PROCESSO : 1.242-4/2014. PRINCIPAL : PREFEITURA MUNICIPAL DE . CNPJ : 03.507.522/0001-72. ASSUNTO : CONTAS ANUAIS DE GESTÃO MUNICIPAL 2014 – DEFESA. GESTOR : JULIO CESAR FLORINDO. RELATOR : JOSÉ CARLOS NOVELLI. EQUIPE : ADEMIR APARECIDO , JOSÉ FERNANDES CORREIA DE GOES, MARIA EDILEUZA DOS SANTOS METELLO

1 – INTRODUÇÃO Senhor Subsecretário,

No Relatório Preliminar foram apontadas 22 (vinte e duas) irregularidades. Os In- teressados foram citados por meio dos ofícios n.º 0450/2015/GAB-JCN, 0451/2015/GAB- JCN e 0452/2015/GAB-JCN. Importante mencionar que os interessados foram regularmente citados em 21 de maio de 2015, conforme Recibo de Leitura (Código de rastreabilidade 1002015168766). A manifestação ocorreu somente em 23 de junho de 2015, após o prazo de 23 dias, já que houve concessão de dilação de prazo, que findou em 05/06/2015. Desse modo, retornam os autos a esta SECEX em razão de juntada do documen- to externo 154806/2015, via malote digital, enviado pela defesa, referente aos apontamentos do relatório preliminar das contas anuais do exercício de 2014, os quais serão objeto de aná- lise. O documento anexado será aqui analisado, contudo sua admissibilidade cabe- rá ao Exmo. Relator. Este relatório consolidou o resultado do controle externo sobre as informações prestadas a esta Corte de Contas por meio de Auditoria e Sistema APLIC, dos processos físi- cos, bem como das informações extraídas dos sistemas informatizados do órgão/entidade, abrangendo a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e de resultados, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade. Por fim, passa-se à análise dos argumentos apresentados pela defesa.

2 – ANÁLISE DA DEFESA

Apontamento:

1. BB03 GESTÃO PATRIMONIAL_GRAVE_03. Não adoção de providências para cobrança de dívida ativa – administrativas e/ou judiciais (art. 1°, § 1°, arts. 12 e 13 da Lei Complementar 101/2000 e Lei 6.830/1980). 1.1) Não foram adotadas providência efetivas para cobrança de dívida ativa. [REINCIDEN- TE]. – Tópico – 3.6. DÍVIDA ATIVA

