSAPHAT MARINHO BLOCO NAO U8IRATAN AGUIAR - BLOCO - NAO PFL NAO VICENTE FIALHO - PSDB - NAO JOSE CARLOS ALELUIA BLOCO NAO - BLOCO - NAO JOSE FALCAO BLOCO NAO Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 613

JUTAHY MAGALHAES - PSDB - SIM BETO MANSUR - PPR - SIM - LEUR LOMANTO - BLOCO - NAO CARLOS NELSON - PMDB - SIM - LUIS EDUARDO - BLOCO - NAO CUNHA BUENO - PPR - NAO - LUIZ MOREIRA - BLOCO - NAO DELFIM NETTO ... PPR - NAO LUIZ UIANA NETO - BLOCO NAO EVA BLAY - PBOB SIM - MANOEL CASTRO - BLOCO - NAO EABIO FELDMANN - PSDB SIM MARCOS MEDRADO - PP NAO FABIO MEIRELLES - PPR - NAO - PEDRO IRUJO - PMDB - NAO FAUSTO ROCHA - PL ~ NAO PRISCO VIANA - PPR - NAO GERALOO ALCKMIN FILHO - PSDB - NAO - RI0EIRO TAVARES - PL - NAO HEITOR FRANCO - PPR - SIM TOURINHO DANTAS - BLOCO NAO JUAO MELLAO NETO PL NAO MINAS GERAIS JORGE TARED MUDALEN PMDB NAO JOSE AQRAO PSDB SIM ALFREDO CAMPOS - PMDB - NAO JOSE ANIBAL PSDB - SIM - ARACELY DE PAULA - BLOCO - SIM JOSE SERRA PSDB - SIM - ARMANDO COSTA - PMDB - NAO K OYU I HA - PSDB - SIM - AVELINO COSTA - PPR - NAO LUIZ MAXIMO - PSDB NAO - CAMILO MACHADO - BLOCO - NAO MARIO COVAS - PSDB - SIM EDMAR MOREIRA - PP - NAO MAURICI MARIANO PMDB NAO - EL IAS MURAD - PSDB - SIM MENDES BOTELHO - PP NAO FELIPE NERI - PMDB - NAO NE:LSON MARQUE/LLlI BLOCO NAU GENESIO BERNARDINO - PMDB - NAO PAULO LIMA BLOCO NAO - GETULIG NEIVA - PL - NAO PAULO NOVAES ~ PMDB NAO HUMBERTO SOUTO - BLOCO - NAO PEDRO PAVAC - PPR - NAO IBRAHIM ABI-ACKEL - PPR - NAO ROBERTO ROLLEMBERG PMDB - NAO - IRANI BARBOSA - PSD - NAO ROBSON TUMA ~ PL - NAO ISRAEL PINHEIRO BLOCO NAU TADASHI KURIKI - PPR - NAO - JOSE BELATO - PMDB - NAO TUGA ANGERAMI - PSDB - SIM - JOSE SANTANA DE VASCONCELLOS - BLOCO - NAO VADAO GOMES - PP - SIM - JOSE ULISSES DE OLIVEIRA - BLOCO - SIM VALDEMAR COSTA NETO - PL - NAO - LAEL VARELLA - BLOCO - NAO WALTER NORY PMDB ~ NAO - LEOPOLDO BESSONE - BLOCO - NAO - MARIO DE OLIVEIRA PP - NAO - MAURICIO CAMPOS - PL - SIM _ NEIF JABUR - PMDB - NAO MATO GROSSO - ODELMO LEAD - PP - NAO - OSMANIO PEREIRA - PSDB - NAO - JOAO TEIXEIRA PL NAO - PAULINO CICERO DE VASCONCELOS - PSDB - NAO - JULIO CAMPOS PFL NAO - PAULO HESLANDER - BLOCO - NAO - MARCIO LACEROA PM08 NAO PAULO ROMANO - BLOCO - SIM OSCAR TRAVASSOS PL NAO - ROMEL ANISIO - PP - NAO - RICAROO CORREA PL NAO - RONAN TITO - PMDB - NAO SAULO COELHO - PSDB - SIM WAGNER DO NABCIMFNTO - PP - AIM DISTRITO FEDERAL ZAIRE RLZENOL - PMOU NAU - AUGUSTO CARVALHO ■ PPS NAO - BENEDITO DOMINGOS PP NAO ESPIRITO SANTG - CHICO VIGILANTE PT ABSTENCAO ARMANDO VIOLA - PMDB - NAO - JOFRAN FREJAT PP NAO - ETEVALDA GRASSI DE MENEZES - BLOCO - NAO - MEIRA FILHO PP NAO - GERSON CAMATA - PDC NAO - PAULO OCTAVIO PRN - SIM - JOAO CALMON - PMDB - NAO - PEDRO TEIXEIRA PP NAO - JONES SANTOS NEVES -- PL NAO - VALMIR CAMPELO PTB NAO - JORIO DE BARROS - PMDB - SIM LEZIO SATHLER - PSDB - SIM - ROBERTO VALADAO PMDB - NAO 001 AS ANTONIO FALtlROS PBDB NAO RIO DE JANEIRO HALEY MAROON PMDB NAO IRAM SARAIVA PMDB NAD ALDIR CABRAL - BLOCO - NAO 1RAPUAN COSTA JUNIOR PP NAO - ALVARO VALLE - PL NAO LAZARO BARBOSA PMDB NAO AMARAL NETTO PPR NAO - AROLDE DE OLIVEIRA - BLOCO - NAO ARTUR DA TAVOLA - PSDB - SIM - CARLOS LUPI - PDT ABSTENCAO LUIZ SOYER - PMDB - NAO - EDUARDO MASCARENHAS - PSDB - NAO MARIA VALADAO - PPR - NAO - JAIR BOLSONARO - PPR NAO MAURO BORGES - PP - NAO - JOSE EGYDIO - PL NAO MAURO MIRANDA - PMDB - NAO - LAERTE BASTOS - PSDB - NAO PAULO MANDARINO - PPR - NAO - LAPROVITA VIEIRA - PP NAO ROBERTO BALESTRA - PPR - NAO - NELSON BORNIER * PL NAO RONALDO CAIADO - BLOCO - NAO - NELSUN CARNURO PMDB NAU VILMAR ROCHA - BLOCO - ABSTENCAO PAULO DE ALMEIDA - PSD NAO ZE COMES DA ROCHA PRN NAO - RUBEM MEDINA - BLOCO - NAO - SANDRA CAVALCANTI - PPR NAO - SERGIO AROUCA- - PPS - SIM ) GROSSO DO SUL - SIDNEY DE MIGUEL - PV - SIM . ~ WANDA REIS "" PSD NAO LEVY 01AS - PTB NAO hARILU GUIMARAES - BLOCO - NAO NELSON TRAD - BLOCO - NAO SAO PAULO RACHID SALDANHA DERZI - PRN - NAO VALTER PEREIRA - PMDB - NAO - ALBERTO GOLDMAN - PMDB - NAO UALDIR GUERRA - BLOCO - NAO - ARY KARA - PMDB - NAO WILSON MARTINS - PMDB - NAO Fevereiro de 1994 614 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS

PARANA O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- vra V. Ex" AFFONSO CAMARGO - PDC NAO BASILIO yiLLANI - PPR NAO O SR. MAURICIO CAMPOS (PL — MG. Pela ordem - PBD SIM CARLOS ROBERTO MASSA , NAD Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, apenas para regis- CARl OB UCAHPEl TNT trar que inadvertidamente apertei a tecla "Sim", mas o meu ULN1 ULIIWpTKI<: rouo NrtU FLAOIO ARN8 - P8DB - NAO voto e "Nao". IVANIO GUERRA - 0LOCQ - NAO JONI OAR I SCO - PMDB - NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) Esta regis- JOSE RICHA - PSDB NAO trado. MATHEUS IENSEN - PSO SIM MCACIR MICHELETTO - PMDB - ABST O Sr. Esperidiao Amin Sr. Presidente, pego a palavra OTTO CUNHA - PPR NAO pela ordem. WERNER WANDERER - BLOCO - NAO WILSON HOREIRA - PSDB - NAO OSR. PRESIDENTE (Humberto Lucena)—Tern a pala- vra V. Ex' SANTA CATARINA O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Pela ordem. - PPR NAO Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, estranhamente, - ANGELA ArtIN NAO - CESAR SOUZA - BLOCO - o meu nome nao apareceu no painel. Gostaria que V. Ex' DEJANUIR OALPASOUALE PMDB NAO - DIRCEU CARNEIRO - PSDB - Glh registrasse o meu voto. -■ EDISON ANDRINO - PMDB NAU - HUGO BIEHL - PPR NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta regis- - JARVIS GAIDZINSKI - PPR NAO trado. - LUIZ HENRIQUE - PMDB - NAO - NELSON MORRO - BLOCO - NAO O Sr. Vilmar Rocha — Sr. Presidente pego a palavra - NEUTO DE CONTO ... PMDB - NAO pela ordem. - ORLANDO PACHECO - PSD SIM - PAULO DUARTE - PPR NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- - RUBERUAL P1LOTTO - PPR NAO vra V, Ex* ■ OALDIR COLATTO - PMDB - NAO O SR. VILMAR ROCHA (Bloco — GO. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria de regis- RIO GRANDE DO SUL trar que, por um erro de digitagao, votei "Sim", mas o meu - AORDALDO 8TRECX ■ PBDB - N All voto e "Nao". ANTONIO HRITTO - PMDB - NAU - CELSO BERNARDI - PPR NAO - FETTER JUNIOR - PPR NAO O Sr. Maun'cio Campos — Sr. Presidente, pego a palavra - GERMANO RIGOTTO - PMDB - NAO pela ordem. - IUO MAINARDI - PMDB - NAO - JOAO DE OEUS ANTUNES - PPR NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- - MENDES RIBEIRO - PMDB - NAO vra V. Ex* - NELSON JOBIM - PMDB - NAO - NELSON PRQENCA - PMDB - NAO O SR. MAURICIO CAMPOS (PL — MG. Pela ordem. - ODACIR KLEIN - PMDB - NAO - QSVALDQ BENDER - PPR NAO Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o meu voto - PEDRO SIMON - PMDB - NAO e "Nao". - TELMO KIRST - PPR NAO - UICTOR FACCIONI - PPR NAO O Sr. Alberto Haddad — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. O Sr. Eduardo Jorge — Sr. Presidente, pela ordem. pela O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- Lideran^a do PT. vra V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Darei a O SR. ALBERTO HADDAD (PTR — SP Pela ordem. , palavra a V. Ex' oportunamente, nobre Deputado. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o meu voto e Vou proclamar o resultado. "Nao". Votaram NAO 250 Srs. Congressistas e SIM 53. Houve O Sr. Alberto Trad — Sr. Presidente, pego a palavra 7 abstengdes. pela ordem. Total: 310 votos. Foi rejeilado o requerimento. OSR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a proposta. vra V. Ex' O Sr. Senador Marco Maciel encaminhou declaragao de O SR. ALBERTO TRAD — (Bloco PTB — MS. Pela voto a Mesa, que sera publicada nos termos regimentals. ordem. Sem revisao do orador.) —Sr. Presidente, o Deputado E a seguinte a declaragao de voto encaminhada; Nilton Baiano e eu estavamos numa Comissao Especial e Sr. Presidente, meu voto e "Nao" na votagao do destaque nao chegamos a tempo de registrar os nossos votos. O voto n° 17. Por equivoco, o registro no painel foi "Sim . do Deputado Nilton Baiano eu nao conhego, mas o meu e "nao". 2-2-94. — Marco Maciel. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta regis- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votagao trado. o Requerimento de Destaque n^ 15. O Sr. Rodrigues Palma — Sr. Presidente, pego a palavra O SR. MAURICIO CAMPOS — Sr. Presidente, pego pela ordem. a palavra pela ordem. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 615

O SR. PRESIDENTE (Humherto Lucena) —Tem a pala- Em votagao. vra V. Ex" Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer sentados. (Pausa.) O SR. RODR1GUES PALMA (Bloco 1 — MT. Pela or- Rejeitado. dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o meu nome tambem nao apareceu no painel. O meu voto e '"Nao". O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, V. Ex' tem que inverter a pergunta. Como V. Ex' perguntou, esta aceitando-a. O Sr. Gastone Rich! — Sr. Presidente. pego a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Os Srs. Con- gressistas que rejeitam o requerimento queiram permanecer O SR. PRESIDENTE (Humherto Lucena) — Tem a pala- sentados. (Pausa.) vra V. Ex" Rejeitado. O SR. GASTONE R1GHI (Bloco 1-SP. Pela ordem. Sem Rejeitado o requerimento, ficam prejudicadas as Pro- revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria de registrar postas 14.107 e 14.899. o meu voto, que tambem nao ficou registrado. O meu voto O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Art. 4", e "nao". item 11, O art. 4:, inciso 11, recebeu requerimento de destaque. O Sr. Cardoso Alves — Sr. Presidente, pego a palavra 9 pela ordem. Em votagao o Requerimento de Destaque n 3, para a Proposta n9 12.411.1, que da nova redagao ao inciso 11 do O SR. PRESIDENTE (Humherto Lucena) — Tem a pala- art. 4". vra V. Ex' Concedo a palavra ao Relator. O SR. CARDOSO ALVES (BLOCO-PTB — SP. Pela O SR. EDUARDO JORGE —Sr. Presidente, pego a pala- ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente. Srs. Con- vra pela ordem. gressistas, gostaria de comunicar a V. Ex" que a Mesa da Camara esta reunida neste momento e por isso deixara de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nobre Con- votar. gressista, o Relator ira se pronunciar. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Obrigado. O SR. EDUARDO JORGE — Sr. Presidente, desde a votagao anterior ja havia pedido a palavra pela ordem. O SR. AUGUST© CARVALHO — Sr. Presidente, pe?o a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Para uma questao de ordem? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tem a pala- vra V. Ex' O SR. EDUARDO JORGE — Pela Lideranga do PT. O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS — DF. Pela ordem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nobre Con- Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria de corrigir gressista, agora estamos em processo de votagao. o meu voto, que e "Sim". OSR. EDUARDO JORGE —Sr. Presidente, V. Ex'disse O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta regis- que apds a votagao daria a palavra a Lideranga do PT. trado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Nobre Con- OSr. Welinton Fagundes — Sr. Presidente, pego a palavra gressista, peco a V. Ex' que espere um pouco mais, ate o pela ordem. termino desta votagao, quando darei a palavra a V. Ex' O SR. EDUARDO JORGE — Eu aguardarei. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem a pala- vra V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo a palavra ao Relator. O SR. WELINTON FAGUNDES (PPR — MT, Pela or- dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria que O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o constasse o meu voto; "nao". requerimento de destaque firmado pelo Deputado Tarcfsio Delgado, que diz respeito a Emenda do Senador Antonio O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera regis- Mariz, que pretende dar nova redagao ao inciso II, do art. trado. 49 da Constituigao. Em votagao o requerimento de destaque n' 15, relative Diz o art. 49: a proposta PRE 14.107. Concede a palavra ao Relator, para falar sobre o requeri- A Reptiblica Federativa do Brasil rege-se, nas suas relagdes internacionais, pelos seguintes prinefpios: mento. (...) O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o Inciso II — Prevalencia dos direitos humanos. requerimento de preferencia diz respeito ao requerimento de destaque do Deputado Wilson Muller, a emenda por ele ofere- Pretende o Deputado Tarci'sio Delgado esta redagao; cida, que pretende incluir no art. S9, inciso IV, da Constituigao Criagao de um Tribunal Internacional de Direitos Federal a expressao "promover a seguranga e o bem de todos", Humanos de ambito universal que afirme a prevalencia ou seja, pretende incluir a expressao "a seguranga". desses direitos e sua protegao." A relatoria opina pelo voto "nao". Ja esta inclui'do no texto a protegao da seguranga. O Parecer da Relatoria foi contrario. A prevalencia dos Pela rejeigao do requerimento. Sr. Presidente. direitos humanos e principio fundamental e rege as relagdes O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pela rejei- de Direito Internacional e nao a criagao de um Tribunal Cons- gao do requerimento. titucional. O Tribunal Internacional de Direitos Humanos po 616 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

dera ser uma conseqiiencia da prevalencia dos direitos huma- mericana de nagoes constitui objeto prioritario da Re- nos. Logo, permanecera o texto da Constituigao, posto que piiblica Federativa do Brasil. a emenda restringe o objetivo do Direito Internacional: a § 39 Desde qde expressamente estabelecido nos criagao de um Tribunal Internacional, que deveria prevalecer. respectivos tratados, as normas emanadas dos orgaos Nao devera o Brasil, na prevalencia dos direitos humanos, competentes das organizagoes internacionais de que submeter-se exclusivamente ao Tribunal. O seu ambito tern o Brasil seja parte vigoram na ordem intema brasileira. que ser bem mais amplo. Pela rejeigao. Sr. Presidente, o Relator acolheu parcialmente a emenda, O SR. PRESIDENTS (Humberto Lucena) — O Parecer e o Deputado Adroaldo Streck nao aceitou o acolhimento. e contrario. No entanto, essa emenda eventualmente resolveria os proble- Em votaqao o requerimento de destaque. mas suscitados anteriormente, ja que suprime a expressao Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer "normas gerais especiais de Direito Internacional". sentados. (Pausa.) Sou pelo acolhimento do destaque, Sr. Presidente. Rejeitado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O Relator Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a Proposta e favoravel a preferencia. n9 12.411.1. Em votagao o requerimento. O SR. EDUARDO JORGE — Sr. Presidente, pego a pala- Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer vra para uma comunicagao urgente. sentados. (Pausa.) Aprovado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo a palavra ao Congressista Eduardo Jorge, como Li'der, para O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votagao uma comunicaqao urgente. a Proposta 1079-1 O parecer do Relator tambem e favoravel a proposta. O SR. EDUARDO JORGE (PT-SP. Como Li'der. Para Vamos passar a votagao nominal, com o parecer favordvel uma comunicagao. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, do Relator a Proposta 1079-1. Srs, Congressistas; Pego aos Srs. Congressistas que ocupem os seus lugares. Como Vice-Lfder e atuando em plenario em con junto com outro Vice-Li'der, Deputado Chico Vigilante, quero for- O SR. CARLOS LUPI — Sr. Presidente, somente para malmente comunicar ao Presidente e a Casa que a Bancada esclarecer o Plenario, V. Ex' poderia repetir qual e a proposta? do Partido dos Trabalhadores nao tern nenhuma responsa- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O Relator bilidade, nem compromisso, nem solidariedade com o docu- vai le-la. mento aqui apresentado pelo Deputado Paulo Ramos, do O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, volto PDT. Nao nos solidarizamos com esse documento, principal- a ler a emenda do Deputado Adroaldo Streck, que altera mente nos termos como estao dirigidos ao Sr. Relator. Se o paragrafo unico do art. 49 e introduz tres paragrafos. algum Deputado do Partido dos Trabalhadores o assinou nes- As normas de Direito Internacional sao parte integrante ses termos, nao foi sob a orientagao da nossa Bancada. do Direito brasileiro. Fago esse registro em nome da Bancada do Partido dos A diferenga entre o § I9 do texto do Relator e do texto Trabalhadores, para que fique bem claro qual e o nosso posi- da Emenda e que o Deputado Adroaldo Streck, nesta parte, cionamento quanto a esse documento, datado de Brasilia, suprime a expressao "normas gerais de Direito Internacional 26 de Janeiro de 1994, que acabou de ser lido aqui no Plenario. sao parte integrante". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sobre os § 29 — a integragao economica, politica, social e cultural, paragrafos do art. 49 foram oferecidos, alem do substitutivo visando a formagao de uma Comunidade Latino-Americana do Relator, onze requerimentos de destaque. de Nagoes constitui objetivo prioritario da Republica Federa- A materia foi oferecida, requerimento de preferencia. tiva do Brasil. Corresponde uma nova redagao ao paragrafo unico do O SR. SIDNEY DE MIGUEL — Sr. Presidente, pela 9 ordem. atual Texto Constitucional e acrescenta um § 3 : Desde que expressamente estabelecido nos respectivos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Estamos tratados, as normas emanadas dos drgaos competentes das em processo de votagao. Logo em seguida, concederei a pala- organizagoes internacionais de que o Brasil seja parte vigoram vra a V. Ex1 na ordem interna brasileira. O requerimento requer preferencia para a Proposta Revi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pego aos sional n9 01079-1, do Deputado Adroaldo Streck. Srs. Congressistas que tomem assento em seus lugares, a fim Tern a palavra o Relator. de ter im'cio a votagao, pelo sistema eletronico, da proposta O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o que acaba de ser lida pelo Sr. Relator, com parecer favoravel. requerimento de preferencia do Deputado Adroaldo Streck (Pausa.) diz respeito a Proposta de Revisao Constitucional n9 01019-1, O SR. CHICO VIGILANTE — Sr. Presidente, pego a que corresponde a emenda de sua autoria, que tern a seguinte palavra pela ordem. redagao: O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo Substituir o paragrafo unico pelo seguinte: a palavra a V. Ex* § I9 As normas vigentes internacionais sao parte integrante do Direito brasileiro. O SR. CHICO VIGILANTE (PT — DF. Pela ordem. § 29 A integragao economica, politica, social e cul- Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, quero comunicar tural visando a formagao de uma comunidade latino-a- a V. Ex'e a Casa que a Bancada do Partido dos Trabalhadores Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 617

continua em obstrugao. Que seja esclarecido ao jornal O Esta- O SR. CARLOS LUPI — Desculpe-me, 293 votos para do de S; Paulo que os Deputados do PT estao em obstrugao, a emenda ser aprovada. estao em Brasilia, na Casa, mas nao vao votar esta materia. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Exatamen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Toda a im- te. prensa sabe que o PT, PDT, PC do B, PSB e PV estao em obstru^ao. O SR. CARLOS LUPI — Obrigado. O Sr. Sidney de Miguel — Sr. Presidente. pe(;o a palavra O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota pela ordem. o Li'der do PMDB? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS) — Sr. a palavra a V. Ex" Presidente, o PMDB vota a favor do destaque, acompanhando o parecer do Relator. O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV — RJ. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, nds estamos consta- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota tando, com as duas vota^oes anteriores, a incoerencia do Sr. o Li'der do PPR? Relator no tratamento que S. Ex' deu a um destaque, mencio- O SR. CUNHA BUENO (PPR — SP) — A orientagao nando a instalagao de um Tribunal Internacional, e das rela- do PPR e a mesma de ontem, quando o Li'der Gerson Peres gdes com o direito interno. orientou a Bancada no sentido de votar contrariamente a Essa incoerencia se torna evidente quando se vai assu- essa proposta, votaremos a favor, em seguida, da proposta mindo o destaque de forma ad hoc, segundo qual logica nao do Deputado Jose Maria Eymael, que enxuga ainda mais sabemos. Quero comunicar que o Partido Verde se mantera o texto. Portanto, o voto do PPR e "nao". em obstrugao nesta votagao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota A Sra. Beth Azize — Pego a palavra pela ordem. Sr. o Lfder do PEL? Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern a pala- O SR. LUIS EDUARDO (PEL — BA) — Sr. Presidente, vra V. Ex" no PEL a questao e aberta. O Li'der vota "sim". A SRA. BETH AZIZE (PDT — AM. Pela ordem. Sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota o Li'der do PTB? revisao da oradora.) |— Sr. Presidente, solicito a Mesa que, ao ser fornecida relagao dos Congressistas durante as sessoes O SR. RODR1GUES PALMA (PTB — MT) — Oriento do Congresso Revisor, seja feita uma observagao de que deter- a Bancada, o voto e "nao", Sr. Presidente. minados partidos estao fazendo obstrugao legi'tima, regimen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota tal, ao processo de Revisao. 6 muito ruim que a imprensa o Li'der do PSB? divulgue o nome desses Parlamentares como faltosos. Ontem, passei o dia inteiro aqui, cheguei a casa a noite O SR. ROBERTO FRANCA (PSB — PE) — Sr. Presi- e, hoje, o jornal O Estado de S. Paulo me da como faltosa. dente, o Partido Socialista mantem sua posigao de obstrugao Penso que sou uma das Parlamentares que menos falta nesta e faz um registro, um protesto e lamenta a ausencia da popu- Casa, vivo de plantao aqui. lagao nas galerias, acompanhando esta votagao. E lamentavel Para concluir, Sr. Presidente, quero comunicar a Mesa que, no momento em que se inicia este processo, e simbolica e a este Plenario que, embora sendo da Bancada do PDT, a ausencia da populagao acompanhando os trabalhos dos par- nao comungo com as expressdes colocadas no documento que lamentares. o Sr. Deputado Paulo Ramos acaba de ler com relagao ao Relator do Congresso Revisional, o Sr. Deputado Nelson Jo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota bim. o Li'der do PMDB? O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS)— "Sim", Era o que eu tinha a informar a V. Ex', Sr. Presidente. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota dencia esclarece a V. Ex' que a rela?ao que tern sido publicada o Li'der do PL? e de responsabilidade da prdpria imprensa, nao da Mesa do Congresso Nacional. O SR. JONES SANTOS NEVES (PL — ES) — "Sim", Passa-se a vota§ao. Sr. Presidente. Como votam os Srs. Lfderes? O Sr. Mario Covas — Sr. Presidente, pego a palavra O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, pego a palavra para pela ordem. encaminhar. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tern O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo a palavra. a palavra a V. Ex', para orientar a sua Bancada. O SR. MARIO COVAS (PSDB — SP. Pela ordem.) — O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Para encaminhar. Sr. Presidente, eu gostaria de umesclarecimento. Esta emenda Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, informamos que envolve o art. 4" e tres paragrafos. Correto? estamos ainda em obstrugao e solicitamos a V. Ex' que nos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sim. esclarega se esta materia precisa de 294 votos favoraveis para O SR. MARIO COVAS — O parecer do Relator, por ser aprdvada. ? meio do substitutivo, e o art. 4 com dois destes tres paragrafos. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — 293 votos. Vamos votar a emenda e nao o substitutivo? O que tem prefe- 618 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Fevereiro de 1994 rencia para votagao nao e o substitutivo, ressalvado o desta- O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP — PR) — Sr. Presi- que? dente, o PP orienta a sua Bancada para que vote "sim", O Relator aprovou a emenda, na forma de substitutivo, respeitando, evidentemente, a posigao de cada Parlamentar. em outras palavras, aceitou o art. 4" e desta emenda extraiu O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota os § § 1" e 2°. A emenda tern o § 1", o § 2" e o § 3". For o Lider do PPR? que votar a emenda destacada antes de votar o substitutivo? O SR. BETO MANSUR (PPR — SP) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Houve um o PPR orienta a sua Bancada para que vote "nao". requerimento de preferencia, aprovado pelo Plenario. O SR. MARIO COVAS — Para votar esta emenda? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota a Lider do PC do B? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Para votar esta emenda antes do substitutivo, foi aprovado pelo Plenario. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PC do B — RJ) — Sr. Presidente, o PC do B declara-se em obstrugao. O SR. MARIO COVAS — Se a emenda for rejeitada, o substitutivo estara rejeitado. Ter-se-a votado contra os dois O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota o Lfder do PSDB? dispositivos. O SR. JOSE SERRA (PSDB — SP) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Se a emenda pessoalmente, voto a favor, mas a Bancada do PSDB esta for aprovada... liberada para a votagao. O SR. MARIO COVAS — Se a emenda for rejeitada, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Srs. Con- o substitutivo estara rejeitado. O substitutivo e parte da emen- gressistas que se encontrem nas bancadas queiram registrar da. os seus eddigos de votagao e selecionar os seus votos, acio- nando, simultaneamente, o botao preto do painel e a chave O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pego ao sobre a bancada, ate que as luzes se apaguem. (Pausa.) Relator que esclareqa a V. Ex' Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, e queiram faze-lo nos postos avulsos, afastando-se apds o regis- pertinente a questao de ordem suscitada pelo Senador Mario tro. (Pausa.) Covas, para esclarecer bem o objeto da votaqao. O Sr. Paulo Delgado — Sr. Presidente. pela ordem. A Relatoria havia acolhido, na forma de substitutivo, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo com redagao diversa, o que diz respeito a emenda do Depu- a palavra ao Congressista Paulo Delgado. tado Adroaldo Streck. No entanto, a emenda do Deputado Adroaldo Streck O SR. PAULO DELGADO — (PT — MG. Pela ordem. e mais ampla que o texto do substitutivo. Ora, se a emenda Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, essa inovagao no for rejeitada, no entender da relatoria estara tambem rejeitado Direito brasileiro, na Constituigao brasileira, e um risco para o substitutivo, porque tern o mesmo sentido. Logo, ao votar a soberania nacional e para a soberania do Congresso Nacio- a emenda para a qual acabei de dar parecer favoravel, no nal, com a devida venia do Relator. sentido integral, estar-se-a rejeitando tambem o substitutivo O Brasil nao pode querer se modernizar e entrar no Secu- e prejudicando todas as materias, com excegao de um destaque lo XXI antes de todos os outros pafses do mundo. O Direito oferecido pelo Deputado Jose Maria Eymael. Internacional vai evoluir para a universalizagao da aceitagao Portanto, Sr. Presidente, reitero que a posigao da relato- dos acordos e tratados, mas isso nao pode ser feito dessa ria em relagao a emenda e o voto "sim". maneira. Creio que introduzir na Constituigao brasileira a incorpo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A relatoria ragao automatica de dispositivos do Direito Internacional no mantem o seu parecer favoravel a emenda, que, se for apro- Direito brasileiro pode ate acelerar interesses comerciais do vada, prejudice o substitutivo, as Propostas Revisionais n?s Brasil no GATT, em fundos internacionais ou em acordos 5.800 e 8.890 e os requerimentos pertinentes a materia. internacionais de natureza economica. Mas nas questdes, por O Sr. Magno Bacelar — Sr. Presidente, pego a palavra exemplo, de polftica ambiental ou nas questdes nucleates e para uma comunicagao de Lideranga. um contra-senso. Espero que aqueles que estao participando da Revisao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede Constitucional e tomando essa decisao levem em conta a muti- a palavra a V. Ex' lagao do poder do Congresso Nacional e a recusa da soberania O SR. MAGNO BACELAR (PDT — MA. Para uma co- que e subjacente ao dispositive que esta sendo votado. municagao de Lideranga. Sem revisao do orador.) — Sr. Presi- E o que eu gostaria de registrar. dente, a Bancada do PDT no Senado, a exemplo do que O Sr. Sidney de Miguel — Sr. Presidente, pego a palavra ocorre com a Bancada da Camara, esta em obstrugao, embora pela ordem. todos os Srs. Senadores estejam presentes na Casa. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pois nao. a palavra a V. Ex' Como vota o Lider do PMDB? O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS) — Sr. O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV — RJ. Pela ordem. Presidente, o PMDB vota "sim". Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, achamos que a coisa nao e bem dessa forma como foi interpretada pelo nobre O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Como vota colega do Partido dos Trabalhadores, mas e muito prdxima o Lfder do PP? disso. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 619

