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RepdUica Federativa do Brasil

DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS

AND II - N0 42 QUINTA-FEIRA, 24 DE MARQO DE 1994 BRASILIA-DE

CONGRESSO NACIONAL

Revisao da Constitui^ao Federal SUMARIO

1 - ATA DA 23" SESSAO, EM 23 DE MARQO DE aprova^ao Medida Provisoria n0 434/94 que contribui para arli- 1994 ficialidade da crise institucitmal. DEPUTADO ADYLSON MOTTA - Preocupai^ao com 1.1 - ABERTURA o confronto que se estabeleceu entre os Poderes que, no seu en- 1.2- EXPEDIENTE lendimento, tern origem no institulo da Medida Provisoria. 1.2.1 - Discursos do Expediente SR. PRESIDENTE - Parabenizando o Sr. Adylson Mot- ta pela clareza e coragem do seu pronunciamento. DEPUTADO PAULO PAIM - Aplaudindo a decisao do DEPUTADO JAIR BOLSONARO - Reiterando sua po- Presidente Humberto Lucena de declarar que a sessao do Con- sigao contraria ao piano economico do Ministro Fernando Hen- gresso Nacional de amanha destinar-se-a exclusivamente a rique Cardoso. aprecia^-ao da Medida Provisoria n0 434/94. Apelo aos congres- sistas para que compare9am a sessao. DEPUTADO PEDRO TONELLI - Edifao do Jomal DEPUTADO FERNANDO CARRION - Louvando a Nacional de ontem demonstrou apoio explicito do Sr. Roberto decisao do Senado Federal de manter o veto presidencial ao Marinho a candidatura de Fernando Henrique Cardoso a Presi- Projeto de Lei de Conversao n0 3/94. Defesa do patamar de dencia. Denuncia da Associafao Brasileira dos Anunciantes - cem dolares para o saldrio minimo. ABA, feila na Camara Setorial no ambito do Ministerio da In- DEPUTADO OSVALDO BENDER - Comentarios so- dustria e do Comercio, sobre aumento praticado pela Rede bre as manchetes dos jomais que noticiam a retirada de pauta Globo ao converter sua tabela de prefos de anuncios em URV, da Medida Provisbria n0 434/94 por determina^o do Govemo DEPUTADO MAURICIO CALIXTO, como Lider - Federal. Apoio ao substitutivo, na forma de Projeto de Lei de Omissao do Govemo de Rondonia na apuragao das denuncias Conversao, do Sr. Gonzaga Mota, relator da medida. de corrup9ao nas Centrais Eletricas do Estado penaliza a popu- DEPUTADO LEZIO SATHLER - Fortalecimento da laijao. funfao fiscalizadora do Legislative. Propostas de alterafoes na estrutura juridico-administrativa da Auditoria-Geral da Uniao e DEPUTADO ELISIO CURVO, como Lider - Solufao doTCU. para a crise institucional que envolve os Tres Poderes, gerada DEPUTADA IRMA PASSONI - Indefu^ao do modelo por contradifoes inscritas na Medida Provisdria n" 434/94, esta socio economico brasileiro inviabiliza retomada do crescimento no respeito aos dispositivos da Constituifao Federal. e agrava a pobreza e o desemprego. DEPUTADO ARNO MAGARINOS - Graves conse- DEPUTADO CARLOS LUPI - Caraler democratico da qiiencias da imobilidade do Govemo na busca de solu9oes para decisao do Senado de manter o veto ao Projeto de Lei de Con- os conflilos entre os agricultores e os indios na regiao de Passo versao n° 3/94. Amcaijas veladas do Poder Executive quanlo a Fundo (RS). 2004 Quinta-feira 24 DIAKIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfode 1994

EXPEDIENTE Centro Grafico do Senado Federal

MANOEL VILELA DE MAGALHAES DIARIO DO CONGRESS© NACIONAL Diretor-Geral do Senado F'edcral Imprcsso sob responsahilidadc da Mesa do Senado Federal AGACIEL DA SILVA MALA Diretor Executivo CARLOS HOMERO VIEIRA NINA ASSINATURAS Diretor Administrativo LUIZ CARLOS BASTOS Semestral Cr$ 70.000,00 Diretor Industrial FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Diretor Adjunto Tiragem 1.200 excmplares

DEPUTADO ADAO PRETTO - Continuidade dos ira- DEPUTADO ERNESTO GRADELHA - Manifcsta96es balhos revisionais contribui para agravar a crise institucional grevistas no dia de hoje contra o piano FTIC c a Revisao Cons- que se instalou no pals. titucional. DEPUTADO HAROLDO LIMA - Denunciando o cara- DEPUTADO JOSE FORTUNATI - Apelo em favor da ter artificial da atual crise institucional . Criticas ao Presidente vota^ao da medida provisoria que criou a URV. Criticas a reso- Itamar Franco e ao Minislro Fernando Henrique Cardoso que, lufao que altera o recolhimento do FGTS pelas empreiteiras. em sua opiniao, acirraram os animos com suas declara^oes e DEPUTADO ANTONIO MORIMOTO - Revisao intransigente defesa de um piano economico inadequado a rea- Constitucional. lidade brasileira. Posi^ao contraria de S. Ex* a continua^ao da SENADOR EDUARDO SUPLICY, como Elder - Defe- Revisao Constitucional. Apelo em favor da votai^ao da Medida sa da imediata aprecia^ao da Medida Provisoria n" 434/94. Provisoria n° 434/94. DEPUTADA SOCORRO GOMES - Motives que leva- DEPUTADO JOAO PAULO - Defesa da pessoa do Sr. ram a chamada crise polltica. Pedro Simon dos ataques de alguns parlamentares. Defesa de DEPUTADO OSORIO ADRIANO - Congratulandose ampla discussao da Medida Provisoria n0 434'94. Posi^ao con- com decreto assinado revertendo o DNER para Brasilia. traria a admissibilidade da Medida Provisoria n" 441/94. Criti- DEPUTADO MAURILIO FERREIRA LIMA - Piano cas a conduta do Sr. Fernando Henrique Cardoso no de estabiliza^ao economica do Govemo prejudica assalariados desempenho de suas fundoes de Ministro de Estado. enquanto assegura os ganhos dos oligopolizados do emprcsa- SENADOR ODACIR SOARES, como Elder - Elogian- riado nacional. DEPUTADO LUIZ GUSHIKEN - Questao salarial. do o Ministro da Adminislra9ao. Sr. Canhim, pela edi^ao da 0 Portaria n0 730 do corrente mes, que trata da situa^ao funcional DEPUTADO JONI VARISCO - Medida Provisoria n dos policiais militares do Estado de Rondonia. Indagando a 434/94, que instituiu a URV. Presidencia sobre a sessao de vota^ao da Medida Provisoria n" DEPUTADO CESAR SOUSA - Defesa da quebra do 434/94. protecionismo estatal. SR. PRESIDENTE - Resposta ao Sr. Odacir Scares. DEPUTADA BENEDITA DA SILVA - Dia Internacio- nal pela Elimina^ao da Discriminafao Racial. DEPUTADO SARNEY 1TLHO, como Elder - Omissao DEPUTADO PEDRO IRUJO - Favoravel ao acelera- das Lideranijas na defesa do Congresso Nacional junto a opi- mento da Revisao Constitucional com o intuito de dotar o Esta- niao publica. do de mecanismos legais de modemizafao DEPUTADO PAULO NOVAES - Prejulzos acarretados 1.2.2 - Requerimento aos caminhoneiros pela ma conserva^ao das rodovias federais. - N" 135, de 1994-RCF, de auloria dos Srs. Paulo Ra- Solicitaijao ao DNER para que fa^a estudo sobre regulamenta- mos e liduardo Jorge, solicitando o encerramento dos trabalhos Vao da dislribui^ao da carga e altera^ao da cobran^a de multas da Revisao Constitucional. Rcjcitado, apos usarcm da palavra por excesso de peso. os Srs. Victor Faccioni, Beth Azize, Paulo Ramos, Cid Saboia de Carvalho, Eduardo Jorge e . DEPUTADO FRANCISCO RODRIGUES - Momento 1.3 - ORDEM DO DIA politico brasileiro. Propostas Revisionais e respcclivas emendas, oferecidas ao art. 55 da Constitui^ao Federal (perda do mandato parla- DEPUTADO MARINO CLINGER - Pleito era favor da 0 conclusao das obras da Rodovia do Contomo em Volta Redon- mentar) - Parecer n 13, de 1994-RCF. (Conlinua^ao da vola- da-RJ. fao. Rejeitada a Emenda Aglutinaliva n" 3, ap6s usarcm da palavra os Srs. Jorio de Barros, Ibrahim Abi-Ackel, Armando DEPUTADO PAULO RAMOS - Momento por que Pinheiro e Jose Dirceu, ficando a vota^ao da Emenda n0 4, passa a politic a brasileira. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2005

adiada por falta de quorum, ap6s usar da palavra do Sr. Ger- Propostas Revisionais c rcspcctivas emendas, oferecidas son Peres. aos arts, 14 e 17 da Constituigao Federal (Lnfidelidade parlida- Propostas Revisionais e respeclivas emendas, oferecidas ria) - Parecer n" 18, de 1994-RCI*'. Aprecia^ao sobrcstada. ao art. 53 da Constilui^ao Federal (imunidade parlamentar) - Projxrslas Revisionais e respectivas emendas, oferecidas Parccer n° 12, de 1994-RCF. Vota^ao adiada. ao art. 45 da Conslituiijao Federal (sistema eleitoral) - Parecer n021 de 1994-RCF'". Aprecia^ao sobrestada.

Ata da 23a Sessao, 23 de margo de 1994

4a Sessao Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura Presidencia dos Srs. Humberto Lucena, Adylson Motta, Levi Dias e Wilson Campos.