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento discordamos da Nobre Equipe Técnica do TCE e esclarecemos que houve medidas e ações para aumento da arrecadação e cobrança da dívida ativa, conforme segue. É imperioso relatar que para reduzir a inadimplência, o gestor através da Lei Municipal n.° 061/2014, realizou mutirão fiscal através do Acordo de Cooperação Técnica n.° 33/2014, de 24/10/2014, celebrado entre o Núcleo permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, no mês de dezembro de 2014, onde proporcionou a população descontos previstos na Lei, conscientizando e motivando a população para quitação da dívida ativa tributária, conforme cópia da lei e alguns termos de conciliação de débitos fiscais - mutirão (por amostragem), que seguem em anexo a esta (doc. 02), onde comprovam que o gestor tomou providências para cobrança e recebimento da dívida ativa, inclusive nos processos judiciais que foram remetidos para o centro de mediação. Ademais, o Departamento de cadastro promoveu campanha de incentivo à solicitação da Nota Fiscal, bem como de descontos especial e anistia nos débitos inscritos em dívida ativa, com doações de prêmios, através das Leis Municipal n°. 2.146/2014 e 2.052/2013, que seguem anexo por cópia (doc.03). Contudo, analisando os autos e documentos que ora junta, constata-se o grande esforço despendido pelo gestor no sentido de se melhorar a arrecadação municipal, com a adoção de medidas educativas, fiscalização, campanhas e outros instrumentos. Assim, em virtude da tomada de providências no sentido de se melhorar a receita tributária municipal, requer a exclusão dessa impropriedade. Há de ressaltar que no ano de 2014, o Município não ajuizou ações judiciais para recebimento da divida ativa, tendo em vista que os débitos possuem valores inferiores ao mínimo legal para execução (Provimento n.° 18/2007 da Corregedoria Geral da Justiça), mas mesmo assim vem adotando providências no sentido de conseguir a quitação dos tributos por parte dos contribuintes, conforme Notificações de Dívida Ativa efetuadas; declaração firmada pela Procuradoria Geral do Município de Barra do Bugres e pelo Gerente do Departamento de Fiscalização. Arrecadação e Cadastro do Município de Barra do Bugres, que seguem anexas por cópia (doc. 04). Apesar das citadas dificuldades, o gestor vem trabalhando incansavelmente junto com a Fazenda Pública Municipal, Poder Judiciário com a intenção de promover mais ações com a finalidade de envidar meios para prevenir possíveis perdas financeiras, bem como incrementar a arrecadação da dívida ativa e dos débitos ainda não inscritos. In casu, deve o julgador pautar pelo principio da razoabilidade, princípio este implícito em nossa Constituição, que pressupõe que o julgador deve adotar a medida adequada ao ato praticado pelo infrator. Ávila, ao discorrer sobre o citado princípio, estabeleceu três vertentes para sua interpretação: a primeira pressupõe que "a razoabilidade exige a harmonização da norma geral com o caso individual Neste primeiro aspecto, deve-se considerar o que normalmente acontece bem como aspectos individuais do caso. O segundo sentido do postulado da razoabilidade "exige a harmonização das normas com suas condições externas de aplicação”. Por força deste significado, deve haver um suporte empírico para a medida ado- tada e uma relação de congruência entre o critério de diferenciação escolhido e a medida adotada. O terceiro sentido do postulado da razoabilidade "exige uma relação de equivalência entre a medida adotada e o critério que a dimensiona(ÁVILA. Teoria dos princípios - da definição a aplicação dos princípios jurídicos, São Paulo: Malheiros, 2003, p. 95-103). G.N. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, haja vista que pelos motivos acima, o gestor não deixou de cumprir o artigo 11 da LRF. Análise das Alegações de Defesa: Embora o Gestor tenha empreendido ações de cobrança da dívida ativa, houve deter- minação no ACÓRDÃO Nº 2.627/2014 – TP, exarado por esta Corte de Contas, na ocasião do Julgamento da Contas Anuais de Gestão de 2013, no sentido de o Gestor adotar provi- dências para a cobrança judicial de tais créditos, o que o mandatário não fez, tornando-se reincidente neste apontamento. Também, não aproveita o Gestor do fato de o Acórdão ter sido publicado apenas em 03/12/2014, pois até a presente data de 25/07/2014, não houve qualquer atitude no sentido de promover a cobrança judicial dos referidos créditos tributários. Por fim, não cabe a alegação de que os aludidos valores inscritos são inferiores ao mínimo legal para a execução da dívida, mormente se levar-se em consideração os valores das dívidas dos 20 maiores devedores do Município. Cabe ressaltar que o Provimento n.º 13/2013-CGJ, que atualizou o Provimento n.º 18/2007 da CGJ, dispõe que o valor mínimo para a execução fiscal é o valor correspondente a 15 UPF/MT, o que corresponderia a R$ 1.616,25, tomando-se como referência o valor do indexador de dezembro de 2014. Para de- monstrar a possibilidade de cobrança judicial, colaciona-se a tabela abaixo, que traz alguns valores extraídos da lista de devedores de IPTU: Contribuinte Exercícios Valor Total (R$) Aniceto de Campos 2011 2303741,32 Miranda Júlio César Florindo 2014 34281,48 Eurípedes P. S. Pinto 2011 9893,04 Auto Posto Bugrense 2014 5833,33 Tozzi do Brasil LTDA 2010 177193,04 Cerâmica União 2010/2011/2012/2013/2014 34800,00 Ante o exposto, mantém-se a irregularidade.

Apontamento:

2. DB02 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_02. Não adoção de providências para a constituição e arrecadação do crédito tributário, (art. 1o, § 1o e art. 11 da Lei Complementar 101/2000; arts. 52 e 53 da Lei 4.320/64). 2.1) Não há previsão de incidência do ISSQN sobre os serviços de registros públicos, cartorários e notariais. - Tópico - 3.1. RECEITA.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento discordamos da Nobre Equipe Técnica do TCE e esclarecemos que houve medidas e ações para arrecadação e cobrança do Crédito Tributário (ISSQN) sobre os serviços de registros públicos, cartorários e notariais, conforme segue. Foram instaurados processos administrativos para cobrança do ISSQN sobre os serviços de registros públicos, cartorários e notariais, conforme se comprova com os autos de infração e imposição de multa de n°s. 07/2014-BB do Cartório 1° Oficio, representado pela Tabeliã Elza Ribeiro Sales e 08/2014-BB do Cartório 2° Oficio, representado pela Tabe liã Niuara Ribeiro Roberto Borges, bem como anexo I do demonstrativo do cálculo do crédito tributário dos respectivos cartórios, que seguem em anexo (doc. 05). Há de ressaltar, que o Cartório do 1° oficio já foi inscrito em dívida ativa e foi distribuído execução fiscal em 24/07/2014, cujo processo está tramitando na 2a Vara da Comarca de Barra do Bugres - código 93595, conforme extrato do processo em anexo (doc.06), o qual está usando da ampla defesa e recursos para discutir os lançamentos em dívida ativa Anulatória Fiscal - Código: 93146), em trâmite na mesma Vara e Comarca, conforme se comprova com extrato anexo (doc.07), e encontram-se aguardando decisão judicial. Em relação ao Cartório do 2o ofício está tramitando processo administrativo, inclusive a Tabeliã na data de 19/dezembro/2014, efetuou o pagamento de vários meses numa única DAM, no valor de R$ 11.734,33 (onze mil, setecentos e trinta e quatro reais e trinta e três centavos), conforme se comprova com o histórico do contribuinte que segue em anexo fdoc. 08), e vem pagando ISSQN do ano de 2015 rigorosamente, conforme se comprova com o histórico do contribuinte que segue em anexo ídoc. 09). Assim, o gestor vem trabalhando incansavelmente junto com a Fazenda Pública Municipal, com a finalidade de arrecadar os créditos tributários ISSQN sobre os serviços de registros públicos, cartorários e notariais. Há de ressaltar, que o processo administrativo do cartório do 2o Oficio ainda está em trâmite, por essa razão, ainda não foi inscrito em dívida ativa, entretanto, a Tabeliã, já iniciou o pagamento parcial do crédito, conforme acima exposto. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, haja vista que pelos motivos acima o gestor não deixou de cumprir com o determinado no art. 1o, § 1o e art. 11 da Lei Complementar 101/2000; e artigos 52 e 53 da Lei 4.320/64).

Análise das Alegações de Defesa: Frente aos esclarecimentos prestados, afasta-se o apontamento. Apontamento:

3. DB16 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_16. Não liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público (art. 48, II, 48-A da Lei Complementam0 101/2000). 3.1) Não liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. - Tópico - 3.13. TRANSPARÊNCIA PÚBLICA.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) No que concerne esse apontamento, esclarecemos que o Município possui página de internet com link de acesso ao Portal da Transparência, onde são disponibilizadas todas as informações obrigatórias, conforme se verifica no seguinte endereço eletrônico: http:/ /www. barradobugres.mt.gov. br, que está em pleno funcionamento com todas as informações referentes à execução orçamentária. Todavia, no ano de 2014, ocorreram falhas e atrasos nas informações por falha formal do Software da Empresa Duralex, que durante todo o ano de 2013 operacionou com problemas. Por essa razão, e a pedido dos funcionários foi rescindido o contrato com a referida empresa. É nobre esclarecer que devido os problemas ocasionados por conta do programa da empresa Duralex, no dia 29 de janeiro de 2014, houve mudança do Sistema Software desta Administração para a empresa Agili Softwares para área Pública Ltda, conforme cópia do contrato n° 07/2014 (doc. 10). É imperioso mencionar, que tomamos medidas cabíveis para solucionar o problema de sistema, entretanto, a substituição acarretou outros problemas, conforme notificação n.° 007/2014 do controlador Geral com anuência dos demais servidores, onde relatam que o sistema da Empresa Agili Softwares para área Pública não é compatível com a realidade da Prefeitura de nossa cidade. Assim, foi solicitado o cancelamento do contrato com a empresa A gili Soft - wares para área Pública Ltda e contratou novamente a Empresa Duralex. conforma cópia do contrato n° 029/2014 de 22/05/2014 doc. (11) . portanto, com essas providências necessárias e devido a migração de dados de um programa para outro, ocorreram falhas, onde acarretou atrasos nas informações, por falha do sistema. Convém relatar que os servidores do Departamento de Compras, Licitação, Tesouraria, Contabilidade e demais servidores trabalharam arduamente com a finalidade de fechar os balancetes, aplic, folha de pagamento, transparência, para cumprir rigorosamente os prazos do TCE/MT e da Transparência Pública. Assim, ressaltamos que apesar dos problemas mencionados, todas as informações abrangidas pela LRF sobre a execução orçamentária e financeira, de acesso ao público,-, foram publicadas através de Edital afixado no mural da Câmara Municipal e da Prefeitura do nosso Município. Com isso, é de se notar que o gestor nunca teve intenção de negar informações das ações do Município à sociedade, portanto, não seria justo ser punido com multa e/ou outra penalidade em virtude de o problema em si, não ter sido ocasionado por culpa ou má-fé do gestor e/ou de servidores, o que ocorreu foi falha formal, devido problemas dos sistemas. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se tratar de falha de natureza formal, que não causou nenhum dano ao erário, bem como não se tratar de ato causado com má-fé, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não se j a aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, até porque o problema no portal de transparência, já foi solucionado. Análise das Alegações de Defesa: Durante o exercício de 2014, a equipe técnica responsável pela Contas Anuais daquele ano acompanhou o Portal da Transparência e constatou-se que em momento algum foi cumprido o que dispõe a Lei de Acesso à Informação. Nem mesmo a Câmara Municipal de Barra do Bugres teve acesso às informações sobre a execução orçamentária no exercício de 2014, tendo de buscar socorro junto a esta Corte de Contas para obter as informações necessárias ao exercício do controle externo, consoante a Ementa do ACÓRDÃO Nº 2.143/2015 – TP:

Ementa: PREFEITURA DE BARRA DO BUGRES E CÂMARA MUNICI PAL DE BARRA DO BU GRES. REPRESENTAÇÃO DE NATUREZA EX TERNA ACERCA DE IRREGULARIDADES NO ENVIO DOS BALANCE TES MENSAIS DO ANO DE 2014 À CÂMARA MUNICIPAL, NÃO ALI- MENTAÇÃO DO SISTEMA APLIC E NÃO ATUALIZAÇÃO DO PORTAL TRANSPARÊNCIA. PARCIALMENTE PROCEDENTE. APLICAÇÃO DE MULTA. RECOMENDAÇÕES À ATUAL GESTÃO.

Observe-se que mesmo com todas as infrações perpetradas pelas citadas empresas (Duralex e Ágili), relatadas pelo próprio Gestor e pelo Controlador Interno em suas notificações, nenhuma penalidade foi-lhes aplicada. Traz-se à baila tal fato para reforçar o juízo de reprobabilidade acerca da conduta do Gestor: já que alega não ser merecedor de sanção pela irregularidade, deveria ter multado quem lhe deu causa, de sorte que o controle social e controle externo não ficassem prejudicados sem punição. Por fim, em consulta ao Portal da Transparência do Município, verifica-se que ainda não há qualquer informação sobre a execução orçamentária do exercício de 2014, em descumprimento do Acórdão acima citado, conforme o Anexo 1. Do exposto, mantém-se o apontamento. Apontamento:

4. DB18 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_ 18. Não atualização da Planta Genérica de Valores quanto a abrangência da área urbana municipal (artigos 11 e 12 da Lei Complementar 101/2000 e artigo 2º da Resolução Normativa TCE-MT no 31/2012). 4.1) Não houve atualização da Planta Genérica de Valores quanto a abrangência da área urbana municipal. - Tópico - 3.1. RECEITA.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a essa impropriedade discordamos da Nobre Equipe Técnica do TCE/MT e esclarecemos que apesar da Lei Municipal ser do ano de 2003 (1.466/2003), há atualização anual da Planta Genérica de Valores quanto à abrangência da área urbana municipal, através de decreto, onde é corrigida a UPF de Padrão Fiscal do Município de Barra do Bugres, com base de atualização o índice do IPC-FIPE, conforme declaração do Gerente de Cadastro, Tributação e fiscalização e demais documentos que seguem em anexo (doc. 12). Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, re queremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se excluir esse apontamento, de modo que nâo seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça. Análise das Alegações de Defesa: O defendente se refere à atualização dos valores venais dos imóveis com base na correção monetária, o que não se confunde com a atualização da planta genérica quanto à abrangência da área urbana municipal, que constitui o objeto da irregularidade em tela. Como não se carreou aos autos prova da referida atualização, mantém-se o apontamento. Apontamento:

5. EB05 CONTROLE INTERNO_GRAVE_05. Ineficiência dos procedimentos de controle dos sistemas administrativos (art. 37, caput, da Constituição Federal; art. 161, V, da Resolução Normativa TCE n° 14/2007). 5.1) Constatou-se que o controle de estoques de medicamentos é ineficiente. - Tópico - 3.9. SAÚDE.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) É imperioso relatar, que essa falha ocorreu por dificuldade financeira, tendo em vista que o Governo do Estado de Mato não estava cumprindo com seu dever de repassar os valores devidos ao Município no prazo legal, somente efetuando com atrasos inexplicáveis, deixando o gestor e a população em situação precária, o que levou o gestor a tomar medidas urgentes com ajuizamento de ação de Obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada - contra o Estado de , em trâmite na Primeira Vara da Comarca de Barra do Bugres - código 96340 - conforme cópia da decisão da liminar que segue no extrato de andamento do processo (fls. 25) (doc. 13). Por essa razão, que o Município não possui condições financeiras de manter esto- que de medicamentos. Após, o bloqueio dos atrasos dos repasses e bloqueio para manuten- ção do Hospital Regional (fls. 13 - doc. 13), o problema de estoque de medicamentos foi parcialmente solucionado, tendo em vista que o Governo de Mato Grosso, ainda não cum- priu a decisão judicial que é de sua responsabilidade a gestão, administração e manutenção do Hospital Regional de Barra do Bugres-MT. Ante o exposto, e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se tratar de falha de natureza formal, bem como não se tratar de ato causado com má-fé do gestor, ou seja, a falta de estoque de medicamentos foi causada por culpa exclusiva do Chefe do Poder Executivo Estadual, que n ã o assumi sua responsabilidade mesmo com decisão judicial. Assim, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossas Excelênci- as digne-se de excluir esse apontamento, de modo que n ã o seja aplicada multa ao gestor , por ser medida da mais límpida justiça. Análise Alegações de Defesa: O apontamento não se refere à falta de medicamentos, mas à ausência de contro- le de estoques de medicamentos. Na Farmácia do Hospital não há controle de entrada e saí- da de medicamentos, sequer um computador existe para tal controle. Já no Almoxarifado Central há sistema informatizado de controle de estoques, mas a partir das disparidades en- tre o saldo constante no sistema e o saldo efetivamente existente (vide tabela constante do Relatório Técnico) é possível verificar que tal controle também não funciona. A ausência de controle propicia toda sorte de desperdícios, irregularidades e des- vios desses medicamentos, que são tão essenciais à população. Do exposto, mantém-se o apontamento.

Apontamento:

5.2) Ausência do controle informatizado e efetivo dos custos de manutenção dos veículos com gastos combustíveis de forma individualizada. - Tópico - 3.10. BENS (IMÓVEIS E MÓVEIS). [REINCIDENTE].

Análise das Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Em relação ao item 5.2, discordamos da Nobre Equipe Técnica, tendo em vista que apesar de não haver controle informatizado dos veículos com gastos de combustível, houve controle de forma manual, com controle de bordo, os quais foram entregues cópias aos auditores da Equipe Técnica do TCE/MT, que encontram-se acostados aos autos dessas contas. Há de ressaltar, que se trata de mera falha formal que não trouxe prejuízo e nem comprometimento as contas de gestão, tampouco desvio do erário público e má-fé do gestor, haja vista que os gastos com combustível foram para suprir as necessidades exclusivas da Administração Pública. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não se j a aplicada multa ao gestor e ao Controlador Interno , por ser medida da mais límpida justiça. Análise das Alegações de Defesa: Apesar da presença do controle manual de combustível, a defesa admite a falha e a ausência do controle informatizado e efetivo dos custos de manutenção dos veículos com gasto de combustível, mantendo-se a irregularidade. Ressalte-se que se trata de irregularidade reincidente desde o exercício de 2011 e que vem sendo apontada e sendo objeto de determinações, mas que vem se repetindo ao longo dos anos, sem a adoção de qualquer providência pelo gestor no sentido de regularizar a situação. Ante o exposto, mantém-se o apontamento.

Apontamento:

6) GB01 LICITAÇÃO_GRAVE 1. Não-realização de processo licitatório, nos casos pre- vistos na Lei de Licitações (art. 37, XXI, da Constituição Federal; arts. 2°, caput, 89 da Lei n° 8.666/1993). 6.1) Houve aquisição de bens e serviços sem a realização de processo licitatório Tópico - 3.3. - LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DIRETAS.

