AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DR. FRANCISCO FERNANDES LOPES

PROJETO EDUCATIVO

Tanto caminho caminhado e tanto ainda por caminhar. Este é o caminho, … continuemos caminhando, porque é caminhando que o caminho e caminhantes se irão descobrindo.

2018-2021

VERSÃO INTEGRAL PROJETO EDUCATIVO 2018-2021

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Índice

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Índice ...... 2 Introdução ...... 6 Diagnóstico estratégico...... 14 Análise SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats ...... 16 Forças - vantagens competitivas internas (PONTOS FORTES) ...... 18 Fraquezas - vulnerabilidades da organização (PONTOS FRACOS) ...... 19 Oportunidades - forças externas favoráveis ...... 20 Ameaças - obstáculos externos ...... 21 Matriz SWOT ...... 22 Formulação Estratégica ...... 24 Missão ...... 26 Visão ...... 27 Valores ...... 28 Política de Qualidade ...... 29 Objetivos estratégicos ...... 31 Objetivos Operacionais e Ações a desenvolver ...... 34 Avaliação do Projeto Educativo ...... 40 Aprovação do Projeto Educativo ...... 44 Divulgação do Projeto Educativo ...... 48 Anexos ...... 52 Anexo A - Contexto e Caracterização Geral do Agrupamento ...... 54 O Patrono ...... 56 Caracterização do concelho de Olhão ...... 57 Caracterização do Agrupamento ...... 66 Alunos ...... 66 Habilitações Literárias dos Encarregados de Educação ...... 67 Histórico dos resultados escolares dos alunos ...... 68 Sucesso escolar na avaliação externa ...... 68 Sucesso escolar na avaliação interna ...... 70 Interrupção precoce do percurso escolar ...... 77 Recursos humanos ...... 81 Pessoal docente ...... 81 Pessoal não docente ...... 81 4 Instalações ...... 82 Oferta educativa e formativa ...... 83 Projetos ...... 84

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Anexo B – Siglas e Abreviaturas ...... 85 Anexo C – Glossário ...... 85 Anexo D – Quadro Normativo ...... 85 Anexo E – Bibliografia de Referência ...... 85

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Introdução

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O Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Fernandes Lopes, doravante designado por AEFFL, entrou em funcionamento no final do ano escolar 2011/2012, mais precisamente no dia 3 de julho de 2012, com a tomada de posse da comissão administrativa provisória, na sequência da homologação da sua criação, por despacho de 28 de junho de 2012, de Sua Excelência o Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar.

A unidade organizacional, resultante dos processos de agregação previstos nos artigos 6.º e 7.º do decreto-lei n.º 75/2008, de 22 de abril, foi constituída pela integração dos seguintes estabelecimentos da educação pré-escolar e escolas de diferentes níveis e ciclos de ensino: Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes1 (sede do agrupamento), JI da e EB1 da Fuseta e Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos Dr. João Lúcio2, unidades orgânicas que integravam o extinto Agrupamento3 de Escolas Dr. João Lúcio, e EB1/JI de Moncarapacho e

1 A Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, implantada no centro da cidade de Olhão, é a única escola de ensino secundário existente no concelho. Herdeira da antiga Escola Industrial de Olhão, outrora situada no Largo da Feira, este estabelecimento de ensino é fruto das reformas da política educativa do pós-25 de Abril de 1974 e entrou em funcionamento no ano letivo de 1977/78 no espaço que ainda hoje ocupa. A sua construção remonta, pois, aos anos 70 do século passado e obedece a um modelo, de origem sueca, constituído inicialmente por vários blocos com uma estrutura de betão armado, a saber: Bloco Administrativo, Bloco Norte, Bloco Sul, Bloco Oficinal e Pavilhão Gimnodesportivo. Nos anos 90, procedeu-se à união dos diferentes blocos por um passadiço coberto e, em 2002, construiu-se um novo bloco, designado por Bloco Oeste (ou Bloco Novo). Para além destes edifícios que ocupam no seu todo mais de 8.500m², possui ainda uma área de campos de jogos e de zonas verdes, perfazendo uma área total de 22.844m². Foi a partir dos anos 90 que a Escola adotou como patrono o Dr. Francisco Fernandes Lopes (passando, então, a designar-se pelo nome que hoje tem), prestando deste modo homenagem a uma das mais ilustres figuras olhanenses que, abdicando de uma promissora carreira como médico e homem de letras e cultura, se dedicou de «alma e coração» à sua «terra cubista». Este estabelecimento de ensino beneficiou do Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário, funcionando em edifício completamente requalificado, desde 2012/2013. 2 A funcionar desde 1988, a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos do Dr. João Lúcio fica localizada em Bias do Sul (Lat.: 37º 3` 32`` N; Long.: 7º 45` 25`` W), na freguesia de Moncarapacho, concelho de Olhão, distrito de Faro. Dista cerca de 6 Km da vila de Moncarapacho e cerca de 2 Km da vila da Fuseta. Denominada Escola Preparatória e Secundária (C+S) da Fuseta, albergou no ano de início cerca de 500 alunos, distribuídos por 8 turmas de 2.º ciclo do ensino básico e por 12 turmas de 3º ciclo do ensino básico, 24 não docentes e 46 docentes. Neste mesmo ano viu alterada a sua designação para Escola Preparatória e Secundária (C+S) do Dr. João Lúcio. O patrono da Escola, Dr. João Lúcio, nasceu em Olhão em 4 de julho de 1880 e faleceu na terra que o viu nascer, em 1918. João Lúcio foi figura prestigiada e de valor excecional na Jurisprudência, Parlamento, Artes e Letras. Sendo o pai um grande proprietário rural, sempre desejou que o filho estudasse agronomia. No entanto, João Lúcio sempre revelaria grande inclinação pelas artes e poesia (seus primeiros versos foram publicados no periódico "O Olhanense" com apenas 12 anos) e decidiu cursar Direito em Coimbra, onde criou um periódico estudantil - "Ecos da Academia" - e, para a festa de fim de curso, em 1902, escreveu a peça "Até que enfim!"... Após o curso, abriu escritório em Olhão e em poucos anos ganhou fama de um dos melhores advogados do . Politicamente foi um monárquico convicto, amigo e apoiante de João Franco, o responsável por uma ditadura que ao tentar impor alguma ordem aos últimos anos da Monarquia, foi responsável pelo crescimento dos ódios contra a mesma monarquia e à sua queda definitiva. Por ser um orador influente, foi eleito deputado franquista em 1906 e posteriormente foi Presidente da Câmara de Olhão. Após a implantação da República, em 1910, ainda voltou a ser deputado pela minoria monárquica. João Lúcio foi um poeta naturalista, romântico e sonhador, tanto na política, na escrita, como noutras áreas da sua vida. Após o acidente trágico que vitimou o seu filho varão (a avó, que sofria de senilidade, deixou-o cair de uma janela), João Lúcio resolveu encontrar um local onde conseguisse um maior isolamento espiritual. Iniciou por isso a construção em 1916 duma moradia perto de Olhão, o chamado Chalé de Marim, escondido no pinhal da sua Quinta de Marim, local rico de lendas sobre mouras encantadas, e que ainda hoje pode ser visitado junto ao Parque de Campismo de Olhão, pois foi transformado em Ecoteca. Pelo seu exotismo, é considerado como um exemplo máximo da arquitetura simbolista em (existe apenas outro exemplar nacional: a extraordinária Quinta da Regaleira, em Sintra). 8 3 Em 2000/2001, na sequência do Despacho de 20 de maio de 1999, de Sua Excelência o Secretário de Estado da Administração Educativa, entra em pleno funcionamento o Agrupamento Vertical de Escolas Dr. João Lúcio constituído pelos seguintes estabelecimentos de educação e de ensino: a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos com Ensino Secundário do Dr. João Lúcio (Sede do Agrupamento), Escola Básica do 1.º Ciclo da Fuseta, Escola Básica do 1.º Ciclo de Bias, Escola Básica do 1.º Ciclo de Moncarapacho, Escola Básica do 1.º Ciclo da Maragota, Escola Básica do 1.º Ciclo do Pereiro, Escola Básica do 1.º Ciclo de Estiramanténs, Jardim de Infância da Fuseta e Jardim de Infância de Moncarapacho.

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Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos Dr. António João Eusébio4, unidades orgânicas que integravam o extinto Agrupamento5 de Escolas de Moncarapacho. Das 6 unidades que o constituem, uma localiza-se na sede do concelho de Olhão (Escola Dr. Francisco Fernandes Lopes) e as restantes na freguesia de Moncarapacho-Fuseta.

Decorrida a fase de consolidação desta unidade organizacional, retomamos o caminho construído até aqui, na esperança e com a vontade de descobrir novos «lugares», novas formas de «agir» e novos «sonhos», que nos permitam enfrentar os desafios e as complexidades de práticas educativas na sociedade atual. Para alcançar uma formação plena do aluno, a Escola precisa repensar «para que» e «por que» está formando os seus alunos. E instigá-los a recuperar os valores que parecem esquecidos pela sociedade moderna. Valores como a paz, a solidariedade, a harmonia, a igualdade e a honestidade, a relação homem- natureza, são imprescindíveis na busca de totalidade como condição plena para toda sociedade.

Na sequência das recentes medidas educativas do XXI Governo Constitucional, nomeadamente O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória6 e o Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular7, estão reunidas condições externas importantes para que, no nosso caminho, possamos focar a nossa atenção e esforços numa educação holística dos nossos alunos, garantindo-lhes as ferramentas que lhes permitam ser autónomos, críticos e capazes de responder aos desafios perante os quais se encontrem, isto é, numa educação que se enquadre (assim prevemos) nas exigências do século XXI.

Pensar a Escola enquanto lugar de decisão e de gestão curricular é pensar a prática pedagógica

A entrada em funcionamento do Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho implicou, no ano letivo 2002/2003, uma nova configuração do Agrupamento com sede na Escola Dr. João Lúcio que passou a incluir, para além da Escola Sede, as Escolas Básicas do 1.º Ciclo da Fuseta e de Bias e o Jardim de Infância da Fuseta. 4 António João Eusébio nasceu em Moncarapacho, concelho de Olhão, a 10 de janeiro de 1915 e faleceu em 2000. Filho de modestos agricultores, foi com muito sacrifício que conseguiu frequentar e concluir a licenciatura em Diplomática Consular e Aduaneira e, mais tarde, em Finanças e Administração Comercial, no Instituto Superior de Económicas e Financeiras, da Universidade Técnica de Lisboa. Depois de ter sido professor do Ensino Técnico em Évora e em Lisboa, entrou para o quadro da Inspeção Geral de Finanças, tendo- se tornado um dos maiores empresários nacionais do seu ramo, do século XX. Das várias empresas que criou, salienta-se o Grupo Sumol, empresas que se dedicam à produção e comercialização dos produtos Sumol e também de outras bebidas de marcas internacionais, que formam o grupo líder do mercado. Dotado de grande espírito empreendedor e de uma invulgar capacidade de inovação para a época (década de 50 do século passado), foi o principal responsável pela criação da primeira bebida de sumo de fruta pasteurizada a surgir em Portugal. O Dr. António João Eusébio, além de se ter distinguido como empresário, nunca descurou de duas vertentes de importância vital: a Cultura e a Ação Social. Foi por isso considerado uma personalidade de sólida cultura geral, mantendo porém uma clara preferência por elementos de caráter técnico e científicos relacionados com a alimentação, engenharia, gestão industrial, marketing, sendo também interessado pela música (popular e clássica), literatura e poesia. 5 Em 27 de maio de 2002, por Despacho do Senhor Diretor Regional Adjunto da DREAlg, foi homologada a criação do Agrupamento Vertical de Escolas de Moncarapacho, que entrou em funcionamento no ano letivo 2002/2003, integrando os seguintes 9 estabelecimentos de educação e de ensino: Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. António João Eusébio (Sede do Agrupamento, sito na vila de Moncarapacho), Escola Básica do 1.º Ciclo de Moncarapacho, Escola Básica do 1.º Ciclo da Maragota, Escola Básica do 1.º Ciclo do Pereiro, Escola Básica do 1.º Ciclo de Estiramanténs e Jardim de Infância de Moncarapacho. 6 Despacho n.º 6478/2017, de 26 de julho. 7 Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho.

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enquanto atividade de investigação e de intervenção para a mudança, isto é, pensar a Escola enquanto espaço de reflexão e de diálogo entre os diferentes intervenientes em presença e pensar que essa reflexão favorece a emergência de uma nova cultura escolar, tendo como referencial O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, homologado pelo Despacho n.º 6478/2017, de 26 de julho. É este entendimento de Escola e de currículo que se deseja ver instituído na organização escolar e nas práticas pedagógicas. Os docentes são, neste processo, uma peça fundamental como configuradores de práticas de gestão curricular que sejam indutoras de mudança e de melhoria da qualidade da educação, que responda satisfatoriamente a todos os alunos, garantindo-lhes um bom apetrechamento educativo – sendo que esses todos são cada vez mais diferentes.

Não podemos, no entanto, pensar que a mudança para uma lógica de inclusão, de exigência e de rigor se faz sem a existência de um forte desejo de o querer fazer e de uma forte consciência ideológica do que isso implica do ponto de vista social. É necessário que se reconheça o ato educativo como ato social e a Escola como uma organização promotora de mudanças sociais ou, pelo menos, preparada para responder aos desafios colocados pela sociedade. Estes papéis da Escola e estes desafios implicam mudanças, nomeadamente ao nível das formas de organizar e pensar o currículo. É necessário instituir modos de trabalho dentro da Escola que estruturem novas relações entre os docentes, nomeadamente o fomento de uma cultura de trabalho colaborativo, e novos processos e modos de trabalho pedagógico. É neste quadro que se situa a gestão curricular. Ela pressupõe a criação de condições básicas, mas determinantes, e a existência de dispositivos que conduzam à melhoria das situações de ensino-aprendizagem e de organização do próprio currículo. Pensar a Escola desta forma é pensá-la como organização com uma identidade própria e com uma autonomia e poder de decisão, onde todos se envolvem.

Para levarmos a efeito as nossas intenções e vontades é fundamental “desenhar” um documento orientador da vida no Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Fernandes Lopes – Projeto Educativo, documento que nos conduza ao autoquestionamento sobre a nossa identidade, sobre aquilo que somos, ou, que gostaríamos de ser, e como poderemos reduzir a distância entre o que somos e o que gostaríamos de ser como comunidade educativa, adquirindo assim simultaneamente um valor simbólico para os seus membros e um valor operatório na medida em que orienta as ações concretas a promover. 10

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O conceito de Projeto Educativo8 encontra-se umbilicalmente associado ao de autonomia dos estabelecimentos de educação e de ensino. No plano normativo, o conceito de autonomia tem sido reiteradamente afirmado pela capacidade das escolas poder em formular e executar o seu projeto educativo próprio, concretizando as opções dos seus membros em torno de valores, princípios educacionais, prioridades e orientações organizacionais e pedagógicas. No plano teórico, a autonomia institucional das escolas supõe a realização, no plano da ação, de um percurso ou itinerário educacional (sobredeterminado pela política educativa do Estado e respetiva interpretação local) em constante processo de autorrevisão e continuamente mobilizado por diferentes e conflituais perspetivas e intervenções dos atores educativos.

O nosso Projeto Educativo foi concebido com base no projeto anterior, depois de feitos os reparos resultantes da reflexão dos resultados obtidos durante a sua vigência e da procura de respostas às novas exigências da política educativa, que, entretanto, se verificaram no ano de 2017, e, ainda, no plano de melhoria definido no ano letivo 2012/2013, em resultado da integração do AEFFL no programa de intervenção designado por «Territórios Educativos de Intervenção Prioritária de Terceira Geração» (TEIP3)9.