Eu intervinha, anteriormente, nao reconhecendo uma Id- temente, muitas vezes manifestando-se e recebendo as adver- gica nas posi(;oes do Sr. Relator, mas, na verdade. ela existe. tencias do Deputado Ulysses Guimaraes, que em nenhum Quer dizer, esse subsidio do Direito interno ao Direito Inter- instante, mesmo advertindo-as, as colocou sob suspeigao nem nacional visa exatamente a ordem economica. proibiu o acesso do povo a elas. Vimos, no destaque do Deputado Tarci'sio Delgado — Portanto, o primeiro fato que eu queria registrar e o que envolvia, talvez, a questao mais importante do ponto nosso inconformismo. Estamos aqui funcionando e trabalhan- de vista da cidadania —, que ela foi recusada pelo Tribunal do de uma maneira absolutamente vexatoria, o que nos esta de Direitos Humanos, mas quando se trata do GATT e de deixando insatisfeitos. outros foros, ela valera e estara inscrita na Constituigao. En- Esse era o primeiro registro que eu queria fazer. Sr. tao, a logica e essa e e bem precisa e reconhecivel. Presidente. Desejo fazer um segundo, tambem ressaltando Lamentamos que seja dessa forma, Sr. Presidente, por- o meu inconformismo. Realizamos, ate ha bem pouco tempo, que, para passar esse tipo de materia esta-se fazendo alianga nesta Casa, um trabalho consciencioso, que produziu grande entre esse tipo de neoliberalismo, que liquida grandes pai'ses repercussao nacional; examinamos a questao do Orgamento hoje da America Latina, e aquilo que ha de mais velho e da Repiiblica. No final, foram identificadas diversas pessoas, oligdrquico na ordem social e interna do Pai's. diversos colegas, cujos nomes lamentavelmente estao indica- Obrigado, Sr. Presidente. dos pela CPI, para que a Casa tome as providencias cabi'veis. O SR. ERNESTO GRADELLA — Sr. Presidente, pego Ora, neste contexto esta-se pretendendo promover a Re- a palavra pela ordem. visao da Constituigao, sem que se tenha definido a situagao dos Parlamentares indicados pela CPI para ter os seus manda- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — ■ Concedo tes eventualmente cassados. Nao existe nenhuma providencia a palavra a V. Ex* com relagao a essa questao. O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU — SP. Pela or- O que estamos fazendo aqui. Sr. Presidente, pelo conheci- dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, os trabalha- mento que tenho, em nenhuma praga publica do Brasil teria- dores demitidos das estatais e do Servigo Publico ocuparam mos condigdes dv defender sem que fossemos apupados pelo hoje ;— e se encontram la ate o momento — o Ministerio povo. do Trabalho, aguardando uma definigao sobre a questao do Rasgar a Constituigao, mudar a Constituigao, com o aces- Projeto de Anistia, que ja foi aprovado pela Camara dos so as galerias proibido ao povo e fazendo com que desse Deputados em duas votagoes, devido a uma pequena modifi- processo participem as pessoas que mutilaram o Orgamento cagao efetuada no Senado Federal. Esses trabalhadores estao da Repiiblica, tudo isso se faz, Sr. Presidente, de uma maneira exigindo justiga para aqueles atos praticados de maneira arbi- que a nds nos parece imperfeita, que deixa muito a desejar traria pelo Governo Collor, que acabaram significando a piora a etica na polftica, que tanto defendemos e que tanto falamos do servigo publico, e esperam que os Deputados, que de ma- que estamos dispostos a ressaltar. neira bem concreta e absoluta deram o seu voto favoravel Sr. Presidente, eram essas as duas observagdes que eu aquele projeto, entrem em contato com o Poder Executive, queria fazer perante V. Ex*, esperando, como vou esperar no sentido de que o projeto seja mantido conforme foi apro- freqiientemente — mas nao pretendo estar aqui o tempo todo vado na Camara dos Deputados em duas votagoes. esperando — que a Mesa da Camara tome as providencias Sr. Presidente, para concluir, gostan'amos de ressaltar mais cedo ou mais tarde. Ficamos inconformados com estar a posigao do PSTU em relagao a essa votagao. Manteremos aqui e o povo ali do lado sem ter acesso as galerias como a obstrugao e nao participaremos dela. Nao reconhecemos sempre teve. Alias, nas tribunas de honra veem-se muitas a Revisao como justa, como satisfatdria aos interesses publi- pessoas engravatadas. Mas e la em cima onde deveriam estar cos, uma vez que os interesses que estao sendo abordados os trabalhadores? Eles estao ali no Salao Verde, sem as gale- nao sao os da maioria da populagao e, sim, de uma minoria rias terem acesso. que ocupa a elite economica apoiada por todo o setor multina- Repito: essa era a primeira questao. cional. A segunda e; que se resolva, com coerencia, a situagao Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. das pessoas cujos mandates estao sendo examinados para eventualmente serem cassados a partir da iniciativa da CPI. O Sr. Haroldo Lima — Pego a palavra, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Desejo in- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. formar-lhes que vou encerrar a votagao. Os Congressistas Ex* a palavra. que ainda nao votaram queiram faze-lo. Quero dizer ao Sr. Congressista Haroldo Lima que o Presidente da Camara dos O SR. HAROLDO LIMA (PC do B — BA. Pela ordem. Deputados, Deputado Inocencio Oliveira, acabou de informar Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, aproveitando a que na primeira quinzena de fevereiro sera realizada a reforma benevolencia de V. Ex', durante este perfodo em que estamos das galerias, de tal sorte que apds isso serao elas abertas esperando que o processo de votagao se conclua, gostaria ao publico, que podera assistir a todas as sessdes do Congresso de fazer dois registros breves, rapidos e respeitosos. Nacional, do Congresso Revisor e da Camara dos Deputados. Em primeiro lugar, quero manifestar, ainda que de ma- O Sr. Antonio Ueno — Sr. Presidente, pego a palavra. neira ligeira, o meu inconformismo, Sr. Presidente, pelo fato O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- de estarmos trabalhando aqui, promovendo a Revisao da vra V. Ex* Constituigao brasileira, enquanto esta proibido o acesso do povo brasileiro as galerias. O SR. ANTONIO UENO (Bloco PEL — PR) — Sr. Presi- Relembro a V. Ex' e aos Constituintes de 88 aqui presen- dente, meu voto e "sim". Nao saiu no painel. tes quao diferente € este cenario do cenario do ano e meio O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O voto de em que estivemos aqui com estas galerias lotadas permanen- V. Ex' sera anotado. 620 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. CARLOS LUPI — Sr. Presidente, pego a palavra Acre pela ordem. CELIA MENDES O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pego a V. PPR NAO a FLAVIANO MELO PMDB NAO Ex que seja breve, porque ja encerrei a votagao e vou procla- FRANCISCO DIOGENES PPR SIM mar o resultado. JOAO MAIA PP SIM JOAO TOTA PPR NAU O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pela ordem. Sem NABOR JUNIOR PMDB NAO RONIUON SANTIAGO PPR NAO revisao do orador.) — Sr. Presidente, desejo relembrar a ZILA BEZERRA PMDB - SIM V. Ex- que ja foi divulgada pela terceira vez, em circulagao nacional — e desta vez de maneira muito mats forte — uma TOCANTINS materia paga no Jornal do Brasil, na revista Veja, na revista CARLOS PATROCINIO PFL NAO IsfoE, por urn cidadao que se diz oriundo do Parana, sem DARCI COELHO BLOCO NAO DERUAL DE PAIUA PMDB SIM filiagao poh'tica. Na publicagao, ele agride em todos os mo- FREIRE JUNIOR PMDB SIM mentos as instituigdes democraticas, o Congresso Nacional, MERUAL PIMENTA PMDB SIM prega o voto em branco, o voto nulo, anuncia que nos, em MOISES ABRAO PDC NAO OSUALDO REIS PP NAO materia de democracia, nao avangamos em nada para o Pai's. PAULO MOURAO PPR NAO Portanto, pediriamos a Presidencia as medidas cabiveis no sentido de solicitar da Procuradoria-Geral da Repiiblica MARANHAO informagao de quern esta pagando por essas publicagdes e ALEXANDRE COSTA PFL NAO se ha renda suficiente para bancar essas publicagdes. Para CESAR BANOEIRA BLOCO NAO mim, por tras disso, ha um movimento contra a instituigao COSTA FERREIRA PP NAO DANIEL SILVA PPR NAO democratica. Isso e muito grave. EDUARDO MAT IAS BLOCO NAO FRANCISCO COELHO BLOCO NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta encer- JAYME SANTANA PS OB NAO rada a votagao. JOAO ROOOLFO PPR NAO JOSE BURNETT PPR NAO VOTAM OS SENHORES CONGRESSISTAS: JOSE REINALDO BLOCO NAO NAN SOUZA PP NAO RORAIMA CEARA CESAR 01 AS PMDB NAO FRANCISCO RODRIGUES 0L0C0 NAD AECIO DE UORBA PPR NAO JOAO FRANCA PP SIM ARIOSTD HOLANDA PSDB BIM JULIO CABRAL PP SIM BENI VERAS PSDB NAU LUCIANO CASTRO PPR SIM ERNANI UIANA PP SIM MARCELO LUZ PP SIM ETEVALDO NOGUEIRA - BLOCO - SIM makluce pinto PTD JACKSON PEREIRA - PSDB - SIM RUBEN BENTO BLDCO SEM LUIZ PONTES PSDB NAO MARCO PENAFORTE - PSDB - NAO AMAPA MORONI TORGAN - PSDB NAD ORLANDO BEZERRA - BLOCO - SIM ERALDO TRINDADE - PPR NAO SERGIO MACHAOO - PSDB NAO FATIMA PELAES - BLOCO - SIM US I RAT AN AGUIAR - PSDB - NAO HENRIQUE ALMEIDA - PFL SIM JONAS PINHEIRO - PTB NAO SERGIO SARCELLOS - BLOCO - SIM PIAUI VAL0EN0R GUEOES - PP SIM B. SA - PP NAO CHAGAS RODRIGUES - PSDB - SIM PARA GIRO NOGUEIRA - BLOCO - SIM FELIPE MENDES - PPR NAO ALACID NUNES - BLOCO - SIM HUGO NAPOLEAO - PFL NAO ALMIR GABRIEL - PSDB - NAO JESUS TAJRA - BLOCO - NAO CARLOS KAYATH - BLOCO - NAO JOAO HENRIQUE - PMDB - SIM C0UTINH0 JORQE - PMDB - SIM JOSE LUIZ MAIA - PPR NAO ELIEL R00RIGUES - PMDB - SIM LUCIDIO PORTELLA - PDS SIM GERSON PERES - PPR NAO MURILO REZENOE - PMDB - SIM HERMINIO CALVINHO - PMDB - SIM MUSSA OEMES - BLOCO - SIM HILARIO COIMBRA - BLOCO - NAO PAES LANOIM - BLOCO - SIM JOSE 01000 - PP NAO MARIO CHEHMONT - PP NAO MARIO MARTINS - PMDB - SIM RIO GRANDE DO NORTE NICIAS RIBEIR0 - PMDB - SIM PAULO TITAN - FERNANDO FREIRE - PMDB - SIM - GARIBALDI ALUES - PPR NAO - HENRIQUE EDUARDO ALVES - PMDB - SIM - IBERE FERREIRA - PMDB - SIM AMAZONAS - BLOCO - NAO - JOAO FAUSTINO - PSDB - - JOAO THOME - LAIRE ROSAOO NAO - PMDB - SIM - NEY LOPES - PMDB - SIM - JOSE 0UTRA - PMDB - SIM - BLOCO - NAO IND0NIA PARAIBA APARICI0 CARUALH0 - BLOCO - NAO - ADAUTO PEREIRA ■ EDISON FIDELIS - PP SIM - ANTONIO MARIZ BLOCO SIM ■ MAURICIO CALIXT0 - BLOCO SIM - FRANCISCO EUANOELISTA PMDB NAO 00ACIR 30ARE8 - PFL - SIM PPR NAO - HUMBERTO LUCENA PMDB ABSTENCAO Fevereiro de 1994 DFARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 621

IVANDRO CUNHA LIMA PMDB SIti MARIO DE OLIJEIRA JOSE MARANHAO PMOB SIM • PP JIM MAUHICIO CAMPOS • PL ABSTENCAO NEIF JABUR PMDB NAO PERNAMBUCO OOELMO LEAD PP SIM OSMANIO PEREIRA PSOB SIM GUSTAVO KRAUSE BLOCO SIM PAULINO CICERO DE VASCONCELOS PSDB ABSTENCAO INOCENCIO OLIVEIRA - BLOCO - NAO PAULO HESLANOER BLOCO NAO JOSE CARLOS VASCONCELLOS - PRN SIM PAULO ROMANO BLOCO NAO JOSE JORGE - BLOCO - SIM ROMEL ANISIO PP SIM JOSE MENDONCA BEZERRA - BLOCO - SIM RONALDO PERIM PMDB SIM MAURILIO FERREIRA LIMA - PMDB - SIM RONAN TITO PMDB SIM MAVIAEL CAVALCANTI - BLOCO - SIM SAMIR TANNUS - PPR NAO OSVALOQ COELHO - BLOCO - SIM ~ SAULO COELHO - PSDB - SIM PEDRO CORREA - BLOCO - SIM - SERGIO NAYA - PP SIM SALATIEL CARVALHO - PP NAO - ZAIRE REZENOE - PMOB - NAO WILSON CAMPOS - PSDB - NAO ESPIRITO SANTO ALAOOAS - ARMANDO VIOLA - PMDB - SIM - ETEVALDA GRASSI DE MENEZES - BLOCO - NAO OIVALDO SURUAOY PMOB SIM - GERSON CAMATA - P DC - SIM GUILHERME PALMEIRA PFL SIM - JONES SANTOS NEVES - PL - SIM ROBERTO TORRES BLOCO NAO - JONICE TR1ST AO - PFL - NAO TEOTONIO VILELA FILHO PSDB SIM - JORIO DE 8ARR08 - PMDB - SIM WITORIO MALTA PPR NAO - LEZIO SATHLER - PSDB NAO - RITA CAMATA - PMDB - SIM SERGIPE - ROBERTO VALADAO - PMDB - SIM - ROSE DE FREITAS - PSDB - NAO ALBANO FRANCO PRN - SIM DJENAL GDNCALVE8 PSOB NAO EUERALDO DE OLIVEIRA BLOCO - SIM RIO DE JANEIRO JOSE TELES PPR NAO - ALDIR CABRAL BLOCO - SIM - AMARAL NETTO PPR NAO BAHIA - AROLDE DE OLIVEIRA BLOCO - SIM - AHTUR DA TAVOLA PSDB - NAO - AROLDO CEDRAZ . BLOCO _ SIM - FRANCISCO DORNELLES PPR NAO - ERALDO TINOCO - BLOCO - SIM - JAIR BOLSONARO PPR NAO - FELIX MENDONCA - BLOCO - NAO - JOAO MENDES BLOCO - NAO - JABES RIBEIRO - PSOB - NAO - LAERTE BASTOS PSDB - ABSTENCAO - JAIRO CARNEIRO - BLOCO - NAO LAPROVITA VIEIRA PP NAO - JOAO CARLOS 8ACELAR - BLOCO _ SIM - NELSON BORNIER PL SIM - JORGE KHOURY - BLOCO - SIM NELSON CARNEIRO PMDB - SIM - J08APHAT MARINHO - PFL - NAO - ROBERTO JEFFERSON BLOCO - NAO - JOSE CARLOS ALELUIA - BLOCO _ SIM - RUBEM MEDINA BLOCO - SIM - JOSE FALCAO - BLOCO - SIM - SANDRA CAVALCANTI PPR SIM - LEUR LOMANTO - BLOCO _ SIM - SERGIO AROUCA PPS NAO - LUIS EOUARDO - BLOCO - SIM - - LUIZ MOREIRA - BLOCO - SIM SAO PAULO LUIZ VIANA NETO ■ BLOCO - NAO MANOEL CASTRO ■ BLOCO - SIM - ALBERTO HADOAD - PP - NAO MARCOS MEDRADO PP SIM - ARMANDO PINHEIRO - PPR - NAO NESTOR DUARTE PMOB - SIM _ ARY KARA - PMDB - SIM PEDRO IKUJQ PMDB SIM - BETO MANSUR - PPR - NAO PRISCO VIANA - PPR - NAO - CARDOSO ALVES - BLOCO - SIM RIBEIRO TAVARES - PL SIM - CARLOS NELSON - PMDB - SIM. TOURINHO DANTA8 BLOCO - SIM _ CHAFIC FARHAT - PPR - NAO WALDIR PIRES PSDB NAO CUNHA BUENO - PPR - NAO - DELFIM NETTO - PPR - NAO DIOOO NOMURA - PL - SIM AS GERAIS ~ EVA BLAY - PSDB - NAO FAB 10 FELDMANN - PSDB - NAO AECIO NEVES - PSDB - NAO' - FABIO MEIRELLES - PPR - NAO ALFREDO CAMPOS - PMDB - .NAO ~ FAUSTO ROCHA - PL SIM ARACELY DE PAULA - BLOCO - SIM ARMANDO COSTA - PMDB SIM OASTONE RIGHI AVELINO COSTA - PPR _ NAO - BLOCO SIM CAMILQ MACHAOO - BLOCO _ SIM ~ GERALOO ALCKMIN FILHO - PSDB - - _ ' HEITQR FRANCO ... pp NAO EDMAR MOREIRA PP SIM " R - SIM FELIPE NERI - PMDB - SIM JOAO MELLAO NETO - PL - SIM FERNANDO DINIZ - PMDB - NAO JORGE TAOEU MUDALEN - PMDB - SIM GENESIO BERNARDINO - PMDB - SIM — JOSE A8RA0 - - JOSE ANIBAL PSDB NAO IBRAHIM ABI-ACKEL PPR NAO — PSDB NAO IRANI BARBOSA - PSD - NAO JOSE MARIA EYMAEL PPR NAO ISRAEL PINHEIRO . BLOCO - NAO - JOSE SERRA - - - PSDB SIM' JOSE BELATO PMOB SIM KOYU IHA PSDB NAO JOSE SANTANA DE VASCONCELLOS - BLOCO - NAO - LUIZ MAXIMO PSDB SIM JOSE ULISSES DE OLIVEIRA - BLOCO - NAO - MALULY NETTO BLOCO SIM LAEL VARELLA - BLOCO - SIM MARCELINO ROMANO MACHAOO PPR NAO LEOPOLDO BES60NE - BLOCO - NAO - MARCELO BARBIERI PMDB NAO MARCOS LIMA - PMDB - SIM - MAURICIO NAJAR BLOCO ABSTENCAO Fevereiro de 1994 622 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS

SANTA CATAIUNA PPR NAD - memoes botelho - PP - SIM SAN I ABSTENCAO - NELSON MARQUEZELLI - SLOCO - NAO 0 LOCO - PAULO LIMA - BLOCO - SIM ANGELA AMIN PMDB SIM - PAULD NOVAES - PMDB - SIM - CESAR SOUZA PMOB SIM - PEDRO PAUAO - PPR - NAO DEJANOIR DALRASQUALE PDS NAO - ROBERTO R0LLEM8ERG - PMDB - SIM - EDISON ANORINO PPR NAQ - ROBSON TUMA - PL - SIM _ ESPERIDIAO AhIN PPR SIM - TADASHI KURIK I - PPR - NAO _ HUGO BXEHL PMDB SIM - TUGA ANGERAMI - PSDB - NAO JARVIS GAIDZINSKI 3LOCO SIM VAOAO GOMES PP - NAO LUIZ HENRIQUE PMDB SIM - VALDEMAR COSTA NETO - PL - SIM PSD SIM SIM NELSON MORRO - WAGNER ROSSI PMDB - NEUTQ DE CONTO PPR NAO ORLANDO PACHECD PPR NAO - PAULO DUAHTE PMDB SIM MATO GROSSO RUBERVAL PILOTTO - JOAO TEIXEIRA - PL - SIM - - JONAS PINHEIRO - BLOCO - SIM - JULIO CAMPOS - PFL - NAO - OSCAR TRAOASSOS - PL - NAO RIO GRANDE DO SUL - - - RICARDO CORREA PL SIM PSDB - - SIM - ROORIGUES palma - BLOCO -— NAO - - UELINTON FA0UN0E8 " PL NAO PPR NAO ANTONIO BRITTO PMDB - - SIM CARLOS AZAMBUJA PPR NAO OISTRITO FEDERAL - CELSO BERNARDI PPR SIM FETTER JUNIOR PPR NAO - BENED1T0 DQMINQOS - PP - NAO _ GERMANO RIGOTTO PMDB - - SIM - JOFRAN FREJAT - PP - NAO _ IBSEN PINHEIRO PMDB - ABSTENCAO - MEIRA FILHO - PP - SIM IVO HAINARDI PMDB " SIM - OSORIO ADR IAND - BLOCO - NAO _ JOAO DE DEUS ANTUNES PPR NAO - PAULO QCTAUIO - PRN - SIM LUIS ROBERTO PONTE PMDB ■ - SIM - SIGMARINOA SEIXAS - PSDB - NAO NELSON JOBIM PMDB ■ - SIM - VALMIR CAMPELO — PT8 — NAO - NELSON PROENCA PMDB ■ - SIM ODACIR KLEIN PMDB ■ - SIM - PPR - SIM GDI AS PPR NAQ NAO - ANTONIO FALEIROS PSDB _ NAO - OICTOR FACCIONI PPR - HALEY MARGON - PMDB - SIM - IRAM SARAIOA _ PMDB - SIM O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Vou procla- - IRAPUAN COSTA JUNIOR - PP - NAO - LAZARO BARBOSA - PMDB - SIM mar o resultado, mas antes quero dizer ao Congressista Carlos - LUIZ SOYER - PMDB - SIM Lupi, Li'der do PDT, que a Presidencia, de comum acordo - MAURO BORGES - PP - SIM com o Presidente da Camara dos Deputados, ja esta tomando - MAURO MIRANDA - PMDB - SIM as providencias adequadas para justamente chamar a colagao - PAULO MANDARINO - PPR - NAO ? - ROBERTO BALESTRA - PPR - NAO juridicamente esse cidadao a que se refere V. _Ex • RONALDO CAIADO - BLOCO - NAO Votaram SIM 168 Srs. Congressistas e NAO 144. Houve - VILMAR ROCHA BLOCO NAO 7 abstengoes. Total: 319 votos. MATO GROSSO DO SUL A proposta foi rejeitada. O SR. PAULO DE ALMEIDA — Sr. Presidente, pego - JOSE ELIAS - BLOCO - NAO - MARILU GUIMARAES - BLOCO - NAO a palavra pela ordem. - NELSON TRAD - BLOCO - NAO O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —V. Ex" tern - RACHID SALOANHA DERZI - PRN - SIM - VALTER PEREIRA - PMDB - SIM a palavra, nobre Deputado. - UALDIR GUERRA - BLOCO - NAO SIM O SR. PAULO DE ALMEIDA (PSD — RJ. Pela ordem. WILSON MARTINS PMDB ~ Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria apenas de declarar o meu voto. Eu estava ao telefone, e V. Ex- PARANA encerrou na bora em que cheguei juntamente com a Deputada - AFFONSO CAMARGO PDC _ SIM Roseana Sarney para votar. Meu voto e "nao". - CARLOS ROBERTO MASSA - PSD - SIM O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera ano- - CARLOS SCARPELINI - PP - SIM - DENI SCHWARTZ - PSDB - NAO tado. - IUANIO GUERRA - BLOCO - SIM A Sr* Roseana Sarney — Sr. Presidente, pego a palavra - JONI VARISCO - PMDB - SIM - JOSE RICHA - PSDB - SIM pela ordem. - LUCIANO PIZZATTO - BLOCO - SIM O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tern - LUIZ CARLOS HAULY _ PP - SIM - MATHEUS IENSEN - PSD - SIM a palavra, nobre Deputada. - MOACIR MICHELETTO - PMDB - SIM - MUNHOZ DA ROCHA _ PSDB - SIM A SRA. ROSEANA SARNEY (BLOCO (PFL) — MA. - OTTO CUNHA - PPR - SIM Pela ordem) — Meu voto e "nao", Sr. Presidente. - REINHQLD STEPHANES _ BLOCO - SIM - WERNER WANDERER _ BLOCO - SIM O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera ano- - WILSON MOREIRA - PSDB - SIM tado. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 623