AS 14 HORAS , ACHAM-SE PRESENTES OS SRS.CON- Beth Azize - PDT GRESSISTAS: Carlos Dc'Carli - PPR Roraima Eulcr Ribeiro - PMDB Alccsle Almeida - Bloco (PTB) Ezio Ferrcira - Bloco (PFL) Gilberto Miranda - PMDB Cesar Dias - PMDB Joao Thome - PMDB Joao Fagundes - PMDB Joao Franca - PP Jose Dulra - PMDB Julio Cabral - PP Paudemey Avelino - PPR Luciano Castro - PPR Ronddnia Marcclo Luz - PP Antonio Morimoto - PPR Marluce Pinto - 1TB Aparicio Carvalho - Bloco (ITB) Ruben Bento - Bloco (PFL) Edison Fidclis - (PSD) Amapa Mauricio Calixto - Bloco (PR.) Aroldo G6es - PDT Odacir Soares - PFL Eraldo Trindade - PPR Pascoal Novaes - PSD F4tima Pelaes - Bloco (PR.) Reditario Cassol - PSD Gilvam Borges - PMDB Ronaldo Aragao - PMDB Henrique Almeida - PR. Acre- Jonas Pinheiro - PTB Adelaide Neri - PMDB Lourival I;reilas - PT Aluizio Bezcrra - PMDB Murilo Pinheiro - Bloco (PFL) Celia Mendcs - PPR Sergio Barcellos - Bloco (PR.) Flaviano Melo - PMDB Valdenor Guedes - PP Francisco Diogenes - PPR Para Joao Maia - PP Joao Tola-PPR Alacid Nunes - Bloco (PR.) Mauri Sergio - PMDB Altnir Gabriel - PSDB Nabor Junior - PMDB Carlos Kayath - Bloco (FTB) Ronivon Santiago - PPR Coutinho Jorge - PMDB Zila Be/erra - PMDB Domingos Juvenil - PMDB Eliel Rodrigues - PMDB Tocantins Gerson Peres - PPR Carlos Palrocinio - PR. Giovanni Queiroz - PDT Darci Coelho - Bloco (PR.) Hertrunio Calvinho - PMDB Dcrval de Paiva - PMDB Hilirio Coimbra - Bloco (PTB) Edmundo Galdino - PSDB Jarbas Passarinho - PPR Joao Rocha - PFL M&rio Chcrmont - PP Ixomar Quintanilha - PPR M4rio Martins - PMDB Mcrval Pimenta - PMDB Nicias Ribeiro - PMDB Moises Abrao — PPR Osvaldo Melo - PPR Osvaldo Reis - PP Paulo Rocha - IT Paulo Mourao - PPR Paulo Titan - PMDB Maranhao Socorro Gomes - PCdoB Alexandre Costa - PFL Amazonas Cesar Bandcira - Bloco (PR.) Atila Lins - Bloco (PR.) Costa Ferreira - PP 2006 Quinla-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONAIS Mar? o dc 1994 Daniel Silva- PPR Pernambuco Eduardo Matias - PP Alvaro Ribeiro - PSB Epiticio Cafeteira - PPR Gilson Machado - Bloco (PET) Francisco Coelho - Bloco (PEL) Gustavo Krause - Bloco (PET) Jayme Santana - PSDB Inocencio Oliveira - Bloco (PPT) Joao Rodolfo - PPR Jose Jorge - Bloco (PPT) Jose Burnett - PRN Jose Mendon^a Bezerra - Bloco (PET) Jose Reinaldo - Bloco (PEL) Jose Mticio Monteiro - Bloco (PPT) Magno Bacelar - PDT P.uiz Piauhylino - PSB Neiva Moreira - PDT Mansueto de Lavor - PMDB Pedro Novais - PSD Maurilio Ferreira Lima - PSDB Samey Filho - Bloco (PEL) Maviael Cavalcanti - PRN Ceara Miguel Arraes - PSB Aecio de Borba - PPR Pedro Correa - Bloco (PET) Ariosto Holanda - PSDB Renildo Calheiros - PCdoB Carlos Benevides - PMDB Roberto Franca - PSB Carlos Virgilio - PPR Roberto Freire - PPS Cid Saboia de Carvalho - PMDB Roberto Magalhaes - Bloco (PPT) Edson Silva - PDT Salatiel Carvalho - PP Gonzaga Mota - PMDB Sergio Guerra - PSB Jackson Pereira - PSDB Tony Gel-PRN Luiz Pontes - PSDB Wilson Campos - S/P Marco Penaforte - PSDB Alagoas Mauro Benevides - PMDB Antonio Holanda - Bloco (PSC) Mauro Sampaio - PSDB Augusto Farias - Bloco (PSC) Moroni Torgan - PSDB Divaldo Suruagy - PMDB Sergio Machado - PSDB Guilherme Palmeira - PPT Ubiratan Aguiar - PMDB Jose Thomaz Nono - PMDB Vicente Fialho - Bloco (PEL) Roberto Torres - Bloco (FTB) Reginaldo Duarte - PSDB Teotonio Vilela Filho - PSDB Piaui Vitorio Malta - PPR B. Sa - PP Scrgipc Chagas Rodrigues - PSDB Albano Franco - PSDB Ciro Nogueira - Bloco (PEL) Benedito de Figueiredo - PDT Felipe Mendes - PPR Djenal Gon?alves - PPR Hugo Napoleao - PEL Everaldo de Oliveira - Bloco (PET) Jesus Tajra- Bloco (PET) Francisco Rollemberg - PMN Joao Henrique - PMDB Jeronimo Reis - Bloco (FTB) Jose Luiz Maia - PPR Jose Teles - PPR Lucidio Portella - PPR P^ourival Baplista - PPT Murilo Rezende - PMDB Messias Gois - Bloco (PPT) Mussa Denies - Bloco (PEL) Pedro Valadares - PP Paulo Silva - PSDB Bahia Rio Grande do Norte Alcides Modesto - PT Dario Pereira - PEL Angelo Magalhaes - Bloco (PPT) Flavio Rocha - PL Aroldo Cedraz - PRN - PMDB Beraldo Boaventura - PSDB Lalre Rosado - PMDB Clovis Assis - PSDB Lavoisier Maia - PDT Eraldo Tinoco - Bloco (PPT) Marcos Formiga - PSDB Mendon^a - Bloco (FTB) Paraiba Haroldo Lima - PC do B Adauto Pereira - Bloco (PEL) JaP)es Ribeiro - PSDB Antonio Mariz - PMDB Jairo Azi - PSD Efraim Morais - Bloco (PET) - FT Humberto Lucena - PMDB Jorge IChoury - Bloco (PET) Ivandro Cunha Lima - PMDB Josaphat Marinho - PPT Jose Luiz derot - PMDB Jose Carlos Aleluia - Bloco (PPT) Jose Maranhao-PMDB Jose Falcao- Bloco (PPT) Lucia Braga - PDT Jose Fxxtren^o - PPR Rivaldo Medeiros - Bloco (PPT) Jutahy Junior - PSDB Zuca Moreira - PMDB Luis Piduardo - Bloco (PPT) Marvode 1994 DIARIO DOS IKABALHOS REVISIONAIS Qumta-feira 25 2007 r Luiz Moreira - BIoco (l rB) Gerson Camata - PMDB Mamx-l Castro - BIoco (PFL) Helvecio Castello - PT Marcos Mcdrado - PI' Joao Calmon - PMDB Pedro Inijo- PMDB Jones Santos Neves - PL Prisco Viana - PPR Jonice Tristao - PFL Sergio Brito - PPR Jorio de Barros - PMDB Sergio Gaudenzi - PSDB Lezio Sathler - PSDB Tourinho Dantas - BIoco (PFL) Nilton Baiano - PMDB Waldir Pircs - PSDB Rita Camata - PMDB Carlos Sant'Anna- PMDB Roberto Valadao - PMDB Minas Gcrais Rio de Janeiro Agostinho Valenle - FP Aldir Cabral - BIoco (PTB) Alfredo Campos - PMDB Amaral Netlo - PPR Aloisio Vasconcelos - PMDB Arolde de Oliveira - BIoco (PFL) Annibal Teixeira - PP Artur da Tavola - PSDB Aracely de Paula - BIoco (PFL) Benedila da Silva - PT Armando Costa - PMDB Carlos Alberto Campista - PDT Avelino Costa - PPR Carlos Lupi - PDT Flias Murad - PSDB Carlos Santana - PT Felipe Neri - PMDB Cidinha Campos - PDT Fernando Diniz - PMDB Edesio Frias - PDT Gcnesio Bernardino - PMDB Fabio Raunheitti - BIoco (PTB) Getulio Neiva - PL Flavio Palmier da Veiga - PSDB Ibrahim Abi-Ackel - PPR Francisco Domelles - PPR Irani Barbosa - PSD Francisco Silva - PP Israel Pinheiro- BIoco (PRS) Hydekel Freilas - PPR Joao Paulo - IT Jair Bolsonaro - PPR Jose Aldo - BIoco (PRS) Jandira Feghali - PC do B Jose Belato - PMDB Joao Mendes - BIoco (PTB) lose Geraldo - PMDB Jose Carlos Coutinho - PDT lose Santana dc Vasconcelos - BIoco (PFL) Jose Egydio- PPR Jose Ulisses dc Olivcira - BIoco (PTB) Junot Abi-Ramia - PDT Junia Marise - PDT Laerte Bastos - PSDB Lacl Varclla - BIoco (PIT) Laprovita Vieira - PMDB Lcopoldo Bessone - BIoco (PTB) Marino Clinger - PDT Marcos Lima - PMDB Miro Teixeira - PDT Mario de Olivcira - PP Nelson Bomier - PL Mauricio Campos - PL Nelson Cameiro - PP Nilmario Miranda - IT Paulo dc Almeida - PSD Odclmo lycao- PP Paulo Portugal - PP Osmanio Pcreira - PSDB Paulo Ramos - PDT Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB Regina Gordilho - PRONA Paulo Dclgado-IT Rubem Medina BIoco (PFL) Paulo Hcslandcr - BIoco (1TB) Sergio Cury - PDT Paulo Romano - BIoco (PFL) Sidney de Miguel - PV Raul Bclem - PP Vladimir Palmeira - IT Rome! Anlsio - PP Wanda Rcis - PMDB Ron aldo Perim - PMDB Ronan Tito-PMDB Sao Paulo Samir Tannus - PPR Alberto Goldman - PMDB Sandra Starling - IT Alberto Haddad - PP Saulo Coelho - PSDB Aldo Rebelo - PCdoB Sergio Ferrara - PMDB Aloizio Mercadanle - PT Sergio Miranda - PC do B Armando Pinheiro - PPR Tarclsio Delgado - PMDB Bcto Mansur - PPR Tildcn Santiago - FP Cardoso Alves - BIoco (PTB) Vittorio Mcdioli - PSDB Carlos Nelson - PMDB Wagner do Nascimcnto - PRN Chaftc Farhat - PPR Wilson Cunha - BIoco (FFB) Delftm Netto - PPR Diogo Nomura - PL Ksplrito Santo Eduardo Jorge - PT Armando Viola - PMDB Eduardo Suplicy - PT Etevalda Grass! dc Mcnezes - BIoco (1TB) Ernesto Gradella - PSTU 2008 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar? o de 1994 Eva Blay - PSDB Pedro Abrao - Bloco (PTB) Fausto Rocha - PL Ronaldo Caiado - Bloco (PFL) Florestan Femandes - PT Vilmar Rocha - Bloco (PFL) Geraldo Alckmin Filho - PSDB Virmondes Cruvinel - PMDB Heitor Franco - PPR Mato Grosso do Sul Irma Passoni - PT Flavio Derzi - PP Joao Mellao Neto - PL George Takimoto - Bloco (PFL) Jorge Tadeu Mudalen - PMDB Jose Elias - Bloco (PTB) Jose Abrao - PSDB Levy Dias - PPR Jose Anlbal - PSDB Marilu Guimaraes - Bloco (PFL) Jose Dirceu - PT Nelson Trad - Bloco (PTB) Jose Genorno - PT Rachid Saldanha Derzi - PRN Jose Maria Eymael - PPR Valter Pereira - PMDB Koyu Dia - PSDB Waldir Guerra - Bloco (PFL) Luiz Carlos Santos - PMDB Parana Luiz Gushiken - PT Luiz Maximo - PSDB Antonio Ueno - Bloco (PFL) Maluly Netto - Bloco (PFL) Basilio Villani - PPR Marcelino Romano Machado - PPR Carlos Roberto Massa - PTB Marcelo Barbieri - PMDB Carlos Scarpelini - PP Maurici Mariano - PMDB Delcino Tavares - PP Mendes Botelho - Bloco (PTB) Deni Schwartz - PSDB Nelson Marquezelli - Bloco (PTB) Edesio Passes - PT Osvaldo Stecca - PMDB Edi Siliprandi - PSD Paulo Lima - Bloco (PFL) Elio Dalla-Vecchia - PDT Pedro Pavao - PPR Ervin Bonkoski - Bloco (PTB) Roberto Rollemberg - PMDB Flavio Ams - PSDB Tadashi Kuriki - PPR Ivanio Guerra - Bloco (PFL) Tuga Angerami - PSDB Joni Varisco - PMDB Vadao Gomes - PP Jose Eduardo - PTB Vaidemar Costa Neto - PL Jose Felinto- PP Wagner Rossi - PMDB Jos6 Richa - PSDB Walter Nory - PMDB Luciano Pizzatto - Bloco (PFL) Luiz Carlos Hauly - PP Mato Grosso Matheus lensen — PSD Joao Teixeira - PL Max Rosenmann - PDT Jonas Pinheiro - Bloco (PFL) Moacir Micheletto - PMDB Jose Augusto Curvo - PMDB Munhoz da Rocha - PSDB Marcio Lacerda - PMDB Otto Cunha - S/P Oscar Travasso - PL Pedro Tonelli - PT Ricardo Correa - PL Pinga Fogo de Oliveira - S/P Distrito Federal Reinhold Stephanes - Bloco (PFL) Augusto Carvalho - PPS Renato Johnsson - PP Benedito Domingos - PP Sergio Spada - PP Chico Vigilante - PT Werner Wanderer - Bloco (PFL) Joao Brochado - PP Wilson Moreira - PSDB Meira Filho - PP Santa Catarina Osorio Adriano - Bloco (PFL) Angela Amin - PPR Paulo Octavio - PRN C6sar Souza - Bloco (PFL) Pedro Teixeira - PP Dejandir Dalpasquale - PMDB Valmir Campelo - PTB D6rcio Knop - PDT Goias Dirceu Cameiro - PSDB Antonio Faleiros - PSDB Edson Andrino - PMDB Delio Braz - Bloco (PFL) Esperidiao Amin - PPR Halley Margon - PMDB Hugo Biehl - PPR Irapuan Costa Junior - PP Jarvis Gaidzinski - PPR Joao Natal - PMDB Luci Choinacki - PT Lazaro Barbosa - PMDB Luiz Henrique - PMDB Luis Soyer - PMDB Nelson Morro - Bloco (PFL) Maria Valadao - PPR Nelson Wedekin - PDT Mauro Borges - PP Neuto de Conto - PMDB Onofre Quinan - PMDB Orlando Pacheco - Bloco (PFL) Paulo Mandarino - PPR Paulo Duarte - PPR Mar^o de 1994 DIAKIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2009 Ruberval Pilotto - PPR da medida provisoria, Deputado Gonzaga Mota. Num primeiro Valdir Colatto - PMDB momento, S. Ex' nao foi entendido quando foi para seu Estado, Vasco Furlan - PPR Ceari porque seu pai estava docnte. Antes de eu viajar para o Rio Rio Grande do Sul Grande o Sul. S. Ex* me ligou, avisando que infelizmente nao esla- ria presente a sessao do dia 15, mas assumiu o compromisso de, Adao Pretto - FT no dia 23, enlregar no plenario do Congresso Nacional o relatorio Adroaldo Strcck - PSDB que consagra o projeto de conversao, tentando atender em parte a Adylson Molla- PPR tudo o que sonhou o movimento sindical. o cmprcsariado e o Go- Amaury Mil Her - PDT vemo. No meu cntendimento, lal projeto contempla o conjunlo da Antonio Britto- PMDB sociedade. Amo Magarinos - PPR O Deputado Gonzaga Mota enlrcgou hoje. pela manha, ao Carlos Azambuja - PPR Senador Humberto I .ucena seu parecer, que esta sendo imprcsso Carlos Cardinal - PDT pela grafica e, conforme me informa a Secrctaria-Gcral da Mesa, Carrion Junior - PDT as 16h estara a disposi^ao de todos os Parlamentares. Celso Bemardi - PPR Eden Pcdroso - IT Sr. Presidente, uso este espa^o. a fim de fazer um apelo a Fernando Carrion - PPR todos os Deputados e Senadores: amanha. as lOh, comparcijam ao Fetter Junior - PPR plenario da Casa para votar a medida provisoria que trata dos sali- Germano Rigolto - PMDB rios. Lembro-me - e gostaria que os Parlamentares me entendes- Ibsen Pinhciro - PMDB sem, porque nao se trata dc nenhuma cobran^a - dc que, na Ivo Mainardi - PMDB quarta-feira da semana passada, estava registrado no painel. e na- Joao dc Deus Antunes - PPR turalmcnte as listas foram divulgas, o nomc de qualrocenlos Depu- Jose F'oga^a - PMDB tados. O importantc e que. na quinta-feira, quando votaremos o Jose Forlunati - PT projeto referenle aos salirios dos trabalhadorcs, esteja registrado Jose Paulo Bisol - PSB no painel nao o nome dc quatrocentos. mas, no minimo, o de qui- Luis Roberto Pontc - PMDB nhentos Deputados. e S Ex's a sua disposi^ao dc fazer com que as Mcndcs Ribeiro PMDB perdas infelizmente cmbutidas na medida provisoria scjam rccupe- - PMDB radas no projeto de conversao. Nelson Procn^a - PMDB Sei, Sr. Presidente, que haveri uma pressao muilo forte do Odacir Klein - PMDB Executive. Sabemos que o Govemo ji anunciou - anunciou ontem Osvaldo Bender - PPR para nos e conlinua anunciando no contalo com os Parlamentares Paulo Paim - PT - que nao quer votar a medida provisoria, que quer reediti-la. dei- Pedro Simon - PMDB xando claro que. de reedi^ao em rcedi^ao, vai manlendo o arrocho Telmo Kirst - PPR nos salirios dos trabalhadorcs. enquando os preyos - todo mundo Valdomiro Lima - PDT sabe - cstao disparando li fora. Hoje pclroleiros, metalurgicos, Victor Faccioni - PPR servidores publicos e professores eslao em greve. Sao milhares e Waldomiro Fioravante - PT milhares de trabalhadorcs em greve, e hi pouco assistimos a uma grande passeata de servidores publicos na Esplanada dos Minisle- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - As listas proprias rios. regislram o comparecimento de 454 Srs. Congrcssislas Sr. Presidente, independenlcmcnlc de qualquer qucstao, de Ha ntimero regimental. qualqucr divergencia ideologica, mas em defesa da dcmbcracia, e Declaro aberta a sessao. preciso que amanha se vole a medida provisoria que trata da URV. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motla) - A Presidencia O Deputado Gonzaga Mota, hi cinco minutos, disse que estari pede a comprcensao dos Srs. Congressistas no que se refere a bai- aqui amanha pela manha, que nao aceilara pressao dc ninguem e xa frcqiiencia no plcnario neste momento, tendo em vista que a cumpriri com a sua obrigai^ao, como disse no passado um Sena- sessao do Congresso Nacional terminou is 13h. Peqo a S. Ex's qtie dor, quando presidia a Casa e foi pressionado pelo seu partido a nao questioncm a present a minima de 59 Srs. Congressistas no agir conforme a orientaijao partidiria: "Sou Presidente do Con- momento, porque os demais provavclmenle ainda nao vollaram do gresso Nacional, nao do meu partido". O Deputado Gonzaga Mota almo9o. mostrari lambem que e Relator da medida provisoria que trala das O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- vra ao nobre Congressista Paulo Paim, primeiro orador inscrito questoes salariais no Congresso Nacional e que o seu relatorio sera para o periodo de Breves Comunica^oes. em nome do Congresso Nacional. O SR. PAULO PAIM (PR - RS. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, cumprimentamos o Deputado Gonzaga Sr. Presidente, Srs. Congressistas, apesar das idas e vindas, ou Mota, que nao e do meu partido, e do PMDB, pelo brilhante traba- seja, se votamos ou nao a medida provisbria que criou a URV, en- lho. Ao raesmo tempo, apelamos para o PMDB para que, coeren- tendo que fclizmente esta Casa tomou uma decisao positiva. temenle, com o que o Relator indicou, esteja aqui amanha e vote a Amanha pela manJia, nio haveri trabalho em nenhuma Co- favor do projeto dc conversao. Esta Casa nao e um apendice do missao, e o Congresso Nacional. a partir das lOh, estari reunido Execulivo. Hi independencia entre os tres Poderes. Esta Casa, para a vota^ao da medida provisbria que trala da URV e, conse- amanha, ao aprovar o projeto de conversao, acabari com a crisc quentementc, dos salirios. Essa decisao, tomada hoje pela manha falsamente criada em tomo da discussao dc uma diferen^a de 10%. pelo Presidente do Congresso Nacional, Senador Humberto Luce- O projeto de conversao deixari claro o falor de corre^ao do na, leve apoio de todos os Lideres. salirio dos servidores publicos. O Deputado Gonzaga Mota cum- Desejo que fique rcgistrado nos Anais desta Casa que live a pre com a sua obriga^ao e fari justi^a. Que faf am uma autocritica felicidadc, ao longo desses vinte dias, de conversar com o Relator aqueles que de forma intempestiva e contundente o criticaram; que 2010 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar 1,0 dc 1994 amanha venham ao plenario votar essa materia. que. no men en- um pao por dia e que seriam ainda mais reduzidos, como conse- tendimento, e o centre de aten^ao de toda a sociedade brasileira. qiiencia daquele famigerado aumento quadrimestral de antanho. Nao acredito que a grande imprensa anunciara amanha que Entao, a posi9ao clara e dura do PPR. antigo PDS, dc grata a Camara dos Deputados votou um aumento de 35% ou de 25% memoria, e no sentido de fecharmos questao quanto a fixa9ao do para os seus Parlamentares, porque o grande assunto sera se a me- salario minimo em 100 dolares. Depois de resolvido isso, teremos dida provisoria que cria a URV foi ou nao votada; sc o Congresso oportunidade de tratar do soldo, do pagamento, dos subsidies, da se posicionou contra ou a favor dela. remunera9ao. seja la o que for, dos Parlamentares. Sr. Presidenle, cumprimento, mais uma vez, o Deputado Nao quero fazer demagogia, pois nao e do meu estilo. Gonzaga Mota pela sua firmeza em defesa do interesse da socieda- Aqueles que me conhecem sabem disso. Prefiro ser visto como de. E rogo aos Srs. Deputados e Senadores que nao viajem hoje. quern ganha pouco. que passa ate dificuldades - alguns aqui talvez que delxem para viajar amanha a noite, porque o debate come^ara ja passaram - a ganhar salaries elevados e sofrer cssc desgaste. as lOh, e tenho certeza de que a materia sera votada antes das 18h. Nao e demagogia, mas apenas uma posi9ao clara. E prcferivel ou- O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Concede a pala- virmos na rua que andamos com as meias furadas ou com o casaco vra ao nobre Congressista Fernando Carrion. rasgado a sermos agredidos por essa atitude incoerente de elevar O SR. FERNANDO CARRION (PPR - RS. Sem revisao nossos salaries. do orador.) - Sr. Presidenle, Sr"8 e Srs. Congressistas. queremos O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- destacar como louvavel a atitude tomada pelo Senado Federal hoje vra ao nobre Congressista Osvaldo Bender. pela manha, quando impediu que fosse perpetrado o aumento nos O SR. OSVALDO BENDER (PPR - RS, Sem revisao do soldos dos Deputados Federals. orador.) - Sr. Presidenle, Srs. Congressistas, a esta hora deven'a- Causou-me estranheza a sessao do Congresso Nacional rea- mos estar reunidos para decidir sobre a Medida Provisoria n0 434. lizada na quarta-feira, porque estamos habituados a conviver, des- Porem, o Presidenle do Congresso Nacional adiou a vota9ao para de setembro, com as sessoes da Camara dos Deputados e do amanha. Congresso Revisor. Mas, de uma hora para outra - depois de seis Hoje pela manha houve muito protesto e com razao, pois os meses sem sessoes especificas do Congresso Nacional cm que se jomais noticiaram que o Govemo decidiu mandar retirar da pauta apreciam vetos -, de forma veloz, de afogadilho. reahzou-se a ses- de hoje a medida provisoria que trata da URV e dos salaries dos sao da quarta-feira passada, com resultados que irrilaram o Brasil trabalhadores. inteiro. Lamentavelmente o Congresso se curvou diante da solicita- Por outro lado, avaliando aquela sessao de forma pratica, 9ao do Executive e retirou de pauta a medida provisoria, Nao teria cheguei a conclusao de que e muito temeraria a posifao de quern atrapalhado em nada se. hoje pela manha, alem da vota9ao, pelo quer que seja de titular com epltetos ou adjetivos as pessoas que Senado, do veto presidencial, a Medida Provisdria n" 434 fosse aqui esti'veram votando, porque. com toda certeza, muitas delas discutida e votada, ainda que um pouco mais tardc. votaram contra. Eram contrarias a maneira como as coisas estavam Espero que amanha o Congresso Nacional lenha a hombri- sendo conduzidas e ao momento em que estavam sendo feitas, ate dade e o brio de votar contra a medida e a favor do relatorio do pela falta de costume de haver sessoes do Congresso. como eu dis- eminente Deputado Gonzaga Mota, que procura corrigir um pouco se ha pouco. E temeraria a acusa^ao de todos, fazendo tabua rasa. as perdas do trabalhador, Talvez o trabalhador ainda nao receba o O proprio Partido dos Trabalhadores, que muito respeito e que deve. Se o salario minimo nao pode ser fix ado em 100 d61a- que se tem posicionado como verdadeiro guardiao da moralidade, res, que pelo menos se aproxime desse valor e nao fique apenas apresenta uma posi^ao discutida e discutivel. Por certo. muitos dos nos 64 dolares; 64,75 URV. Isso 6 lamentavel, Sr. Presidenle! presentes. que ate se acotevelaram nas filas quando se votou aque- O Congresso Nacional, nos ultimos dias, vem sendo acusa- le bloco que mais parecia uma prova de vestibular, com cruzinhas do por fatos que ainda nao se consumaram. Hoje pela manha o Se- e quadrinhos. votaram contra aquela posi^ao. nado votou a favor da manuten9ao do veto presidencial, e ainda Registro novamente minha alegria pelo fato de o Senado nao se verificou qualquer aumento nos vencimentos dos Parlamen- Federal ter feito aquela corre^ao. Houve um desgaste iniitil. Foi tares. O Executive pisou em cima do Congresso Nacional. como absolutamente imprudenle tentar aumentar um pouco o soldo. Afi- se o aumento houvesse sido consumado. A propria imprensa agiu nal, tratava-se de aumentar um soldo ja alto, correspondente a de- da mesma forma. Mas, na verdade nao foi bem assim, porque fal- zenas de salaries mtnimos. Nao era oportuno votar naquele tava uma das Casas - o Senado - proceder a aprecia9ao. o que foi feito na manha de hoje. inslante o aumento do soldo, pagamento, subsidio, seja la o termo Se fugirmos da nossa responsabilidade de votar a Medida que se quiser usar. Quando falo em soldo, refiro-me a retrbui9ao 0 pecuniaria por um trabalho feito. Provis6ria n 434, que trata dos salaries, sem duvida estaremos dando margera a que sejamos criticados por todos aqueles que tem Concluindo, quero colocar-me em posifao de vanguarda, ao como alvo o Congresso Nacional. Todos sabem que, em muitas se decidir sobre o salario nunimo. O Deputado Paulo Paim, que ocas ides, e precise ter um cora9ao forte para suporlar as criticas in- tem devotado extraordinaria dedicafao a essa causa, conclama to- justas e inveridicas proferidas contra o Congresso Nacional. dos os Parlamentares a comparecerem na sessao de amanha, para No entanto, a Casa tem sido bondosa com o Executivo, dan- votarmos a Medida Provisoria n° 434. Lembro aquela velha posi- do tudo o que Ihe foi pedido, principalmente no que diz respeito ao fao do antigo PDS, notivel e fresca ainda em nossas memorias, piano economico. Agora e a vez de o Congresso usar o seu poder e estabelecida a partir de agosto de 1991, convergente em todos os votar de acordo com a consciencia de cada Parlamentar, com a pontos com a posi9ao de V. Ex', Deputado Paulo Paim. E uma po- vontade popular, com a vontade dos trabalhadores e nao permitir, si9ao clara, aberta e dura, no sentido de nao aceitarmos que nin- de forma alguma, que sejam reduzidos seus salaries. A evidente guem no Brasil ganhe um salario minimo menor do que 100 polemica entre o Judiciario e o Executivo prova que todos os que dolares. Nao e muito, e pouco; no entanto. e melhor que os 50 ou recorrerem a Justi9a no futuro, por redu9ao de salario, serao vito- 60 dolares atuais, ou que os 38 dolares pagos anteriormente, que, riosos. conforme disse em 30 de abril de 1992, nao davam para comprar Era o que tinha a dizer. Sr. Presidenle. Mar^o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 25 2011 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Alias, em se tratando de redefmi^ao de funfoes, propoe-se vra ao nobre Congressista Ix/.io Salhler. tambem a eliminaijao das competencias relalivas ao julgamenlo O SR. LEZIO SATHLER (PSDB - ES. Pronuncia o se- das contas, que decorre da sua presta^ao formal e peri6dica e da guinte discurso.) - Sr. Presidentc, Sr^ e Srs. Deputados, a fun^ao inocua e inconsistente aprecia^ao das contas anuais do Presidentc fiscali/adora do Podcr Ixgislativo e tradicionalmente uma das ra- da Republica. O procedimento e tao surrealista que num ano o zoes esscnciais de sua cxistcncia. O longo periodo ditatorial parece TCU nao emiliu parecer conclusivo e no seguinle aprovou as con- ler cntorpecido a capacidade desta Casa lambetn nesla percepyao tas do Presidentc da Republica que sofreu o impeachment, acusa- de guardia do interesse da sociedade na utiliza^ao dos recursos ex- do de corrup^ao e de liderar uma grandc quadrilha. traidos dos contribuintes. Cabe ainda destacar que, dando cumprimento ao princlpio Nestas ultimas decadas, muito se legislou sobre a arrecada- bisico da publicidade, inserido no art. 37 da Constitui^ao, eslamos ijao dos impostos, mas quasc nada dc efetivo se fez com vistas a propondo que todos os relal6rios de Audiloria-Geral da Uniao se- despesa publica. jam tornados piiblicos, sob pena de crime de responsabilidade de A Revisao Constitucional 6 uma oportunidade a mais para seu titular. Hoje os pareccres das areas lecnicas do TCU podem ser uma profunda reflexao sobre o tema. E, neste sentido, quero apro- modificados e ate omitidos. valendo apenas a decisao do Plenario vcitar a ocasiao para defender algumas propostas que encaminhei ou de suas Turmas. c, ao mcsmo tempo, abrir a discussao - ate agora circunscrita a Ja e tempo de, por um lado, profissionalizar o servi^o publi- mcia duzia dc pessoas em tomo de nma sub-relatoria - a respeito co, e, de outro, descerrar o veu de mislerio que envolve os assun- dos chamados sistcmas de controle intemo e extemo. tos de interesse de toda a colelividade, particularmenle dos Fundamentalmcnte o que pretendemos e o fortalecimento contribuintes que pagam impostos e querem saber quern estar utili- do sistema de fiscalizayao dos gastos govemamenlais. Para tanto, zando os seus recursos e de que maneira. muito ha de contribuir a cria^ao da Audiloria-Geral da Uniao, O tema transcende esta Casa e este ciclo de trabalhos: e fun- como orgao de controle extemo, que substituiria o Tribunal de damental para o excrclcio da cidadania e para a consciencia nacio- Conlas da Uniao, cuja atua^ao tern sido praticamenle indcua no nal. acompanhamento e no controle da despesa publica. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tern a palavra a O novo 6rgao, aldm das competencias que ja sao inerentes nobre Congressista Irma Passoni. ao TCU, teria a responsabilidade de acompanhar todas as etapas A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Sem revisao do ora- do processo de plancjamento e or^amento, denunciando imediata- dor.) - Sr. Presidente, Sr"5 e Srs. Congressistas, sempre ouvimos mcnle is Mesas da Casa quaisquer irregularidades e representando que a ingovemabilidade, a desordem social e economica e o falo pcrante o Ministerio Publico, que hoje e. junto ao Tribunal, para- de o Pals nao avanyar existem porque nao revisamos a Constitui- doxalmente, uma reprcscnta^ao autonoma do Ministerio Publico. qao. Dizem que a Carta Magna e a culpada por tudo isso e que te- Muitos outros palses adotam modelos scmelhanles ha mui- riamos de aprovar certo pacote economico. Ao longo da nossa tos anos, como, por excmplo, os Estados Unidos, que contam com hisloria, houve um pacote depois do outro. um escritorio central de controle desdc 1921. Na Venezuela, a Nesses tiltimos trinta anos, assistimos i impressionanle de- Controladoria-Geral constituiu-se no orgao-chave para o levanta- grada^ao social das pessoas e a das comunidades. Entendo que da- menlo das irregularidades que culminaram com o afastamenlo do qui para frente o Pals se loma ingovemavel nao devido a essa ou Presidentc Carlos Andres Perez. Mais recentemente, a Bolivia aquela Conslituiijao, a esse ou aquele pacote economico, mas devi- tambem modemizou suas eslruturas na irea. Isto s6 para citar al- do ao fato de que os miseraveis da Naijao, nao suportando mais as guns casos notbrios. condiydes de vida em que vivem, explodirao. Alias, eles ja eslao Obviamente um controle efetivo pressupoe autonomia, e explodindo em varias areas. isto nao se alcanna com o processo polltico-parlidirio em vigor de Nas ultimas Ires semanas, tenho realizado muitas reunioes escolha e nomea^ao dos Minislros vilallcios. Por isso mesmo, a em bairros da periferia e das zonas leste e sul de Sao Paulo. Perce- proposta extingue esses cargos, sem direito a qualquer indenizayao bi que a vida humana esta tao destrulda e esfacelada que a aparen- ou compensai;ao aos atuais ocupantes. cia fisica das pessoas e feia. As pessoas estao desdentadas e Quanto ao pessoal l6cnico do TCU. de reconhecida compe- doentes. Isso sem imaginarmos o que passa por suas menles. tcncia. scria absorvido pela Auditoria-Gcral da Uniao, conlribuin- Desta tribuna, dizemos o tempo lodo que se nao aprovar- do ate mesmo para amenizar o cronico quadro de carencias em que mos determinada lei, se nao ajustarmos a Constilui^ao, o Brasil se cncontram a Secrctaria do Tcsouro Nacional e as Secrelarias de nao lera jeilo. Mas acho que o Pais nao trilhara o rumo certo en- Controle Intemo. A remuneraijao 6 lao desestimulante que os con- quanto nao defmirmos que medidas economicas e sociais devem cursos realizados nao tern logrado rccrutar o quantitativo nccessi- ser tomadas do ponto de vista do nosso desenvolvimento. Sempre rio para o prccnchimcnto das vagas, devido as desislencias e a o fazemos do ponto de vista dos banqueiros intemacionais, da migra^ao para outros 6rgaos da Adminislra^ao. grande indiistria intemacional. mas nunca do ponto de vista do de- O Auditor-Geral da Uniao seria escolhido pela maioria ab- senvolvimento social do povo brasileiro. Encurralamos a Na^ao soluta dos membros do Congresso Nacional, com mandate de cin- brasileira nos centres urbanos, com 10, 15, 20 milhoes dc pessoas; co anos, vedada a rccondu^ao. Do mesmo modo, sua destitui^ao esvaziamos o campo; produzimos muitas e muitas toneladas de dependeria do mcsmo quorum. graos, mas a miseria e a fome continuam aumentando, porque efe- Rcssaltc-sc que a nova cslrutura nao colide com a concep- livamente nada fizemos para melhorar a produ^ao agricola de ali- yao vigente do controle intemo integrado dos Ires Podercs, A bem mentos basicos. Nos encurralamos o povo nas cidades, e, com a da verdade,- a fmalidade, o funcionamcnto desscs 6rgaos subordi- auloma^ao industrial, a cada dia que passa hi mais desemprego, nados is autoridades cm relayao cujas conlas a auditoria tern de se porque nao se sabe administrar a revolu^ao lecnoldgica para o bem manifestar deveriam ser rcvistos, pois eslio vollados para o asses- de toda a sociedade. E, quando se adota a tecnologia, nao se per- soramento indispensivel aos Minislros e demais dirigenles dos gunla o que vai acontecer com os desempreg?dos. Este mes, por respcctivos orgaos, indispensaveis, pois, ao acompanhamento das exemplo, o Bradesco demite mias 10 mil trabalhadores. O Municl- atividades c dos projetos cm sou ambito. pio de Sao Paulo vai instalar calraca eletronica nos onibus e demi- 2012 Quinla-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 tir 21 mil cobradores. E ninguem pergunta o que vai acontecer Durante o discurso da Sr" Irma Passoni, o Sr. com esses desempregados, que vao para as ruas; e ninguem se res- Adylson Motta, 1" Vice-Presidente deixa a cadeira da ponsabiliza pelo seu bem-estar ou mal-estar. nem por suas fami- presidincia, que e ocupada pelo Sr. Wilson Campos, 1° lias. Secretdrio. Na Comissao de Ciencia e Tecnologia, ha urn projeto em O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- pauta, vindo do Senado, que trata do rmpacto sobre os trabalhado- res na area de automajao industrial. Quando relatei pelo menos vra ao nobre Congressista Carlos Lupi. quatro ou cinco projetos da Camara e mais o do Senado, afinnava DISCURSO DO SR. CARLOS LUPI QUE, EN- ser necessario que os Ministerios da Ciencia e Tecnologia, do Tra- TREGUE A REVISAO DO ORADOR. SERA POSTE- balho, da Educa^ao e da Industria e do Comercio negociassem RIORMENTE PUBLIC ADO. com o setor industrial e com os trabalhadores, para que, conjunta- mente, tomassem medidas efetivas para a reciclagem e a ado^ao de O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- programas que, na verdade, investissem na geragao de novos em- vra ao Congressista Adylson Motta. pregos. O SR. ADYLSON MOTTA (PPR - RS. Sem revisao do A Comissao entendeu por bem que o projeto nao deveria orador.) - Sr. Presidente, Sr35 e Srs. Congressistas, e sem diivida ser votado hoje, e adia-se mais uma semana. Respeito a Comissao, preocupante o momento que estamos vivendo, em que indisfar9a- mas acho injusta essa decisao, porque, na verdade. os proprios sete damente existe confronto entre os Poderes, principalmente entre o grandes paises do mundo, reunidos na semana passada, discutiram Judiciario e o Executive. e chegaram a conclusao de que ha cerca de 1 bilhao de desempre- Esta Casa, por ser politica, portanto, mais permeavel a ne- gados no mundo e que isso e motivo de recessao, uma vez que ja gocia9oes, a solu9oes politicas, por assim dizer, de certa forma nao ha quem consuma a superprodu^ao. Entao, o capital se organi- esta contomando na parte que Ihe toca. E certo que ela comeleu za de maneira insana, burra, ou autofagica. Ele se orgamza de for- equivocos, mas me parece que o grande erro nao esta sendo ques- ma a concentrar o poder econotnico, a producjao e nao se preocupa tionado neste momento. com aquele que fica desempregado, com o que nao tern salario, Ocupei esta tribuna no minimo umas dez vezes durante a portanto, com aquele que poderia comprar, consmmr. Isso nao e Constituinte e insurgia-me permanentemente contra a proposta de levado em conta. inserir no texto constitucional o art. 62, principalmente quando se Disseram aqui que a medida que houvesse a Revisao Cons- vinha de uma campanha intensa, feita pelos partidos de oposi9ao a titucional teriamos o parque de produ9ao ampliado. Ate pode ser, e epoca, que se revoltavam contra o que se chamava de entulho au- estou imaginando de que forma poderiamos ampliar o parque de torilario, o decreto-lei. produ^ao se, na verdade, lemos importado equipamentos e nao te- Eu nao podia entender que uma Casa com esse posiciona- mos investido no processo de desenvolvimento. no processo de mento viesse a adotar medida mais auloritaria do que aquela que gera^ao de trabalho, de aumento do poder de compra. O mercado condenava, no momento em que aceitou o instituto da medida pro- nao se amplia. Acho que lemos de desmistificar as falsas ideias. visdria. Ate mesmo a proposta de adcMjao do parlamenlarismo ain- Sr. Presidente, os cidadaos estao pagando IPMF. Aparente- da tinha o argumento de que se tentava adotar instrumento comum mente 0,25% nao significa nada, mas se somarmos o total dos re- ao sistema de gabinete; mas rejeitados esse sislema e a obstina9ao cursos arrecadados sao varios bilhoes de dolares. Para onde esta dos partidos entao de oposi9ao — e o PMDB liderava — nao pude indo esse dinheiro? Onde e que estao sendo investidos esses recur- entender como foi aprovado o instituto da medida provisoria. sos? E hoje, sem duvida alguma, quero fazer um alerta porque Parece-me que cada vez mais estamos gerando recursos, novamente temos que nos definir sobre esse assunto na Revisao mas nao para o desenvolvimento, nao para a gera^ao de emprego, Constitucional. Quando estamos vivendo esta crise, ninguem se nao para a gera^ao de salario, nao para a possibihdade de consu- preocupou em ver qual e a verdadeira origem dos falos que estao mo. Estamos na autofagia, na autodestrui9ao. E al vem a crise eco- determinando o desassossego entre os tres Poderes e afetando a so- nomica, acoplada a crise social e a crise institucional dos Poderes. ciedade brasileira. Tudo foi gerado atraves das medidas proviso- Essa crise, para mim, na verdade, nao e crise. Na aparencia 6 falsa, rias. Eu nao acredito que com um projeto de lei setivesse chegado na sua profundidade e verdadeira, mas as suas causas nao sao as a esse ponto, porque discutido, porque votado, porque daria mar- reveladas. A causa real e a destrui9ao da Na9ao brasileira, o des- gem a reflexao, ao estudo, a troca de ideias, as audiencias e a tudo monte do Estado brasileiro, da industria brasileira, das oportunida- aquilo que e feito no decorrer da tramita9ao de um projeto de lei. des de emprego, da produ9ao agricola, da saiide, da educa9ao e Pois bem, a medida provisdria, um instituto autoritario, e assim por dianle. Cidadaos brasileiros passam a nao ter mais o di- um fato consumado. Vem para esta Casa, que, acuada, tern que reito de viver. Precisamos tomar consciencia disso, e temos ai tam- aceita-la. Ou sera que alguem tern a ilusao de que vao demibar bem a participa9ao de certos selores, que, ao inves de informar, uma medida que cria uma nova moeda, por exemplo? Quais se- desinformam, passam uma informa9ao totalmente deturpada, que, riam os efeitos da rejei9ao hoje da ado9ao desse indexador, a e claro, gera uma revolta incontida na popula9ao. URV? Ninguem tern a ilusao de que isso possa ser de qualquer Quem nao assistiu ontem a reportagem daquele massacre forma aqui rejeitado. Entao, estamos hoje aqui acossados, acuados, acontecido em Salto de Lontra, em Santa Catarina? As pessoas sao porque fomos irresponsaveis na Constituinte quando aceitamos a incentivadas a tomar a iniciativa e a fazer justi9a propria, porque a medida provisdria. Justi9a nao existe mais nas institui96es sociais. So exisle quando Nao me conformo, Sr. Presidente, que esta Casa, irrespon- cada um toma a iniciativa de faze-la com as proprias maos. Isso e savel e irrefletidamente, talvez por comodidade, tenha transferido perigoso, isso e absurdo. mas lamentavelmenle esta acontecendo. a sua prerrogativa Ik para o outro lado da ma e hoje nos encontre- Portanto, considero que a Revisao Constitucional deve ado- mos nas dependencias do Palacio do Planalto. Nao aceito isso. Sr. tar como ponto de vista essencial de justi9a a real retomada do de- Presidente. Se queremos que esta Casa seja altiva, ela tern de assu- senvolvimento desta Na9ao, do povo brasileiro, em vez de cada mir a sua fun9ao de legislar, e os Depulados devem eslar presen- vez mais concentrar a riqueza nas maos daqueles que ja a lem. tes. Nao adianta ficarem brabos comigo. Lugar de Deputado 6 Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2013 aqui, nesta Casa, legislando, e o dos Senadores e o mesmo! Nao chou o salirio dos servidores, permitiu ao Sr. FHC ser muito bem adianta ficar brabo! Temos de asssumir a nossa fun^ao, porque es- recebido, em recente visista, pelo FMI. Logicamente, com o arro- lamos nos acomodando, porque, nao votando, o Palacio do Planal- cho salarial hi uma folga no caixa para honrar compromissos, ou to assume a iniciativa no processo legislative e supre as nossas para fazer o que bem entender o FMI neste Pats. ausencias e a nossa comodidade atraves da edifao de medidas pro- Por outro lado, com o arrocho dos demais trabalhadores, ha visorias. uma superoferta de produtos no Brasil, que continuam sendo ex- Hoje, cumprindo o meu dever constitucional e regimental, portados, agora com pre90 aviltado em rela9ao ao dblar. presidi uma sessao e live o desprazer de ler a Medida Provisdria n0 Estava considerando o Brasil o galinheiro do mundo, mas 451, de 1988. Se fizermos uma analise, vai dar mais ou menos agora, com o FHC, considero-o a pocilga do mundo. Todo mundo duas medidas provisorias por semana. vem aqui, faz o que bem entende, e fica como esta. Espero que o Essa e a realidade. Nao adianta ficarmos proteslando contra Congresso Nacional acorde para esse problema. isso e contra aquilo. Vamos corrigir intemamenle; vamos restabe- Sr. Presidente, Sr88 e Srs. Congressistas, estive hoje pela lecer a normalidade no Govemo, nos Tres Poderes. O Poder Exe- manha com o Sr. Ministro do Exercito, um homem respeitado, culivo administra e executa; o Legislativo faz as leis, e o JudiciMo com o qual live o prazer de servir quando S. Ex* era general-de- zela pela aplica^ao das leis. No momento em que um desses tres divisao e comandava a Diretoria de Fonna9ao e Aperfei9oamento Poderes abrir mao da sua prerrogativa basica, nao podem aconte- no Rio de Janeiro. Era eu um humilde capitao do Exercito, que cer coisas diferentes do que esse quadro triste e melancolico que nao tinha oportunidade de expressar o sentimento de revolta que estamos vivendo hoje. Porque o Poder Legislativo transferiu para meus companheiros infelizmente ainda sentem. Senti certa afli9ao o PalScio do Planalto a iniciativa das leis, abriu mao das suas prer- em S. Ex" Foi uma conversa particular. Quern sou eu? Apenas um rogativas e hoje esta aviltado, humilhado, acossado, assustado pe- Deputado Federal, apenas um capitao da reserva do Exercito Bra- las coisas que come^am a pairar no horizonte, ja que se comefa sileiro. E S. Ex* sabe que nbs, servidores, estamos tendo perdas sa- hoje a falar na proposta de instituifao do estado de defesa. lariais. Entao, prezados Congressislas, meus colegas, 6 hora de re- Acho que o Sr. Ministro esti chegando a conclusao de que flexao. Nao adianta mascarar a medida provisbria. Nao adiantam foi enganado pelo Sr. FHC. S. Ex' nao me disse isso. Cheguei a as propostas de sessenta dias e coisas dessa ordem. Ha tres anos essa conclusao muito particular, perscrutando apenas o semblante esti no Senado uma proposta de regulamenla^ao; e ela ainda nao desse homem, que muito respeito. saiu de 14. Acho que a crise militar anunciada para esses dias ainda S6 temos um caminho, e apresentei essa proposta mais uma esti por vir. vez, porque quero ver esta Casa forte, grande e respeitada, para ser Viri, no meu entender, no come90 do mes de abril, quando respeitivel. Apresentei uma proposta na Revisao Constitucional, os militares receberem seus contracheques e constatarem que fo- com o objetivo de extirpar do texto constitucional esse monstrengo ram enganados, pois, na verdade, receberao em cruzeiro real. A in- chamado medida provisbria, que 6 muito mais violento do que o fla92o que se projeta para o mes de abril e de aproximadamente decreto-lei, que era limitado na sua abrangencia, era aplicivel a 50%. Nossos salirios foram congelados por baixo, e a infla9ao apenas quatro casos e estava condicionado ao nao aumento de des- simplesmente continua. pesas. A medida provisbria nao tem limite de abrangencia, pode aumentar despesas, pode fazer o que quiser. E hi o caso de medida - O piano FHC nada mais fez do que colocar no ceu os em- provisbria, como a que altera alguns dispositivos da Lei n0 8.666, presirios, os donos de supermercados, os banqueiros, os patroes, o que j4 foi reeditada sete vezes. Govemo Federal, os Govemadores de Estado, e sao raros os De- Em nome do bom senso, da dignidade desta Casa, fa90 um putados que discursam contra o referido piano, que, ao mesmo apelo aos Srs. Parlamentares para que reflitam, meditem e pensem tempo, colocou no infemo o trabalhador. So que este ultimo, pobre no Parlamento como institui9ao. Vamos fortalece-lo, e um dos coitado, esti sendo enganado pela imprensa, que esti aqui presen- passes para que isso ocorra e extirpar do texto constitucional essa te. A imprensa sb mostra um lado do piano. O repbrter nao e o cul- figura que hoje tem nos aviltado e nos pressionado nas nossas de- pado, mas, sim, os donos dos jomais, que estao satisfeitos com o cisoes, que se chama medida provisbria. (Palmas.) piano, pois os salirios dos repbrteres tambem foram reduzidos. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Sr*5 e Srs. Con- Temos de reagir, Acredito na maioria silenciosa desta Casa. Nao gressislas, em nome pessoal e em nome da Presidencia, apresento temos ltderes do povo nesta Casa; temos lideres do Govemo, do o meu apoio ao Deputado Adylson Motta pelo seu pronunciamen- FMI, dos banqueiros, dos oligipblios, etc., mas nao temos Uderes to, e S. Ex* ji recebeu os aplausos de quase todos os que estao nes- do povo aqui dentro. Espero que a maioria acorde para esse fato. te plenirio. Agora corre um novo boato, o de que teriamos o estado de E precise que homens como Adylson Motta venham dizer defesa. Mas a imprensa, mais do que ninguem, preparou a popula- as verdades que outras pessoas nao tem coragem de dizer, porque 9ao brasileira para qualquer ato contra esta Casa. Se resolverem nao podemos estar sempre de cbcoras, como tem acontecido. dar um golpe ou decretarem estado de defesa, seja li o que for, Fa90 este registro em nome pessoal e em nome da Mesa, certamente teremos quatro dias de Camaval no Pais, porque a po- que tenho a honra de presidir no momento. pula9ao brasileira nio acredita mais no Congresso. E — o que e O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) — Concede a pala- pior - a popula9ao ji tem CQnvic9ao de que o Congresso e dispen- vra ao Sr. Congressista Jair Bolsonaro. sivel para a democracia. Mais grave ainda: ji esti ate achando que O SR. JAIR BOLSONARO (PPR - RJ. Sem revisao do o Congresso atrapalha a democracia, haja vista o discurso da Sra. orador.) - Sr. Presidenle, venho novamente falar sobre o piano Hebe Camargo, semeIhante ao meu. Em rela9ao a mim, pediram FHC. Confesso a V. Ex' que ainda nao sei qual e o significado das cassa9ao e cadeia. Ela esti sendo simplesmente ovacionada pela letras "F" e "H", mas o da letra "C eu ji descobri. opiniao publica. Culpa nossa, culpa do Congresso. Ela diz que Em que se resume, entao, esse piano? Nada mais, nada me- aqui sb tem vagabundo. Mentira! Aqui todos trabalham, mas ha nos, do que em um arrocho salarial, Entendemos, e qualquer um uma minoria que trabalha pensando no povo e uma maioria contra pode compreender, que o piano, a partir do momento em que arro- o povo, pensando em si prbprio. Vagabundos aqui nao existem. 