Esperamos que o projeto educativo, agora apresentado, não venha a ser entendido como um mero documento de planeamento da ação educativa - um objeto verbal que se idolatra ou que se olvida, mas que não tem um sentido, isto é, não permite autodesafiar-se como instrumento de interpretação da ação em curso. O projeto educativo só é utilmente escrito se for inscrito na prática educativa.

O Projeto Educativo que preconizamos é, sobretudo, um contrato que compromete e vincula todos os membros da comunidade educativa a uma finalidade comum. É o resultado de um consenso que se forma após uma análise de dados, de necessidades e expectativas. Elaborar o Projeto, mais do que um trabalho dirigido para a consecução de um instrumento de caráter administrativo e burocrático, é uma oportunidade – sobretudo para os docentes – de falar, de rever e de pôr em comum os mecanismos instrutivos, formativos e organizativos da Escola onde trabalhamos.

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8 Cf. Artigo 9.º do regime de autonomia, administração e gestão, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho. 9 No ano letivo 2012/2013, o Agrupamento foi integrado no Terceiro Programa de Territorização de Políticas Educativas de Intervenção Prioritária (TEIP3).

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Entendido como princípio identificador e planificador de toda a ação educativa, o Projeto Educativo deverá cumprir o seguinte: 1. Constituir-se ponto de referência para a gestão e tomada de decisões dos órgãos de administração e gestão escolar e dos agentes educativos; 2. Garantir a unidade de ação nas diferentes dimensões da Escola, evitando atitudes desgarradas; 3. Apoiar a contextualização curricular de cursos ou de turmas, adequando o ensino às características e motivações dos alunos, bem como harmonizando a atuação dos professores nestes casos; 4. Promover a congruência dos aspetos organizativos e administrativos com a função predominantemente educativa e pedagógica da Escola; 5. Estimular a revisão de normas, regulamentos internos e rotinas de funcionamento escolar à luz das opções nele expressas.

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Diagnóstico estratégico

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O diagnóstico estratégico, tarefa fundamental na elaboração deste projeto educativo, resultou da análise e reflexão sobre a informação recolhida e sistematizada a partir dos relatórios TEIP, semestrais e anuais, dos relatórios de autoavaliação do agrupamento e das análises trimestrais dos resultados escolares dos alunos, bem como da auscultação da comunidade educativa.

O diagnóstico estratégico tem por objetivo identificar e avaliar os fatores internos e externos que influenciam a vida do AEFFL como forma de provocar a reflexão e o amadurecimento das soluções para os problemas identificados.

Como organização escolar, o AEFFL age em interação com o meio-ambiente em que atua. A avaliação das condições oferecidas pelo meio e a resposta que a organização apresenta fazem parte do processo de avaliação diagnóstica, nomeadamente através da identificação dos seus pontos fortes e dos seus pontos fracos e através do reconhecimento das ameaças e oportunidades que do exterior condicionam o seu desenvolvimento.

Análise SWOT10 - Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats

Com base nos contributos referidos, foi efetuada a análise SWOT, instrumento de gestão estratégica utilizado no planeamento e que conjuga a análise do ambiente interno do AEFFL, destacando os seus pontos fortes e fracos, e da sua envolvente externa, identificando as principais tendências atuais, classificadas como oportunidades ou ameaças.

No que respeita à vertente interna, foram tidos em conta aspetos relacionados com tecnologia, pessoas, processos, estratégia e meios (financeiros, humanos e materiais). Para o elenco de pontos fortes, foram consideradas as vantagens internas da organização e, para os pontos fracos, as respetivas desvantagens. Presumiu-se que, pelo seu caráter interno, seriam influenciáveis pela organização.

Ao nível da envolvente externa, foram evidenciadas as vantagens a retirar das oportunidades presentes e preocupações com a atenuação das consequências das ameaças. Nesta vertente, foram considerados: conjuntura socioeconómica, enquadramento sociogeográfico, estrutura demográfica, condicionalismos legais e concorrência. Na análise de oportunidades foram evidenciados os aspetos positivos da envolvente, com impacto significativo na organização. Pelo contrário, para a sistematização das ameaças procurou-se inventariar as condições externas negativas que se encontram fora do controlo da organização. 16

10 O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

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PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

. Aplicação da técnica de Benchmarking como um . Desempenho escolar dos alunos processo contínuo de medição e de implementação . Comportamentos disruptivos que levam à indisciplina de melhorias . Expectativas dos alunos e das famílias . Diversidade de oferta educativa e formativa . Planeamento estratégico da autoavaliação . Existência de Gabinete de Apoio ao Aluno e à . Replicação, entre pares, dos conhecimentos obtidos em Família ações de formação . Participação em projetos de âmbito local, regional, . Concretização de uma estratégia global de divulgação e de nacional e internacional promoção da imagem do Agrupamento . Celebração de parcerias e protocolos com . Ineficácia dos apoios pedagógicos acrescidos diferentes entidades, públicas e privadas. . Participação dos Pais e EE, essencialmente no ensino . Inclusão de alunos com NEE secundário . Elevada qualificação dos RH . Qualidade do parque escolar do Agrupamento . Diversidade de atividades . Monitorização e avaliação dos resultados escolares e da indisciplina . Oferta do Ensino Secundário

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

. Parcerias com instituições locais e regionais . Situação sociocultural e económica das famílias . Integração do Agrupamento no Terceiro Programa de . Debilidade do tecido económico e empresarial do Territorização de Políticas Educativas de Intervenção Concelho Prioritária (TEIP3) . Restrições orçamentais que condicionam a ação da . Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular11 gestão financeira e pedagógica do agrupamento . Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória12 . Desalinhamento entre o Perfil dos alunos à saída da . Especificidades do Algarve (património cultural e natural) Escolaridade Obrigatória e o Projeto de Autonomia como elementos distintivos de uma oferta turística por e Flexibilidade Curricular e as provas de exame que excelência determinam o acesso ao ensino superior . Excessiva e permanente produção legislativa e normativa em matéria de educação por parte do poder político . Insuficiência de assistentes operacionais . Obsolescência do parque informático

17 11 O projeto de autonomia e flexibilidade curricular, em regime de experiência pedagógica, define os princípios e regras orientadores da conceção, operacionalização e avaliação do currículo dos ensinos básico e secundário, de modo a alcançar o Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória (anexo ao Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho) 12 Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho criado nos termos do Despacho n.º 9311/2016, de 21 de julho, e homologado pelo Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho

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Forças - vantagens competitivas internas (PONTOS FORTES)

Vantagens Descrição

Aplicação da técnica de Benchmarking Troca de experiências (boas práticas) entre todos os Agrupamentos Escolares do concelho de como um processo contínuo de medição Olhão (todos integrados no Programa TEIP). e de implementação de melhorias

Educação Pré-Escolar, Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos), PIEF (2.º e 3.º CEB), CEF (Tipo2 e Tipo Diversidade de oferta educativa e 3), Ensino Secundário Regular (4 áreas dos Cursos Científico -Humanísticos), Curso Artístico Especializado de Música (em articulação com o Conservatório de Música de Olhão), Ensino formativa Secundário - Cursos Profissionais (14 cursos), Cursos EFA (níveis básico e secundário), Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL), Centro Qualifica (CQ).

Existência de Gabinete de Apoio ao Acompanhamento e apoio a alunos e famílias em situações de risco (problemas comportamentais, carências económicas; poucas competências parentais, com processo aberto Aluno e à Família na CPCJ, entre outros).

Projetos de âmbito local, regional, nacional e internacional, com resultados positivos a nível da Participação em projetos de âmbito interação com a comunidade e do intercâmbio cultural, nomeadamente, Jornal Escolar, Projeto de Educação para a Saúde, Francisquíadas, Desporto Escolar, Autonomia e Flexibilidade local, regional, nacional e internacional Curricular, Medidas de Promoção do Sucesso Educativo, CANSAT, Projeto PLATON, Probótica, Erasmus+.

O estabelecimento de protocolos e parcerias com entidades públicas e privadas, para além de uma obrigação legal, é um objetivo estratégico deste agrupamento escolar. A celebração de Celebração de parcerias e protocolos protocolos e parcerias tem promovido ações de cooperação entre as partes e com benefícios para alunos, docentes e não docentes. É de destacar, entre os vários parceiros, algumas com diferentes entidades, públicas e entidades/ instituições que têm tido um impacto significativo na vida do Agrupamento, privadas nomeadamente, Câmara Municipal de Olhão, Universidade de Évora, Universidade do Algarve, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, Tribunal, Centro Distrital da Segurança Social, Centro de Saúde, GNR, PSP, e micro, pequenas e médias empresas do concelho de Olhão.

O processo de referenciação dos alunos com necessidades educativas especiais e a sua integração são alvo de trabalho profícuo do Agrupamento. É realizado o acompanhamento das medidas educativas diferenciadas através de uma equipa de profissionais responsáveis, num trabalho articulado com os conselhos de turma e os departamentos curriculares. As parcerias Inclusão de alunos com NEE implementadas, nesta área, têm contribuído para a adequada resposta e sucesso alcançado no apoio específico aos alunos e na sua inclusão no mercado de trabalho. A existência da Unidade de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência, na Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, tem constituído uma resposta educativa de qualidade a estes alunos, tanto para a realização de aprendizagens como para a sua socialização.

A especialização e a qualificação dos recursos humanos (pessoal docente e pessoal não docente) Elevada qualificação dos RH conferem credibilidade e consistência à prestação de um serviço público de qualidade.

Qualidade dos recursos físicos (áreas letivas e não letivas) e materiais (infraestruturas, equipamentos e software necessários à implementação de novas práticas organizacionais, nomeadamente, no âmbito da gestão de processos e de pessoas e gestão do processo de ensino e de aprendizagem), existentes nos estabelecimentos de educação e de ensino. Qualidade do parque escolar do OBS.: rede de área local, computadores, videoprojetores, quadros interativos, câmaras de vídeo vigilância, sistemas de segurança contra a intrusão, etc. (que facilitam o desenvolvimento de Agrupamento ações que tenham como suporte pacotes de software como a URL, Moodle, e-learning, correio eletrónico, Facebook, gestão de pessoal, gestão de alunos, gestão de ASE, Contabilidade, etc.). Existência de Pavilhões Desportivos e Sala Multiusos. Existência de Bibliotecas Escolares, integradas na RBE, dotadas de um conjunto de infraestruturas, sistemas de informação, e recursos físicos, materiais e humanos. Atividades de enriquecimento curricular e de complemento curricular., por exemplo, atividades no âmbito do Desporto Escolar, e atividades inseridas no Plano Anual, nomeadamente, Diversidade de atividades Francisquíadas, Feira do Livro, Batalha dos Livros, Regresso ao Futuro, Maratona de Cartas 2017 - Amnistia Internacional, Olimpíadas da Língua Portuguesa, Olimpíadas da Matemática, Mostra da Oferta Formativa, Semana da Juventude, Semana do Ambiente, Dia da Criança, etc..

Monitorização e avaliação dos Práticas de monitorização e avaliação dos resultados escolares e da indisciplina, com resultados escolares e da indisciplina repercussão nas decisões relativas à organização do processo de ensino e aprendizagem e no bom desempenho dos alunos e da prevenção da indisciplina.

Oferta do Ensino Secundário Único Agrupamento Escolar do concelho de Olhão com oferta do Ensino Secundário. 18

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Fraquezas - vulnerabilidades da organização (PONTOS FRACOS)

Fraquezas Descrição

Resultados médios comparativamente ao verificado a nível nacional (ano letivo 2016/2017), verificando-se as seguintes distâncias da taxa de sucesso para o valor nacional: Ensino Básico Regular (-1,77%), cujos valores são: 1.º ano (-0%), 2.º ano (2,44%), 3.º ano (-1,65%), 4.º ano (-9,11%), 5.º ano (2,95%), 6.º ano (5,52%), 7.º ano Desempenho escolar dos alunos (4,09%), 8.º ano (1,78%) e 9.º ano (-0,33%); Ensino Secundário Regular (-3,59%), cujos valores são: 10.º ano (0,31%), 11.º ano (-5,17%) e 12.º ano (-5,97%); Ensino Profissional (3,22%), cujos valores são: 1.º ano (-2,91%), 2.º ano (0,09%) e 3.º ano (11,31%). OBS.: Ver ANEXO A

Comportamentos disruptivos que levam Número elevado de casos de indisciplina, cuja causa principal está nos à indisciplina constrangimentos sociais envolventes.

Fracas expectativas de um número significativo de alunos face ao futuro. É de destacar que as expetativas não se devem apenas entender no âmbito dos percursos individuais Expectativas dos alunos e das famílias mas sobretudo nos contextos de socialização (aprendizagem de papéis) que motivam ou excluem a importância da Escola (relevando contextos familiares e grupais locais em crise – valores; degradação de condições de existência).

Planeamento estratégico da autoavaliação, que garanta a existência de um Planeamento estratégico da procedimento global e sistemático de autoavaliação, que propicie a construção de autoavaliação planos de melhoria mais abrangentes e sustentados, focados nas fragilidades identificadas e devidamente monitorizados, com impacto no planeamento, na organização e nas práticas profissionais.

Replicação, entre pares, dos Replicação, entre pares, dos conhecimentos obtidos em ações de formação, no sentido conhecimentos obtidos em ações de de intensificar as práticas de inovação e renovação metodológica e científica e reforçar formação o seu impacto na qualidade do ensino e das aprendizagens e nos resultados escolares

Concretização de uma estratégia global Concretização de uma estratégia global de divulgação e de promoção da imagem do de divulgação e de promoção da Agrupamento, como forma de reforçar as expectativas da comunidade e captar novos imagem do Agrupamento alunos.

Ineficácia dos apoios pedagógicos Fraca produtividade das aulas de apoio pedagógico acrescido nas disciplinas de Português, Matemática e Inglês, resultante, principalmente, do horário de realização acrescidos daquelas aulas (no final do dia), o que potencia a frequência irregular e/ou nula da maioria dos alunos propostos.

Fraca participação dos pais/E.E. das escolas do Agrupamento, bem como a qualidade Participação dos Pais e EE dessa participação.

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Oportunidades - forças externas favoráveis

Oportunidades Descrição

Existência de parcerias com a Câmara Municipal de Olhão, a Junta de Freguesia de Moncarapacho-Fuseta, a Divisão de Ação Social da Câmara Municipal de Olhão, Biblioteca Municipal de Olhão, Casa da Juventude de Olhão, Rede de Bibliotecas de Olhão, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Olhão, o Parcerias com instituições locais e regionais Centro de Saúde de Olhão, o Centro Distrital da Segurança Social – Protocolo do Rendimento Social de Inserção, a Administração Regional de Saúde do Algarve – Serviço de Prevenção da Toxicodependência, a Comissão de Dissuasão da Toxicodependência, a Paróquia de Moncarapacho e a Delegação de Faro da Cruz Vermelha Portuguesa, a GNR (Escola Segura), entre outras.