O SR. ALVARO VALLE — Sr. Presidente, pela ordem. e acompanhar a implementagao de todos os atos inter- nacionais relatives a integragao do Brasil a citada comu- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex- tem nidade ou a outros blocos sub-regionais." a palavra, nobre Deputado. Sr. Presidente, o parecer da Relatoria foi negative, tendo O SR. ALVARO VALE (PL — RJ. Pela ordem.) — Sr. em vista que a materia que se pretendia incluir como paragrafo Presidente, men voto e "sim". unico de um artigo das Disposigdes Gerais da Constituigao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera ano- e exclusivamente regimental e nao constitucional. tado. O voto e "nao", Sr. Presidente. O SR. RAIMUNDO LIRA — Sr. Presidente, peijo a pala- vra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tem do Relator e contrario. a palavra, nobre Congressista. O SR. AUGUSTO CARVALHO — Sr. Presidente, pego O SR. RAIMUNDO LIRA (PEL — PB. Pela ordem.) a palavra pela ordem. — Sr. Presidente, meu voto e "nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem V. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera ano- Ex' a palavra. tado. Rejeitada a proposta, ficam prejudicados os substitutivos O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS — DE. Pela ordem. do Relator e os requerimentos a ele pertinentes. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, como o meu nome nao apareceu no painel quando da votagao anterior, eu gosta- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votagao ria de registrar o meu voto "nao". o Requerimento de Destaque n- 1 para a Proposta n" 5.800. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Y- Ex' sera O SR. ANTONIO DOS SANTOS — Sr. Presidente, pe^o atendido. a palavra pela ordem. Em votagao o Requerimento de Destaque n? 1 para a ? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tem Proposta n 5.800. a palavra, nobre Deputado. O parecer do Relator e contrario ao destaque. Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer O SR. ANTONIO DOS SANTOS (BLOCO (PEL) — CE. sentados. (Pausa.) Pela ordem.) — Sr. Presidente, meu voto e "sim". Pecjo des- Rejeitado. culpas a V. Ex', eu estava ao telefone. O SR. MARCO MACIEL — Sr. Presidente, pego a pala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera regis- vra pela ordem. trado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem a pala- O SR. JOSE MUCIO MONTEIRO — Sr. Presidente, vra V. Ex' pego a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tem O SR. MARCO MACIEL (PEL — PE. Pela ordem. Sem a palavra. revisao do orador.) — Sr. Presidente, na ultima votagao o meu nome nao apareceu no painel. Pego, portanto, que seja O SR. JOSE MUCIO MONTEIRO (BLOCO (PEL) — registrado o meu voto "sim". PE. Pela ordem.) — Sr. Presidente, meu voto e "nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' sera O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sera regis- atendido. trado. Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a Proposta Concede a palavra ao Relator. n0 5.800. y O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o Passa-se a votagao dos Requerimentos de Destaque n* requerimento de destaque do Deputado Luciano Pizzatto tem 11,12,13,14 e 23 para as Propostas 14.100,14.101,16.857, apoiamento do Deputado Luis Eduardo. A emenda visa ao 15.156 e 8.890, respectivamente. Passa-se a votagao do Requerimento de Destaque n? 11 seguinte. ? Pretende o Deputado Luciano Pizzatto, com a Emenda para a Proposta n 14.100. n5" 5.800, transferir para as Disposigoes Gerais da Constitui?ao O Deputado Wilson Miiller esta presente? (Pausa.) Federal o caput e o pardgrafo unico do art. 4?, com a seguinte O SR. CARLOS LUPI — Sr. Presidente, sou signatario redagao: conjuntamente. "A Republica Federativa do Brasil buscara a inte- gra^ao dos povos da America Latina visando a forma- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — E necessario gao de uma comunidade latino-americana de nagoes." que esteja presente o primeiro signatario. Corresponde a transferencia do paragrafo unico deste Diz o art. 16, § 5: texto para o art. 233 da Constituigao e acrescenta o seguinte Anunciada sua votagao e ausente o primeiro signa- paragrafo: tario do requerimento de destaque, ficara este preju- dicado. "Para fins do inciso I do art. 49, ou seja, a compe- tencia do Congresso Nacional para apreciar tratados O SR. CARLOS LUPI — Sr. Presidente, o Deputado internacionais, o Congresso Nacional instituira uma Wilson Miiller acaba de chegar. Comissao Especial Mista para examinar previamente Agradego a V. Ex' a paciencia. 624 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONA1S Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Constatada Sr. Presidente, apresento as mesmas razoes aduzidas para a presenga de S. Ex', nao se efetuara o disposto no artigo as emendas anteriores. E uma formulagao negativa para a acima citado. politica internacional brasileira e ja consta dos incisos III e Passa-se a vota^ao. IV do art. 4" a autodeterminagao dos povos e o principio Concede a palavra ao Relator. da nao-intervengao, que abrange exatamente a materia pre- tendida. O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votagao destaque oferecido pelo Sr. Deputado Wilson Miiller se des- 9 tina a Emenda de autoria do Deputado Neiva Moreira, de o Requerimento de Destaque para a Proposta n 16.857, com n914.100/9, e pretende acrescer ao art. 4" o § 2?, com a seguinte parecer contrario do Relator. reda^ao: Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer A Republica Federativa do Brasil nao reconhecera a in- sentados. (Pausa.) corporagao de territorios a qualquer pals realizado com o Rejeitado, uso da forga. O SR. CARLOS LUPI — Posso pedir verificagao de quo- O parecer da Relatoria e pela negativa, Sr. Presidente. rum, Sr. Presidente? uma vez que nao podemos estabelecer restri^des ao art. 4° sobre essa materia. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Ainda nao decorreu uma hora do ultimo pedido de verificagao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer Passa-se a votagao do Requerimento de Destaque n9 14 e contrario. para a Proposta de Emenda Constitucional.n9 15.156, Passa-se a votagao do requerimento. Antes de conceder a palavra ao Relator, proponho ao Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer Plenario a prorrogagao da presente sessao ate as 20h. sentados. (Pausa.) Em votagao. Rejeitado. Os Srs. Congressistas que a aprovam queiram permanecer Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a proposta. sentados. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Passa-se Aprovado. ao Requerimento de Destaque n9 12 relativo a Proposta n" Concede a palavra ao Relator. 14.101. O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o Com a palavra o Sr. Relator. requerimento formulado pelo Deputado Wilson Miiller incide O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o sobre a Emenda PR n" 15.156, de autoria do Sr. Deputado destaque diz respeito a Emenda n914.101, de autoria do Depu- Paulo Ramos. ■ • . . tado Neiva Moreira, que pretende acrescer um paragrafo ao Pretende o Deputado Paulo Ramos incluir um paragrafo art. 4" com a seguinte redagao; ao art. 49 no seguinte teor: "A Republica Federativa do Brasil nao negara a "O Brasil nao mantera relagoes diplomaticas e co- expedigao e renovagao de passaporte para brasileiros, merciais com os parses cujo sistema bancario se utilize exilados poh'ticos no exterior, e respectiva famflia, bem dos mecanismos de co.nta renumerada e secreta e se • / como do registro dos filhos nas embaixadas brasilei- recuse a fornecer informagoes, quando solicitadas pelo ras." Governo brasileiro, a respeito de pessoas fisicas ou Sr. Presidente, trata-se novamente de uma formulagao jun'dicas, brasileiros ou estrangeiros, residentes ou es- ? tabelecidas no Brasil," , negativa para o art. 4 , quando a redagao correta deveria ser positiva, no sentido da poh'tica internacional do Brasil Sr. Presidente, esta emenda pretende o rompimento de e nao do tratamento dos brasileiros exilados. relagoes diplomaticas. Pelas mesmas razoes para a negativa O parecer e negative, Sr. Presidente. da Relatoria aos primeiros textos, incito sobre este. De outra parte, Sr. Presidente, todo o tema estd exata- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Votagao mente nos incisos I a X do texto do art. 49. do requerimento de destaque para a Proposta n9 14.101, com Pela negativa. Sr. Presidente. parecer contrario do Relator. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer e contrario. sentados. (Pausa.) Em votagao o requerimento de destaque para a Proposta Rejeitado. n9 15.156, com parecer contrario. Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a proposta. Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em votagao sentados. (Pausa.) o Requerimento de Destaque n912 para a Proposta n9 16.857. Rejeitado. Concede a palavra ao Relator. Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a proposta. O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Passa-se destaque e de autoria do Partido Democratico Trabalhista. a votagao do Requerimento de Destaque n9 23 para a Proposta A Emenda n916.857/8, oferecida pela Lideranga do PDT, n9 8.890, que pretende retirar expressoes do atual paragrafo pretende aditar um paragrafo ao art. 49 com a seguinte reda- unico do art. 49, que se transformou no § 39 do substitutivo. gao: Concede a palavra ao Relator. "A Republica Federativa do Brasil nao reconhe- cera governos e estados nacionais cujos territorios este- O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o jam ocupados por forgas militares externas." destaque e da autoria do eminente Deputado Jos6 Maria Ey- Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 625 mael a Emenda de sua autoria que incide sobre o paragrafo Quer dizer, nao ha encaminhamento d > requerimento unico do art. 4? da Constituigao, que tern a seguinte redagao: de destaque. Agora, se o requerimento for rnovado, V. Ex' "Art. 4° podera encaminhar a materia destacada. O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Perdoe-me. Talvez Pardgrafo unico. A Republica Federativa do eu tenha colocado mal. Estamos votando, agora, o requeri- Brasil buscard a integragao economica, poh'tica, social mento de destaque? e cultural dos povos da America Latina, visando a for- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O requeri- magao de uma comunidade latino-americana de na- mento de destaque. goes." O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Aprovado o requeri- O Deputado Jose Maria Eymael pretende suprimir do mento de destaque, terei, entao, condigao de me pronunciar texto da Constitui^ao a parte final: "visando a formagao de sobre a materia destacada? uma comunidade latino-americana de nagoes", para que o texto fique com a seguinte redagao; O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Aprovado A Republica Federativa do Brasil buscara a inte- o requerimento, V. Ex' podera falar. gragao econoniica, poh'tica, social e cultural dos povos O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Agradego o esclareci- da America Latina. mento de V. Ex' O texto, Sr. Presidente, a vista da Relatoria, com a supres- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Em vota- sao da parte final do artigo transforma a primeira parte numa gao, portanto, o Requerimento de Destaque n° 23, para a norma exclusivamente programatica, nao dando as linhas ge- Proposta n° 8.890, com parecer contrario do Relator. rais da forma que essa integra^ao se daria. Ou seja, o texto, Os Srs. Congressistas que o rejeitam queiram permanecer ao suprimir a expressao "visando a formagao de uma comuni- sentados. (Pausa.) dade latino-americana de nagdes", nao da o caminho constitu- Rejeitado. cional para o que seria a integragao economica, poh'tica, social Rejeitado o requerimento, fica prejudicada a Proposta e cultural dos povos da America Latina. n0 8.890. Entende a Relatoria que com a supressao o paragrafo Ficam prejudicadas as Emendas n?s 10.520 e 10.850 e unico perde o seu sentido programdtico efetivo, uma vez que os requerimentos a elas pertinentes, por nao ter sido destacada nao determina a formagao da comunidade latino-americana a Proposta a que se referem. de nagoes. Pela rejeigao, Sr. Presidente. O Sr. Sidney de Miguel — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O parecer e contrdrio. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V, Ex' tern Em votagao o Requerimento de Destaque n? 23 para a palavra. a Proposta n? 8.890, com parecer contrdrio. O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV — RJ. Pela ordem. O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Sr. Presidente, pego Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, sobre o destaque a palavra. do Deputado Jose Maria Eymael, creio nao ter compreendido a explicagao que V. Ex' ofereceu ao Plenario. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' so Do que tenho entendido, o Regimento possibilitou ao poderd falar se o requerimento for aprovado. Pelo Regimento Sr. Relator nao submeter a discussao em plenario o destaque nao hd encaminhamento do requerimento. So da materia des- que nao foi incorporado ao relatdrio, que e apresentado de tacada. uma maneira ad hoc. E importante que o Plenario compreenda que se conferiu o poder de a materia destacada nao ter, sim- O Sr. Josd Maria Eymael — Sr. Presidente, pego a palavra plesmente, a oportunidade de ser discutida e defendida pelo para um esclarecimento. autor do destaque em plenario. E importante que se saiba O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Com a pala- disso, pois se esta conferindo poder a uma relatoria que nao vra V. Ex' oferece relatorio. E importante que se compreenda isto. O Sr. Josd Maria Eymael (PPR — SP. Para esclareci- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nao posso mento. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, esta mate- mudar o Regimento. Os que nao participaram da elaboragao ria, aparentemente simples, merece explicagao. Gostaria de do Regimento, lamentavelmente, hoje, estao sujeitos a ele. saber de V. Ex' o seguinte; se eu nao puder expor aos Congres- Poderiam ter tido a oportunidade de modifica-lo. sistas Revisionais do que trata o meu destaque, que oportu- O SR. SIDNEY DE MIGUEL — Mas estamos verificando nidade terei para esclarecer e encaminhar. Sr. Presidente? que nao ha consciencia, entre os Congressistas, exatamente Que oportunidade terei para adicionar argumentos aqueles do Regimento que foi aprovado. apresentados pelo Sr. Relator? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Veja bem, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Mas foi nobre Deputado, jamais seria eu quern cercearia a palavra aprovado. de V. Ex' Mas o Regimento diz claramente, no § 2? do art. O Sr. Jos6 Maria Eymael —Sr. Presidente, pego a palavra 12; pela ordem. "No encaminhamento da votagao da materia des- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex« tern tacada sera observado o disposto no art. 10." a palavra. 626 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR — SP. Pela ordem. OSR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Concederei Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, estamos recem-i- a palavra ao Relator para falar sobre este assunto e, em segui- niciando a caminhada da Revisao Constitucional. Parece-me da, darei a minha opiniao. que devemos fazer um esforgo de interpretagao interativa do O SR. NELSON JOBIM (Relator) — Sr. Presidente, o Regimento, porque foi clara, agora, a manifesta^ao do Sr. Deputado Jose Maria Eymael tern absoluta razao. O proeedi- Relator contra o meu destaque e foi votado o requerimento mento correto e regimental, no ponto de vista do Relator, com o encaminhamento do Relator. e que, no momento do encaminhamento da vota?ao do reque- Nao live, como autor do destaque, oportunidade de con- rimento de preferencia, somente se da notfeia ao Plenario traditar os argumentos do Relator, portanto, prevaleceram, do objeto da preferencia. A palavra do Relator so pode ser unica e exclusivamente, os argumentos de S. Ex- sobre o desta- utilizada, aprovado o requerimento de preferencia, depois que, porque o autor do destaque nao teve ocasiao de defen- dos dois encaminhamentos conlrarios e dos dois favoraveis. de-lo. Fala, por ultimo, o Relator. Ora, Sr. Presidente, nao quero trazer para ca a compa- O Relator nao deve, portanto, manifestar-se quando da ragao com ritos judiciais, onde a defesa e sempre a ultima discussao de eventual encaminhamento, se houver — porque que fala. No caso, tivemos a votagao de um requerimento nao ha encaminhamento —, da votagao do requerimento com o Plenario desinformado ou somente informado das ra- de preferencia. So se manifestara depois de falarem os Srs. zoes do Relator. Congressistas, dois favoraveis e dois contrarios. A prosperar este entendimento, teremos o Sr. Relator como senhor absolute da verdade e da razao, porque e o O Sr. Sergio Miranda — Sr. Presidente, pe^o a palavra. unico que se pronuncia sobre o destaque. A ele cabe o arbitrio O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo sobre a verdade e a justiga, penalizando todos os autores a palavra ao Deputado Sergio Miranda. de destaques nesta Casa. Portanto, Sr. Presidente, e absolutamente necessario que O SR. SERGIO MIRANDA (PCdoB — MG. Pela ordem. nos, de duas uma, ou votemos os requerimentos sem o Relator Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, antes de V, Ex" se pronunciar antes, e ai entao todos estarao no escuro, ou dar a opiniao, eu queria adendar algumas questoes. Estamos admitamos que 6 Relator fale e que o autor do requerimento vivendo aqui a conseqiiencia natural de todo esse processo. de destaque fale. E importante que alguns parlamentares que votaram a favor Tenho certeza absoluta de uma coisa. Sr. Presidente. desse Regimento tenham a percepgao clara de como esta Agora, no plenario, ha dois tipos de Congressistas; aqueles orientada esta Revisao Constitucional. que nao ficaram informados e aqueles que ficaram unicamente Objetivamente existe aqui um senhor absolute, que e informados da visao do Sr. Relator, numa evidente lesao ao o Relator. Se for permitido que haja uma opiniao clara sobre meu direito de Congressista Revisional de defender as minhas cada destaque, deve ser lida a emenda para que o Congresso ideias. fique informado de tudo o que esta sendo votado. E a defesa primeira tern que acontecer na discussao do E importante frisar que o protesto do Deputado Jose requerimento, caso contrario vai acontecer o que aconteceu Maria Eymael e uma consequencia natural das distorqdes que agora; fui derrotado sem ter uma unica oportunidade de apre- estamos vivendo desde que se iniciou o processo revisional sentar aos Congressistas meus argumentos. Pre valece ram .uni- e desde que foi aprovado, a toque de caixa, o Regimento ca e exclusivamente, os argumentos do Sr. Relator. Interno. Portanto, Sr. Presidente, pego que V. Ex- reexamine esta materia. Estamos no im'cio do processo revisional. Mesmo O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- com rela<;ao a esse destaque que apresentei, estou convencido dencia leva em consideragao, evidentemente, as ponderacjoes das suas razoes e sinto-me desprotegido, feitas pelo nobre Congressista Jose Maria Eymael. Muito obrigado. Lamentavelmente, a regra e regimental, nao posso deixar de cumpri-la. Pelo Regimento, nao ha encaminhamento da O Sr. Israel Pinheiro — Sr. Presidente, pego a palavra votaijao do requerimento, somente da materia destacada. a V. Ex- pela ordem. Evidentemente, quando digo que V. Ex' nao deixa de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo ter razao e porque, na verdade, o Relator esta falando sobre a palavra a V. Ex' a materia destacada na oportunidade em que se vota o requeri- mento. O SR. ISRAEL PINHEIRO (Bloco (PTB) — MG. Pela Vou entrar em entendimento com o Relator, para que ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o Deputado S. Ex" se omita de dar parecer nesta ocasiao. S. Ex' so daria Jose Maria Eymael tern razao, porque o Regimento fala que parecer de agora por diante sobre a materia destacada. o autor pode encaminhar a materia. Mas, nesse caso, como Ja que vamos apresentar um projeto de reforma do Regi- houve uma melhoria, uma mudan^a para melhor com rela?ao mento, prevendo inclusive a um prazo para que se proceda ao destaque, isto e, estamos votando primeiro o requerimento, a votagao das materias, nele poderiamos incluir o encaminha- e, votado o requerimento, o destaque fica, entao, aprovado mento de vota^ao para os requerimentos de destaque. para ser votado posteriormente, e claro que o Deputado tern O Sr. Jose Maria Eymael — Sr. Presidente, pe^o a palavra razao. O requerimento de destaque passa a ser a materia, pela ordem, e o fundamento, e o requerimento. Isso era o certo aqui e, infelizmente, foi perturbado. Mas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- agora V. Ex' corrigiu. Entao, a minha sugestao e a de que vra V. Ex* o autor do destaque possa falar por cinco minutos para encami- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR — SP. Pela ordem. nhar as suas razoes. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, consulto V. Ex' Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Ouinta-feira 3 627 se, pelo Regimento, esta assegurada a palavra ao Relator O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Claro. E na ocasiao da votagao do requerimento. um projeto. O SR. PRESiDENTE (Humberto Lucena) — Nao. o Re- A SRA. JANDIRA FEGHALI — Entao o Plenario podera lator sempre tem a palavra para esclarecer a materia em vota- interferir, emendando inclusive essa proposigao? gao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Claro que Mas nao tiro a razao de V. Ex' e ja disse que vou entrar podera interferir. E um projeto que podera ser emendado. em entendimento com o S. Ex" para que, de agora por diante, S. Ex" somente emita parecer sobre a materia destacada. A SRA. JANDIRA FEGHALI — Muito obrigada. O SR. JOSE MARIA EYMAEL — Fa^o uma derradeira O Sr. Miro Teixeira — Sr. Presidente, pego a palavra consulta a V. Ex" sobre essa materia, para nao ser imper- pela ordem. tinente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem a pala- Ja que o Sr. Relator encaminhou a votagao do requeri- vra V. Ex" mento e o Regimento foi ferido nesse ponto, fatjo a seguinte consulta a Mesa; com relagao a essa materia, uma vez que O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT — RJ. Pela ordem. Sem isso nao e proibido e que exista erro material, e possi'vel revisao do orador.) — Sr. Presidente, quero cumprimenta-lo a repetigao de uma votagao? Nao seria mais justo corrigirmos por essa iniciativa de alterar o Regimento, procurando ade- qua-lo ao pensamento medio do Plenario. o problema agora para nao ficar essa macula no processo revisional e assegurar a eqiiidade, neste caso, que o autor E como colaboragao quero propor a V. Ex' que consulte tambem pudesse manifestar-se, como fez o Relator com rela- as liderangas partidarias para que estas remetam a quern de direito, talvez a V. Ex', talvez a uma comissao que V. Ex" gao a tsta votagao? Nos a repeti'amos depois que o autor crie, talvez a Mesa da Revisao — isso e V. Ex' quern diz do projeto tivesse tido a mesma oportunidade que teve o — , as suas sugestdes, e que se de um prazo para que os Sr. Relator. partidos encaminhem essas sugestdes. O SR. PRESIDENTE (Flumberto Lucena) — Neste caso, Imagine que o objetivo comum aqui e fazer o melhor nobre Deputado, e impossivel atender a V. Ex", porque o para o Pais. parecer do Relator esta publicado e ten'amos que rever todos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nobre Con- os casos anteriores, pois foram identicos: o Relator sempre gressista Miro Teixeira, a Mesa do Congresso recebeu um falou sobre cada requerimento repetindo, alias, o parecer que projeto nesse sentido do Congressista Adylson Motta. Agora, ja havia dado por escrito. a Mesa vai designar um relator, para a materia. Apds isto a Proposigao sera publicada e podera receber emendas. A Sr" Jandira Feghali — Sr. Presidente, peqo a palavra pela ordem. O SR. MIRO TEIXEIRA — Sr. Presidente, talvez nds queimSssemos etapas e ate pudessemos dar maior celeridade O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem V. aos trabalhos... Ex' a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pelo con- A SRA. JANDIRA FEGHALI (PC do B — RL Pela or- trario! dem. Sem revisao da oradora.) — Sr. Presidente, este nao e o primeiro protesto com rela^ao as dificuldades do Regi- O SR. MIRO TEIXEIRA — ...se houvesse possibilidade mento, jd houve o protesto do Deputado Gastone Righi e de encaminhamento ao Relator, como V. Ex' agora sugere, de outros parlamentares sobre a forma de encaminhamento e que se de um prazo que pode ser de um dia, de dois dias, da discussao da Revisao, e V. Ex' disse que iria estudar a de cinco dias, de sete dias. Ninguem esta tentando procrastinar possibilidade de mudantjas nessa condugao. nada, ninguem esta tentando fazer qualquer especie de chi- Gostaria de esclarecer ao Plenario que, na bora da forma- cana. (;ao e da votagao do Regimento, mesmo nds que estamos Sr. Presidente, o que se pretende e, desde logo, buscar- em obstru^ao, oferecemos centenas de emendas a esse Regi- mos uma linha de entendimento entre nds porque estamos mento. Lamentavelmente, tivemos poucas emendas aceitas vendo que as materias nao apaixonam muito a discussao nesta no processo de negocia^ao. Portanto, nao e verdadeiro que Casa, esta se chegando a limites de exacerbagao. Ora, quando nao tenhamos tentado democratizar esse processo. chegarmos aos temas mais palpitantes desta Revisao nao sabe- Esses protestos que estao se levantando neste momento mos o que vai acontecer. caracterizam exatamente a falta de possibilidade do debate Por isso, Sr. Presidente, imagino que comegan'amos a politico em torno dos temas. E obvio que se um requerimento encontrar um caminho de convivencia nesse processo revisor e derrotado, e o destaque que estd sendo derrotado, e a mate- se se desse essa oportunidade de encaminhar, desde logo, ria que esta sendo derrotada. Isso so demonstra a falta do ao Relator a visao de cada partido politico. Temos a nossa. processo democratico na Revisao. Entao, espero que V. Ex' de formalmente um prazo para Gostaria de saber como esse processo sera encaminhado, que isso fosse uma iniciativa oficial da Mesa da Revisao Consti- para que possamos emendar o novo Regimento. tucional. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esse pro- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Sr. Congres- cesso ser^ feito atraves de um projeto de resolu^ao que ja sista, amanha vamos fazer uma reuniao da Mesa. O projeto estd sendo confeccionado pela Mesa do Congresso. vai ser examinado e procuraremos tomar mais celere a aprecia- A SRA. JANDIRA FEGHALI — Mas, de acordo com gao da materia. esse projeto de resolugao, o Plendrio podera emendar, proper O Sr. Wilaon Miiller — Sr. Presidente, pego a palavra modificagdes, alterar o Regimento? pela ordem. 628 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Fevereiro de 1994

O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem V. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Para isso, Ex' a palavra pela.ordem. o Regimento tem que ser alterado. E isso que eu estou di- zendo. O SR. WILSON MULLER (PDT — RS. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, dentro da linha O SR. BETO MANSUR — Digo isso a tftulo de proposta do pronunciamento do nobre Congressista Miro Teixeira, gos- para essa mudanga. taria de contar com a colaboragao de V. Ex' e a do nobre Relator no sentido de que a Mesa providenciasse a distribuigao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A proposta, dos avulsos dos destaques. Estamos com dificuldade opera- eu ja a fiz. E nesse sentido. cional. Sr. Presidente, porque nao dispomos deles. Evidente- O SR. BETO MANSUR — Obrigado. mente, temos os destaques da nossa bancada, mas nao temos os outros destaques do Bloco e do PT. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Ficam pre- Portanto, fago um apelo a V. Ex', a fim de que ja amanha judicadas todas as propostas e emendas de parecer contrario se disponha dos avulsos dos destaques. referentes aos arts. 1? ao 4° da Constituigao Federal. Encerrada Muito obrigado. a votagao dos arts. 1? ao 4? da Constituigao Federal. Nada mais havendo a tratar, a Presidencia vai encerrar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Vou provi- os trabalhos, designando para a sessao de hoje, a realizar-se denciar junto a Mesa que sejam fornecidas copias a V. Ex' as 20h30min., a seguinte O Sr. Sidney de Miguel — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. ORDEM DO DIA O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- dencia solicita que as manifestagoes sejam breves, porque tem uma comunicagao final a fazer. - 1- Concede a palavra ao nobre Congressista Sidney de Mi- Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- guel. nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 82 da Consti- O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV — RJ. Pela ordem. tuigao Federal (duragao do mandate presidencial) — Parecer Sem Revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria que fosse n" 16, de 1994-RCF. incorporado, nesse projeto de resolugao que modificaria o - 2 - Regimento, a obrigatoriedade da Relatoria oferecer um Rela- tdrio complete para ser submetido ao Plenario, para que se Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- faga o projeto de votagao escorado em alguma coisa de serio, nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 12 da Consti- que nao nos reduza a uma especie de "repiiblica bananeira". tuigao Federal (nacionalidade) — Parecer n? 2, de 1994-RCF. - 3- Muito obrigado. Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Veja V. nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 14, § 8' da Ex'; se todos tivessem colaborado na elaboragao do Regi- Constituigao Federal (elegibilidade de militar) — Parecer n? mento, muita coisa teria sido evitada. 6, de 1994-RCF. O Sr. Carlos Lupi — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. - 4 - Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo 9 a palavra a V. Ex' nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 14, § 9 da Constituigao Federal (lei complementar sobre inelegibilidade) O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pela ordem. Sem — Parecer n° 7, de 1994-RCF. revisao do orador.)— Sr. Presidente, muitas propostas foram apresentadas e rejeitadas. E bom deixar registrado. - 5 - O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Mas V. Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- Ex' estava em obstrugao. nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 14, §§ 10 e 11 da Constituigao Federal (impugnagao de mandate) — Pare- ? O SR. CARLOS LUPI — Nao, propostas ao Regimento. cer n 8, de 1994-RCF. Nds as apresentamos. - 6- O Sr. Beto Mansur — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 56 da Consti- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo tuigao Federal (licenga para afastamento no exercfcio do man- a palavra a V. Ex' dato) — Parecer n? 14, de 1994-RCF. O SR. BETO MANSUR (PPR — SP. Pela ordem. Sem - 7- revisao do orador.) — Sr. Presidente, so a tftulo de colabo- ragao; na bora da votagao do requerimento de destaque pode- Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- ria falar o autor do destaque e o Relator. Apds isso, em nais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 50 da Consti- tuigao Federal (convocagao de Ministros de Estado) — Pare- sendo ele aprovado, falariam dois a favor e dois contra. De- 9 pois, o relatdrio final. cer n 23, de 1994-RCF. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 629

- 8 - O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta encer- Apreciagao, em primeiro turno, das Propostas Revisio- rada a sessao. nais e respectivas emendas, oferecidas ao Alo das Disposiqdes Constitucionais Transitdrias (inclusao dos arts. 71 a 75 — (Levanla-se a sessao as 19 horas e 22 minulos.) Fundo Social de Emergencia) — Parecer n" 24. de 1994-RCF.

REYISAO DA CONSTITUigAO FEDERAL

Ata da 17- Sessao, em 2 de fevereiro de 1994

10' Sessao Legislativa Extraordinaria, da 49^ Legislatura

EXTRAORDINARIA

Presidencia dos Srs. Humberto Lucena e Adylson Motta

AS 20 HORAS E 30 MINUTOS ACHAM-SE PRESEN- PSD; Mauricio Calixto _ Bloco (PFL); Odacir Scares _ PFL; TES OS SRS.: Pascoal Novaes _ PSD; Redilario Cassol _ PSD; Ronaldo Aragao _ PMDB. Rorainia Acre Alceste Almeida _ Bloco (PTB); Avenir Rosa _ PPR; Alulzio Bezerra _ PMDB; Celia Mendes _ PPR; Flaviano Francisco Rodrigues _ Bloco (PTB); Joao Fagundes _ PMDB; Melo _ PMDB; Francisco Diogenes _ PPR; Joao Maia _ PP; Julio Cabral _ PP; Luciano Castro _ PPR; Marcelo Luz _ PP; Joao Tola _ PPR; Mauri Sergio _ PMDB; Nabor Junior _ Marluce Pinto _ PTB; Ruben Bento _ Bloco (PFL). PMDB; Ronivon Santiago _ PPR; Zila Bezerra _ PMDB. Amapa Tocantins Aroldo G6es _ PDT; Eraldo Trindade _ PPR; Fatima Pelaes Carlos Patroclnio _ PFL; Darci Coelho _ Bloco (PFL); Derval _ Bloco (PFL); Henrique Almeida _ PFL; Jonas Pinheiro _ PTB; de Paiva _ PMDB; Edmundo Galdino _ PSDB; Freire Junior _ Jose Samey _ PMDB; Lourival Freitas _ PT; Murilo Pinheiro _ PMDB; Joao Rocha _ PFL; Leomar Quintanilha _ PPR; Merval Bloco (PFL); S6rgio Barcellos _ Bloco (PFL); Valdenor Guedes Pimenta _ PMDB; Moises Abrao _ PPR; Osvaldo Reis _ PP; _PP. Paulo Mourao _ PPR. Para Maranhao Alacid Nunes _ Bloco (PFL); Almir Gabriel _ PSDB; Alexandre Costa _ PFL; Cesar Bandeira _ Bloco (PFL); Coutinho Jorge _ PMDB; Domingos Juvenil _ PMDB; Eliel Costa Ferreira _ PP; Daniel Silva _ PPR; Eduardo Matias Rodrigues _ PMDB; Gerson Peres _ PPR; Giovanni Queiroz _ Bloco (PFL); Epitacio Cafeteira _ PPR; Haroldo Saboia _ PT; PDT; Herminio Calvinho _ PMDB; Hilario Coimbra _ Bloco Jayme Santana _ PSDB; Jose Burnett _ PRN; Jose Reinaldo _ (PTB); Jarbas Passarinho _ PPR; Jose Diogo _ PPR; Mario Bloco (PFL); Magno Bacelar _ PDT; Mauro Fecury _ Bloco Chermont _ PP; Mario Martins _ PMDB; Nicias Ribeiro (PTB); Nan Souza _ PP. PMDB; Osvaldo Melo _ PDS; Paulo Titan _ PMDB; Socorro Gomes _ PC do B. Ceara Aecio de Borba _ PPR; Antonio dos Santos _ Bloco (PFL); Amazonas Ariosto Holanda _ PSDB; Benir Veras _ PSDB; Carlos Aureo Mello _ PRN; Beth Azize _ PDT; Euler Ribeiro _ Benevides _ PMDB; Carlos Virgilio _ PPR; Cid Saboia de PMDB; Ezio Ferreira _ Bloco (PFL); Gilberto Miranda PMDB; Carvalho _ PMDB; Edson Silva _ PDT; Emani Viana _ PP; Joao Thome _ PMDB; Jos6 Dutra _ PMDB; Ricardo Moraes _ Etevaldo Nogueira _ Bloco (PFL); Gonzaga Mota _ PMDB; S/P. Jackson Percira _ PSDB; Jose Linhares _ PP; Luiz Girao _ PDT; Luiz Pontes _ PSDB; Maria Lulza Fontenele _S/P; Mauro Ronddnia Benevides _ PMDB; Moroni Torgan _ PSDB; Orlando Bezerra _ Amir Lando _ PMDB; Antonio Morimoto _ PPR; Aparicio Bloco (PFL); Pinheiro Landim _ PMDB; Sergio Machado _ Carvalho _ Bloco (PTB); Carlos Camur^a _ PP; Edison Fidelis _ PSDB; Ubiratan Aguiar _ PMDB; Vicente Fialho _ Bloco (PFL). 630 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Piaui Irujo _ PMDB; Prisco Viana _ PPR; Ribeiro Tavares _ PL; B. Sa _ PP; Chagas Rodrigues _ PSDB; Giro Nogueira _ Sergio Gaudenzi _ PSDB; Tourinho Dantas _ Bloco (PFL); Bloco (PFL); Felipe Mendes _ PPR; Hugo Napoleao _ PFL; Uldurico Pinto _ PSB; Waldir Pires _ PDT. Jesus Tajra _ Bloco (PFL); Joao Henrique _ PMDB; Jose Luiz Minas Gerais Maia _ PPR; Murilo Rezende _ PMDB; Mussa Demes _ Bloco (PFL); Paes Landim _ (Bloco (PFL); Paulo Silva _ PSDB. Aecio Neves _ PSDB; Agostinho Valenle _ PT; Alfredo Campos _ PMDB; Aracely de Paula _ Bloco (PFL); Armando Rio Grande do Norte Costa _ PMDB; Avelino Costa _ PPR; Camilo Machado _ Bloco Aluizio Alves _ PMDB; Dario Pereira _ PFL; Fernando (PFL); Edmar Moreira _ PP; Elias Murad _ PSDB; Felipe Neri _ Freire _ PFL; Flavio Rocha _ PL;Garibaldi Alves Filho _ PMDB; Fernando Diniz _ PMDB; Genesio Bernardino _ PMDB; Henrique Eduardo Alves _ PMDB; Ibere Ferreira _ PMDB; Getulio Neiva _ PL; Humberto Souto _ Bloco (PFL); Bloco (PFL); Joao Faustino _ PSDB; Laire Rosado _ PMDB; Ibrahim Abi-Ackel _ PPR; Israel Pinheiro _ Bloco (PRS); Jose Lavoisier Maia _ PDT; Ney Lopes _ Bloco (PFL). Belalo _ PMDB; Jose Santana de Vasconcelos _ Bloco (PFL); Jose Ulisses de Oliveira _ Bloco (PTB); Junia Marise _ PRN; Paraiba Lael Varella _ Bloco (PFL); Leopoldo Bessone _ Bloco (PTB); Adauto Pereira _ Bloco (PFL); Antonio Mariz _ PMDB; Marcos Lima _ PMDB; Mario de Oliveira _ PP; Mauricio Francisco Evangelista _ PPR; Humberto Lucena _ PMDB; Ivan Campos _ PL; Neif Jabur _ PMDB; Nilmario Miranda _ PT; Burity _ Bloco (PFL); Ivandro Cunha Lima _ PMDB; Jose Luiz Odelmo Leao _ PP; Osmanio Pereira _ PSDB; Paulino Cicero de Clerot _ PMDB; Jose Maranhao _ PMDB; Vital do Rego _ PDT; Vasconcelos _ PSDB; Paulo Delgado _ PT; Paulo Heslander _ Zuca Moreira _ PMDB. Bloco (PTB); Paulo Romano _ Bloco (PFL); Raul Belem _ PP; Pernambuco Romel Anlsio _ PP; Ronaldo Perim _ PMDB; Ronan Tito PMDB; Samir Tannus _ PPR; Sandra Starling _ PT; Saulo Alvaro Ribeiro _ PSB; Fernando LyTa_ PSB; Gustavo Krause Coelho _ PSDB; Sergio Ferrara _ PMDB; Sergio Miranda _ PC _ Bloco (PFL); Inocencio Oliveira _ Bloco (PFL); Jose Carlos do B; Sergio Naya _ PMDB; Tarclsio Delgado _ PMDB; Tilden Vasconcellos _ PRN; Jose Jorge _ Bloco (PFL); Jose Mendon^a Santiago _ PT; Vittorio Medioli _ PSDB; Wagner do Bezerra _ Bloco (PFL); Jose Mucio Monteiro _ Bloco (PFL); Nascimento _ PRN; Wilson Cunha _ Bloco (PTB); Zaire Luiz Piauhylino _ PSB; Mansueto de Lavor _ PMDB; Marco Rezende _ PMDB. Maciel _ PFL; Maurilio Ferreira Lima _ PMDB; Maviael Esplrito Santo Cavalcanti _ PRN; Miguel Arraes _ PSB; Ney Maranhao PRN; Armando Viola _ PMDB; Etevalda Grassi de Menezes _ Nilson Gibson _ PMDB; Osvaldo Coelho _ Bloco (PFL); Pedro Bloco (PTB); Gerson Camata _ PMDB; Helvecio Castello _ Correa _ Bloco (PFL); Renildo Calheiros _ PC do B; Roberto PSDB; Joao Calmon _ PMDB; Jones Santos Neves _ PL; Jonice Franca _ PSB; Salatiel Carvalho _ PP; Sergio Guerra _ PSB; Tristao _ PFL; Jorio de Barros „ PMDB; Lezio Sathler _ PSDB; Tony Gel _ PRN; Wilson Campos _ SIP. Nilton Baiano _ PMDB; Rita Camata _ PMDB; Roberto Alagoas Valadao _ PMDB; Rose de Freitas _ PSDB. Antonio Holanda _ Bloco (PSC); Augusto Farias _ Bloco Rio de Janeiro (PSC); Divaldo Suruagy _ PMDB; Guilherme Palmeira _ PFL; Jose Thomaz Nono _ PMDB; Olavo Calheiros _ PMDB; Roberto Aldir Cabral _ Bloco (PTB); Alvaro Valle _ PL; Amaral Torres _ Bloco (PTB); Teotonio Vilela Filho _ PMDB; Vitorio Netto _ PPR; Arolde de Oliveira _ Bloco (PFL); Artur da Tavola Malta _ PPR. _ PSDB; Benedita da Silva _ PT; Carlos Alberto Campista _ PDT; Carlos Lupi _ PDT; Carlos Santana _ PT; Cidinha Campos Sergipe _ PDT; Edesio Frias _ PDT; Eduardo Mascarenhas _ PSDB; Francisco Domelles _ PDS; Jair Bolsonaro _ PPR; Jamil Haddad Albano Franco _ PSDB; Djenal Gon^alves _ PPR; Everaldo _ PSB; Jandira Feghali _ PC do B; Joao Mendes _ Bloco (PTB); de Oliveira _ Bloco (PFL); Jose Teles _ PPR; Lourival Baptisla Jose Carlos Coutinho _ PDT; Jose Egydio _ PPR; Jose Vicente _ PR; Pedro Valadares _ PP. Brizola _ PL; Junot Abi-Ramia _ PDT; Laerte Bastos _ PDT; Bahia Laprovita Vieira _ PMDB; Luiz Salomao _ PDT; Marino Clinger _ PDT; Miro Teixeira _ PDT; Nelson Cameiro _ PP; Alcides Modesto _ PT; Angelo Magalhaes _ Bloco (PFL); Nelson Bomier _ PL; Paulo de Almeida _ PSD; Paulo Portugal _ Aroldo Cedraz _ PRN; Beraldo Boaventura _ PSDB; Clovis PP; Paulo Ramos _ PDT; Regina Gordilho _ PRONA; Roberto Assis _ PSDB; Eraldo Tinoco _ Bloco (PFL); Felix Mendonga _ Jefferson _ PPR; Rubem Medina _ Bloco (PFL); Sandra Bloco (PTB); Geddel Vieira Lima _ PMDB; Genebaldo Correia Cavalcanti _PPR; Sergio Arouca _ PPS; Sergio Cury _ PDT; _ PMDB; Haroldo Lima _ PC do B; Jabes Ribeiro _ PSDB; Jairo Sidney de Miguel _ PV; Vivaldo Barbosa _ PDT; Vladimir Cameiro _ Bloco (PFL); Jaques Wagner _ PT; Joao Almeida _ Palmeira _ PT; Wanda Reis _ PSD. PMDB; Joao Alves _ PPR; Joao Carlos Bacelar _ Bloco (PSC); Jorge Khouty _ Bloco (PFL); Josaphat Marinho _ PFL; Jose Sao Paulo Carlos Aleluia _ Bloco (PFL); Jose Falcao _ Bloco (PFL); Jose Alberto Goldman _ PMDB; Alberto Haddad _ PP; Aldo Louremjo _ PPR; Jutahy Magalhaes _ PSDB; Leur Lomanto _ Rebelo _ PC do B; Aloizio Mercadante _ PT; Armando Pinheiro Bloco (PFL); Luis Eduardo _ Bloco (PFL); Luiz Moreira _ Bloco _ PDS; Eva Blay _ PSDB; Fabio Feldmann _ PSDB; Fabio (PTB); Luiz Viana Neto _ Bloco (PFL); Manoel Castro _ Bloco Meirelles _ PPR; Fausto Rocha _ PL; Florestan Femandes _ PT; (PFL); Marcos Medrado _ PP; Nestor Duarte _ PMDB; Pedro Gastone Righi _ Bloco (PTB); Geraldo Alckmin Filho _ PSDB; Fevereiro de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 631