2014 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o dc 1994 Pe^o a Deus que ilutnine os Parlamentares desla Casa, para nistro, que quer colher dividendos eleitorais esculachando o Con- que acordem, para a grave situagao que estamos vivendo, a fim de gresso, prega a revisao, para cair nas grafas da FIESP. nao voltarmos ao que foi chamado de retrocesso, mas que foi mui- Espero sinceramente que o Ministro Fernando Henrique to melhor do que a situafao que estamos vivendo hoje em dia. Sr. Cardoso nao se tome prisioneiro justamentc daqueles que boico- Presidente. lam seu piano. Os empresarios que o aplaudem sao os mcsmos que O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- na calada da noite aumentam sous prc^os. vra ao Sr. Congressista Pedro Tonelli. Por ultimo, espero que a denuncia da ABA contra a Globo O SR. PEDRO TONELLI (PR - FT. Pronuncia o seguinle nao caia no vazio. A Rede Globo burla o institute da URV, que discurso.) - Sr. Presidente, Sr*5 e Srs. Congressistas, depois da finge defender. bengao do FMI, ontem foi a vez da Confederagao Nacional da In- Era o que tinha a dizer. dustria (CNI) lamjar a candidalura do Ministro Fernando Henrique O SR. MAURICIO CALLXTO - Sr. Presidente. pcyo a Cardoso, que tern nome de veneno - FHC - com direito a trilha palavra pela Lideranya do PEL. sonora e clipe de campanha no horario nobre da Rede Globo, O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Tern V. Ex" a Quern assistiu ontem ao Jomal Nacional deve ter ficado na palavra. duvida sobre se ja havia estreado o horario eleitoral gratuito. Este O SR. MAURICIO CALIXTO (Bloco Parlamentar - RO. monopolio esta fazendo campanha explicita e escancarada a favor Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, SraS e Srs. Congressistas, de Fernando Henrique Cardoso. o Govemo Federal vem tentando implomentar projeto de constru- O empresario Roberto Marinho ja definiu o seu candidate e fao de uma linha de transmissao dc energia eletrica no Estado de por isso nao mede esforfos, atraves da sua poderosa rede de tele- Rondonia. compromisso firmado no dia 13 de abrii dc 1993. E visao, para mobilizar o apoio da opiniao publica ao piano do Mi- hoje, enquanto a Rcpublica vivc uma crise que intranqiiiliza a nistro. consciencia democratica do nosso Pais, o Estado de Rondonia vivc O que poucos sabem e que a Globo esta sendo acusada de a crise da falta de energia eletrica. Cerca de 80% da popula^ao vi- boicotar o piano que finge defender. A denuncia e da Associa^ao vem na mais completa escuridao e sao ainda humilhados pelo Go- Brasileira de Anunciantes, a ABA, que acusa a Globo de ter au- vemo do Estado, que, com acinte c desrespeito a consciencia dc mentado em cerca de 20%, em termos reais, o pre^o da sua tabela Rondonia, ainda promove conucios politicos baseados na qucslao de publicidade, ao promover a conversao para a URV. da energia eletrica. A ABA apresentou esta denuncia ontem, durante a reuniao Inumeros tern sido os movimentos populates dcflagrados da Camara Setorial de Comunica^ao Social, criada no ambito do em Rondonia para protestar contra o Govemo do Estado pela falta Ministerio da Industria, do Comercio e do Turismo. A denuncia ja de uma politica energetica e pelo grande volume de corrup^ao en- foi levada ao Ministro da Fazenda. para que providencias sejam cetada nas Centrais Eletricas do Estado dc Rondonia - CERON. tomadas. Mas isso hoje ja nao representa mais uma denuncia, porque ja c Espero que Fernando Henrique Cardoso nao se acovarde uma questao oficial, Existe um inquerito civil publico, formulado para nao perder o principal padrinho da sua candidatura. Espero pelo Ministerio Publico do Estado dc Rondonia, denunciando toda que o Ministro tenha a mesma altivez com que vem recusando-se a a mafia de corrup^ao existente nas Centrais Eletricas do Estado de pagar os aumentos do Congresso e do Judiciario. Afmal, por mais Rondonia. O Govemo Federal firmou um temio de compromisso poder que tenha, o Sr. Roberto Marinho - anfitriao do Ministro na com o de Rondonia para a conslrufao de uma linha de transmissao ultima festa de Ano-Novo - nao esta acima da lei. da Hidreletrica de Samuel ate Ariquemes e Ji-Parana, dois dos De acordo com a ABA, a Rede Globo converteu sua tabala principais Municipios do interior do Estado. Para isso sao necessa- de publicidade em URV adotando como crilerio a media dos ulti- ries recursos da ordem de 42 milhoes de dolares. Enlretanto, a mos quatro meses, mas com base no valor cheio do dia 30 de cada construfao da linha de transmissao tem sofrido uma serie dc per- mes. No entanto, quern e do ramo sabe muito bem que os anun- calfos. Havia um cronograma e a expectativa de que a primcira ciantes nao pagam o valor da publicidade a vista. A publicidade etapa estaria concluida em junho, ate a cidade de Ariquemes, e o veiculada e faturada para pagamenlo apos o dia 15 do mes seguin- resto em setembro, ate o Municipio de Ji-Parana. Mas lamenlavel- te. Assim, a tabela dos veiculos ja trazia embutida a expectativa de menle ja estamos no final do mes de mar^o, e ate agora o Govemo inflaf ao futura. A Globo, ao fazer a conversao pelo valor do dia 30 Federal nao mandou para o Congresso Nacional o Onjamento le- e nao pela URV do dia efetivo de pagamento, aumentou em mais gal de 1994. Em razao disso, as vezes ha racionamcnto dc energia de 20%, em termos reais, a sua tabela de publicidade, ao converte- eletrica nos Municipios por mais dc doze horas por dia, como la em URV. acontece hoje na segunda maior cidade de Rondonia. Alem desta denuncia, a ABA foi mais longe e acusou a Sr. Presidente, ja esta marcado um ato de protesto no Muni- Globo de ter aumentando no ultimo quadrimestre a sua tabela de cipio de Presidente Medici, para reclamar do Govemo de Rondo- prejos em 5%, em termos reais. nia a ado^ao de medida eficaz e concrcta, para reslabelecer a honestidade nas Centrais Eletricas do Estado de Rondonia, e para Este monopolio de televisao, que promove as posi96es mais exigir que os recursos arrecadados com a cobranya da taxa dc conservadoras em defesa dos interesses mercantis e politicos do energia eletrica mais cara do Pais nao sejam desviados. seu controlador, nao tern moral para denunciar os aumentos do Ju- Era o registro que queria fazer, que vai ao encontro do dra- diciario e do Legislativo. A Globo achincalha o Congresso, mas matico apelo da populafao de Rondonia, que ja nao suporta mais o faz coisa bem pior. estado de completo desespero pela falta de energia eletrica no Es- A incoerencia dos patrocinadores da revisao constitucional tado. e inominavel. Este Congresso vem sendo espezinhado e enxova- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Conccdo a pala- Ihado, perdendo o que Ihe restava de credibilidade. Mesmo assim, vra ao nobre Depulado Elisio Curvo, pela Lideranija do PfB. O SR. ELISIO CURVO (PTB - MS. Pronuncia o seguinte na hora de tentar impor seus interesses, os empresarios que ontem s fizeram a claque do lan^amento da candidatura de Fernando Hen- discurso.) - Sr. Presidente, Sra e Srs, Congressistas, as divergen- rique Cardoso na sede da CNI insistem na revisao. O proprio Mi- cias entre os tres Poderes quanto a conversao, em valores expres- Mar?o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2015 sos em Unidades Reals de Valor - URV, dos subsldios dos Parla- deria exercer a fun9ao legislativa, como pretendem os Srs. Minis- mentares e dos vencimentos de magistrados e servidores civis e tros do Supremo Tribunal Federal. miliares estao configurando uma crise institucional iminente, so- Diante do impasse ocorrido entre os tres Poderes. cabe uni- bretudo em virtude de notas e declara^oes exaltadas e radicals das camente ao Procurador-Geral da Repiiblica adotar uma iniciativa alias autoridades. processual junto ao Supremo Tribunal Federal, ja que Ihe incum- Nao obstante, a solucjao para essa crise pode ser encontrada be, nos termos do art. 127 da Constitui9ao, "A defesa da ordem ju- na prdpria Constituifao Federal e no texto da Medida Provisoria n0 ridica" do Pais. Mas S. Ex" nao o fez; omitiu-se de tudo. 434, que instituiu o piano monetario do Govemo. Por sua vez, o Poder Executivo poderia modificar a Medida O exame sereno da materia indica a solu^ao para a crise. Provisoria n0 434, para adotar um tratamento mais justo na questao Primeiramente e necessario mencionar o art. 168 da Consti- da conversao em URV dos estipendios em geral. tuiijao, que lem sido citado como a base da decisao do Supremo A Medida Provisoria n0 434 e contraditoria no particular, Tribunal Federal. pois adota dois procedimentos diferentes quanlo a conversao em Esse dispositivo prescreve o seguinte: URV pela media dos tiltimos quatro meses: 1°) no caso do salario minimo (art. 17), beneficios da Previ- "Art. 168. Os recursos correspondentes as dota9o- dencia Social (art. 19), vencimentos, soldos e salarios dos servido- es orfamentarias, compreendidos os creditos suplemen- res civis e miliares (art. 21) e respectivos proventos e pensoes (art. lares e especiais, destinados aos orgaos dos Poderes 22), o calculo toma por base o valor da URV no ultimo dia do mes Legislativo e Judiciario e do Ministerio Publico, ser- de competencia; Ihes-ao entregue ate o dia 20 de cada mes, na forma da 2°) no caso dos salarios em geral (art. 18), o calculo toma lei complementar a que se refere o art. 165, § 9°." por base a data do efetivo pagamento. Como se podt, constatar, esse precsito nao trata de data de Esse tratamento diferenciado e que esta gerando as contro- pagamento de vencimento de magistrados, procuradores da Repu- versias no Pais, nos Poderes Legislativo e Judiciario e na media. blica ou de servidores do Judiciario e do Ministerio Publico. Esta- Esse tratamento diferenciado, repito, gera todas essas controver- belece apenas que o Poder Executivo deve entregar ao Legislativo, sias. ao Judiciario e ao Ministerio Publico os recursos or9amentarios Melhor seria, pois, que o Govemo introduzisse modifica9ao que Ihes sao destinados, ate o dia vinle de cada mes. na Medida Provisoria ri" 343, para estabelecer o tratamento unifor- Esses recursos or9amentarios destinam-se nao somente ao me da materia: ou data do pagamento ou ultimo dia do mes, na pagamento de pessoal, mas tambem as demais rubricas or9amenta- conversao em URV. rias; material permanente, material de consumo, etc. A esta altura, para nao prejudicar qualquer classe, poder-se- Ora, recebendo esses recursos e uma vez que nao podem ia adotar a regra da data do pagamento para o setor privado e o aplica-los para evitar os efeitos da infla9ao, e natural que o Judi- dia 22 do mes de referencia (utilizado pelo Judiciario e pelo legis- ciario, o Legislativo e o Ministerio Publico tratem de efetuar, de lativo) para o setor publico. imediato, o pagamento do pessoal e a contrata9ao de fomecimen- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concede a pala- tos e servi9os. vra ao nobre Congressista Amo Magarinos. Ja a Medida Provisoria n" 343, de 27 de fevereiro de 1994, O SR. ARNO MAGARINOS (PPR - RS. Sem revisao do cria um novo sistema monetario e. apesar de redigida de forma orador.) - Sr. Presidente, Sris e Srs. Deputados, todos nos somos confusa, contem regras, meramente monetarias. Ela nao trata de sabedores dos series problemas que estamos enfrentando no Pais. data de pagamento de subsidies, vencimentos e salarios, mas dife- No meu entender, mesmo que nao lenharoos condi9oes de solucio- rentcmente do procedimento para a conversao deles em Unidades nar todos eles, pelo menos alguns deles poderiam ser resolvidos Reals de Valor - URV. com a maior facilidade, deixando mais tranqiiilas as pessoas mais E mais do que natural que esse processo de conversao nao humildes que vivem da agricultura. possa redundar na quebra do tratamento isonomico estabelecido Volto a tribuna para fazer o mesmo registro que fiz ha pou- pelo art. 39, § 1°: da Constitui9ao. Exemplificando, os vencimen- cos dias. Ha vinte ou trinta anos, tanto o Govemo Federal quanlo tos dos cargos de DiTe9ao e Assessoramento Superiores do nlvel Govemadores Estaduais colonizaram areas indigenas e as vende- DAS-6 ou DAS-2 do Executivo e do Judiciario sao identicos. E a ram a agricultores. Com a Constitui9ao de 1988 - art. 23 - essas Medida Provis6ria n0 434 nao poderia quebrar esse nivelamenlo. areas voltaram a ser dos indios. Agora, eu pergunto: o que o Go- Dai estabelece que a conversao seja feita pela media aritmetica dos vemo tem feito por esses agricultores, que trabalharam e investi- valores resultantes da divisao do valor nominal dos vencimentos, ram, duranle todos esses anos, nas suas propriedades? Nao tem soldos e salarios, vigente nos ullimos quatro meses anteriores a 1° feito absolutamente nada. Nao quero ser juiz e dizer que os agri- de mar90 de 1994, pelo valor da URV do ultimo dia do mes de cultores ou os indios tem razao. Mas qualquer pessoa sabe que a competencia. responsabilidade e do Govemo. Essa regra e que assegura a isonomia. A data para o calculo Para tratar da questao com o Ministro da Justi9a, esteve em da conversao e o ultimo dia do mes de competencia, como poderia Brasilia uma comissao de lideres sindicais, agricultores e politicos. ser outro, 1°, 15 ou 20. Eu participei da reuniao, que ocorreu ainda no mes de dezembro. Nessas condi96es, nada impede o Judiciario de efetuar os O Ministro prometeu, meu caro Presidente, que iria reassentar os indios em suas aldeias, para evitar os confrontos, as brigas, ate que pagamentos de vencimentos no dia 22 ou noutro dia qualquer. a O que o Judiciario nao pode fazer e estabelecer uma data di- fosse encontrada uma solu9ao para o caso. Sabe V. Ex o que foi ferenle para a conversao, porque isso importaria nao so em desres- feito? Absolutamente nada. Nada, na verdadeira acep9ao da pala- peito a Medida Provisdria n0 434, mas tambem em legislar sobre vra. normas de car liter monetario, o que evidentemente e da competen- Os jomais do meu Estado ainda ontem anunciavam que o cia privativa do Legislativo. Juiz Federal de Passo Fundo determinara que a Policia Militar fos- O Judiciirio poderia ate mesmo submeter ao Congresso se aos locals do conflito manter a ordem. Nao queremos confron- projeto de lei que allere a Medida Provisoria n0 434, mas nao po- tos entre agricultores e indios. Gostariamos de ver respeitado o 2016 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 direito dos indios, mas tambem devemos respeitar o direito dos que, de repente, estando o Pais envolvido em muitas dificuldades, agricultores, que vivem naquelas propriedades ha mais de vinte com uma rela^ao intemacional confusa, tendo perdas financeiras anos. Ali investiram tudo que ganharam e hoje vivem um clima de enormes, impostas por credores estrangeiros, com uma crise social inseguranfa, A noite, tem de deixar algum membro da famllia fa- extraordinariamente grande, avassalando nosso povo faminto e zendo ronda, para evitar problemas maiores na propriedade. miseravel, as vesperas de uma eleifao para Presidente da Republi- Isso vem acontecendo ha mais de um ano. Se os indios ne- ca, na qual os setores oposicionistas e de esquerda apresentarao cessitassem daquela terra para sobreviver, parece-me, ja leriam to- uma candidate que e o mais apoiado pelo povo ate o presente ins- rnado uma posifao. Ate hoje ha sobrando na regiao, mas lalvez lante, enquanto a elite nao tem candidate apresentado formalmen- eles queiram mais essa para arrendar a lerceiros, como ocorre no te, nao deixa de ser hilariante que, numa situafao dessas, surja, de Municipio de Charrua e em outros mais. repente, grave crise em razao de aumento de 10% nos salaries de Fafo este registro porque os Municipios de Irai, Planalto e Deputados e juizes. Erebango, no Rio Grande do Sul, e outros de Santa Catarina e do Sr. Presidente, tudo indica que o buraco esta mais em baixo, Parana estao com o mesmo problema. como se diz na giria popular. Nao podemos admitir que as inslitui- Hoje, pela manha, falei com o Ministro da Justi^a, que me ?6es brasileiras passem a estar em causa porque houve um aumen- atendeu muito bem, mas nao adianta ser bem recebido por S. Ex* to salarial indevido para Deputados e Ministros do Supremo se nosso problema nao for resolvido. As 18h30min falarei com a Tribunal Federal. pessoa indicada por S. Ex1 para solucionar o caso. La estarei, por- E reprovavel tambem que alguns setores se movimentem que nao quero que amanha ou depois a imprensa divulgue fatos la- com certa rapidez nessas horas e comecem a acenar com a hiprite- mentaveis, como ocorreu no Parana. Pela atitude do Govemo em se de fechamento do Congresso e do Judiciario, como se isso fosse relaijao a um caso tao grave, entendo que temos de fazer o registro solu9ao para a crise que o nosso Pais esti vivendo. desta materia nesta Casa toda semana, porque, como Deputados Ficamos surpresos com a atitude rapida e desenvolta do Sr. daquela regiao, temos obrigafao de alertar o Govemo. Presidente da Republica. Nessas horas, S. Ex* deveria comportar- O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) - Concedo a pala- se como pessoa empenhada na tentativa de resolver o problema, e vra ao nobre Depulado Adao Pretto. nao agravar a crise. Em vez de ser a primeira instancia da crise, O SR. ADAO PRETTO (PT - RS. Sem revisao do ora- deveria colocar-se justamente como ultima instancia. Quando a dor.) - Sr. Presidente, prezados colegas, fala-se muito na crise que crise estivesse envolvendo os diversos Poderes da Federaijao, ha- estamos enfrentando. Ela nao e de agora, vem se arraslando ha veria um recurso: apelar para a Presidencia da Republica. tempos. Desde outubro, quando come^aram a querer enfiar goela Aconleceu justamente o contriirio: foram o Presidente da abaixo dos brasileiros uma revisao constitucional, nos estamos Republica e seu Ministro que provocaram a crise. aqui resistindo. Esta revisao deveria ter come^ado em outubro pas- Sr. Presidente da Camara dos Deputados, Sr. Presidente do sado, nos ullimos dias ganhou alguma fonja, mas praticamente nao Congresso Nacional, ficamos tambem espantados em ver com que comeijou, inesperada coragem o Sr. Fernando Henrique Cardoso, de repente, Qual o tema mais importante votado ale agora? A diminui- com ardor, diz que nao acata as decisoes do Supremo Tribunal Fe- fao do mandate do Presidente da Republica. Ainda nao chegamos deral ou do Congresso Nacional sobre essa materia e que a tinica aonde a elite pretende chegar. A ehte quer a privalizafao. Ai e que lei da Republica e a lei que S. Ex' fez. a crise vai agravar-se, porque o povo brasileiro nao vai permitir. E o Presidente Itamar Franco? S. Ex* disse que o STF esta Portanto, tendo em vista que partidos que apoiavam a revi- fora da lei. Sera que esta mesmo? E se estivesse, seria o caso de o sao estao voltando atras, revendo sua posigao, esta e a oportunida- Sr. Presidente da Republica ser o primeiro a dizer isso na televi- de de admitirmos que nao e o momento de fazermos essa revisao sao? Sua atitude nao deveria ser a de colaborar para resolver o pro- constitucional. blema? A revisao e uma das razoes da crise, que se agravou, e cla- Achamos tudo isso suspeito. Achomos que o responsSvel ro, na quarta-feira passada. quando esta Casa dermbou veto do Sr. principal pela crise que esti al e o Executivo Federal, e o Presiden- Presidente da Republica e assim aumentou o salario dos proprios te da Republica, 6 o Ministro Fernando Henrique Cardoso, que Deputados. Na ocasiao, nos do Partido dos Trabalhadores, alerta- quer impor mais um arrocho salarial ao povo e dolarizar a econo- mos os Congressistas para a desmoraliza^ao que esta Casa sofreria mia brasileira para avassalar a Na^ao, atraves do chamado Piano perante a opiniao publica e quase fomos linchados. Fomos humi- FHC. Ihados e agredidos por muitos colegas, que diziam estarmos fazen- Estamos diante de uma economia deformada. Os lucros e os do demagogia e que o PT sempre fazia isso para aparecer na juros dos grandes bancos sao exlraordinirios, e os salaries dos tra- imprensa. Agora esta ai, Sr. Presidente, prezados colegas, uma res- balhadores sao infames. Como estabilizar isso? Essa economia posta, confirmando que estavamos certos. Hoje, vimos ate Deputa- deve ser corrigida. O que precisamos e de um piano de desenvol- do pedindo aos Senadores que corrigissem o erro cometido pela vimento, e nao de eslabiliza^ao. Camara dos Deputados. Lamenlavelmente esses episodios aconte- Essa estabiliza^ao e absurda. Precisamos de emprego, de cem. produfao, de dinamismo na economia e de, no curso de um pro- Deixamos este registro para que a sociedade brasileira saiba cesso desse tipo, center a infla^ao 6 meio, nao e fim. Ninguem que estavamos certos. quer um piano cujo objelivo primacial e miximo 6 conter a infla- Era o que linhamos a dizer. fao, estabilizar a economia, parar tudo para gerar dividendos para O SR. HARD EDO LLMA - Sr. Presidente, solicito a pala- poder pagar os juros e o principal das dlvidas extema e intema vra para ufna Comunicagao de Lideranga pelo PCdoB. brasileiras. O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) Concedo a pala- Queremos chamar a aten9ao daqueles que estao de certa vra a V. EX' como Lider. maneira artificializando essa crise. Pensamos que a responsabilida- O SR. HARD EDO LLMA (PCdoB - BA.) - Sr. Presiden- de principal esti no Presidente da Republica e,no Ministro Fernan- te, Sr*5 e Srs. Congressistas, efetivamente estamos envolvidos do Henrique Cardoso, que deveriam ter a mesma audacia que numa crise politica de certa propor^ao. Nao deixa de ser hilariante usaram para enfrentar o Supremo Tribunal Federal na hora de en- Maifo os 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinla-feira 25 2017 frenlar as multinacionais e o FMI. Bateriamos palmas para o Mi- ta as opinioes de todas as centrais sindicais, nao so de esquerda, nistro Fsmando Henrique Cardoso e para o Presidente Itamar mas tambem de direita. Franco se dissessem esta frase; O FMI esta contra os interesses do O Ministro aparece hoje nos jomais dizendo que sua pro- Brasii, e mo vamos pagar-lhe". Ai sim, todos estariamos aqui para posta nao e o que se grita nas galerias do Congresso Nacional e aplaudir o Ministro da Fazenda e o Presidente da Republica. que o que se grita aqui nao reflete o interesse brasileiro. Dois erros Dizer que nao vao pagar 10% para nao sei quem? Sr. Presi- do Sr. Ministro, a quem corrijo: Sr. Ministro, ninguem grita nas dente, ja estamos cansados de ser envolvidos numa politica diver- galerias do Congresso Nacional, porque o acesso do povo as galei- sionista. Aqui. no Congresso Nacional, fizemos toda uma ras esta proibido. Se S. Ex° acha que ainda ha gritos por aqui, sig- movimentafao para apontar os "anoes" do Onjamento brasileiro. nifica que esta por fora, nao sabe o que esta acontecendo nesta Ao final, estamos prestes a cassar esses "anoes" - o que e certo -, Casa. Segundo, se gritassem, ai sim, seria o grilo do povo, que S. enquanto os giganles estao encobertos. Ex' nao quer escutar. Ademais, pensamos na seria ameaija que existe quando 330 Durante o discurso do Sr. llaroldo Lima, o Sr. cmpresarios brasileiros se reunem aqui em Brasilia e mandam cha- Wilson Campos, 1° Secretdrio, deixa a cadeira da presi- mar o Sr. Fernando Henrique Cardoso, que vai la, como capacho dencia, que e ocupada pelo Sr. Humberto Lucena, Pre- dos empresarios, humilhando o Estado brasileiro, para dizer: "Va- sidente. mos lan9ar uma opera^ao salvamento da revisao constitucional". E um Presidente de uma multinacionalzinha dessas que anda aqui as- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a sallando o povo da America Latina resolveu escrever um artigo palavra ao nobre Congressista Joao Paulo. cujo titulo e "Sem revisao nao ha salva^ao". O SR. JOAO PAULO (PT - MG, Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Congressistas, antes de discorrer sobre Sr. Presidente, nao ha salvaqao para eles. Com revisao nao os assuntos que me trazem a tribuna, gostaria que ficasse registra- ha salvafao para o povo brasileiro. da nos Anais a repara9ao de uma infamia desferida nesta Casa Gostariamos de ter ouvido o Sr. Presidente da Republica, contra o nosso colega Pedro Simon. Um Parlamentar assoraou a Itamar Franco, dizer. "Diante do que a CNBB, a OAB, a ABI, a tribuna hoje e desferiu aleivosias, infamias contra o nobre Sena- CUT, as duas CGT, a UNE, a UBES, a Conan (todas as entidades dor. Acompanho a vida do ilustre politico gaucho e sei que ela e democr&ticas brasileiras que derrubaram o Govemo Collor e que pautada em principios eticos, seriedade e honestidade. Podemos puseram o Itamar Franco 14 no Palacio do Planalto) estao dizendo discordar dos pontos de vista do Senador Pedro Simon, mas S. Ex' - e todas estao contra a revisao - "escutarei" o povo, ficarei contra em momento nenhum, mereceu esse ataque improprio e indevido. tambem". O destempero verbal, no minimo, e absolutamente improcedente. Nao, a coragem de S. Ex* e usada contra o STF, que esta Sr. Presidente, nao podemos deixar de apreciar a Medida desarmado e que, diga-se de passagem, agiu de forma que acha- Provisoria n" 434. Este Congresso nao pode permitir que ela seja mos polilicamente in4bil, mas juridicamente correta. E nao pode- reeditada. Cabe a nos, Parlamentares, opinar sobre ela e retificar o mos estar cobrando do STF habilidade politica. Quem deve ter seu conteiido. habilidade politica e o Presidente da Republica, e o Ministro da Sr. Presidente, encaminhei a Mesa requerimento de urgen- Economia - e esses nao estao demonstrando te-la. cia urgentissima para a aprecia9ao da Medida Provisoria n" 441, " -isamos reagir energicamente contra essa crise artificial que, no^meu entender, nao deveria ser aceita pela Casa. O Presi- e advertir os que tentam envolver setores militares, alguns dos dente da Republica nao pode modificar a Lei de Diretrizes Or9a- quais se apressam a dizer "Fechem isso, fechem aquilo". Fechem mentirias atraves de uma medida provisoria. Na verdade, o para que? Para restaurar um regime militar que foi absolutamente Execulivo nao se interessa pela aprova9ao do Or9amento que en- torpe em nosso Pais, que nao resolveu problema algum, que abriu viou a esta Casa. Procrastina as retifica96es que anunciou. Essa as portas do Pais ao capital estrangeiro? medida provisriria nao pode tardar a vir ao Plenario. Nao podemos Sr. Presidente, a saida nao e nenhum golpe, muito menos permitir que o Govemo continue corrigindo os valores or9amenta- militar. A saida esta em enfrentarmos a necessidade de votar um rios com base nos indices do mes anterior ao das despesas a serem piano de desenvolvimento para o Brasii. Em primeiro lugar, deve- efetuadas. mos estabelecer um modus vivendi, que significa respeito as insti- A LDO definiu que os reajustes das verbas or9amentarias tuifoes e os Poderes entre si, inequivocamente. Respeito a poderiam ser feitos ate o mes de novembro do ano anterior. Por- democracia. tanto, e descabida essa medida provisoria. Esta Casa nao pode re- Quero reiterar o que disse na manha de hoje: o Congresso tardar mais a discussao e a vota9ao dessa materia, para que o Nacional, neste momento, deve investir na solu9ao da crise com Govemo nao continue agindo desta maneira. uma proposi9ao ou uma atitude polilicamente correta, justa e opor- Sr. Presidente, e necessdrio que V. Ex' coloque na pauta da tuna. Amanha deveremos aprecir a Medida Provisoria n0 434, que sessao de amanha a aprecia9ao, a discussao e a vota9ao da Medida dever4 ser votada por todos os Deputados e Senadores, a quem Provisoria n0 441. agora, em nome do PCdoB, apelo para que estejam presentes. E Sr. Presidente, o Jornal da Tarde traz manchete que nos vamos come9ar a dar um chega para la no Sr. Fernando Henrique impressiona; "Empresarios querem Fernando Henrique Cardoso na Cardoso. S. Ex' se reuniu com diversos Parlamentares e teve o revisao e o lan9am candidate a Presidencia da Republica". O que desplante de dizer que nao quer que o Congresso vote a medida, leva o Pais a situa9ao de tumulto e a parcialidade, a falta de espiri- porque vai reedita-la. S. Ex' nao quer? Pois fique sem querer. Sr. to publico. O Ministro Fernando Henrique, nosso colega na Cons- Ministro. O Congresso, independentemente das suas motiva95es e tiluinte, mostrou a sociedade de que lado se posiciona. E um dos grupos economicos que V. Ex' esta representando, votara homem parcial. Na minha opiniao, S. Ex' nao pode ocupar um car- amanha a Med.da Provisoria n" 434. E penso que devemos derru- go de deslaque no Govemo, porque demonstrou uma visao obtusa, bar essa medida e aprovar, afora alguns destaques, o projeto de um comportamento malevolo ao longo do tempo. O Brasii precisa, conversao feilo pelo Senado Federal e pela Camara dos Deputa- hoje, de pessoas com largo espirito publico, que nao privilegiem dos, apos auscultar o povo, discutir demoradamente, levar em con- nenhum segmento da sociedade, E as atitudes do Ministro Feman- 2018 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar9ode 1994 do Henrique Cardoso estao pautadas nas normas mais ortodoxas Regimento - entendi que V. Ex' ja havia decidido pela inclusao na da economia: aumento de pre^os e arrocho de salarios, S. Ex" nao sessao de amanha do Congresso Nacional. e o homem apropriado para ocupar cargos de destaque no momen- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Justamente, to dificil que o Pals atravessa. O SR. ODACIR SCARES - Quer dizer que a materia ja Superconcentrar renda nao e mais cablvel. Sr. Presidente. esta inserida na sessao de amanha, independentemente de consulta Mas e a linha de conduta do Minislro Fernando Henrique Cardoso, as Liderangas? Depende apenas de consulta sobre alternativa de embora sustente um discurso enganoso, falso, como se quisesse votar hoje ainda? realmente contemplar os assalariados brasileiros, A medida provi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Exatamente. soria, portanto, deve ser derrotada nesta Casa. Que se adote uma O SR. ODACIR SCARES - Muito obrigado. polltica economica que visse estabilizar nossa economia e seja in- O SR. SARNEY EILHO - Sr. Presidente, pego a palavra compatlvel com o arrocho salarial, para uma Comunicagao de Lideranga. O problema brasileiro e o empobrecimento do povo, a su- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a perconcentrafao de renda que o Minislro Fernando Henrique Car- palavra. doso vem promovendo. E isso e inadmissivel. Para resolver a O SR. SARNEY FILHO (Bloco Parlamentar - MA. Sem pobreza do povo brasileiro, temos de tomar medidas diferentes. revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Congressistas, to- Nossa economia tern de crescer. Subordina-la a um padrao de dos nos temos conhecimento da dimensao da crise enfrentada por moeda estrangeira e outro equivoco insanavel do Govemo. nosso Pais. Seus contomos sao bem menores que aqueles que a Portanto, Sr. Presidente, protestamos contra a linha adotada imprensa e grande parte da classe politica querem impor. Mas, Sr. pelo Minislro Fernando Henrique Cardoso. Esperamos que esta Presidente, a crise nos mostra a fragilidade do Poder Legislativo. Casa entenda isso e corrija os rumos que o Executivo tenta impor a Nao podemos consentir silenciosamente que este Poder seja exe- economia brasileira. crado diante da Nagao, Nao podemos permitir que ocorram fatos O SR. ODACIR SCARES - Sr. Presidente, pefo a palavra como esses que temos visto pela televisao, Aproveitam-se das con- pela Lideran^a do PFL. vocagoes de greves para agredir, diminuir e enfraquecer o Poder O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a Legislativo. palavra. Sr. Presidente, os Lideres e os Presidentes das duas Casas O SR. ODACIR SCARES (Bloco Parlamentar - RO. Sem precisam dizer a populagao qual a verdadeira fungao do Parlamen- revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sir's e Srs. Congressistas, que- to. Precisam dizer que na Camara nao existe materia que nao tenha ro apenas registrar uma providencia adotada pelo Secretario da sido votada; que no Senado tambem nao ha materia atrasada; que Administrafao Federal, General Romildo Canhim, em relafao aos este Congresso tem cumprido sua obrigagao. Precisam dizer quan- policiais militares do ex-Territcrio Federal de Rondonia que, apos tos Deputados ja foram cassados pela Camara; que ha doze anos a edifao da Lei Complementar n0 41, que criou o Estado de Ron- um Deputado ganhava 10 mil dolares, sem Imposto de Renda, e donia, nao foram enquadrados como servidores federais. que hoje ganha menos de 3 mil dolares. Precisam dizer que esta O Minislro da Administra^ao, atraves da Portaria n0 730, Casa nunca se negou a prestar servigo ao Pais. baixada no dia 18 de margo passado, determinou que os policiais Mas me parece que neste momento as Liderangas estao militares do ex-Territorio Federal de Rondonia tem trinta dias mais preocupadas - e incluo ai as Liderangas que fazem parte da para fazer a opgao entre permanecer nos quadros do Estado ou Mesa - com pequenos assuntos, ate mesmo com esta revisao, pela passar aos da Administragao Publica Federal. E uma providencia qual lulei, mas com a qual hoje em dia estou decepcionado, em que atende cerca de seiscentos policiais militares, conslitui uma vez de defenderem a imagem do Congresso, do Poder Legislativo. atitude de jus tig a e, sobretudo, preenche um vazio legal, uma vez Vemos entao um Congresso enfraquecido, um Executivo que ain- que, por forga da lei complementar, aqueles policiais militares de- da nao disse a que veio, um Judiciario que comega a se enfraque- veriam estar efetivamente nos quadros da Uniao Federal, e nao nos cer. E o povo, com fome, desempregado, com salarios achatados, e do Estado de Rondonia. uma massa de manobra para qualquer aventureiro fechar esta Casa Sr. Presidente, indago de V. Ex" se ja determinou a inclusao e sair aplaudido. da Medida Provisoria n" 434 na pauta de votagao da sessao do Portanto, Sr. Presidente, ficam um alerta e um pedido para Congresso Nacional a se realizar amanha ou se, ouvindo, confor- que as Liderangas se reunam e deem uma resposta a sociedade. me disse que faria, as Liderangas partidarias na Camara e no Sena- Nos vamos continuar a faze-lo. Aquela votagao da Camara que do, optou pela convocagao de uma sessao do Congresso Nacional derrubou um veto, mantido hoje pelo Senado, foi explorada como para hoje a noite, quando essa medida devera ser apreciada. se estivessemos votando um aumento salarial, e nao um veto do Gostaria de saber se V. Ex'ja ouviu as Liderangas e ja deci- Presidente a uma lei ja existente. diu incluir a materia na sessao do Congresso Nacional a ser reali- Sr. Presidente, por esses motives e que, amanha, todos nos, zada hoje a noite, ou se esta determinada para amanha a votagao Parlamentares, deveremos comparecer a sessao, a fim de que haja da Medida Provisoria n" 434. quorum. Nao para fazermos a jogada do Govemo, mas para votar- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A sessao do mos a favor do projeto de conversao, que garante um aumento aos Congresso Nacional esta convocada para amanha, as 10 boras, e o trabalhadores cujos salarios ja estavam achatados e ficaram meno- parecer relative a materia esta sendo publicado. res ainda com esses aumentos em dolar de hoje em dia. Consultei os Llderes e eslou aguardando resposta. Temos E inconcebivel. Sr. Presidente, que, num momento como de decidir tambem como fica a sessao do Congresso Revisor, pois, este, as Liderangas do Congresso nao se levantem e nao firmem como V. Ex" pode verificax, sao 16h e nao tivemos sequer uma vo- uma posigao. Ate ha pouco nao se sabia se a materia seria votada tagao. Ha apenas 209 Congressistas presentes, conforme registro hoje ou amanha. Ate agora nao se sabe qual a posigao dos maiores do painel. partidos a esse respeito. O Govemo e inexistente. Temos que co- O SR. ODACIR SCARES - Sr. Presidente, na sessao da megar a trabalhar com perspectiva de nao contarmos com um Go- manha - a materia e de atribuigao exclusiva de V. Ex" na forma do vemo atuante, mas precisamos cumprir nossa obrigagao. Margo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Qu inta-feira 25 2019 Conforme ja demonstiamos a Na^ao, este Poder e atuante. E de- Ouvimos, dentre varies pronunciamentos, alguns que ainda mocracia com Poder Legislative enfraquecido e mera promessa. intentam, em nome de doutrinas discutiveis, agravar os problemas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a existentes, gerando mais crises ou mesmo acirrando aquelas laten- palavra ao nobre Congressista Paulo Novaes. tes. O SR. PAULO NOVAES (PMDB - SP. Sem revisao do Alardeiam temores por declara9oes veiculadas e emitidas orador.) - Sr. Presidente, Sr*5 e Srs. Congressistas, trago a esta por grupos de militares da reserva, que, no exercicio da democra- Casa um assunto que reputo da maior importancia e que diz res- cia, remetem a imprensa suas ideias e preocupa96es, e ate mesmo peito a utilizajao das rodovias brasileiras, especialmente as fede- possiveis solu96es, na sua otica, para os problemas do Pais. rals. Sr. Presidente, 6 dificil a situa^ao daqueles que levam e Usar estes manifestos para aquecer a "fogueira de proble- trazem mercadorias, fazendo com que este Pais caminhe. Refiro- mas" que enfrentamos ou considerar a palavra destes grupos espar- me especificamente a distribuiijao das cargas em caminhoes. Essas sos como sendo a dos legitimos representantes das For9as cargas sao distribuidas nos eixos dianteiro e traseiro. Ha um dispo- Armadas no cenario politico nacional e, no minimo, raa-fe, ou cer- sitivo legal que regulamenta essa distribui9ao, sendo que os eixos tamente a pratica de uma doutrina intemacionahsta, contraria a dianteiro e traseiro tem limites de peso quando da pesagem em se- existencia do proprio Estado. parado e na soma final. Ultrapassados esses limites, advem a mul- As For9as Armadas, como de resto todo os assalariados do ta. Sr. Presidente, e precise que o DNER reestude o assunto, que e Pais, estao com toda a razao, preocupadas com a deteriora9ao da da maior importancia. Esses limites tem penalizado os caminho- qualidade da vida nacional, com a perda de sua capacidade tecno- neiros deste Pais. E o que ocorre nas rodovias do meu Estado, Sao logica e operacional, com as provoca9oes e imputa9oes de respon- Paulo - a Dulra, a Femao Dias, a Regis Bittencourt. Como se nao sabilidades que recebem daqueles desinformados ou bastasse o mau estado de conserva9ao e de sinaIiza9ao daquelas mal-intencionados da vida publica. rodovias, agora os caminhoneiros tambem sao penalizadas com es- E se as institui96es politicas estao a busca da parceria moral ses limites de peso. Nao pedimos, obviamente, em nome da classe e etica para debelar suas crises, as For9as Armadas ainda sao o dos caminhoneiros, supercargas, pesos excessivos, que danifica- parceiro ideal. riam ainda mais aquelas estradas, mas sim uma regulamenta9ao Se na crise das institui9oes que presenciamos, na qual uma mais flexivel da distribui9ao de cargas nos veiculos, para permitir guerra aberta se avizinha entre os Poderes Constituidos, algum a sobrevivencia dessa classe, que esta em penuria, em face do alto amparo solido possa existir para desacelerar este processo, este e custo dos veiculos, dos equipamentos, do oleo diesel e, muitas ve- representado pelas For9as Armadas. Na palavra dos ministros mi- zes, para agravar ainda mais a situa9ao, de um frete incompativel. litares, nao ha qualquer insinua9ao que seja de ruptura democrati- Assim sendo, trago a aprecia9ao de V. Ex"3 esta questao que ca. Confirmaram esta assertiva durante todo o desenvolvimento do reputo da maior importancia. Pelas estradas brasileiras sempre processo de etica e moral a que o Pais assistc desde o impeach- vejo esta frase: "Nao vamos parar os caminhoes, porque se o fizer- ment presidencial, a partir de quando os militares observaram, mos estaremos paralisando este Pais". analisaram, participaram, mas nunca intervieram. Era o que tinha a dizer. A campanha de difma9ao da classe politica e das institui9o- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a es democraticas esta aberta, isto sim, nos telejomais e nas analises palavra, por permuta com o Congressista Murilo Pinheiro, ao Con- tendenciosas de alguns comentaristas politicos, que acirram ani- gressista Francisco Rodrigues. mos edistorcem os fatos. O SR. FRANCISCO RODRIGUES (PTB - RR. Pronun- Na forma9ao dos chefes militares, as For9as Armadas evi- cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr e Srs. Deputados, denciam o profissional conscio do respeito hierarquico, da disci- mais uma vez venho a tribuna desta Casa para, em meu pronuncia- plina consciente e da exalta9ao a ordem, a etica e as institui96es mento, buscar a verdade dos fatos e transmiti-la a este Plenario. nacionais. nao como a versao que deva valer, mas como a sua narrativa, sem A falta de grupos isolados nao e o som oficial dos Ministros omamentos ou cortes que a descaraclerizam. militares. Estes estao preocupados, sim, com o cenario que vive- Devemos ter consciencia de que este momento politico que mos, participantes que sao de uma politica, nao aquela por alguns vivemos nao aconteceu repentinamente. Presenciamos, ja ha al- denominada civil, mas a politica de toda a sociedade. Mantem-se gum tempo o quadro desolador da desagrega9ao inlroduzida na ad- sobretudo esperan90sos de que a crise, mais politica do que ainda ministra9ao da coisa publica, num espetaculo assustador, em que institucional, seja administrada pelos Poderes, tendo como pano de grupos das mais diversas origens, e pelos mais inconsistentes obje- fundo do cenario conversa9oes conscientes e soloes constitucio- tivos, buscam nas formas legais ou ilegais garantir para si vanta- nais e o democratico atendimento aos anseios e interesses da Na- gens e privilegios. No mesmo cenirio, podemos ver todas as 9ao. atividades fundamentals do Estado sofrendo da per da de substan- Este e o fato comprovado pelas a96es e afiTma9oes que tes- cia de seus recursos or9amentarios, ainda nao delineados consubs- temunhamos, e nao a versao elaborada intencionalmente. tancialmente pelo Executive e consequetemente nao definidos Era o que tinha a dizer. democraticamente por esta Casa. E, como consequencia direta e 6bvia, assistimos a estes segmentos perderem a capacidade de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a cumprirem seus corapromissos, de negociarem suas solu96es e de palavra ao nobre Congressista Marino Clinger. recuperarem o pleno desempenho das suas husoes. O SR. MARINO CLINGER (PDT - RJ. Pronuncia o se- Para emoldurar o quadro confuso nos campos politico e guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"8 e Srs. Deputados, preservar econdmico, assistimos a uma crise dita institucional que, escon- a qualidade de vida em nossas cidades, mais do que uma obriga- dendo-se em motives criados por aqueles que somente tiram dela 9ao das respectivas autoridades e das lideran9as comunilirias, vantagens, e, na verdade uma crise do Estado e do Poder. Crise em constitui responsabilidade tambem das administia96es estaduais e que se discute a legitimidade das a9oes, nao pela sua corre9ao ou do Govemo Federal. constitucionalidade, mas pela for9a daquele Poder que apresenta Nao e possivel, por exemplo, que Municipios prdsperos, e maior conhecimento ou autoridade. com grande potencial para se desenvolver plenamente, vivam pro- 2020 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 blemas graves que afetam a vida dos seus moradores, por absoluta E de todos conhecida a verdade a respeito do Sr. Roberto falta de providencias dos poderes publicos. Marinho. Entretanto, nem todos tem a coragem de denuncia-lo. Ao O trafego pesado de caminhoes que transportam produtos manipular a verdade, o Sr. Roberto Marinho procura, inclusive, toxicos e inflamaveis em plena area central de Volta Redonda re- utilizar-se dos Ministros militares. Se algum Congressista nao teve presenta caso tipico dessa situajao de absoluta desconsidera^ao a oportunidade de ler hoje o jomal O Globo, devera faze-lo, por- dos govemantes para com aquela importante comunidade do Esta- que o Sr. Roberto Marinho, em dois editoriais, promove a intriga. do do Rio de Janeiro. Em um dos editoriais ele procura divulgar que os Ministros A popula^ao de Volta Redonda, Sr. Presidente, vem corren- militares chegaram a se reunir para estabelecer hipoteses, denlre do serios riscos, cotidianamente, uma vez que milhares de cami- essas a previsao da interven9ao. E mais, ainda transcreve abaixo nhoes transportando materias inflamaveis, toxicas e explosivas do editorial o texto da Constitui9ao que preve o Estado de Defesa, trafegam ao lado da Fabrica de Oxigenio da Companhia Sidertirgi- como se os Ministros militares estivessem procurando analisar a ca Nacional e utilizam-se da Avenida Getulio Vargas e outras arte- hipotese de interven9ao atraves desse instituto, que e previsto na rias de grande movimento, inclusive em velocidades acima dos Constitui9ao e independe da participa9ao dos Ministros militares. limites aceitaveis para o local. Mas o que nos causa especie e que, quando assistimos a Ha uma serie de inconvenientes, a comeijar pelos aspectos programas de televisao, verificamos que os Ministros militares inerentes as proprias cargas desses veiculos, ja denominados de manifestam opinioes exatamente diversas daquelas estampadas caminhoes-bomba, tal o perigo que oferecem em caso de acidente. nos jomais, principalmente no jomal O Globo, De igual forma, o barulho, os danos causados no asfalto, a polui- Portanto, Sr. Presidente, nao ha nenhuma duvida de que fao e os transtomos no transito revelam-se problemas crescentes existe uma conspira9ao, que conta com a participa9ao das chama- para comerciantes e a popula9ao em geral de Volta Redonda. das aves de rapina de sempre. Nao foi a toa que ontem os chama- Sera que as autoridades irao aguardar a ocorrencia de uma dos grandes empresarios, da FIESP, da Febraban, da Confedera9ao tragedia, com vitimas e prejuizos incalculaveis, para entao adotar Nacional das Industrias e da Camara de Comercio Americana, es- medidas que resolvam a situa9ao? tiveram reunidos em Brasilia e contaram com a presen9a do Minis- Impoe-se, por isso, a constru9ao da Estrada do Contomo, de tro da Fazenda, que, segundo insinua95es de alguns, esta buscando apenas oito quilometros, que permitira a retirada do transito pesa- simplesmente apoio para sua candidatura, inclusive financeiro. do do centro de Volta Redonda, um novo acesso ligando a rodovia A chamada tenue democracia passa a correr riscos. Tentam Rio-Sao Paulo a rodovia Lucio Meira, para quern se destina ao atribuir a Constitui9ao vigente pequenos desvios, pequenos dese- Nordeste, ao Norte e ao Sul do Pais. quilibrios, aparentes fontes de confronto entre os Poderes, como se Estou empenhado na luta pela Estrada do Contomo, Sr. Pre- a culpa da crise fosse da Constitui9ao, ao estabelecer a autonomia sidente, buscando viabilizar recursos or9amentarios federais para a financeira do Poder Judiciario. obra, sem os quais Volta Redonda nao conseguira livrar-se dessas E assunto que cabe ao Poder Legislativo. Lembro-me muito dificuldades que tanto atormentam sua popula9ao. bem de que, quando da promulga9ao da Constitui9ao em vigor, o Desejo renovar meu apelo ao Minislerio dos Transportes, Depulado Ulysses Guimaraes, respondendo ao Presidente da Re- agora sob o comando do Gen. Bayma Denys, cuja filosofia de tra- publica de entao, afirmou que a Constitui9ao e a guardia da gover- balho compreende, alem dos aspectos tecnicos, fortes componen- nabilidade. tes de seguran9a e estrategia. Estou levando a S. Ex" esse pleito de O Presidente da Republica, Itamar Franco, certamente nao Volta Redonda, na certeza de que o novo Ministro ira compreen- tem competencia para govemar, e nao podemos permitir que cada der a urgencia da justa reinvindica9ao, exatamente porque a Estra- Presidente da Republica exija uma Constitui9ao que seja adequada da do Contomo ira proporcionar seguran9a e tranquilidade aquela aos seus principios. S. Ex" o Presidente da Republica, deve subor- -pujante comunidade fluminense. dinar-se a Constitui9ao vigente e as decisoes do Poder Legislativo. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente, Sr"8 e Srs. Deputa- O Poder Legislativo tem atribui9oes constantes da Consti- dos. tui9ao e tem sabido cumpri-las. Se em uma ou outra decisao o Po- O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidente, pe90 a palavra der Legislativo nao agrada a opiniao publica, as umas, no futuro, pela ordem. vao falar pelo povo. Mas nao podemos nos subordinar a um con- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex" a luio do Ministro da Fazenda com as aves de rapina que ontem se palavra. reuniram em Brasilia. Precisamos afirmar a independencia do Po- O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- der Legislativo, porque assim estaremos afirmando tambem a de- dor.) - Sr. Presidente, Sr"5 e Srs. Congressistas, estamos vivendo, mocracia. sem nenhuma duvida, uma crise, talvez da coragem e da manipula- O SR. JOSE FORTUNATI - Sr. Presidente, pe90 a pala- 930, Da coragem, porque faltou ao Congresso Nacional afirmar as vra pela ordem. suas verdades diante da opiniao publica, mas especialmente diante O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Antes de V. do Poder Executive. Se esse Poder nao encontra solu9ao para os Ex' havia solicitado a palavra o nobre Congressista Ernesto Gra- graves problemas nacionais, e porque nao procura a paTticipa9ao della, para falar em nome do PSTU. Posteriormente, conecederei a do proprio Congresso Nacional. E da manipula9ao, porque o Mi- palavra a V. Ex' nistro Fernando Henrique Cardoso, que e o principal titular do Go- Com a palavra o nobre Congressista Ernesto Gradella. vemo Itamar Franco, tem procurado, para afirmar a sua O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP.)- Sr. Presi- candidatura a Presidencia da Republica, manipular a verdade. E dente, Sr"5 e Srs. Congressistas, queremos, em nome do Partido pior; o Ministro Fernando Henrique Cardoso se dispoe, inclusive, Socialista dos Trabalhadores Unificado, saudar todos aqueles tra- a promover a desmoraliza9ao do Poder Legislativo, Poder que ele balhadores que, no dia de hoje, estao fazendo as suas manifesta- integra, na medida em que e tambem Senador da Republica. 96es e paralisa9oes contra esse Piano Economico do Govemo A manipula9ao vem demonstrar a existencia de uma clara Itamar Franco e contra a Revisao Constitucional. Sao milhares de absurda conspiTa9ao contra a democracia, hoje refletida especial- trabalhadores em todo o Pais que, no Dia Nacional de Luta, saem mente no jomal O Globo. as ruas para protestar contra este verdadeiro ataque aos seus direi- Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2021 tos, garantidos na Constituifao, aos seus salaries e aos seus empre- Queremos dizer, em nome da bancada do Partido dos Tra- gos. Em Sao Paulo, no mes passado foi posslvel aferir a perda de balhadores na Camara dos Deputados e na presen9a do Senador mais de cem mil postos de services, fazendo com que, s6 na Capi- Eduardo Suplicy, do nosso partido, que o PT estarA presente a ses- tal paulista, o numero de desempregados supere um milhao de tra- sao do Congresso Nacional em que se apreciarA a Medida Proviso- balhadores. Neste momento, o Piano Fernando Henrique Cardoso ria n° 434. tende a aumentar a recessao e o arrocho salarial em nosso Pals. Apelamos para que essa sessao se realize na noite de hoje, For isso. Sr. Presidente, e que entendemos que deveria ter no mAximo amanha de manha, de modo que possamos, enquanto sido mantida a proposta de greve geral, inicialmente marcada para membros do Congresso Nacional, fazer uma anAlise detalhada do hoje. As mobilizafoes parciais ocorridas no dia de hoje mostraram parecer apresentado pelo Deputado Gonzaga Mota, um parecer que havia a possibilidade de uma paralisa^ao em nlvel nacional. complete, muito interessante, que apresenta uma serie de altemati- Na Capital de Sao Paulo, diversos selores paralisaram suas vas para os trabalhadores, relativamente as perdas salariais decor- alividades, como os melroviarios, professores, metalurgicos e con- rentes da Medida Provisoria n" 434. dutores. No ABC foram os metalurgicos o principal setor mobili- Entendemos que o Congresso Nacional nao pode furtar-se zado. Em Sao Jose dos Campos, de onde recebemos informa96es de analisar a Medida Provisoria n0 434 ainda no dia de hoje, no mais concretas ale o momento, houve paralisa^ao dos pelroleiros, mAximo amanha de manha. dos metalurgicos da Bundy, de parte da fabrica da GM e da Phi- Sr. Presidente, em segundo lugar, quero ler correspondencia lips. Assembleias realizadas com manifestafoes e curtos periodos que enviei ao Presidente da Republica e ao Ministro Fernando de paralisa9ao inclulram servidores municipals e os trabalhadores Henrique Cardoso sobre resolu9ao do Conselho Curador do Fundo dos correios, em grande passeata realizada com a presen9a de mais de Garantia por Tempo de Servi9o que antecipa em dez dias o de- de cinco mil trabalhadores da Embraer, da Avibras, da Nelles e da sembolso as empreiteiras nacionais das parcelas mensais das obras Teanasa, fabric as de Sao Jose dos Campos, que se manifestaram em execu9ao. contra o Piano Economico, contra as proposlas do Govemo Ilamar A Central Unica dos Trabalhadores e a Central Geral dos Franco e tambem contra a privatiza9ao da Embraer. Por isso enten- Trabalhadores votaram contra essa resolu9ao. demos que esses trabalhadores tern toda a razao em continuar nas As empreiteiras nacionais que tem convenio com a Caixa suas lutas ao lado de outros setores que nao estao promovendo ma- Economica Federal para utiliza9ao dos recursos do FGTS rece- nifesta9oes neste dia, de modo que possam realmente caminhar biam esses recursos no dia 30. Com essa resolu9ao, adotada por para uma greve geral contra esse Piano Economico, ate que seja maioria pelo Conselho Curador do FGTS, elas passarao a receber garantida nos seus salaries e reposi9ao das perdas, nao havendo no dia 20 de cada mes. mais os cortes nas Areas sociais, como e previsto no Fundo Social AliAs, e muito estranho, Sr. Presidente, que, estando uma de Emergencia. crise inslitucional instalada porque o Congresso Nacional e princi- Temos certeza oe que as lutas contra o arrocho salarial, o palmente o Supremo Tribunal Federal insistem em continuar pa- desemprego e o Piano FHC-2 vao continuar, possibilitando a orga- gando aos seus servidores no dia 20, o Govemo Federal, passando niza9ao de uma greve geral efetiva. por cima de qualquer decisao, contemple o interesse dos empresA- Para concluir, ressallamos que, a respeito dos salaries dos rios do setor da constru9ao civil, antecipando em dez dias o paga- Depulados e Senadores, as assembleias realizadas nas induslrias mento dos seus haveres. melalurgicas de Sao Jose dos Campos votaram e aprovaram, por Pof isso, estamos apresentando o seguinte oficio. unanimidade, que os Parlamentares devem receber o mesmo que ' 'Senhor Presidente, os trabalhadores das industrias. Estou passando aos Srs. Congres- O Conselho Curador do FGTS por maioria (voto sistas o resultado de uma vota9ao, que reflete o que a popula9ao contrArio da CUT e da CGT) aprovou Resolu9ao que al- es(i pensando a respeito deste Congresso Nacional, principalmen- tera a data de desembolso das parcelas mensais das te ap6s a ultima quarta-feira, quando, de maneira irresponsavel, os obras em execu9ao, antecipando do ultimo dia util de Deputados acabaram derrubando o veto do Presidente da Republi- cada mes para o dia vinte. ca e aprovando, na prAtica, um aumento salarial para Deputados e A alega9ao dos empresarios da constru9ao civil e Ministros. de que a mfla9ao elevada do pais esta inviabilizando a Por isso. Sr. Presidente, nos do PSTU apoiamos esta mani- concretiza9ao dos contratos assinados quando a infla9ao fest9aao de milhares de trabalhadores, somando-nos as mobiliza- nao era tao elevada. 9oes que estao ocorrendo. Entendemos que esta Casa precisa votar Esta decisao contraria frontalmente lodo o esfor9o de acordo com os interesses da maioria da popula9ao, rejeitando o do Govemo Federal em rela9ao ao Piano de Estabiliza- Piano Economico do Ministro Fernando Henrique Cardoso. 9ao Economica, faz com que o Fundo de Garantia por Era o que tinha a dizer. Tempo de Servi90 tenha uma perda aproximada de 77 milhoes em termos de disponibilidade de caixa, alem de Durante o discurso do Sr. Ernesto Gradella, o Sr. penalizar os tomadores dos emprestimos (os mutuArios) Humberto Lucena, Presidente, deixa a cadeira da presi- que irao arcar com o onus dos dez dias de antecipa9ao dencia, que e ocupada pelo Sr. Levy Dias, 2° Vice-Presi- de pagamento as empreiteiras. de nte. Segundo dados da serao CEF, repassados 77 mi- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra, lhoes de dolares as empreiteiras, que serao pagos pelos para falar pela Lideran9a do PT, ao Deputado Jose Fortunati. mutuArios, alem de penalizar uma consideravel parcela O SR/JOSE FORTUNATI (FT - RS. Sem revisao do ora- da popula9ao que deixarA de ser atendida pelas doze mil dor.) - Sr. Presidente, Si's e Srs. Congressistas, em primeiro lugar, unidades habitacionais que nao serao construidas. queremos responder ao apelo do-Senador Humberto Lucena, que, Proje9oes feitas por tecnicos da CEF demonstram hA poucos minutos, solicilou as Lideran9as partidarias que viessem que num quadro inflacionArio de 40% a.m., a antecipa- A tribuna para ratificar ou nao o pedido de realiza9ao de reuniao do 9ao do pagamento as empreiteiras redundaria numa ele- Congresso Nacional para anAlise da Medida Provisoria n0 434. va9ao de 19,45% das presta9oes dos mutuArios. Mesmo 2022 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marijo de 1994 num cenario mais otimista de infla9ao de 20% a.m., a tomou verbas, como se fosse o dono dos cofres publicos. Procu- elevafao das prestagoes seria de 10,6% a.m. rou, inclusive, incompatibilizar a area militar com o Congresso, e E inadmisslvel que, no momento em que o pals hoje vivemos num clima de intranqiiilidade. E a confirma9ao de vive uma preocupante crise polltica institucional causa- que, por vias transversas, eles se juntam para inviabilizar a revisao. da pela decisao do STF e do Congresso Nacional em Precisamos de assumir responSabilidade perante a hist6ria. manter a data do pagamenlo de sens funcionarios do dia Cada um tern um dever a cumprir. Eu estou aqui, bem como a 20 de cada mes, o Govemo seja mandatario de uma de- grande maioria dos companheiros, para exigir que a revisao se rea- cisao que vai afetar a area habitacional e os milhares de lize, sob pena de tomarmos inviavel o desenvolvimento do Pais e mutuarios brasileiros. - ai, sim - o Congresso Nacional, que tern uma grande responsabi- A Resoluijao aprovada pelo Conselho Curador do lidade para com a Na9ao. FGTS so beneficia as empreiteiras, penalizando o Fundo Sr. Presidente, acredito que a minha voz nao e lao solitaria dos Trabalhadores e os mutuarios. assim. Acredito que conto com a solidariedade das bases, com o Apelo para que a Resolu9ao seja tomada sem fei- seu apoio em prol da revisao, que, se nao e uma panaceia que re- to de forma tal que o tratamento dispensado por este Go- solve todos os nossos problemas, e um passo importante para a re- vemo a todos os segmentos socials venha a ser o mais tomada do desenvolvimento nacional. correto possivel. O SR. EDUARDO SUPLICY - Sr. Presidente, pe90 a pa- Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa lavra pela Lideran9a do PT no Senado. Excelencia protestos de considera9ao e apre90. Deputado Jose Fortunatli O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tern V. Ex' a palavra. Eider do FT O SR. EDUARDO SUPLICY (PT-SP. Sem revisao do Excelentissimo Senhor orador.) - Sr. Presidente, Sri e Srs. Congressistas, reitero a posi9ao ja expressa pelo Lider do Partido dos Trabalhadores na Camara, Doutor Itamar Auguslo Cautiero Franco 0 DD. Presidente da Republica Federativa do Brasil Deputado Jose Fortunati, sobre a vota9ao da Medida Provisoria n 434. Este oficio foi enviado hoje ao Presidente Itamar Franco e E importante que esta materia seja apreciada e volada hoje, ao Ministro Fernando Henrique Cardoso. Nao podemos conceber para podermos iniciar a discussao do relatorio do Deputado Gon- que medidas como esta tomada pelo Conselho Curador venham fa- zaga Motta. vorecer, mais uma vez, setores que se locupletaram ao longo do O Presidente Humberto Lucena informou-nos que esta tempo. aguardando a comunica9ao dos Lideres sobre a disposi9ao das A CPI do OT9amento demonstrou que, neste Pals, as em- bancadas para discutir a partir de hoje o parecer do Deputado Gon- preiteiras sempre conseguiram desviar o dinheiro publico para zaga Mota. atender aos seus interesses. Nao podemos admitir, agora, que o No momento, tenta-se resolver a crise entre o Judiciario, o Conselho Curador, com essa resolu9ao tomada ha uma semana, Executivo e o Legislative, e e importante que o Congresso Nacio- venha mais uma vez contemplar os interesses das empreiteiras. nal colabore para isso. O Senado Federal, com decisao tomada na Esperamos que o Ministro Fernando Hemique Cardoso e o manha de hoje, ja resolveu um dos problemas que causaram essa Presidente Itamar Franco solicitem a imediata revoga9ao dessa re- crise. E a melhor forma de alcan9armos esse objetivo e justamente solu9ao, porque, de forma alguma, atende aos interesses dos mu- apreciarmos e votarmos o projeto de lei de conversao da Medida tuarios, dos trabalhadores. Muito pelo contrario, eles terao o Provisoria n0 434. Fundo de Garantia por Tempo de Servi9o dilapidado. O Deputado Gonzaga Mota ouviu os mais diversos segmen- Manter essa resolu9ao contraria frontalmente tudo o que se tos da sociedade; os empresarios, os trabalhadores, atraves das en- esta dizendo em termos de pagamento dos funcionarios do Con- tidades que os representam, o Govemo, Deputados e Senadores, e gresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal pela URV do dia apresentou uma proposta sensata, resultado das reflexoes que fez 20. Ficara muito claro que o Govemo Federal continua contem- nesses vinte dias. plando alguns setores que sempre foram beneficiados pela crise. Esta o Govemo com as informa96es neceSsarias para proper Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. qualquer altera9ao, que ache importante ao projeto de conversao. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao Assim, Sr. Presidente, devemos iniciar o quanto antes a discussao nobre Congressista Antonio Morimoto. do projeto de conversao. Na avalia9ao do Partido dos Trabalhado- O SR. ANTONIO MARIMOTO (PPR-RO) - Sr. Presi- res, pode-se perfeitamente convocar o Congresso Nacional para dente, SrN e Srs. Congressistas, sou pela revisao, nao estou apenas sessao com esta finalidade ainda na noite de hoje, completando-se pela revisao. A Na9ao exige a revisao nos termos expresses da o processo na manha de amanha. Constitui9ao Federal de 1988. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Com a palavra a Con- Esta Casa vive um ccnflito aberto entre aqueles que querem gressista Socorro Gomes. a revisao, como nos outros, e aqueles que nao a querem. E ha al- guns partidos mais radicals que fazem de tudo para que o processo A SRA. SOCORRO GOMES (PCdoB - PA. Sem revisao de revisao nao continue. da oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Congressistas, a crise en- Sr. Presidente, S A e Srs. Congressistas, e interessante o Po- tre Executivo, Judiciario e Legislative causa espanto a quem nao der Executivo, na voz do seu mais eminente funcionario, o Minis- conhece suas verdadeiras causas, a quem nao sabe que ela se resu- tro Fernando Henrique Cardoso, dizer que quer a revisao. Os fatos me em amea9as do Presidente Itamar Franco, um Presidente que estao a demon; trar que o Executivo nao quer a revisao, pois a revi- se tern mostrado extremamente fragil ate mesmo perante represen- sao cria crises e mais crises, como essa ocasionada pela decisao do tantes de outras na9oes, como o Vice-Presidente dos Estados Uni- Judiciario e do Congresso Nacional de pagar os salaries dos seus dos e a ex-Primeira Ministra da Inglaterra, que adentraram o servidores convertidos para a URV do dia 20. O Executivo chegou Palacio do Planalto dando ordens, dizendo que querem para o Bra- a negar o repasse dos recursos necessarios para o pagamento, es- sil a privatiza9ao desenfreada, o arrocho salarial e a destrui9ao do Margo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2023 nosso parque industrial. E o Presidente, da Republica nunca res- Nosso povo nao aceitara esse caminho novamente. Nao pondeu a altura. adianta vestir o fascismo com a capa da modemidade do Sr. Fer- Ao mesmo tempo, e no mesmo torn, o Ministro Fernando nando Henrique Cardoso. Ele sera novamente derrolado. Henrique Cardoso diz que nao aceita o pagamento dos salaries dos Era o que tinha a dizer. servidores do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Ccocedo a palavra ao com base na URV do dia 20 e nega o repasse de recursos para tan- Congressista Osorio Adriano. to. N6s, do PCdoB, nos manifestamos contra a conversao dos O SR. OSORIO ADRIANO (Bloco Parlamentar - DF. salarios pela URV do dia 20, mas o fizemos porque entendemos Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Congressis- que o Congresso Nacional deve estar em sintonia com os mais de tas, varias vezes ocupei esta tribuna para criticar a ex-Ministra dos 40 milhoes de brasileiros que estao na miseria, sem recursos se- Transportes, Margarida Coimbra, pela decisao errada de transferir quer para comprar o alimento do dia. e deve votar imediatamente a o DNER para o Rio de Janeiro. Alias, foi assinado decreto pelo Sr. Medida Provisoria n° 434, a fim de que seja feita a reposi^ao das Presidente, da Republica nesse sentido. perdas salariais embutidas no Piano de Estabilizaijao Economica Mostrei a varios Ministros as inconveniencias dessa transfe- do Ministro Fernando Henrique Cardoso, que e uma verdadeira rencia, inclusive a propria ex-Ministra dos Transportes. Mostrei a extorsao, uma falsidade, um crime na medida em que nao houve ela o perigo de se iniciar o esvaziamento da nossa Capital, o esva- qualquer negocia5ao, em que foi imposto um arrocho salarial. ziamento de Brasilia, com graves conseqiiencias para o Tesouro Ao mesmo tempo, S.Exa. mantem uma conversa pedagogi- Nacional e para a eficiencia dos serviijos publicos. ca, segundo ele, com os empresarios. Escrevi carta ao Sr. Presidente da Republica, que, no mes- Que empresarios sao esses? Sao os empresarios da Ode- mo dia, tomou providencias para que a ex-Ministra dos Transpor- brecht, a empreiteira denunciada na CPI da Corrupt ao e que lan- tes, Margarida Coimbra, colocasse o assunto novamente em 90U, onlem, a candidatura do Ministro da Fazenda a Presidente da discussao. Infelizmente, S. Exa. nao entendeu as ordens do Presi- Republica; e o Sr. Gerdau, o chamado "imperador do aijo" no Bra- dente, e o que vimos foi o seu marido fazer uso indevido da sua sil, aquele que tern ganho verdadeiras fortunas com a privatiza^ao condifao de consorte da Ministra. das nossas estalais. E dizem que a revisao tem de caminhar! A Ministra Margarida Coimbra teve de ser substitulda pelo O grande objelivo desta crise, para mim, e acovardar ainda Ministro Bayma Denys. E recebi hoje telefonema do Ministro mais o Congresso, e coloca-lo de joelhos para aprovar tudo o que Henrique Hargreaves, comunicando-me que o Sr. Presidente da eles querem, e rapido. Dizem que a Na^ao quer a revisao. Resta Republica assinou novo decreto, revertendo a decisao anterior e saber que na^ao: a Inglaterra? Os Estados Unidos? O Sr. Gerdau? definindo de vez a permanencia do DNER em Brasilia, que e o O Sr. Emllio Odebrecht? Os bancos? Esses querem, sim, destruir a correto. nossa soberania. Estao passando por cima do Congresso, deixan- Ao comunicar desta tribuna esta decisao acertada do novo do-o de joelhos. Ministro dos Transportes, Bayma Denys, quero louvar-lhe a clari- Entendemos que a resposta desta Casa, em defesa da demo- videncia. S. Exa. fez exposifao de motives de alto nlvel, clara e cracia e das institui^oes brasileiras, deve ser a vota^ao imediata da sem segundos interesses, ao Sr. Presidente da Republica, que com medida provisoria que implanta a URV. Mas temos de votar com coragem e bom senso, mudou a decisao tomada em decorrencia do responsabilidade, conscientes de que a nossa decisao podera levar mau asscssoramento da entao Ministra dos Transportes, Margarida a morte de milhoes de brasileiros. Coimbra. E mais, submeter-se ao Executive significa submeler-se aos Sr. Presidente, Brasilia e a Capital Federal e aqui devem es- banqueiros, as grandes empreiteiras pelas quais o Sr. Ministro da tar todos aqueles que tem responsabilidade nas grandes decisoes Fazenda hoje responde. Ficamos sem perspectiva, A democracia nacionais. realmente csla ameafada. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao Entendemos que o Sr. Fernando Henrique Cardoso e hoje o nobre Congressista Maurllio Ferreira Lima. representante maximo dos grandes banqueiros da Inglaterra e dos O SR. MAURICIO FERREIRA LIMA (PSDB - BA. Estados Unidos. S.Exa. nao responde ao que o Pals precisa, nao Pronuncia o seguinte discursos.) - Sr. Presidente, Sr"5 e Srs. Con- tem esplrito patriotico. Do conlrario, nao cometeria esse crime, gressistas, o clamor publico ja esta nas ruas em razao da feroz cor- essa falsidade, essa peculato, essa usurpafao do dinheiro do traba- rida dos pre^os contra os salarios. A economia nacional podera Ihador, do dinheiro destinado a saude e a educate. Para que? Para ganhar rumos imprevislveis se o piano do Govemo visando estabi- garanlir sua campanha? Para garantir lucro aos banqueiros? liza-la, nao for equacionado realisticamenle. Sr. Presidente, conclamamos todos a se unirem em defesa A resultante desse piano tem que ser, em ultima analise, o da democracia, das instituifoes e principalmente da soberania na- beneficio da sociedade e nao de grupos conhecidos, como os ban- cional. Esta Casa deve votar imediatamente a Medida Provisoria queiros e os 28 oligopolios existentes no Pals. n° 434, a fim de resgatar as perdas salariais dos trabalhadores. Os Uma verdade gritante, observada todo dia, e a perda da ca- empreiteiros, os empresarios concordam com a conversao pelo dia pacidade aquisitiva dos trabalhadores. Nenhum piano tera conse- 20. Por que nao se aplica a regra para os trabalhadores? Para ban- qiiencia positiva se os pre90s correm a largos passes a frente dos car sua campanha? Entendemos que isto nao e etico, nao e justo, salarios. Nao ha piano que resista a esse lipo de adversidade. Ou a nao 6 aceilavel. orgia dos aumentos de pre90s cessa de imediato ou tera que ser Merecem nosso repudio todas essas amea^as que pesam so- feita rapida e localizada interven9ao no mercado. Pelo menos nao bre a democracia e que tem apenas um objetivo: a realiza9ao, a existe mais duvida de onde parte a a9ao decisiva da ganancia, con- qualquer cuslo, da Revisao Constitucional dos banqueiros, a reali- trariando frontalmente os supremos interesses do Pals. zafao, a qualquer custo das privaliza^oes. Mais cedo ou mais tar- Fala-se muito nos clrculos empresariais de remarca9oes pre- de, isto ficari evidenciado. E o Sr. Fernando Henrique Cardoso ventivas de pre90s para evitar prejulzos futures. O piano do Go- receberi o repudio da Na^ao e de quera ja lutou contra o fascismo vemo, fa9a-se justi9a, e aberto e esta sendo discutido por todos os e contra a ditadura. segmentos da sociedade. Nao se constata no piano prejulzos futu- 2024 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 ros para o empresariado nacional. Ao contrario, o prejuizo esta no mes estao lendo um prejuizo em rela9ao ao setor privado. E o que poder aquisitivo da popula^ao. o Supremo corretamente alega. Uma coisa esta bem clara: o empresariado dos 28 oligopo- A questao, entao, e saber qual o criterio correto que se con- lios, que tem significaliva participa^ao na economia, nao esta tra- forma aos axiomas desta nova polltica salarial. tando a materia em questao com lealdade. Nao tem o menor O axioma central esta expresso nos seguintes dizeres da Ex- sentido os mesmos oligopolios falarem de prejulzos futuros se. ao posi9ao de Motives da Medida Provisoria n" 434: longo do ano passado, ganharam muito dinheiro. Em 1993, o Produto Intemo Bruto (PIB) cresceu, em rela- "A regra basica que se esta propondo e a da con- fao a 1992, nada menos que 4,96%, com os bens e servi^os do versao usando a media dos valores reais dos salarios (...) Pals regislrando a soma de 446 bilhoes de dolares. no objetivo de manter o poder de compra medio do sala- Com esse desempenho da economia, o aumento da produ- rio. Deste modo, (...) nao ha congelamenlo de salarios, (jao industrial atingiu 9%. Alentadas por esses resultados, as em- mas a garantia de seu poder de compra." (grifo nosso) presas dos 28 oligopolios anunciaram mais investimentos, como Ora, se a manuten9ao do poder de compra medio tem valor foi o caso da Autolatina, que deseja injetar 650 milhoes de dolares axiomatico, o criterio de calculo so pode se basear nos salarios na por ano nos seus negocios no Brasil ate 1997. data do efetivo pagamento, sob pena de causar deforma9oes em Enquanto isso, as estatlsticas anuais demonstram, nas ulti- seus valores. Veja-se que os servidores do Legislativo e do Judi- mas decadas, um crescente empobrecimento dos brasileiros e uma ciario, que recebem dia 20, estao perdendo. Os servidores do Exe- maior concentrate da renda em maos de reduzida parcela da so- cutive que recebem dia 5 estao ganhando. Ja os funcionarios do ciedade. Apesar do crescimento de 9%, em 1993, do setor indus- Banco Central, por exemplo, que pertence a uma autarquia, com trial, nos primeiros dois meses de 1994 a industria de Sao Paulo, a data-base em setembro, regidos pela CLI, estranhamente enqua- mais beneficiada com o incremento, demitiu 30 mil trabalhadores. drados na confusa e incorreta aritmetica de conversao, sofrerao um Chegou a bora, portanto, de uma decisao firme e forte para prejuizo da ordem de 12,94% em seus salarios, sem contar com o conter a a^ao nefasta dos maus brasileiros. Nao tem mais como fato de que a aludida medida provisoria pretende alterar a data- conciliar o inconciliavel. base desta categoria para o mes de janeiro, tudo ao arrepio do que O SR. PRESEDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao dispoe a Ccnstitui9ao em seu art. 5°, inciso XXXVI, que diz que nobre Congressista Luiz Gushiken. "a lei nao prejudicara o direito adquirido, o ato juridico perfeito e a O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Pronuncia o seguinte 8 coisa julgada". discurso.) - Sr. Presidente, Sr* e Srs. Congressistas, a Na^ao, as- Ressalte-se que, atraves de acordo coletivo de trabalho, as- siste, estarrecida e revoltada. o confronto entre os tres Poderes da sinado pelo Presidente do Banco Central e o SINAL - Sindicato Republica, que tem na questao salarial o centro da discordia. Nacional dos Funcionarios do Banco Central, homologado por Creio que para evitar que esse confronto se transforme em quem de direito, os trabalhadores do Banco Central tem garantido crise inutil e superficial, e necessario, em primeiro lugar, fazer a o dia 20 como data do efetivo pagamento de sua remunera9ao, isto dislm9ao entre os problemas. como clausula de contrato individual de trabalho, alem de fixar 1° O problema relative ao aumento dos salaries dos Deputados de setembro como a data-base, Como se ve, estamos diante de e Senadores, denunciado pela bancada do PT e do PDT constitui mais urn ato juridico perfeito que nao pode ser prejudicado por gravlssimo erro politico, um cavalar equlvoco cuja solu^ao depen- uma lei posterior. A afronta a esse princlpio de direito, ocorrida de da atitude do Senado ou de uma 3930 da Camara dos Deputa- em outros pianos, levou o Govemo, a um passive trabalhista da or- dos, revisando sua posi9ao. A crise, pois, gerada pela insensatez de dem de 10 bilhoes de dolares, Perguntamos, Sr. Presidente: quem 296 Deputados, so tem solu9ao na proibi9ao da isonomia salarial pagara esta conta? entre os Poderes da Republica. Nenhuma medida paliativa resgata- Como se depreende, na crise atual entre os Poderes esta fal- ra a autoridade necessaria deste cambaleante Poder Legislativo tando algo: racionalidade e bom-senso. que hoje sofre outro golpe, qual seja a rentlncia dos Deputados De resto. Sr. Presidente, convent repelir que a nova regra corruptos, que assim nao podem mais ser cassados. salarial e injusta tambem por outros motivos, a saber: nao protege O segundo problema, ligado a decisao do Supremo Tribunal os salarios de uma provavel infla9ao em moeda nova, congela o Federal, nao so e mais complexo como diz respeito aos salaries da salario mlnimo num valor degradante e joga as perdas salariais totalidade dos servidores civis e militares e funcionarios de autar- para as calendas. quias e funda9oes. Espero que o Poder Legislative se redima da atitude insana A Corte Suprema acerta no conteudo, mas erra na forma. de aumentar os proprios vencimentos, modifique a medida provi- Equivoca-se quando, atraves de mera medida administrati- soria e, quanto aos criterios de conversao, utilize a razao aritmeti- va, faz o acerto dos salaries apenas para o Poder Judiciario, quan- ca, deixando de lado a esperteza polltica. do o mesmo problema afeta, de modo igual, milhoes de servidores O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao publicos e milhares de funcionarios de autarquias e funda9oes. O nobre Congressista Joni Varisco. Supremo bem poderia emitir um parecer constitucional dando a O SR. JONI VARISCO (PMDB-PR. Pronuncia o seguinte materia a abrangencia e a seriedade que merece. discurso.) — Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Congressistas, quero enfati- Em que, afinal, consiste a questao? Quern perde quem ga- zar aos colegas que o trabalhador brasileiro nao pode ficar espe- nha? rando o Legislativo receber ordens do Executivo e adiar a vola9ao Para se responder a estas perguntas, faz-se necessario frisar da Medida Provisoria n" 434, que regulamenta a URV. Eu nao en- que a Medida Provisoria n" 434 impoe criterios distintos para o tendo por que os Deputados e Senadores, que tem a fun9ao de pro- calculo do numero de URV: para o setor privado, utiliza-se o sala- mover, atraves da lei, uma melhoria na distribui9ao da renda do rio da data do efetivo pagamento; para o setor publico, o salario do Pals, ainda nao se deram conta de que a Medida Provis6ria n0 434 ultimo dia do mes. tem que ser revista. A distribui9ao da renda s6 pode ser feita atra- Ora, uma simples aritmetica revela que os servidores publi- ves da melhoria do salario do trabalhador. Qualquer pessoa com cos que recebem seus proventos em data anterior ao ultimo dia do instru9ao minima sabe disso. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2025 Apresentei emendas a medida provisoria que cria a URV, o guarda-chuva protecionista que esta condenando o brasileiro e o tentando corrigir os erros cometidos pela equipe economica, que, Brasil ao subdesenvolvimento economico e as praticas superadas ao inves de melhorar o nlvel dos salaries, arrocham ainda mais o de induslria e mercado. que ja vem se deteriorando a cada dia. A distribuifao de renda, tao O que se espera, hoje, e que a Revisao Constitucional nao sonhada pela maioria da populaf ao brasileira, parece nao dizer res- pare, nao seja barrada por interesses outros, muitos dos quais iden- peito a esta Casa, que ainda nao decidiu o que fazer com a lei que tificados, outros identificaveis, e que sejam efetivamente revistos e veio do Executive. alterados os dispositivos constitucionais asseguradores do atraso Quero pedir aos Srs. Congressistas que olhem as emendas economico. que apresentei, as quais vao servir de base para a discussao de va- A parcela expressiva de Deputados e Senadores que se ba- rios partidos e dos membros da Comissao de Trabalho que anali- tem por essas altera96es precisa ser ouvida e precisa, mais, decidir, sam a materia. para empurrar o sistema industrial e comercial brasileiro para a de- Muitos colegas que analisaram as minhas propostas pude- cada em curso. ram ver que, sem modifica9oes, a medida provisoria nao pode ser Isso e uma necessidade nacional. aprovada. Proponho que, para evitar mais arrocho salarial e evitar Nao e novidade para nenhum brasileiro razoavelmente in- que o trabalhador perca o que ja nao tem, votemos logo a medida formado que os parses mais poderosos do mundo-norte-america- com as emendas apresentadas pelo Legislativo ou rejeitemos toda nos, europeus e asiaticos - tem empresas com cofres abarrolados a medida. para investir nos paises do Terceiro Mundo, no qual definitiva- Somente os salaries darao impulso a economia. Dos traba- mente ainda estamos. Esse vital fluxo de bilhoes de dolares em di- Ihadores brasileiros que recebem salario minimo, cerca de 80% nheiro que vai gerar progresso, tecnologia e bem-estar e nao tem conta em banco, e por isso nao tem como proteger os seus extremamente bem-vindo no Mexico, no Chile, na Argentina, em ganhos. Sem salirio nao havera distribui9ao de renda, muito me- parte da Asia e em diversos paises em crescimento que ja estao em nos melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros. sintonia com os novos acordes da ordem economica mundial. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra ao O Brasil precisa remover a velharia que o impede de rece- nobre Congressista Cesar Souza. ber esses recursos, habilitar-se sentar numa mesa de negocia96es O SR. CESAR SOUZA (Bloco Parlamentar-SC. Pronun- com os investidores intemacionais, brigar com cada centavo de cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr* e Srs. Congressistas, dolar que para ca puder ser canalizado, pelo engrandecimento da o Brasil se debate hi decadas com um mal serio e profundamente Na9ao e do seu povo. enraizado tanto na mentalidade de seus formadores de opiniao Por isso, tambem por isso, a Revisao Constitucional nao quanto na concep9ao dos meios de produ9ao e de gera9ao de ri- pode parar. Temos que redigir um texto constitucional cuja leitura quezas. Um mal que atende pelo nome de protecionismo e que, expresse os tempos que correm, nao a pratica polilico-economica qual um virus maligno, evoluiu num campo extremamente fertil, que ja desapareceu das anota96es da modema dinamica mundial protegido pelo guarda-chuva do Estado e degenerou numa forma por absoluta inaptidao e inaplicabilidade. mais complexa e mais letal, o estatismo. Vamos abrir este Pais ao capital intemacional! Essas duas formas do mesmo veneno, o protecionismo e o Vamos ciar uma chance ao Brasil e ao seu povo! estatismo, tem o mesmo alvo principal: esconder a ineficiencia, O Congresso Revisor tem essa obriga9ao. resguardar a incapacidade, premiar a indolencia e garantir a privi- Muito obrigado. legiatura no ambiente sonolento, asseptico e ultraprotegido da falta de concorrencia. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concede a palavra a Essa miopia burra tem condenado o consumidor brasileiro nobre Congressista Benedita da Silva. ao desembolso de pre90s elevadissimos por produtos tecnologica- A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Pronuncia o mente atrasados, que nao suportam a concorrencia dos produtos de seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"5 e Srs. Congressistas, o quern trabalha, em outros parses, obrigado a buscar qualidade e ba- Dia Intemacional pela Elimina9ao da Discrimina9ao Racial, come- rateamento de custos e pre9os. Isso no front do protecionismo. No morado dia 21 de mar90 ultimo, foi instituido pela Organiza9ao campo do estatismo, o efeilo ja e conhecido, com a gera9ao das ti- das Na9oes Unidas (ONU) em decorrencia do assassinato de 69 tinicas empresas estatais que olham demais para os seus proprios negros, em 1960, pela policia da Africa do Sul, que ficou conheci- interesses e de menos para alividade para a qual foram criadas. do como o "massacre de Sharpeville - Sharpeville e um Municipio Nesse ambiente protegido pelo manto oficial, os meios de ao sul de Johanesburgo. produ9ao e os vetores de gera9ao de recursos, tecnologia e prospe- Passados 34 anos desta triste historia que marcou profunda- ridade foram amorda9ados, engessados e esquecidos. Quem tinha, mente os destinos daquele Pais, eis que no mesmo dia 21 de mar9o teve ou tem vontade de crescer, de gerar tecnologia com evolu9ao deste ano a historia se repete, e os sul-africanos continuam a con- no seu produto nao encontra uma forma segura, limpa e viavel de tar seus mortos. Desta vez, 21 presos morreram em um incendio buscar tecnologia e boas parcerias intemacionais. Quem cresceu durante um protesto de presidiarios pela participa9ao nas primeiras no meio protegido da concorrencia e agigantou-se por isso nao elei96es multirraciais o Pais, que acontecera no proximo mes de tem, por evidente, o menor interesse nessa concorrencia intema- abril. O Congresso Nacional Africano (CNA) denunciou a omis- cional. E tudo fica como esta. sao das autoridades do presidio de Queenstown, o que contribuiu Com a abertura do processo de Revisao Constitucional, para a chacina, em represalia aos protestos. abriu-se lambcm a possibilidade de a]tera9ao de divenos dispositi- O massacre, que parece ter virado rotina na Africa do Sul, vos constitucionais que, formal e malerialmente, consagram esse tamanho o grau de banaliza9ao da vida humana, aconteceu no mo- protecionismo. Numerosas emendas foram apresentadas pelos mento em que o lider do CNA e principal candidate as elei9oes, Congressistas, visando justamente a remo9ao desses entraves, dan- Nelson Mandela, discutia com o Presidente Fredrick de Klerk a si- do uma prova inequivoca de que 6 entendimento dominante no tua9ao de extrema violencia em algumas provincias, ocasiao em Congresso Revisor a necessidade de abrir o mercado brasileiro ao que acusou o Govemo de "nao se importar com a vida dos negros" investimento estrangeiro, de que e precise acabar de uma vez com e de omissao perante o recrudescimento da violencia politica. 2026 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 A violencia politica, responsavel por pelo menos cinquenta INSS. Todos estes problemas tem dificultado o repasse de recursos mortes, nos ultimos dias, na Provincia de Natal, tem, alias, uma pelo Conselho is entidades. poderosa e antiga aliada, que e a policia sul-africana, apontada Registro aqui, pois, o meu apelo ao Presidente da Reptlblica como fomecedora de annas para militantes conlrarios as eleifoes e e ao Presidente do CNAS para que lancem um olhar especial, de fomentadora historica da violencia racial no Pals. grandeza, colaborando para a solu9ao desses problemas, regulari- Sr. Presidente, ja e hora de o govemo sul-africano assumir a zando a situa9ao as entidades de assistencia a crian9a, ao adoles- responsabilidade pela violencia politica no Pals, que amea^a nao cente, ao idoso e ao excepcional voltem a funcionar, prestando a so as eleigoes, mas todo um prccesso longamente negociado para a indispensavel assistencia aos desassislidos, que, historicamente democralizagao da Africa do Sul, violencia esta patrocinada por tem caracterizado sua atua9ao. setores retrogrados da minoria branca que resistem a aceitar que a Era o que linha a dizer. democratiza9ao e as eleigoes multirraciais sao um caminho sem O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra ao volta, uma realidade concreta, porque esta e a aspira^ao do povo nobre Congressista Pedro Ira jo. sul-africano, projetando na figura e na lideran^a de Nelson Mande- O SR. PEDRO IRUJO (PMDB - BA. Pronuncia o seguin- la, o grande llder politico deste final de seculo, reconhecido mun- te discurso.) - Sr. Presidente, Sr"8. e Srs. Congressistas, a econo- dialmente. mia brasileira esta estacionada hi mais de dez anos. Hoje, chegou Neste momento diflri! de transifao, manifesto aqui minha o limite: as industrias e as empresas estao enfraquecidas, os traba- solidariedade ao povo sul-africano, que, em concentra9oes que Ihadores perderam o seu poder aquisitivo, multiplicaram-se os im- reuniram milhares de pessoas, relembrou os tristes momentos da- postos, porem, o deficit publico conlinua crescendo. Nao hi mais quele 21 de mar90 de 1960, clamando pelo fim do apartheid e investimentos, o desemprego amea9a milhoes de brasileiros, ge- pelo fim de toda a discrimina9ao racial. rando fome, miseria e violencia. Enfim, nosso quadro social e ca6- Sr. Presidente, quero tambem registrar que a data de hoje, tico. Quase dois ter9os da popula9ao leima em viver sem salirio de mar90, 23 e comemorada em todo o Brasil como o Dia Nacio- digno, sem habita9ao, sem escolas, sem transporte coletivo, sem nal de Mobiliza9ao a Favor da Crian9a, do Adolescente, do Idoso saneamento bisico e sem satlde. e da Pessoa Portadora de Deficiencia. O dia de hoje, infelizmente, Sem duvida alguma, na qualidade de representante do povo, nao e proplcio a comemora96es, e sim a denuncias de descaso, de nao podemos hesilar mais nem um instante na busca da solu9ao omissao, de negligencia do Poder Central em rela9ao aos proble- para esses problemas. E sabemos que existem alteraativas. A mais mas que afetam eslas pessoas. concreta e imediata que se apresenla e o aceleramento da Revisao A questao social no Brasil sempre foi relegada a segundo Constitucional. E precise dotar o Estado brasileiro de mecanismos piano, mas neste final de seculo os problemas seavolumam, num legais que o modemizem e o retirem da contramao da histdria. O Pals esti parado, pois sua economia esti engessada. efeito cumulativo que chegou as portas do caos. E o que constata- 5 mos, por exemplo, durante os trabalhos e os levantamentos reali- Nesse contexto. Sr. Presidente, Sr" . e Srs. Congressistas, zados pela Comissao Parlamentar de Inquerito destinada a apontar toma-se imperioso e urgentlssimo que o Congresso Revisor inten- os responsaveis pela prostitui9ao e explora9ao infanto-juvenil, da sifique a discussao e a vota9ao de questoes fundamentais como a qual sou a Vice-Presidente. reforma tributiria, reforma fiscal, reduzindo os impostos; reforma previdenciiria; reforma estrutural do Estado, com a redefini9ao O diagnostico a que chegamos e estarrecedor, embora ja co- das compelencias da Uniao, Estados e Municlpios; a quebra dos nhecido de muitas pessoas: e a miseria, a fome, o desemprego, que monopdlios e o fim da discrimina9ao dos investimentos estrangei- levam crian9as e adolescentes as mas, e as meninas e meninos a ros; o aperfei9oamento do Judiciirio e a reforma do sistema politi- prostitui9ao. Estas condi9oes afetam as famllias e sao fatores de- co. A revisao desses assuntos afirma-se como uma atilude terminantes para a desagrega9ao familiar, que levam 4 explora9ao indispensivel para a continuidade e o exito do Piano de Estabiliza- e k prostitui9ao. 9ao EconSmica proposto pelo Govemo. Por isso, o dia de hoje e adequado para uma profunda refle- Em slntese, Sr. Presidente, julgo oue nao podemos omitir- xao da sociedade e principalmente do Govemo sobre a situa9ao de nos nessa hora gravlssima. Precisamos assumir e levar adiante calamidade e de carencia que atinge as crian9as e adolescentes, os com responsabilidade a Revisao Constitucional, a fim de se estabi- idosos e os portadores de deficiencia deste Pals. lizar a economia e se estancar o processo inflacionirio, reverter as Vale registrar aqui uma importante denuncia: o descaso go- disparidades sociais e emancipar os marginalizados da cidadania, vemamental no atendimento as necessidades das organiza96es sem integrando milhoes de brasileiros ao mercado, a propriedade e a fins lucrativos que atuam neste setor, amea9ando o funcionamento politica, acompanhar o avan90 econ6mico-tecnol6gico da epoca de algumas entidades e contribuindo para que muitas delas encer- atual e iniciar a transi9ao para um novo padrao de desenvolvimen- rem suas atividades. Os unices perdedores, como nao poderia dei- to, inserindo, desta forma, o Brasil, como Na9ao crescentemente xar de ser, serao as crian9as, os adolescentes, os idosos e os autonoma, independente, na nova ordem mundial, contribuindo excepcionais, que ficarao sem atendimento ou terao o atendimento para que essa ordem seja mais justa, solidiria e paclfica. Era o que comprometido na sua qualidade. tinha a dizer. Sr. Presidente, entre as entidades que estao sendo prejudica- COMPARECEM MAIS OS SRS. CONGRESSISTAS: das estao as APAES (Associa96es de Pais e Amigos dos Excep- cionais), entidade que possui representa9ao em cerca de 1.300 Roraima Municlpios e que possui uma trajetoria de quarenta anos de luta, Avenir Rosa - PP atendendo 200 mil excepcionais em todo o Pals. Francisco Rodrigues - Bloco (PTB) Os problemas enfrentados estao basicamente relacionados Para com o registros no Conselho Nacional de Assistencia Social Jose Diogo - PPR (CNAS) e dizem respeito a cassa9ao do registro de entidades, a obten9ao do proprio registro junto ao Conselho e k obten9ao de Amazonas certidao negativa de debito relativa a quota patronal junto ao Aureo Mello - PRN Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2027 Ricardo Moraes - PSB Liberate Caboclo - PDT Rondonia Paulo Novaes - PMDB Carlos Camurfa - PP Valdemar Costa Neto - PL Tocantins Mato Grosso Merval Pimenta - PMDB Augustinho Freitas - PP Julio Campos - PFL Maranhao Louremberg N. Rocha - PPR Haroldo Saboia - PT Rodrigues Palma - Bloco (PTB) Roseana Samey - Bloco (PFL) Distrito Federal Ceara Maria Laura - PT Anlonio dos Santos - Bloco (PFL) Emani Viana - PP Goias Piaui Iram Saraiva - PMDB Lucia Vania - PP Paes Landim - (Bloco (PFL) Mauro Miranda - PMDB Rio Grande do Norte Roberto Balestra - PPR Fernando Freire - PPR Ze Gomes da Rocha - PRN Ney Lopes - Bloco (PFL) Mato Grosso do Sul Paraiba Eltsio Curvo - PRN Evaldo Gonfalves - Bloco (PFL) Parana Ivan Burity - Bloco (PFL) Antonio Barbara - PMDB Raimundo Lira - PFL Deni Schwartz - PSDB Vital do Rego - PDT Rio Grande do Sul Pernambuco Wilson Miiller - PDT Marco Maciel - PFL Ney Maranhao - PRN O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Atingido o quorum, Ricardo Fitiza - Bloco (PFL) vamos dar inicio a Ordem dp Dia. (Palmas.) Alagoas Sobre a mesa requerimento que sera lido pelo Sr. Secreta- rio. Cleto Falcao - PSD Mendon^a Neto - PDT E lido o seguinte Olavo Calheiros - PMDB REQUERIMENTO N" 135, DE 1994 - RCF Bahia Requere'mos, nos termos do § 1° do art. 34 do Regimento Jairo Cameiro - Bloco (PFL) Interao do Congresso Revisor, o encerramento dos trabalhos da Joao Carlos Bacelar - Bloco (PSQ Revisao Constitucional. Luiz Viana Neto - Bloco (PFL) Sala das Sessoes, 22 de marfo de 1994. - Paulo Ramos - Ribeiro Tavares - PL PDT, Eduardo Jorge - PP. Minas Gerais O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) — Votafao do requeri- Camilo Machado - Bloco (PFL) mento de encerramento dos trabalhos da Revisao Constitucional, Leopoldo Bessone - Bloco (PTB) (Pausa.) Neif Jabur - PMDB Rejeitado. Pedro Tassis - PMDB Passa-se a Ordem do Dia. Zaire Rezende - PMDB O SR. LOURIVAL FREITAS - Sr. Presidenle, pepo a pa- lavra pela ordem. Espirito Santo O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex" a palavra. i osc de Freitas - PSDB O SR. LOURIVAL FREITAS (PT — AP. Sem revisao do Rio de Janeiro orador.) - Sr. Presidente, pepo verificafao de votafao. Alvaro Valle - PL O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Vamos proceder a vo- Darcy Ribeiro - PDT tafao nominal. Eduardo Mascarenhas - PSDB O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, pela ordem. Luiz Saloraao - PDT O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex* a palavra. Paulo Portugal - PP O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisao do ora- Roberto Campos - PPR dor.) - Sr. Presidente, V. Ex* ja passou para a Ordem do Dia. Nao Sandra Cavalcanti - PPR tem mais volafao nominal. O SR. ADROALDO STRECK - Sr. Presidente, pela or- Sao Paulo dem. Euclydes Mello - PRN O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex" a palavra FSbio Feldmann - PSDB O SR. ADROALDO STRECK - (PSDB - RS. Sem revi- Gastone Righi - Bloco (PTB) sao do orador.) - Sr. Presidente, ninguem pediu verificafao. V. Helio Bicudo - PT Ex' encerrou a questao. Jose Cicote - PT O SR. LOURIVAL FREITAS — Sr. Presidente, pela or- Jose Serra - PSDB dem. 2028 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex" a palavra. Era o que tinha a dizer. O SR. LOURIVAL FREITAS (FT - AP. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Nobre Deputado, a orador.) - Sr. Presidente, V, Ex" nao colocou em vota9ao o reque- Mesa informa a V. Ex' que, sendo o requerimento um direito do rimento, e, se o fez, pedimos verificagao a tempo. Congressista, leva-lo-a a vota9ao. E o caminho mais curto para en- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - A Mesa colocou o re- cerrar este debate e a vota9ao rapida. A Mesa pede a todos os Con- querimento em vota9ao. gressistas que sigam o exemplo de V. Ex' e venham ao plenario O SR. LOURIVAL FREITAS - Sr. Presidente, pelo Regi- votar pelo processo eletronico. mento, o mesmo e automatico. Convocamos as Sris. e o Srs. Congressistas a virem ao ple- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Mas a vota9ao tem nario para procedermos a vota9ao normal pelo processo eletronico. que ser nominal. O requerimento vai ser votado pelo Plenario. O SR. JOAO TEIXEIRA - Sr. Presidente, pe9o a palavra O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Esta Presidencia con- pela ordem. voca todos os Srs. Congressistas que estao em seus gabinetes e em O SR. PRESIDENTE (Levi Dias) - Tem V. Ex' a palavra. outras dependencias do Congresso a virem ao plenario, pois tere- O SR. JOAO TEIXEIRA (PL - MT. Sem revisao do ora- mos vota9ao nominal pelo processo eletronico. dor.) - Sr. Presidente, o PL esta em obstru9ao. O SR. JOAO TEIXEIRA - Sr. Presidente, pela ordem. O SR. VALDENOR GUEDES - Sr. Presidente, pe90 a pa- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. lavra pela ordem. O SR. JOAO TEIXEIRA (PL - MT. Sem revisao do ora- PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. dor.) - Sr. Presidente, o PL encontra-se em obslru9ao. O SR. VALDENOR GUEDES (PP - AP. Sem revisao do O SR. VICTOR FACCIONI-Sr. Presidente, pela ordem. orador.) - Sr. Presidente, o Partido Progressista... O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. A SRA. BETH AZIZE - Sr. Presidente, pe90 a palavra O SR. VICTOR FACCIONI (PPR - RS. Sem revisao do pela ordem. orador.) - Sr. Presidente, nao vou dizer que brincadeira tem hora, O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem a palavra V. Ex' mas, evidentemente, um requerimento dessa ordem, com esse ob- A SRA. BETH AZIZE (PDT - AM. Sem revisao da ora- jetivo e proposito, leva-nos a surpresa total e absoluta. O seu autor dora.) - Sr. Presidente, por que V. Ex' nao me concede a palavra? sequer teve a coragem de ficar aqui. Entregou o requerimento e Ja estou esperando ha quinze minutes. saiu. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - O Deputado Valdenor Isto nao e posslvel. Sr. Presidente! Toda a Na9ao esta Guedes so esta encaminhando. aguardando que o Congresso Revisor proceda a revisao constitu- A SRA. BETH AZIZE - Vou fazer a mesma coisa. Sr. cional e, em meio ao processo, de repente apresenta um requeri- Presidente. mento pedindo o encerramento dos nossos trabalhos. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Perfeito. Assim que o Sr. Presidente, acima de tudo estao a logica, o bom senso e Deputado Valdenor Guedes terminar o discurso, darei a palavra a o direito da Na9ao, que sobrepaira ao do proprio Congresso. O V. Ex" Congresso Revisor tem que cumprir seu dever. O SR. VALDENOR GUEDES - Sr. Presidente, o Partido Eomos convocados para fazer a Revisao Constitucional, fo- Progressista entende - e ate da razao ao Deputado Paulo Ramos - mos eleitos para fazer a Revisao Constitucional. Nao podemos que devemos seguir o Regimento. V. Ex' deve acalar o requeri- abrir mao do que nos determinaram a Constitui9ao e o proprio mento. povo brasileiro, senao passaremos por omissos. Os Srs. Congressistas precisam vir ao plenario votar. Ora, creio que o requerimento foi colocado em vota9ao de O Partido Progressista, logicamente, vai votar "nao" ao re- forma intempestiva. Louvo a preocupa9ao de V. Ex" em dar anda- querimento, para que prossigamos com a Revisao Constitucional. mento aos trabalhos da Casa, ate em - quem sabe? - trazer para o O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Concedo a palavra a plenario os Deputados e Senadores que estao em outras dependen- Deputada Beth Azize. cias do Congresso Nacional, ou por Brasilia afora. A SRA. BETH AZIZE (PDT - AM. Sem revisao da ora- Por isso, rogo a V. Ex' que fa9a soar as campainhas, para dora.) - Sr. Presidente, o requerimento proposto e um direito que que sejam alertados todos os Srs. Parlamentares, e desde logo en- assiste a qualquer Congressista, mas quero fazer uma rapida refle- caminho absolutamente contra o requerimento, porque ele nao tem xao sobre o Congresso Revisor. sentido, nao tem logica. O ilustre Relator do Congresso Revisor, Deputado Nelson A Na9ao espera que esta Casa delibere, realizando a Revi- Jobim, esta aproximadamente oito quilos mais magro, de tanto tra- sao Constitucional. Estao ai os pareceres, estao at mais de 17 mil balhar para emitir parecer sobre as emendas a Constitui9ao. Os re- propostas subscritas pelos proprios Parlamentares integrantes desta latores adjuntos estao todos os dias em Brasilia, ajudando a Casa. Mesmo as bancadas que se declaram em obstru9ao estao relatoria. contribuindo, porque, na medida em que ha quorum, participam Este requerimento, a princlpio, pode ate parecer uma brin- do processo. cadeira, mas nao e. Sr. Presidente; e, sim, um requerimento da O que precisamos fazer, efetivamente, e estabelecer uma maior seriedade e gravidade e leva este Congresso Revisor a uma pauta minima, estabelecer prioridades, para podermos dar uma res- profunda reflexao. Basta ler as notlcias diariamente divulgadas posta pronta e imediata a Na9ao, que aguarda dos Srs. Congressis- pela grande imprensa para verificarmos a angiistia do Relator-Ge- tas delibera9ao da maior importancia, da maior profundidade, da ral e dos relatores adjuntos. Por que isso? Nos, que somos conlrd- maior amplitude, do seu maximo interesse. A Constitui9ao enges- rios a Revisao, como bem disse o Deputado que me antecedeu, o sou a Na9ao brasileira, perturbou a ordem politica, juridica e eco- Oustre Deputado Victor Faccioni, estamos aqui todos os dias e, nomica, uma vez que dificultou o andamento de todo o processo quando e estabelecido o quorum, participamos dos trabalhos. democratico. Vamos fazer a Revisao para termos melhores condi- Sr. Presidente, estamos numa quarta-feira, dia de pico no 9oes de govemabilidade, melhores condi9oes de realiza9ao demo- Congresso Nacional e no Congresso Revisor. cratica, maior desenvolvimento da economia e melhores condi9oes Pergunto a V. Ex' e a todos os Congressistas: onde estao as de vida para o povo brasileiro. bancadas que apoiam a revisao constitucional? Nao estao aqui, e Mar9o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2029 assim tem sido todos os dias. A questao maior nao e bem o quo- sabemos que a crise polltica que vivemos, superestimada por al- rum. Nao e por serem gazeteiros que eles nao estao aqui presen- guns e manipulada por outros, esta vinculada a Revisao Constitu- tes. Tenho certeza absoluta dislo. A questao maior e: para que cional. continuar com esta farsa? O que se esta votando de interesse para Ora, se temos possibilidade de discutir com mais serenida- o Pais nesta revisao constitucional que nao caminha, nao sai do lu- de. pelo processo de emendas, para a promo9ao de mudan9as na gar, nao vai para lugar algum? Constitui9ao, por que vamos, nos do Poder Legislative, continuar Sr. Presidenle, eu e uma grande parcela dos Parlamentares contribuindo para a perpetua9ao de uma crise? aqui presentes consideramos esse requerimento urn documento se- Portanto, Sr. Presidenle, subscrevi o requerimento em nome rio, e nao uma brincadeira. Ele vai levar-nos a uma grande refle- do meu partido, baseado no Regimento. Se alguem acha a propos- xao; vai, pelo menos, obrigar os Congressistas a virem ao plenario ta destitulda de seriedade, promova a mudan9a do Regimento, que para decidir sobre os destinos da Revisao da Constituifao. eslabelece que pelo menos 59 Congressistas ou lideran9as que re- O SR. ADYLSON MOTTA - Sr. Presidenle, peijo a pala- presentem esse numero poderao apresentar o requerimento. vra pela ordem. Portanto, destituldo de seriedade e quern nao conhece ou O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex* a palavra. nao respeita o Regimento. O SR. ADYLSON MOTTA (PPR - RS. Sem revisao do 6 PDT pede aqueles que tem plena consciencia da necessi- orador.) - Sr. Presidenle, pediria a V. Ex' que lesse na Integra o re- dade de afim^ao da democracia que vote "sim" ao requerimento. querimento. O SR. CID SABOIA DE CARVALHO - Sr. Presidenle, O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - O Primeiro Secreta- pe90 a palavra pela ordem. rio, Congressista Esperidiao Amim, fara a leitura. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra (E lido o seguinte requerimento:) pela ordem. "Sr. Presidenle, requeremos, nos termos do § 1° do art. 34 do Regimento do Congresso Revisor, o encer- O SR. CID SABOIA DE CARVALHO (PMDB - CE. ramento dos trabalhos da Revisao Constitucional. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, quero dizer que o reque- Sala das sessoes 22 de manjo de 1994. rimento e legltimo. Ele foi feito regularmente. Cabe ao Plenario Assinam: Paulo Ramos, PDT, Eduardo Jorge, decidir "sim" ou "nao", democraticamente. V. Ex' admitiu, de PT." modo correto, a existencia do requerimento. Sr. Presidenle, particularmente, votarei pelo encerramento O SR. ADYLSON MOTTA - Sr. Presidenle, a Revisao porque nao admito uma revisao feita em cima da pema, como esta Contitucional e um imperative constitucional. O prazo da Revisao acontecendo aqui lodas as tardes, quando se altera cinco, seis ve- e estabelecido por meio de uma resolu^ao. Pergunto a V. Ex" se zes consecutivas a mesma reda9ao, sem a menor responsabilidade, um simples requerimento poderi alterar o que esta contido numa sem um criterio etico, sem um criterio juridico mais respeitavel. resolurjao. Nao e assim que se faz uma revisao constitucional. Por isso, voto O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidenle, peijo a pala- "sim". vra pela ordem. E neste momento quero dizer que e legltimo o direito de pe- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. dir o encerramento da Revisao. O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - A Mesa pede aos Srs. dor.) - Pode sim. Sr. Presidenle. E a segunda vez, inclusive, por- Congressistas que tomem seus lugares. Vamos dar inlcio a vota9ao que de quinze em quinze dias pode ser feito isso. pelo sistema eletronico. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Respondendo a ques- tao de ordem de V. Ex', Deputado Adylson Motta, o art. 34, no O SR. CARLOS KAYATH (PTB - PA. Sem revisao do seu § 1°, eslabelece; orador.) - Sr. Presidenle, a bancada do PTB, embora entenda o merito do requerimento, continua mantendo a obstru9ao. "O encerramento dos trabalhos podera ser anteci- O SR. GERALDO ALCKMIN FILHO (PSDB - SP. Sem pado, mediante requerimento de 59 congressistas ou II- revisao do orador.) - Sr. Presidenle, o PSDB vota "nao". deres que representam esse numero, aprovado pelo O SR. VICTOR FACCIONI (PPR - RS. Sem revisao do Plenario, por maioria absoluta." orador.) - Sr. Presidenle, o PPR vota "nao". O SR. ALOISIO VASCONCELOS - Sr. Presidenle, peijo O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisao do ora- a palavra pela ordem. dor.) - Sr. Presidenle, o requerimento foi apresentado em con junto O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. pelo PT e pelo PDT - eu o assinei em nome da Lideran9a do PT - O SR. ALOISIO VASCONCELOS (PMDB - MG. Sem e esta amparado no Regimento. Ele e necessario porque estamos revisao do orador.) - Sr. Presidenle, o PMDB vota "nao". vendo aqui uma Revisao com emendas aglutinativas surgidas no microfone e no ouvido do Relator. Entao, 95% do Plenario desco- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Vamos conceder a nhecem o real conteudo das emendas aglutinativas. Isso nao e uma palavra as Lideran9as, apenas para a orienta9ao de suas bancadas, revisao seria. E por isso que cresce em todos os parUdos, sejam de por um minuto. Convocamos todos os Srs. Congressistas para que venham esquerda, sejam os mais conseryadores, o desejo de encerrar o mais rapido posslvel esta farsa. E por esse motive que o PT e o ao plenirio volar. A vola9ao sera nominal, pelo processo eletroni- PDT estao dando mais uma oportunidade ao Congresso de encer- co. rar esta Revisao, de acabar com esse processo de ultima hora, em O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidenle, pe90 a palavra que aparecem emendas que ninguem conhece, colocando todo o pela ordem. Congresso numa situa9ao constrangedora. O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Tem V. Ex' a palavra. Conversei hoje de manha com muitos Deputados e Senado- O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- res. Eles nao sabem a extensao e o conteudo real do que foi votado dor.) - Sr. Presidenle, a Constitui9ao em vigor ja estabelece os me- ontem. Nao pode continuar esse tipo de encaminhamento da Revi- canismos para sua modifica9ao atraves de emendas. Todos sao. Por isso e que o Partido dos Trabalhadores encaminha "sim" 2030 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Margo de 1994 ao requerimento de encenamento desse processo revisional e con- O SR. LOURTVAL FREITAS - Quero apenas confirmar voca sua bancada para estar presente e votar. com V. Ex" o horario da sessao de amanha. O SR. ALDO REBELO (PCdoB - SP. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A sessao esta orador.) - Sr. Presidente, o PCdoB apoia o requerimento porque prevista para as lOh. entende que, apesar de reconhecer que Deputados e Senadores ten- taram levar com seriedade o processo revisional, pouco a pouco a O SR. LOURIVAL FREITAS - Sr. Presidente, gostaria Revisao da Constitui^ao foi se transformando em alvo de chanta- de lembrar a todos os colegas a importincia da vota9ao de ama- gem de um grupo empresarial corporativista que, num acinte a este nha. Mesmo que haja uma orienta^ao do Govemo para nao se vo- Congresso, ao inves de se dirigir a ele, chamou a Confedera^ao tar a materia amanha, para a boa imagem do Congresso Nacional, Nacional da Induslria o Ministro Fernando Henrique Cardoso. ja tao combalida, os Srs. Congressistas nao devem furtar-se a dis- Queremos dizer - este e o sentimento desta Casa - ao Ministro cutir e votar esta materia amanha. Se para o PSDB e o PMDB e in- Fernando Henrique Cardoso que ele raanda, se muito, no seu Mi- leressante que o Congresso Nacional nao aprecie a materia, para a nisterio, porque, mais do que ele, mandam os banqueiros interaa- imagem do Legislative isso sera bem mais serio do que os golpes que contra ele tem sido desferidos ate o momento. Entao, alerto a cionais. Nesta Casa decidem os Deputados e os Senadores se 0 querem ou nao inclusive continuar com a Revisao da Conslituiijao. Casa para a importancia da vola^ao da Medida Provisoria n 434. Portanto, o PCdoB votara favoravel ao requerimento. E nesta opotunidade o PSDB tera que assumir publicamente o O Sr. JOSE MUCIO MONTEIRO (PFL-PE. Sem revi- onus de nao querer votar a materia; alias, tanto o PSDB quanta o sao do orador.) - Sr. Presidente, o PEL encaminha o voto "nao". PMDB. Digo isso para que, depois, o Sr. Ministro da Fazenda nao Ja e materia vencida. Qualquer que seja o Presidente eleito fique jogando, mais uma vez, a culpa de lodas as dcsgraijas deste deste Pais, ele nao govemara se esta Revisao nao for feita. Pais em cima do Congresso Nacional. O SR. JOAO TEIXEIRA (PL - MT. Sem revisao do ora- E precise que o PMDB e o PSDB assumam da tribuna este posicionamento e que o Congresso Nacional esteja aqui para votar dor.) - Sr. Presidente, o PL esta em obstrufao. 0 O SR. ALOISIO VASCONCELOS (PMDB - MG. Sem a Medida Provisoria n 434. revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB vota "nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - aproveita o ensejo para, mais uma vez, apelar para que os Srs. De- SP. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PPR vota "nao". putados e Senadores estejam presentes amanha. a partir das 10 ho- O SR. MARIO CHERMONT (PP - PA. Sem revisao do ras, a sessao con junta do Congresso Nacional. onde sera apreciada orador.) - Sr. Presidente, o PP vota "nao". a Medida Provisoria n0 434, que dispoe sobre a inslituifao da O SR. ROBERTO FRANCA (PSB - PE. Sem revisao do URV. orador.) - Sr. Presidente, o PSB vota "sim". Nos vamos iniciar a sessao as 10 horas com a leitura do pa- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Srs. Congressistas, recer pelo Deputado Gonzaga Mota, Relator da materia. O pareccr tomem seus lugares, a fun de ter itucio a vota^ao pelo sistema ele- ja foi publicado, esta sendo distribuido, sera discutido e, depois, tronico. votado o Projeto de Lei de Conversao. Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- ram registrar os seus codigos de volacjao. O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pela ordem. Srs. Congressistas, queiram selecionar os seus votos. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Os Srs. Congressistas que se encontram nas bancadas quei- palavra. ram acionar simultaneamente o botao preto no painel e a chave sob a bancada, mantendo-os pressionados ate que a luz do codigo O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisao do se apague. orador.) - Sr. Presidente, neste instante, convoco esta Casa, apelo Os Srs. Congressistas que nao registraram seus votos quei- para que todos os Parlamentares comparegam amanha, as 10 ho- ram faze-lo nos postos avulsos. ras, a fim de que possamos votar esse projeto de conversao, aca- O SR. PRESIDENTE (Levy Dias) - Como votam os de- bando com essa crise fabricada, fajula, crise que nao existe entre mais Srs. Llderes? os Poderes. A melhor maneira de dar resposta e votando essa me- O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- dida provisoria amanha. Ai os Srs. Fernando Henrique Cardoso e dor.) — Sr. Presidente, o PSDB esta orientando a sua bancada para Itamar Franco irao procurar outro assunto para criar uma crise, que que vote "nao". nao mais sera a medida provisoria ou a conversao de salaries. (Procede-se d votagdo.) Sabemos que a crise interessa a eles c que esse Piano esta vazando agua por todos os lados, esta afundando, e nao podemos O Sr. Levy Dias, 2° Vice-Presidente, deixa a ca- deixar a sociedade brasileira ser enganada com as explica9oes que de ir a da presidencia, que e ocupada pelo Sr. 11 umberlo estao sendo dadas. Mentiras e ate caltinias estao sendo desferidas Lucena, Presidente. contra o Poder Judiciario, contra o Supremo Tribunal Federal. Entao, a melhor maneira de acabar com esta crise e deslegi- O SR. LOURIVAL FREITAS - Sr. Presidente. pe^o a pa- timar esse discurso do Sr. Fernando Henrique Cardoso e do Presi- lavra pela ordem. dente Itamar Franco e o Congresso Nacional amanha, na sua O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a soberania, com a sua autoridade moral, perante a opiniao publica e palavra. a Na9ao brasileira, transformar essa medida em lei para que nao O SR. LOURIVAL FREITAS (PT - AP. Sem revisao do venham mais afrontar esta Casa, a sociedade brasileira e o Poder orador.) - Sr. Presidente, enquanto se espera a conclusao do pro- Judiciario. cesso de votajao, gostaria de lembrar a esta Casa que amanha, O SR. VALDIR COLATTO - Sr. Presidente, pe9o a pala- conforme ja anunciou V. Ex", estara em pauta a Medida Provisoria vra pela ordem. 0 n 434. Nao e isso. Sr. Presidente? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Exatamente. palavra. Manjo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2031 O SR. VALDIR COLATTO (PMDB - SC. - Sem revisao E muito facil essa bancada se omitir, sair de plenario, nao do orador.) - Sr. Presidente, chamo a atenijao desla Casa porque participar do debate e mais uma vez contribuir para que joguem amanha devera ser votada a Medida Provisdria n0 434. pedras nesta Casa. A Comissao de Agricultura e Polltica Rural da Camara dos Apelo para que a bancada ruralista, Sr. Presidente, esteja em Depulados estudou exauslivamente a Medida Provisdria n0 434 e plenario e destaque as suas emendas. Vamos a votos, e o Plenario criou uma comissao, coordenada. pelo Deputado Odacir Klein, decidira. Nao podemos, mais uma vez, ver a sociedade brasileira para proper emendas a medida. As emendas foram propostas ao assistir aos 400 Deputados, que estavam aqui na ultima quarta-fei- Deputado Gonzaga Mota, Relator da maleria mas nenhuma delas ra, amanha nao se fazerem presentes. Nos, por obrigagao, justi9a, e foi aceila por S. Ex' no caminho da verdade, teremos que fazer a leitura dos 400 Depu- Sr. Presidente, nao adianta o PT, o PDT e outros partidos tados que vierem votar os seus salarios e daqueles que nao podem pedirem a aprovaijao desta medida provisdria para aumentar os sa- votar os salarios dos trabalhadores. laries dos trabalhadores, se na outra ponta o Govemo vai acabar E fundamental Deputados e Senadores estarem presentes, com a agricultura brasileira, cobrando os juros raais caros do pla- votarem contra ou a favor. Caso entendam que tem de ser alterado neta - 58%. O Govemo propde a cobran^a da TR e a polltica dos o relatorio do Deputado Gonzaga Mota, que fa9amos um debate juros altos. Por outro lado, vai converter o pre^o dos produtos para amanha. A sessao e de debate. Ha emendas? Fa9am destaques e a URV, isto e, conlrola os salarios e o produto basico. Enquanlo vamos a votos. Nao quero assistir outra vez a uma Hebe Camargo isso, adota a politica dos juros altos-58% hoje - incluindo a TR - condeno o que ela fez - dizer na televisao que os Deputados s6 nos financiamentos, o que, na ultima quarta-feira, foi considerado se fazem presentes para votar os seus salarios e nao o dos trabalha- inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. dores, e que nao ha incentive a agricultura. Vale lembrar que re- Amanha, a bancada da Comissao de Agricultura e Polltica centemente a CPI da Agricultura, com endosso deste Plenario, deu Rural da Camara dos Deputados vai obstruir a volagao. Nao va- um ganho descabido, enorme, aos ruralistas. Tambem podemos mos deixar que seja votada a Medida Provisdria n0 434, se nao for discutir este assunto na plenaria de amanha. modificada, Hoje a noite diremos ao Ministro da Fazenda que, se Fa90 um apelo para que a bancada ruralista nao se retire do aprovada, a medida acabara com a agricultura brasileira. Nao plenario, a fim de que possamos discutir suas emendas em bloco e adianta a Utopia de aumentar os salarios para os trabalhadores, se ver se e posslvel aprova-las ou nao. eles vao pagar o seu alimento mais caro, com a TR embutida e ju- Fiquei um mes discutindo com Deputados, Senadores e ros que chegam a 58% ao mes. A medida deve ser analisada como com o Ministro Fernando Henrique Cardoso, e S. Ex' nao aceitou um todo, nao so com relayao aos salarios. Do conlrario, um selor mexer numa vlrgula da medida provisdria. importante como o da agricultura brasileira vai quebrar. Nao te- Sr. Presidente, o dia do debate e amanha, e devemos faze-lo mos condi9oes de votar e nao votaremos a Medida Provisdria n0 de forma fraternal e, quem sabe, elaborarmos um projeto de con- 434. Deixaremos isso claro ao Sr. Ministro da Fazenda na audien- versao que possa terminar a crise entre os tres Poderes. O relatorio cia de hoje a noite. do Deputado Gonzaga Mota aponta nesse sentido e, no meu enten- Era o que tinha a dizer. dimento, contempla os interesses da media do pensamento desta O SR. JERONIMO REIS - Sr. Presidente, pe^o a palavra Casa. pela ordem. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) — A Presidencia palavra, apela para os Srs. Congressistas que estao fora do plenario para O SR. JERONIMO REIS (PMN - SE. Sem revisao do que venham votar. Estamos em pleno processo de aprecia9ao do orador.) - Sr. Presidente, o PMN vota "sim" ao requerimento, para requerimento que diz respeilo ao encerramento ou nao da Revisao o bem deste Congresso. Pedimos aos companheiros que votem Constitucional. "sim" 4 suspensao da Revisao Constitucional, deixando-a para o Solicito aos Srs. Congressistas que venham votar. proximo ano, o que sera bom para lodos e principalmente para o Pals. {Prossegue a votagao) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia O SR. WILSON MULLER - Sr. Presidente, pe90 a pala- esclarece que esta em votagao o requerimento de encerramento da vra pela ordem. Revisao Constitucional. Quem votar "sim" esta a favor do adia- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a mento. Quem votar "nao" esta contra o encerramento. palavra. (Prossegue a votagao) O SR. WILSON MULLER (PDT - RS. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, na manha de ontem, quando estava reu- O SR. PAULO PAIM - Sr. Presidente, pe^o a palavra pela nido o Congresso Revisor, tambem estava reunida a Comissao de ordem. Constitui9ao e Justi9a e de Reda9ao, apreciando o processo de cas- sa9ao do Deputado Joao Alves, em razao dos fatos apurados pela O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a CPMI do Or9amento. Mas, como sabemos, nao pode haver sessao palavra. de Comissoes quando houver sessao do Congresso. O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, amanha, as 10 horas, estA marcada uma reu- Sr. Presidente, o orador que me anlecedeu, da bancada ruralista, niao da Comissao de Constitui9ao e Justi9a e de Reda9ao para jul- cometeu um grande equlvoco. S. Ex' disse que sua bancada ama- gamento de outro Parlamentar, e, no mesmo horario, esta marcada nh5 nao vira votar a proposta da URV. a sessao do Congresso Nacional para finalmente apreciar esta me- Lembro ao nobre Deputado que eu tenho a rela^ao de todos dida provisdria. Ou se suspende a reuniao da Comissao ou se sus- os Parlamentares da bancada ruralista presentes a sessao de quarta- pende a sessao do Congresso. feira, quando foram votados os salarios dos Congressistas. Quero Nao podemos gerar aqui amanha outra crise ao suspender a tambem pedir a S. Ex' a mesma coerencia, que esteja aqui amanha reuniao da Comissao de Constitui9ao e Justi9a e de Reda9ao, para votar e apresentar as emendas da sua bancada. como se nao quisessemos julgar os indiciados da Comissao de Or- 2032 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 Samento ou suspender a sessao do Congresso, pois diiao la fora cional. Portanto, hoje, sou um defensor da suspensao inconlinenti que nao queremos apreciar a medida provisoria. dos trabalhos cujo impasse pode acarrelar mais desgaste ainda a O apelo que faijo e no sentido de que o Congresso, V. Ex" e vida publica de que esta aluando neste Poder Legislative e a pro- o Presidente da Camara resolvam essas questoes. Caso contrario, pria imagem do Congresso Nacional. esta Casa vai acabar na verdade sendo fechada, nao fechando as No entanto, persiste ainda uma delibera9ao do nosso parti- portas, como disse esta manha o Deputado Miro Teixeira, mas fe- do, e enquanto persistir essa decisao nao me julgo autorizado a tor- chando a condigao de trabalhar-se aqui. nar publica a posi9ao que eu gostaria de tomar, votando a favor de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia uma proposta que encerre de vez os trabalhos revisionais. esclarece a V. Exa que ja solicitou ao Sr. Presidente da Camara, Na sexta-feira proxima, dia 25, sera realizada uma reuniao que cedeu o plenario da Camara para a realizagao da sessao con- do Conselho Politico do PMDB. Nessa ocasiao, empenhar-me-ei junta do Congresso, amanha as 10 horas, que suspenda as reunioes para que o PMDB encampe de vez a bandeira de suspender os tra- de Comissoes. No caso da Comissao de Constitui9ao e Justiga e de balhos da Revisao Constitucional. Qui9a o nosso partido tenha jui- Redaqao, se for o caso, na hora da vota^ao, todos os Srs. Membros zo e aprove uma proposta neste sentido. A partir de entao, estarei terao que ser liberados para estar em plenario, votando a materia liberado para aliar-me aos companheiros com propostas que visem do Congresso Nacional, que e preferencial. ao fim dos trabalhos da Revisao Constitucional. Isso ja esta entendido com o Sr. Presidente da Camara dos O SR. JOSE THOMAZ NONO - Sr. Presidente, a palavra Deputados, que me assegurou ja ter tornado as providencias nesse pela ordem. sentido. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a O SR. WILSON MULLER - Sr. Presidente, o apelo que palavra. fiz foi exatamente nesse sentido. Se tivermos que vir correndo s6 O SR. JOSE THOMAZ NONO (PMDB - AL. Sem revi- para votar, sem acompanharmos a discussao... sao do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Congressistas, ouvi O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Con- atentamente a resposta que deu V. Ex' a questao de ordem levanta- gressista Wilson Miiller, ja disse a V. Ex' que apelei para que nao da pelonobre Deputado Wilson Miiller,... haja reuniao das Comissoes. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao foi ques- O SR. WILSON MULLER - O Presidente da Comissao tao de ordem. de Constituifao e Justiga e de Redafao, aqui presente, Deputado O SR. JOSE THOMAZ NONO - ... relativa a concomi- Jose Thomaz Nono, acaba de informar que amanha havera, sim, a tancia de sessoes do Congresso Revisor com reunioes da Comis- reuniao na Comissao. sao. Amanha, nos tinhamos marcada a sessao do julgamento do . Portanto, Sr. Presidente, e sinal de que nem as duas Casas Deputado Ezio Ferreira. A opiniao publica cobra lanto o resultado estao se comunicando, quanto menos o Govemo conosco ou nos dos trabalhos da Revisao Constitucional como a aprecia9ao dos com a populajao brasileira. processes decorrentes da CPI do Or9amento, e, na qualidade de O Presidente da Comissao de Constitui9ao e Justi9a e de Presidente da Comissao, solicito a V. Ex" que, formalmente, por Reda9ao, nobre Deputado Jose Thomaz Nono, aqui presente, nao escrito, comunique a Comissao de Constitui9ao e Justi9a e de Re- sabe dessa decisao. Sr. Presidente. da9ao dias e horarios das sessoes do Congresso Revisor, para res- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Con- salvar a responsabilidade da Comissao quanto ao nao julgamento gressista, tenho que comunicar a V. Ex', a providencia que tomei. desses processes. Cabe ao Presidente da Camara deliberar a respeito das questoes re- Hierarquicamente, o Congresso Revisor se sobrepde a Co- lativas aquela Casa. missao de Constitui9ao e Justi9a e de Reda9ao. Sei que o Regi- O SR. VALTER PEREIRA - Sr. Presidente, peqo a pala- mento e clarissimo, quando veda a concidencia de reunioes neste vra pela ordem. plenario e na Comissao, e, apenas para acautelar a mim e aos meus O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a pares, a V. Ex' e aos seus, gostaria de tomar conhecimento previo palavra. da pauta desta e da proxima semana, para evitar superveniencias. O SR. VALTER PEREIRA (PMDB - MS. Serm revisao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao. do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Congressistas, gostaria Quero apenas dizer a V. Ex' que amanha pela manha havera ses- apenas de consignar em ata declara9ao de voto acerca da materia sao conjunta do Congresso Nacional e nao do Congresso Revisor. que esta sendo votada neste instante. A tarde, sera a do Congresso Revisor, o que ocorre diariamente a Sempre pontilhei minha vida publica por tomadas de deci- partir das 14 horas, conforme estabelecido pelo Regimento. soes claras. No entanto, hoje, neste exato momento, fui compelido, No caso a que V. Ex" se refere, vou-me entender com o Pre- por um dever de consciencia, a abster-me de votar o requerimento sidente da Camara dos Deputados, ja que a Comissao e da Cama- que propoe o encerramento dos trabalhos da Revisao Constitucio- ra, para que S. Ex' oftcie V. Ex" sobre essa questao. nal. O SR. SARNEY FILHO - Sr. Presidente, pe90 a palavra Ja antes de iniciar os trabalhos revisionais, a bancada do pela ordem. PMDB, meu partido, havia sustentado a incoveniencia, a inopcatu- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a nidade de se realizar os trabalhos de revisao previstos na Consti- palavra. tui9ao Federal. Mas fui voto vencido. O meu partido, do qual V. O SR. SARNEY FILHO (Bloco Parlamentar - MA. Sem Ex' tambem faz parte. Sr. Presidente, optou por participar dos tra- revisao do orador.) - Sr. Presidente, aproveilo esse espa90 que de- balhos da Revisao. E a partir do momento em que fui voto vencido mocraticamente V. Ex" abre duranle os periodos de vota9ao para passei a freqiientar com assiduidade as sessoes e oferecer as mi- reafrrmar o posicionamento nao somente meu, mas do grupo liga- nhas sugestoes e meus votos para que a Revisao seguisse o seu do ao Presidente Samey, de comparecer, amanha, a esle plenario curso normal. No entanto, o que se ve e que naquela ocasiao as para dar niimero e votar a favor do projeto de conversao, porque previsoes que faziamos acerca do destino da Revisao se cosumam nao admitimos mais esta situa9ao. Nao se trata de discutir reajuste hoje, quando assistimos do estado de perplexidade deste Pars, a salarial, e sim um salario mais digno, porque os pre90s aumenta- falta completa de condi95es para que se opere a Revisao Constitu- rara muito nesses ultimos dez dias. Maivo dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2033 Enquanlo o ftesidenle se cerca de Ministros militares para atraves da sua bancada, subscreveu integralmente o requerimento criar uma crise artificial, o povo esta sofrendo, o Congresso esta fi- de inslafao da Revisao e que estamos lutando ainda para salva-lo, cando mais desmoralizado que nunca em toda a sua historia neste momento oriento a bancada a votar "nao". Uma maneira de nos firmarmos perante a Na^ao e justa- O SR. LUIZ GUSHIKEN - Sr. Presidente, pego a palavra mente comparecer a este plenario para votar com a nossa cons- pela ordem. ciencia, e votar a favor do povo. Certamente, votando a favor do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a povo, estaremos ajudando o Govemo. palavra. For outro lado, votamos contra esse requerimento, mas esta- O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Sem revisao do ora- mos muito preocupados porque, na medida em que o tempo passa dor.) - Sr. Presidente, oriento a bancada do PT a votar "sim". e nao se firma a Revisao Constitucional, estamos vendo imimeros Quero aproveitar a oportunidade para pedir a V. Ex' que, companheiros mudando o seu voto para "sim". Sr. Presidente, ou em vez de deixar aos Parlamenlares aqui presentes a conclama^ao colocamos o horario de vola^ao para o periodo da tarde, com uma para o voto de amanha, reitere aos Parlamenlares a importancia paula no minimo conhecida por todos, ou corremos o risco de os dessa vota^ao. Se por repetidas quintas-feiras nao tivermos quo- mais entusiasmados, como eu, come^arem a se decepcionar com rum, isso sera letal para esta Casa, porque a imprensa publicar a esta Revisao Constitucional. que os Parlamenlares aqui nao compareceram para votar o salario O SR MAGNO BACELAR - Sr. Presidente, peijo a pala- dos trabalhadores. vra pela ordem. Pela importancia do tema, pela defesa da Instituifao, solici- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Exa a to novamente a V. Ex", guardiao desta Casa, que conclame reitera- palavra. das vezes a importancia da votafao de amanha, e que nao deixe a O SR. MAGNO BACELAR (PDT-MA. Sem revisao do cargo dos Deputados afirmarem essa ideia. orador.) - Sr. Presidente, a bancada do PDT coerenlemenle se O SR. ALOISIO MERCADANTE - Sr. Presidente, peijo manteve em obstru^ao ate agora e foi uma das primeiras a lutar a palavra pela ordem. contra esta Revisao Constitucional. No momento em que se atingir O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V Ex" a o quorum, votaremos "sim". palavra. Sr. Presidente, alertamos todos os Srs. Parlamenlares para o O SR. ALOISIO MERCADANTE (PT - SP) - Sr. Presi- fato de que este Congresso nao se rcabililara enquanto nao se to- dente, proponho a Mesa que inicie o processo de discussao da ma- mar decisoes serias, como a de hoje pela manha, em que o Senado teria referente ao projeto de conversao da medida provisoria que tentou, atraves tambem de um apelo do Sr. Presidente da Camara, diz respeilo a URV e a politica salarial ainda hoje a noite. Desta a manuten^ao do veto. A imprensa divulgou logo a seguir que o forma, amanha pela manha, teremos a seguranja do quorum, para veto caiu, mas que as vantagens permanecem. Que vantagens, Sr. que o Congresso Nacional possa se posicionar em materia que diz Presidente? Como haveremos de fazer com que a imprensa deixe respeito a milhoes de trabalhadores, a toda a popula9ao, seja no se distorcer a denegrir a imagem deste Poder? sentido de reafirmar a politica do Govemo, ou mesmo de modifi- Votamos "sim", Sr. Presidente. ca-la, seja no sentido de procurar ajustes que assegurem a reposi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o aos Srs. 9ao das perdas salariais e, mais do isso, impe9am os casuismos a Congressistas que ainda nao votaram que o fa^am. que estamos assistindo por parte dos Poderes que tem possibilida- de de se defender. (Prossegue a votagao.) , Este e o momento de o Congresso Nacional se fazer presen- O SR CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pei^o a palavra pela te, de assumir a sua respoosabilidade e nao permitir que o Executi- ordem. vo continue legislando e substituindo o papel constitucional desta O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern - V. Ex' Casa. a palavra. Cabe a n6s ouvir a sociedade, os empresarios e as centrals O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Sem revisao do ora- sindicais. Todo o processo de negocia9ao desenvolvido pelo Con- dor.) - Sr. Presidente, quero declarar que a bancada do PDT ja esta gresso so pode ser firmado na medida em que nos pronunciarmos votando, e votando "sim". Apelo para os companheiros da nossa sobre a materia. bancada a fim de que votem "sim". Quero tambem uma informa- Se nao assegurarmos o quorum, o debate e a decisao politi- 930 de V. Ex": como nao houve sessao da Camara hoje, os projetos ca, nao resgataremos a credibilidade, a legitimidade e o respeito podem ser apresenlados na sessao do Congresso Revisor para se- que a sociedade deve ter por esta Casa, para que as institui96es de- rem rcmetidos i Camara dos Deputados? mocralias se fortale9am, a fim de superar o impasse institucional O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. dos Poderes. O SR. CARLOS LUPI - Obrigado. Por ludo isso, fa90 este apelo e formulo questao de ordem a Presidencia no sentido de que inicie, ainda hoje, na sessao do Con- O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, pe?o a palavra pela ordem. gresso Nacional. O debate da materia nomeando o Relator em ple- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a nario, que podera ser o proprio colega Deputado Gonzaga Mota. palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao ha ques- O SR. GERMANO RIGOTTO ( PMDB - RS. Sem revi tao de ordem a resolver, nobre Deputado. A materia ja esta inclui- sao do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB esta votando "nao". da na Ordem do Dia da sessao de amanha, as 10 horas. E materia O SR CARLOS KAYATH - Sr. Presidente, pe^o a pala- tinica. vra pela ordem. Ha presen9a maci9a dos Srs. Parlamenlares em Brasilia e no O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Congresso. Ja reiterei vdrias vezes o apelo a todos os Lideres e a palavra. todas as bancadas, a fim de que estejam presentes amanha para O SR. CARLOS KAYATH (PTB - PA. Sem revisao do apreciarmos essa materia. orador.) - Sr. Presidente, o PTB manteve ale agora a obstrufao, Nao hi concordancia dos Lideres quanto a convoca9ao de mas, tendo sido alcan^ado o quorum e sabendo-se que o PTB, uma sessao para esta noite. 2034 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marijo de 1994 O SR. PEDRO TONELLI - Sr. Presidente, pe^o a palavra O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Sem revisao pela ordem. do orador.) - Sr. Presidente pe^o a minha bancada que vote "nao". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a E o absurdo dos absurdos. Estamos em meio a revisao cons- palavra. titucional e, mais uma vez, um requerimento intempestivo e apre- O SR. PEDRO TONELLI (PT - PR. Sem revisao do ora- sentado pelo PT e pelo PDT a aprecia9ao do Plenario. Eles vao a dor.) - Sr. Preisdente, para fins de registro, gostaria de solicitar a exaustao, querendo tirar a paciencia dos que sao a favor da revisao correcjao do meu voto na sessao de ontem, quando deliberavamos constitucional. sobre o requerimento de preferencia de votafao da materia que tra- Sr. Presidente, o Deputado que me antecedeu na tribuna dis- tava da pena de morte. se que o ex-Presidente Jose Samey se recusa a participar da revi- A minha intenfao foi contraria. Hoje, analisando o resulta- sao. Nao e a primeira vez que isso acontece. S. Ex' tambem do da vota^ao, verifiquei que foi registrado o voto "sim". Gostaria participou da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988 quando que fosse adaptado o resultado mecanico a inten^ao deste Parla- foi Presidente da Republica. Por falta de posi9oes firmes na As- mentar. O meu voto foi "nao". sembleia Nacional Constituinte, nao pudemos dar uma Constitui- O SR. JOSE ABRAO - Sr. Presidente, pe<;o a palavra pela 980 melhor ao nosso Pals. ordem. Deixo este protesto pe90 aos companheiros de partido que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - tem V. Ex' a votem "nao". Vamos trabalhar na revisao. Ao entrar em vota9ao a palavra. Ordem Economica, ficaremos a semana inleira apreciando essa O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- materia. Tenho certeza de que, seja quem for o eleito para a Presi- dor.) - Sr. Presidente, a bancada do PSDB esta volando "nao" ao dencia da Republica, mesmo se for algum dos partidarios deles, requerimento para a complementagao dos trabalhos da Revisao nao se tera coragem de alterar a Constitui9ao brasileira. Constitucional. A SRA. JANDIRA FEGHALI - Sr. Presidente, pe90 pa- O SR. ROMEL ANISIO - Sr. Presidente, pe^o a palavra lavra pela ordem. pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' seri a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a ultima Deputada a falar, antes de encerrar a vota9ao. palvra. A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB - RJ. Sem revisao O SR. ROMEL ANISIO (PP - MG. Sem revisao do ora- da oradora.) - Sr. Presidente, em varias vota9oes esperou-se o tem- dor.) - Sr. Presidente, pe^o a V.Ex' que lembre ao Parlamentar po necessario para se atingir um quorum elevado. So nesta vota- que suscitar uma questao de ordem a necessidade de informar em 980 esta havendo uma certa pressa. Ainda ha Parlamentares que artigo do regimento esta baseando sua questao. Com toda a votando. certeza, haveria uma diminui^ao muito grande de questoes de or- Quero dizer que o quorum foi atingido e que o PCdoB, in- dem que, na maioria das vezes, nao se constituem em tal. clusive por n5o se tratar de questao de merito, vota a favor do re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Mas V. Ex' querimento, que entendo tratar de assunto serio. Na verdade, o me ouviu dizer que nao havia questao de ordem, justamente por- momento atual difere daquele do inlcio da revisao. Este Congresso que nao havia fundamento regimental. sente-se acuado e nao pode fazer uma revisao de qualquer jeito, O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, pefo a plavra comprometendo inclusive o processo democratico. Sabemos das para orientar a bancada do Partido dos Trabalhadores. pressoes, nao so por parte dos grandes cmpresarios, mas ate de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Margaret Thatcher, do Vice-Presidenle norte-americano e de todos aqueles que detem o poder economico. O requerimento 6 serio. O palavra. O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisao do ora- Congresso deve reflelir sobre a possibilidade de intemip9ao de um dor.) - Sr. Presidente, a Lideranfa do Partido dos Trabalhadores, processo de revisao, que nos vem sendo empurrado goela abaixo e juntamente com a do PDT apresentou este requerimento com base que a Na9ao nao pediu; ao contrario, a grande maioria e contra. no Regimento, visando encerrar imedialamente o processo revisio- O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA - Sr. Presidente, nal, e cone lama seus Deputados a votar "sim". pe9o a palavra pela ordem. Alias, atraves dos varies encaminhamentos de Parlamenla- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a res do PMDB e do PEL, constato o crescimento da tese que defen- palavra. de o encerramento imediato da revisao. O Senador Jose Samey, seu colega, concedeu entrevista, publicada em varios jomais de O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA (PSDB-PE. Sem hoje, em que diz o seguinte: "A revisao esta sendo um fracasso ab- revisao do orador.) - Sr. Presidente, ouvi meu caro amigo Llder do soluto; desde o principio me recusei a participar dela". PT, o Deputado Eduardo Jorge, afirmar que ate o ex-Presidente Quero dar publicidade a essa afirma9ao, para que os Depu- Jose Samey esta contra a revisao. Seria importante que o Llder do tados e Senadores do PMDB, partido do Senador Jose Samey, e PT esclarecesse tambem qual o resultado da amigavel reuniao de Deputados e Senadores do PEL, partido em que S. Ex' mantem ontem, entre PT e Orestes Quecia, para fazerem uma alian9a con- grande influencia, tomem conhecimento da opiniao do ex-Presi- tra a revisao. dente em rela^ao a esse processo constitucional. Nao e apenas o O SR. LOURIVAL FREITAS - O Govemador Orestes PT, o PDT e o PC do B que vem defendendo a tese do encerra- Quecia e do antigo partido de V. Ex' mento imediato da revisao constitucional; agora tambem o Sena- O SR. MAURILIO FERREIRA LIMA - Li nos jomais: dor Jose Samey. Pe^o o apoio da "bancada Samey" para o Orestes Quecia reuniu-se com o PT, com o PDT, com todos os imediato encerramento desta revisao. "contras". Pergunto se isso pode ser o embriao tamb6m de uma O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente, pe^o a alian9a para a sucessao presidencial. palavra pela ordem. O SR. LOURIVAL FREITAS - E bom dizer, Sr. Presi- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a dente, que o Govemador Orestes Quecia e ex-Llder do Deputado palavra. Maurilio Ferreira Lima. Mar90 de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2035 O SR. EDUARDO JORGE - E precise saber qual o parti- Edmundo Galdino - PSDB - Nao do do deputado Maurilio Ferreira Lima, porque S. Ex' troca muito Joao Rocha - PFL - Nao rapido de partido, mais do que de tenis e de gravata. Merval Pimenta - PMDB - Nao Moises Abrao - PPR - Nao (Prossegue a votagao.) Paulo Mourad - PPR - Nao VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: Maranhao Roraima Alexandre Costa - PFL - Nao Cesar Dias - PMDB - Nao Cesar Bandeira - Bloco - Nao Francisco Rodrigues - PTB - Nao Costa Ferreira - PP - Nao Joao Fagundes - PMDB - Nao Daniel Silva - Bloco - Nao Marcelo Luz - PP - Nao Eduardo Matias - PP - Nao Marluce Pinto - PTB - Nao Epiticio Cafeteira - PPR - Nao Ruben Bento - Bloco - Nao Haroldo Saboia - PT - Sim Amapa Joao Rodolfo - PPR - Nao Jose Burnett - PPR - Nao Eraldo Trindade - PPR - Nao Magno Bacelar — PDT - Sim Gilvan Borges - PMDB - Sim Pedro Novais - PMDB - Nao Murilo Pinheiro - Bloco - Nao Samey Filho - Bloco - Abstengao Sergio Barcellos - Bloco - Nao Ceara Valdenor Guedes - PP - Nao Para Aecio de Borba - PPR - Nao Antdnio dos Santos - Bloco - Nao Alacid Nunes - Bloco - Nao Carlos Benevides - PMDB - Nao Carlos Kayath - PTB - Nao Carlos Virgilio - PPR - Nao Coutinho Jorge - PMDB - Nao Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Sim Eliel Rodrigues - PMDB - Nao Edson Silva - PDT - Sim Gerson Peres - PPR - Nao Jose Linhares - PP - Nao Giovanni Queiroz - PDT - Sim Luiz Pontes - PSDB - Nao Herminio Calvinho - PMDB - Nao Marco Penaforte - PSDB - Nao Hildrio Coimbra - PTB - Nao Mauro Sampaio - PMDB - Nao Mario Chermont - PP - Nao Moroni Torgan - PSDB - Nao Mario Martins - PMDB - Nao Sergio Machado - PSDB - Nao Nicias Ribeiro - PMDB - Nao Ubiratan Aguiar - PSDB - Nao Osvaldo Melo - PPR - Nao Vicente Fialh o - Bloco - Nao Paulo Rocha - PT - Sim Piaui Paulo Titan - PMDB - Nao Amazonas B. Si-PP-Nao Chagas Rodrigues - PSDB - Nao Atila Lins - Bloco - Sim Felipe Mendes - PPR - Nao Beth Azize - PDT - Sim Hugo Napoleao - PFL - Nao Paudemey Avelino - PPR - Sim Joao Henrique - PMDB - Nao Ricardo Moraes - PSB - Sim Jose Luiz Maia - PPR - Nao Rondonia Lucidio Portella - PPR - Absten9ao Antonio Morimoto - PPR - Nao Murilo Rezende - PMDB - Nao Aparicio Carvalho - PSDB — Nao Mussa Demes - Bloco - Nao Carlos Camurfa - PP - Nao Paulo Silva - PSDB - Sim Edison Fidelis - PP - Nao Rio Grande do Norte Mauricio Calixto — Bloco — Nao Dario Pereira - PFL - Nao Odacir Soares - PFL - Nao Flavio Rocha - PL - Nao Pascoal Novaes - PSD - Nao Garibaldi Alves - PMDB - Nao Reditirio Cassol - PP - Nao Marcos Formiga - PSDB - Nao Acre Ney Lopes - Bloco - Nao Aluizio Bezerra - PMDB - Nao Paraiba Celia Mendes - PPR - Nao Adauto Pereira - Bloco - Nao Flaviano Melo - PMDB - Nao Antonio Mariz - PMDB - Nao Francisco Didgenes - PMDB - Nao Efraim Morais - Bloco - Nao Joao Tola - PPR - Nao Humberto Lucena - PMDB - Absten9ao Mauri S6rgio - PMDB - Sim Ivan Burity - Bloco - Nao Zila Bezerra - PMDB - Nao Ivandro Cunha Lima - PMDB - Nao Tocantins Jose Luiz Clerot - PMDB - Nao Carlos Patrocinio - PFL - Sim Jose Maranhao - PMDB - Nao Darci Coelho - Bloco - Nao Lucia Braga - PDT - Sim Derval de Paiva - PMDB - Nao Raimundo Lira - PFL - Nao 2036 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 Rivaldo Medeiros - Bloco - Sim Alfredo Campos - PMDB - Nao Vital do Rego - PDT - Sim Aloisio Vasconcelos - PMDB - Nao Zuca Moreira - PMDB - Nao Annibal Teixeira - PP - Sim Pernambuco Aracely de Paula - Bloco - Nao Gilson Machado - Bloco - Nao Armando Costa - PMDB - Nao Gustavo Krause - Bloco - Nao Avelino Costa - PPR - Nao Jose Jorge - Bloco - Nao Camilo Machado - PTB - Nao Jose Mendonija Bezerra - Bloco - Nao Elias Murad - PSDB - Nao Jose Mucio Monteiro - Bloco - Nao Felipe Neri - PMDB - Nao Mansueto de Lavor - PMDB - Nao Fernando Diniz - PMDB - Nao Maurilio Ferreira Lima - PSDB - Nao Genesio Bernardino - PMDB - Nao Maviael Cavalcanti - Bloco - Nao Getulio Neiva - PL - Nao Miguel Artaes - PSB - Sim Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Nao Pedro Correa - Bloco - Nao Irani Barbosa - PSD - Nao Renildo Calheiros - PCdoB - Sim Israel Pinheiro - PTB - Nao Roberto Franca - PSB Sim Joao Paulo - PT - Sim Roberto Freire - PPS - Nao Jose Aldo - PTB - Nao Roberto Magalhaes - Bloco - Nao Jose Geraldo - PMDB - Nao Salatiel Carvalho - PP - Nao Jose Santana de Vasconcellos - Bloco - Nao Wilson Campos - PSDB - Nao Junia Marise - PDT - Sim Lael Varella - Bloco - Nao Alagoas Leopoldo Bessone - PTB - Nao Cleto Falcao - PSD - Sim Marcos Lima - PMDB - Nao Guilherme Palmeira - PDL - Nao Mario de Oliveira - PP - Nao Jose Thomaz Nono - PMDB - Nao Mauricio Campos - PL - Sim Mendonf a Neto - PDT - Sim Nilmario Miranda - PT - Sim Olavo Calheiros - PMDB - Nao Odelmo Leao - PP - Nao Teotonio Vilela Filho - PSDB - Nao Osmanio Pereira - PSDB - Nao Sergipe Paulino Cicero de Vasccocelos - PSDB - Nao Albano Franco - PSDB - Nao Paulo Delgado - PT - Sim Benedito de Figueiredo - PDT - Sim Paulo Heslander - PTB - Nao Djenal Gonijalves - PSDB - Nao Paulo Romano - Bloco - Nao Everaldo de Oliveira - Bloco - Nao Pedro Tassis - PMDB - Nao Francisco Rollemberg - PMN - Nao Romel Anisio - PP - Nao Jeronimo Reis - PMN - Sim Ronaldo Perim - PMDB - Nao Lourival Baptista - PFL - Nao Ronan Tito - PMDB - Nao Messias Gois - Bloco - Nao Samir Tannus - PPR - Nao Pedro Valadares - PP - Sim Saulo Coelho - PSDB - Nao Bahia Sergio Miranda - PCdoB - Sim Angelo Magalhaes - Bloco - Nao Tilden Santiago - PT - Nao Aroldo Cedraz - Bloco - Nao Vittorio Medioli - PSDB - Nao Clovis Assis - PSDB - Sim Wagner do Nascimento - PTB - Nao Eraldo Tinoco - Bloco - Nao Wilson Cunha - PTB - Nao Felix Mendonf a - PTB - Nao Zaire Rezende - PMDB - Nao Jairo Azi - Bloco - Nao Espirito Santo Jairo Cameiro - Bloco - Nao Jaques Wagner - PT - Sim Etevalda Grassi de Menezes - PTB - Nao Joao Carlos Bacelar - Bloco - Nao Gerson Camata - PMDB - Nao Jorge Khoury - Bloco - Nao Helvecio Castello - PT - Sim Josaphat Marinho - PFL - Abstenifao Joao Calmon - PMDB - Nao Jose Carlos Aleluia - Bloco - Nao Jonice Tristao - PFL - Nao Jose Louren?© - PPR - Nao Jorio de Barros - PMDB - Nao Luiz Viana Neto - Bloco - Nao Lezio Sathler - PSDB - Nao Marcos Medrado - PP - Nao Nilton Baiano - PMDB - Nao Pedro Irujo - PMDB - Nao Rita Camata - PMDB - Nao Prisco Viana - PPR - Nao Roberto Valadao - PMDB - Nao Rose de Freitas - PSDB - Sim Ribeiro Tavares - PL - Nao Sergio Brito - PSD - Sim Rio de Janeiro Sergio Gaudenzi - PSDB - Sim Aldir Cabral - Bloco - Nao Tourinho Dantas ^ Bloco - Nao Arolde de Oliveira - Bloco - Nao Waldir Pires - PSDB - Sim Carlos Alberto Campista - PDT - Sim Minas Gerais Carlos Lupi - PDT - Sim Agostinho Valente - PT - Sim Carlos Santana - PT - Sim Margo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2037 Cidinha Campos - PDT - Sim Mato Grosso Edesio Frias - PDT - Sim Augustinho Freitas - PP - Nao Eduardo Mascarenhas - PSDB - Nao Jose Augusto Curvo - PMDB - Nao Fabio Raunheitti - PTB - Abstenfao Louremberg Nunes Rocha - PPR - Nao FMvio Palmier da Veiga - PSDB - Nao Marcio Lacerda - PMDB - Nao Francisco Silva - PP - Nao Oscar Travassos - PL - Sim Hydekel Freitas - PFL - Nao Ricardo Correa - PL - Nao Jair Bolsonaro - PPR - Nao Rodrigues Palma - PTB - Nao Jandira Feghali - PCdoB - Sim Welington Fagundes - PL - Sim Junot Abi-Ramia - PDT - Sim Laerte Bastos - PSDB - Nao Distrito Federal Laprovita Vieira - PP - Nao Augusto Carvalho - PPS - Nao Nelson Cameiro - PP - Nao Benedito Domingos - PP - Nao Paulo Portugal - PP - Nao Chico Vigilante - PT - Sim Paulo Ramos - PDT - Sim Joao Brochado - PP - Nao Roberto Campos - PPR - Nao Maria Laura - PT - Sim Rubem Medina - Bloco - Nao Osorio Adriano - Bloco - Nao Sandra Cavalcanti - PPR - Nao Paulo Octavio - PRN - Nao Sergio Cury - PDT - Sim Pedro Teixeira - PP - Nao Sidney de Miguel - PV - Sim Valmir Campelo - PTB - Nao Vivaldo Barbosa - PDT - Sim Goias Vladimir Palmeira - PT - Sim Antonio Faleiros - PSDB - Nao Wanda Reis - PMDB - Nao Delio Braz - Bloco - Nao Sao Paulo Haley Margon - PMDB - Nao Alberto Goldman - PMDB - Nao Iram Saraiva - PMDB - Nao Aldo Rebelo - PCdoB - Sim Joao Natal - PMDB - Nao - PT - Sim Lazaro Barbosa - PMDB - Nao Carlos Nelson - PMDB - Absten^ao Lucia Vania - PP - Nao Chafic Farhal - PPR - Nao Luiz Soyer - PMDB - Nao Dclfim Netto - PPR - Nao Maria Valadao - PPR - Nao Diogo Nomura - PL - Nao Mauro Miranda - PMDB - Nao Eduardo Jorge - PT - Sim Paulo Mandarino - PPR - Nao Eduardo Suplicy - PT - Sim Pedro Abrao - PTB - Nao Ernesto Grade 11a - PSTU - Sim Ronaldo Caiado - Bloco - Nao Euclydes Mello - PRN - Nao Vilmar Rocha - Bloco - Nao Eva Blay - PSDB - Nao Virmondes Cruvinel - PMDB - Nao Fabio Feldmann - PSDB - Nao Fausto Rocha - PL - Nao Mato Grosso do Sul Gastone Righi - PTB - Nao Levy Dias - PPR - Nao Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Nao Rachid Saldanha Derzi - PRN - Nao Heilor Franco - PPR - Nao Valter Pereira - PMDB - Abstenjao H61io Bicudo - PT - Sim Waldir Guerra - Bloco - Nao Irma Pas son i - PT - Sim Parana Joao Mellao Neto - PL - Nao Basilio Villani - PPR - Nao Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Nao Carlos Roberto Massa - PTB - Nao Jos6 Abrao - PSDB - Nao Carlos Scarpelini - PP - Nao Josfe Anibal - PSDB - Nao Delcino Tavares - PP - Sim Jose Dirceu - PT - Sim Deni Schwartz - PSDB - Nao Jos6 Serra - PSDB - Nao Edesio Passos - PT - Sim Koyu Iha - PSDB - Nao Elio Dalla-Fecchia - PDT - Sim Luiz Gushiken - PT - Sim Ivanio Guerra - Bloco - Nao Luiz Miximo - PSDB - Nao Joni Varisco - PMDB - Nao Maluly Netto - Bloco - Nao Jose Felinto - PP - Nao Marcelino Romano Machado - PPR - Nao Luciano Pizzatto - Bloco - Nao Marcelo Barbieri - PMDB - Sim Luiz Carlos Hauly - PP - Nao Maurici Mariano - PMDB - Nao Moacir Micheletto — PMDB - Nao Mendes Botelho - PP - Nao Munhoz da Rocha - PSDB - Nao Oswaldo Stecca - PMDB - Nao Otto Cunha - PPR - Nao Paulo Novies - PMDB - Nao Pedro Tonelli - PT - Sim Pedro Pavao - PPR - Nao Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Sim Tadashi Kuriki - PPR - Nao Reinhold Stephanes - Bloco - Nao Tuga Angerami - PSDB - Sim Renato Johnsson - PP - Nao Walter Nory - PMDB - Nao Sergio Spada - PP - Absten^ao 2038 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Mar^o de 1994 Wemer Wanderer - Bloco - Nao Constitui^ao Federal (perda do mandate parlamentar) - Wilson Moreira - PSDB - Nao Parecern" 13, de 1994-RCF. Santa Catarina Na sessao de ontem, o Sr. Relator proferiu parecer sobre as Angela Amin - PPR - Nao Emendas Aglutinativas apresentadas, de numeros 1 a 7, concluin- do favoravelmente as Emendas n"5 3 e 7; parcialmente favoravel as Cesar Souza - Bloco - Nao 05 Dejandir Dalpasquale - PMDB - Nao Emendas n 2 e 4. e contrario as demais. Dercio Knop - PDT - Sim Em virtude do requerimento de preferencia aprovado pelo Dirceu Cameiro - PSDB - Nao Plenario, foi submelida a votos a Emendas Aglutinativa n" 7, a Edison Andrino - PSDB - Nao qual foi aprovada. Esperidiao Amin - PPR - Nao Passa-se. agora, a vola^ao da Emenda Aglutinativa n" 3, Hugo Biehl - PPR - Nao com parecer favoravel. A vola^ao sera nominal. Jarvis Gaidzinski - PPR - Nao O SR. CARLOS S ANT'ANN A - Sr. Presidente, pela or- Luci Choinacki - PT - Sim dem Luiz Henrique - PMDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Nelson Morro - Bloco - Nao palavra. Nelson Wedekin - PDT - Sim O SR. CARLOS SANT'ANNA - (PMDB - BA. Sem revi- Neuto de Conto- PMDB - Nao sao do orador.) - Sr. Presidente, apenas para registrar meu volo Orlando Pacheco - PSD - Nao "nao", ja que meu nome nao consta do painel. Paulo Duarte - PPR - Nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Srs. Congres- Ruberval Pilolto - PPR - Nao sistas. vou ler a Emenda Aglutinativa n" 3, para conhecimento do Valdir Colatto - PMDB - Nao Plenario. Vasco Furlan - PPR - Nao "Art.55 que se desfiliar voluntariamente do partido sob Rio Grande do Sul cuja legenda foi eleito, na primeira melade de dura^ao Adao Pretto - PT - Sim domandato Adroaldo Slreck - PSDB - Nao Art. 3° - Esta Emenda Constitucional entrard em Adylson Motta - PPR - Nao vigor na data de sua publicayao- l0de Janeiro de 1996," Amaury Muller - PDT - Sim Antonio Britto - PMDB - Nao O parecer e favoravel. Amo Magarinos - PPR - Nao O SR. LUIZ SOYER - Sr. Presidente, pcfo a palavra pela Carlos Azambuja - PPR - Nao ordem. Carlos Cardinal - PDT - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a Carrion Junior - PDT - Sim palavra. Celso Bemardi - PPR - Nao O SR. LUIZ SOYER (PMDB - GO. Sem revisao do ora- Eden Pedroso - PT - Sim dor.) Sr. Presidente, quero apenas uma in format ao. Ontem ou an- Fernando Carrion - PPR - Nao teontem, perdemos nao sei quantas horas discutindo e votando um Fetter Junior - PPR - Nao requerimento de interrup^ao dos trabalhos revisionais. Hoje, nova- Germano Rigotto - PMDB - Nao menle, outro requerimento toma muito do nosso tempo. Pergunto a Ivo Mainardi - PMDB - Nao Mesa: se amanha for apresentado outro requerimento, essa catili- Joao de Deus Antunes - PPR - Nao naria vai continuar? Temos o direito de apresentar todos os dias Jose Fortunati - PT - Sim esses requerimentos protelatorios Jose Paulo Bisol - PSB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vou ler para Mendes Ribeiro - PMDB - Nao V. Ex' o Regimento. Nelson Jobim - PMDB - Nao "Art.34 Nelson Proen^a - PMDB - Nao § 1° O encerramento dos trabalhos podera ser an- Odacir Klein - PMDB - Nao tecipado, mediante requerimento de 59 Congressistas ou Osvaldo Bender - PPR - Nao Lideres que representem esse numero, aprovado pelo Paulo Paim - PT - Sim Plenario, por maioria absoluta. Telmo Kirst - PPR - Nao § 2° Rejeitado o requerimento, nova proposta de Victor Faccioni - PPR - Nao encerramento somente poder4 ser apresentada depois de Waldomiro Fioravante - PT - Sim quinze dias." Wilson Muller - PDT - Sim O SR. LUIZ SOYER - Agrade^o a V. Ex' a informa^ao, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Volaram Sr. Presidente. "sim" 86 Srs. Parlamentares; "nao", 293; houve oito absten^oes. O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, pc^o a pala- Votaram, no total, 387 Srs. Parlamentares. vra pela ordem. O requerimento foi rejeitado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se a palavra. O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Sem revisao do ORDEM DO DIA orador.) Sr. Presidente, esse tipo de consulta desinformada tam- bem ajuda a protelar os trabalhos. Vota^ao, em primeiro tumo, das Propostas Revi- O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidente, pe^o a palavra sionais e respectivas emendas, oferecidas ao art. 55 da pela ordem. Mar^o de 1994 DIARIO DOSTRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2039 O SR. I'RESIDENTE (Humberto laicena) - S6 concedo a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex" a palavra, se for sobre a vota^ao. palavra. O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Scm revisao do ora- O SR. ROBERTO TORRES (PTB - AL Sem revisao do dor.) - Sr. Presidente, V. Ex' leu e aprovou algum requerimcnto, orador.) - Sr. Presidente, quero registrar o meu voto "nao" na vo- antes de anunciar a maleria? laij-ao passada. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Agora, irala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex" sera sc de uma cmcnda aglutinativa. atendido. O SR. PAULO RAMOS - Antes dessa emenda aglutinati- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Passa-se a vo- va? ta^ao da maleria. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao havia re- Como votam os Srs. Llderes? querimcnto algum. O SR. JOSE ABRAO - (PSDB - SP. Sem revisao do ora- O SR. PAULO RAMOS - Agrade(;o a V. Ex* a informa- dor.) - Sr. Presidente. antes de orientar a bancada, solicito que o i^ao. Sr. Relator confirme se o texto final do entendimento entre as Li- O SR. PRESIDENTE (Humberto lajcena) - Pe^o aos Srs. deramjas, hoje, 6 o mesmo que foi lido por V. Ex" Congrcssislas que ocupcm scus lugarcs. Vamos passar a vota^ao O SR. PRESIDENTE (Humberto I^uccna) - E o texto que da materia. foi lido. O SR. ALCIDES MODESTO - Sr. Presidente, peijo a pa- O SR. JOSE ABRAO - Assim sendo. o PSDB orienla a lavra pcla ordem. sua bancada a votar "sim". O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a O SR. JOSE DIRCEU (PT - SP. Sem revisao do orador.) palavra. - Sr. Presidente, o PTesla em obstruijao, mas. alingido o quorum, O SR. ALCIDES MODESTO (PT- BA. Sem revisao do volari "sim". ainda que a versao anterior da emenda nos pare^a orador) - Sr. Presidente, quero registrar minha presen^a. Nao pude mais adequada, porque nao havia a limitaijao da metade do manda- votar. Mcu voto lcria sido "sim". lo; valia para lodo o mandate. O SR. SERGIO BR1TO - Sr. Presidente, peijo a palavra Sr. Presidente, quero declarar que o PT mantem a sua posi- pela ordem. 930 programatica pcla perda de mandato do Parlamentar expulso O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a pelo parlido. Obrigado. palavra. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr Pre O SR. SERGIO BRITO (PSD - BA. Sem revisao do ora- sidenle, peijo a palavra para uma breve Comunica^ao de Lideran- dor.) - Sr. Presidente, houve um engano. Pretendi votar "nao" e votei "sim". Quero registrar meu voto "nao", nessa vola^ao. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - E sobre a ma- O SR. LUIZ MOREIRA - Sr. Presidente. pei;o a palavra leria? pela ordem. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Nao e O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a sobre a materia. Pe^o a palavra para uma breve Comunica^ao de palavra. Lideran9a. O SR. LUIZ MOREIRA (Bloco Parlamcntar - BA. Sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 a V. Ex" revisao do orador.) - Sr. I'residcnlc, quero registrar meu voto a ge ttileza de esperar, porque estamos em processo de vola9ao. "nao" na vota^ao anterior, Em seguida, darei a palavra a V. Ex' O SR. PAULO PAIM - Sr. Presidente, pe?o a palavra pela O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre- ordem. sidente, na realidade, de acordo com o proprio Regimenlo Inlemo, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a a qualquer momenlo... palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - So darei a pa- O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Scm revisao do orador.) - lavra a V. Ex* se for para fazer uma comunica9ao inadiavel. A co- Sr. Presidente, o nobre Dcputado Amaral Nelto nao esta presente munica9ao que V. Ex' deseja fazer e inadiavel? na sessao porque, conforme me informou, S. Ex' esta em casa, O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - A co- docnlc, de cama. Mas fez queslao de reafirmar que amanha, nem munica9ao que desejo fazer e inadiavel. O fato e grave. que seja de maca, vira votar o salario dos trabalhadores. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex" a O SR. WILSON MULLER - Sr. Presidente. pe^o a pala- palavra. vra pela ordem. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a SP. Sem revisao do orador.) - Sr. l^rcsidcnte, estamos, ha alguns palavra. dias, solicitando que se coloque em vola9ao a Mcdida Provisoria O SR. WILSON MULLER (PDT - RS. Scm revisao do n" 434, que trata da ■.islilui9ao da URV. orador.) - Sr. Presidente, V. Ex' anunciou agora que seria submeti- Ficou defmido, desde o come90, que essa mcdida nao seria da a vota9ao e a aprccia^ao uma emenda aglutinativa. votada, por interesse do Govemo. Verificamos, inclusive, que o O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Que ficou prdprio Govemo estava atrapalhando as negocia96es em lomo das pendente onlem. proposi96es e emendas que oferecemos para garanlir pelo mcnos o O SR. WILSON MULLER - Perfeito. Ea^o um apclo a V. poder aquisitivo dos salarios. Ex' no sentido de que mande dislribuir ao Plenario a emenda aglu- Oferecemos varias e varias emendas. Os acidentes de pcr- tinativa curso — remincias, deslilui9oes e auscncia de analisc da mcdida O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ja foi distri- provisoria pela Comissao — acabaram provocando atraso na dis- buida ontcm. Se V. Ex' quiscr podera vir a mesa buscar uma c6- cussao e vota9ao. pia. Hoje, pcla manha. Sr. Presidente, na sessao do ( ongresso, O SR. ROBERTO TORRES - Sr. Presidente, pe^o a pala- esperavamos que a Medida Provisotia n 434 fosse incluida na Or- vra pela ordem. dem do Dia. Enlrelanto, V. Ex" dcliberou, como 6 regimental, nao 2040 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 colocar a medida provisdria em discussao e votaijao. Agora, varies O SR. EDUARDO JORGE (FT - SP. Sem revisao do ora- Lideres de bancadas tem apelado para V. Ex* a fun de que ainda dor.) - Sr. Presidente, nao seria possivel distribuir a Emenda Aglu- hoje seja convocada uma sessao do Congresso, a noite, para anali- tinativa n0 3? sarmos essa medida provisdria. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ela ja foi dis- Estou tendo infoimafoes de que neste instante - e ai esta o tribuida. motive do meu pedido para uma Comunicafao de Lideran^a, em O SR. EDUARDO JORGE - A maioria dos Deputados nome do PPR no Palacio do Govemo, estao reunidas com o Pre- naoarecebeu. sidente da Republica as Lideran^as partidarias que dao sustentagao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ha novas co- ao Govemo nesta Casa para tratar de uma estrategia contra a vola- pias. Vou mandar distribui-las. fao, amanha, da Medida Provisdria n0 434, no sentido de esvaziar, O SR. EDUARDO JORGE - Nao ha, Sr. Presidente. Os com os Deputados do Govemo, este plenario. Deputados estao votando sem ter em maos a emenda aglutinativa. Ora, Sr. Presidente, o fato e muito grave. Enquanto os Con- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Ela ja foi lida. gressistas desta Casa ficam esperando o momento de votar propo- O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, os Parlamen- sifdes de grande importancia, que tratam nao so da estabilidade tares estao votando sem saber. Ninguem cst4 sabendo o que esta economica do Pais, mas tambem do salario do trabalhador, o Go- votando. vemo, juntamente com seus Lideres neste Congresso, procura criar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Os Srs. Con- uma silua9ao para que esta medida nao seja discutida e votada gressistas que se encontram nas bancadas queiram registrar seus amanha. codigos de vota9ao. Por isso, temos de tomar uma posi9ao, diante dessa atitude Os Srs. Congressistas que nao registraram seus votos quei- do Govemo - que, posteriormente, pode planejar a nao-realiza9ao ram faze-lo nos postos avulsos. da sessao. A imprensa, em vez de dizer que o Govemo e o grande articulador do esvaziamento do plenario, poe a culpa no Congres- (Procede-se a vola9ao) so dizendo que a Casa nao se reune para discutir proposi9ao tao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe9o aos Srs. importante como a Medida Provisoria n" 434, principalmente os Congressistas que venham ao plenSrio votar. aspectos que dizem respeito a manuten9ao do poder aquisitivo do Solicito aos Srs. Congressistas de lodos os partidos, espe- trabalhador. cialmente as Lideran9as, que mobilizem suas bancadas para que Assim sendo. Sr. Presidente, ressalvada a posi9ao do PPR, amanha, 4s 10 horas, possamos apreciar a Medida Provisdria n0 solicito a V. Ex* que ainda hoje k noite convoque reuniao do Con- 434, de 1994, que trata da isntitui9ao da URV. gresso para dehberannos sobre a Medida Provisoria n" 434. O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, pe90 a Pe90 desculpas a V. Ex* por ter adentrado neste processo de palavra pela ordem. vota9ao. Mas acho que este era o momento para fazer esta denun- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a cia. Apelo para V. Ex* no sentido de votannos ainda hoje a Medi- 0 palavra. da Provisdria n" n 434. O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi- O SR. PRESIDENTE (Humbero Lucena) - Como votam sao do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB vota "sim" a Emenda os Srs. Lideres a Emenda Aglutinativa n" 3, com parecer favoravel aglutinativa n0 3. do Relator? O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pe90 a pala- O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi- vra. sao do orador.) - O PMDB vota "sim". Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a O SR. MARCEL1NO ROMANO MACHADO (PPR - palavra. SP. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PPR ja tem a sua O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisao do posi9ao definida, mas solicita a sua bancada que vote "sim", exata- orador.) - Sr. Presidente, eu quero saber que tempo V, Exa. estipu- mente reservando-se o direito de no segunto tumo oferecer uma lara para esta vota9ao. emenda supressiva. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Depu- '' O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- tado Chico Vigilante, oportunamente informarei a V. Ex* Est4 sen- dor.) - O PMSB vota "sim", Sr. Presidente. do realizada a vota9ao nos postos avulsos. Depois eslipularei o O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- prazo. dor.) - O PDT mantem a obstru9ao e solicita aos Parlamentares da O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, o quorum bancada que nao registrem os seus votes. esti muito baixo. O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Mas ja estao dor.) - O PT aguarda que se complete quorum. Sr. Presidente. chegando os Srs. Congressistas. As filas estao se avolumando. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Sem revisao O SR. GASTONE RIGHI - Sr. Presidente, pe90 a palavra do orador.) - O Partido Progressista recomenda o voto "sim". pela ordem. O SR. ALDO REBELO (PCdoB - SP. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a orador.) - O PC do B esti em obstn^ao. Sr. Presidente. palavra. O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Sem revisao O SR. GASTONE RIGHI (FTB - SP. Sem revisao do ora- do orador.) - O PSTU esti em obsliU9ao, Sr. Presidente. dor.) - Sr. Presidente, a Lideran9a do PTB reitera a decisao ja pro- O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ. Sem revisao do clamada junto a esta Presidencia: a bancada do PTB se encontra orador.) - Sr. Presidente, o Partido Verde esti em obstru9ao. em obstru9ao. No entanto, a Lideran9a recomenda aos Parlamenta- res, se atingido o quorum de 293 Deputados, o voto "nao" a essa O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente pe9o a pala- proposta. . vra pela ordem. O SR. ROBERTO MAGALHAES (Bloco Parlamentar - O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a PE. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PFL vota "sim", palavra. ' porque o Relator escolheu a emenda aglutinativa que mitigou a ri- Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2041 gidez da fidelidade partidaria, que antes era plena e agora so vai parece justa qualquer confusao do prazo com a proclama9ao do re- ate a metade do mandate. sultado da elei9ao e com a diploma9ao do eleito. O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- Entendo, a vista da Constitui9ao, que a primeira metade do dor.) - Sr. Presidente, o PSDB esta votando "sim". mandato parlamentar se constitui nos dois primeiros anos de exer- O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- clcio do mandato, a partir do dia da posse. dor.) - Sr. PResidente, o PDT esta em obstru^ao. O SR. JORIO DE BARROS - A duvida. Sr. Relator, e a O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - seguinte; se fui eleito, antes de tomar posse poderei mudar de par- SP. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PPR devera votar tido sem perder o mandato? "nao", ressalvando que oferecera emenda supressiva na votafao do O SR. ARMANDO PINHEIRO - Sr. Presidente, pe90 a segundo tumo para que possamos suprimir a parte final do texto palavra pela ordem. oferecido. O Parlamento que se desfiliar volunlariamente do seu O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a partido devera perder o mandate a qualquer tempo e nao apenas palavra. nos dois primeiros anos de mandato. Se conservarmos o texto O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Sem revisao como esti, podera aconlecer que, as vesperas das elei9oes, seja do orador.) - Sr. Presidente, solicito a V. Ex" um esclarecimento permitido todo o tipo de negociafao e de fisiologismo. Mas fica de ordem regimental. Trata-se de uma questao que nao esta con- estabelecido o principio da fidelidade partidaria, ao qual somos fa- templada no Regimento, mas diz respeito ao objeto da vota9ao... voriveis. Repito: iremos, no segundo tumo, oferecer uma emenda O SR. JORIO DE BARROS - Sr. Presidente, nao me sin- supressiva, para que seja retirada a parte final do texto. lo satisfeito. Estou no microfone interrogando a Mesa e ainda nao O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex1 esta obtive resposta. retificando o vote? O PPR vota "sim"? Nobre Elder do PPR, V. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Um momen- Ex' confirma que esta retificando o veto do PPR? to, nobre Deputado. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - O voto O SR. JOAO TEIXEIRA - Sr. Presidente, pe90 a palavra do PPR e "sim", com a ressalva de qeu no segundo tumo nos ofe- pela ordem. receremos uma emenda supressiva. N6s estamos votando "sim" O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a para eslabelecer o principio da fidelidade partidaria. palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O PPR, enlao, O SR. JOAO TEIXEIRA (PL - MT. Sem revisao do ora- vota "sim". dor) - Sr. Presidente, o PL esta em obstru9ao. O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisao do O SR. PRSIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Deputa- orador.) - Sr. Presidente, o PT continua em obstru^ao. Pelos enca- do Jorio de Barros, pensei que V. Ex' tivesse terminado. minhamentos dados aqui no plenario, podemos prever que essa O SR. JORIO DE BARROS - Sr. Presidente, nao me dei medida nao passara. Portanto, serao mais duas semanas de proces- ainda por satisfeito. O proprio Relator ainda nao respondeu a inda- so de revisao sem qualquer altcra^ao na atual Constitui9ao. ga9ao que formulei por intermedio de V. Ex' Eu chamo a aten9ao da Casa para o fato de que esta revisao, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Entao, com a na verdade, esti empacada, nao tem futuro. Ela precisada parar. palavra o Relator. Chega de revisao! O fJR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Sr. Presidente, O SR. LUIS EDUARDO (Bloco Parlamenlar BA. Sem re- nao pude concluir a resposta em razao de se haver levantado ques- visao do orador.) - Sr. Presidente, lembro aos companheiros do tao de ordem, mas tentarei concluir agora. Aqui, o que se objetiva PFL que ainda nao votaram que o partido vota "sim". e uma nonna restritiva de mudan9a de partido, exclusivamente O SR. JORIO DE BARROS (PMDB - ES. Sem revisao para Deputado e Senador, tanto que a disposi9ao se inclui nos inci- do orador.) - Sr. Presidente, tenho um duvida. Nos estamos votan- sos do art. 55, que pertence ao tltulo especificamente destinado ao do - pe9o a aten9ao do Relator a fidelidade partidaria. Perdera o Congresso Nacional. A pergunta de V. Ex' e se, diplomado, o De- mandato aquele que volunlariamente se desfiliar do partido na pri- putado, antes da posse, pode mudar de partido. meira metade do mandato. Pergunto ao Relator quando se come9a No que diz respeito a esfera de abrangencia desta disposi- a contar o inlcio do mandato. 9ao, entendo que ela nao se aplica ao caso formulado por V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Estamos vo- Mas ha ainda no Parecer n0 13 outra disposi9ao que vai ser subme- tando a perda do mandato e nao a fidelidade partidaria. tida ao voto do Plenario e que busca exatamente completar o qua- O SR. JORIO DE BARROS - Solicito a Mesa que transfi- dro das infidelidades parlidarias e da permanencia ou salda do ra a pergunta ao Relator. partido. E uma norma complementar a esta, segundo a qual quem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra se desfilia do partido fica ineleglvel pelos dois anos subseqilentes. o Relator. Creio que a conjun9ao dessas duas normas impede que o Deputa- O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Sr. Presidente, do, uma vez diplomado, possa sair do partido antes da posse sem Si's e Srs. Congressistas, indago ao Deputado Jorio de Barros, que se tomar ineleglvel, e, depois da posse, a san9ao e a perda do man- formula a questao, se a pergunta se refere a data de inlcio da vi- dato. gencia constitucional, ou do mandato em si. Esse e o meu entendimento. O SR. JORIO DE BARROS - De acordo com a emenda O SR. ARMANDO PINHEIRO - Sr. Presidente, pe9o a que estamos votando, perdera o mandato aquele Parlamentar que palavra pela ordem. volunlariamente se desfiliar do partido na primeira metade do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a mandato. palavra. Estou perguntando o seguinte: quando se inicia a contagem O SR. ARMANDO PINHEIRO (PPR - SP. Sem revisao da primeira metade dq_mandato? Seria na data de posse? do orador.) - Sr. Presidente, comecei a levantar uma questao de O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Sim, entendo ordem que reputo da mais alta importancia. Esti. acontecendo ago- que o prazo do mandato come9a a ser contado exatameilte a partir ra, aconteceu ontem, aconteceu na seinana pasada e vai acontecer do dia da fosse do Parlamenlar na Camara dos Deputados. Nao me sempre. Vejamos a que me refiro. 2042 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 Hoje, tres ilustres Deputados, o Lider do PFL e os Vice-Li- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a deres do PSDB e PPR, apresentaram uma emenda aglutinativa que palavra. nao e do conhecimento de ninguem da Casa e que esta agora em O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Sem revisao do votafao. Muitos Deputados desejariam apresentar alguns desta- orador.) - Sr. Presidente, essa emenda aglutinativa, na verdade a ques. Eu, por exemplo, desejava destacar, para delibera^ao do ple- emenda da infidelidade anunciada ou da fidelidade precaria, e, sob nario, no trecho "... de que a desfdia^ao voluntaria do partido, sob todos os aspectos, negativa, do ponto de vista do que pretendemos cuja legenda foi eleito..." a seguinte expressao: "na primeira meta- em rela9ao a mudan9a de habilos e comportamentos politicos. Sou de de duragao do mandato". Pessoalmente nao concordo e outros daqueles que consideram a homeopatia melhor do que a alopatia, Deputados tambem nao concordam com essa expressao. Mas fica- mas nao e possivel, com doses homeopaticas de mudan9a, com mos regimentalmente impedidos de destacar porque nao tomamos medo de provocar algum tipo de ruptura em comportamentos, real- conhecimento a tempo da redaijao da emenda aglutinativa. mente transformar. Sobre submeter 4 aprecia9ao uma emenda com Entao, Sr. Presidente, nos, que lutamos nesta Casa, no meu essas caraclerislicas, nao saberia dizer se isso e melhor do que partido, que inlegramos a comissao para estabelecer os principios nada. Veja, Sr. Presidente, o poder politico no sislema presidencia- basicos do comportamento do meu partido - o PPR - na Revisao lista e claramente definido pela soberania popular de quatro em Constitucional, consideramos a questao da perda de mandato por quatro anos. E diferente no sistema parlamentarista. Com essa cri- mudan^a de partido um ponlo fundamental do nosso programa. E se que estamos vivendo, caso nosso sistema fosse parlamentarista, na hora de votar essa emenda aglutinativa vemos o principio ado- seguramente o Congresso Nacional ja teria sido dissolvido virias tado apenas nos dois primeiros anos de mandato, o que pessoal- vezes. Teriamos, entao, elei9ao geral para substituir este Congres- mente acho improprio. Sr. Presidente, mas nao sei como corrigir. so, como e o desejo da maioria da popula9ao, que quer esse pro- Como, se nao pude tomar conhecimento da emenda antes da ses- cesso de maneira democratica. sao, a tempo de oferecer um destaque para a vota^ao dessa expres- No sistema presidencialista, onde a soberania se afirma de sao? maneira periodica. de quatro em quatro anos. a fidelidade partida- Pe^o que V. Ex* esclarefa. ria defmida ate a metade do mandato rompe e frauda a ideia da so- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao, es- berania. O mandato pertence ao partido. Esse e o elemento central clarecerei a V. Ex* Nao se trata propriamente de uma questao de do sistema democratico. Nao e possivel ter ilusao maior do que ordem e sim de uma orientagao sobre a vota^ao. Digo a V. Ex* que essa, do que a possibilidade que os sistemas democratico e partida- desde ontem foram distribuidas em plenario mais de trezentas c6- rio nos asseguram. pias dessa emenda aglutinativa. V.Ex* tern que estar atento ao que Embora considerando essa op9ao melhor do que nada, e la- diz o art. 6°, § 3°: mentavel que a Revisao Constitucional nao seja feita por inteiro. E "Art. 6° isso acaba por agravar mais ainda a crise, se a revisao e mal feita, e No caso de apresenlaijao de emenda aglutinativa, feita pela metade. admitir-se-a destaque para a parte da emenda objeto da Vejam: o eleitor brasileiro vai passar a observar o seu can- fusao que nao tenha sido aproveitada no texto aglutina- didate. O Parlamentar que escolher, pelo sistema proporcional, do, mediante requerimento de 59 Congressistas." pelo sistema majorilario, no Senado ou na Camara, sabera que o objeto, que a soberania da sua decisao pode ser rompida, de acor- Mas essa parte foi incorporada. No entanto, V. Ex' tera do com a Carta Magna do ponto de vista constitucional, essa legis- oportunidade, por ocasiao do segundo tumo, de apresentar uma 13930 nao pode ter sustenta9ao juridica, porque nao e possivel emenda supressiva do trecho a que se refere, como, alias, ja anun- adraitir que ale metade do mandato esleja submetido k soberania ciou o Lider do seu partido ha pouco tempo. do partido do eleitor no que se refere ao comportamento e ao com- O SR. MARCO MACIEL - Sr. Presidente, peijo a palavra promisso parlamentar, e na outra metade, essa soberania e esse pela ordem. compromissao nao existam, sejam rompidos, e continue o titular O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex* a do mandato a ser inlegralmente o cidadao eleito. palavra. Por que nao inverter isso? Vejo um certo caraler ardiloso na O SR. MARCO MACIEL (PFL - PE. Sem revisao do ora- emenda; por que nao proper a fidelidade nos dois ultimos anos do dor.) - Sr. Presidente, quero, por intermedio de V. Ex*, fazer um mandato? Por que nos dois primeiros anos, ou nos dois anos do apelo no sentido de que os Srs. Parlamentares que se encontram meio? Por que nao no segundo e terceiro anos do mandato? Por em seus gabinetes venham ao plenario. E bom lembrar que esta- que no primeiro e segundo anos? mos em processo de vota^ao de uma materia que exige, como to- Sr. Presidente, e insustentavel esse tipo de acordo aglutina- dos sabem, quorum qualificado. Como se trata de materia tivo - que acaba sendo conspirativo contra o bom texto constitu- fundamental, dentro do processo de aperfeigoaraento das institui- cional, a boa juridicidade, a boa legalidade, e que pode ser 9oes politicas, e muito importante que os companheiros, quer De- contestado pelo eleitor, pela justi9a ou por qualquer um que enten- putados Federais, quer Senadores, que se encontram em seus da que nao 6 possivel votar, para um mandato de quatro anos, num gabinetes, que se encontram nas comissoes, venham ao plenario Parlamentar, Senador ou Deputado Federal, se o mandato, nos para que possamos votar e dar, consequentemente, celeridade aos dois primeiros anos tern a tutela do partido, que considero legitima trabalhos da Revisao Constitucional. Esse e o meu apelo e pe^o e correta, mas nos dois ultimos anos a tutela passa a ser individual que seja um apelo que V. Ex* tambem faca aos que estao partici- e o mandato passa a ser palrimonio pessoal do eleito. pando da revisao. E o registro que tinha a fazer, O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia O SR. JOSE DIRCEU - Sr. Presidente, pe90 a palavra tambem apela para os Srs. Congressistas no sentido de que ve- pela ordem. nham votar. Os que estiverem fora do recinto, que venham ao ple- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a nario. palavra. O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, pego a pala- O SR. JOSE DIRCEU (PT - SP. Sem revisao do orador.) vra pela ordem. - Sr. Presidente, quero orientar a bancada do PT. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2043 O nobre Relalor, Deputado Ibrahim Abi-Ackel, deu a este mente, se acontecer o mesmo com essa emenda, estaremos numa Plenario - em resposta a uma consulta feita - a infomiagao de que situa9ao extremamente comica, porque o Parlamentar, nos dois o tempo esta sendo computado como a metade da durafao do man- primeiros anos, nao pode mudar de partido, mas nos dois ultimos dalo. E se entendi - isso e importante que todos os Srs. Congres- anos, em que realmente as elei9oes ocorrerao, o instituto da fideli- sistas compreendam - o Parlamentar eleito pode, ate a dade partidaria estara totalmente dilacerado. diploma^ao, mudar de partido sem perder o mandato. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 aos Srs. Entao, Sr. Presidente, estamos numa situ9ao absolutamenle Congressistas que ainda nao volaram que o fa9am; aos que estao absurda; nao podemos aprovar essa emenda com esse texto, ainda fora do plenario, que venham a este recinto. que a intenfao do nobre Relator seja punir com a perda de manda- O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, pe9o a pala- to a infidelidade partidiria. O que significa isso? Se o partido "a" vra pela ordem. elegeu vinte Srs. Deputados e dezoito se desftliarem, se do dia da O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a elei^ao ate a diploma9ao mudarem de partido, esse partido chegara palavra. a Camara dos Deputados com apenas dois Parlamenlares e os ou- O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisao do tros nao perderao o mandato. orador.) - Sr. Presidente, quero ratificar a posi9ao do PT. E evidente que ha nesta emenda um erro que anula o seu O SR. RONALDO PERIM - Sr. Presidente, pe90 a pala- proprio objetivo. Nao ha perda de mandato por infidelidade parti- vra pela ordem. daria a partir dessa emenda. O Deputado Paulo Delgado tern toda O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a razao; nao ha meio termo em materia de infidelidade partidana. palavra. Ou se deixa a materia para a legisla9ao complementar e na Consti- O SR. RONALDO PERIM (PMDB - MG. Sem revisao tui9ao s6 se declara que existe a perda de mandato por infidelidade do orador.) - Sr. Presidente, pedi um esclarecimenlo e nao mereci parlidaria, para, depois, na legisla9ao infraconstitucional regula- a aten9ao de V. Ex". menta-la, ou entao vamos ficar no pior dos mundos, no maior ca- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Depu- suismo, ainda que, evidentemente, nao seja esse o objetivo do Sr. tado Ronaldo Perim, o Relator vai esclarecer V. Ex". Relator e dos proponentes dessa emenda. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a Sr. Presidente, Srs. Congressistas, o PT tem posi9ao histori- palavra ao Sr. Sub-Relator, Deputado Ibrahim Abi-Ackel. ca sobre essa questao. Somos pela perda do mandato por infideli- O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Sr. Presidente, dade partidaria, mesmo quando o Parlamentar e expulso do Srs. Congressistas, tento esclarecer ao ilustre Deputado Ronaldo partido. Temos opini96es diferentes sobre essa questao, mas e po- Perim e, fazendo-o, tento, tambem, esclarecer a duvida suscitada si9ao programtitica do partido e, infelizmente, essa emenda nao pelo nobre Deputado Jose Dirceu. A situa9ao que se esbo9a em atende a necessidade do sistema politico-partidario e democratico- face da emenda, uma vez aprovada, e a seguinte: brasileiro. O eleito, desde a diploma9ao ate a data da posse Sr. Presidente, pe9o que os Srs. Congressistas nao deem apoiamento a essa emenda. como Deputado Federal, nao esta compreendido na esfe- ra punitiva da emenda que se quer aprovar. A perda do (Prossegue a vota9ao.) mandato, uma vez aprovada a emenda, somente recaira sobre o Deputado que se desligar do partido na primeira O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Solicito aos metade do mandato, ou seja, desde o dia da posse ate o Srs. Congressistas que eslejam fora do plenario que venham votar. cumprimento da primeira metade. Se porventura se qui- Estamos em processo de aprecia9ao de propostas de emen- ser estender essa san9ao tambem ao eleito mas ainda nao da aglutinativa. erapossado, a disposi9ao tera que ficar na legisla9ao O SR. RONALDO PERIM - Sr. Presidente, pe90 a pala- complementar pertinente ao assunto, ou no art. 54, que vra pela ordem. trala dos impedimentos dos eleitos ainda nao empossa- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a dos. palavra. O SR. RONALDO PERIM (PMDB - MG. Sem revisao Como a pergunta se refere ao lapso de tempo, esclare9o a do orador.) - Sr. Presidente, goslaria de mereer um esclarecimenlo V. Ex's que o prazo se inicia no dia da posse e se estende, ininter- do compelente ilustre Sub-Relator, Deputado Ibrahim Abi-Ackel. ruptamente, ate o cumprimento da primeira metade do mandato, Pelo que entendi, estamos votando uma emenda na qual se estabe- sendo permitido, dai por diante, ao Deputado mudar de partido lece que o Parlamentar que trocar ou tentar mudar de partido nos sem a san9ao da perda do mandato. primeiros dois anos de mandato perde o seu mandato. E o que diz a emenda. Pergunto: e os dois liltimos anos.? N6s vamos ficar depen- Na segunda metade do mandato, o Parlamentar podera mu- dentes de outra emenda, para que por dois anos fiquem sem direito dar de partido sem softer a perda do mandato. a concorrer a elei9oes Parlamenlares que porventura tiverem mu- O SR. JOSE MARIA EYMAEL - Sr. Presidente, pe9o a dado de partido? Seria isso? palavra pela ordem. A minha preocupa9ao 6 que venha a ocorrer o mesmo que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a aconteceu com a vota95o da redu9ao do mandato presidencial. Vo- palavra. tamos a redu9ao do mandato presidencial para quatro anos na pre- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP. Sem revisao sun9ao de que votariamos depois a reelei9ao para os cargos do orador.) - Sr. Presidente, sou um dos tres proponentes da executives, e nao o fizemos. Vamos encontrar-nos numa situa9ao emenda aglutinativa e confesso a V. Ex' que, em nenhum momen- de certa forma desconfortavel, porque todos sabemos que e abso- to, foi nossa inte^ao permitir que no hiato entre a elei9ao e a pos- lutamenle exiguo o mandato de quatro anos para comandar o ge- se se permitisse a esdruxula mudan9a de partido. Se queremos que, renciamento da coisa publica, no ambilo do Execulivo, na primeira metade, o filiado nao possa mudar de partido, jamais — principalmente no Govemo Federal. No segundo tumo, teremos de jamais, Sr. Presidente! - passaria pela nossa mente o absurdo de rever a posi9ao e votar pelos cinco anos de mandato. Consequente- que entre o momenlo da elei9ao e o da posse pudesse o Parlamen- 2044 Quinla-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 tar mudar de partido. Nao e esse o nosso objetivo. O objetivo e o O SR. FRISCO VIANA - Sr. Presidente, pe90 a palavra de que do momento da eleifao, do momento da promulgafao ate pela ordem. dois anos de exercicio aquele que mudar de partido perde o man- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a dalo. Nos dois anos seguintes, imaginamos que nao seria necessa- palavra. ria essa sanfao, porque ai os estatutos partidarios ja passam a estabelecer o tempo de carencia, para que as pessoas posssam ser O SR. FRISCO VIANA (PPR - BA. Sem revisao do ora- Candida tas. dor.) - Sr. Presidente, e natural que haja uma certa perplexidade Portanto, vejo com elevada preocupa^ao a interpretagao do com o texto que esta sendo objeto de vota9ao porque, em verdade, douto Sr. Relator, no sentido de que o texto conduz a perda do a flutua9ao maior se verifica na segunda metade do mandato. E mandate nos dois primeiros anos a contar da posse. Considero esse evidente que, ocorrendo tal flutua9ao nesse instante, ira desestabi- aspecto extremamente grave, se for essa a real interpreta^ao a que lizar os partidos, o texto conduz. A emenda deveria ter, portanto, outra reda9ao. Mas estou Concluo, pois vou a mesa para dialogar com o Relator e ve- informado de que ha uma outra, que estabelece uma inelegibilida- rificar se existe alguma forma de esse aspecto ser melhor equacio- de de dois anos para quern mudar de partido ou deixar aquele pelo nado. qual tenha sido eleito. O SR. PRESEDENTE (Humberto Lucena) - Com a pala- Gostaria que o Relator nos informasse a esse respeito por- vra o Sr. Relator. que, se ha a segunda emenda, no meu entendimento as coisas se O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator ) - Sr. Presiden complelam. Confirmada a existencia dessa outra emenda, talvez o te, Srt e Srs. Congressislas, a unica hipotese possivel de se anteci- PT possa rever a sua posi9ao e dar o seu apoio a essa decisao, que par a san^ao de perda do mandate seria mediante emenda e muito importante para a consolida9ao dos partidos em nosso aglutinativa que dissesse: desde o diploma ate a conclusao da pri- Pais. meira metade do mandate, dar-se-a entao a perda do mandato. Mas Pe90, portanto, ao Relator que nos de esse esclarecimento, ja estamos em processo de vota^ao, e nao creio que a esta altura caso seja possivel. seja possivel uma emenda aglutinativa. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Com a pala- Parece-me entao que a tinica hipotese possivel para corrigir vra o Relator, Deputado Ibrahim Abi-Ackel. o lapso a que V. Ex" e o nobre Deputado Ronaldo Perim se refe- O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Sr. Presidente, rem seria uma emenda ao art. 54, inciso I. propondo-se que os De- esclare90 ao nobre e ilustre Deputado Prisco Viana que realmente putados e Senadores nao poderao: I - desde a expediqao do ha uma emenda que busca acrescer ao art. 14, onde couber, um pa- diploma... (aqui, inserir mais um item: nao poderia mudar de parti- ragrafo nos seguintes termos: do, sob pena de perda do mandato). Seria o modo, segundo o meu "Art. 14- modesto entendimento, de sanar o lapso a que V. Ex' e o nobre Deputado Ronaldo Perim se referem. Sao inelegiveis, durante dois anos, os que se des- O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP. Sem revisao filiarem volunlariamente de partido politico." do orador.) - Sr. Relator, a verdade e que estamos face a face com Entendo que a questao foi posta em dois textos diferentes um erro de manifestafao de vontade. Os proponentes da emenda em nenhum momento tiveram esse objetivo. para contemplar lodo o universe de protagonistas da a9ao polilica. Quando a emenda se refere a perda de mandato do Deputado ou O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, pe^o a pala- do Senador na primeira metade do decurso deste, esta modificando vra pela ordem. o texto pertinente especificamente ao Congresso Nacional: a Ca- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a mara e ao Senado; e quando, ao modificar o art. 14, declara inele- palavra. giveis por dois anos os que se desfiliarem volunlariamente do partido politico, estende a san9ao da impossibilidade de disputar O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisao do ora elei9oes a todos aqueles que, embora nao sendo Senadores e De- dor.) - Sr. Presidente, a Lideran^a do Partido dos Trabalhadores, a putados, tambem participem do processo politico em outras casas principio - e e uma bancada razoavelmente informada -, interpre- legislativas. tou a emenda numa dire^ao e pretendia votar "sim". No decorrer Sao estas as explica95es que posso dar ao ilustre Deputado do debate - e outra vez o debate a respeito de emenda constitucio- Prisco Viana. nal esta-se dando pelos microfones - com os Deputados Armando O SR. CARLOS KAYATH - Sr. Presidente, pe90 a pala- Pinheiro, Ronaldo Perim, Jose Dirceu, Jose Maria Eymael - agora, vra pela ordem. do PDC - Paulo Delgado, dialogando e discutindo com o brilhante O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Deputado Ibrahim Abi-Ackel, a bancada do Partido dos Trabalha- palavra. dores se convenceu de que esta emenda e ruim, e portanto, vamos votar "nao". O SR. CARLOS KAYATH (PTB - PA. Sem revisao do Sr. Presidente, somos obrigados, inclusive - ate a contra- orador.) - Sr. Presidente, Sr^ e Srs. Congressislas, o PTB - que se gosto, porque eu nao gostaria de faze-lo -, a radicalizar; nem votar manteve em obstru9ao ate o momento em que se atingiu o quo- vamos, tal o absurdo que esta sendo esta vola^ao. So aqui no ple- rum necessario - na verdade acha que temos de votar pelo que ndrio, outra vez, uma serie de partidos - PPR, PDC, PT, PTB, esta na mesa. A proposta apresentada pelo Relator tem um proble- PMDB - pode discutir com o Relator. E agora. Sr. Presidente, esta ma: a fidelidade pela metade, mantida apenas nos primeiros dois o PDC discutindo a emenda aglutinativa com o Relator neste mo- anos, sem a obrigatoriedade de ser exigida tambem nos tlltimos mento. Isso e um absurdo. dois anos, nao atende a ideia, a mens legis de uma fidelidade parti- Em funfao desse desproposito, desse metodo absurdo de daria como gostariamos de ver implementada. construir uma nova Constituifao, a Lideran9a do Partido dos Tra- Nesse sentido, a bancada do PTB se convenceu de que deve balhadores recomenda aos seus Deputados que nao votem, em votar contrariamente ao parecer do Relator, isto e, votar "nao", obstTU9ao total a este processo absurdo. para a manuten9ao do atual texto da Constitui9ao. Mar (jo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2045 O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vai ser encer- O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Sem revisao do rada a vota9ao. orador.) - Sr. Presidente, desejo apenas dizer que essa atitude e um A SRA. IRMA PASSONI - Sr. Presidente, peijo a palavra exemplo de fidelidade partidaria. pela ordem. (Prossegue a votagao.) O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a palavra. VOTAM OS SRS. CONGRESSISTAS: A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Sem revisao da ora- Roraima 8 dora.) - Sr. Presidente, Sr* e Srs. Congressistas, hi uma elite inte- Alceste Almeida - PTB - Nao lectual que escreve as leis, mas e sempre necessario que outros as Cesar Dias - PMDB - Sim interpretem. Isso e um absurdo. Ou somos objetivos e claros quan- Joao Fagundes - PMDB - Sim ta ao que a lei pretende - e assim nao precisaremos de advogados Julio Cabral - PP - Sim para recorrer a Justi9a - ou entao nao lemos capacidade para ela- Luciano Castro - PPR - Sim bora-las, Por exemplo, se nao se diz efetivamente que o politico, a Marluce Pinto - PTB - Sim partir da elei9ao, perde o mandate, nao adianta dizer que depois se Ruben Bento - Bloco - Sim interpretara a lei dessa ou daquela maneira. Amapa Temos de come9ar a burilar a lei para que ela seja objetiva, lodos a entendam e a mterpreta9ao nao se fa9a necessaria. Do con- Aroldo Goes - PDT - Sim trario, repetiremos por muitos anos o mesmo erro na elabora9ao Eraldo Trindade - PPR - Nao das leis, obrigando a sua interpreta9ao por advogados, que dirao Gilvam Borges - PMDB - Sim qual a sua finalidade. Penso que se deve dar um basla a tal atitude: Henrique Almeida - PFL - Sim ou dizemos o que e a lei ou nao a escrevemos. Jonas Pinheiro - PTB - Sim O SR. ERNESTO GRADELLA - Sr. Presidente, pe9o a Murilo Pinheiro - Bloco - Sim palavra pela ordem. Sergio Barcellos - Bloco - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a Valdenor Guedes - PP - Sim palavra. Para O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Sem revisao Alacid Nunes - Bloco - Sim do orador.) - Sr. Presidente, Sr*8 e Srs. Congressistas, o institute Almir Gabriel - PSDB - Sim da fidelidade partidaria, no nosso entender, e importante, mas Carlos Kayath - PTB - Nao acreditamos que isso deva ser definido no estatuto de cada partido, Coutinho Jorge - PMDB - Sim e nao numa lei geral, que valha igualmente para todos eles. Domingos Juventil PMDB - Nao O partido deveria determinar a forma como se daria a fideli- Eliel Rodrigues - PMDB - Sim dade partidaria, da qual seus membros estariam cientes. Defende- Gerson Peres - PPR - Sim mos a fidelidade partidiria, mas nao concordamos com a sua Giovanni Queiroz - PDT - Sim inclusao numa lei para todos os partidos. Definiremos tal queslao Herminio Calvinho - PMDB - Sim no estatuto do PSTU, e entendemos que essa lei deve valer para os Jarbas Passarinho - PPR - Sim filiados ao nosso partido. Jose Diogo - PP - Sim A nosso ver, a emenda nao serve, e o PSTU mantem-se em Mario Chermont - PP - Sim obslru9ao. Mario Martins - PMDB - Sim O SR. MAGNO BACELAR - Sr. Presidente, pe9o a pala- Nicias Ribeiro - PMDB - Sim vra pela ordem. Osvaldo Melo - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Paulo Titan - PMDB - Sim palavra. Amazonas O SR. MAGNO BACELAR (PDT - MA. Sem revisao do 8 Atila Lins - Bloco - Nao orador.) - Sr. Presidente, Sr* e Srs. Congressistas, o PDT continua Aureo Mello - PRN - Nao em obstru9ao e recomenda a ma bancada no Senado Federal que Beth Azize - PDT - Nao nao vote essa emenda, em protesto contra a maneira como vem Carlos De'Carli - PPR - Sim sendo elaborada, em cima da hora, uma mudan9a tao radical na Gilberto Miranda - PMDB - Sim Constitui9ao brasileira. Joao Thome - PMDB - Sim O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pe90 a palavra Jose Dutra - PMDB - Sim pela ordem. Ricardo Moraes - PSB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a Rondonia palavra. Antonio Morimoto - PPR - Sim O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Sem revisao do ora- Carlos Camur9a - PP - Sim dor.) - Sr. Presidente, quero declarar perante V. Ex* que sou con- Mauricio Calixto - Bloco - Sim tra essa emenda pelos motives que a bancada ja explicitou: o Odacir Scares - PFL - Sim modelo de fidelidade partidaria deveria ser melhor definido. Sou Reditario Cassol - PP - Sim contra a emenda e nao vou vot4-la, seguindo a orienta9ao do parti- Acre do, mas estou no plenirio. Celia Mendes - PPR - Sim O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, pe90 a pala- Flaviano Melo - PMDB - Sim vra pela ordem. Francisco Diogenes - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Joao Maia - PP - Sim palavra. Joao Tola - PPR - Sim 2046 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marfo de 1994 Mauri Sergio - PMDB - Sim Humberto Lucena - PMDB - Abstenfao Nabor Junior - PMDB - Sim Ivan Burity - Bloco - Sim Zila Bezerra - PMDB - Nao Ivandro Cunha Lima - PMDB - Sim Tocantins Jose Luiz Clerot - PMDB - Sim Carlos Patroclnio - PFL - Nao Jose Maranhao - PMDB - Nao Darci Coelho - Bloco - Sim Lucia Braga - PDT - Nao Derval de Paiva - PMDB - Sim Rivaldo Medeiros - Bloco - Nao Edmundo Galdino - PSDB - Nao Vital do Rego - PDT - Sim Freire Junior - PMDB - Sim Zuca Moreira - PMDB - Sim Merval Pimenta - PMDB - Sim Pernambuco Osvaldo Reis - PP - Sim Inocencio Oliveira - Bloco - Sim Paulo Mourao - PPR - Nao Jose Jorge - Bloco - Sim Maranhao Jose Mendon^a Bezerra - Bloco - Sim Alexandre Costa - PFL - Nao Jose Mucio Monteiro - Bloco - Sim Cesar Bandeira - Bloco - Nao Mansueto de Lavor - PMDB - Sim Costa Ferreira - PPR - Sim Marco Maciel - PFL - Sim Daniel Silva - Bloco - Sim Maurilio Ferreira Lima - PSDB - Sim Eduardo Matias - PP - Sim Maviael Cavalcanti - Bloco - Nao Epitacio Cafeteira - PPR - Nao Pedro Correa - Bloco - Sim Jayme Santana - PSDB - Sim Roberto Magalhaes - Bloco - Sim Joao Rodolfo - PPR - Sim Tony Gel - Bloco - Sim Jose Burnett - PPR - Sim Wilson Campos - PSDB - Nao Pedro Novais - PMDB - Sim Alagoas Samey Filho - Bloco - Sim Antonio Holanda - Bloco - Nao Ceara Augusto Farias - Bloco - Nao Aecio de Borba - PPR - Sim Cleto Falcao - PSD - Sim Antonio dos Santos - Bloco - Sim Divaldo Suruagy - PMDB - Sim Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Guilherme Palmeira - PFL - Sim Edson Silva - PDT - Sim Jose Thomaz Nono - PMDB - Sim Jose Linhares - PP - Sim Olavo Calheiros - PMDB - Sim Luiz Pontes - PSDB - Sim Roberto Torres - PTB - Nao Marco Penaforte - PSDB - Sim Teotonio Vilela Filho - PSDB - Sim Mauro Benevides - PMDB - Sim Vitorio Malta - PPR - Nao Mauro Sampaio - PMDB - Nao Sergipe Moroni Torgan - PSDB - Sim Albano Franco - PSDB - Sim Sergio Machado - PSDB - Sim Benedito de Figueiredo - PDT - Nao Ubiratan Aguiar - PSDB - Sim Djenal Gonfalves - PSDB - Sim Vicente Fialho - Bloco - Sim Everaldo de Oliveira - Bloco - Sim Piaui Francisco Rollemberg - PMN - Sim B.Sa-PP-Sim Jose Teles - PPR - Sim Chagas Rodrigues - PSDB - Sim Messias Gois - Bloco Sim Giro Nogueira - Bloco - Sim Bahia Felipe Mendes - PPR - Sim Angelo Magalhaes - Bloco - Sim Hugo Napoleao - PFL - Sim Aroldo Cedraz - Bloco - Sim Jesus Tajra - Bloco - Sim Beraldo Boaventura - PSDB - Nao Joao Henrique - PMDB - Sim Carlos Sant'Anna - PMDB - Sim Jose Luiz Maia - PPR - Sim Clovis Assis - PSDB - Nao Lucidio Portella - PPR - Sim Eraldo Tinoco - Bloco - Sim Murilo Rezende - PMDB - Sim Felix Mendonfa - PTB - Nao Rio Grande do Norte Jabes Ribeiro - PSDB - Nao Dario Pereira - PFL - Nao Jairo Azi - Bloco - Nao Garibaldi Alves Filho - PMDB - Sim Jairo Cameiro - Bloco - Sim Laire Rosado - PMDB - Sim Joao Carlos Bacelar - Bloco - Nao Marcos Formiga - PSDB - Sim Josaphat Marinho - PFL - Nao Ney Lopes - Bloco - Sim Jose Carlos Aleluia - Bloco - Sim Jose Falcao - Bloco - Sim Paraiba Jose Louren90 - PPR - Sim Adauto Pereira - Bloco - Sim Luiz Eduardo - Bloco - Sim Antonio Mariz - PMDB - Nao Luiz Moreira - Bloco - Sim Efraim Morais - Bloco - Nao Luiz Viana Neto - Bloco - Sim Evaldo Gongalvcs - Bloco - Sim Manoel Castro - Bloco - Sim Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2047 Marcos Medrado - PP - Sim Jair Bolsonaro - PPR - Nao Pedro Irujo - PMDB - Sim Joao Mendes - PTB - Nao Prisco Viana - PPR - Sim Junol Abi-Ramia - PDT - Absten9ao Ribeiro Tavares - PL - Sim Laerte Bastos - PSDB - Sim Sergio Brito - PSD - Sim Laprovita Vieira - PP - Sim Sergio Gaudenzi - PSDB - Nao Nelson Cameiro - PP - Absten9ao Tourinho Dantas - Bloco - Sim Paulo Portugal - PP - Sim Waldir Pires - PSDB - Nao Roberto Campos - PPR - Sim Minas Gerais Rubem Medina - Bloco - Sim Alfredo Campos - PMDB - Sim Sandra Cavalcanti - PPR - Sim Aloisio Vasconcelos - PMDB - Sim Sidney de Miguel - PV - Nao Annibal Teixeira - PP - Nao Wanda Reis - PMDB — Sim Aracely de Paula - Bloco - Sim Sao Paulo Armando Costa - PMDB - Sim Alberto Goldman - PMDB - Sim Avelino Costa - PPR - Sim Armando Pinheiro — PPR - Nao Elias Murad - PSDB - Sim Carlos Nelson - PMDB - Absten9ao Felipe Neri - PMDB - Sim Chafic Farhat - PPR - Nao Genesio Bernardino - PMDB - Sim Delfim Netto - PPR - Nao Getulio Neiva - PL - Nao Diogo Nomura - PL - Sim Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Sim Eva Blay - PSDB - Sim Israel Pinheiro - PTB - Sim Fabio Feldmann - PSDB - Sim Jose Aldo - PTB - Sim Fausto Rocha - PL - Nao Jose Geraldo - PMDB - Sim Gastone Richi - PTB - Nao Jose Santana de Vasconcellos - Bloco - Sim Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Junia Marise - PDT - Sim Heitor Franco - PPR - Sim Lael Varella - Bloco - Sim Irma Passoni - PT - Nao Leopoldo Bessone - PTB - Sim Jose Abrao - PSDB - Sim Marcos Lima - PMDB - Sim Jose Anibal - PSDB - Sim Mauricio Campos - PL - Absten9ao Jose Maria Eymael - PPR - Sim Odelmo Leao - PP - Sim Jose Serra - PSDB - Sim Osmanio Pereira - PSDB - Nao Koyu Iha - PSDB - Sim Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB - Sim Liberato Caboclo - PDT - Nao Pedro Tassis - PMDB - Sim Luiz Maximo - PSDB - Sim Raul Belem - PP - Sim Maluly Netto - Bloco - Sim Romel Anisio - PP - Sim Marcelino Romano Machado - PPR - Sim Ronaldo Perim - PMDB - Sim Marcelo Barbieri - PMDB - Absten9ao Ronan Tito - PMDB - Sim Mendes Botelho - PP — Nao Saulo Coelho - PSDB - Sim Paulo Novaes - PMDB - Sim Tarcisio Delgado - PMDB - Sim Pedro Pavao - PPR - Sim Vittorio Medioli - PSDB - Sim Tadshi Kuriki - PPR - Sim Wagner do Nascimento - PP - Sim Tuga Angerami - PSDB - Sim Zaire Rezende - PMDB - Sim Vadao Gomes - PP - Sim Espirito Santo Mato Grosso Armando Viola - PMDB - Sim Joao Teixeira - PL - Nao Etevalda Grassi de Menezes - PTB - Nao Jonas Pinheiro - Bloco - Sim Gerson Camata - PMDB - Sim Julio Campos - PFL - Sim Joao Calmon - PMDB - Nao Louremberg Nunes Rocha - PPR - Sim Jdrio de Barros - PMDB - Sim Marcio Lacerda - PMDB - Sim Lezio Sathler - PSDB - Sim Oscar Tavassos - PL - Sim Nilton Baiano - PMDB - Sim Ricardo Correa - PL - Sim Rita Camata - PMDB - Sim Rodrigues Palma - PTB - Nao Roberto Valadao - PMDB - Sim Welinton Fagundes - PL - Sim Rose de Freitas - PSDB - Sim Distrito Federal Rio de Janeiro Augusto Carvalho - PPS - Sim Aldir Cabral - Bloco - Sim Benedito Domingos - PP - Absten9ao Carlos Lupi - PDT - Absten9ao Joao Brochado - PP - Sim Edesio Frias - PDT - Sim Sigmaringa Seixas - PSDB - Nao Eduardo Mascarenhas - PSDB - Sim Valmir Campelo - PTB - Sim Flivio Palmier da Veiga - PSDB - Sim Goias Francisco Domelles - PPR — Nao Francisco Silva - PP - Sim Antonio Faleiros - PSDB - Sim Hydekel Freitas - PFL - Nao Delio Braz - Bloco - Sim 2048 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar90 de 1994 Haley Margon - PMDB - Sim Carrion Junior - PDT - Sim Iram Saraiva- PMDB - Sim Celso Bemardi - PPR - Sim Irapuan Costa Junior - PP - Sim Fetter Junior - PPR - Sim Lazaro Barbosa - PMDB - Sim Ivo Mainardi - PMDB - Sim Lucia Vania - PP - Sim Joao de Deus Antunes - PPR - Nao Luiz Soyer - PMDB - Sim Jose Foga^a - PMDB - Sim Maria Valadao - PPR - Sim Luis Roberto Ponto - PMDB - Sim Mauro Borges - PP - Sim Mendes Ribeiro - PMDB - Sim Mauro Miranda - PMDB - Sim Nelson Jobim - PMDB - Sim Onofre Quinan - PMDB - Sim Nelson Proenfa - PMDB - Sim Paulo Mandarino - PPR - Nao Odacir Klein - PMDB - Sim Ronaldo Caiado - Bloco - Sim Osvaldo Bender - PPR - Nao Vilmar Rocha - Bloco - Sim Telmo Kirst - PPR - Sim Virmondes Cruvinel - Sim Valdomiro Lima - PDT - Nao Mato Grosso do Sul Victor Faccioni - PPR - Sim George Takimoto - Bloco - Sim O SR. WILSON MULLER - Sr. Presidente, pe^o a pala- Levy Dias - PPR - Sim vra pela ordem. Marilu Guimaraes - Bloco - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a Rachid Saldanha Derzi - PRN - Sim palavra. Valter Pereira - PMDB - Sim O SR. WILSON MULLER (PDT - RS. Sem revisao do Parana orador) - Sr. Presidente, a discussao mostra claramente que a reda- Basilio Villani - PPR - Sim (jao da emenda csta um pouco confusa. Entendi, salvo melhor jui- Carlos Scarpelini - PP - Sim zo, que o Relator substitute tambem tem uma certa duvida com Delcino Taveres - PP - Nao relaijao a eficacia da mesma, tendo em vista que ela atinge a pri- Deni Schwartz - PSDB - Sim meira metade do mandate, mas nao da eleigao ou da diploma^ao Elio Dalla-Vechia - PDT - Sim ate a posse. Ervin Bonkoshi - PTB - Nao Por isso. Sr. Presidente, consulto se ha possibilidade de in- Flavio Ams - PSDB - Sim terromper esta votaijao e ate de retirar a emenda, anulando-a. Se V. Joni Varisco - PMDB - Sim Ex" quiser - com o devido respeito e o acatamento que se impoe - Jose Richa - PSDB - Sim pode faze-lo. Se V. Ex" tem podido mudar relatdrios, alterar vota- Luciano Pizzatto - Bloco - Sim ijoes e o proprio Regimento, tambem pode fazer isso. Do contra- Luiz Carlos Hauly - PP - Sim rio, mais uma vez vamos votar centra a emenda e derrota-la Max Rosenmann - PDT - Sim O PDT, portanto, vota contra a emenda. Munhoz da Rocha - PSDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Encerrada a Otto Cunha - PPR - Nao vola9ao. Pinga Fogo de Oliveira - PDT - Sim Vamos ao resullado. Reinhold Stephanes - Bloco - Sim O SR. LOURTVAL FREITAS - Sr. Presidente, pe9o a pa- Renato Johnsson - PP - Nao lavra pela ordem. Sergio Spada - PP - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex" a Werner Wanderer - Bloco - Sim palavra. Wilson Moreira - PSDB - Sim O SR. LOURTVAL FREITAS (PT - AP. Sem revisao do orador) - Sr. Presidente, o Partido dos Trabalhadores tambem se Santa Catarina ausentou da vota9ao pelos motivos ja expostos. Angela Amin - PPR - Sim Assim, quero registrar a minha prcsen9a. Nao volei, mas es- Cesar Souza - Bloco - Sim tou presente. Dejandir Dalpasquale - PMDB - Sim 0 SR. OSORIO ADRIAN0 - Sr. Presidente, pe90 a pala- Dercio Knop - PDT - Sim vra pela ordem. Edison Andrino - PMDB - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a Esperidiao Amin - PPR - Nao palavra. Hugo Biehl - PPR - Sim O SR. OSORIO ADRIANO (Bloco Parlamentar - DF. Jarvis Gaidzinshi - PPR - Nao Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, meu voto foi interrompi- Luiz Henrique - PMDB - Sim do no meio. V. Ex" encerrou a vota9ao no momento em que eu o Nelson Morro - Bloco - Sim estava digitando. Meu voto e "sim". Neuto de Conto - PMDB - Sim O SR. CARLOS VIRGILIO - Sr. Presidente, pe90 a pala- Paulo Duarte - PPR - Sim vra pela ordem. Ruberval Pilotto - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Valdir Colatto - PMDB - Sim palavra. Rio Grande do Sul O SR. CARLOS VIRGILIO (PPR - CE. Sem revisao do Adroaldo Streck - PSDB - Sim orador.) - Sr. Presidente, quero dizer a mesma coisa que afirmou o Adylson Motta - PPR - Sim Deputado Osorio Adriano. Antonio Britto - PMDB - Sim O SR PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Resullado da Carlos Azambuza - PPR - Sim vota9ao: "sim", 271; "nao", 69; absten9ao, 8. Total; 348. Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2049 A emenda fou rejeilada. fecharem questao sobre malerias que aqui tramila'cm. Portanto, Rejeitada a emenda, ficam prejudicados os substitutivos, as nao pode ser arquivada. emendas aglutinativas e as propostas de emenda com parecer con- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' se re- trario, bem como os requerimentos pertinenles. fere a Emenda Aglutinativa n0 4? Encerrada a vota9ao. O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, a minha emenda Quanto a Emenda Aglutinativa n0 7, sera encaminhada ao nao e aglutinativa. Pedi destaque para a minha emenda. O Relator Relator a fim de ser preparada a redagao para o segundo tumo. a aglutinou, mas nao o autorizei a faze-lo, pois a minha emenda O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pe^o a pala- nao diz respeito a desfilia9ao partidaria. vra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Srs. Congres- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a sistas, estou resolvendo a questao levantada pelo Deputado Gerson palavra. Peres. Darei em seguida a palavra a V. Ex's O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisao do Para atender ao nobre Deputado Gerson Peres, concede a orador.) - Sr. Presidente, esta e uma denomina^ao de que a Consti- palavra ao Sr. Relator. tuifao nao sera alterada se esse processo nao for negociado, com Pe90 a aten9ao do Plenario. seriedade, com os partidos que sao contraries a revisao. O SR. IBRAHIM ABI-ACKEL (Relator) - Entendo, data O SR. EDI SILIPRANDI - Sr. Presidente, pe^o a palavra venia, que a emenda do Deputado Gerson Peres, contida no § 5° pela ordem. do art. 55, que determina a suspensao temporaria do mandato no O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V.Ex" a Senado Federal, na Camara dos Deputados, nas Assembleias Le- palavra. gislativas e nas Camaras de Vereadores de quem pelo voto se opu- O SR. EDI SILIPRANDI (PSD - PR. Sem revisao do ora- ser ou se abstiver, com duvida quanto a rela9ao legitimamente dor.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar meu voto contrario a estabelecido pela maioria absoluta do diretorio nacional, dos dire- emenda. torios regionais ou municipals, nao esti prejudicada pela vota9ao O SR. JUTAHY MAGALHAES - Sr. Presidente, pefo a que se operou anteriormente. palavra pela ordem. E o parecer do Relator. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a O SR. GERSON PERES - Agrade90 a V. Ex' palavra. Sr. Presidente, tendo o nobre Relator acabado de afian9ar O SR. JUTAHY JUNIOR (PSDB - BA. Sem revisao do que nao esta prejudicada a emenda, pe90 a palavra para encami- orador.) - Sr. Presidente, meu votoe "nao". nhar esclarecendo sobre a materia. O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, pe^o a palavra O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a palavra pela ordem. V. Ex' O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisap do ora- palavra. dor.) - Sr. Presidente, primeiro quero corrigir a palavra "abster". O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisao do ora- Quando fundiram as emendas houve erro de portugues. E "absti- dor.) - Sr. Presidente, gostaria de perguntar a V. Ex' se a materia ver", e nao "abster". vai ainda para o segundo tumo. Segundo, a nossa emenda - e pe90 a aten9ao dos Srs. Llde- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sim. A Emen- res dos partidos — e pragmatica e resguarda a autoridade dos orga- da n0 7, aprovada, ira para o segundo tumo e podera receber emen- os deliberativos dos partidos. Ademais, nao e permanente: das supressivas e de reda^ao. aplica-se somente as situa96es em que os partidos acharem conve- O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, apresentei des- niente usar a fidelidade. Por exemplo, se o partido "a" considerar taque 4 emenda sobre fidelidade dos Parlamenlares no exerclcio que a Medida Provisorian0 343 nao se compatibiliza com seu inte- do mandato. Isso significa que a Emenda n" 4 tambem vai para o resse, entao rcune o diretorio, fecha questao, encaminha isso a arquivo e que nao tem mais validade? Mesa e determina o tempo de suspensao para os seus Deputados, 0 SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A que vai que pode ser de um a doze meses. Al, a questao e posta em vota- para segundo tumo 6 a Emenda Aglutinativa n0 7, que foi aprova- 9ao. Se o Deputado votar contra aquela delibera9ao, o Presidente da. da Casa suspende por aquele periodo o seu mandato. 0 SR. GERSON PERES - Foi aprovada? E materia intema. Nao hi possibilidade de recurso ao Poder O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sim, a de hoje Judiciirio, e os partidos se fortalecem pela decisao gradativa e es- foi rejeitada. peclfica. Nao ha fidelidade permanente. Ela vai funcionar em fun- O SR. GERSON PERES - A de hoje foi rejeilada. 9ao do interesse dos partidos. Se o partido fechar questao, entao a Entao, levanto uma questao de ordem sobre a minha emen- fidelidade emerge em fun9ao daquela decisao. da, que nada tem a ver com essa hoje rejeitada. E materia diversifi- Esta e a nossa emenda. Parece-me muito mais interessante cada, totalmente diferenciada: trata de suspensao de mandato, e do que a cassa9ao do mandato pela desfilia9ao. Cassar mandato nao de cassafao, de forma que ela nao pode ser arquivada. Nao se nao me parece valido. trata de cassaijao de mandato e, sim, de uma suspensao. E materia Sr. Presidente, vou mostrar a confradi9ao do nobre Deputa- diferente, que nao tem vincula9ao com a desfilia9ao. Refere-se ao do Nelson Jobim, quando S. Ex' considera a minha emenda impe- exerclcio do mandato nas Assembleias Legislativas, Camaras de rativa. Nao e. Imperativa e a cassa9ao do mandato sumariamente, Vereadores e Camara dos Deputados. Nada tem a ver, portanto, pela desfilia9ao. Quer dizer, o Deputado se elege e resolve mudar com a desfilia9ao. Por isso, penso que V. Ex' nao pode arquivar de partido; entao e cassado, porque se desfiliou. Nao me parece essa emenda. seja este o caminho mais correto e democritico. Ai, sim, e que o A emenda que destaquei nao e aglutinativa. Destaquei a mandato do cidadao parecer estar sendo ferido. Pela minha emen- emenda de minha autoria, que nao esti vinculada a desfilia9ao par- da, ao contrario, nao hi cassa9ao, mas a suspensao temporiria do tidiria: dispoe que, no exerclcio do mandato. os Deputados devem mandato, decorrente do comportamento infiel do Parlamentar ao ser fieis ao seu partido quando os diretorios, por maioria absoluta, contrariar a decisao do orgao deliberativo do partido. 