Integração do Agrupamento no Terceiro A possibilidade de respostas TEIP a situações problemáticas do concelho Programa de Territorização de Políticas (exclusão económica e social). Obs.: Todos os Agrupamentos de Escolas do Educativas de Intervenção Prioritária (TEIP3) Concelho estão integrados no Programa TEIP3. Raramente o poder político confia nas escolas, de forma tão explícita, o exercício de uma maior autonomia na organização e gestão curricular, assumindo o papel central dos professores no desenvolvimento curricular, para promover aprendizagens que visem alcançar as competências definidas no Perfil Projeto de Autonomia e Flexibilidade do Aluno, em diálogo com as famílias e os restantes parceiros da comunidade. A Curricular possibilidade de gerir parte da carga horária das disciplinas e de as organizar de modos variados (por semestre, por ano ou de outros modos) são aspetos inovadores e marcam uma mudança de paradigma curricular. Isto permite que as decisões das escolas incidam sobre aspectos marcantes de uma real concretização de flexibilização curricular. O alargamento da escolaridade obrigatória para doze anos obriga a repensar as suas finalidades, o currículo e os processos de ensino e aprendizagem e o documento “Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória” constitui um Perfil dos alunos à saída da Escolaridade referencial estruturante para a educação escolar dos próximos anos, tendo em conta aquela realidade. Ao perfil do aluno definido deverá corresponder um Obrigatória novo perfil de escola e um novo de professor. A sua operacionalização implica alterações curriculares e de funcionamento das escolas, que se pretendem graduais, sustentadas e duradouras, de forma a poder contribuir de maneira decisiva na formação e no sucesso da escolarização dos alunos. Especificidades do Algarve (património cultural e natural) como elementos O AEFFL localiza-se na região do Algarve, zona do país com as maiores potencialidades na área do “turismo de qualidade”, vetor estratégico distintivos de uma oferta turística por fundamental para o país. excelência

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Ameaças - obstáculos externos

Ameaças Descrição

Situação sociocultural e económica das Baixa escolaridade dos pais e situação precária de emprego. famílias

Debilidade do tecido económico e Abandono das atividades produtivas (pesca, agricultura, transformadora / conserveira), crise no setor da construção civil, sazonalidade económica, entre empresarial do Concelho outras.

O orçamento do Agrupamento tem uma dotação (aquém das necessidades identificadas no seu projeto de orçamento) e conta em princípio com ela para as despesas que tem para fazer ao longo do ano civil. Tendo como base o Restrições orçamentais que condicionam a orçamento atribuído para cada ano civil, o conselho administrativo do ação da gestão financeira e pedagógica do Agrupamento cria os seus compromissos, em que nalguns casos as despesas até podem não estar comprometidas, mas estão previstas, são despesas que em agrupamento princípio são necessárias. Quando, de repente, acontece uma cativação para além do normal, isso cria um problema de gestão adicional, em termos de aquisição de bens e serviços com reflexos negativos na vida da organização escolar. Em suma, estes cenários repetem-se em consequência do controlo do défice a que Portugal está sujeito, por compromissos internacionais.

O facto de coexistirem programas de 1989 e metas da revisão da estrutura Desalinhamento entre o Perfil dos alunos à curricular de 2012, com pressupostos incompatíveis o que poderá induzir a saída da Escolaridade Obrigatória e o Projeto práticas pedagógicas profundamente contraditórias com os princípios de Autonomia e Flexibilidade Curricular e as orientadores definidos no Perfil do Aluno e no Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular. Para além disso, a forma de se concretizar o Ensino provas de exame que determinam o acesso Secundário como fase final da escolaridade obrigatória coerente com o Perfil ao ensino superior dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, deveria considerar os exames nacionais apenas com implicações ao nível da conclusão e certificação do Ensino Secundário e não como instrumento de acesso ao Ensino Superior.

A excessiva e permanente produção legislativa e normativa em matéria de educação contribui para o agravamento dos disfuncionamentos e para a fraca Excessiva e permanente produção legislativa produtividade do próprio sistema educativo, já que a cada legislatura e normativa em matéria de educação por corresponde, quase sempre, por exemplo, uma reforma curricular que surge parte do poder político sem avaliações prévias dos regimes alterados e pouco explícita quanto aos recursos necessários para a sua execução. As alterações frequentes na definição das regras e dos princípios orientadores são constrangimentos importantes ao desenvolvimento do projeto educativo do Agrupamento.

O número de assistentes operacionais existente é insuficiente, face às exigências atuais de funcionamento (horário, número de turmas, número de alunos com NEE que carecem de acompanhamento individualizado, tarefas Insuficiência de assistentes operacionais exigidas de acordo com o seu conteúdo funcional, etc.) e à situação resultante de problemas de saúde permanentes que afetam um número significativo de unidades.

Obsolescência do parque informático, nomeadamente de um número significativo de equipamentos informáticos (servidores de dados/aplicacionais e Obsolescência do parque informático desktop PC’s).

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Matriz SWOT

Os resultados do diagnóstico podem ser sistematizados numa matriz síntese – matriz SWOT. São assim delimitados quatro campos através do cruzamento entre pontos fracos e pontos fortes, ameaças e oportunidades. A leitura resultante deste cruzamento permite avaliar o nível de exposição do AEFFL a forças exteriores e, em consequência, as manobras estratégicas a empreender para o desenvolvimento da sua ação.

AMBIENTE INTERNO

PONTOS FRACOS/ FRAQUEZAS PONTOS FORTES/ FORÇAS

escolares e da e escolares

divulgação de e

iva

como como um processo

Matriz SWOT

resultados

ualificaçãoRH dos

Benchmarking

formação

indisciplina

internacional

públicas e privadas e públicas

avaliaçãodos

Participação dos Pais e EE e ParticipaçãoPais dos

Diversidade de atividades Diversidade de

e

Inclusão de alunos comalunosNEE de Inclusão

Elevada q Elevada

Oferta do Ensino Secundário Ensino doOferta

Diversidade de oferta formatofertaDiversidade de

Desempenhoalunosdosescolar

Expetativas dos alunos e dasfamílias e alunosdos Expetativas

promoçãoimagemAgrupamento do da

Planeamento estratégico daautoavaliação Planeamentoestratégico

Ineficácia dos apoios pedagógicosapoiosdos acrescidosIneficácia

Qualidade do parquedoAgrupamento doescolar Qualidade

Existência de Gabinete de Apoio ao Aluno e GabineteFamília àde ao Aluno de Apoio Existência

Comportamentos disruptivos que levamindiscioplina àque disruptivos Comportamentos

Concretização de uma estratégia global de de global uma de estratégia Concretização

Monitorização

Participação em projetos de âmbito local, regional, nacional e e nacional regional, local, âmbito Participação de projetosem

Aplicação Aplicação da técnica de melhorias de implementação de mediçãoe de contínuo

Celebração de parcerias e protocolos com diferentes entidades, entidades, comdiferentes protocolosparcerias de e Celebração

Replicação, entre pares, dos conhecimentos obtidospares, açõesde conhecimentos dosem entre Replicação, Situação sociocultural e económica das famílias Excessiva e permanente produção legislativa e normativa em matéria de educação por parte do poder político

Debilidade do tecido económico e empresarial do Concelho Restrições orçamentais que condicionam a ação da gestão

financeira e pedagógica do agrupamento

Desalinhamento entre o Perfil dos AMEAÇAS alunos à saída da Escolaridade Obrigatória e o Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular e as provas de exame que determinam o acesso ao ensino superior

Insuficiência de assistentes operacionais

Obsolescência do parque informático

AMBIENTE EXTERNO Parcerias com instituições locais e regionais Integração do Agrupamento no Terceiro Programa de Territorização de

Políticas Educativas de Intervenção Prioritária (TEIP3) Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular

Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória

OPORTUNIDADES

Especificidades do Algarve (património cultural e natural) como elementos 22 distintivos de uma oferta turística por excelência

(–) Interação negativa: ameaça potenciada/oportunidade desperdiçada (+) Interação positiva: ameaça combatida/aproveitamento de oportunidade

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A análise da matriz SWOT permite-nos identificar um conjunto de fatores críticos que nos indicam alguns caminhos a tomar, tendo em consideração que o ambiente interno pode ser controlado pelos órgãos de administração e gestão escolar, pois esse controlo resulta das estratégias de atuação assumidas pelos próprios membros da organização. Por outro lado, o ambiente externo não pode ser controlado remotamente pela organização, no entanto, não devem ser descurados o seu conhecimento e monitorização de modo a aproveitar as oportunidades e combater as ameaças.

O conhecimento e os sistemas de informação existentes, a abertura e disponibilidade do AEFFL para novos compromissos, a ligação às estruturas regionais e centrais de educação e aos parceiros da área socioeducativa e, ainda, a qualidade dos recursos humanos existentes são, inequivocamente, pontos fortes, facilitadores do desenvolvimento da organização, pois são forças importantes no combate às ameaças e no potenciar das oportunidades.

Da análise realizada, acredita-se que o AEFFL é uma organização com um futuro de crescimento e desenvolvimento, donde se destacam as seguintes dimensões que importa atender para fortalecer e posicionar esta tendência e para o alcance da visão:

. Para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos principais parceiros interessados, alunos, famílias e comunidade educativa, em geral, afigura-se necessário melhorar a qualidade da comunicação. Para isso, é importante que o AEFFL desenvolva uma estratégica comunicacional resultante de uma política de comunicação adequada às necessidades organizacionais, baseada nos princípios da transparência, simplicidade, rapidez, duração e realismo. . Com uma grande parte da componente operacional das políticas e intervenções fora do AEFFL, o posicionamento face aos principais intervenientes, passa por uma forte aposta na relação e alinhamento estratégico, designadamente com os vários departamentos do Ministério da Educação, do município e instituições da comunidade local, procurando concertar posições e encontrar soluções integradas para compromissos convergentes. . Face aos problemas emergentes de uma sociedade cada vez mais complexa, que trespassam, muitas vezes, dramaticamente a Escola de hoje, urge encontrar a sabedoria para a inovação nas abordagens e a preparação antecipada para lidar com aqueles problemas, bem como capacitar os profissionais da educação, professores e 23 pessoal não docente, para os enfrentarem, no âmbito do volumoso conjunto de competências atribuídas à Escola. Perante este cenário real, considera-se importante

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conhecer experiências e partilhar as boas práticas dos diferentes agrupamentos escolares do concelho de Olhão (todos os agrupamentos escolares estão integrados no Terceiro Programa de Territorização de Políticas Educativas de Intervenção Prioritária - TEIP3).

Formulação Estratégica

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Missão

Somos um Agrupamento Escolar público do concelho de Olhão, que integra os vários níveis de educação e de ensino não superior, desde a educação pré-escolar até ao ensino secundário, incluindo a educação e formação de adultos, cuja ação, em parceria com as famílias e instituições locais, releva a construção do conhecimento e o desenvolvimento cognitivo, afetivo-emocional, social e psicomotor dos seus alunos.

Promovemos o desenvolvimento das múltiplas literacias, dando respostas às necessidades resultantes da realidade social, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho.

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Visão

Temos uma visão muito clara sobre o que o futuro nos reserva, por isso pretendemos:

. Ser uma organização escolar líder dos destinos da educação no concelho de Olhão; . Ser pioneiros em processos de inovação e melhoria do serviço de educação pública; . Continuar como primeira escolha dos alunos que pretendam prosseguir os estudos de nível secundário; . Atuar com padrões de qualidade, com uma equipa forte, motivada, flexível e capaz de fazer o sonho acontecer. . Ser um Agrupamento Escolar de referência, em termos de resultados (resultados académicos, resultados sociais, reconhecimento da comunidade), da prestação de serviço educativo (planeamento e articulação, práticas de ensino, monitorização e avaliação do ensino e das aprendizagens) e da liderança e gestão (liderança, gestão e autoavaliação e melhoria).

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Valores

A nossa atuação pauta-se pelos seguintes valores:

. Competência; . Exigência; . Humanismo; . Inclusão; . Inovação; . Liberdade; . Respeito; . Responsabilidade; . Rigor; . Solidariedade; . Transparência.

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Tendo por base a avaliação e ponderação do contexto externo e interno em que o AEFFL desenvolve a sua missão, é feita uma opção clara e partilhada por uma estratégia de diferenciação pela qualidade como a melhor forma de procurar proativamente atingir o futuro que a comunidade educativa deseja, e que a sua visão espelha.

Política de Qualidade

A implementação da Política da Qualidade do AEFFL assenta num forte compromisso com a melhoria contínua, no sentido de garantir a elevada qualidade dos serviços prestados e as boas práticas de todos os colaboradores, pessoal docente e pessoal não docente, fundamentais para uma imagem sólida, dinâmica e de excelência da Instituição.

Os compromissos do AEFFL no domínio da qualidade são:

. a promoção da inovação e da melhoria contínua da educação e do ensino e da prestação de serviços à comunidade, com avaliação sistemática do desempenho global da organização, e a sua adequação às necessidades da sociedade, privilegiando a implementação de parcerias ativas, nacionais e internacionais; . a promoção da motivação e do comprometimento de todos os colaboradores com a missão, nomeadamente com a implementação, dinamização e melhoria da eficácia do desempenho organizacional, através de mecanismos de comunicação objetivos e eficazes; . o desenvolvimento de uma política de gestão dos recursos humanos, financeiros e materiais que promova simultaneamente a qualificação e valorização contínuas de todos os colaboradores, o bem-estar no local de trabalho e o desenvolvimento das atividades previstas nos planos anuais decorrentes do Projeto Educativo; . o estabelecimento de canais de comunicação, participação e consulta com as partes interessadas, internas e externas, divulgando a política e os aspetos/obrigações relacionados; . a preocupação com a transparência em todas as atividades desenvolvidas; . o estabelecimento de mecanismos de responsabilização e prestação de contas; . a otimização do trabalho em rede e parcerias;

. a implementação e manutenção das medidas adequadas à apreciação e controlo das situações de risco, promovendo a segurança e saúde dos alunos, dos colaboradores e 29 dos restantes membros da comunidade educativa;

. a conquista e manutenção da confiança dos alunos, famílias, colaboradores e outras partes interessadas, através de uma resposta planeada que responda às suas

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expetativas na realização do serviço nos prazos e condições acordadas, conduzindo à sua satisfação com os serviços prestados;

. a promoção da imagem do AEFFL junto da sociedade; . o cumprimento de todos os regulamentos e normativos legais.

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Objetivos estratégicos

A atual situação do AEFFL, tendo como pano de fundo o enquadramento dado pelos eixos estruturantes: Eixo 1 - Apoio à melhoria das aprendizagens; Eixo 2 - Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina; Eixo 3 - Organização e Gestão; Eixo 4 - Relação Escola -Famílias - Comunidade e Parcerias, exige que se definam objetivos para responder aos desafios atuais e futuros próximos. Assim, para cumprir a sua missão, apontada à concretização da visão definida, o AEFFL aposta nos seguintes objetivos estratégicos:

OE1. Melhorar significativamente a ação educativa da Escola, com reflexo na qualidade das aprendizagens e dos resultados escolares dos alunos.

É premente a construção de uma visão estratégica para uma ação educativa que permita cumprir as metas definidas ou contratualizadas, nomeadamente no que diz respeito aos resultados dos alunos (avaliação sumativa interna e avaliação sumativa externa), e melhorar as aprendizagens dos nossos alunos em conhecimentos, capacidades e atitudes, contribuindo para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.

OE2. Apostar no estabelecimento de uma cultura de disciplina e esforço.

Apostar no estabelecimento de uma cultura de disciplina e esforço, com maior responsabilização de alunos e pais, e reforço da autoridade efetiva dos professores e do pessoal não docente.

OE3. Lançar iniciativas que permitam reduzir o abandono escolar.

Procurar soluções para uma educação cada vez mais inclusiva, potenciando os recursos humanos já existentes no agrupamento escolar, autarquia e redes sociais locais. Para que isso aconteça, é de fundamental importância a intervenção social sistémica, centrada nos utentes e em equipas multidisciplinares (incluindo Assistentes Sociais, Psicólogos e Professores), no contexto escolar, como forma de minimizar os efeitos da desvantagem sociocultural de alguns alunos e contribuir para a sua verdadeira integração escolar e social.

OE4. Promover ações que potenciem o trabalho colaborativo entre docentes.