Heitor Franco _ PPR; Hello Bicudo _ PT; Inna Passoni _ PT; S/P; Reinhold Stephanes _ Bloco (PFL); Werner Wanderer _ Joao Mellao Neto _ PL; Jorge Tadeu Mudalen _ PMDB; Jos6 Bloco (PFL); Wilson Moreira _ PSDB. Abrao _ PSDB; Jose Anlbal _ PSDB; Jose Cicote _ PT; Jose Santa Catarina Genolno _ PT; Jose Maria Eymael _ PPR; Jose Serra _ PSDB; Koyu Dia _ PSDB; Liberato Caboclo _ PDT; Luiz Carlos Santos Angela Amin _ PPR; Cesar Souza _ Bloco (PFL); Dejandir _ PMDB; Luiz Gushiken _ PT; Luiz Maximo _ PSDB; Maluly Dalpasquale _ PMDB; Dercio Knop _ PDT; Diceu Cameiro _ Netto _ Bloco (PFL); Marcelino Romano Machado _ PPR; PSDB; Edson Andrino _ PMDB; Esperidiao Amin _ PPR; Hugo Marcelo Barbieri _ PMDB; Mario Covas _ PSDB; Maurici Biehl _ PPR; Jarvis Gaidzinski _ PPR; Luci Choinacki _ PT; Mariano _ PMDB; Mauricio Najar _ Bloco (PTB); Mendes Luiz Henrique _ PMDB; Nelson Mono _ Bloco (PFL); Nelson Botclho _ Bloco (PTB); Nelson Marquezelli _ Bloco (PTB); Wedekin _ PDT; Neuto de Conto _ PMDB; Orlando Pacheco _ Osvaldo Stecca _ PMDB; Paulo Lima _ Bloco (PFL); Paulo Bloco (PFL); Paulo Duarte _ PPR; Ruberval Pilotto _ PPR; Novais _ PMDB; Pedro Pavao _ PPR; Roberto Rollemberg _ Valdir Colatto _ PMDB; Vasco Furlan _ PPR. PMDB; Robson Tuma _ PL; Tadashi Kuriki _ PRN; Tuga Angerami _ PSDB; Vadao Gomes _ PP; Valdemar Costa _ Rio Grande do Sul PL;Wagner Rossi _ PMDB; Walter Nory _ PMDB. Adao Pretto _ PT; Adroaldo Streck _ PSDB; Adylson Motta _ PPR; Aldo Pinto _ PDT; Antonio Britto _ PMDB; Carlos Mato Grosso Azambuja _ PPR; Carlos Cardinal _ PDT; Carrion Junior _ PDT; Celso Bemardi _ PPR; Eden Pedroso _ PT; Fetter Junior _ Joao Teixeira _ PL; Jonas Pinheiro _ Bloco (PFL); Jos6 Augusto Curvo _ PMDB; Julio Campos _ PFL; Louremberg N. PPR; Gennano Rigotto _ PMDB; Ibsen Pinheiro _ PMDB; Ivo Mainardi _ PMDB; Joao de Deus Antunes _ PPR; Jose Fogaja _ Rocha _ PPR; Marcio Lacerda _ PMDB; Oscar Travassos _ PL; PMDB; Jose Fortunati _ PT; Jose Paulo Bisol _ PSB; Luis Ricardo Correa _ PL; Rodrigues Palma _ Bloco (PTB); Roberto Ponte _ PMDB; Mendes Ribeiro _ PMDB; Nelson Wellington Fagundes _ PL. Jobim _ PMDB; Nelson Proen?a _ PMDB; Odacir Klein _ Distrito Federal PMDB; Osvaldo Bender _ PPR; Paulo Paim _ PT; Pedro Simon PMDB; Telmo Kirst _ PPR; Victor Faccioni _ PPR; Augusto Carvalho _ PPS; Benedito Domingos _ PP; Chico Waldomiro Fioravante _ PT; Wilson Muller _ PDT. Vigilante _ PT; Jofran Frejat _ Bloco (PFL); Maria Laura _ PT; Meira Filho _ PP; Osorio Adriano _ Bloco (PFL); Pedro Teixeira _ PP; Paulo Octavio _ PRN; Sigmaringa Seixas _ O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — As listas de presenga acusam o comparecimento de 509 Srs. Congressistas. PSDB; Valmir Campelo _ PTB. Havendo numero regimental, declare aberta a sessao. Goias Passa-se ao periodo de Breves Comunicagoes. Concedo a palavra ao nobre Congressista Carlos Lupi. Antonio Faleiros _ PSDB; Haley Margon _ PMDB; Iram Saraiva _ PMDB; Irapuan Costa Junior _ PP; Joao Natal O SR. CARLOS LUPI (PDT — RJ. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, primeira- PMDB; Lazaro Barbosa _ PMDB; Lucia Vania _ PP; Luiz Soyer mente, pediria a V. Ex' que ligasse o painel, para que pudes- _ PMDB; Maria Valadao _ PPR; Mauro Borges _ PP; Mauro semos registrar a presenga. Miranda _ PMDB; Onofre Quinan _ PMDB; Paulo Mandarino _ PPR; Pedro Abrao _ Bloco (PTB); Roberto Balestra _ Bloco O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia (PFL); Ronaldo Caiado _ Bloco (PFL); Vilmar Rocha _ Bloco jd determinou que fosse aberto o painel. (PFL); Virmondes Cruvinel _ PMDB; Ze Gomes da Rocha _ O SR. CARLOS LUPI — Agradego, Sr. Presidente. PRN. Em segundo lugar, gostan'amos de aproveitar este mo- mento para dizer que, alem de mantermos a nossa posigao Mato Grosso do Sul de obstrugao as sessoes do Congresso Revisor, aguardaremos Elisio Curvo _ PRN; George Takimoto _ Bloco (PFL); Jos6 as conversagoes que estao sendo feitas com varias Liderangas Elias _ Bloco (PTB); Levy Dias _ PPR; Marilu Guimaraes _ do Congresso Nacional sobre a possibilidade de inversao de Bloco (PFL); Nelson Trad _ Bloco (PTB); Valter Pereira _ pauta, a fim de que se coloque em votagao, de imediato, a proposta do Governo, que se chama Projeto Fernando Hen- PMDB; Waldir Guerra _ Bloco (PFL); Wilson Martins _ rique, que e o projeto economico. PMDB. Ainda nao temos uma posigao definida sobre a inversao, Parana porque estamos aguardando as demais Liderangas acordarem, mas queremos deixar registrado que o fato ocorrido hoje e Affonso Camargo _ PPR; Antonio Ueno _ Bloco (PFL); levantado pelo nobre Congressista Jose Maria Eymael foi ex- Basilio Villani _ PPR; Carlos Roberto Massa _ PSD; Carlos tremamente exemplar porque evidencia as falhas do Regi- Scarpelini _ PP; Delcino Tavares _ PP; Dem Schwartz _ PSDB; mento Revisional. Edesio Passes _ PT; Edi Siliprandi _ PSD; Elio Dalla-Vecchia _ Quando S. Ex', o Congressista Jose Maria Eymael, quis PDT; FMvio Ams _ PSDB; Ivanio Guerra _ Bloco (PFL); Joni defender a sua proposta e nao pods faze-lo, porque o Regi- Varisco _ PMDB; Jose Eduardo _ PTB; Jos6 Felinto _ PP; Jos6 mento o impedia, parece que veio a luz — e todo o Congresso Richa _ PSDB; Luciano Pizzatto _ Bloco (PFL); Luiz Carlos Nacional entendeu isso — que se cometeu um erro. E este Hauly _ PP; Matheus lensen _ PSD; Moacir Micheletto foi o primeiro da primeira votagao que estamos encaminhando PMDB; Munhoz da Rocha _ PSDB; Otto Cunha _ S/P; Paulo no Congresso Revisor. Isso e tambem uma prova inequivoca Bernardo _ PT; Pedro Tonelli _ PT; Pinga Fogo de Oliveira _ das falhas havidas na elaboragao desse Regimento. 632 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Sr. Presidente, Srs. Congressistas, em uma sessao do Con- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Sera registrada gresso Revisor que discuta, como estamos discutindo, o des- a presenga do nobre parlamentar. tine do Par's, a Constituigao que vai decidir sobre o futuro Concede a palavra ao Congressista Jose Abrao. da Nagao brasileira, as propostas dos Congressistas nao estao O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP. Pronuncia o seguinte sendo defendidas por S. Ex*, o que e realmente urn absurdo! discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Sr's e Fiquei feliz em observar que tanto o Presidente da Mesa Srs. Congressistas, neste momento em que estamos aguar- quanto o Relator sensibilizaram-se com essa argumentagao. dando a preparagao burocratica desta sessao da noite de quar- E uma pena que so agora se sensibilizaram, porque ja havfa- ta-feira, fago aqui um pronunciamento, chamando a reflexao mos apresentado a epoca da preparagao da proposta do Regi- Parlamentares que provavelmente ainda nao se tenham detido mento do Congresso Revisor — sugestao no sentido de que em um grave problema nacional: o Brasil nao esta vivendo cada Parlamentar pudesse defender em plenario as emendas um de seus melhores dias. Culpa nossa ou dos outros? Nao, de sua autoria. Infelizmente, so conseguimos ter esse convenci- Sr. Presidente, culpa de todos nds. Cada um de nds, da socie- mento hoje — tanto da maioria do Congresso, como do Presi- dade brasileira, tern um pouco de responsabilidade pelo mo- dente e do Relator — na sessao efetiva do Congresso Revisor, mento que vive o Pai's; pelo momento de descredito nas insti- quando se observou que e completamente antidemocratico tuigdes; pela dificuldade de superagao de problemas; pela nao se deixar que o autor da emenda, o autor da proposta busca de alguns caminhos que acreditamos ser verdadeiros possa defende-la, a fim de que os demais companheiros apre- e que possam nos levar a solugao dos maiores problemas ciem e votem, a favor ou contra. que vivemos; e tambem pela busca daqueles que visam obstruir Sr. Presidente, esse Regimento ja foi o grande erro inicial esses caminhos. deste Congresso Revisor. Queremos deixar isso registrado. E uma verdadeira batalha que o Pai's vive hoje. Seria Principalmente porque tambem houve o primeiro reconhe- subjetivo dizer que a minha proposigao esta certa, ou um cimento do erro, tanto por parte do Presidente do Congresso outro Parlamentar dizer que a sua visao esta correta, mas Revisor, o nobre Senador Humberto Lucena, quanto por parte o certo e que, objetivamente, todos nds temos um pouco do Relator, o nobre Deputado Nelson Jobim. de responsabilidade com relagao a esse quadro que af esta. A prova da assungao do equfvoco, do erro no Regimento Vivemos hoje uma oportunidade, um momento em que do Congresso Revisor reforga ainda mais a tese de que se podemos escolher uma opgao "a" ou "b", mas e importante tivessemos discutido mais democraticamente, se tivessemos que todos assumamos junto ao povo, junto a Patria a responsa- levado a discussao a respeito da Revisao Constitucional, do bilidade de uma decisao. Congresso Revisor, sob o angulo de se pensar mais na Patria Haveremos de votar esse Fundo Social de Emergencia, e menos nas nossas visoes pessoais, talvez boa parte dos nossos e espero que os Parlamentares, antes mesmo do im'cio das problemas estariam resolvidos, sem os embates que estamos discussdes aqui, examinem o conteudo da materia. enfrentando hoje, e que, com certeza, enfrentaremos com Ainda hoje a tarde. Sr. Presidente, ouvi aqui um Parla- mais gravidade amanha. mentar pronunciando-se contra a constituigao do Fundo Social Nao obstante, mantemo-nos vigilantes em plenario, tra- de Emergencia porque ele iria aumentar de 15 para 20% balhando contra essa Revisao, principalmente por julgarmos o corte das verbas do Fundo de Participagao dos Estados, inoportuna a sua execugao neste momento. E continuaremos do Fundo de Participagao dos Municfpios. vigilantes em todas as possfveis falhas, em todos os erros, Ora, nds, que acompanhamos desde o primeiro dia essa trabalhando para que nao haja prejuizo para a populagao, comissao que examinou a proposta do Ministro Fernando para a Nagao brasileira, para as empresas piiblicas brasileiras, Henrique Cardoso, do Poder Executive, vimos a luta de mui- para o assalariado, para o funcionalismo publico. tos Parlamentares que propuseram alteragdes no piano; Parla- Ja que se comegou este Congresso Revisor, nds, do PDT, mentares que lutaram pela retirada dos cortes no Fundo de estaremos aqui vigilantes, acompanhando pari passu, emenda Participagao dos Estados e Municfpios e que tiveram as suas por emenda, em qualquer hora do dia ou da noite, defendendo reivindicagdes atendidas; que apresentaram alternativas ao os interesses da Nagao brasileira — afinal fomos eleitos para Poder Executive, que deram contribuigdes ao piano; Parla- isso —, lutando contra, mas combatendo. E, em sendo venci- mentares que, com essa mesma responsabilidade. Sr. Presi- dos, denunciando a Nagao os erros, fazendo com que aqueles dente, estao aqui hoje, no plenario, dizendo que fazem uma que apresentem propostas que sejam contra o interesse nacio- tregua na discussao sobre a Revisao Constitucional propria- nal, contra a Nagao brasileira, contra o povo brasileiro sejam mente dita para resolver o problema do Brasil — que quer denunciados e sejam conhecidos, para que a populagao saiba zerar o seu deficit publico, porque nao e possfvel conviver como votar em 3 de outubro de 1994. com uma inflagao de 39 a 40%, com um deficit publico proje- Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. tado de US$ 22,3 bilhdes. Sr. Presidente, a maior fatia do povo brasileiro que paga O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia esse tributo, o maior de todos — a inflagao — estd esperando quer esclarecer aos Srs. Congressistas que a demora, inclusive uma decisao. Ela nao quer que seja este caminho pura e no im'cio da sessao, deve-se ao fato de estarem sendo organi- simplesmente, mas quer um caminho. E e isso que nds, Parla- zados os destaques que, em grande mimero, entraram a ultima mentares, deveremos buscar, assumindo posigdes. hora. Devido a essa burocracia, houve um pequeno atraso. Espero que nesta noite de quarta-feira possamos marcar Enquanto isso, a Presidencia vai conceder a palavra, em uma posigao memoravel deste Congresso: completando as Breves Comunicagoes, aos oradores que se inscreveram e aos contribuigdes, alterando, no que tiver que alterar, mas ado- que ainda desejam inscrever-se. tando um piano, para que o Brasil chegue, com tranqiiilidade, O SR. ANTONIO MARIZ — Sr. Presidente, pego a V. as prdximas eleigdes. Ex' que faga constar na Ata da presente sessao a minha pre- Nao posso entender. Sr. Presidente, que Parlamentares senga neste plenario. tenham discutido desde o dia 22 de dezembro, alterado o Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 633

piano, e depois se recusem a participar da vota?ao. No mundo um fator educative, sob o ponto de vista politico, nesse exer- inteiro todas as organiza^oes exigem que quem discuta uma ct'cio tao importante a vida das nagoes. materia vote a materia. Se tiver que obstruir, se nao quiser Alias, Sr. Presidente, Colegas Congressistas, por falar participar, nao participe tambem da discussao da materia. em voto, chamou-nos a atengao de quase todos os Parlamen- Mas se discutir, se alterar, se fizer acrescimos, devera votar, tares — e alguns ja ventilaram o problema aqui, ao microfone a favor ou contra. deste plenario — uma publicagao de pagina inteira, nos mais Nao fago urn apelo aos Parlamentares e aos partidos que conhecidos jornais e revistas do Par's, de um ilustre desconhe- se tem posicionado contra a vota^ao do piano; fa^o urn chama- cido, que se diz residente em Curitiba, Parana. Esse cidadao, mento a consciencia, porque ainda acredito na consciencia mediante materia paga, langa um conjunto de diatribes contra dos homens, principalmente dos homens que sao h'deres. o Congresso Nacional e o exerct'cio do voto, propondo inclu- Aqui estao 584 h'deres, que nao vieram aqui simplesmenle sive o que ele chama de voto em branco. e disseram: "Eu escolhi ser Parlamentar". Sao homens e mu- Sr. Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, o referido cida- Iheres que foram a sociedade brasileira, que foram a Na^ao dao destila todo o seu ddio. Na verdade, o que ha naquele brasileira, pediram o voto, receberam a delega^ao e aqui de- escrito e ddio contra os poh'ticos, ddio contra a classe dos vem responder "presente", como responsaveis pelas decisoes Parlamentares e, particularmente, contra o Legislativo. na formula^ao das leis brasileiras que vao influir na vida de De duas uma, Sr. Presidente e Colegas Congressistas; todos os cidadaos. E para que haja crenga, para que as leis ou o indivt'duo e um megalomam'aco para gastar fortunas em vigorem e exista o respeito, e imprescindi'vel. Sr. Presidente, tal publicagao ou, entao, ha alguma entidade por tras dele que tenhamos a responsabilidade de decidir pensando no povo interessada em denegrir, ainda mais, a imagem do Legislativo. brasileiro e no nosso Par's. Na verdade, se ele usasse o dinheiro que esta gastando 6 esta a esperanga que tenho: de que hoje este Congresso e o destinasse a campanha do Flerbert de Souza, o Betinho, de sua contribuigao ao Par's e oportunidade a este Governo contra a fome no Pat's, prestaria muito maior servigo a Nagao que esta na transi^ao, levando-nos para as prdximas eleigdes, do que fazer publicagdes contra o Congresso Nacional, pro- se possr'vel com tranqiiilidade. Espero que haja essa contri- pugnando o voto facultativo, ou melhor, o chamado voto bui^ao e que aprovemos o Fundo Social de Emergencia. De- em branco. pois, que os Parlamentares cobrem, acompanhem e vigiem, Sr. Presidente, sei que a Mesa desta Casa ja esta tornando a fim de que seja cumprido o que esta estabelecido em lei. providencias para chamar as falas o referido cidadao. Ele E a proposigao que fago,- Sr. Presidente. nao pode ficar impune por, atraves de materia paga, em que O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a esta gastando rios de dinheiro, langar diatribes contra o Con- palavra ao nobre Congressista Elias Murad. gresso Nacional. Muito obrigado. Sr. Presidente. O SR. ELIAS MURAD (PSDB — MG. Pronuncia o se- guinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia Sr* e Srs. Congressistas, estamos em plena atividade do Con- convoca os Srs. Congressistas que se encontram em seus gabi- gresso Revisional. Tomamos exatamente o microfone neste netes e demais dependencias da Casa, para que venham ao momento para tecer alguns comentarios sobre duas propostas plenario marcar a sua presenga no painel eletronico. de emenda a Constituigao de 1988. que causam preocupagoes Concedo a palavra ao nobre Congressista Maurflio Fer- aqueles que sentem as dificuldades naturais do trabalho de reira Lima. revisao que estamos realizando. A primeira delas diz respeito ao chamado voto faculta- O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA (PSDB — PE. tivo. O voto passaria a ser uma opgao, uma escolha, uma Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — decisao do indivt'duo, e nao uma obrigatoriedade. Considero Sr. Presidente, Srs. Congressistas, o ambiente que prevalece um retrocesso em nosso Par's a implantagao do voto facultative, neste momento no plenario e descontrafdo, de alegria, como porque nao estamos ainda preparados, na minha opiniao, para se aqui os representantes do povo nao se dessem conta de tomar decisao de tal vulto. que estamos as vesperas de uma votagao da maior importancia, Alega-se que em varios pafses democraticos o voto e que, conforme o resultado, tera conseqiiencias imediatas. facultativo, e sempre citam como exemplo os Estados Unidos. E precise que todos aqui saibam que a aprovagao do Na verdade, o que se tem visto naquele pat's, Sr. Presidente, Fundo Social e como um voto de confianga a um gabinete. Sr's e Srs. Congressistas, e que menos da metade dos eleitores A nao-aprovagao por este Plenario do Fundo Social de emer- compareceu as urnas para votar — cerca de 40%, se nao gencia implicara a sat'da do Ministro Fernando Henrique Car- me falha a memdria —, na ultima eleigao. Assim, o Presidente, doso do Governo. os Governadores, os Deputados, os Senadores passam a ser Sera que aqui alguem acredita que o Ministro Fernando escolhidos por uma minoria do par's. Naquele pat's, ja se pensa Henrique Cardoso permanecera no Governo se esta Casa ne- seriamente — segundo informagoes que obtivemos — em mu- gar-lhe os instrumentos que estabilizarao a economia brasi- dangas na legislagao, tornando o voto obrigatorio. leira? Quem quiser pagar para ver, vera. Esta Casa esta as Aqui, no Brasil, come eu disse, seria um retrocesso por- vesperas de uma decisao de muita responsabilidade. Pela pri- que o voto e um exerct'cio de cidadania. Deve ser sobre um meira vez, a Nagao tem uma proposta da maior seriedade, direito, um dever do cidadao. A obrigatoriedade do voto e que tem a crenga de todos os agentes economicos. fundamental no desenvolvimento da cidadania. E evidente Ainda domingo, eu lia o caderno 7, da Folha de S. Paulo, que, diante das urnas, o eleitor pode tomar a decisao que em que se fazia referencia ao recrutamento de quadros pelo quiser; votar em alguem, votar em branco, anular o voto. Sistema Financeiro Brasileiro, afirmando-se mesmo que os A obrigatoriedade deve permanecer como direito e tambem bancos estavam se preparando para recrutar quadros que sou- como dever, porque e um exerct'cio de cidadania e, tambem, bessem trabalhar em um Brasil sem inflagao. 634 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