2050 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Essa e uma experiencia que vale para os nossos tempos. Ja O SR. FERNANDO CARRION (PPR - RS. Sem revisao funcionou de modo um pouco diferente ha alguns anos. do orador.) - Sr. Presidente, quando da vota9ao anterior eu estava O que quero dizer e que, se no caso da desfilia?ao se cassa, no Ministerio da Justi9a, em audiencia para tratar da questao dos no da desobediencia nao. O parlamentar rebelde, que desmoraliza indios. Gostaria que V. Ex* regislrasse meu voto "sim". o proprio partido ao votar contra a orienta9ao do mesmo, nao per- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Esta registra- de o mandate. Mas, se ele sai do partido, perde-o. Em vez de se do. fortalecer, o partido fica desmoralizado e enfraquecido, tendo em O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidente, pe9o a palavra seu meio uma pessoa que nao se enquadra no programa a que esta pela ordem. filiado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a Portanto, pego aos colegas que reflitam sobre essa emenda, palavra. fruto da experiencia de um Deputado que ja organizou tres parti- O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- dos no seu Estado e tambem da experiencia de um Parlamentar de dor.) - Sr. Presidente, na primeira oportunidade, nos termos regi- muitos mandates. Isso me parece mais democratico e mais huma- mentals, quero pedir a palavra pelo tempo regimental do PDT, ne, porque respeita mais os direitos dos parlamentares e porque para uma comunica9ao urgente. fortaleceremos, com esse procedimento, as nossas agremiaifoes O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Sim. Isso sera partidirias. feito na primeira oportunidade. Encerro, Sr. Presidente, agradecendo ao eminente Relator, O SR. PAULO ROCHA - Sr. Presidente, pcqo a palavra Deputado Ibrahim Abi-Ackel, pela judiciosa formulaijao do seu pela ordem. parecer a esta minha emenda, considerando-a nao prejudicada. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presiden- palavra. cia, antes de prosseguir, propoe ao Plenario, se nao houver obje- gao, a prorrogafao da presente sessao ate as 21 horas. O SR. PAULO ROCHA (PT - PA. Sem revisao do ora- EstA prorrogada a sessao. dor.) - Sr. Presidente, }i circula no plenario a publica9ao do proje- Em aten9ao ao Congressista Gerson Peres, e antes do pare- to de lei de conversao relative k medida provisoria que, com cer do Relator, quero dizer que, em seguida, vamos votar parte da certeza, amanha o Congresso Nacional colocari em pauta para vo- Emenda Aglutinativa n0 4 que teve parecer contrario do Relator - 13920. Na oportunidade, a CSmara ter2 de mostrar 2 sociedade que os §§ de 5° a 7°, que em seguida serao lidos, para conhecimento do nao esta preocupada apenas com seus prdprios interesses, mas Plenario. O Relator emitiu parecer parcialmente favoravel ao item tambem com o con junto da sociedade, pois trata-se de materia fun- 7 e ao § 1° damental para os trabalhadores. O SR. MARIO DE OLFVEIRA - Sr. Presidente, pe90 a Sr. Presidente, essa materia e produto de negocia9oes e de palavra pela ordem. conversas com muita sensibilidade captadas pelo Relator Gonzaga O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a Mota (PMDB), em que estiveram presentes os Deputados Rodri- palavra. gues Palma (PTB), Mauricio Calixto (PEL), Amaury Muller O SR. MARIO DE OLIVEIRA (PP - MG. Sem revisao (PDT) e n6s, do PT. Enfim, um conjunto de partidos participou da do orador.) - Sr. Presidente, com rela9ao a vota9ao anterior, solici- elabora9ao desse projeto de lei de conversao. to a Mesa que consigne o meu voto "nao". Portanto, e fundamental que o Congresso Nacional assegure O SR. ARNO MAGAREVOS - Sr. Presidente, pe90 a pa- quorum para votar materia do interesse da sociedade. lavra pela Ordem. O SR. JOAO MELLAO NETO - Sr. Presidente, pe9o a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a palavra pela ordem. palavra. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a O SR. ARNO MAGARINOS (PPR - RS. Sem revisao do palavra. orador.) - Sr. Presidente, o meu voto e "sim". Eu estava no Minis- O SR. JOAO MELLAO NETO (PL - SP. Sem revisao do terio da Justi9a tentando resolver um assunto que comentei hoje a orador.) - Sr. Presidente, quero consignar meu voto "sim" na vota- tarde neste plenario. 930 anterior. O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente, pe90 a O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia palavra pela ordem. vai ler para o Plenirio a materia que sera votada agora, de autoria O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a do nobre Congressista Gerson Peres: palavra. "Art. 55. Perderi o mandate parlamentar: O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, desejo um esclarecimento. A emenda § 5° Terd suspense temporariamente o mandate anterior nao passou? A fidelidade partidaria foi rejeitada? no Senado Federal, na Cimara dos Deputados, nas As- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A emenda an- sembleias Legislativas e nas Camaras de Vereadores terior foi rejeitada. Completaremos a vota9ao da materia aprecian- quern, pelo voto, se opuser ou abster 2s delibera95es le- do parte da emenda que teve parecer contrario, do nobre giUmamente estabelecidas pela maioria absoluta dos Congressista Gerson Peres. diretdrios nacional, regionais e municipais, respectiva- O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Quer dizer que no Bra- mente. sil nao haveri fidelidade partidaria. Que se registre a questao no § 6° As delibera96es de que trala o § 5° desle arti- Congresso Revisor nao teremos fidelidade partidiria, nem que go devem ter: I - cardter espedfico e individualizado; n seja parcial, como pretendia a emenda. - indica9ao do prazo entre um e doze meses para sus- O SR. FERNANDO CARRION - Sr. Presidente. pe9o a pensao do mandato em caso de voto contrdrio, absten9ao palavra pela ordem. ou ausencia; III - registro previo nas Mesas das Casas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a Legislativas a que se refiram as decisoes, por iniciativa palavra. do 6rg2o deliberative do partido. Mar^o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2051 § 7° A suspensao temporaria do mandate do § 5° O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, o PMDB deste artigo sera decretada pelas Mesas das respectivas encaminha a votafao contrariamente, acompanhando o parecer do Casas Legislativas no prazo maximo de cinco dias, salvo Relator. acatamento de justifica^ao relevante." O SR. EDI SILIPRANDI (PSD - PR. Sem revisao do ora- dor.) - Sr. Presidente, o PSD vota "nao". O parecer do Relator e contrario. O SR. LUIZ GUSHIKEN (PT - SP. Sem revisao do ora- PcijO aos Srs. Congressistas que ocupem seus lugares. Vai- dor.) - Sr. Presidente, depois de atingido o quorum, o PT votara sc passar ao processo dc vola^ao eletronica. "sim". Como votam os Srs. Uderes? O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Sem revisao O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - do orador.) - Sr. Presidente, quero lamentar a nao aprovafao da fi- SP. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o PPR vola "sim". delidade partidaria, um instrumento necessario ao fortalecimento O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi- dos partidos. sao do orador.) - Sr. Presidente, por favor fa^a a solicita^ao aos Lamento o encaminhamento contrario, feito na volafao an- demais Uderes, porque estamos ainda analisandoesta emenda. terior, por alguns partidos que pregam a fidelidade partidaria. No O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ, Sem revisao do ora- momento decisive, o da votaijao anterior, por falta de 22 votos nao dor.) - Sr. Presidente, o PDT esta em obstruijao e recomenda aos livemos a aprovacjao da materia. Parlamentares de sua bancada que nao registrem o voto. Entao, quero deixar bem patente que, se nao mais teremos a O SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES, Sem revisao fidelidade partidaria no Brasil, ficamos aqui com um conjunto de do orador.) - Sr. Presidente, o PL esta em obstnifao ale que se dis- regras que nao tern a menor importancia, nesse contexto. cula as materias da ordem economica; mas, se alingirmos o quo- Acredito que o Sr. Relator esta correto: perdemos o essen- rum, passara a votar "sim". cial, o fundamental, por falta exatamente de uma participa9ao mais O SR. CARLOS KAYATH (PTB - PA. Sem revisao do ativa e ale de propostas. Muilos Congressistas que falam desta tri- orador.) - Sr. Presidente, o PTB vai permanecer em obstrupao. buna sequer aprcsentaram uma proposta para a fidelidade partida- cmbora saiba que a emenda repcte a Constituifao de 1967. ria, numa omissao total e vergonhosa, ja que o Supremo Tribunal O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- Federal concluiu que a revisao e constitucional, e legal. Nao ha, dor.) - Sr. Presidente, gostaria de fazer uma consulta ao Sr. Rela- portanto, por que continuar a insistir nessa tese. tor no que se refere a vota^ao em conjunto. Nao sendo votada a Deixo a questao em aberto. Pessoalmente, votarei contra o emenda anterior, apenas o trecho daquela emenda nao pode ser no- restante da materia, porque nao da para justificar sua aprovafao vamente votado. A parle de baixo da emenda que esta sendo dis- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A questao cutida e que seria votada. Isso esta de acordo com o Regimento? fica em aberto, segundo o encaminhamento do Llder do PP. Podemos votar parte de outra emenda porque esta parte nao foi re- A Presidencia apenas esclarece ao nobre Lider do PP que o jeitada na volaifao anterior? item 3 da Ordem do Dia diz o seguinte; O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Foi essa a opiniao do Relator. "Apreciaijao. em primeiro tumo, das Propostas Como vola o PSDB?_ " Revisionais e respectivas emendas, oferecidas aos arts. O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- 14 e 17 da Conslituifao Federal (infidelidade partida- jor ) _ o PSDB encaminha o voto "sim", Sr. Presidente. ria)". O SR. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, pe^o a A questao da infidelidade partidaria, portanto, sera tratada palavra pela ordem. especificamente no item 3. O SR. PRESIDENTE - (Humberto Lucena) Tern V. Ex" a O SR. JOSE DIRCEU - muitobem, Sr. Presidente! palavara. O SR. JOSE ABRAO - Sr. Presidente, pe^o a palavra pela O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS.) Sem revi- ordem. sao do orador.) - Sr. Presidente, gostaria de urn esclarecimento de O SR. PRESIDENTE - Tern V. Ex" a palavra. V. Ex" Foi votado um requerimenlo de destaque? O SR. JOSE ABRAO (PSDB - SP. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao houve re- dor.) - Sr. Presidente, ao ser acolhida a Emenda n0 3, automatica- querimenlo de destaque. O Relator concordou com que a maleria mente nao se prejudicou a Emenda n° 4? fosse votada. O parecer, S. Ex', foi contrario. Trata-se de parle de O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao. Vamos uma emenda aglutinativa, do nobre Congressisla Gerson Peres. tcr um item so sobre a infidelidade partidaria. O SR. GERMANO RIGOTTO - O Relator concordou O SR. JOSE ABRAO - Muito obrigado. que a maleria fosse votada? O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nao esti pre- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concordou. judicada. O SR. GERMANO RIGOTTO - Nao teria de haver um Como vola o Lider do PEL? requerimenlo de destaque votado? O SR. LUIS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Sem O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Materia de revisao do orador) - Sr. Presidente, o PFL votara contrariamente a emenda aglutinativa, nao, O Relator concordou com isso porque emenda por considerar que esta materia e pertinente a legisla5ao entendeu que a emenda poderia ser considerada como aditiva. ordinaria. Consequenlemente, o voto e "nao". O SF. GERMANO RIGOTTO - Sr. Presidente, a diivida O SR. PRISCO VIANA - Sr. Presidente, pego a palavra que tcmos e a seguinte; o Relator apresentou um parecer contrario pela ordem. a emenda; no momcnto em que isso aconteceu. entendemos que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex" a esse requerimenlo de destaque" teria de ser votado, pois hi um pa- palavra. recer do Sr. Relator contrario a essa emenda. O SR. PRISCO VIANA (PPR - BA. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - E uma emen- dor.) - Sr. Presidente, e apenas no interesse do esclarecimento do da aglutinativa, a qual nao cabe destaque. Plenario. Ha realmente uma decep9ao com a ideia de que nao mais 2052 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 se podera estabelecer o instituto da fidelidade partidaria nesta revi- O SR. ERNESTO GRADELLA (PSTU - SP. Sem revisao sao. Gostaria de informar que mantivemos entendknenlos com o do orador.) - Sr. Presidente, o PSTU mantem-se em obstru9ao. Sr. Relator e, por ocasiao da volaijao do Item 3, vamos apresenlar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe90 aos Srs. uma emenda aglutinativa ao art. 14 da Constitui^ao, quando resta- Congressistas que ocupem os seus lugares, para ter inicio a vota- beleceremos toda a sistematica da fidelidade partidaria, para aten- 9ao pelo sistema eletronico. der a esse justo reclame de consolidafao dos partidos brasileiros. Solicito aos Srs. Congressistas que estao fora do recinto que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex* vem venham ao plenario votar. ao encontro do esclarecimento que eu dei. (Precede-se a votagdo) O SR. FRISCO VIAN A - Estou apenas complementando o esclarecimento preslado por V. Ex* O SR. PAULO PAIM - Sr. Presidente, V. Ex* me permite O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe?© aos Srs. dar um aviso rapido durante o processo de vota9ao? Congressistas que tomem seus lugares. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tern V. Ex' a Como votam os demais Llderes? palavra. O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisao do orador.) O SR. JERONIMO REIS (PMN - SE. Sem revisao do Sr. Presidente, desejo comunicar a Casa que, ao contrario do que orador.) - Sr. Presidente, o PMN vota "sim". afirmam alguns Llderes que voltaram do Palacio do Planalto e es- O SR. GERMANGO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi- tao dando declara9ao a imprensa, amanha havera vota9ao. A reco- sao do orador.) - Sr. Presidente, esclarefo aos colegas da bancada menda9ao do Govemo e para que nao se vote. do meu partido que o PMDB acompanha o Relator, votando Porem, o Congresso Nacional nao e quintal do Execulivo: "nao". Acreditamos que isso realmente pode propiciar que venha- quern vai decidir se havera ou nao vota9ao serao os Congressistas, mos a ter uma legislaijao ordinaria que regulamente essa questao. neste plenario. Tambem deixamos claro, para alguns colegas que estao em duvi- Parlamentares dos mais variados partidos - do PMDB, do da, que a questao da infidelidade partidaria podera ser votada mais PEL e de outros partidos - estao nos perguntando se vai haver ou adiante. Temos como recuperar a puni^ao pela troca de partido nao vota9ao. Eu nao vou afirmar que os Llderes do PPT. ou do numa emenda que ainda sera votada. O PMDB encaminha "nao", PMDB deram declara9ao, mas alerto a Casa para o fato de que nao pois a emenda que ser4 votada em seguida recupera a questao da eslamos subordinados a decisao tomada pelo Palacio do Planalto. infidelidade partidaria. Ha independencia dos Poderes, Sr. Presidente. O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisao do ora- Portanto, esta Casa, amanha, vai votar a medida provisbria dor.) - Sr. Presidente, apenas desejo lamentar que os dois grandes que trata da URV. O Parlamentar que entender que nao precisa ha- partidos desta Casa queiram cassar mandates de Parlamentares ver reajuste nos salaries dos servidores piiblicos, dos aposentados porqiie saem de partidos, optando pelo sistema draccmiano e dita- ou dos trabalhadores da area privada, e que o salario minimo tern torial, e nao respeitem a vontade popular, minha emenda nao cassa de ficar congelado em 64 dolares, que aprove na Integra a medida o mandate. Ela disciplina o comportamento partidario atraves da provisoria do Govemo; ja quern quiser votar com o Depulado suspensao temporaria, pelo partido a que o Parlamentar est4 filia- Gonzaga Motta - que e do PMDB -, que propoe que o salario mi- do, do seu mandato. nimo chegue a cem dolares no fim do ano, como deseja tambem o Isso e racional, democratico e logico. Lamentavelmente, Presidente Itamar, que o fa9a. E claro que nao e isso o que propoe existe algo que fala mais alto; a vaidade; vanitas vanitatum de al- o hoje Ministro Fernando Henrique Cardoso. guns colegas que aqui ocupam pekoes e nao querem colaborar Esta e a primeira considera9ao. para disciplinar a material E lamento que ate colegas que ja chega- Segunda considera9ao: esta escrito no projeto de lei de con- ram a elaborar, em tempos atrasados, materias parecidas com esta, versao que a reposi9ao de perdas, ao contrario do que alguns estao e as inseriram na Constitul9ao de 1967, agora recomendem o voto declarando sera feita na data-base de cada categoria. Isso e praxe e "nao". E lamentavel. sempre aconteceu, ate mesmo no tempo da diladura. I.amentamos Cassar manato nao vai contar com o meu voto, e vou pedir que, ao que parece, nem mesmo esta reda9ao esteja sendo aceita a todos os homens de bom senso desta Casa que esque9am a cas- pelos liderados do atual Presidente. sa9ao de mandato no caso de o Parlamentar sair de um partido Sao estas as rapidas considera96es que desejava fazer. A para outro. A sociedade quer ver e o comportamento do Parlamen- vola9ao acontecera amanha, neste plenario, e tenho certeza de que tar aqui dentro: quer saber se ele e fiel ao programa do seu partido, a Casa estara lotada. Assim, a sociedade brasileira vera que o Con- se ele se vende ou nao em fun9ao da materia - vende entre aspas, gresso Nacional nao e quintal do Execulivo, bem entendido; se troca de opiniao, e o que quero dizer. Sr. Presi- Concluo dizendo que o Tribunal Regional do Trabalho de dente. Sao Paulo ja decidiu que todas as perdas serao recompostas na Lamento que nao haja compreensao dos grandes Lideres, data-base. E decisao da Justi9a. pois S. Ex's dizem nao. Mas, como no voto em materia constitu- Tambem tenho certeza de que os Parlamentares que estive- cional nem sempre prevalece a recomenda9ao da Lideran9a, eu ram em Sao Paulo conversando com aqueles julzes receberam a confio na consciencia, no bom senso, na independencia dos Parla- informa9ao de que eles esperam que esta Casa cumpra a sua obri- mentares, porque esta materia vai delimilar o que querem os De- ga9ao e mande recompor as perdas pelo menos na data-base, como putados Germano Rigotto e Luis Eduardo. propoe o relatorio do Depulado Gonzaga Motta, do PMDB, Se nao estiver na Constitui9ao esta regra, a lei ordinaria se Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. submetera ao processo judicial nos tribunais, porque nao tera com- O SR. JOSE SERRA - Sr. Presidente, pe90 a palavra pela petencia para de'egar a Mesa a suspensao temporaria do mandato e ordem. nem para tansformar materia desta natureza em materia interna O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Antes de con- corporis. So a Conslitui9ao pode faze-lo. ceder a palavra ao Depulado Jose Serra, a Presidencia comunica O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Vamos votar, aos Srs. Senadores que estao em plenario ou ausentes dele que, Srs. Congressistas. apos a reuniao do Congresso Revisor, havera uma sessao extraor- Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2053 dinaria do Senado Federal para apreciaijao da redafao final do pro- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Feito o registro. jeto de decrelo legislalivo, de autoria do Deputado Jose Dirceu, O SR. CARLOS LUPI - Sr. Presidente, pe90 a palavra que dispoe sobre o processo de renuncia de Parlamentares indica- pela ordem. dos para a perda do mandato. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- O SR. JOSE SERRA (PSDB-SP. Sem revisao do orador.) lavra. - Sr. Prcsidente, qucro registrar o ato falho do Deputado Paulo O SR. CARLOS LUPI (PDT-RJ. Sem revisao do orador.) Paim, que chamou o Minislro Fernando Henrique de Presidente. - Sr. Presidente, pe90 a V. Ex' que me informe se ha previsao para Este ato talvez esteja por tras das angustias e da afobagao de S. Ex" o termino da vota9ao, porque ja observamos que o fluxo de votan- Fernando Henrique e Minislro e podera vir a ser Presidente, mas tes esta se esgotando. nao sabia que o Deputado ja tinha isso o atormentando. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia O SR. PAULO PAIM - Sr. Presidente, pe^o a palavra pela aguardara que cesse o fluxo, mas antes apela a todos os Srs. Con- ordem. gressistas, Deputados e Senadores, que se encontram em seus ga- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex* a binetes e demais dependencias da Casa, para que venham ao palavra. plenario, eis que nos encontramos em processo de vota9ao pelo O SR. PAULO PAIM (PT-RS. Sem revisao do orador.) - sistema eletronico. Sr. Presidente, so para juslificar. De falo, foi um ato falho. E que E o a pelo da Presidencia. estivc em uma reuniao no Palacio do Planalto e ao meu lado esta- O SR. ISRAEL PINHEIRO - Sr. Presidente, pe90 a pala- vam o Sr. Fernando Henrique Cardoso e, do outro, o Presidente vra pela ordem. Itamar Franco, e quem mandou na reuniao foi o Minislro ou candi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- date a Presidencia, Sr. Fernando Henrique Cardoso. Para mim, lavra. hoje, quem esti mandando neste Pais e S. Ex' O SR. ISRAEL PINHEIRO (PTB-MG. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pe^o aos Srs. orador.) - Sr. Presidente, em que pese minha extraordinaria admi- Congressistas que venham ao plenario para votar. Estamos apre- ra9ao pelo Deputado Gerson Peres, considero que esta emenda nao ciando materia da Revisao Constitucional. 6 para ser incluida na Constitui9ao brasileira. E materia de lei ordi- O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente, peifo a pala- naria. E relativa a lei eleitoral, lei partidaria, mas ouvi de um Sr. vra pela ordem. Deputado uma defini9ao melhor essa materia e de regimento inter- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V, Ex* a no, de partido politico. palavra. Estamos discutindo a fidelidade partidaria sob enfoque to- O SR. PAULO DELGADO (PT-MG. Sem revisao do ora- talmenle erroneo. A fidelidade partidaria e em virtude do sistema dor.) - Sr. Presidente, a campanha presidencial nao pode atropelar eleitoral. Atraves do sistema eleitoral e que se pode loma-la obri- as decisocs sobre a crise que estamos vivendo. Temos de interpre- gatoria. E por isso que defendemos o voto proporcional personali- tA-la com seriedade, para que possamos sair dela e para que possa zado, conhecido como voto distrital misto, porque implantando no haver cleigao presidencial. Brasil esse sistema o Deputado nao tem como mudar de partido. O Sr. Humberto Lucena, Presidente, deixa a ca- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia deira da presidencia. que e ocupada pelo Sr. Adylson quer fazer um apelo ao nobre Deputado, porque nao ha como ini- Malta, 1° Vice-Presidenle. ciir toda essa discussao novamenle. Estamos em processo de vota- 9ao. Nao quero ser indelicado, mas a Presidencia nao vai conceder O SR. CHICO VIGILANTE - Sr. Presidente, pe^o a pala- mais a palavra a nao ser para questao de ordem, a fim de manter a vra pela ordem. tranquilidade no plenario. V. Ex' pode concluir, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex* a pa- O SR. ISRAEL PINHEIRO - Sr. Presidente, perdoe-me, lavra. mas estou aproveitando o tempo. O SR. CHICO VIGILANTE (PT-DF. Sem revisao do Concluo dizendo que o sistema eleitoral e que leva a fideli- orador.) - Sr. Presidente, gostaria de indagar de V. Ex* ale que dade partidiria. Nao adianta colocar na Constitui9ao fidelidade hora iremos com esta votaf ao. partidiria, porque nao ha mecanismo que a tome obrigatoria. O O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nao existe um sistema eleitoral, sim, porque o Deputado eleito pelo distrito elei- prazo determinado, porque nao foi votada ainda a proposta que toral nao tem como mudar de partido, porque a fac9ao conlraria apresentei atraves de projeto de resolu9ao para que se estabele9a nao volara nele, ja que foi eleito anteriormente pela outra fac9ao, um limile. que se contrapoe a nova a qual aderiu. E, se foi eleito pela lista Portanto, o limite da vota9ao e o da sessao. partidaria, muito mais razao ele tem para ter respeilo a fidelidade O SR. CHICO VIGILANTE - Vinte e uma horas? A ses- partidaria, porque, do contrario obviamente, nunca mais entrar4 na sao foi prorrogada para as 21 horas. lista do partido. Logo, o sistema eleitoral e que define a fidelidade O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Vinte e uma ho- partidaria, e nao seri atraves de imposi9ao da Constitui9ao brasi- ras. Constatada, por6m a cessa9ao de fluxo nos postos avulsos e leira que teremos partidos eslaveis e doutrinariamente fortes. E o nao havendo ningu6m manifestando a vontade de votar, a Presi- que falta para sustentar a nossa democracia incipiente. dencia poderS encerrar o processo. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia O SR. ALCIDES MODESTO - Sr. Presidente, pe90 a pa- solicita aos Srs. Congressistas que pe9am a palavra apenas para lavra pela ordem. questao de ordem ou para registrar o voto que saiu errado, coisa O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- dessa ordem, porque nao deseja alimentar esse debate esteril que lavra. se trava durante o processo de vota9ao. O SR. ALCIDES MODESTO (PT-BA. Sem revisao do (Prossegue a votagdo) orador.) - Sr. Presidente, continuo em obstru9ao e, como decidi nao votar, nao registrei minha presen9a, mas gostaria de faze-lo, O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, pe9o a pala- mesmo estando em obstru9ao. vra pela ordem. 2054 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa a pa- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- lavra. lavra. O SR. EDUARDO JORGE (PT-SP. Sem revisao do ora- O SR. JORIO DE BARROS (PMDB - ES. Sem revisao dor.) - Sr. Presidente, a bancada do partido dos Trabalhadores esta do orador.) - Sr. Presidente, apesar de o Lider do PMDB ter enca- orientando o voto "sim", embora estejamos, evidentemente, em minhado contrariamente a materia, quero fazer uma ressalva. Esta- obslru^ao. mos votando a suspensao temporaria do mandato no Senado Gostaria de fazer uma observa^ao. ate para ininha bancada. Federal, na Camara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas Mesmo aqueles favoraveis a essa emenda do Depulado Gerson Pe- e nas Camaras de Vereadores, de quem pelo voto, se opuser ou se res paradoxalmente nao devem votar, porque, com o quorum bai- abstiver da deliberayao legitimamente estabelecida pela maioria xoregistrado no painel eletronico, essa emenda sera sacrificada, absoluta do diretorio nacional, regional ou municipal, Entao, o apelo que fa^o, pela Lideran^a do PT, que e favo- Essa emenda e allamente salisfaloria. Temos grandes pro- ravel a essa emenda, e para que se vole, porque. se for alingido o blemas. todos os partidos tem, com a fidelidade dos Vereadores, quorum de 240 ou 250, ela sera definitivamente abandonada. Por dos Deputados Federais e Estaduais. Seria satisfatorio que essa isso, o melhor encaminhamento, inclusive do interesse do proprio emenda fosse aprovada, para que os partidos, principalmente na Deputado Gerson Peres, 6 que nao se alcance o quorum nesta vo- area municipal, tivessem como impor aos seus Vereadores as ayo- ta^ao. es aele diretamente relacionadas. O SR. PAULO DELGADO - Sr. Presidente. peyo a pala- Por isso. Sr. Presidente, apesar de o PMDB encaminhar vra para uma questao de ordem. contrariamente, votei "sim" e sugiro aos que conhecem os parti- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- dos, os problemas locais e municipais que votem favoravelmente a lavra. emenda. O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia orador.) - Sr. Presidente, sigo a orienla^ao do partido, mas gosta- pede aos Srs. Parlamentares que ainda nao volaram para faze-lo. ria de contestar as observapdes do Deputado Israel Pmheiro, que e A Presidencia solicita aos Srs. Deputados e Senadores que admirador confesso do sistema alemao. Ha caso de fidelidade par- se encontram em seus gabinetes e demais dependencias da Casa tidaria tambem no sistema proporcional e em outros sistemas. Nao que venham ao plenario para votar. e o distrito que define a fidelidade partidaria, ao contrario do que Ainda temos sele minutos para aguardar os que nao vota- diz o Deputado Israel Pinheiro, ram. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia pede ao nobre Deputado que encerre, porque nao se trata de ques- (Prossegue a votagao) tao'de ordem. a O SR. JOSE DIRCEU - Sr. Presidente, peyo a palavra O SR. PAULO DELGADO - Pe?o desculpas a V. Ex por pela ordem. ter usado desse artificio para contestar o Deputado Israel Pinheiro, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- mas apdio integralmente a decisao de V. Ex" lavra, O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente. pe^o a palavra O SR. GASTONE RIGHI - Sr. Presidente, poyo a palavra pela ordem. a pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex a pa- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- lavra. lavra. O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisao do ora- O SR. GASTONE RIGHI (PTB - SP. Sem revisao do ora- dor.) - Sr. Presidente, dado o tempo decorrido e devido a relevan- dor.) - Sr. Presidente, a Presidencia declarou, ha onze minutos, de cia dessa materia, pediria a V. Ex" que encerrasse a votagao ou viva voz, que daria dez minutos, nao prorrogaveis, de prazo para estabelecesse um prazo para seu encerramento. estender esta votayao. Considerava que dez minutos constitulam O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia tempo suficiente ate para o deslocamento de qualquer Parlamentar aguardara ate as 19h e 30 rain. de seu gabinete este plenario. Todos os Srs. Parlamentares ja foram alertados. Mesmo es- Eram 19hl7min. e, portanto, decorreram os dez minutos tando em seus gabinetes e demais dependencias da Casa, e possi- concedidos por V. Ex' Nao fiz nenhuma ressalva, assim como to- vel chegarem ao plenario em dez rainutos. Entao, este e o prazo dos aqui presentes, mas V. Ex" deve manter rigorosamente sua de- estabelecido pela Presidencia. cisao. O SR. SIDNEY DE MIGUEL - Sr. Presidente, pe^o a pa O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia I avra pela ordem. anunciou essa decisao e a cumprira rigorosamente. Apenas quer esclarecer que esta havendo uma diferenya de horarios. Calculei o O SR. PRESIDENTE - Tem V. Ex" a palavra. prazo baseado no relogio do plenario e ele se encerraria as 19h30 O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ. Sem revisao do min. Faltam dois minutos. Apenas para constar, esses dez minutos orador.) - Sr. Presidente, o Partido Verde esta em obstruyao e as- foram concedidos depois de transcorridos mais de vinte minutos. sim nos manteremos mesmo com o quorum tecnico alcanyado. O SR. GASTONE RIGHI - Nao tenho duvidas. Gostariamos de ver encerrada a votayao para nao prejudicar a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia o emenda do Deputado Gerson Peres. Acredito que nao necessita- cumprira rigorosamente. mos de dez minutos. Cinco minutos seriam suficientes para aque- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia les que ja estao mmo ao plenario realizar seus votos. pergunta se algum dos Srs. Parlamentares nao votou, e deseja faze- O SR. JORIO DE BARROS - Sr. Presidente. peyo a pala- lo. Temos um minuto. vra, nao para uma questao de ordem. ate porque, se V. Ex" disser A Presidencia pede pressa aos Srs. Parlamentares, pois vai que este microfone so pode ser usado para questoes de ordem, vai encerrar a votayao, para se cumprir o que ficou estabelecido. impor um silencio a este Plenario, o que nos nao gostariamos que Nao havendo mais ninguem nos postos avulsos, encerra-se acontecesse. i a votayao. Mar^ode 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2055 VOTAM OS SRS. CONGRESS! ST AS: Ceara Roraima Antonio dos Santos - BIoco - Nao Alceste Almeida - PTB - Nao Ariosto Holanda - PSDB - Nao Francisco Rodrigucs - PTB - Nao Carlos Benevides - PMDB - Sim Joao Fagundes - PMDB - Nao Carlos Virgilio - PPR - Nao Julio Cabral - PP - Nao Cid Saboia de Carvalho - PMDB - Nao Marluce Pinto - PTB - Nao Jose Linhares - PP - Nao Ruben Bento - BIoco - Nao Luiz Pontes - PSDB - Sim Amapa Marco Penaforte - PSDB - Sim Mauro Benevides - PMDB - Nao Fatima Pcales - BIoco - Nao Mauro Sampaio - PMDB - Sim Gilvani Borges - PMDB - Nao Moroni Torgan - PSDB - Sim Henrique Almeida - PFL - Nao Sergio Machado - PSDB - Sim Jonas Pinheiro - PTB - Nao Ubiratan Aguiar - PSDB - Sim Murilo Pinheiro - BIoco - Nao Vicente Fialho - BIoco - Nao Sergio Barcellos - BIoco - Sim Piaui Para B. Sa-PP-Nao Alacid Nunes - BIoco - Nao Chagas Rodrigues - PSDB - Nao Almir Gabriel - PSDB - Sim Ciro Nogueira - BIoco - Nao Carlos Kayath - FFB - Nao Felipe Mendes - PPR - Sim Coutinho Jorge - PMDB - Nao Hugo Naopoleao - PFL - Nao Domingos Juvcnil - PMDB - Sim Jesus Tajra - BIoco - Nao Eliel Rodrigues - PMDB - Sim Joao Henrique - PMDB - Nao Herminio Calvinho - PMDB - Sim Jose Luiz Maia - PPR - Sim Jarbas Passarinho - PPR - Sim Lucidio Portella - PPR - Nao Mario Martins - PMDB - Sim Murilo Rezende - PMDB - Nao Nicias Ribeiro - PMDB - Sim Mussa Demes - BIoco - Nao Paulo Titan - PMDB - Nao Paes Landim - BIoco - Sim Amazonas Rio Grande do Norte Atila Lins - BIoco - Nao Dario Pereira - PFL - Nao Aureo Mello - PRN - Nao Garibaldi Alves Filho - PMDB - Nao Carlos De'Carli - PPR - Nao Marcos Formiga - PSDB - Sim Euler Ribeiro - PMDB - Nao Joao Thome - PMDB - Nao - Paraiba Paudemey Avelino - PPR - Nao Antonio Mariz - PMDB - Nao Ronddnia Humberto Lucena - PMDB - Abste^ao Ivandro Cunha Lima - PMDB - Nao Aparicio Carvalho- SDB - Sim Jose Luiz Clerot - PMDB - Nao Pascoal Novaes - PSD - Nao Jose Maranhao — PMDB - Sim Ronaldo Aragao - PMDB - Sim Zuca Moreira - PMDB - Sim Acre Pernambuco Aluizio Bezerra - PMDB - Nao Gilson Machado - BIoco - Nao Celia Mendes - PMDB - Nao Inocencio Oliveira - BIoco - Nao Flaviano Melo - PMDB - Nao Jose Jorge - BIoco - Nao Joao Maia - PP - Nao Jose Mendon9a Bezerra - BIoco - Nao Mauri Sergio - PMDB - Nao Jose Mucio Monteiro - BIoco - Nao Nabor Junior - PMDB - Nao Mansueto de Lavor — PMDB — Nao Zila Bezerra - PMDB - Nao Marco Maciel - PFL - Nao Tocantins Maurilio Ferreira Lima - PSDB - Sim Carlos Palrocinio - PFI. - Nao Maviael Cavalcanti — BIoco - Sim Darci Coelho - BIoco - Nao Pedro Correia - BIoco - Nao Dcrval de Paiva - PMDB - Nao Roberto Magalhaes - BIoco - Nao Freire Junior - PMDB - Nao Salatiel Carvalho - PP - Nao Merval Pimenta - PMDB - Nao Tony Gel - BIoco — Nao Osvaldo Rcis - PP - Nao Alagoas Maranhao Augusto Farias - BIoco - Nao Cesar Bandeira - BIoco - Nao Cleto Falcao - PSD - Nao Costa Ferreira - PP - Nao Divaldo Suruagy - PMDB - Nao Epilacio Cafeteira - PPR - Nao Guilherme Palmeira - PFL - Nao Haroldo Saboia - PT - Sim Jose Thomaz Nono - PMDB - Nao Pedro Novais - PMDB - Sim Olavo Calhciros - PMDB - Nao 2056 Quinla-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Teotdnio Vilela Filho - PSDB - Sim Rio de Janeiro Vitorio Malta - PPR - Sim Aldir Cabral - Bloco - Nao Sergipe Arolde de Oliveira - Bloco - Nao Albano Franco - PSDB - Sim Artur da Tavola - PSDB - Sim Djenal Gonfalves - PSDB - Sim Flavio Palmier da Veiga - PSDB - Nao Everaldo de Oliveira - Bloco - Nao Jair Bolsonaro - PPR - Nao Francisco Rollemberg - PMN - Sim Laprovita Vieira - PP - Nao Jeronimo Reis - PMN - Sim Nelson Cameiro - PP - Absten^ao Jose Teles - PPR - Sim Roberto Campos - PPR - Sim Messias Gois - Bloco - Nao Rubem Medina - Bloco - Nao Pedro Valadares - PP - Nao Sandra Cavalcanti - PPR - Nao Bahia Vladimir Palmeira - PT - Sim Angelo Magalhaes - Bloco - Nao Sao Paulo Carlos Sant'Anna - PMDB - Nao Alberto Goldman - PMDB - Sim Eraldo Tinoco - Bloco - Nao Alberto Haddad - PP - Nao Felix Mendon^a - PTB - Nao Aloizio Mercadante - PT - Sim Geddel Vieira Lima - PMDB - Abstencjao Armando Pinheiro - PPR - Sim Jairo Azi - Bloco - Nao Beto Mansur - PPR - Sim Jairo Cameiro - Bloco - Nao Carlos Nelson - PMDB - Nao Joao Carlos Bacelar - Bloco - Nao Eduardo Jorge - PT - Sim Jorge Yhoury - Bloco - Nao Eduardo Suplicy - PT - Sim Josaphat Marinho - PFL - Nao Eva Blay - PSDB - Nao Jose Carlos Aleluia - Bloco - Nao Fibio Feldmann - PSDB - Sim Jose Falcao - Bloco - Nao Fausto Rocha - PL - Nao Jose Louren^o - PPR - Sim Geraldo Alckmin Filho - PSDB - Sim Jutahy Junior - PSDB - Nao Heitor Franco - PPR - Sim Luis Eduardo - Bloco - Nao Joao Mellao Neto - PL - Sim Manoel Castro - Bloco - Sim Jorge Tadeu Mudalen - PMDB - Nao Marcos Medrado - PP - Nao Jose Abrao - PSDB - Sim Nestor Duarte - PMDB - Nao Jose Anibal - PSDB - Sim Pedro Irujo - PMDB - Nao Jose Cicote - PT - Sim Prisco Viana - PPR - Sim Jose Dirceu - PT - Sim Sergio Brito - PSD - Nao Jose Serra - PSDB - Sim Tourinho Dantas - Bloco - Nao Yoyu Iha - PSDB - Sim Luiz Carlos Santos - PMDB - Sim Minas Gerais Luiz Miximo - PSDB - Sim Alfredo Campos - PMDB - Nao Maluly Netto - Bloco - Nao Aloisio Vasconcelos - PMDB - Nao Marcelino Romano Machado - PPR - Sim Armando Costa - PMDB - Sim Marcelo Barbieri - PMDB - Nao Avelino Costa - PPR - Sim Maurici Mariano - PMDB - Nao Felipe Neri - PMDB - Nao Mendes Botelho - PP - Nao Genesio Bernardino - PMDB - Nao Oswaldo Stecca - PMDB - Nao Ibrahim Abi-Ackel - PPR - Nao Paulo Novaes - PMDB - Nao Israel Pinheiro - PTB - Nao Pedro Pavao - PPR - Sim Lael Varella - Bloco - Nao Tadashi Kuriki - PPR - N3o Leopoldo Bessone - PTB - Nao Tuga Angerami - PSDB - Nao Marcos Lima - PMDB - Nao Vadao Gomes - PP - Nao Mario de Oliveira - PP - Nao Walter Mory - PMDB - Nao Odelmo Leao - PP - Sim Paulo Deldado - PT - Sim Mato Grosso Romel Anisio - PP - Nao Augustinho Freitas - PP - Nao Ronaldo Perim - PMDB - Nao Jonas Pinheiro - Bloco - Nao Ronan Tito - PMDB - Nao Louremberg Nunes Rocha - PPR - N5o Tarclsio Delgado - PMDB - Nao Mircio Lacerda - PMDB - Nao Tilden Santiago - PT - Sim Rodrigues Palmas - PTB - Nao Zaire Rezende - PMDB - Nao Distrito Federal Espirito Santo Augusto Carvalho -PPS-Nao Armando Viola - PMDB - Nao Goias Gerson Camata - PMDB - Nao Delio Braz - Bloco - Nao Herlvecio Castello - PT - Sim Haley Margon - PMDB - Nao Joao Calmon - PMDB - Nao Iram Saraiva - PMDB - Nao Jorio de Barros - PMDB - Sim Irapuan Costa Junior - PP - Nao Mar9o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2057 Joao Natal - PMDB - Nao Odacir Klein - PMDB - Nao Lazaro Barbosa - PMDB - Nao Osvaldo Bender - PPR - Nao Luiz Soyer - PMDB - Nao Pedro Simon - PMDB - Nao Maria Valadao - PPR - Sim Telmo Kirst - PPR - Sim Mauro Miranda - PMDB - Nao Victor Faccioni - PPR - Sim Paulo Mandarino - PPR - Nao Ronaldo Caiado - Bloco - Nao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Nao ha quorum Vilmar Rocha - Bloco - Nao para delibera9ao. A Presidencia vai, portanto, encerrar a presenle Virmondes Cruvinel - PMDB - Nao sessao, mas antes comunica aos Srs. Parlamentares que logo a se- Mato Grosso do Sul guir havera reuniao do Senado. Amanha pela manha, as lOh, have- ra reuniao do Congresso Nacional e, as 14h, reuniao do Congresso George Takimoto - Bloco - Nao Jose Elias - PTB - Sim Re visor. Levy Dias - PPR - Nao Se algum dos Srs. Parlamentares quiser apenas registrar seu voto, a Presidencia dara a eles oportunidade de faze-lo. Marilu Guimaraes - Bloco - Nao Valter Pereira - PMDB - Nao O SR. CHAFIC FARHAT — Sr. Presidente, pe90 a palavra Waldir Guerra - Bloco - Nao pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- Parana lavra. Antonio Ueno - Bloco - Nao O SR.CHAFIC FARHAT (PPR — SP. Sem revisao do ora- Basilio Villani - PPR - Nao dor.) - Sr. Presidente, para registrar o voto "nao". Carlos Scarpelini - PP - Sim O SR. PAULO ROCHA — Sr. Presidente, pe9o a palavra Deni Schwartz - PSDB - Sim pela ordem. Edi Siliprandi - PSD - Nao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex* a pa- Fl&vio Ams - PSDB - Nao lavra. Joni Varisco - PMDB - Nao Jose Richa - PSDB - Sim O SR. PAULO ROCHA (PT - PA. Sem revisao do ora- Luciano Pizzatto - Bloco - Nao dor.) - Sr. Presidente, cheguei apos a vota9ao. Solicita a V. Ex" Luiz Carlos Hauly - PP - Nao que registre minha presen9a Munhoz da Rocha - PSDB - Nao O SR. JOAO PAULO - Sr. Presidente, pe9o a palavra pela Otto Cunha - PPR - Nao ordem. Reinhold Slephaanes - Bloco - Nao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- Renato Johnsson - PP - Sim lavra. Werner Wanderer - Bloco - Nao O SR. JOAO PAULO (PT - MG. Sem revisao do orador.) Wilson Moreira - PSDB - Sim - Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presen9a. Santa Catarina O SR. WILSON CAMPOS - Sr. Presidente, pe90 a pala- vra pela ordem. Angela Amin - PPR - Nao O SR." PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- Cesar Souza - Bloco - Nao lavra. Dejandir Dalpasquale - PMDB - Nao O SR. WILSON CAMPOS (PSDB - PE. Sem revisao do Dirceu Cameiro - PSDB - Nao orador.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presen9a. Edison Andrino - PMDB - Nao O SR. NIL MA RIO MIRANDA - Sr. Presidente, pe90 a Hugo Biehl - PPR - Sim palavra pela ordem. Luiz Henrique - PMDB - Nao O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- Neuto de Conto - PMDB - Nao lavra. Orlando Pacheco - PSD - Nlo O SR. NILMARIO MIRANDA (PT - MG. Sem revisao Paulo Duarte - PPR - Nao do orador.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presen9a. Ruberval Pilotto - PPR - Sim O SR. ALBERTO GOLDMAN - Sr. Presidente, pe9o a Valdir Colatto - PMDB - Nao palavra pela ordem. Vasco Furlan - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Rio Grande do Sul pede ao Deputado Alberto Goldman que aguarde os registros de Adroaldo Streck - PSDB - Nao voto. Solicito a cada Parlamentar que decline o nome antes de ex- Adylson Motla - PPR - Sim poro seu voto. Amo Magarinos - PPR - Nao O SR. LEZIO SATHLER - Sr. Presidente, pe9o a palavra Carlos Azambuza - PPR - Sim pela ordem. Celso Bemardi - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- Eden Pedroso - PT - Sim lavra. Fernando Carrion - PPR - Sim O SR. LEZIO SATHLER (PSDB - ES. Sem revisao do Fetter Junior - PPR - Nao orador.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar o meu voto "sim". Germano Rigotto - PMDB - Nao O SRA. BENEDITA DA SILVA - Sr. Presidente, pe9o a Ivo Mainardi ■ PMDB - Nao palavra pela ordem. Joao de Deus Antunes - PPR - Sim O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- Luiz Roberto Ponte - PMDB - Nao lavra. Nelson Jobim - PMDB - Nao O SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Sem revisao Nelson Proen9a - PMDB - Nao da oradora.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presen9a. 2058 Quinta-feira 24 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 O JOAO MENDES - St. Presidente, pefo a palavra pela O SR. PINGA FOGO DE OLIVEIRA (PDT - PR. Sem ordem. revisao do orador.) - Sr. Presidente, estou presente e em obslru- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- gao. lavra. O SR. ALCIDES MODESTE - Sr. Presidente, pego a pa- O SR. JOAO MENDES (PTB - RJ. Sem revisao do ora- lavra pela ordem. dor.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presen^a. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a O SR. EDUARDO JORGE - Sr. Presidente, peyo a pala- palavra. vra pela ordem. O SR. ALCIDES MODESTO (PT - BA. Sem revisao do O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a orador.) - Sr. Presidente, estou presente e em obstrugao palavra. O SR. ROBERTO BALESTRA - Sr. Presidente, pego a O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP - Sem revisao do palavra pela ordem. orador.) - Sr. Presidente, quero registrar que a bancada do PT se O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a encontrava em obstru9ao. Inclusive, quando estavamos defenden- palavra. do a emenda, houve uma orientagao no sentido de que nem todos O SR. ROBERTO BALESTRA (PPR - GO. Sem revisao do meu partido registrassem seus votos, para proteger a emenda e do orador.) - Sr. Presidente, meu voto e "nao". possibilitar a sua volta. Quero registrar que a bancada inteira esta- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia va presente no plenario. quer apenas dizer que, por uma falha, foi exposto o voto, e que A SRA. IRMA PASSONI - Sr. Presidente. peijo a palavra tem razao o Deputado Gastone Righi; pelo menos esta 6 a orienta- pela ordem. gao deste Deputado. Procuramos evitar a abertura do voto ate para O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a nao influenciar na votagao de amanha. palavra. O SR. MAURICIO CALIXTO - Sr. Presidente, pego a A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Sem revisao da ora- palavra pela ordem. dora.) - Sr. Presidente, gostaria de registrar a minha presenga. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a O SR. RICARDO MORAES - Sr. Presidente, pego a pala- palavra. vra pela ordem. O SR. MAURICIO CALIXTO (Bloco Parlamentar - RO, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, meu voto e "nao". palavra. O SR. JOSE DUTRA - Sr. Presidente, pego a palavra pela O SR. RICARDO MORAES (PSB - AM. Sem revisao do ordem, orador.) Sr. Presidente, gostaria de registrar minha presenga. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- O SR. SIDNEY DE MIGUEL - Sr. Presidente, pego a pa- lavra, lavra pela ordem. O SR. JOSE DUTRA (PMDB - AM. Sem revisao do ora- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a dor.) - Sr. Presidente, voto "nao". palavra. O SR. ALBERTO GOLDMAN - Sr. Presidente, pego a O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ. Sem revisao do palavra pela ordem. orador.) - Sr. Presidente, o Partido Verde se manteve em obstru- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V, Ex' a pa- gao. Pot isso, nao registrei meu voto. lavra. O SR. EDUARDO SUPLICY - Sr. Presidente, pego a pa- O SR. ALBERTO GOLDMAN (PMDB - SP. Sem revi- lavra pela ordem. sao do orador.) - Sr. Presidente, temos notado o trabalho de algu- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a mas bancadas no processo de obstrugao. A obstrugao e plenamenle palavra. valida no Parlamenlo, A nao votagao e perfeitamente valida. No O SR. EDUARDO SUPLICY (PT - SP. Sem revisao do entanto, esta me parecendo que, em alguns casos, a declaragao Li- orador.) - Sr. Presidente, fago um apelo aos Srs. Senadores para derangas de bancada de que o partido esta em obstrugao vem per- que comparegam a sessao extraordinaria do Senado, que se reali- mitindo que Deputados que nao se encontram presentes no zara agora, para exame do projeto do Deputado Jose Dirceu. Infor- Plenario nem na Casa tenham certa cobertura. mo tambem que ha um pedido de urgencia assinado pelos Srs. Solicito a V. Ex' que estude uma formula de aqueles Depu- Lideres, relativamente ao projeto do Deputado Tilden Santiago, tados que estao em obstrugao, depois de declarada a votagao, se que eleva de tres para oito anos o periodo de inelegibilidade da- manifestarem - e apenas eles se manifestarem - verbalmente ou queles que forem cassados por falta de decoro parlamentar. Dessa ate atraves do painel. Aqueles que estao em obstrugao e que nao maneira, o Senado podera apreciar tanto o projeto do Deputado votaram, mas que estao na Casa, devem manifestar seus votos ou Jose Dirceu como o do Deputado Tilden Santiago. suas presengas, mesmo estando em obstrugao. Os jomais tem publicado, por exemplo, que a bancada "tal" O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta feita a co- nao esteve presente. No entanto, assinalam que nao.esteve presen- municagao do Senador Eduardo Suplicy. te, porque em obstrugao. Muitos desses Deputados em obstrugao O SR. JOSE MARIA EYMAEL - Sr. Presidente, pego a estao presentes. E essa e a forma correta de se fazer obstrugao. palavra pela ordem. Mas muitos estao fazendo obstrugao em suas casas e nao aqui no O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Exa. a Plenario. palavra. Entao, e precise que V. Ex°, atraves da declaragao de voto O SR. JOSE MARIA EYMAEL (PPR - SP. Sem revisao ou mesmo no proprio painel, no momento em que se encerrar a do orador.) - Sr. Presidents, meu voto e "sim." discussao, exija que os Deputados declarem suas presengas, em O SR. PINGA FOGO DE OLIVEIRA - Sr. presidente, obstrugao, para que os que nao estejam presentes nao recebam as pego a palavra pela ordem. devidas vantagens, fazendo obstrugao longe da Casa. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - V. Exa. tem a O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia le- palavra. vara a manifestagao feita pelo nobre Deputado Alberto Goldman a Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 25 2059 reuniao da Mesa, embora ja exista essa preocupa^ao. Inclusive, es- tar - declaram sua posi9ao de obstru9ao. Presen9a sim, em obstru- tamos estudando a possibilidade de se fazer uma listagem separada 9ao. Al, esta perfeito. Seja de viva voz ou no painel, numa lista se- no painel. A dificuldade e de ordem tecnica. Mas ha a preocupa- parada. Isso e fundamental para evilar que se confundam 9ao. obstrucionistas com gazeleiros. O SR. GASTONE RIGHI - Sr. Presidente, pego a palavra O SR. SAMIR TANNUS - Sr. Presidente, pe90 a palavra pela ordem, pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Adylson Molta) - Concede a pala- O SR PRESIDENTE (Adylson Molta) - Tem V. Ex" a pa- vra, pela ordem, a V. Ex' lavra. O SR. GASTONE RIGHI (PT - SP. Sem revisao do ora- O SR. SAMIR TANNUS (PPR - MG. Sem revisao do dor.) - Sr. Presidente, minha intervenijao e quase uma conlradita, orador.) - Sr. Presidente, apenas para registrar minha presen9a. nao para me opor o pensamento central do Deputado Alberto O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta feito o re- Goldman, mas para deixar manifestado o meu protesto. gistro. A imprensa, apesar da declara^ao de obstruijao das Lideran- O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pe90 a palavra fas, amparada no Regimento, que e lei. afirma que assim que for pela ordem. anunciada a obstru^ao nao serao considerados ausentes os Deputa- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- dos pertencentes a bancada que faz a obslru^ao. Os jomas tem di- lavra. vulgado como nao votantes ou ausentes Parlamentares integrantes O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Sem revisao do ora- de bancadas que se declaram em obstru^ao. dor.) - Sr. Presidente, quero dizer que eslou presente, e nao votei, Enlao, ao contrario do Deputado Alberto Goldman, quero seguindo orienta9ao da minha bancada. protestar contra isso, dizendo a Presidencia que e indispensavel a O SR. PAULO LIMA - Sr. Presidente, pe90 a palavra pela anotaijao dos presentes, atraves de lisla de present a anterior ou ordem. posterior. Sao duas coisas diferentes: ha os que votaram e os que O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex" a pa- estao presentes. lavra. Se isso nao for feito, na realidade, prevalecera tanta duvida O SR. PAULO LIMA (Bloco Parlamentar - SP. Sem revi- do Deputado Alberto Goldman como a minha. S. Ex* afirma que sao do orador.) - Sr. Presidente, apenas para registrar minha pre- os que estao ausentes se beneficiam com uma declara9ao de obs- sen9a. lni9ao. Eu afirmo o contrario, ou seja, que aqueles que estao pre- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nada mais ha- sentes sao declarados ausentes, apesar do Hdimo direito de vendo a tratar, encerro a presente sessao. obstru9ao. E precise resolver o problema. Desejo apenas lembrar que havera sessao no Senado Fede- O SR. ALBERTO GOLDMAN - Sr. Presidente, pe90 a ral. Houve um apelo para que os Senadores se dirigissem para la, palavra pela ordem. feito, inclusive de viva voz, pelo Senador Eduardo Suplicy. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex* a pa- Amanha, as 10 boras, teremos sessao do Congresso Nacio- lavra, nal e, as 14 horas, sessao do Congresso Revisor. O SR. ALBERTO GOLDMAN (PMDB - SP. Sem revi- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Esta encerrada a sao do orador.) - Sr. Presidente, nao e bem para contraditar. Aque- sessao. les que estao presentes, exercendo seu Hdimo direito de obstru9ao, (Levanta-se a sessao as 19h39min) depois da vota9ao - e exatamente o sistema que a Mesa deve ado- MESA DO CONGRESSO NACIONAL