Promover ações que potenciem o trabalho colaborativo de todos os docentes, nos departamentos curriculares e nos conselhos de turma, nomeadamente no que respeita à articulação curricular vertical e horizontal, inter e intradisciplinar entre os diferentes níveis e ciclos educativos, de partilha e de aperfeiçoamento de práticas de diferenciação pedagógica, de forma a permitir aumentar oportunidades para todos os alunos atingirem o seu máximo potencial, garantindo assim o acesso ao currículo e às aprendizagens essenciais. Considera-se também importante, enquanto existir apenas uma escola secundária no concelho, tomar a iniciativa para a implementação de medidas que favoreçam a sequencialidade e continuidade dentro do sistema educativo, através de momentos efetivos de partilha e articulação entre o 3.º ciclo do ensino básico e o ensino secundário, com participação de todos os agrupamentos escolares do concelho de Olhão. 31

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OE5. Melhorar o desempenho profissional dos colaboradores (pessoal docente e pessoal não docente)

É de fundamental importância para melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo AEFFL a definição de uma política de formação e desenvolvimento profissional, através do Plano de Formação, que estimule a construção de capacidades, para dotar as pessoas, as equipas e a própria organização com os conhecimentos e as competências de que necessitam para abordar os desafios presentes e futuros.

OE6. Melhorar a comunicação interna e externa do AEFFL

O AEFFL deve promover a comunicação interna e externa recorrendo a um conjunto de ferramentas disponíveis para o efeito, tendo como objetivo aperfeiçoar a sua política de comunicação, promovendo a transparência, criando mecanismos de retorno de informação aos membros da comunidade escolar ou aos parceiros externos e dando visibilidade às iniciativas, projetos e eventos que decorrem da operacionalização do projeto educativo, através dos planos anuais de atividades ou dos planos de melhoria. Atendendo à dispersão dos estabelecimentos de educação e de ensino do AEFFL e, principalmente, à sua especificidade em termos de estrutura organizacional, é necessária uma comunicação, quase sempre, em tempo real, desenvolvendo “novas formas de comunicar”, potenciando os investimentos ocorridos no domínio das TIC. É necessário compatibilizar as anteriores/atuais formas de comunicar com uma nova geração que eclodiu sob uma filosofia de gestão de documentos suportada por softwares capazes de recolher, armazenar, processar e distribuir os documentos de uma forma mais adequada e, principalmente, mais atempada. Considera-se também importante a aposta no Marketing Educacional, com a utilização de recursos já existentes no AEFFL, utilizando estratégias e táticas mercadológicas e de comunicação para captação, retenção e fidelização de alunos e famílias, nomeadamente a criação das condições necessárias à realização de um estudo de Follow-Up de diplomados, com recurso à Internet, como forma de acompanhar o percurso dos jovens que concluíram cursos de nível secundário, no que respeita ao desenvolvimento profissional, ao prosseguimento de estudos e ao balanço global sobre o curso do ensino secundário que frequentaram.

OE7. Alinhar o desempenho organizacional e individual

Para que o AEFFL alcance os resultados que se propõem no Projeto Educativo e nos Planos de Melhoria dele decorrentes é necessário que os colaboradores, pessoal docente e pessoal não docente, contribuam ativamente para concretizar os objetivos organizacionais. É necessário alinhar o nível organizacional com o nível individual no processo de gestão do desempenho. Alinhar significa articular objetivos na fase de planeamento, garantir que o alinhamento se mantém na fase de execução e aferir em que medida o nível individual contribui para o nível organizacional na fase de avaliação, estabelecendo a partir daí objetivos de desempenho ainda mais desafiantes. O alinhamento é um desafio complexo que exige o comprometimento organizacional dos colaboradores, em todos os níveis da organização e com os vários aspetos da organização e do trabalho, que terá de passar pela partilha da missão, visão de futuro e valores do AEFFL, bem como pela construção de um modelo de competências que contemple os níveis organizacional e individual, com base no consagrado no Decreto Regulamentar n.º 26/2012, de 21 de fevereiro (o desenvolvimento dos princípios que presidiram ao estabelecimento de um novo regime de avaliação do desempenho docente instituído na 11.ª alteração ao Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário) e no Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho (SIADAP).

OE8. Assegurar um ambiente de trabalho seguro e saudável

O papel e a relevância do AEFFL assentam na prossecução dos seus objetivos estratégicos e da sua missão, para a qual é determinante o bem-estar dos seus alunos, colaboradores e visitantes e a promoção da melhoria das condições de trabalho através da promoção da segurança nos locais de trabalho. O processo de consolidação da política de segurança e das consequentes medidas de segurança, implementados nos últimos anos, nos vários estabelecimentos de educação e de ensino que constituem o AEFFL, deverá ser um dos próximos desafios deste agrupamento escolar, nomeadamente nas seguintes áreas: educação alimentar; saúde oral; cuidados posturais e prevenção dos problemas musculoesqueléticos; mobilidade segura e prevenção de 32 acidentes; promoção dos afetos e da educação para a sexualidade; prevenção do consumo de tabaco, álcool e outras substâncias psicoativas; prevenção de comportamentos aditivos sem substância (jogo, internet e outros); monitorização dos fenómenos de violência, comportamentos de risco e incivilidades na escola; atuação face a uma eventual situação de emergência, considerando aspetos preventivos (plano de prevenção) e de gestão operacional (plano de emergência).

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OE9. Desenvolver uma cultura de integração e de melhoria contínua

A melhoria da definição e condução das políticas e intervenções, com vista à superação do desempenho organizacional, deverá passar pela adoção de metodologias de planeamento, gestão, monitorização e avaliação com recurso à utilização de ferramentas de gestão e de plataformas tecnológicas que facilitem a focalização nos seus propósitos, que contribuam para a sistematização e harmonização de um conjunto de orientações comuns, que guiem e sustentem as intervenções desenvolvidas pelos colaboradores.

OE10. Otimizar e preservar os recursos e reforçar a sustentabilidade financeira

Sendo os recursos administrados cada vez mais limitados, é premente uma gestão com critérios de eficiência, eficácia e economia, com a finalidade de otimizar e maximizar os recursos utilizados na prestação de serviços e de produção de bens de uso público. Para fazer face aos custos com a preservação e manutenção dos recursos físicos e materiais necessários ao desenvolvimento das atividades educativas é importante não descurar outras fontes de financiamento, para além do orçamento de Estado, como sejam as receitas próprias ou dotações com compensação em receita (geradas pelo AEFFL ou por transferência de verbas da Autarquia) e as resultantes por via de candidaturas a programas/projetos.

OE11. Potenciar a participação da comunidade na resolução de problemas atuais do AEFFL

Face ao avolumar de atribuições e competências exigidas à Escola na educação e formação das crianças e jovens, é, cada vez mais, uma certeza interiorizada pelos agentes educativos diretos, educadores, professores e assistentes operacionais, a incapacidade da Escola para resolver sozinha os problemas educativos complexos com que se depara. Daí a necessidade do AEFFL assumir um papel de abertura e de partilha, de promover e manter parcerias com a comunidade que serve e que permitam o desenvolvimento simultâneo da Escola e da comunidade, onde sejam definidas linhas de atuação conjunta, i.e., criar as condições para o fomento de uma modalidade de colaboração estruturada entre o sistema educativo e o sistema económico e social que combina as ações de diferentes instituições ou organizações na elaboração de estratégias comuns de trabalho para a resolução de problemas, onde marcam presença valores como a transparência, a cooperação e a confiança. Apesar da presença dos pais na escola ser cada vez mais uma constante, um dos grandes desafios que se coloca é tornar a sua participação efetiva, já que um adequado envolvimento parental constitui um preditor do sucesso escolar dos seus educandos, em especial na melhoria das competências sociais e do comportamento. Considerando a evolução normativa da intervenção municipal e dos serviços de saúde na educação, revelando o reconhecimento crescente do seu papel nas escolas, afigura-se prioritária a aposta no aprofundamento das parcerias celebradas com aquelas instituições, em colaboração mútua. É igualmente importante o levantamento das organizações que podem contribuir para a concretização do Projeto Educativo do AEFFL, dando preferência a entidades habituadas a trabalhar em rede e a participar nos problemas do meio e aquelas cujas atividades constituem importantes motores de desenvolvimento da atividade económica do concelho; clarificar o papel de cada um dos parceiros e definir os resultados esperados; incentivar o envolvimento de toda a comunidade escolar; estar aberto a ideias propostas pelos parceiros; e avaliar e partilhar os resultados, durante o projeto e no final, dentro e fora da Escola.

OE12. Aumentar a qualidade, a eficiência e a eficácia dos serviços prestados

Pensando em termos de prestação de serviços de qualidade, o AEFFL deverá promover melhores aprendizagens, reais e potenciais, que sejam relevantes para a vida atual e futura dos alunos e para as necessidades atuais e futuras do concelho de Olhão, bem como do país, sem descurar esforços que lhe permita corresponder e até superar as expectativas da totalidade dos alunos, quaisquer que sejam as suas especificidades cognitivas, culturais e experienciais, nomeadamente no que diz respeito ao seu sucesso educativo e pessoal. O AEFFL terá maior qualidade quando, comparado com organizações semelhantes, obtiver resultados semelhantes ou melhores recorrendo a menos recursos. 33

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Objetivos Operacionais e Ações a desenvolver

Partindo dos objetivos estratégicos definidos para o triénio 2017-2020, procedeu-se ao seu desdobramento em objetivos operacionais (OOp), os quais permitirão a implementação e monitorização dos Planos Anuais decorrentes deste Projeto Educativo.

Como contributo para os futuros projetos ou planos de melhoria do AEFFL, são apresentados os objetivos operacionais definidos, bem como propostas de ações a desenvolver que contribuam para o seu cumprimento.

Eixo Estruturante 1 – Apoio à melhoria das aprendizagens

Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

OOp1. Implementar práticas pedagógicas ou serviços Coadjuvação no 1.º ciclo, privilegiando-se as áreas que contribuam para a aprendizagem e o sucesso de da Educação Artística e da Educação Física, no caso todos os alunos do 1.º ciclo

OOp2. Implementar práticas ou serviços, com caráter Projeto “FÉNIX” temporal, e em pequenos grupos, dirigidos a alunos em Projeto "PALAVRAS, POEMAS, RIMAS E HISTÓRIAS situação de risco acrescido de insucesso escolar ou que NA CASA DA FIFI" evidenciem necessidades de suporte complementar, em Projeto “Turma Amiga” função da resposta à intervenção em contexto de turma Oferta Complementar 1.º Ciclo “Cultura e Ciência”

OOp3. Implementar práticas de intervenção mais Apoio educativo individual a alunos com frequentes e intensivas, a nível individual ou em dificuldades de aprendizagem pequeno grupo, aos alunos sujeitos a avaliações especializadas Coadjuvação em sala de aula, numa lógica de trabalho colaborativo entre os docentes envolvidos OOp4. Promover o gosto pela leitura e disponibilizar um (disciplinas de Português e de Matemática dos 1.º e espaço e ambiente saudáveis para a realização de 2.º ciclos) atividades de estudo. Atividades de reforço de aprendizagem: OOp5. Promover a aquisição de competências de leitura . Apoio ao Estudo (1.º e 2.º ciclos do ensino e escrita o mais cedo possível. básico), previsto nas matrizes curriculares; OOp6. Promover o gosto pela Matemática . Aulas de Apoio Pedagógico Acrescido (APA) – 3.º ciclo (disciplinas de Português, Matemática e Inglês) OOp7. Preparar os alunos à saída do 1.º ciclo para as . Sala de Estudo (3.º ciclo do ensino básico e mudanças que irão ocorrer no ciclo seguinte, onde não ensino secundário) se pratica o regime de monodocência. . Clube de Letras e Números no 3.º e 4.º anos de escolaridade e Clube de Desporto OOp8. Motivar os alunos para a melhoria dos resultados também nos mesmos anos. escolares

Apoio tutorial específico OOp9. Melhorar as taxas de sucesso nos 2.º, 3.º e 4.º anos (avaliação sumativa interna) Atividades de desenvolvimento e aprofundamento de capacidades para alunos que apresentem notável OOp10. Melhorar a taxa de sucesso nos 2.º e 3.ºciclos desempenho e elevada potencialidade em qualquer (avaliação sumativa interna) dos seguintes aspetos, isolados ou combinados: 34 capacidade intelectual geral; aptidão académica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.

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Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

OOp11. Melhorar os resultados da avaliação sumativa externa nas disciplinas de Português e de Matemática - “E agora vêm aí os exames!” - Oferta 9.º ano complementar, nas disciplinas sujeitas a avaliação OOp12. Melhorar a distância da taxa de sucesso para o externa, com trabalho específico de preparação valor Nacional – avaliação sumativa externa (disciplinas para as provas finais do ensino básico e para os de Português e de Matemática - 9.º ano) exames nacionais do ensino secundário OOp13. Melhorar a distância da classificação média para o valor Nacional – avaliação sumativa externa (disciplinas Organização e implementação de planos individuais de Português e de Matemática - 9.º ano) de transição (PIT) de alunos com programa educativo individual (com adaptações curriculares significativas), visando a consolidação e melhoria OOp14. Melhorar os resultados da avaliação sumativa das capacidades pessoais, sociais e laborais, na externa nas disciplinas dos 11.º e 12.º anos sujeitas a perspetiva de uma vida adulta autónoma e com exame nacional. qualidade.

OOp15.Melhorar a distância da taxa de sucesso para o Criação de cursos orientados para a vida ativa (CEF e valor Nacional - avaliação sumativa externa Profissionais)

OOp16. Melhorar a distância da classificação média para Participação dos alunos em concursos de o valor Nacional – avaliação sumativa externa Matemática, Biologia, Química, Física, Artes e Ambiente (Olimpíadas da Matemática, Canguru OOp17. Melhorar as taxas de sucesso nos 10.º, 11.º e Matemático, Olimpíadas da Biologia, Olimpíadas da 12.º anos (avaliação sumativa interna) – Cursos Criatividade, Olimpíadas do Ambiente, Olimpíadas Científico-humanísticos da Informática)

OOp18. Melhorar as taxas de sucesso nos Cursos Atividades de Enriquecimento Curricular – 1.º Ciclo Profissionais OOp19. Diversificar a oferta educativa e formativa Visitas de Estudo

OOp20. Promover ações que potenciem a aprendizagem Desporto Escolar e o exercício da cidadania, que envolvam diferentes dimensões da educação para a cidadania, tais como: Programa Eco-Escolas Direitos Humanos (civis e políticos, económicos, sociais e culturais e de solidariedade); Igualdade de Género; Programa Nacional de Educação Rodoviária Interculturalidade (diversidade cultural e religiosa); Desenvolvimento Sustentável; Educação Ambiental; Programa de Educação para a Saúde Saúde (promoção da saúde, saúde pública, alimentação, exercício físico); Sexualidade (diversidade, direitos, saúde Programa Erasmus+ sexual e reprodutiva); Media; Instituições e participação Comemorações de efemérides democrática. Literacia financeira e educação para o consumo; Segurança rodoviária; Risco; Parlamento dos jovens Empreendedorismo (na suas vertentes económica e social); Mundo do Trabalho; Segurança, Defesa e Paz; Francisquíadas Bem-estar animal; Voluntariado. Plano de Ação das Bibliotecas Escolares OOp21. Estimular a realização de trabalhos de projeto que permitam aos alunos a aquisição de saberes trans e Participação dos alunos em concursos de leitura e interdisciplinares e o desenvolvimento de competências da escrita (a nível do agrupamento, do concelho e diversas, nomeadamente de pesquisa nacional)

OOp22. Potenciar as valências das Bibliotecas Escolares Plano Nacional de Leitura (PNL)

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Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

Plano de Ação do Serviço de Psicologia e Orientação OOp23. Avaliar as competências básicas das crianças da (SPO) Educação Pré-Escolar para a aprendizagem da leitura e da escrita Apoio psicopedagógico a professores e alunos

Acompanhamento em consulta psicológica

Orientação escolar e profissional

OOp24. Desenvolver programas e realizar ações de apoio Protocolo com a Câmara Municipal de Olhão para psicológico e orientação escolar e profissional, alargamento dos serviços de orientação escolar e individualmente ou em grupo profissional a todos estabelecimentos de ensino do concelho de Olhão (alunos do 9.º ano)

Apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa:

Ações junto de alunos, professores e pais relacionadas com problemáticas ligadas à adolescência, ao desenvolvimento de competências de estudo e outras

Ações de cooperação com os órgãos de gestão e coordenação pedagógica na organização e implementação dos apoios educativos

Trabalho colaborativo com o SPO na observação/ avaliação psicopedagógica

Atendimento, em colaboração com os CT e com os DT, aos pais e encarregados de educação, e criação de espaços de reflexão e definição/ redefinição de estratégias de atuação

Ações de apoio para a diversificação de estratégias e métodos educativos, no estudo e na definição de formas de atuação mais adequadas a cada situação

Articulação com as Equipas Locais de Intervenção (ELI) no encaminhamento de crianças até aos 6 anos que apresentem alterações ou em risco de apresentar alterações nas estruturas ou funções do corpo, tendo em linha de conta o seu normal desenvolvimento

Intervenção do Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) no apoio à inclusão dos alunos com deficiências e incapacidade, através da facilitação do acesso ao ensino, à formação, ao trabalho, ao lazer, à participação social e à vida autónoma, promovendo o máximo potencial de cada indivíduo, em parceria com as estruturas da comunidade.