A infla(;ao nao e um estigma; o Brasil nao busca fazer dando oportunidade para que pobres e ricos possam estudar milagres. O que esta sendo feito no Brasil deu resultado na em escolas de boa qualidade, possam aprender o ensino funda- Argentina, na Bolivia, no Peru, destruido por uma guerrilha mental e, a partir daf, dirigir os seus proprios destinos. inconseqiiente e tambem na Nicaragua, que tem um sem-nii- Nao ha povo no mundo, nao ha cidadao que tenha a mero de exercitos armados no seu territdrio. sua cidadania garantida, se nao tiver o seu ensino gratuito E um ato impatriotico este Congresso negar ao Governo e de boa qualidade. Por essa razao, o Ministro Fernando as condigdes de liquidar com a inflagao e de estabilizar a Henrique Cardoso tera de investir macigamente na Educagao. economia brasileira. E precise que cada um, que aqui vai Tenho a certeza de que essa sera a sua meta. Por meio do exercer o seu direito de voto, saiba que o Ministro da Fazenda, Fundo Social de Emergencia, S. Ex' tera condigoes de investir Fernando Henrique Cardoso, nao tem vocagao para ser o na Saiide, na Educagao, na Habitagao. A partir daf, estaremos ex-Ministro Mailson da Ndbrega. S. Ex- nao vai administrar fazendo o trabalho social que o PSDB tem na sua cartilha. o "feijao com arroz", para que o Governo Itamar Franco Nao podemos perder essa grande oportunidade. Concla- termine pacificamente seu pen'odo. O voto que vamos dar mo a todos os Deputados, a todos os Senadores que votem e igual ao voto de confian§a, pedido por um gabinete. Se o Piano do Ministro Fernando Henrique Cardoso, que votem este Congresso negar ao Governo as condigdes de estabilidade a inversao da pauta, ou seja, o Fundo Social de Emergencia. da economia, o Governo tera que mudar de Titular da Fazen- Esse Fundo aprovado sera capaz de mudar o destino social da, porque os seus propdsitos nao foram aceitos por quern desta Nagao, em que pobres e ricos possam viver, harmoni- de direito, que e o Congresso Nacional. Que arranjem outro camente, em que Estados pobres possam viver e sobreviver Ministro que enfrente a subida do ddlar, que enfrente a incer- com o seu povo, junto ao Estado rico, sem sentir vergonha teza; vamos ver se chegaremos as eleigdes. do seu irmao. O Brasil, como sabemos, e o Pai's que tem E impatriotico que se queira misturar, neste momento, o maior desequilibrio social de todo o mundo. Estados ricos, a escolha do Presidente da Repiiblica, em 1995, com um trata- como Sao Paulo, com recursos para a Educagao, para a Saiide, mento serio que esta sendo proposto para a economia brasi- nao precisam do Sistema Unificado de Saiide. O seu atendi- leira. O Ministro Fernando Henrique Cardoso tem dito, inclu- mento e, basicamente, por meio de convenios entre as empre- sive, que, se necessario, sacrifica, interrompe a sua carreira sas, enquanto Estados do Nordeste, como a Bahia, Sergipe, politica para poder cpnduzir a bons destines a economia nacio- Piauf e muitos outros tem a sua dependencia financeira com nal. No entanto, e precise que cada Congressista saiba, no a Nagao. A Saiide e um direito de todos, e e dever do Estado momento em que ira votar nao a preferencia, mas o merito dela participar. No entanto, so havera um sistema de saiide da materia, de que esse voto tera conseqiiencias; se for um que corresponda as necessidades de todos os brasileiros, quan- "nao" do Congresso Nacional, esse voto significara uma falta do tivermos consciencia da importancia do distrito sanitario, de credito a um Governo que quer acertar; todavia, se isso pega fundamental no Sistema Unico de Saiide. O Sistema ocorrer, o Ministro deixara a Pasta e o Congresso assumira, Unico de Saiide so sera um sistema linico capaz de assistir perante a opiniao piiblica, a responsabilidade de ter sabotado, todo cidadao, quando o distrito sanitario estiver formado. de ter impedido a reorganiza^ao da economia brasileira. Sabemos que na Revisao da Constituigao avangaremos nas areas de Saiide e da Previdencia, mas e necessario que, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a antes de definir como gastaremos o dinheiro, tenhamos o palavra ao ilustre Congressista Clevis Assis. dinheiro na mao, o que so sera possi'vel atraves do Fundo Social de Emergencia. O SR. CLOVIS ASSIS (PSDB - BA. Para encaminhar. Por isso. Sr. Presidente, conclamo todos os Parlamentares Sem revisao do orador.) —Sr. Presidente, Sf6 e Srs. Congres- a votarem o Fundo Social de Emergencia. sistas, vamos iniciar a votagao do piano fundamental para Muito obrigado. este Pai's: o Fundo Social de Emergencia. O Fundo Social de Emergencia caracteriza-se pela arreca- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a dagao maior da cobran^a do PIS e pelo sistema financeiro palavra ao nobre Congressista Joao Faustino. que a todo custo vive a cobrar juros elevados, a tornar a O SR. JOAO FAUSTINO (PSDB — RN. Pronuncia o economia insuportavel, nao pagando nada a este Pai's. seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Esse piano tem a finalidade de resolver um problema Sf5 e Srs. Congressistas, na ultima quarta-feira, o Congresso crucial do Pai's que e, sem duvida, o deficit orgamentario. Nacional, por intermedio de integrantes seus da Camara dos Sabemos que a causa da inflagao neste Pai's e o aumento Deputados e do Senado Federal, criou e instalou a Frente das despesas, mais elevada que a sua receita. Com isso, o Parlamentar em Defesa da Escola Piiblica. Foi um momento Governo tem que emitir dinheiro, e a inflagao aumenta. singular na Histdria deste Parlamento; foi um momento impor- Para que essa ciranda termine, necessario seria que al- tante quando Parlamentares dos diversos partidos manifesta- guem pagasse a conta. Esse alguem tem que ser o sistema ram-se publicamente em defesa da escola piiblica e do ensino financeiro nacional. Os banqueiros vivem a ganhar e a ter democratico gratuito em nosso Pai's. Esse evento caracterizou lucros elevados sem, contudo, participar do sistema social a formagao de um lobby neste Congresso Nacional. deste Pai's. Fa'a-se tanto em lobby de bancos, de empresas, de empre- E necessario que o Fundo Social de Emergencia faga sarios... mas a Frente Parlamentar que se instalou constitui-se um investimento macigo na area da Educagao. Sabemos que sem duvida, num lobby a favor dos pobres do Brasil. Este nenhum pai's do mundo consegue sair de qualquer crise se e um Pai's de pobres, e podemos dizer que os mais pobres nao for por meio da Educagao. brasileiros sao as criangas e os jovens. Sabemos, ainda, que os seus recursos vem a cada ano A Frente, Sr. Presidente, tem uma posigao muito clara diminuindo; e necessario que o Governo se conscientize de na defesa da escola piiblica e do ensino gratuito; pde-se muito que o passo fundamental da sai'da da crise brasileira esta em claramente na defesa da democratizagao da escola e da Educa- educar o seu dovo. Temos gue investir macigamente nisso. gao brasileiras; assume uma disposigao muito firme na avalia- Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 3 635 gao dos custos da Educagao publica brasileira e no fortaleci- discute a volta aos quadros do funcionalismo de dezenas de mento dos recursos destinados a Educagao, milhares de servidores despedidos sem justa causa. Portanto, Sr. Presidente, nesta hora em que se vota uma Na tribuna. Sr. Presidente, quero concluir, manifestando materia tao importante, que e a criagao do Fundo de Emer- a minha esperanga de que, no dia de hoje, caminharemos gencia para atender as areas carentes do Brasil, e essencial um passo em favor da redengao economica do Pai's. que este piano seja aprovado, que parte dos recursos nele Muito obrigado. indicados seja destinado a Educagao e que da Educagao nao A Sr" Irma Passoni — Sr. Presidente, pego a palavra se suhtraia urn so centavo. Subtrair recursos da Educagao pela ordem. nesta hora significaria mutilar criangas. tornar mais abando- nados ainda os jovens brasileiros e contribuir para que a nossa O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a populagao se tome mais pobre ainda. palavra a V. Ex- Sr. Presidente, nenhuma sociedade do mundo conseguiu A SRA. IRMA PASSONI (PT — SP. Pela ordem. Sem buscar e consolidar o seu desenvolvimento sem passar pelo revisao da oradora.) —Sr. Presidente, tenho tido faltas nesses fortalecimcnto do seu sistema educacional. Numa sociedade dias todos, apesar de estar presente, porque o meu partido democratica, o patrimonio maior do seu povo e a escola publi- decidiu que estamos em obstrugao. Por isso, nao marquei ca, porque e nela que se forma o cidadao consciente, respon- a minha presenga no painel nem hoje a tarde nem agora, savel, cioso de seus deveres, de suas atribuigoes, ciente de mas quero deixar isso registrado nos Anais. suas rcsponsabilidades para com os destines da sociedade. E a escola publica, tao esfacelada, tao desacreditada, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Esta feito o falida ate, constitui-sc no instrumento do faz-de-conta, onde registro da nobre Congressista Irma Passoni. o professor faz de conta que ensina. o aluno faz de conta Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, o nobre que aprende e o Governo faz de conta que paga, porque Congressista Hugo Biehl. nao paga coisa nenhuma e submete o magisterio deste Pai's O SR. HUGO BIEHL (PPR — SC. Pronuncia o seguinte a condigao de subemprego. discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, nobres Portanto, Sr. Presidente, nesta hora em que todos os Srs. Congressistas. estamos assistindo a esse esforgo gigantesco Parlamentares aqui se encontram para votar esse piano essen- do Governo em torno de solugoes para equacionarmos a crise cial para os destines do nosso Pai's, queremos reforgar a sua economica, inclusive a insistentes cobrangas de uma posigao importancia, mas queremos tambem ressaltar a importancia do Congresso, especialmente quanto a criagao do Fundo Social dos recursos nele alocados para a Educagao brasileira, para de Emerge ncia. que nao se subtraia nenhum centavo dos recursos ja mingua- Gostaria. Sr. Presidente, de acrescentar que todo esse dos. destinados a formagao da nossa criangae do nosso jovem. esforgo podera resultar em exito, caso o Governo sensibilize-se Era o que eu tinha a dizer. Sr. Presidente. para tambem criarmos mecanismos de esthnulo a nossa agri- cultura, ao setor primario da nossa economia. A fome, a miseria, que estao engrossando a cada dia, sao produto do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia desesti'mulo do nosso produtor rural. tern a honra de convidar para ocupar a tribuna o nobre Con- No processo de revisao da nossa Constituigao, espero gressista Nelson Carneiro. tambem que o Relator Nelson Jobim contemple emenda de O SR. NELSON CARNEIRO (PP — RJ. Pronuncia o autoria deste Congressista, propondo um fundo para apoiar, seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, via credito rural, a nossa produgao primaria. Sabemos que Srs. Congressistas, para surpresa geral, na manha de domingo. o credito rural e um instrumento indispensavel para o produ- 23 de Janeiro de 1994, a Nagao tomou conhecimento, por tor; contudo, ha necessidade de que ele seja compativel nao meio da imprensa, da demissao ate 18 de fevereiro de 1994 aos custos que hoje se praticam. Evidentemente, a equiva- dos 143 empregados da Petrofertil, em decisao do Conselho lencia seria uma formula que podenamos sustentar atraves de Administragao, proposta pelo Presidente da Petrobras, de um fundo constitucional. Joel Mendes Renno, que diz contar com a concordancia do Nesse sentido. Sr. Presidente, vale lembrar a aprovagao, Ministro de Minas e Energia. na manha de hoje, do Projeto de Decreto Legislativo n9 383, A Petrobras, na ultima quinzena de dezembro de 1993, de 1993, proposto pela Comissao Parlamentar Mista de Inque- sem realizar concurso piiblico, admitiu em seus quadros 1231 rito do Endividamento Agn'cola, que trata de suspender reso- empregados, dos quais 443 da area administrativa, provenien- lugoes do Conselho Monetario Nacional e do Banco Central tes da NITROFERTIL da Bahia e Sergipe, uma subsidiaria que autorizaram a indevida cobranga de corregao monetaria da Petrofertil. sobre recursos do credito agn'cola. O Rio de Janeiro, com apenas seus 143 empregados da Aproveito a oportunidade para fazer um apelo aos Srs. Petrofertil, mais uma vez foi relegado a urn piano secundario Senadores, para que esta materia seja compreendida e tam- — o que ja nao tern sido surpresa para os fluminenses e bem merega a aprovagao no Senado Federal. cariocas — em favor de outros Estados da Federagao. Ao Governo tambem temos que fazer um apelo, para Por final, ressalte-se que a Petrofertil sera, por decisao que nao insista no equi'voco de continuar prejudicando o nosso do Governo, sucedida pela INTERGAS, com, a responsa- produtor rural. Nao podemos aceitar que, enquanto o desesti'- bilidade das atividades de importagao, exportagao, transporte mulo e visi'vel na nossa agricultura, o Governo Federal insiste e comercializagao do gas natural, o que, por si so, justifica em se posicionar ao lado do sistema financeiro e, por conse- o aproveitamento dos 143 empregados da Petrofertil. guinte, contrario aos interesses do nosso agricultor. Assim, Sr. Presidente, o Estado do Rio de Janeiro enten- Sr. Presidente e Srs. Congressistas, assistimos, ja na ma- de que a postura discriminatdria adotada pelo Presidente da nha de hoje, a inflamados pronunciamentos contra a apro- Petrobras, Joel Mendes Rennd, nao condiz com os prinefpios vagao comemorada pelos produtores brasileiros. Mas qual de justiga e direito do Governo, num momento em que se e o dinheiro que financia a agricultura? Entre os recursos. 636 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISONAIS Fevereiro de 1994

alem do Tesouro Nacional e da caderneta de poupanga, temos Acredito que a reuniao que tivemos no final da tarde os depdsitos a vista, que se tem mantido, nos ultimos meses, foi muito positiva para que houvesse um avango nessa negocia- em torno de 5 bilboes de ddlares. Ora, se isto e urn saldo gao. Sob o comando do Eider Tarcisio Delgado, contou com medio diario durante o mes, ha uma disponibilidade. E se a presenga do Eider do Governo, Luiz Carlos Santos, de par- desta disponibilidade de dinheiro nao remunerado estamos cela representativa da Bancada, do Ministro Fernando Henri- emprestando para a agricultura 25%, certamente qualquer que Cardoso e sua equipe. corregao e lucro indevido ao sistema financeiro. Que fique clara a posigao do PMDB. O PMDB esta aqui Sr. Presidente, para concluir este meu breve prouuncia- hoje para votar a inversao, para permitir que se vote como mento, eu gostaria de asseverar que estamos de acordo quanto primeiro item a criagao do Fundo. Agora, isso nao significa a necessidade de se encontrar mecanismos para a crise que que o PMDB concorda com a criagao do Fundo como esta. atravessamos. Mas jamais alcangaremos resultado eficaz se Nos apresentamos alternativas ao Ministro Fernando Henri- nao criarmos. simultaneamente, mecanismos de estimulo a que Cardoso, com o objetivo de aperfeigoar e garantir a apro- produ^ao primaria de nosso Pat's. E a alavanca que pode tirar vagao dessa proposta neste plenario. Nao ha outra intengao. o Brasil do atoleiro continua sendo a agricultura nacional. Ouvi comentarios hoje de que o PMDB estaria barga- O Sr. Jorge Tadeu Mudalen — Sr. Presidente. pego a nhando com o Governo ou que o PMDB nao estaria dando palavra pela ordem. sustentagao ao Governo. O PMDB tem dado sustentagao ao Executivo e tem votado todas as suas propostas, tais como; O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Para uma co- a criagao do IPMF e a maior parte do Piano de Estabilizagao municagao ou para uma questao de ordem? Economica. So nao se votou as tres medidas provisorias por- O SR. JORGE TADEU MUDALEN — Para uma comuni- que houve obstrugao. cagao a Mesa. O fato de o PMDB tencionar votar o Fundo de Emer- gencia nao significa que nao queira algumas alteragoes que O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Nesse caso. J ja foram apresentadas ao Ministro Fernando Henrique Cardo- V. Ex tera que se inscrever. O livro esta a disposigao e teremos so em relagao aos recursos para a Educagao, para o setor imenso prazer em acolher a sua inscrigao. habitacional e para Estados e Municipios. Essas tres alteragoes O SR. JORGE TADEU MUDALEN — Muito obrigado que aperfeigoam a proposta. que significam a certeza de con- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a quistarmos 293 votos para aprovar o Fundo, foram apresen- palavra, como Lt'der, para uma comunicagao, ao nobre Con- tadas ao Executivo e ao Ministro Fernando Henrique Cardoso gressista Germane Rigotto. como alternativas de melhoramento. O PMDB esta cumprindo com a sua missao, esta procu- O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS. Como rando dar sustentagao a um Governo e a uma area economica Lt'der. Para uma comunicagao. Sem revisao do orador.) — que — acredito — pode realmente levar a estabilizagao dessa Sr. Presidente, Srs. Congressistas, temos agora, nesta sessao economia. O PMDB quer o acerto do Governo. O PMDB noturna do Congresso Revisor, a possibilidade de continuar- esta participando desle Governo, tem responsabilidade com mos a votagao do Parecer do Relator Nelson Jobim com rela- este Governo e quer qtie este Governo de certo. Todavia, gao aos primeiros artigos da Constituigao a serem revistos. temos obrigagao tambem de tentar ajudar a incrementar as Todavia, existe uma questao muito importante. que, in- suas propostas. clusive, ja foi objeto de varios pronunciamentos, que e a Vamos votar no sentido da inversao da pauta e, quern possibilidade de tambem votarmos uma emenda do Relator sabe ate amanha, avangar na negociagao com o Executivo que cria o Fundo de Emergencia, de interesse do Governo, para modificar pontos da emenda que cria o Fundo de Emer- pois representa a possibilidade de se conquistar a estabilizagao gencia. da economia com a criagao de um indexador tinico, capaz Era o que eu tinha a dizer. Sr. Presidente. de enfrentar a inflagao. Essa e a palavra do Governo. Assim afirmou hoje o Minis- O Sr. Aloizio Mercadante — Sr. Presidente. pego a pala- tro Fernando Henrique Cardoso as Liderangas de todos os vra para uma Comunicagao de Lideranga. partidos. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia A posigao do PMDB, Sr. Presidente, e clara, favoravel apenas comunica ao nobre Congressista que a palavra para a inversao da pauta, a fim de que se coloque a votagao do Comunicagao de Lideranga so e dada para o Eider ou Vice- Fundo de Emergencia como o primeiro item. Entretanto, o Eider. PMDB continua discutindo com a area economica do Governo Se for para questao de ordem, V. Ex' tem a palavra. alteragoes na proposta. O PMDB quer auxiliar o Executivo; o PMDB votou neste O SR. ALOIZIO MERCADANTE — Pego entao a palavra plenario, na semana passada, as medidas provisorias que iam pela ordem. Sr. Presidente. ao encontro do que desejava o Governo; o PMDB nao obs- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Para questao truiu a sessao e contou com uma presenga maciga da sua de ordem? Se for para comunicagao, V. Ex' tera que se inscre- Bancada para a aprovagao das medidas provisorias. Se depen- ver. desse de nos, as tres medidas provisorias votadas na ultima quinta-feira teriam sido aprovadas. O PMDB quer ajudar O SR. ALOIZIO MERCADANTE — Sr. Presidente, gos- o Governo com relagao a criagao do Fundo de Emergencia. tariamos de falar pela Bancada do Partido dos Trabalhadores, Isso nao significa, contudo, aprovar simplesmente a emenda de debater a materia que esta em votagao, que e o requeri- como esta. Por isso, o PMDB, por meio de sua Bancada, mento de preferencia. reunida na manha de hoje, apresentou alternativas que aper- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia feigoam a proposta e que foram apresentadas ao Ministro vai inscrever V. Ex' — ha poucos oradores — para, apenas, Fernando Henrique Cardoso. observar a ordem de inscrigao. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 637

O SR. ALOIZIO MERCADANTE — Perfeito. Nds acata- blica brasileira deve comegar a respeitar o povo brasileiro mos a ordem. — no bem sentido, e claro. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a Nos sabemos que o deficit publico, o deficit do Governo, palavra ao proximo orador inscrito, o nobre Congressista Mo- e de grande tamanho, e de alta monta. Para diminui-lo e roni Torgan. precise comegar a enxugar as contas do Governo antes de pensar em criar o Fundo Social. O SR. MORONI TORGAN (PSDB — CE. Pronuncia Temos uma lei, sobre a qua) ha deputado sentado, que o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, necessita do carater de urgencia para que seja aprovada. E Srs. Congressistas, vivemos no Pai's urn momento bastante a lei da proibigao do repasse de dinheiro publico, de dinheiro dificil, onde qualquer piano, seja ele de saiide, de educagao, do Tesouro Nacional para as previdencias privadas, para as de saneamento ou de habitagao tende a nao surtir efeitos empresas privadas, para as estatais brasileiras. em razao do grande problema que enfrentamos hoje: a infla- Alem disso, o Governo poderia perfeitamente extinguir gao. Para combate-la, temos que seguir o exemplo daqueles o Ministerio da Agao Social, e assim por diante, pois soma- que jd conseguiram derruba-la, ou seja, temos que nos unir n'atnos 5 bilhdes de dolares. E provavel que o montante do todos. Fundo Social de Emergencia possa chegar a 16 bilhoes de Ouvi, ha pouco, o nobre Eider do PMDB, Congressista dolares, mas se o Governo, atraves do seu Ministro Fernando Germano Rigotto, falar do apoio que o seu partido tern dado, Henrique Cardoso, comegar a procurar os seus mimeros nega- e sou testemunha disso. Sou testemunha do esfonjo de varies tives, podera aparecer um sinal positivo imediato e dessa for- partidos nesse sentido e acho justo que queiram discutir e ma, entao, comegaremos a resolver o problema do Brasil. aperfeigoar os pianos que venham do Governo. Considero Era o que eu tinha a dizer. Sr. Presidente. justo que outros partidos tambem assim o fa^am. Talvez ache injusta a omissao. Mas a discussao, sem duvi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia da alguma, e que aperfeigoa o processo que queremos mover faz mais um apelo aos Srs. Congressistas que se encontram no Brasil contra a infla?ao. O objetivo de todos nds e ter nos seus gabinetes ou demais dependencias da Casa para que urn Pais onde a inflatjao nao corroa principalmente os rendi- venham ao plenaiio, a fim de marcarem as suas presengas mentos da classe mais baixa. Sabemos que a classe alta nao e atingirmos o quorum necessario a deliberagao de materia sofre, pelo contrario, ganha com a inflagao. Mas a camada constitucional. mais baixa da populagao tern ficado, muitas vezes, sem ter Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, o nobre o que comer, sem ter onde morar ou sem ter qualquer tipo Congressista Ernesto Gradella. de emprego. Uma grande uniao e o que devemos promover para com- O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU — SP. Pronuncia bater esse mal. Precisamos ultrapassar os problemas das candi- oseguinte discurso. Sem revisao do orador.)—Sr. Presidente, daturas, dos futricos que existem entre os partidos e partir Sfs e Srs. Congressistas. Janeiro se encerrou e os indices para uma uniao patridtica nacional. Precisamos nos unir para de inflagao ja superaram os 40% mensais. Os empresarios venccrmos os problemas que estao acontecendo hoje. comemoram o crescimento de 4,5% do PIB. O desemprego, Entao, posso dizer, com toda a seguranga, que a discussao no entanto, nao diminuiu; 15% da populagao economicamente sera salutar. E tenho visto que os membros do Governo nao ativa esta condenada ao desemprego cronico, num pais em tern nunca se omitido de discutir; eles pretendem a discussao que pouco mais de 20 milhoes de trabalhadores tern carteira para aperfeigoar o seu piano. E isso que eu gostaria de exortar assinada. a todos os partidos; participem da discussao, deem as suas Os grandes monopolios aproveitaram intensamente a re- opinides, pois precisamos ter um piano. Nao conseguiremos cessao provocada por Collor para fazer um ajuste interne. mais manter o Pais estavel da maneira como ele se encontra. Obtiveram enormes ganhos com o aumento da produtividade, com a inflagao corroendo a vida dos nossos compatriotas. reestruturando a produgao, demitindo em massa, elevando Muito obrigado. Sr. Presidente. a jornada de trabalho, reduzindo os custos dos fornecedores, terceirizando atividades e conquistando beneficios fiscais. O O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Antes de conce- sistema financeiro, em particular, viveu sua "idade de ouro" der a palavra ao prdximo inscrito, concedo-a ao Congressista com lucros fabulosos. Jorge Tadeu Mudalen, pela ordem. Os empresarios estao comemorando o desenvolvimento dos seus negdeios. O povo trabalhador, por outro lado, nada O SR. JORGE TADEU MUDALEN (PMDB — SP. Pela tern a comemorar. O arrocho salarial e o desemprego sao ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, pedi a componentes na vida da grande maioria da populagao brasi- palavra para, em face de a imprensa ter registrado a ausencia leira. do Congressista Helio Rosas, justifica-la, informando que S. Mas os empresarios querem mais. O Bradesco, o Itaii, Ex' esta acamado em virtude de uma cirurgia que sofreu. a Rede Globo, a Autolatina querem mais lucro e irao explorar Por isso S. Ex' nao tern comparecido as sessoes. Queria, pois, mais o nosso povo. Para levar adiante esse objetivo contam fazer este registro. com o pacote economico FHC e com a Revisao Constitucional. O Governo anunciou que a URV, o novo indexador, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Esta feito o que estara ancorado nos 30 milhoes de dolares das reservas, registro. entra em cena em fevereiro. E o prdprio Governo que da Concedo a palavra ao nobre Congressista Jarvis Gaid- o sinal verde para a disparada dos pregos, porque os empre- zinski. sarios querem, preventivamente, garantir p pipo de valor para O SR. JARVIS GAIDZINSKI (PPR — SC. Sem revisao as suas mercadorias. Mas o Ministro da Economia ja avisou do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas. Tenho sem- que a estabilizagao, mais uma vez, exige sacrificios, e os rea- pre falado nos meus depoimentos que o Executive da Repii- justes de salaries serao feitos pelo valor medio. 638 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Tudo como antes! Igual a URP do Piano Collor! O capital para, atraves desta conjugagao de forgas, encontrarmos me- se protege nas Bolsas, eleva os pregos e espera, ansioso e Ihores caminhos para o nosso Pafs. sorridente, o novo pacote de arrocho salarial. E exatamente isso que propoe o Partido Progressista Re- O outro aspecto do Piano FHC e a proposta orgamentaria formador PPR. Queremos de forma acendrada, de forma com o ajuste fiscal e a criagao do Fundo Social de Emergencia. aguda, encontrar os melhores caminhos que possam repre- O pacote tributario provocaria novos ingressos da ordem de sentar a solugao dos graves problemas brasileiros que atribu- 3,8 bilboes de ddlares e sera complementado com algo em lam e mutilam nossa sociedade. E e exatamente com esse torno de 4,8 bilboes de dolares do IPMF, imposto que atinge criterio que queremos discutir amplamente as questoes. de frente todos os assalariados. Nao queremos solugoes de afogadilho; queremos esmiu- Os cortes nos gastos atingirao os servigos publicos e as gar as propostas, escoima-las dos vfcios e enriquece-las com condigdes de vida do funcionalismo. O Governo cortara, em contribuigdes reais. relagao a 1993, 37% das verbas do Ministerio da Saiide. Para Se o Fundo de Emergencia representa um instrumento a Agricultura, portanto para a reforma agraria, os cortes serao e um caminho, nao somos, em princfpio, contrarios a ele. de 36,7%. mas queremos discutir exaustivamente as suas colocagoes — O Fundo Social de Emergencia, proposto como medida como o fizemos hoje a tarde, por exemplo, quando recebemos revisional, sera constituido de 15% da arrecadagao de todos a visita do ilustre Ministro Fernando Henrique Cardoso. os impostos e contribuigdes federals, bem como os recursos do adicional de 5% incidindo sobre a mesma base. Este Fundo O PPR nao admite, por exemplo, que a regulamentagao sera um cheque em branco para o Governo, pois exclui qual- do Fundo venha a se dar atraves do mecanismo da medida quer vinculagao com os aspectos crfticos sentidos pela popula- provisdria, que nao e apta, que nao e vocacionada ao debate gao. Corta-se na Saiide e na Educagao para pagar os juros e ao dialogo, mas, muito mais, e uma imposigao de forga. da dfvida piiblica. Essa e uma questao da qual o PPR nao abre mao. Nao admiti- FHC e Itamar seguem Collor que, por sua vez, seguiu mos que a regulamentagao do Fundo venha a se dar atraves Sarney nas polfticas entreguistas e de arrocho salarial ditadas do instrumento e do mecanismo da medida provisdria, que, pelo FMI. de resto, nao e o instrumento ideal para a discussao de qual- O Piano FHC prepara o terreno imediato para a realiza- quer materia que verse sobre o campo tributario. gao dos interesses dos empresarios. Estes mesmos grupos eco- De outro lado. Sr. Presidente, e importante estabelecer ndmicos querem, na Revisao Constitucional, institucionalizar as limitagdes que o PPR esta propondo; limitagdes que nas- tais interesses. cem, que tern bergo no bom-senso, que tern bergo no cotidiano O momento e muito importante e perigoso para os traba- e que, seguramente, servirao para adensar o texto proposto Ihadores. Os partidos de esquerda devem fortalecer a unidade e para encontrar-se realmente medidas e caminhos para veneer em torno do objetivo de combate ao Piano FHC e a Revisao a crise brasileira. Constitucional. Defender os interesses dos explorados signi- Tambem desejo, Sr. Presidente, mais uma vez, repetir fica mobilizar o povo contra a "revisao Odebrecht" e o pacote que o PPR, na questao da votagao do aumento de Imposto de fome FHC. de Renda para os trabalhadores e para a classe media brasi- leira, lutou com todas as suas forgas para que aquela fatfdica Todas as liderangas polfticas da esquerda devem somar ? forgas nessa luta porque os inimigos estao utilizando todas Medida Provisdria n 400 nao fosse aprovada. Obstruiu, mani- as armas para derrotar os trabalhadores. Nesse sentido, os festou-se, pronunciou-se, lutou, mas, infelizmente foi vencido deputados de esquerda, os deputados do PT, que defendem pelas forgas que apdiam o Governo. a Revisao ou partes do Piano FHC, deputados que tentam, O mesmo comportamento teve o PPR quando do aumen- na Revisao, negociar os aneis para nao perderem os dedos, to do Imposto de Renda para as pessoas ffsicas: lutou da estao prestando um desservigo aos seus representantes. mesma forma, esforgou-se da mesma maneira, mas, neste Em nome do PSTU, queremos que Lula, principal lide- segundo caso, quern mudou de comportamento foram as for- ranga dos trabalhadores, assuma a frente desta luta. Que Lula gas que apoiavam o Governo. Tiveram vontade polftica para esteja a frente da chamada mobilizagao imediata contra o aumentar, para sacrificar ainda mais o trabalhador brasileiro, Piano Fernando Henrique Cardoso e a Revisao Constitucio- mas Ihes faltou vontade polftica para vir ao plenario e votar nal. o aumento do Imposto de Renda para as empresas. Era o que eu tinha a dizer. Sr. Presidente. Portanto, e falsa, e inimiga da verdade a afirmagao daque- les que querem dizer que as forgas do Governo dao-lhe susten- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — A Presidencia tagao permanentemente. Nao e verdade! Foram as forgas que recebeu informagao de que o servigo de som nao esta funcio- sustentam o Governo que se omitiram na votagao do Imposto nando. Pede, portanto, aos setores administrativos da Camara e do Senado que tomem pfovidencias no sentido de normalizar de Renda para as pessoas jurfdicas; foram elas que estabele- ceram o aspecto discricionario que hoje existe entre o capital o servigo de som. e o trabalho. Concedo a palavra ao proximo orador inscrito, o nobre Penalizou-se o trabalhador, afrontou-se o trabalhador, Congressista Jose Maria Eymael. humilhou-se o contribuinte brasileiro, pessoa ffsica, e, inexpli- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR — SP. Pronuncia cavelmente, as forgas do Governo nao tiveram vontade polf- oseguinte discurso. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, tica para penalizar com o aumento do Imposto de Renda SFs e Srs. Congressistas, ouvi com muita atengao, com admi- as pessoas jurfdicas. ragao mesmo, as colocagoes feitas pelo ilustre Congressista O PPR manteve, em todo esse processo, uma posigao Moroni Torgan, quando advoga que todos nos, Deputados equitativa: lutamos contra'o aumento de Imposto de Renda e Senadores, sobrepujando diferengas partidarias, sobrepu- dos trabalhadores e lutamos contra o aumento de Imposto iando diferengas ideologicas, fagamos uma ampla comunhao de Renda para as pessoas jurfdicas. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 639