Análise das Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento discordamos da Nobre Equipe Técnica do TCE/MT e esclarecemos que houve processos licitatórios para aquisição de bens e serviços com 08 (oito) empresas do APÊNDICE H, pag. 95, do relatório preliminar dos auditores, conforme se comprova com a publicação do resultado dos processos licitatórios no jornal oficial dos Municípios que seguem em anexo (doc. 14), a seguir exposto. 01) Máxima Ambiental Serviços Gerais e Participações LTDA - Pregão n.° 01/2010 (Serviços prestados com coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resí- duos sólidos de saúde - Sec. Mun. de Saúde); 02) Singular Consultoria e Auditoria Contábil LTDA - ME - Carta Convite n° 03/2014 (Servi- ços prestados com consultoria administrativa ao departamento de licitação e contratos e ao departamento de contabilidade); 03) SL Comércio e Transporte LTDA - Carta Convite n° 07/2013 (Fornecimento de Cestas Básicas para distribuição gratuita); 04) Regiane Luzia de Souza Tedeschi - ME - Tomada de Preço n.° 02/2013 e Dispensa de Licitação n°. 01/2014 (Serviços prestados na manutenção e retirada de entulho, limpeza ur- bana, poda de árvores e fornecimento de mudas, varrição, transporte e remoção dos resí- duos em vias pavimentadas); 05) Wender da Silva Santos - ME - Pregão presencial n.° 02/2013 (Serviços prestados com transporte escolar); 06) Construtora e Incorporadora Haraqui LTDA - Concorrência Pública n.° 01/2014 (Cons- trução de uma unidade básica de saúde - jardim república/reforma ampliação do centro de educação infantil prof.a Maria Lila); 07) Duralex Sistemas de Gestão Pública LTDA - EPP - Dispensa de Licitação n.° 06/2014 (Serviços prestados com suporte técnico de programação nos sistemas da Prefeitura); 08) Dihol - Distribuidora Hospitalar LTDA - Dispensa de Licitação n°. 11/2014 (Fornecimento de material hospitalar para o HMBB). Ante o exposto, e de conformidade com os documentos que ora junta (doc.14), onde comprova que o gestor realizou os procedimentos licitatórios para aquisição de bens e serviços, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento. Com relação à realização de compras diretas com as empresas Sansão Materiais de Construção LTDA, Sansão de Oliveira & CIA LTDA e Sinvaldo Pires da Silva - ME., foram para atendimento de urgência de todas as Secretarias especialmente a de (Saúde, Educação, Social. Infra-Estrutura, Turismo, Administração e Finanças, Obras, etc) e para Departamentos (Contabilidade, compras, gabinete do prefeito, CREAS, DAE, Cadastro, Procuradoria Geral, Informática, etc). Há de ressaltar que os fornecimentos foram realizados nos termos do art. 24, inc. II da Lei 8.665/93, sendo que os empenhos foram emitidos em períodos distintos e com obje- tos diferentes, e que os materiais e equipamentos adquiridos no comércio local, foi por necessidade imediata da Administração, conforme se verifica da razão analítico de credores de 01/01/2014 até 31/12/2014 (doc. 15) que ora junta. Outro fato a ser considerado pela nobre Equipe Técnica e Conselheiros, é de que a administração ao autorizar as despesas, respeitou em especial o princípio da economicidade, razoabilidade, visando atender o interesse público e a urgência, principalmente na área da Saúde e Educação Convém relatar, que compulsando os autos, relatório preliminar da Equipe Técnica, verificamos que uma das contratações diretas foram com a empresa Sansão de Oliveira & CIA LTDA, para realização de exames laboratoriais de pacientes internados no Hospital Regional e outros munícipes. Ademais, não restaram caracterizado preços superiores ao de mercado e tampouco houve desvio de finalidade, má-fé e prejuízo ao erário público, pelo contrário, houve o devido respeito ao principio da economicidade. O que ocorreu de concreto foi que houve necessidade de urgência na aquisição dos serviços, materiais permanentes, consumo dos materiais de papelaria, serviços de mecânica, peças, materiais de construção, serviços laboratoriais e etc. Em caso análogo o nosso Egrégio Tribunal de Contas ao analisar e julgar as contas de gestão de 2008 do Município de assim decidiu: (....) Voto do relator Conselheiro Humberto Bosaipo – processo n° 74217/2009 que foi acompanhado pelos demais Conselheiros, confor- me ACÓRDÃO N° 3.130/2009. 4) as compras, conforme item 3.2.2 não foram contratados mediante processo de licitação pública, ressal- vados os casos especificados na legislação (art. 37. inc.XXI. CF): E-10. f) Verifico que o gestor ao formular na sua justificativa de defesa, rela- cionou as fls. 424 a 456-TCE todas as compras e serviços realizados durante o período analisado pela prefeitura municipal de SERRA NOVA DOURADA. Tenho a considerar que analisando todos os demonstra- tivos apresentado pelo gestor, não vislumbro da suposta fragmentação, vejo que se somou vários itens de determinados gêneros, colocando-os no mesmo “bolo”. Nos grupos existem elementos e objetos distintos, logo, não se poderia agrupá-los sob a insígnia de fragmentação. Relevo as impropriedades e recomendo o gestor que passe a exigir dos seus colaboradores, que todo contrato ao ser confeccionado deverá em regra geral, por tratar de erário público, aplicação e obediência as dire trizes exigidas na Lei de Licitação. Assim, a mera análise objetiva dos fatos, sem considerar as situações, o lapso temporal, a destinação (para diferentes secretarias), a ausência de superfaturamento e a materialização do fornecimento do produto, não comprova que houve a intenção de burlar o processo de licitação. Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento, caso, não seja esse entendimento, que releve a impropriedade, convertendo-a em recomendação, haja vista que não houve prejuízo ao erário público e houve o devido respeito ao principio da economicidade. Análise das Alegações de Defesa: Em suas justificativas, o gestor alega que as compras foram efetuadas por meio de Dispensa de Licitação, entretanto a dispensa de licitação, no caso, deveria se restringir a R$ 8.000,00 por natureza de itens assemelhados, durante todo o exercício financeiro e não por compra ou departamento, como alega o defendente. Esclarece-se que a dispensa não é realizada por item ou por compra, pois se isso fosse verdadeiro, dificilmente haveria necessi- dade de se licitar em qualquer ocasião. Dessa forma, ficou configurada o fracionamento de despesa, como o intuito de burlar a necessidade de se licitar. A despeito da essencialidade dos serviços laboratoriais ou das compras de mate- riais de construção não é fato imprevisível a necessidade de contratação/compra de tais ser- viços/insumos todos os anos pela Administração, de modo que não pode constituir justificati- va plausível para a não realização do procedimento licitatório. Do exposto, mantém-se o apontamento.