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Eixo Estruturante 2 – Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina

Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

OOp25. Despistar situações de risco (comportamentais e Equipa multidisciplinar de acompanhamento de sociais) crianças/alunos

OOp26. Minimizar e prevenir situações de indisciplina, absentismo e abandono escolar Programa Tutorial

OOp27. Apoiar os alunos e respetivas famílias nas suas problemáticas sociofamiliares e económicas Programa de Apoio e Qualificação do PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação

OOp28. Criar uma base de dados relativa ao tipo de alunos sujeitos à medida disciplinar de ordem de saída da sala de aula, suas perceções globais relativamente a três Plano de Ação do GAAF dimensões: dimensão relacional, a avaliação dos professores pelos alunos e a atribuição causal da indisciplina

OOp29. Emitir pareceres, em articulação com os técnicos Aposta na diversidade de oferta educativa/formativa do GAAF e do SPO, sobre a necessidade de implementar como forma de investir na prevenção do insucesso medidas de integração na comunidade educativa escolar e na promoção de alternativas que levem os alunos a permanecer no sistema

OOp30. Apoiar o trabalho do Diretor de Turma, em atividades que incidam no diagnóstico de situações que tendencialmente sejam de rutura

Escola Segura OOp31. Prevenir e minimizar situações de indisciplina, absentismo e abandono

Observatório da (In)disciplina OOp32. Promover nos alunos uma cultura de responsabilidade e rigor

Educação Parental OOp33. Envolver as famílias na Escola

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Eixo Estruturante 3 – Gestão e organização

Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

Encontros debate sobre os documentos estruturantes do AEFFL (PE, PAA e RI e relatórios de avaliação interna e externa)

OOp34. Promover ações que conduzam à consolidação Sessões solenes para entrega de prémios de valor, de uma cultura organizacional mérito e excelência

(Re)definição de critérios de distribuição do serviço

(Re)definição de critérios de constituição de turmas

OOp35. Desenvolver uma comunicação eficiente e (Re)definição de critérios de avaliação dos alunos dinâmica entre os colaboradores, para informar melhor os utentes dos serviços Elaboração do Manual de Controlo Interno

Elaboração Regulamento Interno de Inventário e OOp36. Proporcionar maior visibilidade aos programas e Cadastro atividades do AEFFL Elaboração do Plano de Formação para o pessoal OOp37. Potenciar as novas tecnologias enquanto canais docente e não docente de partilha de informação, conhecimento e comunicação Promoção do Centro Qualifica do AEFFL OOp38. Planear, gerir e qualificar os recursos humanos

Renovação e atualização permanente do site da OOp39. Planear e gerir os recursos financeiros, materiais Escola, bem como de sites/blogues ou disciplinas da e patrimoniais plataforma Moodle das diferentes estruturas OOp40. Planear e gerir os recursos informáticos organizacionais.

Reuniões de trabalho, ao nível das estruturas OOp41. Melhorar os processos de desenvolvimento do intermédias, no que concerne à articulação da currículo gestão curricular, às modalidades de flexibilização dos grupos de alunos e à focalização do trabalho colaborativo dos professores na organização e gestão do processo de ensino, com agendas de trabalho ajustadas às orientações definidas pelo Conselho Pedagógico, face a desafios emergentes.

OOp42. Monitorização e avaliação Equipa de auto-avaliação do AEFFL (dinamizado por uma equipa multidisciplinar que monitoriza e avalia a operacionalização do Projeto Educativo, tendo como referencial os domínios da avaliação externa, contribuindo para a definição de planos de melhoria) OOp43. Adequar as instalações e os equipamentos às Plano de requalificação do parque escolar e de necessidades de funcionamento reapetrechamento

OOp44. Desenvolver uma cultura de segurança na Implementação do Plano de Segurança Interno (de escola. cada unidade orgânica)

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Eixo Estruturante 4 – Relação Escola-Famílias-Comunidade e Parcerias

Objetivos Operacionais Propostas de ações a desenvolver

Ações de formação/ aconselhamento sobre OOp45. Envolver os encarregados de educação na vida Educação Parental escolar dos seus educandos no que concerne aos resultados escolares e à sua atitude cívica Realização de reuniões periódicas, devidamente estruturadas para o efeito, com pais e encarregados OOp46. Incrementar a confiança entre as famílias e a de educação

Escola Definição de horários flexíveis de atendimento aos pais/encarregados de educação

Ações de Sensibilização para pais/encarregados de educação para valorizar a escola perante os seus educandos OOp47. Melhorar a cooperação Escola-Família, promovendo a ampla, rigorosa e atempada informação Promoção da participação dos pais e encarregados sobre todas as atividades desenvolvidas na e pela escola de educação nas atividades constantes no PAA

Mobilização dos pais/encarregados de educação e outros elementos da comunidade educativa para a

resolução de problemas

Aprofundamento e multiplicação das parcerias com empresas ou outras entidades, publicas ou privadas, que constituam mais-valias para a concretização dos objetivos definidos no PE, ou para dar resposta a problemas emergentes

Organização de atividades diversas, se possível, em parceria com a associação de pais e encarregados de OOp48. Desenvolver formas de colaboração com educação entidades locais, publicas e privadas, de modo a promover uma ligação mais próxima e dinâmica com o Estabelecimento de contactos com outras escolas, meio tendo em vista a troca de informações e experiências, a participação em projetos comuns e a realização de atividades de formação

Participação em projetos/atividades relevantes de âmbito local, nacional ou internacional Organização de atividades comemorativas de datas significativas da escola/agrupamento

Aprofundamento e multiplicação das parcerias com empresas ou outras entidades, públicas ou privadas, de forma a garantir a formação em contexto de OOp49. Garantir a formação em contexto de trabalho trabalho para todos os alunos que dela necessitem para todos os alunos dos cursos profissionais e cursos de educação e formação Desenvolvimento das tarefas necessárias à plena articulação entre o professor orientador do aluno em formação em contexto de trabalho e o monitor, responsável pela entidade de acolhimento

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Avaliação do Projeto Educativo

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A assunção do Projeto Educativo como instrumento de mudança, não dispensa um processo avaliativo que nos permita ajuizar da sua coerência com os objetivos e as finalidades da educação, a pertinência das ações nele inscritas e da sua eficácia face aos efeitos desejados. Assim, a avaliação deverá contemplar duas dimensões: o desenvolvimento do próprio projeto e os resultados alcançados.

A avaliação do processo, a realizar anualmente (nos momentos que forem considerados necessários) pelo Conselho Geral, deverá fornecer informações, sob a forma de relatório, sobre a concretização do Plano Anual de Atividades e do Plano de Melhoria, focando, entre outros:

. o grau de consecução das metas estabelecidas (no âmbito do Programa TEIP);

. a realização das atividades previstas e não previstas e participantes envolvidos;

. o grau de pertinência face aos objetivos do Projeto Educativo, bem como o grau de consecução desses objetivos;

. a apresentação de sugestões para a próxima etapa de desenvolvimento do Projeto Educativo (que permitirão a continuidade, a mudança ou a reformulação do Projeto).

O Diretor, ouvido o Conselho Pedagógico, submeterá à aprovação do Conselho Geral o relatório anual de atividades, com o objetivo de se proceder à regulação do desenvolvimento do Projeto.

A avaliação dos resultados do Projeto Educativo obriga à construção de um sistema de avaliação, com a definição de critérios e indicadores específicos para a avaliação dos objetivos, bem como dos instrumentos de recolha de informação.

O processo de avaliação dos efeitos produzidos pelo Projeto Educativo na qualidade do processo educativo e do funcionamento da Escola não deve confundir-se com o sistema de monitorização de desempenho da Escola previsto no próprio projeto. A criação de um Observatório da Qualidade da Escola, permitirá a recolha de informações complementares às da avaliação do projeto, informações essas preciosas para que se proceda ao diagnóstico da situação da Escola, ponto de partida para a elaboração do próximo Projeto Educativo. 42

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Aprovação do Projeto Educativo

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Conselho Pedagógico

Parecer favorável, em 08 de novembro de 2018

Conselho Geral

Aprovação na generalidade, em 24 de janeiro de 2019

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Divulgação do Projeto Educativo

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Entendendo-se o Projeto Educativo como um documento fundamental da política interna do AEFFL, torna-se premente a sua apresentação/ divulgação quer junto dos alunos, docentes e

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pessoal não docente, quer junto dos pais e encarregados de educação, quer junto de outras entidades da comunidade educativa com as quais venham a ser celebradas parcerias de natureza social, pedagógica, financeira, etc..

Assim, depois de aprovado pelo Conselho Geral, a apresentação/ divulgação do Projeto Educativo será feita, através de documento escrito, a distribuir por todos os membros do Conselho Geral e do Conselho Pedagógico e será feita a sua publicação, para consulta permanente dos membros da comunidade educativa, na página da internet deste Agrupamento Escolar.

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Anexos

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Anexo A - Contexto e Caracterização Geral do Agrupamento

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O Patrono

Francisco Fernandes Lopes foi um médico olhanense que se notabilizou sobretudo como musicólogo, musicógrafo, historiador, filósofo, etnógrafo e inventor.

Nasceu em Olhão, em 27 de outubro de 1884, onde permaneceu até 1965, vivendo os últimos anos em Lisboa, onde viria a falecer em 6 de junho de 1969, com 84 anos.

Foi sempre um aluno brilhante em Olhão (Escola Primária) e em Faro (Curso Liceal Geral).

Licenciado com dezoito valores pela Faculdade de Medicina de Lisboa em 1911, doutorou-se em 1916 com dezanove valores, com a tese Drogas e Farmacopeia, mas recusa os convites para lecionar nesta Faculdade e regressa à sua vila.

É interessante notar a profunda impressão que Francisco Fernandes Lopes causava em homens de grande craveira intelectual, nomeadamente Almada Negreiros e Fernando Pessoa que, em três cartas datadas de 1919, o convida para um projeto de edição de uma revista sobre cultura portuguesa dedicada a estrangeiros. Para Fernando Pessoa, apenas Francisco Fernandes Lopes e poucos mais, teriam os golpes de génio necessários para mostrar no estrangeiro a grandeza intelectual da cultura portuguesa.

No que diz respeito à enorme importância que Francisco Fernandes Lopes teve para Olhão, apenas poderemos dizer que ele pôs a sua vila de pescadores no mapa cultural, não só a nível nacional mas também internacional. Através das suas atividades ele "vendeu" como até hoje mais ninguém conseguiu, a imagem da sua terra, nas décadas de 1920 a 1960, como se se tratasse de uma autêntica "secretaria de estado da cultura e turismo", apenas dedicada a Olhão.

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Caracterização do concelho de Olhão

O concelho de Olhão, situado no Sotavento Algarvio, é um dos 16 concelhos do distrito de Faro, com uma área territorial aproximada de 130km2, distribuída por 4 freguesias13: Olhão, União das freguesias de Moncarapacho e Fuseta, Pechão e Quelfes, com uma população de 45396 habitantes (censos 2011), ao que corresponde uma densidade populacional de 346,83 hab./km². Confrontando a nascente e a norte com o concelho de Tavira, a noroeste com o concelho de São Brás de Alportel, a poente com o concelho de Faro e a sul com o Oceano Atlântico, o concelho de Olhão insere-se nas sub-regiões morfológicas do Barrocal e do Litoral.

Toda a zona litoral do concelho de Olhão integra-se no Parque Natural da Ria Formosa, uma das zonas húmidas mais importantes a nível europeu, tendo sido considerada em 2004, pela União Internacional para a Conservação da Natureza, como uma zona húmida de interesse mundial. No concelho de Olhão, a Ilha da Armona faz parte do sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa, donde se destacam as praias da Fuseta Mar e Armona Mar.

Olhão teve, desde tempos pré-históricos, indícios de povoamento que atestam a ocupação deste território. A mais antiga referência escrita a este lugar designa-o, em 1378, como lugar a que chamam Olham.

A barra à mão e a existência de água abundante teriam sido fatores decisivos para que alguns pescadores, no início do século XVII, se começassem a fixar na praia de Olhão. O povoado desenvolve-se contrariando a vontade das autoridades de Faro, a cujo termo pertencia. Para esse crescimento beneficia, a partir de meados do século XVII, da proteção da Fortaleza de S. Lourenço que, embora precária, vigiava a entrada da barra e dissuadia os ataques dos corsários. O incremento da pesca costeira e do alto mar, assim como das trocas comerciais, provoca um grande surto populacional e, em 1695, os moradores deste lugar requerem ao Bispo a desanexação da freguesia de Quelfes, pelo que foi então criada a Freguesia de Nossa Senhora do Rosário de Olhão.

57 13 No ano de 2013, em resultado da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, instituída pela Lei n.º 11-A/2013, de 28 de Janeiro, o concelho de Olhão ficou dividido em quatro freguesias: Olhão, União das freguesias de Moncarapacho e Fuseta (designação simplificada: freguesia de Moncarapacho e Fuseta, conforme disposto no Despacho n.º 11540/2013, de 5 de Setembro), Quelfes e Pechão.

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Aquando da ocupação francesa do Algarve, em 1808, surge em Olhão, a 16 de junho, um espontâneo e genuíno levantamento popular contra os abusos dos invasores. Esta revolta culmina com a expulsão dos franceses do lugar de Olhão e, por impulso, de todo o Algarve. No mês seguinte, embarcam para o Brasil 17 homens de Olhão no caíque “Bom Sucesso”, com a missão de levar à família real portuguesa, então lá refugiada, a boa nova da expulsão das tropas napoleónicas de Portugal. A referida tripulação levara uma missiva, extra-oficial, na qual estava descrita a audaciosa atitude que os olhanenses tomaram nessa revolta. A recompensa traduziu-se num alvará com força de Lei, com que o Príncipe-Regente resolve distinguir Olhão, e os seus habitantes, passando de lugar a vila e ordenando que “se denomine Vila de Olhão da Restauração”.

A passagem a Vila implicava a criação de um novo Concelho, dotado de autonomia local, o que só aconteceria em 1826. Nesse ano, é erigida a Câmara de Olhão criando-se, para o efeito, o lugar de Juiz de Fora que, então, presidia à Vereação.

Em 1835, a freguesia de Moncarapacho passou a fazer parte do Termo de Olhão e, no ano seguinte, a Câmara tomou posse das freguesias de Olhão, Quelfes, Pechão e parte da freguesia de Moncarapacho.