Somos contrarios a qualquer aumento de imposto como Sr. Presidente, dito isso, formamos uma comissao para meio de resolver os probletnas da ma gerencia das coisas estudar o Piano de Estabilizagao Economica, discutimos as da Repiiblica. medidas e langamos propostas alternativas. Entendo, inclu- Basta, Sr. Presidente! Basta de aumentar impostoscomo sive, que o diagndstico da CPI e correto; temos de construir unico instrumento para resolver os problemas de.caixa, decor- uma politica agricola que impega esse processo perverse de rentes de urn mau processo gerencial! descapitalizagao do campo brasileiro, da agricultura, em favor Muito obrigado, Sr. Presidente. do sistema financeiro. Entretanto, isso comega com o fim da inflagao. Isso comega com a estabilidade economica, por- que, com esse m'vel de instabilidade, nao ha produtor rural Durante o discurso do Sr. Jose Maria Eymael, o que possa sobreviver ao longo do tempo. Por isso e que a Sr. Adylson Malta, I" Vice-Presidente, deixa a cadeira austeridade fiscal e a estabilidade precedem uma politica agri- da presidencia, que e ocupada pelo Sr. H umber to Luce- cola competente, consistente, duradoura. E que nao seja essa na, Presidente. demagogia facil, a que hoje assistimos na Camara dos Depu- tados. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Cdncedo Eu queria concluir, Sr. Presidente, dizendo o seguinte; a palavra ao Congressista Aloizio Mercadante. foi um equivoco do Relator Geral da Revisao e inoportuna O SR. ALOIZIO MERCADANTE (PT — SP. Pronucia a frase colocada em alguns jornais, dizendo que a taxagao oseguinte discurso. Sem revisaodo orador.) — Sr. Presidente, do sistema financeiro no Fundaq era um bombom para os Srs. Congressistas, venho a tribuna para reafirmar o comprq- contras participarem da Revisao. Nao e assim que temos de misso da Bancada do Parlido dos Trabalhadores com a luta construir um processo de dialogo. Temos compromisso com pela estabilidade economica no Pat's. a austeridade e com a estabilidade economica e somos contra E absolutamente incompativel falar-se na retomada do o processo revisional, especialmente contra a forma em que desenvolvimento ou na distribuigao da renda com inflagao esta sendo executado, com o rito sumario que esta sendo de 40% ao mes. Sem estabilidade economica nao ha como imposto, sem debate, sem participagao da sociedade, com se assegurar o salario e as condigdes de vida a ampla parcela dois encaminhamentos contra e dois a favor, mudando o des- do povo brasileiro, num contexto em que 60% da populagao tine do Pat's, as instituigdes, a ordem economica, enfim, a sequer tern conta no banco. natureza da estabilidade juridica e institucional da sociedade. Quero cobrar, nesta noite, a coerencia de algumas banca- Por isso nos sentimos impedidos de contribuir para aquilo das, de muitas liderangas, quanto a votagao ocorrida ainda em cujo merito estamos comprometidos. Nos queremos a esta- hoje a tarde na Camara dos Deputados. bilidade; estamos dispostos a construir o Fundao, temos mu- Chamo a atengao do nobre Eider Germano Rigotto, do dangas e destaques a fazer. Espero que tenhamos tempo para PMDB, que ainda ha pouco fez um discurso absolutamente negociar e viabilizar a participagao da nossa Bancada nessa consistente sobre a necessidade da estabilidade economica, questao fundamental. no qual fez os reparos devidos no Projeto do Fundao, no Termino dizendo que o discurso veemente que fizemos que diz respeito ao seguro-desemprego e que fala da necessi- a uma hora da tarde, alertando que aquela decisao arrebenta dade do ajuste fiscal. qualquer possibilidade de estabilidade economica no Pat's, e coerente com o pronunciamento que fazemos no final da noite. Quero tambem alertar liderangas como a de Ronaldo Caiado e tantos outros ruralistas, uma vez que a uma hora O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo da tarde votaram o decreto legislative que cria um rombo a palavra, para uma comunicagao de Lideranga, ao nobre de 20 milhdes de ddlares no Or?amento. Como e possivel, Congressista Esperidiao Amin. de uma hora da tarde as nove da noite, haver uma mudantja tao radical de posicionamento politico? Como se pode falar O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Para uma comu- em Fundo de Emergencia, de aumento de impostos, de corte nicagao de Lideranga. Sem revisao do orador.) — Sr. Presi- de gasto piiblico agora, no Congresso Nacional, quando no dente, SC e Srs. Congressistas, desejo, contando com a pa- inicio da tarde essas mesmas liderangas aprovavam um projeto ciencia dos nobres Congressistas e especialmente com a pa- que — e verdade. Sr. Presidente, do ponto de vista das suas ciencia e com a atengao dos meus companheiros de partido, intengoes, tern de ser louvado, pois o mesmo visa a garantir deixar muito clara, mais uma vez, a posiga do Partido Progres- o financiamento por produto, a proteger o ruralista, o produ- sista Reformador a respeito da emenda constitucional que tor rural, do sistema financeiro e da especulagao — , devido institui o Fundo Social de Emergencia. ao efeito retroativo e as condigoes aprovadas pela Camara Tivemos, ao longo do dia de hoje, uma sucessao de reu- dos Deputados, significa, segundo a conta de quern o aprovou, nioes. A principal delas se desenrolou entre as 14h30min e um rombo de 23 bilhoes de ddlares no Orgamento? Que ajuste as 16h30min de hoje e contou, inclusive, com a presenga do fiscal e esse? Que demagogia e essa? Sr. Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Nessa reuniao, tivemos a oportunidade de aprofundar a discussao Precisamos ter coerencia nesse momento. E isto que o sobre o conteudo do projeto que institui o Fundo Social de povo brasileiro espera desta Casa: seriedade para discutir com Emergencia. O Partido que pode contar com elementos da rigor e com profundidade a prioridade. E ha prioridade para expressao de Francisco Dornelles, Delfim Netto, Roberto o produtor rural, sim, porque e evidente que quebrar o Banco Campos, Ibrahim Abi-Ackel, para mencionar aqueles direta- do Brasil, quebrar os bancos estaduais, quebrar o sistema mente envolvidos, nao poderia deixar de trazer objegoes muito financeiro piiblico e o mesmo que aumentar o faturamento concretas a esta momentosa questao. do produtor rural vendendo a semente da safra futura, porque Desde ontem, quando fomos procurados pelo Ministro nao havera financiamento no ano que vem se projeto como da Fazenda, manifestamos a nossa determinagao partidaria esse for valer. de lutar pela revisao constitucional, a nossa discordancia preli- 640 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 minar de comegar a Revisao Constitucional na pratica pelo Pessoalmente, estou convencido de que estamos cami- termino dela, por um dispositive que se insere no Ato das nhando para um acordo, mas nao posso assegurar, porque Disposiqoes Constitucionais Transitdrias, como quer o Gover- nao sei como tal acordo sera escrito pelos tecnicos do Minis- no. Manifestamos, ainda, o nosso desejo de ver o Governo terio da Fazenda e do Governo, e muito menos como sera engajado no esforgo em favor da Revisao Constitucional. Fi- acolhido o termo desse acordo pelo relator, pelos relatores nalmente, deixamos claro que nao concordan'amos com a in- adjuntos, e como nossa Bancada vai aprecia-lo, in fine. Mas, versao que o Governo aventa, para colocar esse tdpicc, que em duas questoes, nao houve acordo. e o oitavo da Ordem do Dia, como primeiro tdpico a ser Objegoes serias, levantadas por nossos Parlamentares — debatido e votado agora. Armando Pinheiro, Paulo Mandarine, Sandra Cavalcanti, Reiteramos, hoje, na presenga do Lider do Governo na Celso Bernardi, Fetter Junior e Carlos Azambuja —, feriram Camara, Deputado Lut's Carlos Santos, que participou de duas as questdes de vinculagao de recursos para educagao e habi- reunioes, assim como reiteramos ao Sr. Ministro da Fazenda, tagao. que nad concordamos com a inversao de pauta. Sobre habitagao, a primeira satisfagao que o Sr. Ministro Desejo dizer, neste momento, para que fique muito claro, pretendeu nos dar e va. Senao, vejamos: quando foi aprovado para jufzo de quern deve tomar decisdes, que nao vamos con- o IPMF, ficou expresso que 20% dos recursos desse imposto cordar com a inversao, se ela for requerida — e e direito — em acordo com esse Governo —seriam destinados a habita- dos Lfderes do Governo requererem tal inversao. Vamos re- gao. E, agora, o Governo pretende oferecer como compen- querer verificagao de votagao, nos termos do art. 18 do nosso sagao 90 milhdes de ddlares no Orgamento de 1994, quando Regimento e pedir verificagao de votagao, se a tal ponto che- mais do que isso seria alcangado, supomos, por 20%, em garmos. Portanto, vamos obstruir a votagao. O Lider em exer- um mes da arrecadagao do IPMF. Neste ponto nao houve cfcio permanecera aqui e vai pedir aos membros da Bancada acordo. que se retirem e nao votem. Essa posigao tern que ficar muito A segunda questao e imprescindfvel esclarece-la; reter clara. recursos do salario-educagao que se destinam, por definigao, Ao mesmo tempo, evoluem satisfatoriamente, ate aqui, por concepgao genetica, ao ensino fundamental e um absurdo as questdes substantivas que levantamos, a tftulo de sugestao com o qual a nossa Bancada nao pode se conformar. Reter ou objegao, perante o Sr. Ministro da Fazenda. E quero aqui — eu repito — em Brasilia, em um fundo, recursos vinculados destacar algumas delas: a mais importante, do ponto de vista ao ensino fundamental no Brasil nao tern explicagao, porque, institucional, e a nossa absoluta discordancia em permitir que certamente, a libertagao do povo brasileiro passa por investi- esse Fundo seja regulado por medidas provisdrias. Nao con- mentos em educagao indispensaveis e insubstitufveis para asse- cordamos e nao concordaremos com tal instrumento. gurar a conquista da cidadania por alguem nascido nesta terra Obtivemos do Sr. Ministro pronto atendimento a essa ou que a adotou como bergo, como local de realizagao da objegao, e a nossa sugestao e no sentido de permitir que, sua vida, como bergo do seu sonho. em 1994, ano de im'cio de vigencia do Fundo Social de Emer- Essas objegoes concretas, questoes objetivas que dizem gencia, o institute da lei ordinaria, previsto no art. 59 da muito respeito ao interesse superior da nagao brasileira, foram Constituigao, possa ser utilizado para regular o fundo, mas, as que o PPR levantou; nenhuma cogitagao fisiologica e ne- em 1995, somente lei complementar podera faze-lo, porque nhuma parle de jogo escondido integra a nossa atitude. esse e o meio estabelecido como regra no art. 161 da Consti- Nao votaremos a favor da inversao. Nao concordamos tuigao Federal. com essa prioridade, que significa dizer que esta Ordem do A segunda objegao, de natureza tecnica, se destina a Dia vigorou ate aqui apenas para fazer de conta que a Revisao proteger Estados e Municfpios de um saque em branco, de tinha comegado. um saque a descoberto, que esta escrito no inciso 11 do art. Em compensagao. quero enaltecer o gesto e a postura 72 da Emenda Constitucional de Revisao, conforme substi- de estadista do Ministro Fernando Flenrique Cardoso, que tutivo do Relator. O texto que esta apresentado a esta Casa se dispos a conversar, a dialogar com franqueza e transpa- e um saque em branco, um talao de cheque em branco, em rencia com um partido que e oposigao ao Governo sim, mas cima dos Municfpios e dos Estados brasileiros. nao e oposigao ao Pafs, e nunca pressionou este Congresso O nosso Partido defende a descentralizagao do Poder, para, em nome da demagogia, produzir deficit piiblico, agra- tern a vocagao da federagao e do municipalismo e nao pode vando a penosa situagao do equilfbrio orgamentario e finan- concordat com a centralizagao, em branco — repito — em ceiro do Pafs. E para que depois nao incriminem o PPR pela branco, pretendida com essa redagao. nao-obtengao dos votos necessarios ao desiderate do Gover- Por isso, como nao estamos fazendo crfticas vazias, apre- no, eu deixei esta posigao clara, em meu nome e em nome sentamos uma sugestao para estabelecer um limite, um teto da nossa Bancada, ao Lfder do Governo, Deputado Luiz Car- do quanto poderia ser retirado do destinavel ao Fundo de los Santos. Participagao dos Estados e Municfpios para integrar e compor Pego o apoio dos meus Companheiros porque vamos mo- o Fundo Social de Emergencia. vimentar-nos em conjunto daqui a pouco, se for necessdrio. A nossa redagao inicial previa um limite de 4% do valor Por dever democratico, era meu compromisso trazer esta posi- arrecadado, relacionado no inciso II. O Deputado Francisco gao ao conhecimento do Plenario. Domelles chegou a compor, com vistas a um acordo, um Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Muito obrigado. limite de ate 5.1%, a discutir. Mas o nosso Partido ofereceu (Muito bem! Palmas.) sugestoes concretas e objetivas para impedir perdas que preju- O SR. EDUARDO SUPLICY — Sr. Presidente, pego a dicariam compromissos assumidos pelo Governo, como; Fun- palavra como Lfder. do de Marinha Mercante, cobrangade PIS/PASEPsobre recci- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede ta corrente e nao sobre lucro apurado e, nesses pontos, diria a palavra, para uma comunicagao de lideranga, ao Congres- que logramos o exito de vislumbrar o entendimento. sista Eduardo Suplicy. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 641

O SR. EDUARDO SUPLICY (PT — SP. Como Lider. de saber qual teria sido a motivagao da com ibuigao. Consi- Para uma comunicagao de lideranga. Sem revisao do orador.) dero de pleno direito que o Deputado Ar ta -do Pinheiro — Sr. Presidente, Srs. Congressistas, na tarde de hoje, o solicite a apuragao. Obviamente, isto nada tern a ver, em Deputado Armando Pinheiro fez urn pronunciamento, infor- termosde comparagao, com o que foi registrado e comprovado mando que deve, amanha, rcquerer instauragao de inquerito em inquerito realizado pela Polfcia Federal de contribuigdes perante a Poh'eia Federal, Receita Federal, Banco Central de pessoas jun'dicas, de empresas que, relacionando-se com e a Procuradoria da Republica relativamente a dois assunlos. a Empresa Paubrasil, destinaram recursos para a campanha Dm deles visa obter esclarecimentos sobre denuncias de que de meu adversario; essa campanha, segundo se soube, pelo recursos descontados no mercado paralelo, atraves do doleiro levantamento, arrecadou milhdes de dolares. Eduardo Haddad, teriam sido depositados na conta do Comite Com respeito a CPI da CUT e do PT, ainda hoje manifes- do entao candidate a Prefeito de Sao Paulo, ou seja. minha tamos a posigao de nosso partido, alias, decidida em reuniao pessoa, atraves do Banespa, na conta corrente n" 13003521-8. da Bancada com o Diretdrio Nacional, no sentido de sermos Sr. Presidente, refere-se o Deputado Armando Pinheiro a favor da instalagao tanto da CPI das empreiteiras quanto a noticia dada na revista IstoE, em 15 de setembro de 1993, da CPI da CUT e do PT e de todos os partidos poh'ticos portanto, ha quatro meses. Em primeiro lugar, quero ressaltar e entidades sindicais de trabalhadores patronais e empresas que as contas das campanhas do Partido dos Trabalhadores privadas. Avaliamos que nao seria adequado investigar apenas sao geridas pelo partido, nao pelo candidate. Obviamente, um partido, mas todos. Certamente.o outro assunto levantado o candidate tern a responsabilidade de verificar que as coisas relativamente a CUT podera ser objeto dessa investigagao. se fagam da forma mais correta possfvel. Ainda hoje e ontem, estiveram aqui representantes das diver- Em segundo lugar, a prestagao de contas da campanha sas entidades sindicais internacionais, testemunhando sobre para prefeito de 1992 foi aprovada, por unanimidade, pelo a integridade da Central Unica dos Trabalhadores. Tribunal Regional Eleitoral. Nesse caso, foi o Partido dos O SR. ARMANDO PINHEIRO — Sr. Presidente, tendo Trabalhadores o unico a apresentar a contabilidade total de sido citado pelo nobre Senador Eduardo Suplicy, requeiro, demonstragao de entrada e saida de recursos. na forma regimental, a contradita. Em terceiro lugar, saliento que, naquela prestagao de contas, ficou demonstrado que todos os recursos foram obtidos O SR. PRESIDENTE (Humbertc Lucena) — Tern V. atraves de pessoa fi'sica, respeitando-se o limite legal que. Ex" a palavra por cinco minutos, para uma explicagao pessoal. na oportunidade, era da ordem de 30 mil dolares por pessoa O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR — SP Para expli- fi'sica. O preenchimento manual de um depdsito bancario, cagao pessoal. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, relatado na materia da revista IstoE, demonstra apenas o ato Sr'~ e Srs. Congressistas, infelizmente, o Senador Eduardo voluntario de um depositante. A prdpria revista mostra dois Suplicy nao estava presente na scssao da tarde, quando fiz recibos: um, no valor de 30 milhdes de cruzeiros; o outro, as comunicagoes a que S. Ex' se referiu; por isso, quero infor- no valor de 39 milhdes e 960 mil cruzeiros, em nome do mar-lhe que amanha levarei a Procuradoria-Geral da Repu- Comite Eleitoral Unificado do PT/Sao Paulo, pelo BANES- blica, ao Banco Central, a Receita Federal e a Poh'eia Federal PA. Saliento que o depositante, nao necessariamente. esta o deposito feito na conta de campanha do Senador Eduardo vinculando esses recursos para a campanha. Isso e demons- Suplicy por esse senhor que e doleiro em Sao Paulo; levarei trado pelos recibos apresentados pelo Tribunal Regional Elei- tambem a outra representagao sobre um cheque, destinado toral. a CUT, por uma entidade do Exterior, em dolares, e descon- Estarti o Sr. Eduardo Haddad fazendo em seu prdprio tada com doleiros no mercado paralelo. Ha dois meses. o nome, em nome de outro eventual simpatizante da campanha Congresso Nacional, por intermedio de mais de trezentos Srs. ou — nao posso aqui dizer, mas todas as hipdteses teriam Congressistas, aprovou uma Comissao Parlamentar de Inque- de ser levantadas — em nome de alguem, com o propdsito rito para apurar a interligagao entre a CUT e o PT. que de depois permitir que seja feita uma denuncia dessa natureza? ate hoje nao foi instalada. Trata-se, portanto, de uma informagao fragil, com prati- Verificamos, por notfeias veiculadas na imprensa hoje, camente quatro meses de atraso, que agora vem o Deputado que o Sr. Jair Meneguelli declarou que vai recorrer, por meio do PPR levantar. E preciso salientar que os documentos apre- de mandado de seguranga, ao Supremo Tribunal Federal, sentados pela revista IstoE nao indicam em si qualquer ilegali- pedindo a sustagao da instalagao desta CPI. E o PT vem, dade, porque ambas as contribuigdes, mesmo quando soma- desde o im'cio, batendo-se, com todo o seu calor, o seu vigor, das, estao dentro do que uma pessoa fi'sica poderia destinar para impedir a instalagao dessa CPI, a tal ponto de nao ter a contribuigao. sequer indicado membros para compo-la, tendo V. Ex' o feito Saliento, Sr. Presidente, Srs. Congressistas, que. ao longo ex-officio. da campanha, eu e o Partido dos Trabalhadores divulgamos Se a CUT e o PT nao tern preocupagoes em serem investi- que qualquer pessoa fi'sica poderia dar contribuigdes ao parti- gados. Sr. Presidente, qual a preocupagao em se instalar essa do. O mimero da conta foi amplamente divulgado pelos meios CPI da CUT? Esperamos, portanto, que essas investigagoes de comunicagao, inclusive, de forma inovadora no Brasil, pos- ainda venham a ser feitas com a instalagao dessa CPI. sibilitamos as pessoas ffsicas destinarem recursos atraves de Como a CUT e o PT trouxeram a Brasilia, ontem e hoje, ligagdes telefonicas para uma conta, um mimero da TELESP, dirigentes sindicais de varios pai'ses, para tentar atestar a ido- que depositava diretamente os recursos destinados as contri- neidade da entidade, senti-me na obrigagao de antecipar essa buigdes ao Partido dos Trabalhadores; esta inovagao acabou divulgagao, detentor que sou de documentos a que me referi, sendo depois repetida por diversos partidos em outras cidades. para serem apresentados na CPI. O Senador Eduardo Suplicy Avalio que esta investigagao ird esclarecer inteiramente confessa que reconhece que esses depdsitos foram feitos na o fato e ate eonsidero importante que seja feita. Nao conhego conta de sua campanha — e o que solicito seja investigado este cidadao, o Sr. Eduardo Haddad, mas lerei a oportunidade — mas declara que sequer conhece o depositante. Estranho 642 Quinta-feira 3 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 para alguem que e especialista em investigagdes, que inclusive a obstrugao comegou a ser feita antes de iniciar-se o momento ja foi ao exterior para investigar, nao se tenha preocupado da votagao. em investigar a sua propria conta, principalmente a conta de uma campanha. O depdsito foi feito em setembro de 1992, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pois nao. e estamos em fevereiro de 1994; mais de um ano se passou. Vamos iniciar. Portanto. Sr. Presidente, esses fatos, agora com a mani- A lista de presenga acusa o comparecimento de 515 Srs. festagao do Senador Eduardo Suplicy, fortalecem a minha Congressistas. convic^ao e a de mais de trezentos Congressistas que entendem Sobre a mesa Requerimento que sera lido pelo Sr. 1" haver, realmente, uma interligagao entre a entidade sindical, Secretario. que nao esta cumprindo com o preceito constitucional, e par- E lido o seguinte tido politico. Talvez os seus dirigentes nao conhegam a Consti- tuigao e nao conhegam a lei, para saberem que e proibido REQUERIMENTO N° 45, DE 1994 - RCF qualquer ato, ou tipo de apoio, ou qualquer tipo de investi- Exm° Sr. Presidente do Congresso Nacional Revisor: mento de entidades sindicais em partidos e em campanhas Requeiro, na forma regimental, inversao de pauta para politicas. que o Parecer n" 24/94 — RCF, constante do item 8 passe Dai por que saio hoje mais convicto do que antes de a ser o primeiro item da pauta. que realmente ha algo por tras de toda essa trama que impede Sala das Sessdes, 2 de fevereiro de 1994. — Luiz Carlos o Congresso Nacional de cumprir sua missao investigatdria. Santos — Germano Rigotto, P/Lideranga do PMDB — Mario E preciso que se abram, realmente, as portas da CUT e as Covas, Lider PSDB — SF Jose Serra Lider PSDB — CD do PT, para se saber a respeito dessa ligagao, dessa promis- — Carlos Lupi, PDT — Paulo de Almeida, PSD. cuidade entre a Central Sindical e partido politico. Eram os esclarecimentos e a resposta que eu tinha a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Para enca- dar. Sr. Presidente. minhar, concedo a palavra ao Senador Josaphat Marinho, que falara contra por cinco minutos. Falarao quatro oradores, COMPARECEM MAIS OS SRS. CONGRESSIRTAS: dois contra e dois a favor, de preferencia. OSR. JOSAPHAT MARINHO (PFL —BA. Para encami- Acre nhar. Sem revisao do orador.) —• Sr. Presidente, Sr"" e Srs. Congressistas, nao posso aquiescer no pedido que acaba de Adelaide Neri _ PMDB. ser lido. Trata-se de pedido de preferencia para a votagao do Parecer n" 24. Esse parecer cogita das propostas revisionais apresentadas ao Ato das Disposigdes Constitucionais Transi- Maranhao tdrias, destacadamente o Fundo Social de Emergencia e abran- ge diferentes aspectos do problema. Roseana Samey _ Bloco (PET). Convenha-se no carater esdrtixulo desse procedimento. Pernambuco Comega-se uma Revisao Constitucional por Disposigdes Tran- sitdrias. Ora, Disposigdes Transitdrias sao aquelas que visam Mansueto de Lavor _ PMDB. a regular materias que resultam das disposigdes permanentes Minas Gerais soberanamente votadas. Esse pedido a respeito do Parecer n° 24 refere-se a diferen- Irani Barbosa _ PSD. tes leis e a disposigdes transitdrias a respeito das quais nao sabemos se, ao final da revisao, estarao ou nao adotadas, Rio de Janeiro ou em vigor. O parecer alude a lei complementar, como por exemplo: Hydekel Freitas _ PFL. ao § I9 do art. 22 da Lei n9 8.212, de 24 de julho de 1991; 9 Sao Paulo a Lei Complementar n 7, de 7 de setembro de 1970; ao art. 195, § 69, da Constituigao. Quern pode asseverar hoje Beto Mansur _ PPR. que, ao fim da votagao da Revisao, essas disposigdes legais e constitucionais terao prevalecido? Como, portanto, admi- tirmos a inversao da ordem para votar um parecer, cujo con- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Passa-se teiido envolve materia que pode ser profundamente modifi- a cada ao longo da discussao da revisao? Tanto mais perigoso e o precedente que se quer abrir, porque o Regimento da Revisao, absurdamente, permite que materias votadas possam ORDEM DO DIA ser objeto de promulgagao imediata. Se porventura prevalecer esse parecer e for votado e houver a promulgagao, o que O Sr. Luiz Salomao — Sr. Presidente, pego a palavra acontecera se, no curso da Revisao, materias nele previstas pela ordem. forem alteradas? Sera possfvel submeter o Congresso Nacional a tamanha temeridade? Nao se podera dizer, entao, que nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. estamos votando seriamente uma Revisao Constitucional? Ex" a palavra. Gostaria de ouvir exposigao fundamentada e tranqiiila O SR. LUIZ SALOMAO (PDT — RJ. Pela ordem. Sem a respeito dessas objegdes. Dir-se-a que essa materia envolve revisao do orador.) —- Sr. Presidente, era exatamente esse aspectos de um programa de Governo, que se torna indis- o apelo que eu ia fazer, para que comecemos a votar, pois pensavel. Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 643

Tenho tranqiiilidade quanto objegoes agora formu- respeito a Revisao Constitucional, as mudangas estruturais ladas, porque, durante o mes de dezembro, pelo menos por de que o Pafs necessita para que tenhamos uma estabilizagao duas vezes ocupei a tribuna do Senado para ponderar ao Go- na economia. A reforma tributaria, a reforma fiscal, a reforma verno os riscos que corria na demora de envio ao Congresso previdenciaria, a questao das competencias entre os entes do seu projeto ou programa de agao. Nao pode o Congresso da Federagao, tudo isso passa tambem por criar dispositivos agora ser conduzido a uma votagao de emergencia para mate- como esse Fundo. ria de natureza fundamental. Entretanto, o PMDB ja declarou que tern posigdes diver- Ouvi aqui, no im'cio desta sessao, um ilustre representante gentes com relagao a pontos da proposta. E vamos discutir declarar que, se o Congresso nao aprovar o Fundo Social e tentar avangar nessa negociagao com a area economica do de Emergencia, o ilustre Ministro da Fazenda se demitiria. Governo. O Congresso nao pode decidir sob ameaga de renuncia Somos favoraveis a inversao, e por isso o nosso encami- de Ministros. O Ministro nao e do Congresso; o Ministro nhamento a favor da mesma. e do Presidente da Reptiblica. Aqui, o que nos compete e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nao haven- votar a Revisao Constitucional com a seriedade que ela exige, do mais quern queira encaminhar, passa-se a votagao da ma- com a tranqiiilidade que se impoe, para que a opiniao ptiblica teria. nao nos qualifique de levianos. Votagao do requerimento de inversao. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. (Palmas.) Os Srs. Congressistas que o aprovam queiram permanecer O SR. PRESIDENTE (Flumberto Lucena) — Concedo sentados. (Pausa.) a palavra, para encaminhar favoravelmente, ao Deputado Ge- Aprovado. raldo Alckmin Filho. O Sr. Armando Pinheiro — Sr. Presidente, pego a palavra O SR. GERALDO ALCKMIN FILHO (PSDB — SP Para pela ordem. encaminhar. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo Congressistas, N6s defendemos a inversao da pauta com o a palavra ao nobre Congressista. objetivo de votarmos de forma prioritSria o Fundo Social O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR — SP. Pela ordem.) de Emergencia. E o fazemos baseado, principalmente, na — Pego verificagao de votagao. relevancia da materia, na sua urgencia, para o Piano de Estabi- lidade Economica, para que o Pat's possa, atraves desse instru- O Sr. Esperidiao Amin — Sr. Presidente, pego a palavra mento, buscar o equilfbrio orgamentdrio, para possibilitar-lhe pela ordem. o crescimento, possibilitar-lhe a distribuigao de renda. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo Queremos destacar tambem. Sr. Presidente, que essa ma- a palavra a V. Ex' laria foi bastante discutida, jd esta amadurecida, pois foi bas- tante debatida. As Comissoes Especiais analisaram as medidas O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Pela ordem. provisdrias e votaram parte delas; portanto, e um tema que Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, estou na Lideranga esta Casa, que os Srs. Congressistas jti conhecem nos seus e gostaria de pedir, nos termos do art. 18 do Regimento, verificagao de votagao. pormenores, tern o amadurecimento, o debate e o entendi- mento necesscirios para propiciar esta votagao. Quero informar a nossa Bancada que estamos, a partir A inversao de pauta faz-se necessdria pela sua urgencia, deste momento, em obstrugao. pela urgencia com que o Pafs necessita de instrumentos que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Vai ser feita propiciem a estabilidade economica. Nada ha no Regimento a verificagao requerida. Interno que impega a inversao solicitada, desde que aprovada Pego aos Srs. Congressistas que ocupem seus lugares. pela maioria dos membros do Congresso Revisor. A sua pro- pria promulgagao tambem 6 prevista pelo Regimento Interno O SR. LUIS EDUARDO — Sr.Presidente, pego a palavra votado por esta Casa, por todos nds Congressistas Revisores. pela ordem. Por isso fazemos hoje um apelo, um apelo supraparti- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo diirio, distante das paixoes polfticas, mas baseado no interesse a palavra ao nobre Congressista. piiblico, no interesse nacional, para que possamos, ao possi- O SR. LUIS EDUARDO (Bloco PFL — BA. Pela ordem. bilitar a inversao da pauta, dar a devida prioridade e a devida Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, recomendaria urgencia ao projeto de que o Pafs necessita. a Bancada do PFL a votar favoravelmente. Respeito, entre- tanto, as posigdes daqueles que sao contrarios, inclusive a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo do eminente Senador Josaphat Marinho, a quern tanto prezo. a palavra, para encaminhar favoravelmente, ao nobre Depu- Quanto ao merito, Sr. Presidente, nds haveremos de dis- tado Germano Rigotto. cutir na ocasiao oportuna. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB — RS. Para enca- minhar. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Con- O SR. JONAS SANTOS NEVES (PL — ES) — Sr. Presi- gressistas, so desejo dizer que temos uma posigao favoravel dente, a Bancada do PL tambem e convidada a votar favora- a inversao de pauta, por entendermos, como jd foidito aqui, velmente a inversao. que 6 fundamental para o Piano de Estabilizagao Economica O SR. JOSE SERRA (PSDB — SP) — Sr. Presidente, a criagao desse Fundo Social de Emergencia. a Lideranga do PSDB encaminha o voto "sim" e pede a todos O PMDB tern discutido mudangas, alteragoes na proposta os Parlamentares do PSDB que estao em seus gabinetes que do Governo. Em outras palavras, nao estamos neste momento venham votar favoravelmente a inversao da pauta, colocando discutindo merito, Sr. Presidente. Estamos apenas discutindo como prioritaria a criagao do Fundo Social de Emergencia, a inversao porque a entendemos como fundamental, pois diz fundamental para o combate a inflagao. 644 Quinta-feira 3 DlARlO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O SR. SALATIEL CARVALHO (PP — PE) — Sr. Presi- O SR. CARDOSO ALVES (Bloco PTB — SP) — E o dente, o PP vota favoravelmente a inversao da pauta. da Camara nao fica atras. O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB — MG) — Sr. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PTB vota Presidente, o PMDB conclama a todos os seus membros que "sim". comparegam ao Plenario para a vota^ao importante no sentido A Presidencia solicita aos Srs. Congressistas que tomem da inversao da pauta, votando "sim" nesta materia. os seus lugares, a fim de ter im'cio a votagao pelo sistema Ratificamos: a Lideranga apela aos membros da Bancada eletronico. que nos ajudem a aprovar essa inversao de pauta, porque Esta em votagao o requerimento de inversao da pauta estamos votando um piano de emergencia, como o proprio para efeito de ser volado, em primeiro lugar, o Fundo de nome indica, para esse momento da Na^ao brasileira. Emergencia. O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE) — Sr. Presi- Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas dente, a Bancada do PMDB no Senado Federal vai votar queiram registrar os seus cddigos de votagao. "sim". Os Srs. Congressistas queiram selecionar os seus votos. Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC) — Sr. Presi- queiram acionar, simultaneamente, o botao preto no painel dente, desejo, com a benevolencia de V. Ex" deixar claro e a chave sob a bancada, mantendo-os pressionados ate que aos nossos companheiros de Partido, o PPR. que, estando a luz do cddigo se apague. em obstrugao, nao votaremos. Apenas o Eider registrara pre- Os Srs. Congressistas que nao registraram os seus votos senga, votando contra, evidentemente. Conclamamos os nos- queiram faze-los nos postos avulsos, afastando-se apds o re- sos companheiros do PPR a nao votar, ou seja, que deixem gistro. o Plenario Estamos em obstrugao. O SR. SERGIO AROUCA (PPS — RJ) — Sr. Presidente, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PPR vota gostaria de anunciar que o PPS vota "sim". nao; esta em obstrugao, com excegao do Eider, Deputado Armando Pinheiro, que pediu verificagao. S. Ex" tern de estar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PPS vota em plenario. "sim". O SR. JOSE SERRA (PSDB-SP) — Sr. Presidente, eu O SR. ESPERIDIAO AMIN — Sr. Presidente, quern pe- a diu verificagao foi o Eider Esperidiao Amin. pediria a V. Ex que fizesse acionar as campainhas, chamando os Parlamentares para virem votar. Aproveito a oportunidade O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Assim en- para fazer um apelo aos Deputados e Senadores do meu Parti- tendi porque S. Ex- havia pedido anteriormente. do, que se encontram em seus gabinetes, para que venham O SR. ESPERIDIAO AMIN — O nobre Deputado nao registrar o seu voto, independentemente de "sim" ou "nao". esta na Lideranga. Por alternancia, a Lideranga nesta noite Nos votamos "sim". Agora, e importante o registro do e do Senado, e estou no exercicio da Lideranga como Ihe voto. esclareci. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex" sera O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Os dois atendido. As campainhas estao sendo acionadas. pediram verificagao, V. Ex- e o Deputado Armando Pinheiro. Solicito aos Srs. Congressistas que ainda nao estao no Portanto, os dois terao que estar presentes na votagao. recinto que venham ao plenario para exercerem o seu direito de voto sobre materia importante da Revisao Constitucional. O SR. ESPERIDIAO AMIN — Entao, V. Ex- veja que nao temos nenhuma ma vontade contra o Governo, porque O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB — MG) — Sr. das duas Casas estarao oferecendo dois votos para compor Presidente, estamos conclamando todos os companheiros para o quorum, que podera ser alcangado. que venham ao plenario e votem favoravelmente a essa inver- sao de pauta. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Dois votos do PPR. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PMDB O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU — SP) — Sr. Presi- vota "sim". dente, o PSTU continua em obstrugao e seremos contra o Continuo apelando aos Srs. Congressistas para que ve- merito da criagao desse Fundo Social de Emergencia. Nao nham ao plenario votar a materia que estd em apreciagao. votaremos nesse requerimento. O SR. MORONI TORGAN (PSDB — CE) — Sr. Presi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PSTU dente, o PSDB vota "sim" e pede aos Srs. Parlamentares esta em obstrugao. que comparegam para a votagao nominal. O SR. PAULO DE ALMEIDA (PSD — RJ) — Sr. Presi- O SR. VICENTE FIALHO — Sr. Presidente, pego a pala- dente, o PSD assinou requerimento de inversao de pauta e vra pela ordem. pede a sua Bancada que vote favoravel ao piano de emer- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. gencia. Ex' a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PSD vota O SR. VICENTE FIALHO (Bloco PFL — CE) — Sr. "sim". Presidente, o painel esta defeituoso. Solicito seja registrado O SR. JONAS PINHEIRO (PTB — AP) — Sr. Presidente, o meu voto "sim"2. a Bancada do PTB no Senado vota "sim". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' sera O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PTB vota atendido. "sim". (Procede-se a votagao.) Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Ouinta-feira 3 645