Apontamento:

7. HB03 CONTRATOS_GRAVE_03. Prorrogação indevida de contrato de prestação de serviços de natureza não continuada com fulcro no art. 57, II, da Lei 8.666/ 1993. 7.1) Constatou-se a prorrogação de contratos de natureza continuada sem a demonstração da vantajosidade para a Administração Pública- Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a essa impropriedade, discordamos da Nobre Equipe Técnica do TCE/MT, tendo em vista que a prorrogação dos contratos ocorreram com a demonstração de condições mais vantajosas para a Administração, a seguir exposto: O Contrato n.° 07/2013 - credor TWI Empreendimentos Tecnológicos e Turismo LTDA, foi prorrogado obedecendo aos requisitos legais previstos no art. 57, inciso II e § 2° da lei de licitação, conforme se depreende com as cópias do processo licitatório que ora junta (doc. 16). No que concerne o Contrato n° 08/2013 - credor Wender da Silva Santos - ME, para transporte escolar, foi prorrogado obedecendo aos requisitos legais previstos no art. 57, inciso II e § 2o da lei de licitação, conforme se depreende com a cópia do parecer jurídico que ora junta (doc. 17). Em relação ao Contrato n° 14/2013 - credor Odair Vieira Matos - ME, foi prorrogado obedecendo aos requisitos legais previstos no art. 57, inciso II e § 2o da lei de licitação, conforme se depreende com a cópia do parecer jurídico que ora junta (doc. 18). Quanto ao Contrato n° 23/2013 apontado pela Equipe Técnica - refere-se a outro credor "Associação dos Músicos de Barra do Bugres. O contrato do credor Diocese de São Luiz de Cáceres é o de n° 023/2014, que foi prorrogado obedecendo aos requisitos legais previstos no art. 57, inciso II e § 2° da lei de licitação, conforme se depreende com as cópias do processo licitatório que ora junta (doc. 19), tendo em vista que o imóvel é de suma importância para as acomodações da Secretaria de Educação por estar em lugar estratégico, com várias salas, portanto, se houvesse mudança de local implicaria em mais gastos para a Administração, sem contar por se tratar de cidade pequena não há grande oferta de imóveis como esse. Por essa razão, houve sim a demonstração de vantajosidade para a Admininistração pública. Assim, todos os contratos foram prorrogados com a devida observância aos requisitos da Lei de Licitação, bem como aos princípios basilares da administração Pública. Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento, caso, não seja esse entendimento, que releve a impropriedade, convertendo-a em recomendação.