Em 1874 tem lugar uma divisão judicial de Portugal que determina a constituição definitiva do concelho de Olhão, com cinco freguesias: Olhão. Moncarapacho, Quelfes, Pechão e Fuseta. Com o decorrer do tempo, a pequena vila de pescadores converteu-se num grande centro económico, social e urbano de tal modo florescente que, em 1985, é elevada à categoria de Cidade. A Vila de Olhão da Restauração passa a Cidade de Olhão da Restauração.

As freguesias do concelho de Olhão apresentam uma grande diversidade de atrativos. Umas, por estarem perto do mar, privilegiam atividades como a pesca e a indústria conserveira; outras têm caraterísticas mais rurais mas igualmente de grande importância para a complementaridade que este concelho encerra.

São freguesias com história, que revelam a sua importância ao longo dos tempos. É igualmente importante conhecer as suas riquezas atuais.

A freguesia de Olhão, situada na cidade sede de concelho com o mesmo nome, com 14914 habitantes (censos de 2011) tem para mostrar aos visitantes uma vasta área de património histórico e arquitetónico. A zona histórica, nomeadamente os núcleos da Barreta e do Levante 58 são atrações pelas suas ruelas estreitas e casas antigas, locais onde se alojaram os primeiros pescadores de Olhão.

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Banhada pela Ria Formosa, a freguesia de Olhão, entre muitos outros atrativos, exibe junto a essa Maravilha Natural de Portugal, os Mercados Municipais de Olhão, um ponto de encontro para todos os residentes e visitantes da cidade. A Avenida 5 de Outubro e vias circundantes, também nesta zona da cidade, apresenta uma vasta oferta de restaurantes, onde o peixe e os mariscos, assim como os pratos tradicionais da zona são reis.

A recente criada União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, com sede em Moncarapacho, é o resultado da agregação das extintas freguesias de Moncarapacho e da Fuseta, tem uma população de 9635 habitantes (censos de 2011).

Moncarapacho foi a mais antiga freguesia do concelho de Olhão, com cerca de cinco séculos de existência. A sua criação data de 19 de junho de 1471, quando foi desanexada da de S. Tiago de Tavira, pelo bispo D. João de Melo, passando a fazer parte do concelho de Olhão.

Na extinta freguesia, cuja população é de 7717 habitantes (censos 2011) existem os seguintes sítios: Vizinhanças, Cabeça, Poço das Figueiras, Pereirinhas, Maragota, Murteira, Areias, Gião, Murtais, Belo Romão, Bias do Norte, Bias do Sul (onde se localiza a Escola Dr. João Lúcio), Quatrim Norte, Quatrim Sul, Fornalha, Laranjeiro, Pés do Cerro, Barranco de S. Miguel, Jordana, Pereiro, Foupana e Estiramanténs.

Na vila de Moncarapacho, localizam-se a EB1/JI de Moncarapacho e a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. António João Eusébio.

Também no território que constituía a freguesia de Moncarapacho fica o cerro de São Miguel ou Monte Figo, que tem o seu ponto mais alto a 449 m de altitude. Do cimo pode desfrutar-se de uma excelente vista panorâmica que abrange toda a Ria Formosa desde o Ludo até Tavira. Nas faldas do cerro de São Miguel há grutas dignas de atenção. A Este do cerro de São Miguel há outra colina, o cerro da Cabeça, com 250 m de altitude, que também constitui um excelente miradouro para contemplar as paisagens do Algarve. As áreas restantes dividem-se pelo barrocal algarvio, que se caracteriza pela existência de árvores de sequeiro (amendoeiras, alfarrobeiras, oliveiras e figueiras) e também por arbustos aromáticos e algumas vinhas (teve fama o vinho produzido com uvas da zona da Atalaia, próximo da Fuseta), e pela planície litoral, com terrenos excelentes para pomares e hortas devido às boas possibilidades de rega. Os cursos de água mais importantes são: a Ribeira do Tronco, que passa junto à sede da freguesia, o Ribeiro das Ondas, a Ribeira da Fornalha, a Ribeira da Barria e a Ribeira do Argel. As rochas mais importantes são os calcários, os arenitos e argilas, materiais recentes e moles 59 que permitem as condições necessárias ao desenvolvimento da agricultura. Tem indústria de cerâmica, sendo muito apreciada a sua louça de barro vermelho. O povoamento da sua área é

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muito antigo como documentam os achados arqueológicos existentes no seu Museu Paroquial, entre os quais podem ver-se instrumentos neolíticos e uma pia árabe de singular valor arqueológico e histórico. A Igreja Matriz, do século XVI, dotada do mais belo pórtico renascentista do Algarve e a Capela do Santo Cristo, do século XVII, são monumentos sacros que merecem a nossa visita.

No último quartel do século XIX, chegaram para habitar Moncarapacho, famílias nobres que se tinham distinguido nos campos de batalha do Norte de África, na Reconquista ou nos Descobrimentos e assim começou o seu crescimento.

A história mais recente de Moncarapacho é marcada pela grande participação da população no movimento da instauração da República (1910) e também pela participação na 1.ª Grande Guerra Mundial e na Guerra Civil Espanhola, o que levou à necessidade de criar novos nomes de ruas que lembrassem esses factos.

Uma das grandes referências culturais da localidade é o seu rancho folclórico, existente desde 1963, e que se tem dedicado à recolha de danças e cantares, bem como de todos os seus trajes típicos. De entre as tradições da vila destacam-se as festas religiosas que se associam a costumes populares: por exemplo, na Páscoa, as pessoas deslocam-se ao cerro da Cabeça para comer o tradicional folar; também o Carnaval, festa popular muito antiga é comemorada todos os anos. Outro evento que marca a agenda em Moncarapacho é a FARM – Feira de Arte, Artesanato, Agricultura e Recreio, que junta dezenas de produtores e artesãos à animação musical no início do mês de agosto.

Os fatores matriciais da população, conjugados com o recente fenómeno de fluxos migratórios oriundos quer de outras zonas do país quer de outros países europeus e do espaço da lusofonia que, atraídos pelo património natural, pelas condições climáticas da freguesia, pelas suas atuais acessibilidades e pela localização geográfica, se fixaram em Moncarapacho, contribuíram para que esta comunidade adquirisse uma identidade diversa.

A vila da Fuseta, sede da extinta freguesia com o mesmo nome, tem uma população de 1918 habitantes (censos 2011), e, segundo os relatos históricos mais antigos datados de 1572, era conhecida por “Fozeta” (diminutivo de foz) o que teria tido origem no facto de ali desaguar um ribeiro chamado “ribeiro do tronco”. Nos princípios do século XVIII há referências a esta localidade como o lugar onde moravam pescadores e sítio da praia de Moncarapacho, onde existia uma capela de Nossa Senhora do Carmo edificada pelos próprios. De facto a Fuseta tem 60 vivido sobretudo da pesca e foi da pesca que nasceu, tendo por berço, muito provavelmente, algumas barracas de junco fixadas pelos pescadores durante o Verão e posteriormente

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substituídas por casas de adobe rebrilhantes de cal. É um facto que perto da Fuseta, junto à costa, encontram-se as ruínas de Alfanxia, Aires, Bias e Cumeada, pequenos povoados que parecem recuar ao reinado de D. João II. O primeiro sinal de vida comunitária que se conhece data de 1784, quando é feito o pedido de independência paroquial, petição que só veio a ser atendida em 1835.

Primeiro arraial de atuneiros, feito de humildes casebres de junco, a aldeia (hoje vila) foi-se enraizando junto à ribeira do Tronco, que nasce a cerca de 15 Km no lugar do Azinheiro no cerro de São Miguel. Vieram as construções de adobe, ficaram as paredes rebrilhantes de cal. Lá estavam as açoteias e as platibandas construídas por via daquela estranha tradição dos marítimos: «Se o meu vizinho constrói, eu também construo e há de ser em maior e mais enfeitado». Tradição que acabaria por desfigurar a Branca Noiva do Mar quando chegou a moda dos azulejos industrializados para revestimento das paredes.

Por isso, hoje se diz que as casas da Fuseta só vistas bem de longe é que nos fazem recordar o branco de outros tempos e reconhecer a sua traça algarvia. O adro e a torre da Igreja continuam a ser miradouro privilegiado sobre o casario e a Ria Formosa.

Não tem sido fácil a vida dos pescadores da Fuseta. No tempo do atum, a faina era tão violenta que lhe chamavam a tourada do mar. Quando a pesca do bacalhau foi apresentada como imperativo nacional, foram eles quem partiu para os mares gelados da Terra Nova, em condições mais do que precárias. Meses e meses duravam as campanhas.

A festa da Nossa Senhora do Carmo, cujo dia litúrgico é 15 de Julho, assinalou durante décadas o retorno dos bacalhoeiros. A substituir o bacalhau passaram os pescadores a procurar a pescada nas águas da Mauritânia e de Marrocos. Hoje, a atividade pesqueira resume-se, praticamente, à pesca do polvo e do choco e apanha de bivalves, conquilha, ameijoa, berbigão e ostras, consequência da não celebração de acordos de pesca com Marrocos.

Pela sua localização, abrigada dentro da Ria Formosa, a vila da Fuseta apresenta ótimas condições para o florescimento da atividade turística, com duas praias: Fuseta Ria e Fuseta Mar. Tem em frente a Ilha da Armona, com praias a perder de vista do lado do oceano, uma zona ribeirinha bem tratada, com jardins e zonas pedonais, e um parque de campismo ocupado durante todo o ano. Nos últimos anos verificou-se um aumento significativo do número de veraneantes que a procuraram, o que contribuiu para a expansão do comércio e investimento na oferta de alojamento. 61

A Igreja Matriz da Fuseta e a Torre de Bias são dois dos locais com importantes caraterísticas arquitetónicas a visitar.

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Na vila da Fuseta está localizado um dos estabelecimentos de educação e de ensino do AEFFL, a EB1/JI da Fuseta.

A freguesia de Quelfes, com 17246 habitantes (censos 2011), confronta-se a norte com Moncarapacho e Estoi, a poente com Pechão e a sul com Olhão. Embora a localidade que lhe dá o nome seja muito pequena, a freguesia de Quelfes abarca uma vasta área que inclui uma parte da própria cidade de Olhão e a Ilha da Armona.

Nos arredores de Quelfes (a caminho da pequena povoação de Brancanes), a ponte de origem romana, por diversas vezes reconstruída, é testemunho da sua antiguidade e símbolo histórico: em 1808, as tropas de Napoleão foram aqui derrotadas num combate, servindo de exemplo para todo o Algarve.

Também em Quelfes situa-se o chalé do Dr. João Lúcio (patrono de um dos estabelecimentos de ensino integrado no AEFFL), atualmente um local vocacionado para a sensibilização ambiental. A Igreja Matriz é outra das atrações de Quelfes: a sua antiguidade é denunciada pela porta lateral gótica.

Pechão, com uma população de 3601 habitantes (censos 2011), é uma pequena freguesia rural, onde abundam as amendoeiras e as figueiras e que se situa a apenas 4 km tanto de Olhão como de Faro.

A Igreja de Pechão destaca-se por se encontrar no ponto mais alto da localidade. Daqui encontra-se uma bonita vista que alcança toda a região até ao mar.

Uma curiosidade interessante é que anexa à Igreja, e em plena rua, vemos uma pequena Capela dos Ossos. Podemos ainda visitar a Fonte Velha, a Casa-Museu de Pechão e o Chalé de Belamandil, o Solar do Torrejão, os moinhos de costa e a nora dos 3 engenhos em Belamandil. Um dos principais atrativos, destinado sobretudo ao público jovem, é o festival de música Rock na Ribeira, que já se realiza desde os anos 90. A vertente cultural está bem patente nos eventos realizados amiúde na localidade, um dos motivos pelo qual merece ser visitada.

Uma análise aos resultados dos Censos 2011, referenciados ao dia 21 de março de 2011, permite concluir que o Algarve foi a região que mais cresceu em termos de população na última década e o concelho de Olhão, área de influência natural do AEFFL, o terceiro com menor área do Algarve, registava, em 2011, a maior densidade populacional (349,2 hab/Km²) 62 de todos os concelhos algarvios tendo uma população residente de 45396 habitantes o que, comparativamente a 2001 quando registava 40808 habitantes, se traduziu numa variação percentual de 11,2 (∆%).

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O aumento populacional positivo verificado neste intervalo de tempo (Fig.1), resulta de uma dinâmica demográfica que registou uma quebra da taxa de natalidade (12, 87 ‰ em 2001 para

11,71 ‰ em 2011) mas sobretudo de uma quebra da taxa de mortalidade (12,08 ‰ em 2001 para 9,47 ‰ em 2011) o que se traduziu numa taxa de crescimento natural positiva (2,24 ‰ em 2011), isto independentemente de outras dinâmicas demográficas resultantes dos movimentos migratórios.

Evolução da população residente no concelho de Olhão Fig. Nº de Hab. 1 48000 46000 44000 42000 40000 38000 36000 34000 32000 30000 28000 26000 24000 22000 20000 1900 1911 1920 1930 1960 1970 1981 1991 2001 2011

Olhão era o concelho algarvio com maior percentagem de jovens (aumentou de 16% em 2001 para 16,5% em 2011), superior aos valores médios do Algarve (14,6% em 2001 e 14,9% em 2011) e do país (14,9% em 2011). O envelhecimento da população, verificado na última década, ocorreu de forma generalizada em todo o país. Na região, com exceção de Albufeira (com 84,7) todos os municípios apresentavam índices de envelhecimento superiores a 100, o que significa que têm mais população idosa do que jovem.

Consequência direta da estrutura demográfica do país, o índice de envelhecimento (n.º de idosos por cada cem jovens) registou uma ligeira subida de 106,08 em 2001 para 106,93 em 2011 (valores muito inferiores à região do Algarve cujos valores eram de 128 em 2001 e 131 em 2011). No concelho de Olhão (Fig. 2) a percentagem de idosos aumentou de 17% em 2001 para 17,7 % em 2011 (valores ainda assim inferiores à região do Algarve que registou neste 63 período uma variação de 18,7% para 19,5%).

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Pirâmide etária do concelho de Olhão - 2011

>84 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 5-9 0-4 2250 2000 1750 1500 1250 1000 750 500 250 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 2000 2250

Fig. 2 Na educação, a região do Algarve progrediu muito nas últimas décadas. Em 2011, a proporção da população com ensino superior no concelho de Olhão era de 11,8%, valor ligeiramente inferior aos 13,3% da região do Algarve. A percentagem da população com pelo menos o 9.º ano de escolaridade era de 48,7%, valor igualmente inferior aos 52,7% da região do Algarve e bastante próximo da média nacional (49,6%). A taxa de analfabetismo era de 5,2%, igual à média do país, e inferior à média da região do Algarve (5,36%).

Situada geograficamente no extremo sul do território continental em pleno “coração” da Ria Formosa, entre a ria e a horta, a gente de Olhão viveu durante muitas décadas da terra e do mar. Hoje, uma análise à estrutura da população ativa (censos de 2011 - Fig.3) permite concluir 64 que a maioria da população ativa (76,1%) exercia a sua atividade no setor terciário (29,4% em atividades de natureza social e 46,7% em atividades relacionadas com a atividade económica), as atividades do setor secundário empregavam 17,7% da população e o setor primário

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(agricultura e pescas) 6,1%. Estes valores divergiam ligeiramente dos registados na região do Algarve, onde as atividades dos serviços concentravam 80,6% da população empregada, a indústria 6,3%, a construção civil 9,8% e a agricultura 3,3.

Fig. 3

Do resultado das interações que o concelho estabelece com os concelhos vizinhos, importará destacar que a maior polarização a nível distrital se verifica entre Faro-Olhão como consequência da proximidade geográfica, do aumento da taxa de motorização, da melhoria das acessibilidades e do menor custo da habitação que tem permitido a fixação de inúmeros agregados familiares no concelho de Olhão.