O SR. PRES1DENTE (Humberto Lucena) — A Presi- tumados a fazer obstrugao, tentemos adaptar o nosso orga- dencia apela aos Srs. Congressistas que venham ao plenario nismo. para exercer o seu direito de voto. Estamos em processo de E a primeira vez na minha vida que fago obstrugao a vota?ao nominal, pelo sistema eletronico. alguma coisa, sem ter — repito — nada contra, em definitivo, o merito da questao. Entao, nao e uma situagao muito confor- O SR. TARCISIO DELGADO — Sr. Presidente. pego tavel para nds, e por isso tern de terminar o mais rapidamente a palavra pela ordem. possi'vel. Este e o apelo que fago a V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern a pala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Devo dizer vra V. Ex' a V. Ex', que conhece tao bem o Regimento, que nao temos O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB — MG. Pela or- prazo no Regimento para encerrar a votagao. dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, insisto com O SR. ESPERIDIAO AMIN — Nds confiamos no arbftrio os membros do PMDB, com os companheiros. tanto Depu- de V. Ex' tados como Senadores, para que comparegam ao plenario e votem o requerimento. A recomendagao do PMDB e o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O processo voto "sim", pela inversao da pauta, e para que possamos de votagao pode ate ir o final da sessao, mas espero que apreciar com urgencia essa materia emergencial. terminemos dentro de pouco tempo. Oportunamente, confor- me o desenrolar, marcarei o tempo. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PMDB vota "sim". O SR. ESPERIDIAO AMIN — Sr. Presidente, devo dedu- zir que o pouco tempo a que se referiu V. Ex" seriam mais O SR. JOSE SERRA — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. ou menos uns vinte minutos? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Nao sei, vra V. Ex' isso depende. Como das vezes anteriores, nobre Senador. O SR. JOSE SERRA (PSDB — SP. Pela ordem. Sem O SR. JOSE ABRAO — Sr. Presidente, pego a palavra revisao do orador.) — Sr. Presidente, reiterando o voto "sim" pela ordem. do PSDB, chamo os companheiros que ainda nao vieram vo- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede tar, que estao em seus gabinetes, para que venham com rapi- a palavra a V. Ex' dez para que possamos completar o quorum e encerrar a sessao. O Sr. Jose Abbrao(PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — O PSDB do orador.) Sr. Presidente, estamos chegando perto do nume- vota "sim". ro necessario. O PPR poderia adiantar o trabalho, mar- Apelo aos Srs. Congressistas que nao estao no recinto cando a sua presenga e votando, mesmo que seja contra. que venham ao plenario votar. Estamos apreciando materia Entretanto, como o PPR esta em obstrugao, sabendo da Revisao Constitucional. que esta votagao vai estender-se por mais algum tempo, apela- O SR. LUIS EDUARDO — Pego a palavra pela ordem. mos para que os demais Parlamentares que estao na Casa, Sr. Presidente. conversando, mantendo contatos, comparegam rapidamente para a votagao. E apelamos a V. Ex' que conclame os colegas, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —V. Ex' tern porque muitos se retiraram para alimentar-se, ja que o traba- a palavra. lho comegou as nove horas da manha, mas estao voltando. O SR. LUIS EDUARDO (Bloco (PFL) BA. Pela ordem. Esperamos completar o numero necessario para a aprovagao Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, pego apenas uma da inversao. informagao: apds a verificagao solicitada pelo Li'der do PPR, Manifestamos mais uma vez a posigao do PSDB, que V. Ex' pretende colocar a materia em discussao? votara a favor do requerimento. Muito obrigado. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Vai depen- der do resultado da votagao; se for feita a inversao, evidente- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- mente essa materia passa a ser o item primeiro, e iniciaremos dencia renova o apelo aos Srs. Congressistas para que venham a discussao. exercer o seu direito de voto em plenario. O Sr. Esperidiao Amim — Sr. Presidente, pego a palavra O Sr. Esperidiao Amin — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede OSR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- a palavra a V. Ex' vra V. Ex' O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Pela ordem. O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, desejo reiterar Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, se V. Ex' me aos companheiros que continuamos em obstrugao e que o permite, estou sendo informado por um Deputado do PPR, PPR nao vota. casualmente do meu Estado, de que ele, inadvertidamente Pessoalmente, estou acompanhando a celere votagao que — porque esta acostumado a comparecer e a votar —, acabou V. Ex' preside e ate estou torcendo para que se chegue, o votando. O seu nome consta do painel, pois ele votou. Para mais rapidamente possi'vel, ao numero objetivado, que e 293. que nao se repitam equfvocos tais, tomo a liberdade de tornar Mas consulto sobre quanto tempo V. Ex' pretende deixar a informar que o PPR esta em obstrugao — o que nao e aberta a votagao, apenas para que nds, que nao estamos acos- muito usual — e por isso nao vota. 646 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

O Sr. Jose Abrao ■ Sr. Presidente, pego a palavra pela trugao, eu diria, e muito importante para que o processo ordem. possa prosperar. Entao, eu faria aqui um apelo fraterno para que essa O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem V. obstrugao fosse levantada. (Palmas.) Ex' a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Cabe ao O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP. Pela ordem. Sem PDT e ao PT responderem ao apelo de V. Ex' revisao do orador.) Sr. Presidente. o PSDB esta votando "sim" e fazendo uma convocagao aos Srs. Parlamentares para O SR. ESPERIDIAO AMIN — Sr. Presidente, pego a que comparegam ao plenario. Faltam poucos para que atinja- palavra pela ordem. mos o mimero rm'nimo necessario de 293 votos. Portanto, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede reafirmamos o voto "sim" e convidamos os Parlamentares a palavra a V. Ex' a compareeerem para a votagao do requerimento de inversao de pauta. O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR-SC. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, eu gostaria de me asso- ^ O SR. PRESIDENTE (Humberto .Lucena) — O PSDB ciar ao apelo do Lfder Jose Serra porque seria uma grande continua votando "sim". alegria para mim saudar o PT e o PDT, atraves das suas Pego aos Srs. Congressistas que venham ao Plenario exer- expressivas Liderangas aqui presentes, que estao participando cer o seu direito de voto. da Revisao Constitucional. Ha materia em votagao. Tambem quero conclamar os legitimos representantes do O SR. ESPERIDIAO AMIN — Sr. Presidente, pego a PT e do PDT a votarem, porque assim eles estarao partici- palavra pela ordem. pando da Revisao, velho sonho que anunciei aqui e que eu veria concretizar-se. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tem V. Muito obrigado. Ex' a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pego aos O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR -r SC. Pela ordem Srs. Congressistas que venham ao plendrio exercer seu direito Sem revTsao-do orador.) — Sr. Presidente. gostaria de me de voto. O mimero no painel esta aumentando, prova de inscrever porque estou percebendo que ba uma dissonancia que ainda ha muitos Congressistas na Casa que estao traba- entre o que eu imaginava que fosse urn tempo relativamente Ihando intensamente em seus gabinetes e comegam agora a curto e o que perceho que a Mesa considera como tempo aparecer neste recinto. curto. Por isso, gostaria de me inscrever como o primeiro O Sr. Esperidao Amin — Sr. Presidente, pego a palavra prador, para falar no comego do dia de amanha. pela ordem. . O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tem a palavra a V. Ex' agora. a palavra. O SR. ESPERIDIAO AMIN — Nao! Eu gostaria de ser o primeiro orador depois da meia-noite. Jd falei hoje. O SR. ESPERIDIAO AMIN — (PPR — SC. Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, gostaria de concla- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede mar os parlamentares do PSDB, que nao foram alcangados hoje a palavra a V. Ex' ainda pelo apelo do Deputado Jose Serra, para que nao faltem. O SR. ESPERIDIAO AMIN — Desejo me inscrever para Gostaria de conclamar os parlamentares do PMDB e do PSDB ser o primeiro a falar depois da meia-noite, ou seja, no comego que ainda nao votaram, porque assim como e meu desejo do proximo dia, se V. Ex' permitir. Quero ser o primeiro constranger um pouco o PT, com todo o respeito, nao me a falar nesta sessao, depois da meia-noite.' custa .tambem aqui dizer que falta muita gente do PSDB e do PMDB no painel. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Depois da meia-noite? Pode ser antes, nobre CongreSsista. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Pego aos Srs. Congressistas que ainda nao votaram que o fagam. (Pau- O SR. ESPERIDIAO AMIN — Para nao importunar os sa.) companheiros, quero ser o primeiro orador do proximo dia. O Sr. Jose Abrao — Sr. Presidente, pego a palavra pela O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta bem. ordem. O Sr. Jose Serra'— Sr. Presidente, pego a palavra pela O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — V. Ex' tem ordem. a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP. Pela ordem.) — a palavra a V. Ex' Sr. Presidente, faltam apenas 22 votos. Sabemos que ha esse O SR. JOSE SERRA (PSDB — SP. Pela ordem, Sem mimero de parlamentares no plenario, que nao estao obstruin- evisao do orador.) — Sr. Presidente, permito-me, nesta tribu- do a materia. na, fazer um apelo aos Lideres do Partido dos Trabalhadores Porem, entendo que ha uma questao logica sobre a qual e do PDT. O PPR assumiu uma atitude obstrucionista; mas gostaria de argumentar. O PPR alega que a votagao dessa o PT e o PDT estao fazendo uma obstrugao sem te-la de materia antes dos outros artigos da Revisao Constitucional fato assumido. Nao votar e obstrugao. Isso aprendemos aqui representaria nao comegar a Revisao Constitucional. O PDT, no primeiro dia. Nao adianta dizer que vai votar a favor se entretanto, esta achando que ao votar esta materia comega tiver mimero. Ora, se tiver mimero, tambem nao tem graga. a Revisao Constitucional. N6s ficamos sem um lado e sem Realmente, a questao basica e agora, a votagao. A nao-obs- o outro. Por isso, gostariamos de apelar a logica. Para aqueles Fevereiro de 1994 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 647 partidos que entendem que a Revisao comega com essa vota- , nesta noite, para a estabilizagao economica. Essa decisao gao, tenho a dizer que a Revisao Constitucional ja comegou vai ter, sim, repercussoes profundas na vida economica deste antes, porque ja votamos os quatro primeiros artigos dela. Pafs. Os agentes financeiros sao muito sensfveis. Amanhd Fazemos uma solicitagao, porque pensamos que nao e sera manchete: Camara rejeita requerimento para aprovar questao de apelar, para que haja o raciocinio. Estamos pedin- o Piano do Ministro Fernando Henrique Cardoso. , ■ . ., do a inversao de pauta para que os partidos possam posicio- O apelo que fago nao e politico. Sr. Presidente. Esta nar-se, votar contra ou a favor. E e por isso que esperamos nao 6 uma hora polftica, mas uma hora de sobrevivencia nacio- que os parlamentares que estao aqui discutindo, preocupados nal. O Pai's inteiro espera que o Congresso Nacional encontre com o Pai's, manifestem o voto pela inversao ou nao, compare- instrumentos para derrubar a inflagao. E para isso precisamos cendo. Faltam apenas 21 votos, e esperamos que eles aconte- do apoio dos eminentes membros do PT e do PDT para que gam agora, esta tarefa seja realizada. ■' O PSDB esta completo aqui, votando; as unicas tres au- O Sr. Tarcisio Delgado — Sr. Presidente, pego a palavra sencias sao justificadas por problemas de saude, conforme pela ordem. requerimentos e ha outros Partidos que estao aqui votando. Por isso voltamos a fazer esse apelo, esperando a com- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede preensao dos Parlamentares que querem que o Parlamento a palavra ao nobre Congressista. brasileiro mostre a Nagao que aqui atuam, manifestando a O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB — MG. Pela or- sua vontade atraves dos votos individuals e das ponderagoes dem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, ainda faltam sempre equilibradas dos Lfderes das Bancadas que agora estao 20 votos para que possamos deliberar, Fago um apelo final discutindo o complemento dessa votagao. aos Partidos que estao obstruindo: a obstrugao e um recurso Sabemos que vamos votar somente a inversao hoje e democratico, iegi'timo no Congresso, mas e um recurso espe- deixaremos para amanha a discussao do merito da materia. cial; nao e um regra do jogo. ' r Por isso, esperamos a compreensao dos Srs. Parlamentares Quero dizer que a reiteragao deste Congresso em deixar para completarmos o quorum necess^rio de 293 votos para de deliberar por falta de quorum no painel, estando os Con- o requerimento de inversao. gressistas presentes no plenario, ja comprometeu, e vai com- Muito obrigado. Sr. Presidente. prometer ainda mais, esta Casa. V, O Sr. Israel Pinheiro — Sr. Presidente, pego a palavra Fazemos, pois, um apelo as Liderangas desta Casa: esta- pela ordem. mos votando simplesmente o requerimento de inversao; nao ha, sequer, discussao de merito de alguma materia. Ja chega- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tern a pala- mos a esse ponto na semana passada com a falta de delibe- vra V. Ex' ragao, quando no plenario havia quorum , apenas nao fora O SR. ISRAEL PINHEIRO (Bloco PTB — MG) — Pela registrado no painel. A reiteracao desse fato nesta Casa nos ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, o Deputado compromete neste momento da Histdria que estamos vivendo. Jose Abrao tern toda razao. A Camara dos Deputados, atraves da sua Presidencia, criou uma comissao especial para estudar Temos sido muito cobrados por vdrias questoes. Nesta o Piano de Estabilizagao do Governo. E, nessa comissao, semana, os companheiros, Deputados. e Senadores, que forani tivemos a participagao honrosa do PT atraves do Deputado as suas bases, devem ter ouvido as pessoas Ihes perguntarem Luiz Gushiken, do Deputado Eden Pedroso e do Deputado se nao tomamos jeito, porque as pessoas Id fora nao querem Aloizio Mercadante. Os tres compareceram, debateram, dis- saber das nossas discussoes aqui a respeito de obstrugao e de expedientes regimentais; querem, isto sim, que delibe- cutiram, participaram, criticaram, analisaram, enfim, partici- param politicamente do piano de recuperagao economica. remos contra ou a favor, mas que votemos, principalmente O PDT, Sr. Presidente, atraves do Deputado Miro Teixei- em face dessa constatagao de que estamos em pe, aqui, assis- tindo a falta de numero, quando o quorum ffsico apenas nao ra, teve uma grande participagao. Na ocasiao, S. Ex' deu estd registrado no painel. -. ,1' uma sugestao muito interessante que foi acatada pelo Gover- a no: que o Governo, o BNDES abrisse mao de suas partici- A obstrugao e legftima, e um expediente normal democra- pagdes e as vendesse em empresas minoritarias, o que daria tico, mas e excepcional; nao pode ser permanente, tomar-se um valor na faixa de 400 milhoes de ddlares. Isso tudo foi regra neste Congresso. Na semana passada — corremos o feito. risco de ver isso.acontecer hoje novamente —, ao set subme- Entao, nao entendo, nao tern sentido o que ocorre. Nao tido requerimento de inversao da pauta, sem aprecianhbs estamos tratando da Revisao Constitucional em si; estamos o mdrito, vinos companheiros presentes nao quiseram regis- aproveitando a Revisao Constitucional para fazer uma mu- trar seu voto no painel. Isso vai comprometer a imagem desta danga na Constituigao a fim de atender aos interesses nacio- Casa. , , ; nais, isto e, combater a inflagao, que e um imposto obsceno. Fazemos esse apelo, porque nao estamos vivendo uma Temos que raciocinar em termos da populagao. A maioria situagao normal; estamos vivendo uma grande crise, uma si- absoluta da populagao deste Pai's nao tern participagao na tuagao anomala no Brasil. Estamos votando requerimento moeda indexada, ou seja, nao participa da inflagao, nao con- de inversao para o Fundo de Emergencia — emergencia, como vive com a inflagao, ela e taxada mensalmente em 40% nos o prdprio nome indica. Nesta emergencia, conclamamos os seus vencimentos. companheiros da Casa para deliberarmos, sob pena de cont- Sr. Presidente, Srs. Congressistas, deixo o meu apelo prometimento defmitivo da nossa imagem, que ji nao e boa, aos eminentes Deputados do PT e do PDT para que comple- perante a Nagao. . V tem o niimero necessdrio para a votagao dessa inversao. Nao Sr. Presidente, fago um apelo final, um grande apelo: e atraves da inversao ou da nao-inversao que se vai obstacu- faltam 20 votos agora. Vamos registrar nos paindis nossos lizar a Revisao Constitucional, mas com a negagao de quorum votos de acordo com a nossa consciencia, a favor ou contra. 648 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994 mas vamos deliberar, porque nao deliberar nao contribui para O SR. JOSE ABRAO — Sr. Presidente, pego a palavra a boa imagem desta Casa. pela ordem. Sr. Presidente, e preciso dizer das conseqiiencias da nossa O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concedo decisao — queria dizer isso na minha primeira intervengao. a palavra ao nobre Congressista. Vivemos uma situagao andmala, ruim, uma situagao anormal, nao ha nada perfeito; ha dificuldades e erros por todos os O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP. Pela ordem. Sem lados por parte do Executivo. Entretanto, estamos votando revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas eu o Fundo de Emergencia. Trata-se de uma emenda constitu- gostaria de chamar a atengao da Casa, dos partidos em obstru- cional a ser votada mediante a Revisao, porque so pode ser gao e tambem dos que, nao estando em obstrugao, nao estao mediante a Revisao. Pelo Regimento imposto hoje a Casa, votando, porque o mimero de Parlamentares do Congresso estamos votando esta materia da qual depende a votagao do do Revisor e 584, e, ate o momento, so votaram 274. Nao Orgamento. Quero que a Casa observe bem: nao temos respal- obstante os argumentos, as justificativas, as acusagoes, as ob- do na midia para enfrentar o que vira sobre esta Casa em servagoes, as vezes ate indelicadas, quero chamar a atengao, virtude de nao termos votado a emenda que dispoe sobre porque, se permanecer esse quorum, o mimero de ausentes o Fundo de Emergencia. Nao temos Emenda Constitucional sera de 310 Parlamentares. Nao basta dizer que sao desse e nao temos Orgamento para 1994, porque o Orgamento de- ou daquele partido. No Congresso Revisor, esta em obstrugao pende da votagao dessa Emenda. Sem ela, nao ha votagao um partido cuja quantidade de Parlamentares nao chega a do Orgamento, nao ha proposta orgamentaria que possa ser 310. Ha ausencia de 310 Parlamentares. votada na Casa. Eu solicitaria que houvesse essa consciencia, essa preocu- Entao, companheiros, ilustres Parlamentares, Senadores, pagao, porque, se colocarmos em votagao primeiro esta ou Deputados, vamos pensar no momento que vivemos. Vamos outra materia amanha, nao havera alteragao no merito. Por- pensar na epoca em que vivemos. Vamosolhar a macropolitica tanto, fago esse chamamento a consciencia dos Srs. Parlamen- sem descermos a coisas legi'timas, reais, que existem, para tares, que podem, ainda, ajudar a alterar esse quadro, para deliberarmos sobre isso. que fagam a verificagao dos mimeros a que me referi, compa- Desculpem-me a insistencia os Srs. Congressistas, Sena- regam e votem. Fago um apelo principalmente aqueles que dores e Deputados: precisavamos e precisamos deliberar! Nos fazem piada com o que estamos dizendo aqui e que, quando temos posigao firmada e, mesmo que sejamos derrotados, estao na tribuna, nds os ouvimos com a maior atengao, as queremos que a Casa delibere hoje, como deveria ter delibe- vezes em momentos tristes, em momentos penosos, quando rado ontem, como precisa deliberar amanha. Esta Casa, neste aqui vem e fazem seus desabafos. momento da Histdria, esta precisando, mais do que nunca, Estamos fazendo um apelo nao simplesmente para apro- deliberar e nao omitir! vagao ou nao desse requerimento de urgencia, mas para que haja essa consciencia e, acima de tudo, responsabilidade para O Sr. Esperidiao Amin — Sr. Presidente, pego a palavra pela ordem. com a imagem do Congresso Nacional. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede a palavra, pela ordem, ao nobre Congressista. O Sr. Presidente (Humberto Lucena) — A Presidencia O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Para uma ques- vai marcar o tempo de 20 minutos e ao termino desse prazo, encerrara a votagao. tao de ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas quero me solidarizar com o desabafo do O Sr. Maurici Mariano — Sr. Presidente, pego a palavra Li'der do PMDB. Vou reproduzir essas palavras, com as quais pela ordem. joncordo, e manda-las por mala direta, as expensas do PPR, O Sr. Presidente (Humberto Lucena) — V. Ex' tern a para os Congressistas do PMDB que nao puderam ouvi-lo palavra. — e sao em grande mimero. Essas palavras de chamamento a responsabilidade sao enderegadas aos Parlamentares do O SR. MAURICI MARIANO (PMDB — SP. Pela ordem. PMDB que aqui nao estao. Eu nao vou identifica-los, mas Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. Congressistas amanha os jornais vao publicar. Nao se preocupe. Tenho e lamentavel o que esta ocorrendo, porque o Li'der do Govemo como fazer a mala direta. Vou manda-las, tambem por mala esteve junto com os partidos que resolveram nao discutir o direta, aos Parlamentares do PSDB que nao estao aqui presen- merito, mas concordaram em assinar o documento para que tes, porque, na semana passada, a nds, do PPR, foi atribui'da pudessem inverter a pauta. a culpa de nao ter havido a votagao do Imposto de Renda Digo que e lamentcivel, porque a assinatura jS deixou de maneira equanime. Atribuiu-se ao PPR o fato de ter sido de valer. Ninguem era obrigado a assinar nada. Entretanto, adotada a mojoragao para a pessoa fisica. E estamos movendo assinaram e comprometeram-se a vir aqui votar para inversao representagao. O partido examina a possibilidade de entrar da pauta. com agao direta de inconstitucionalidade por proposta do De- Quero dizer, tambem, que nao adianta ficar aqui culpan- putado Jose Maria Eymael. Nao podemos ser responsabi- do o PMDB, Sr. Presidente. lizados. Acredito que o Li'der do PPR deve estar realmente rindo, nao porque estao faltando nomes para completar a votagao, Entendo, por isso, que as palavras do nobre Deputado mas sim porque estS votando com os banqueiros, porque estti Tarci'sio Delgado devem ser aproveitadas pelos seus liderados satisfeito e naturalmente alegre por saber da alegria dos ban- que aqui nao estao e nao sao poucos. Talvez fosse interessante queiros neste momento. Mais ainda, hd realmente que se enderega-las com data atrasada, para que fossem uteis ao considerar que alguns companheiros do nosso partido, o Governador do Ceara, que ajudou "muito" esta votagao hoje. PMDB, talvez ate estejam ausentes. lamentcivel tambem (Risos.) esse episddio das declaragoes inoportunas do Sr. Giro Gomes, Fevereiro de 1994 DlARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 649

Governador do Ceard, que demonstra que nao apdia o PSDB Acredito, Sr. Presidente, que V. Ex" deveria convocar e muito menos o Governo. todas as Liderangas, para que encontremos uma sai'da, seja Entretanto, Sr. Presidente, quero deixar bem claro que qual for, para esse impasse. o mais importante e que o PDT ainda tem tempo de reconsi- O Sr. Mario Covas — Sr. Presidente, pego a palavra derar, pois esse nao e o papel de um partido que quer ser pela ordem. coerente e decente; e para vir ao plenario e votar, porque assinaram um documento, sponte sua . Acreditamos que ainda SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) —Tem a palavra deve valer a palavra do Eider e a palavra de todos aqueles o nobre Congressista Mario Covas. que permitiram que o Li'der assinasse o documento. O SR. MARIO COVAS (PSDB — SP. Pela ordem. Sem O Sr. Sergio Arouca — Sr. Presidente, pego a palavra revisao do orador.) — Sr. Presidente, eu nao estava em plena- pela ordem. rio, mas ouvi, por intermedio do alto-falante do meu gabinete, uma manifestagao aqui feita pelo Senador Esperidiao Amin, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Concede a quem muito prezo. a palavra ao nobre Congressista Sergio Arouca. Segundo pude entender da sua manifestagao, S. Ex" con- O SR. SERGIO AROUCA (PPS — RJ. Pela ordem. Sem vocava o Partido ao qual pertengo, para que estivesse aqui revisao do orador.) — Sr. Presidente, em nome do Partido presente. Como essas afirmagoes que sao feitas tem a neces- Popular Socialista, queria chamar esta Casa a reflexao do saria sustentagao, quero deixar consignado que o PSDB possui que estou considerando uma verdadeira tendencia suicida do uma Bancada na Camara dos Deputados de 48 Deputados; Legislativo; se nao temos esse Fundo. tambem nao icremos aqui estiveram presentes — esta consignado no painel — 45 Orgamento. ^ dos 48 votos. A Bancada do Senado, que possui dez Senado- Hoje, pela manha, esta Casa estava discutindo se conti- res, esta toda presente. nuaya ou nao fazendo emendas, e quantas emendas podiam O PSDB nao julga que, com isso, esteja fazendo nenhum caber a cada deputado. Tambem hoje pela manha e no comego trabalho que deve ao Governo. O PSDB decidiu apoiar o da tarde, aprovamos uma anistia a proprietarios rurais. Nao Governo, e esse apoio nao implica nenhuma contrapartida aprovando esse Fundo, estamos deixando de fazer aquilo que por parte do Governo. a esquerda brasileira e o campo progressista vem discutindo A nossa afirmagao, no que se refere a voto, exprime ha muitos anos, que e taxar o sistema financeiro. esse compromisso, e um segundo compromisso: com o nosso Considero que estamos num verdadeiro circulo de giz: dever e nossa obrigagao com relagao ao Congresso. nao conseguimos aprovar o Fundo; nao conseguimos fazer Ha pouco tempo, nos Estados Unidos, Sr. Presidente, o Orgamento; continuamos discutindo emenda; queremos votava-se o NAFTA. Constituiu-se uma profunda controver- abrir novas CPI; e nao damos resposta a crise da sociedade sia naquela nagao a respeito da discussao do projeto. Havia brasileira. uma possibilidade muito grande de ele ser rejeitado; creio Nao e o caso de estarmos discutindo de quern e a responsa- ate que a tendencia, a duas ou tres semanas da eleigao, era bilidade; se e do PDT, se e do PPR, que ate pode estar a de que isso acontecesse. Todavia, tal fato nao ocorreu. fazendo valer seu instrumento legftimo de obstrugao; mas, Ainda se ocorresse, nao haveria, nos Estados Unidos, quem as Liderangas poh'ticas desta Casa parecem nao entender a condenasse o Congresso por ter manifestado a dimensao das crise etica por que estamos passando, nem entender a revolu- suas prerrogalivas. gao da cidadania que se esta passando neste Pats e nao tem E legftimo, portanto. Sr. Presidente, que este Congresso demonstrado coragem de resolver essa grave questao; se nao se defina a partir dessa ou daquela polftica da maneira que conseguirmos aprovar o Fundo, teremos que dar uma alterna- achar mais conveniente. tiva, porque vamos ter que discutir e aprovar o Orgamento. O que parece pouco razoavel a opiniao piiblica, que nao Nao poderemos faze-lo da mesma maneira que fazfamos ante- entende muito as mecanicas da obstrugao, e que, ao final, riormente, porque esse processo, essa metodologia de fazer a palavra do Congresso nao seja dita na sua inteireza: e que Orgamento com emendas difusas, sem discussao tecnica, e tendo esta Casa o mimero de parlamentares que tem, nao um fator incontroldvel de corrupgao. se consiga sequer o mimero de votos indispensavel para inver- ter a Ordem do Dia. Por mais que o Presidente da atual Comissao de Orga- O PSDB tambem nao se julga melhor do que ninguem, mento e o seu Relator estejam tomando cuidado, e uma forma mas tambem nao aceita ligao de ninguem. Nao julga que que levara, inevitavelmente, a novos processes de corrupgao. o fato de 45, entre os seus 48 Deputados, e dez, entre os Esta Casa tinha que ter a coragem de romper com esse seus dez Senadores, terem votado seja alguma vantagem ou movimento; de comegar a discutir uma nova metodologia de algum procedimento anormal — isso e uma constante na fazer o Orgamento; deve ter a coragem de rever a legislagao sua historia — , e nao parte de outra coisa senao da presungao eleitoral, porque essa legislagao que esta at e imoral, ao estabe- de que isso e um dever do parlamentar. lecer tetos absolutamente impossfveis de financiamento do De forma que, neste instante em que somos cobrados exercfcio do poder economico. ate pelos pecados que nao cometemos, quero que fique bem Sr. Presidente, Srs. Congressistas, ou bem entendemos consignado. Sr. Presidente, que o Partido nao tem nada de o que se esta passando na sociedade brasileira, na crise etica, que se envergonhar; nem da posigao que tomou, na defesa na crise de cidadania que se estd expressando a cada momento, de um prinefpio. Porque a tinica coisa que ainda nao foi nego- ou este Congresso vai ser varrido da Histdria. Seremos respon- ciada nesse projeto foi o prinefpio; o resto ja foi negociado. stiveis, nao pela aprovagao de um Fundo, mas pelo fim desse E a unica coisa que o Governo nao cedeu, ainda, foi o que processo democratico que estamos vivendo. Isso exige serie- ninguem teve coragem de contestan.que e preciso zerar o dade, de todos os Partidos. deficit piiblico. 650 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