PRESIDENTE Senador IILMBERTO LUCENA

1? VICE-PRES1DENTE Deputado ADYLSON MOTTA

2? VICE-PRESIDENTE Senador LEVY DIAS

1? SECRETARIO Deputado WILSON CAMPOS

2? SECRETARIO Senador NABOR JUNIOR

3? SECRETARIO Deputado AECIO NEVES

4? SECRETARIO Senador NELSON WEDEKIN DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREgO DE ASSINATURA

(inclusas as despesas de correio via terrestre)

SECAOI (CSmara dos Deputados)

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SEQAOII (Senado Federal)

Semestral CR$3.620,00

I. avulso CR$30,00

Os pedidos devem ser acompanhados de cheque pagdvel em Brasilia, Nota de Empenho ou Ordem de Pagamento pela Caixa Econ6mica Federal - Agencia 1386 - PAB-CEGRAF, conta corrente n0 920001-2 e/ou pelo Banco do Brasil - Ag&icia 0452-9 - CENTRAL, conta corrente n0 55560204/4, a favor do

CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL

Pra?a dos Tres Poderes - Brasilia - DF CEP: 70160-900

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do Senado Federal

RevIsta (Je iNfoRMAQAO LEqiskiivA n.0 118 — abril/iunho 1993 Leia neste numero: O perfil constitucional do Estado contemporaneo: o Estado democrdtico de direiio Inocencio Mdrtires Coelho As limitaQfies ao exerctcio da refbrma constitucional e a aupla revis3o Maria Elizabeth GuimarSes Teixeira Rocha Controle exierno do Poder Judiciirio Jose Eduardo Sabo Paes Loucura e prodigalidadc a luz do direito e da psicanalise Cldvis Figueiredo Sette Bicalho e Osmar Brina Corria Lima

Ma nesau cdkpio: Coostrufio e desconstnifSo do discurso cuhuralista na polibca afikana do Brasil. Josi FltMo Sombra Saratva O Distrito Federal nas Constituifdct e oa revisio consntuckmal de Histdria das id&os penais na Alemanha oo pds-guerra. WtnfneJ 1993. GilbtnoTristao Hassemer A ConsatuifSo de 1988 e oa Municfpios bnaikvos. Dieter BrOhl Aspectos do discuno juridico-penal (material e formal) e sua A Juxtifa Miiitar estaduai Atvam Lazrarmi ilegitimidade. Sirgio Lutz SouzaAraujo A declara^fio de mconstitucionaiidade sem a proaiincia da nulidade Proceso, democrada y humamzacidn Juan Marcos Rtvero da lei — UnverrinbarteilserkJSnmg — na jurisprudancu da Sdnchez Corte Coostitucional aleml. Gllmar Ferrelra MentJes 0 combate k corrup^io e A cnndnalidade no Brasil: cruzadas e Da responsabilidade do Estado por atos de juiz em face da Coasti- refbrmas. Geraldo Brindetro tuijlode 1988. A. B. Cotrim Neto Lidetanfa paHamentar. Roslnelhe Monteiro Scares Servi9o publico — fuo^ic piiblica — tipicidade — criidrioa disds- CoosideTafAei acerca de um cddigo de idea e decora parlarnentar. tivoa. Hugo Gueirai Bemardes Rubem Noguelra Consideraf&es atuais sob re o controle da discnoooanedade. Luix Entraves 8 adoflo do pariamentarismo no Brasil. Carlos Alberto Antoruo Scares Hentz BittarFUho Sistema brasileiro de controle da constitucionalidade. Sara Maria Usucapiio uroano. Rogirio M. Leite Chaves Stroher Paes 0 Cddigo do Coosumidor e o princlpio da continuidade dos servi- O controle interno de legaiidade polos Pro fo* publtcot comerciais e mduatriais. Adriano Perdcto de Paula curadores do Estado. Cteia Cardoso Dos cootratos de seguro-sauda do Brasil. Maria Leonor Baplisla Tutela juridica sob re as rescrvas extratrvistas. Mmoel Eduardo Jourdan Alves Camargo e Gomes e Ltdz Daniel Feiippt A nova regulameotaflo das arbitragens. Otto Eduardo Vizeu Git LogisLafio ambiental brasiletra — evduffc) histdoca do direito Os bancos multiploe e o direito de recesso. Amoldo Wald ambiental. Am Helen Wainer 0 dano moral e os dirertos da cnanva e oo addescente. Roberto Princfpios gerais de direito ambiental iatemacional e a pollbca Sertise Lisboa ambiental brasileira. Paulo Affonso Lane Machado A Aids perame o direito. Llcinio Barbosa

SEMMfam ParaioiiciUr catAlogo de prefot, eacreva para HC« SHHTWM Df DOOMXTACAO E WWHMAfAO Senado Federal, SubaeaetaiiadeEdifAesTAcaicai SUBSECSfTAPlA DE EtAfOES TECWCAS Pr*9* ooaTri* Podwea, Anexo 1, 21.' mcUr 70163-900 Brasilia. DF Os pedidos avulsos ou de as si nature anual deverto ser Telefooss: (061)311-3578, 3379 s 3589 acompanhadoa de cheque norninaj A Subsecretaria de EdifAea Fax; (0611311-4251 e 321-7333 • Tdex; (061)1337 Ticnicas do Senado Federal, ou de vale postal remeddo A Venda dircU ao usuArio no Senado Federal: agAncia APT Senado (do valor total JA estarAo mdufdos os Via N-2, Unidade de Apoio 1 (fuodoa do C EG RAF, peio ssta- acre jcimos referentes A remessa pda ECT). cionunenlo A eaquerda) Subsecretaria de Edi^oes Tecnicas

do Senado Federal

Novas publica^oes

ELABORANDO A CONSTITUigAO NACIONAL

Edi^ao fac-similar da obra Elaborando a Constituigdo Nacioiial. de Jose Affonso Mendon^a de Azevcdo: atas da Subcomissao elaboradora do Anteprojeto Constitucional de 1932/1933.

LEGISLAgAO INDIGENISTA

Coletanea de textos juridicos e legisla?ao corrclaia relatives aos dircitos indi'genas.

FONTES DE INFORMAgOES SOBRE A ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE Dcscri^ao dos acervos da Assembldia Nacional Constituintc de 1987.

Outros titulos

CONSTITUigAO DA REPtJBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUADRO COMPARATIVO Texlode 1988 comparado asConstitui^oes de 1946c 1967e aEmendaConstitucional n0 1, de 1969.

CONSTITUigOES ESTADUAIS - 1989 5 Volumes. Textos das Constiluit/oes estaduais promulgadas em 1989; Indicc comparalivo.

CONSTITUigAO FEDERAL BRASILEIRA Comentarios por Joao Barbalho U. C. Edi^ao fac-similar dos comentarios a Constitui^ao federal de 1891.

Os pedidos dcvcrao ser acompanhados de cheque nominal a Subsecretaria de Ediqocs Tecnicas do Senado Federal, ou de vale postal rcmctido a agenda APT Senado (no valor total jd eslarao inclufdos os acrdscimos referentes a remessa pela ECT). Para solicitar catdlogo de pre^os, escreva para Senado Federal, Subsecretaria de Ediqoes Tdcnicas Praqa dos Trcs Poderes. Anexo I, 22° andar. Ccp 70165-900, Brasilia - DF Telefones; (061) 311-3578, 3579 c 3589. Fax.: '061) 311-4258 e 321-7333. Telex- (061) 1357 Central de venda direta ao usudrio: Via N-2, Unidade de Apoio 1 (fundos do CEGRAF, pelo estacionamento a esquerda) CODIGO DE PROTE^AO E

DEFESA DO CONSUMIDOR

- Lei n" 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Dispoe sobre a prote^ao do consumidor e da outras providencias - Dispositivos vetados e razdes dos vetos - Legislagao correlata - Indice tematico

Lan^amento Cr$ 800,00

A venda na Subsecretaria de Edi96es Tecnicas - Senado Federal, Anexo I, 22° andar - Pra9a dos Tres Poderes, CEP 70160 - Brasilia, DF - Telefones 311-3578 e 311-3579.

Os pedidos a serem atendidos atraves da ECT deverao ser acrescidos de 50% (cinqiienta por cento) de sen valor para a cobertura das respectivas despesas postais e acompanhados de cheque nominal a Subsecretaria de Edi95es Tecnicas do Senado Federal ou de vale postal remetido a Agencia ECT do Senado CGA 470775. REVISTA DE INFORMAQAO

LEGISLATIVA N5108

(outubro a dezembro de 1990)

Esta circulando o n2108 da Revista de Informagdo Legislativa, periodo trimestral de pesquisa jundica, editada pela Subsecretaria de Edigdes Tecnicas do Senado Federal. Este numero, com 330 paginas, contem as seguintes matdrias:

Direito, Estado e Estado de Direito - Inocencio Mar- titulos para preenchimento de cargo ou empre- tires Coelho go publico - Josd Leone Cordeiro Leite As eleigoes de 1990 - Ministro Sydney Sanches Principios basicos da administragao publica - Jarbas A disciplina constitucional das crises economico-fi- MaranhSo nanceiras - Manoel Gongalves Ferreira Filho Auto-regulagdo e mercado de opgdes - Arnoldo A reforma monetaria e a retengdo dos ativos liquidos Wald no Piano Brasil Novo - Diogo de Figueiredo Os contratos de adesdo e o sancionamento de clau Moreira Neto sulas abusivas - Carlos Alberto Bittar Novas fungdes e estrutura do Poder Judiciario na A Carta e o crime - N. P. Teixeira dos Santos ConstituigSo de 1988: uma introdugSo - Silvio O direito da personalidade como direito natural geral. Dobrowolski Corrente naturalista classica - Iduna E. Wei- O mandado de injungao, os direitos sociais e a justiga nert constitucional - Paulo Lopo Saraiva Pesquisas em seres humanos - Antonio Chaves Norma constitucional e efic^cia (Sngulos trabalhis- Prolegdmenos para la reflexidn penal-criminologica tas) - Paulo Em/7/o Ftibeiro de Vilhena sobre el derecho a culminar la vida com digni- Controle da Administragao Publica pelo Tribunal de dad (I9 eutanasia) - Antonio Beristain Contas - Odete Medauar Kirchmann e a negagSo do carater cientifico da cien- Meio ambiente e protegao penal - Rend Ariel Dotti cia do Direito - Elza Roxane Alvares Saldanha A Constituigao Federal de 1988 e as infragdes penais As chamadas prescrigdes "negativa" e "positiva" militares - Alvaro Lazzarini no Direito Civil Brasileiro e Portugues, se- Administragao na Constituigao - Sebast&o Baptista melhangas e diferengas - Luiz R. Nunes Affonso Padilla Servidores publicos- regime iinico - EuripedesCar- A constitucionalizagao da autonomia universitaria - valho Pimenta Edivaldo M. Boaventura Da exigibilidade de limites de idade e da eleigdo de Dm projeto de desenvolvimento socio-economico critdrios de desempate fundados em idade, em integrado para a RegiSo Oeste do Parana - concurso publico de provas ou de provas e Rossini Correa e Nelton Friedrich

A venda na Subsecretaria Assinatura para 1991 de Edigdes Tecnicas - (n^s 109 a 112); Senado Federal, Anexo I, 223 andar - Praga dos Tres Poderes, CEP 70160- Brasilia. DF - Cr$ 4.500,00 Telefones: 311-3578 e 311-3579

Os pedidos deverao ser acompanhados de cheque nominal a Subsecretaria de Edigdes Tecnicas do Senado Federal ou de vale postal remetido a Agencia ECT Senado Federal - CGA 470775. CENTRO GRAFICO DO SENADO FEDERAL

I M PRIM IN DO A HISTORIA DO CONGRESSO NAC.IONAL

EDigAo DE HOJE: 64 PAGINAS