A taxa de atividade (48,7%) era inferior à da região (49%) mas era superior ao valor médio nacional (47,6%). A taxa de desemprego no concelho de Olhão era de 17,3% valor que reflete a situação conjuntural que o país atravessa.

A finalizar há a registar a tendência nacional de que o Índice de Sustentabilidade Potencial (número de ativos por cada idoso) baixou de 4 (em 2001) para 3,7 (em 2011), valor ligeiramente superior à média nacional (3,4). Fonte: Censos 2011 – resultados definitivos Algarve - INE

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Caracterização do Agrupamento

Alunos

No presente ano letivo, 2013 alunos frequentam, em regime diurno, os estabelecimentos de educação e ensino do agrupamento, distribuídos da seguinte forma:

Estabelecimentos de ensino Alunos %

EB 1/ JI da Fuseta 50+27=77 3,84

EB 2,3 Dr. João Lúcio* 266 13,27

EB 1 / Jardim de Infância de Moncarapacho 191+123=314 15,67

EB 2,3 Dr. António João Eusébio 347 17,32

Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes 1000 49,90

TOTAL 2004 100,00

Nota: Na EB 2,3 Dr. João Lúcio, para além dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, funcionam também o 1.º ciclo (57 alunos) e o Curso Profissional de Restauração (51 alunos); na ES Dr. Francisco Fernandes Lopes, para além dos Cursos Científico-Humanísticos e Cursos Profissionais, funciona também o Curso de Educação e Formação T3 (Eletricista de Instalações – Eletricidade e Energia).

No ano letivo 2017-2018, frequentam o ensino secundário 1031 alunos, estando matriculados 571 no ensino regular, 460 alunos no ensino profissional, e 213 no ensino noturno.

Neste ano letivo, estão referenciados 160 alunos com necessidades educativas especiais (Tabela I).

Tabela I – Alunos com Necessidades Educativas Especiais

Alunos com NEE EB1/JI Fuseta – 2 alunos EB1/JI Moncarapacho - 7 alunos EB Dr. João Lúcio - 35 alunos EB Dr. António João Eusébio - 26 alunos Escola Dr. Francisco Fernandes Lopes - 90 alunos Nota: Dados MISI, recolhidos no início do ano letivo 2017-2018. 66 Neste Agrupamento Escolar, contabilizam-se 894 alunos que beneficiam da ação social escolar (ASE), sendo 516 do escalão A e 378 do escalão B (Tabela II). Observa-se uma

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relação direta entre o número de beneficiários da ASE e o número de alunos que recebem abono de família.

Tabela II - Beneficiários ASE e Abono de família

Beneficiários ASE Escalões Abono de Família Escolas A B C Total 1 2 3 Total EB1/JI Fuseta 38 16 0 54 37 17 3 57 EB1/JI Moncarapacho 55 35 0 90 55 36 8 99 EB Dr. João Lúcio 121 49 0 170 114 58 10 182 EB Dr. A. João Eusébio 74 58 0 132 74 58 15 147 ES Dr. F. F. Lopes 228 220 0 448 238 237 39 514 Total no Agrupamento 516 378 0 894 518 406 75 999 Nota: Dados MISI, recolhidos no início do ano letivo 2017-2018.

Habilitações Literárias dos Encarregados de Educação

A maioria dos encarregados de educação apresenta um nível de habilitações literárias equivalente ao 2.º e 3.º ciclo ou ao ensino secundário. De entre os que detêm habilitações de nível superior, o grau de licenciado surge com maior representatividade relativamente ao grau de mestre ou de doutor. É curioso observar que, dum modo geral, nos agregados familiares, de entre os encarregados de educação detentores de habilitações correspondentes ao 3.º ciclo ou mesmo ao ensino secundário, as mães apresentam um nível de escolaridade mais elevado. É ainda de salientar a existência de 97 progenitores sem qualquer tipo de habilitação.

Tabela III - Habilitações literárias dos pais.

Alunos Pré-escolar e Ensino Alunos Ensino Secundário Total Habilitações literárias Básico (1)+(2) Mãe Pai Total (1) Mãe Pai Total (2) Doutoramento 0,0% 0,5% 0,2% 0,1% 0,0% 0,1% 0,2% Mestrado 0,3% 0,3% 0,1% 0,3% 0,3% 0,3% 0,2% Licenciatura 8,4% 3,4% 1,7% 8,1% 4,5% 6,3% 3,6% Bacharelato 2,1% 1,5% 0,8% 1,3% 0,6% 0,9% 0,8% Pós-graduação 0,3% 0,1% 0,0% 0,1% 0,0% 0,1% 0,1% Secundário 17,3% 11,7% 5,8% 17,4% 14,2% 15,8% 10,0% Básico (3º ciclo) 15,9% 16,5% 8,2% 16,2% 14,1% 15,1% 11,1% Básico (2º ciclo) 11,8% 13,1% 6,5% 12,5% 16,3% 14,4% 9,8% Básico (1º ciclo) 7,5% 12,1% 6,0% 6,7% 9,7% 8,2% 6,9% 67 Sem Habilitações 3,7% 4,1% 2,0% 0,6% 0,8% 0,7% 1,5% Formação Desconhecida 32,2% 36,2% 18,0% 36,2% 39,1% 37,6% 26,2% Outra 0,6% 0,5% 0,3% 0,6% 0,5% 0,6% 0,4%

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Histórico dos resultados escolares dos alunos

Sucesso escolar na avaliação externa

Português – 4.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

Matemática – 4.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

Português – 6.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

Matemática – 6.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada. 68

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Português – 9.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

Matemática – 9.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

Provas de exame – 12.º ano

OBS: Considerados apenas os alunos inscritos na condição de internos e que realizaram a prova na 1.ª chamada.

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Sucesso escolar na avaliação interna

Avaliação interna – Português e Matemática

1 Não considerados os alunos de PLNM.

2 Considerados os alunos dos PCA e com NEE. 3 Considerados todos os alunos do Ensino Secundário, dos Cursos Científico-Humanísticos inscritos para progressão/aprovação a Português e a Matemática A.

Avaliação interna – N.º de alunos que obtiveram classificação positiva a todas as disciplinas/áreas disciplinares

70 1 No ensino básico, estão incluídos os alunos NEE, os PCA, os CEF, os PIEF, e os C. Vocacionais. Nos Cursos Vocacionais estão contabilizados os alunos que concluíram com aproveitamento o conjunto das disciplinas das componentes geral e complementar e 100% dos módulos da componente vocacional e da prática simulada. 2 No ensino secundário, foram considerados apenas os alunos dos cursos científico-humanísticos a todas as disciplinas (não foram considerados os alunos repetentes inscritos a algumas disciplinas para melhoria de nota.

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Avaliação interna – Disciplinas/Áreas disciplinares com maiores Taxas de Sucesso em 2016/2017

1 No ensino básico, foram incluídos todos os alunos do ensino Básico Geral..

2 No ensino secundário, nos cursos científico-humanísticos, foram considerados apenas os alunos inscritos na disciplina para progressão/aprovação (não foram considerados os alunos repetentes inscritos para melhoria de nota).

3 No ensino secundário, foram apenas considerados os resultados da Classificação Interna.

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Interrupção precoce do percurso escolar

1.º Ciclo do Ensino Básico

1 Incluídos todos os alunos, nomeadamente os alunos com NEE. 2 Incluídos alunos inscritos nos PCA. 3 Incluídos todos os alunos inscritos excepto os transferidos para fora da Escola. 4 Não incluídos os alunos retidos por excesso de faltas injustificadas. 5 Considerados os alunos que ficaram retidos por excesso de faltas (REF), anularam a matrícula (AM), excluíram por excesso de faltas (EF) e os que, apesar de inscritos, por motivo desconhecido/ não comprovado, nunca compareceram às aulas (Abandono). Foram, igualmente, considerados os alunos que se encontravam fora da escolaridade obrigatória. 6 Considerados todos os alunos que ultrapassaram o limite legal de faltas injustificadas independentemente da situação final, ou seja, quer tenham transitado/concluído, quer tenham desistido ou ficado retidos.

2.º Ciclo do Ensino Básico

1 Incluídos todos os alunos, nomeadamente os alunos com NEE. 2 Incluídos alunos inscritos nos PCA. 3 Incluídos todos os alunos inscritos excepto os transferidos para fora da Escola. 4 Não incluídos os alunos retidos por excesso de faltas injustificadas. 5 Considerados os alunos que ficaram retidos por excesso de faltas (REF), anularam a matrícula (AM), excluíram por excesso de faltas (EF) e os que, apesar de inscritos, por motivo desconhecido/ não comprovado, nunca compareceram às aulas (Abandono). Foram, igualmente, considerados os alunos que se encontravam fora da escolaridade obrigatória. 77 6 Considerados todos os alunos que ultrapassaram o limite legal de faltas injustificadas independentemente da situação final, ou seja, quer tenham transitado/concluído, quer tenham desistido ou ficado retidos.

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3.º Ciclo do Ensino Básico

1 Incluídos todos os alunos, nomeadamente os alunos com NEE. 2 Incluídos alunos inscritos nos PCA. 3 Incluídos todos os alunos inscritos excepto os transferidos para fora da Escola. 4 Não incluídos os alunos retidos por excesso de faltas injustificadas. 5 Considerados os alunos que ficaram retidos por excesso de faltas (REF), anularam a matrícula (AM), excluíram por excesso de faltas (EF) e os que, apesar de inscritos, por motivo desconhecido/ não comprovado, nunca compareceram às aulas (Abandono). Foram, igualmente, considerados os alunos que se encontravam fora da escolaridade obrigatória. 6 Considerados todos os alunos que ultrapassaram o limite legal de faltas injustificadas independentemente da situação final, ou seja, quer tenham transitado/concluído, quer tenham desistido ou ficado retidos.

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Ensino Secundário

1 Incluídos todos os alunos, nomeadamente os alunos com NEE. 2 Incluídos alunos inscritos nos PCA. 3 Incluídos todos os alunos inscritos excepto os transferidos para fora da Escola. 4 Não incluídos os alunos retidos por excesso de faltas injustificadas. 5 Considerados os alunos que ficaram retidos por excesso de faltas (REF), anularam a matrícula (AM), excluíram por excesso de faltas (EF) e os que, apesar de inscritos, por motivo desconhecido/ não comprovado, nunca compareceram às aulas (Abandono). Foram, igualmente, considerados os alunos que se encontravam fora da escolaridade obrigatória. 6 Considerados todos os alunos que ultrapassaram o limite legal de faltas injustificadas independentemente da situação final, ou seja, quer tenham transitado/concluído, quer tenham desistido ou ficado retidos.

Indisciplina

Número de Ocorrências, número de alunos envolvidos, Medidas Corretivas e Medidas Disciplinares Sancionatórias

(*) A recolha de dados incidiu sobre o n.º de medidas e não o n.º de alunos alvo dessas medidas. 79 (**) De acordo com os dados que constam no relatório final TEIP de 2013/14. (1) Contabilizados todos os alunos inscritos (excepto os transferidos) em todos os ciclos, 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário. Foram excluídas as crianças que frequentam a educação pré-escolar e os jovens e adultos que frequentam o ensino de adultos (EFA, ensino recorrente e módulos capitalizáveis) e o ensino doméstico. (2) Consideradas apenas as medidas disciplinares que constam da alínea b) e seguintes do ponto 2 do Artigo 26.º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro - Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

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Recursos humanos

Pessoal docente

Número de Docentes por Categoria agregada O corpo docente do agrupamento é, na sua maioria, estável e constituído por 244 docentes, dos quais 153 são do quadro do agrupamento/escolas agregadas.

Quadro de Quadro de Quadro ZP Contratado Outra Total Agrupamento Escola 26 127 35 55 1 244

Número de Docentes por Idade e Tempo de Serviço (antiguidade)

Entre 5 e 9 Entre 10 e Entre 20 e 30 ou mais Idade \ Antiguidade Até 4 anos Total anos 19 anos 29 anos anos Menos de 30 anos 1 0 0 0 0 1 Entre 30 e 40 anos 32 4 10 1 0 47 Entre 41 e 50 anos 38 8 20 33 0 99 Entre 51 e 60 anos 10 0 0 28 40 78 Mais de 61 anos 2 0 0 0 17 19 Total 83 12 30 62 57 244

Pessoal não docente

O pessoal não docente do agrupamento é constituído por 103 elementos (2 em situação de mobilidade por permuta e por destacamento). Este corpo inclui pessoal não docente do município e distribui-se por três categorias: técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

Número de funcionários não docentes por Vínculo e Categoria

Categoria \ Vínculo Contratado a Contrato de trab. Contrato a termo Contrato de termo em FP por tempo resolutivo certo a Emprego e Total resolutivo certo indeterminado tempo parcial Inserção Assistente Operacional 14 55 4 2 75 Assistente Técnico 0 19 0 0 19 Técnico Superior 4 1 0 0 5 Encarregado Operacional 0 2 0 0 2 Ch. Serv. Administração Escolar 0 2 0 0 2 81 Total 18 79 4 2 103

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O pessoal não docente tem, na sua maioria, idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos.

Número de funcionários não docentes por Idade e Tempo de Serviço (antiguidade)

Entre 5 e 9 Entre 10 e Entre 20 e 30 ou mais Idade \ Antiguidade Até 4 anos Total anos 19 anos 29 anos anos Entre 30 e 40 anos 10 2 5 0 0 17 Entre 41 e 50 anos 5 1 14 3 0 23 Entre 51 e 60 anos 8 1 13 20 3 45 Mais de 61 anos 4 0 5 6 3 18 Total 27 4 37 29 6 103

Instalações

As escolas que constituem o Agrupamento apresentam tipologias diferentes, dado que foram construídas em momentos distintos:

- A escola sede foi requalificada, por intervenção da Parque Escolar, sendo constituída por um único edifício.

- A EB2,3 Dr. António João Eusébio é constituída por dois blocos independentes, sendo um destinado ao polidesportivo e o outro às aulas teórico/práticas e aos serviços descentralizados de Gestão e Administração.

- A EB2,3 Dr. João Lúcio é constituída por seis blocos independentes, sendo um destinado ao polidesportivo, um para os serviços descentralizados de Gestão e Administração e os restantes blocos para aulas teórico/práticas.

- As Escolas Básicas do 1.º ciclo e Jardins de Infância de Moncarapacho e Fuseta estão instaladas em edifícios únicos do Plano dos Centenários. A Escola Básica do 1.º ciclo de Moncarapacho foi ampliada, por intervenção do município, tendo sido construído um edifício novo, onde funciona a educação pré-escolar e o 1.º ciclo.

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Oferta educativa e formativa

Educação Pré-Escolar

Ensino Básico 1.º Ciclo

Ensino Básico 2.º e 3.º Ciclos

Ensino Regular CEF TIPO2 Operador/a de Informática - Operador/a de Informática CEF Tipo 3 Eletricista de Instalações - Eletricidade e Energia Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) Ensino Secundário Ensino Regular - Cursos Cientifico-Humanísticos Ciências e Tecnologias Ciências Sócio-económicas Línguas e Humanidades

Artes Visuais

Cursos Profissionais Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Técnico de Multimédia Técnico de Secretariado Técnico de Contabilidade Técnico Comercial Técnico de Receção Técnico de Apoio à Infância Animador Sociocultural Técnico de Turismo Técnico de Desporto Técnico de Design de Interiores/Exteriores Técnico de Restauração (Cozinha/Pastelaria e Restaurante/Bar) Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos Técnico de Multimédia Técnico de Secretariado Técnico de Contabilidade Técnico Comercial Curso Artístico Especializado de Música (em articulação com o Conservatório de Música de Olhão) 83

Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) Português para falantes de outras Línguas (PFOL)

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Projetos

Tendo presente os pilares da educação - aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a viver juntos – bem como as exigências e os desafios dos atuais currículos, coloca- se à escola a responsabilidade de contribuir para a maximização das potencialidades educativas.