Se V. Ex1 observar, ha de ver que a emenda que se que, a saida de cada reuniao. conversando seja com S. Ex', esta votando hoje nao corresponde a nada do que havia no seja com os participantes, o clima era profundamente estimu- projeto original, ou seja, toda ela e fruto de uma negociagao lante. Custa crer, portanto. Sr. Presidente, que isso nao seja feita aqui dentro, sob comando do Congresso, e nao do Gover- possivel ser traduzido em votos. no. E e em relagao a essa emenda, que e o resultado do Mas eu ainda diria que a minha visao caolha pudesse Governo, que ainda hoje padece diivida num mimero tao entender erradamente o sentimento. O que nunca fui capaz grande de Parlamentares, que nao e possivel aprova-la. Bern, de captar e a ideia de que era mais comodo para nos parar isso se insere no contexto das prerrogativas do Congresso no quorum de 277 do que fazer afirmagao politica. Sincera- e de cada partido politico. mente, nao creio que este Congresso acabe enquanto institui- Briguei muito, Sr. Presidente, numa epoca muito dificil gao, recebendo o onus dos erros de cada um de nos — o para esta Nagao, em que se fazia o contrario; os militates que nao e saudavel —, que ele nao seja capaz das afirmagoes mandavam projetos e deixavamos decorrer o prazo, porque que, afinal, o povo espera de nos. o prazo fazia o projeto ser aprovado. Agora invertemos; rejei- tamos os projetos, permitindo que decorra o prazo. Nao creio que o resultado da CPI seja suficiente para Avalio seguramente que, se hoje nao fomos capazes de que possamos ir ao encontro do que a sociedade espera de votar nem uma inversao da pauta — num dia em que os nos. Uma situagao desagradavel da qual pagarfamos um prego paineis assinalam que ha 75 Senadores presentes, dos 81, e, muito alto, se nenhuma providencia fosse tomada. A rigor, portanto, o mimero contado, a partir da portaria, deve ultra- nada ganhamos com as providencias tomadas. Faremos sim- passar 430 — dificilmente, nos proximos 21 dias, consegui- plesmente a nossa obrigagao. Alias, e algo alem disso que remos votar. a Nagao espera de nos. Penso que ela espera um Congresso Mas se alguem imagina que nesses proximos 21 dias as engajado na tarefa de legislar; engajado na tarefa de decidir; pressdes nao continuarao, os jogos do interesse inflacionario engajado na tarefa de, afinal, dizer a que veio; se a favor nao prevalecerao; que quern ganha dinheiro com a infla^ao ou contra determinado problema. nao vai continuar ganhando; se se pensar que nesse dia as Nos nao voltaremos a este assunto. Sr. Presidente — negociagoes" internacionais nao vao softer profundos abalos, perdoe-me a falta de otimismo — antes de 21 dias. Nao vejo se pensarmos que agora vamos ver o carnaval e quando voltar- como este Congresso possa voltar a ter o mimero que teve mos a situagao estara exatamente igual, estamos longe da hoje, a nao ser na quarta-feira posterior a semana do carnaval. verdade. Porque nao demos a Nagao sequer a ideia de se E ate la. Sr. Presidente, certamente nao teremos dias bons; somos a favor ou se somos contra. Fomos incapazes de aprovar havera especulagoes financeiras, variagdes dos indicadores e nao tivemos a coragem de rejeitar. Chegamos ao ambiguo econdmicos e muita gente, que sao aqueles que ganharam mimero de 277. E nao ha merito nenhum no PSDB. Minha a vida inteira com a inflagao, achando dtimo que isso continue passagem por aqui simplesmente tern o objetivo de repor ocorrendo. a verdade. Eu nao posso assistir a meu amigo, Senador Esperi- Nds nao vamos ter o que dizer para aqueles milhdes diao Amin, cobrar o voto do PSDB, quando, numa Bancada e milhdes de brasileiros que, a rigor, nao tern comose defender de 48, 45 votaram, e numa Bancada de 10 Senadores, os da inflagao e sao sempre e etemamente vitimas dela. E possi- 10 votaram. vel, ate, que possamos nos explicar em certas faixas. Inseri- Eu nao convoco ninguem em particular, nao e minha mo-nos no contexto daqueles que sao capazes de se defender tarefa. Sou Lfder de uma Bancada, por uma delegagao que da inflagao, ainda que possamos nao ser os que ganham com me honra muito, mas isso nao significa sequer que eu a coman- a inflagao. A rigor, nao estamos fazendo pela sociedade brasi- de. Eu sou a expressao da Bancada, na medida em que for leira a tentativa que ela esperaria saudavel. capaz de bem interpreta-la. Digo isso, Sr. Presidente, com absoluta convicgao, nao Portanto, Sr. Presidente, nao acho que estejamos fazendo porque nao se aprovou o piano, mas porque nao fomos capazes de aprovar aquilo que construimos. O que se esta votando nenhum favor nem ao Governo, ao qual nos aliamos, nem hoje, o que se iria votar hoje. Sr. Presidente, nao e o que ao Congresso. Porem, entendemos que nao e possivel, alem veio a este Congresso; e exatamente o resultado da concepgao de cumprirmos a nossa obrigagao, ainda sermos convocados, do Congresso enquanto mudanga. Nao fomos capazes sequer sem uma resposta, por uma ausencia que e, no mfnimo, discu- de votar o que construimos, segundo a metodologia com a tfvel: apenas tres, e seria ate possivel justificar a ausencia qual este Congresso opera, atraves de uma Comissao em que dos tres, dos 48 Deputados que nao estao presentes. todos os partidos, na sua proporgao numerica, estavam repre- Sr. Presidente, e uma pena que as coisas ocorram desta sentados, e na negociagao se chegou as ultimas consequencias. maneira; e uma pena que o Pais nao enfrente com nitidez Nao sou ninguem. Sr. Presidente, para estar dando ligdes e que este Congresso nao diga claramente se acha que e funda- ,de conduta. Mas depois disso tudo ainda ser convocado, en- mental ou nao zerar o deficit piiblico. Depois da nomea^ao quanto Partido, a oferecer a certeza da lisura da sua conduta de uma comissao, feita aqui no dia 15 de dezembro pelo me parece uma demasia. O PSDB esteve presente, tentou Presidente da Camara, com prazo ate 19 de janeiro, comissao cumprir a sua obrigagao, nao considera que fez mais do que na qual as negociagoes foram comandadas pelo Congresso o seu dever, mas vai continuar lutando para cumprir o seu e que alterou toda a formulagao do piano, so nao foi capaz dever e lutando para que essas coisas mudem. de violentar o principio que a instruia; e nos chegarmos a Nao e importante. Sr. Presidente, que possamos dizer hora da votagao e nao tenhamos condigoes de dizer se, afinal, que 45 dos nossos 48 Deputados e 10 dos nossos 10 Senadores aquilo que fizemos o Governo remover nao somos capazes estao presentes. O que e importante e constrangedor e que de dar sustentagao, nao somos capazes de avalizar. vamos ter que continuar dizendo que o Congresso foi incapaz Vi o Ministro, hoje, na Casa passar de Bancada em Banca- de votar. Isso pesa sobre o PSDB, mas pesa tambem sobre da, pondo-se a disposi^ao para discutir. Impressionou-me por- o PPR do Senador Esperidiao Amin. Certamente pesa muito Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 651

mais sobre inim do que sobrc de, mas ai entram as diferengas Avisamos e cumpnmos com aquilo que, daquele microfone, de natureza pessoal, e, essas, foi Deus quern construiu. anunciei aos meus companheiros e quero agradecer pelo seu De modo. Sr. Presidente, que fique consignado aqui que apoio e ao Plenario desta Casa. o PSDB faz questao de dar satisfagdes. As satisfagoes estao Muito obrigado. Sr. Presidente. nas presengas aqui colocadas; 45 dos 48 Deputados e 10 dos O Sr. Jose Abrao — Sr. Presidente, pego a palavra pela 10 Senadores votaram. Sentimos apenas que nao tenhamos ordem. sido capazes de afirmar a Nagao o que pensamos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Flumberto Lucena) — Antes de O Sr. Esperidiao Amin — Sr. Presidente, pego a palavra conceder a palavra a V. Ex", vou declarar encerrada a votagao. pela ordem. O Sr. Jose Abrao — Mas trata-se de uma questao de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern V. ordem sobre a votagSo, Sr. Presidente. Ex" a palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Ouvirei V. O SR. ESPERIDIAO AMIN (PPR — SC. Pela ordem. Ex' e encerrarei a votagao. Sent revisao do orador.) — Sr. Presidente, serei muito conciso O SR. JOSE ABRAO (PSDB — SP. Pela ordem.) — na minha resposta as consideragdes altivas, como era de se Sr. Presidente, sem participar, acompanhei a reuniao das Lide- espcrar, que o nobre Senador a quern eu tanto admiro, Mario rangas na sala de V. Ex", no Senado, e entendi, por uma Covas, aqui trouxe a lume. proposigao do Deputado Adylson Motta, que o tempo para Em primeiro lugar, qucro dizer que a eventual ausencia aguardar, apds o amincio do Presidente, seria de 40 minutos. de tres representantes do PSDB nao deve constranger nenhu- Talvez eu tenha entendido mal. Por isso, consulto V. Ex" ma das consciencias. O PPR, sem querer competir em quali- se o tempo sera de 40 minutos, ou se esta sendo alterado dade, oferece presengas para compensar as ausencias que es- para 20 minutos. tao constando do painel, inclusive o meu nome — jamais pretendendo equiparar-me cm qualidade, mas pelo menos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucerna) — A reuniao cinco do PPR devem corresponder a tres do PSDB. de ontem foi sobre um projeto de resolugao. Pretende-se mar- De forma que o PSDB esta quitado, esta presente inte- car um tempo de votagao para ele. No momento, como nao gralmente. Contudo, a minha cobranga — se e que foi cobran- ha tempo — hoje, por exemplo, ha poucos instantes — , ga, pego desculpas se teve essa conotagao — nao se referia marquei 20 minutos, que ja s esgotaram. apenas a esta sessao. Referiu-se, Senador Mario Covas. a O Sr. Armando Costa — Sr. Presidente, pego a palavra sessao de quinta-feira passada, quando nao foram tres as au- pela ordem. sencias do PSDB, mas dezoito. Estou me valendo da publi- cagao de jornais. Por isso, estou requerendo a Mesa, neste O Sr. Inocencio Oliveira — Sr. Presidente, pego a palavra momento, a lista de presenga, para que nao haja duvida de- pela ordem. pois, ja que o instrumento que usei, a leitura de jornais, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Ouvirei o parece que nao foi fidedigna, Eu estava fora do Pafs e li nobre Deputado. Em seguida, darei a palavra ao nobre Presi- por fax. Pode ser que eu tenha me enganado. Eram 18, inclu- dente da Camara dos Deputados. sive dois ex-Ministros de Estado, os que estavam na lista dos ausentes. A lista do PMDB era a maior e o jornal totalizava O SR. ARMANDO COSTA (PMDB — MG. Pela ordem. 78 Parlamentares ausentes. Sem revisao do orador.) —- Sr. Presidente, estive em Minas Esta convocagao — eu disse aqui e repito — so pode Gerais, nesse fim de semana, e passei por umas oito cidades. ser cobrada com data atrasada, porque e irremediavel. E esta Nao vi, em nenhuma delas, o mfnimo de satisfagao com a ausencia e que est^ provocando esta reuniao, conduta do Congresso Nacional ultimamente. Em todos os Ao PPR foi atribufda — isso eu repito aqui —, a culpa lugares por onde passei, recebi queixas a respeito de todos da injustiga de se aprovar o aumento do Imposto de Renda os Congressistas. da pessoa ffsica e nao aprovar o da pessoa jun'dica. Essa Devo dizer. Sr. Presidente, que, quando comecei a minha culpa foi atribufda ao PPR nominalmente. Mas tudo isso ficou vida piiblica, em 1982, como Deputado Estadual, via na socie- suficientemente esclarecido e nao faz parte da nossa atitude dade, quando nos aproximavamos para pedir votos, a espe- de hoje, porque — repito — o PPR discutiu, objetivamente, ranga, a alegria, o desejo de votar, consciente de que se estava o Fundo Social de Emergencia; apresentou sugestdes concre- votando em um cidadao que tinha como dever representar tas, tao bem feitas, tao bem apresentadas, que foram acolhidas a sociedade e servi-la bem. Hoje, nao tenho duvida sobre na sua quase totalidadc. Mas queremos ver acolhidas, formal- a pessima imagem do Congresso Nacional. Eu gostaria, aqui, mente, porque e um compromisso muito serio que o nosso de contestar o Lfder do PPR, de Santa Catarina, o nobre Partido tern com a Educagao e com a Habitagao, que estao Senador Esperidiao Amin, quando diz que nao pode decidir desassistidas no texto que estd sendo aqui apresentado, sobre uma materia como essa por medida provisdria. o qual se pede tanta urgencia. Nao podemos concordar que Devo dizer que o Congresso Nacional, ultimamente, nao o Fundo Social de Emergencia seja regulado por medidas decide nada, nao vota nada. Sr. Presidente. Se chegar aqui, provisdrias. nesta Casa, um projeto para tratar dos problemas economicos Por isso, pelas questdes objetivas, estamos abertos ao desta Nagao, ele sera todo desvirtuado, e nada sera votado. didlogo, esperangosos no entendimento. Eu gostaria de dizer Hoje o Governador do Ceara, Ciro Gomes, agrediu o tambem, a propdsito do impasse que estfi criado, que ele PMDB — ele o vem agredindo, sistematicamente. Mas, nem foi provocado por quern pediu a inversao sem ter os meios por isso, a Bancada do PMDB achou que nao tinha obrigagao para isso, E o PPR, ontem e hoje, deixou claro que nao de votar nesse projeto de resolugao. E absurda a situagao apoiaria a inversao. A nds nao pode ser debitada essa conta. em que se encontra o Pafs. O Poder Judiciario nao funciona; 652 Quinta-feira 3 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Fevereiro de 1994

o sistema financeiro espolia a sociedade com juros elevados, Sr. Presidente, pego desculpas pela exaltagao e, .o final, enquanto ha mais de 30 milhoes de brasileiros passando fome gostaria de dizer, mais uma vez, que a situagao deste Con- diariamente. gresso Nacional, a nossa situagao, esta ficando grave perante Eu gostaria que o Colega tivesse a delicadeza que eu a sociedade brasileira. Se nao deliberarmos sobre as pautas live com quern esteve aparteando e que me ouvisse como que chegam a esta Casa e continuarmos como estamos, temo ouvi todos os que quiseram falar. Caso contrario, se quiser pelo future deste Congresso ate as eleigdes de outubro de me apartear la fora, estou as ordens para conversar com ele. 1994. porque nao aceito prepotencia e arrogancia. Muito obrigado. Sr. Presidente. Sr. Presidente, e grave para o destino deste Pals o que esta ocorrendo nesta Casa. Nao podemos prever o que podera O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Declare acontecer a esta Nagao amanha ou depois. Se fizermos um encerrada a votagao. Concede a palavra ao nobre Congressista chamamento da sociedade hrasileira sobre o destino deste Inocencio Oliveira. Congresso, nao encontraremos 5% da sociedade que queira este Congresso Nacional aberto, O SR. INOCENCIO OLIVEIRA (Bloco (PEL) — PE. Sinto-me insatisfeito pelo mandato que tenho. Estou, ha Pela ordem. Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, Srs. semanas e semanas, vindo aqui para votar e vejo essas coisas Parlamentares este e um momento muito importante na vida ridi'culas que acontecem aqui, enquanto a sociedade brasileira de nosso Poder. Todos estao acordes em que o Pat's vive sofre. uma das maiores crises da sua histdria, e o Poder Legislativo Desafio o Senador Esperidiao Amin, ou qualquer outro. esta dentro desta crise. a apresentar provas de bom senso por nao votarmos aqui, Portanto, com a responsabilidade de Presidente da Cama- hoje, uma medida de emergencia. Ela pode ser ruim ou boa, ra dos Deputados, tenho, em todos os momentos, procurado nao importa; temos que dar um credito de confianga a este colocar o nome da instituigao acima de interesse pessoal, parti- Governo, mesmo discordando das medidas que ele toma. Ou, dario ou de qualquer outra monta. Sou daqueles que acreditam entao, fazer o que disse o Ministro Fernando Henrique: que que obstrugao e um processo normal; tanto e assim que e este Congresso Ihe apresente sugestdes para zerar o deficit exercitado em todos os parlamentos do mundo. ptiblico. No entanto. Sr. Presidente, o que me entristece, neste Mas ha o prazer, a beleza de se fazer oposigao, por medo momento, e que nunca uma proposta foi tao discutida como de que esse Governo possa acertar e a direita brasileira nao esta. Em 23 de dezembro passado, instalamos uma Comissao ganhe a eleigao em 1994. Esta e a realidade nacional! Isso Especial, constitufda de Representantes de todos os Partidos nao pode acontecer a custa de tanto sofrimento. Isso nao polfticos com assento nesta Casa. Depois de exaustivo traba- pode acontecer com tanta mazela que ha neste Pat's. Talvez, Iho, negociando com o Governo, a comissao elaborou um esses homens, todos ricos — quern sabe? — nao sejam rcpre- relatdrio devidamente incorporado pela emenda atendida e sentantes do povo, e sim de lobistas — nao tenham consciencia defendida pelo Relator do nosso Congresso Revisor, o ilustre do que e a fome, do que e o sofrimento, do que e o desespero, Deputado Nelson Jobim. do que e o desemprego. Mas, Sr. Presidente, nao gostaria de entrar no merito Sr. Presidente, isso e um alerta para o que vai acontecer dessas questoes. Como Presidente da Casa, nao devo faze-lo; a este Pats, se continuarmos com essa inconsequencia, com devo manter a minha posigao de juiz, como V. Ex' tambem essa falta de bom senso. o faz. Mas neste momento. Sr. Presidente, com a responsa- bilidade, nao com a exaltagao, tampouco com o pessimismo E brincadeira um projeto normal entrar nesta Casa para exagerado do Deputado Armando Costa, digo nao! Este Po- ser aprovado e ser totalmente desvirtuado, descaracterizado. der vai sobreviver e vai fortalecer-se cada dia mais. Sr. Presi- Quando for aprovado, o povo ja morreu de fome, porque dente, porque esta cumprindo o seu papel perante a Nagao. levam-se meses e meses para ser aprovado. Nunca um Poder Legislativo no Brasil atravessou tantas Sr. Presidente, eu nao poderia deixar terminar esta sessao vicissitudes e nunca um poder vem se afirmando cada vez sem dar o meu desabafo. Sinto-me com a alma lavada, como mais como o nosso. Nao existe, na histdria do mundo, um medico, que sente o sofrimento dessa sociedade. Nao tenho parlamento que se auto-investigue e se puna que nao possa nenhuma diivida sobre o que falo. merecer a credibilidade e o respeito da opiniao ptiblica de Nobre Senador Esperidiao Amin, respeito-o muito, mas seu Pat's. E estamos fazendo isso. Sr. Presidente. Ddi na came, o Partido de V. Ex* esta prestando um desservigo a sociedade mas assim estamos fazendo, nao em nosso nome mas em brasileira, nao ao PSDB que esta no Governo. Nem sei se defesa de um Poder. E este Poder e um dos pilares-base vamos caminhar juntos nas eleigdes de 1994; nao me preocupa da democracia do nosso Pat's. se o Sr. Fernando Henrique Cardoso vai acertar. O meu desejo Nao existe democracia estavel com Poder Legislativo fra- e que S. Ex' acerte e zere a inflagao. Se ele obtiver sucesso co, portanto, fortalecer este Poder nao deve ser apanagio e chegar a Presidencia da Republica, isso sera bom para o daqueles que pertencem apenas ao Poder, mas de todos os Pat's. Se o mesmo acontecer ao Sr. Paulo Maluf — e ele cidadaos brasileiros que preconizam, que lutam, que defen- desempenhar bem a sua fungao — sera tambem o meu desejo. dem um Estado de Direito em nosso Pat's. A histdria havera Mas essas picuinhas que acontecem, aqui, esse ddio que se de fazer-nos justiga. tern a um Partido por ele estar no poder, nao pode ocorrer Baseado no fortalecimento deste Poder, gostaria, neste em uma democracia. Solidariedade, como a existente nesta instante, de fazer um apelo veemente, um apelo aos colegas Casa, junto aos partidos, nao acontece nem no cancer. Isso da Camara dos Deputados, para que, nas prdximas terga, nao pode continuar a acontecer num Pat's como este. Isso quarta e quinta-feira, estejamos em Brasilia, no Congresso nao e democracia, nao e o direito a oposigao em um Pat's Nacional, para mostrar a alguns que nao acreditam, que pos- em que ha tanto sofrimento. sam nao crer que somos capazes de manter um quorum alto Fevereiro de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 3 653 f para decidir as questoes fundamentais do Pals que estao erra- - 3- dos. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas Ouvi atentamente o brilhante pronunciamento do ilustre ao art. 14, § 89 da Constituigao Federal (elegibilidade de mili- Senador Mario Covas. S. Ex" disse que so in'amos votar daqui tar) — Parecer n9 6, de 1994-RCF. ha vinte e um dias. Nao, Sr. Presidente! Este Congresso nao - 4 - pode dar esse exemplo, nao pode passar vinte e um dias sem decidir questoes fundamentais para a vida deste Pais. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 14, § 99 da Constituigao Federal (lei complementar Portanto, em nome desta Casa, que tenho a honra de. sobre inelegibilidade) — Parecer n9 7, de 1994-RCF. neste instame de tamanha gravidade, neste momento tao difi- cil, presidir — e tenho merecido o apoio de todos os seus - 5 - membros — fago um apelo veemente, para que estejamos, Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas na prdxima semana, em Brasilia, aqui no Congresso Nacional, ao art. 14, §§ 10 e 11 da Constituigao Federal (impugnagao no Congresso Revisor, na Camara e no Senado, votando as de mandato) — Parecer n9 8, de 1994-RCF. proposigoes importantes para a vida deste Pais. Nao porque - 6- estejamos sendo desafiados para isso, mas porque e dever e obrigagao do Congresso Nacional decidir sobre essas ques- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas toes. ao art. 56 da Constituigao Federal (licenga para afastamento Senhor. Presidente, para encerrar minha participagao, no exercfcio do mandato) — Parecer n9 14, de 1994-RCF. quero dizer que tenho confianga no destino deste Pais; tenho confianga plena neste Congresso, na sociedade brasileira, na - 7- sua inteireza, com seus defeitos e qualidades — sendo que as qualidades sobrepujam por larga margem seus defeitos. Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 50 da Constituigao Federal (convocagao de Ministros Este Congresso nao e perfeito, porque nada e perfeito; 9 mas este Congresso passara para a Histdria, sem sombra de de Estado) — Parecer n 23, de 1994-RCF. duvidas, como um dos Congresses que mais se afirmou na - 8 - opiniao piiblica de nosso Pais; afirmou-se pelas suas atitudes, pelas suas posigdes, pela sua coragem e sobretudo. Sr. Presi- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas dente, afirmou-se e vai afirmar-se porque entende o momento ao Ato. das Disposigoes Constitucionais Transitorias (inclusao dos arts. 71 a 75 — Fundo Social de Emergencia) — Parecer difi'cil que estamos vivendo. 0 Senhor. Presidente, a partir de amanha estarei enviando n 24, de 1994-RCF. a cada um dos Srs. Deputados, em sua residencia, em seu escritdrio, em sua casa no Estado, em seu escritdrio no Estado, O SR PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presi- uma convocagao. E tenho certeza de que a Camara dos Depu- dencia convoca sessao unicameral a realizar-se hoje, as 11 tados e o Senado Federal estarao presentes aqui, na prdxima horas, com as materias constantes da Ordem do Dia da pre- semana, para dizermos a opiniao piiblica brasileira, para de- sente sessao. monstrarmos aos mais incredulos que este Congresso e forte, O Sr. Armando Pinheiro — Sr. Presidente, pego a palavra e altivo e que este Congresso decide. pela ordem. Muito obrigado. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Tern a pala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Reitero as vra V. Ex' palavras do nobre Presidente da Camara dos Deputados, Ino- O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR — SP. Pela ordem. cencio Oliveira, e apelo tambem a todos os Srs. Congressistas Sem revisao do orador.) — Sr. Presidente, breves palavras, para que estejam aqui nao sd a partir de segunda-feira ate para reflexao. a prdxima quinta-feira, mas, sobretudo, hoje. O Senador Mario Covas, o Deputado Armando Costa 6 evidente a falta de quorum em plenario, para o prosse- e o Presidente Inocencio Oliveira teceram consideragoes sobre guimento da sessao. Pica prejudicado o requerimento de inver- esses acontecimentos. Mas ha algumas indagagoes que nao sao da pauta. foram feitas. Sr. Presidente. A Presidencia esclarece que os itens constantes da pauta Esta Casa e composta por representantes do povo; por- de hoje tern sua apreciagao sobrestada em virtude da falta tanto, deve interpretar o sentimento do povo. E o que se de "quorum", para prosseguimento da sessao. verifica, o que se ouve de Deputados e Senadores de todos Sao os seguintes os itens sobrestados: os Partidos e que este projeto economico nao convence. Sr. Presidente. Senhores. Congressistas, pergunto; sera que nao estara - 1 - situada ai a razao das sucessivas ocorrencias de falta de quo- Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas rum? Este Congresso nunca tern faltado, quando ha um con- ao art. 82 da Constituigao Federal (duragao do mandate presi- senso, quando ha materia que realmente represente o pensa- dencial) — Parecer n9 16, de 1994-RCF. mento da Nagao. Este Congresso tern dado demonstragoes eloqiientes de sua afirmagao. O que esta faltando e sintonia. - 2- Ha de se lembrar que o Governo encaminhou uma emenda Propostas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas constitucional e uma serie de medidas provisdrias no fim do ao art. 12 da Constituigao Federal (nacionalidade) — Parecer ano sem nem sequer consultar as suas Bancadas, como aqui n' 2, de 1994-RCF. foi reclamado. 654 Quirita-feira 3 D1ARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Fevereiro de 1994

Sera que a Na^ao nao deseja uma reforma tributaria mais Esperamos que o Governo procure o entendimento para substancial, que combata a sonegagao, que modernize o nosso descobrir onde esta o erro, porque talvez encontre o caminho sfetema? Sera que a Nagao nao deseja uma reforma economica para que se votem projetos que venham atender aos efetivos que abra os caminhos para os in vestimentos e para o desenvol- interesses do Pais e nao de uma minoria que nao esta tendo vimento? a sensibilidade de encaminha-los. Sao essas reflexoes que deixamos. Sr. Presidente. para Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muito bem!) nao se' acusar o Congresso de omissao. para nao se acusar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — Esta encer- partidos como o PPR, que faz oposigao nao ao Governo. rada a sessao. nao ao Pais, mas aos projetos que estao em discussao e em votaqao. (Levanta-se a sessao a 0 hora e 10 miniuos, do dia 3-2-94) MESA DO CONGRESSO NACIONAL

PRESIDENTE Senachr HUMBERTO LUCENA

1° V1CE-PRESIDENTE DcpmaJo ADYLSON MOTTA

2° VJCE-PRES1DENTE SenaJor LEVY D!AS rSECRETARlO DepuiaJu WILSON CAMPOS

2° SEC RETARIO Senator NABOR JUNIOR

3osecretArio Dcpuiach AtC\0 NEVES

4osecretArio Senaiior NELSON WEDEKIN diArio do congresso nacional

SE£AO I (Clmara dos Deputados)

SEQAO IT (Scnado Federal)

Os pedidos devem ser acompanhadot de cheque pagivel em Brasflia, Nota de Empenho ou Ordem de Pagamento pela Caixa Econdmica Federal - Agdncia 1386 - PAB-CEGRAF, con- ta corrente n® 920001-2 e/ou pelo Banco do Brasfl - Agdncia 0452-9 - CENTRAL, conta corrente n0 55560204/4, a favor do

CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL

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Matores informafdes pelos Telefones (061) 311-3738 e 311-3728 na Super- visdo de Assinaturas e Distnbu^io de Publicafdes - Coordena^o de Atcndimen- to ao Usuirkx REVISTA DE INFORMAQAO

LEGISLATIVA

JANEIRO A MARCO 1991 AN0 28 —NUMERO 109

Em circulagao com estas materias;

HOMENAGEM bre o Direito do Mar — Georgenor de Sou- Luiz Viana Filho — Edivaldo M. Boaventura sa Franco Filho Afonso Arinos —Jarbas Maranhao Sobre o Direito Natural na Revolugao Francesa COLABORAQAO — Marcela Vare/ao A reforma monet^ria cruzeiro — Letacio Jansen "Ermachtigung"; proposta de leitura da herme- 0 planejamento na economia brasileira — Clovis neutica na Teoria Pura do Direito — Glads- V. do Couto e Silva ton Mamede Os valores e a Constituigao de 1988 — Eduardo Direito Romano em Gramsci — Ronaldo Poletti Silva Costa A filiag3o ilegltima e a constituigao de 1988 — A Constituigao Brasileira de 1988: subsidies para Clayton Reis os comparatistas —Ana Lucia de Lyra Ta- Solidariedade e fianga — Arnoldo Wald vares Protegao jun'dica das embalagens — Carlos Al- Inovagbes constitucionais — Silveira Neto berto Bittar 0 pluralismo jun'dico na Constituigao de 1988 Contratos estipulados por computador; declara- — Silvio Dobrowolski cibn de voluntad. Forma v momento de A seguranga publica na Constituigao — Diogo su perfeccionamiento — Daniel E. Moere- de Figueiredo Moreira Neto mans y Carlos £. Saltor A Constituigao Federal de 1988 e o mandado A Agao Civil Publica no Estatuto da Crianga e de seguranga contra ato judicial — Alvaro do Adolescente — Hugo Nigro Mazzilli Lazzarini Recurso adesivo e ordem constitucional; sbo A propbsito da extradigao: a impossibilidade do compatfveis? —Josd Pitas STF apreciar o mbrito no processo de extra- A arte e o obsceno — Everardo da Cunha Luna digao, Indisponibilidade do controle jurisdi- A PMCE, os servidores militares e a Carta Esta- cional na extradigao — Negi Calixto dual/89 — Adauto Rodrigues de Oliveira Cinco temas controvertidos do Direito Penal — Leite Edilson Pereira Nobre Junior 0 Conselho Constitucional Francbs: ator da lei, 0 Direito Internacional e os Direitos dos Povos mas nunca seu autor! — Paulo Rodrigues — Pedro Pinto Leite Vieira 0 "status" jun'dico dos pafses sem literal e as Os Direitos Fundamentais na Lei Fundamental regras da Convengio de Montego Bay so- de Bonn — Luis A fonso Heck

A venda na Subsecretaria de Edigbes Tbcnicas — Senado Federal, Anexo I, 22'andar — Praga dos Trbs Poderes, CEP 70160 — Brasilia, DF —Telefones 311-3578 e 311-3579. Os pedidos a serem atendidos atravbs da ECT deverao ser acrescidos de 50% (cinquenta por cento) de seu valor para a cobertura das respectivas despesas postais e acompanhados de cheque nominal h Subsecretaria de Edigbes Tbcnicas do Senado Federal ou de vale postal remetido & Agencia ECT do Senado — CGA 470725. i Centro Grdfico do Senado Federal Caixa Postal 07/1203 Brasilia —DF

EDI^AO DE HOJE: 96 PAGINAS