Este desígnio tem dado primazia à implementação de projetos que potenciam a qualidade do ensino e do serviço público das escolas a par dos que promovem o desenvolvimento de competências do século XXI nos alunos.

Por outro lado, qualquer um dos estabelecimentos de ensino que integram o agrupamento tem-se preocupado, ao longo dos últimos anos, em oferecer um conjunto de atividades complementares aos currículos e funcionar como um local privilegiado na realização de múltiplas ações que cumpram o conceito de escola global e aberta à comunidade, proporcionando às crianças e aos jovens ocupação pedagógica, lúdica e saudável dos seus tempos livres. Nesse contexto, destacam-se alguns dos projetos cujo envolvimento tem sido mais significativo e/ou onde as escolas revelaram bom desempenho:

Internacionais Nacionais Internos

Erasmus+ Seguranet Fénix CANSAT Parlamento Jovem “Palavras, Poemas, Rimas e Histórias na casa da FiFi” Núcleo do Ambiente Rede de Bibliotecas Escolares Jornal Escolar (Rede de Escolas Ler + “Leitura em Vai e Vem” Associadas da UNESCO) Desporto Escolar Francisquíadas

Projeto Pan-STARRS Canguru Matemático “Dis-reeducar para aprender”

Projeto PLATON Olimpíadas da Matemática “Educação para a parentalidade” Probótica Olimpíadas do Ambiente Duatlo Ecoescolas PES – Educação pela saúde “Contos Tradicionais” Autonomia e Flexibilidade Curricular “Educação Ambiental”

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Anexo B – Siglas e Abreviaturas

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AE Associação de Estudantes

AEFFL Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Fernandes Lopes

ANPROALV Agência Nacional para a Gestão do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida

ANQEP Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional

AP Administração Pública

APEE Associação de Pais e Encarregados de Educação

AR Assembleia da República

ARS, IP Administração Regional de Saúde, IP

ASE Ação Social Escolar

CDOS Comando Distrital de Operações de Socorro

CE Comunidade Europeia

CFAE Centro de Formação de Associação de Escolas

CPCJ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens

CQEP Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional

DGE Direção Geral da Educação

DGAE Direção Geral da Administração Escolar

DGEstE Direção Geral de Estabelecimentos Escolares

EACEA Agência Europeia para a Educação, Audiovisual e Cultura

EE Encarregados de Educação

EFA Educação e Formação de Adultos

FCT Fundação para a Ciência e Tecnologia

GNR Guarda Nacional Republicana

IAVE Instituto de Avaliação Educativa, IP

IGEC Inspeção Geral da Educação e Ciência

IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP

INEM Instituto Nacional de Emergência Médica

IP Instituto Público 88

ISS Instituto de Segurança Social, IP

MEC Ministério da Educação e Ciência

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MP Ministério Público

MSESS Ministério da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social

NEE Necessidades Educativas Especiais

OE Objetivo(s) Estratégico(s)

OOp Objetivo(s) Operacional(ais)

PCA Percurso Curricular Alternativo

PD Pessoal Docente

PIEF Programa Integrado de Educação e Formação

PJ Polícia Judiciária

PND Pessoal Não Docente

PSP Polícia de Segurança Pública

RBE Rede de Bibliotecas Escolares

RH Recursos Humanos

SIADAP Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública

TEIP3 Terceiro Programa “Territórios Educativos de Intervenção Prioritária”

SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threat

UE União Europeia

UALG Universidade do Algarve

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Anexo C – Glossário

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Abandono Escolar (taxa de): razão entre a população residente com idades compreendidas entre os 10 e 15 anos que abandonou a escola sem concluir o 9º ano, e a população residente com idades compreendidas entre os 10 e 15 anos, multiplicado pela base 100. Este é o indicador utilizado para aferir do grau de concretização da escolaridade obrigatória de 9 anos. Abandono precoce ou saída escolar precoce (taxa de): razão entre o número de indivíduos com idades entre os 18 e 24 anos que não concluíram o Ensino Secundário e não se encontram a frequentar o sistema educativo ou um curso de formação profissional durante o mês anterior ao inquérito ou ao recenseamento, e o total da população residente da mesma faixa etária. Uma das metas da “EF 2020” aponta para a redução desta população para uma percentagem não superior a 10%.

Atividade: conjunto de ações a desenvolver de forma articulada para a consecução de um resultado.

Aprendizagens Essenciais: documentos de orientação curricular base na planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem, conducentes ao desenvolvimento das competências inscritas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória.

Avaliação: processo aberto e participado envolvendo as partes interessadas para verificar se os objetivos de um projeto foram alcançados, para sinalizar e explicar eventuais desvios e, se necessário, para sugerir medidas de reorientação.

Benchmarking: processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das organizações e respetivas funções ou processos face ao que é considerado "o melhor nível", visando não apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem.

Comunidade educativa: agrupamento de pessoas e instituições (professores, alunos, pais e encarregados de educação, funcionários não docentes das escolas, serviços da administração central e regional com intervenção na área da educação, autarquias, associações culturais e recreativas e outras organizações cívicas – para além das entidades ligadas a atividades de carácter científico, ambiental e económico de uma determinada área geográfica) que se associam para realizar um projeto de educação, com os seus valores e com as suas finalidades.

Cultura organizacional (de escola): conjunto de símbolos e significados partilhados que orientam e contextualizam a ação educativa da escola, resultado das complexas relações que 92 se estabelecem por parte dos diferentes componentes pessoais, sociais e institucionais que intervêm no processo educativo.

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Diagnóstico estratégico: análise diagnóstica que, perspetivando a situação atual numa perspetiva interna e externa, procura traçar caminhos futuros para uma organização.

Estratégia: arte de conceber, dirigir e executar uma determinada ação.

Indicador de verificação: meio para verificar se as metas e os objetivos estabelecidos num projeto foram alcançados.

Formação em contexto de trabalho: formação prática que pode ocorrer em contexto interno ou externo (estágio).

Formação qualificante: formação que qualifica ou fornece competências para o exercício de uma profissão, atividade ou tarefa.

Formulação estratégica: processo mediante o qual a organização estabelece a sua identidade organizacional, analisa o seu ambiente externo e interno, atual e futuro, e elabora estratégias orientadas para a sociedade e para os seus clientes. É focado na busca do melhor caminho a ser seguido para o crescimento sustentável da organização a longo prazo, mobilizando-a para escolher e construir o seu futuro.

Marketing educacional: disciplina emergente da área do Marketing, que usa estratégias e táticas mercadológicas e de comunicação para captação, retenção e fidelização de alunos.

Método: conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim e especialmente para chegar a um conhecimento científico ou comunicá-lo aos outros; modo de proceder ou de fazer alguma coisa; ordem ou sistema que se segue no estudo, na pesquisa ou na realização de um projeto.

Missão: enuncia o propósito da organização, a sua razão de ser, o seu papel na sociedade.

Meta: completa e concretiza o objetivo a atingir em termos de quantidade, qualidade e tempo.

Objetivo: o que se espera atingir com o projeto, os efeitos desejados e os benefícios esperados.

Objetivos estratégicos: são os grandes desafios que a organização deverá suplantar para conseguir implementar a sua estratégia. Funcionam como sinalizadores dos pontos de atuação onde o êxito é fundamental para o cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro.

Objetivos operacionais: são os objetivos específicos e de curto prazo voltados para a execução 93 das operações quotidianas da organização, que contribuem para o cumprimento dos objetivos estratégicos.

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Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: documento de referência para a organização de todo o sistema educativo e para o trabalho das escolas, contribuindo para a convergência e a articulação das decisões inerentes às várias dimensões do desenvolvimento curricular.

Plano de comunicação: exposição ordenada das estratégias, dos meios e das ações de divulgação, publicação e difusão dos propósitos contemplados no projeto educativo.

Projeto: conjunto de atividades interrelacionadas dirigidas à consecução de um objetivo.

Projeto educativo: documento de planeamento estratégico e organizacional, que consagra a orientação educativa da escola.

Projeto curricular de escola: documento de articulação do currículo nacional com as especificidades da escola, dos alunos e as características do meio.

Recursos: habilitações, possibilidades, aptidões ou meios apropriados para se atingir um determinado objetivo.

Resultado: consequência do desenvolvimento de um conjunto de atividades; o que deve ser conseguido para que o objetivo do projeto possa ser alcançado.

Sistema MISI: sistema de informação onde são recolhidos dados da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário, das escolas públicas tuteladas pelo Ministério da Educação (ME), escolas privadas com contrato de associação ou de patrocínio, escolas profissionais privadas da área de Lisboa e Vale do Tejo e outras escolas privadas que manifestem interesse em facultar dados ao ME por esta via.

SWOT (matriz): da terminologia anglo-saxónica strenghts, weaknesses, opportunities, threats, organiza numa matriz os pontos fortes e os pontos fracos de uma organização (análise interna) e as oportunidades e ameaças que se colocam ao desenvolvimento da organização (análise externa).

Taxa de retenção e desistência: relação percentual entre o número de alunos que não pode transitar para o ano de escolaridade seguinte e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo.

Taxa de transição/conclusão: relação percentual entre o número de alunos que, no final de um ano letivo, obtêm aproveitamento (podendo transitar para o ano de escolaridade seguinte) 94 e o número de alunos matriculados, nesse ano letivo. Usa-se a designação “taxa de conclusão” quando nos referimos ao aproveitamento no fim do nível de ensino (9.º e 12.º anos).

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TEIP, Territórios Educativos de Intervenção Prioritária: criados no quadro das medidas de combate ao abandono e insucesso escolares, procuram melhorar o ambiente educativo e a qualidade das aprendizagens dos alunos. Integrando os três ciclos do Ensino Básico de forma articulada com a Educação Pré-Escolar e a formação profissional, os TEIP pretendem adequar a escola às necessidades das suas comunidades, integrando as políticas educativas da respetiva área geográfica.

Valores: conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.

Visão: evidencia uma ambição, um ideal, um estado que a organização pretende alcançar num período relativamente longo.

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Anexo D – Quadro Normativo

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Lei n.º 46/86, de 14 de outubro Lei de Bases do Sistema Educativo.

Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro Aprova o sistema de educação e do ensino não superior, desenvolvendo o regime previsto na Lei n.º 46/86, de 14 de outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo).

Lei Constitucional n.º 1/2005, de 12 de agosto Sétima revisão constitucional

Lei n.º 49/2005, de 31 de agosto Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira alteração à Lei de Bases do Financiamento do Ensino Superior.

Decreto-Lei n.º 3/2008, de 07 de janeiro Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo. (Ver Declaração de Retificação n.º 10/2008, de 7 de março, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio).

Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril Aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. (Alterado pelos Decreto-Lei n.º 224/2009, de 11 de setembro e Decreto-Lei n.º 137/2012, de 02 de julho de 2012).

Decreto-Lei n.º 144/2008, de 28 de julho No uso da autorização legislativa concedida pelas alíneas a) a e) e h) do n.º 1 do artigo 22.º do Orçamento do Estado para 2008, aprovado pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de dezembro, desenvolve o quadro de transferência de competências para os municípios em matéria de educação, de acordo com o previsto no artigo 19.º da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro.

98 Despacho n.º 20513/2008, D.R. n.º 150, Série II, de 05 de agosto, de 2008 Institui o Prémio de Mérito Ministério da Educação a atribuir aos alunos que tenham concluído o ensino secundário, em 2007-2008, ou venham a concluir em anos subsequentes.

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Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto Estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade escolar e consagra a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade.

Despacho n.º 13173-C/2011, D.R. n.º 6, Série II, 2º Suplemento, de 30 de setembro de 2011 Atribuição do Prémio de Mérito.

Despacho n.º 5634-F/2012, D.R. n.º 82, Série II, 2.º Suplemento, de 26 de abril de 2012 Estabelece os princípios e critérios de orientação para a constituição de agrupamentos de escolas e agregações.

Decreto-Lei n.º 137/2012, de 02 de julho, de 2012 Procede à segunda alteração do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, que aprova o regime jurídico de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.

Despacho normativo n.º 20/2012, D.R. n.º 192, Série II de 03 de outubro de 2012 Normas orientadoras para a constituição de territórios educativos de intervenção prioritária de terceira geração, bem como as regras de elaboração dos contratos-programa ou de autonomia.

Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro Estabelece as normas de organização, funcionamento, avaliação e certificação dos cursos profissionais ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo, que ofereçam o nível secundário de educação, e em escolas profissionais.

Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março Regula a criação e o regime de organização e funcionamento dos Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional. (CQEP)

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Despacho n.º 6904/2013, D.R. n.º 102, Série II, de 28 de maio de 2013 Determina os critérios de seleção das entidades promotoras de Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) e de apreciação do plano estratégico de intervenção previsto no artigo 8.º da Portaria n.º 135-A/2013, de 28 de março.

Decreto-Lei n.º 139/2012, de 05 de julho Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos, da avaliação dos conhecimentos e capacidades a adquirir e a desenvolver pelos alunos dos ensinos básico e secundário. (Alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho).

Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos conhecimentos a adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos e do processo de desenvolvimento do currículo dos ensinos básico e secundário.

Despacho normativo n.º 7-A/2013, D.R. n.º 131, Suplemento, Série II, de 10 de julho de 2013 Introduz normas relativas à distribuição do serviço aos docentes de quadro para o ano letivo de 2013-2014, de acordo com as regras estabelecidas no Despacho Normativo n.º 7/2013, de 11 de junho.

Despacho n.º 9265-B/2013, D.R. n.º 134, Suplemento, Série II, de 15 de julho de 2013 Define as normas a observar no período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino público nos quais funcionem a educação pré-escolar e o 1.º ciclo do ensino básico, bem como na oferta das atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC).

Portaria n.º 644-A/2015, D.R. n.º 164/2015, 3.º Suplemento, Série II, 24 de agosto de 2015 Define as normas a observar no período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e ensino público, bem como, na oferta de atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC). 100

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Despacho normativo n.º 10-A/2015, de 19 de junho, D.R. n.º 118/2015, 1.º Suplemento, Série II, de 19 de junho de 2015 O presente despacho concretiza os princípios consagrados no regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos de educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário.

Despacho normativo n.º 1/2015, 6 de janeiro, D.R. n.º 3/2015, Série II, de 6 de janeiro de 2015 O presente despacho estabelece os princípios e os procedimentos a observar no regime de avaliação e certificação dos alunos dos cursos científico -tecnológicos de dupla certificação com planos próprios de nível secundário de educação, ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo.

Despacho Normativo n.º 4-A/2016, D. R. n.º 114, 1.º Suplemento, Série II, de 16 de junho de 2016 Determina a organização do ano letivo 2016/2017.

Despacho Normativo n.º 1-F/2016, D.R. n.º 66/2016, 1.º Suplemento, Série II, de 5 de abril de 2016 Regulamenta o regime de avaliação e certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico, bem como as medidas de promoção do sucesso educativo que podem ser adotadas no acompanhamento e desenvolvimento das aprendizagens.

Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, D.R. n.º 65/2016, Série I, de 4 de abril de 2016 Procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos conhecimentos a adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos e do processo de desenvolvimento do currículo dos ensinos básico e secundário.

Despacho n.º 5908/2017, de 5 de julho, D.R. n.º 128/2017, Série II de 5 de julho de 2017 Autoriza, no âmbito das prioridades definidas no Programa do XXI Governo Constitucional para a área da educação, em regime de experiência pedagógica, a implementação do projeto de autonomia e flexibilidade curricular dos ensinos básico e secundário, no ano escolar de 2017- 2018. 101

Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho, D.R. n.º 143, Série II, de 26 de julho de 2017 Homologa o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória

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Anexo E – Bibliografia de Referência

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