Análise das Alegações de Defesa: Em suas justificativas, o gestor alega que as prorrogações contratuais ocorreram obedecendo os requisitos dispostos no art. 57, II, da Lei 8.666/93, que dispõe:

Art. 57.A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos res- pectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: (...) II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de pre ços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses

Dos documentos juntados aos autos, constam solicitações de prorrogações das empresas contratadas, propostas financeiras e pareceres jurídicos favoráveis às prorroga- ções e aditivos que, além de favoráveis à prorrogação do prazo, promoveram aditivos de va- lor de alguns contratos. Entretanto, não foram anexadas pesquisas de mercado que demons- trem a vantajosidade da prorrogação contratual para a Administração Pública, em de- sacordo com o que prevê a Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Ante o exposto, mantém-se o apontamento. Apontamento:

7.2) Constatou-se a prorrogação de serviços de execução não continuada - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a essa impropriedade não concordamos com a Nobre Equipe Técnica do TCE, pois compulsando os autos dos processos de licitações e os contratos, verificamos que os mesmos foram prorrogados com base no artigo 57 de Lei n° 8.663/93, com exceção do contrato n.° 10/2013 que não foi prorrogado, conforme demonstraremos: Em relação ao contrato n.° 67/2013 - credor Silva Freire & Vargas - Assessoria e Advocacia (objeto: Prestação de serviços de assessoria e consultoria jurídica), é imperioso mencionar, que foi contratado por 05 (cinco) meses, com inicio em 02 de agosto de 2013 e término em 31 de dezembro de 2013, o qual previa prorrogação nos termos do artigo 57, inc. II, da lei 8.666/93, conforme cópia em anexo (doc. 20). Há de ressaltar, que o contrato foi prorrogado por 06 (seis) meses, com inicio em 31/12/2013 e termino em 30/06/2014, para dar continuidade na execução dos serviços advo- catícios que foram iniciados durante a vigência do contrato. Já em relação ao contrato n.° 10/2013 - credor Exito importadora e exportadora S/A (objeto: Aquisição de duas pás carregadeiras), houve equívoco dos auditores em afirmar que houve prorrogação, pois conforme se infere da cláusula quarta “4.1” há duas parcelas de 24 e 12 meses e na cláusula sexta consta o prazo de 24 meses, que se iniciou em 21 de março de 2013 com término em 21 de março de 2015, portanto, durante o ano de 2014 não foi prorrogado o prazo do referido contrato, tendo em vista que o encerramento somente venceria no ano de 2015, conforme cópia em anexo (doc.21). Assim, requer a exclusão do apontamento do contrato n° 10/2013, pelos moti- vos acima exposto. No que concerne ao contrato de n.º 43/2013 – credor Daruma Telecomunicações e Informática S/A (objeto: Aquisição de computador interativo e lousa digital), apesar de não ter natureza de execução não continuada, houve a necessidade de prorrogação do pre- sente, tendo em vista a justificativa que se comprova através dos documentos que ora junta (contrato, requerimentos, envio de email, oficio solicitação prorrogação de prazo, parecer ju- rídico, termo aditivo, temo de aceite e razão analítico de credores) (doc.22). Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento, caso, não seja esse entendi- mento, que releve a impropriedade, convertendo-a em recomendação, haja vista que os achados são de falhas formais, que não causou prejuízo ao erário público, tampouco houve má-fé ou desvio de finalidade do gestor, bem como o mesmo já tomou providências no senti- do de recomendar aos servidores do Departamento de Licitação que buscam aperfeiçoa- mentos e treinamentos para que novas falhas não se repitam nos próximos processos licita- tórios. Análise das Alegações de Defesa: Quanto ao serviço de Assessoria Jurídica (contrato n.º 67/2013), não tem razão o gestor, pois tal serviço não é de natureza continuada e, nessa qualidade, não deveria ter sido prorrogado. O Professor Marçal Justen Filho assevera a necessidade de o serviço ser de na- tureza permanente e haver previsão orçamentária para o seu pagamento para ser considera- do de prestação de natureza continuada. Compulsando-se o Plano de Cargos e Carreira do Município (PCCS), constata-se que, a rigor, o serviço de assessoria jurídica em comento nem mesmo deveria ter sido con- tratado, muito menos ainda prorrogado, uma vez que se trata de serviço de natureza perma- nente no órgão, e como tal, deveria ser exercido por servidor público de carreira, pois existe a previsão do cargo aludido PCCS. Nesse sentido é o prejulgado n.º 923 do TCE/SC: Nos termos do art. 57, II, da Lei Federal nº 8.666/93, com redação da Lei 9.648/98, a prorrogação sucessiva de contratos administrativos, por até 60 meses, quando expres- samente previsto no instrumento convocatório, só é permitida para os contratos de ser- viços contínuos, neles não se enquadrando os serviços de consultoria jurídica, de as- sessoria administrativa ou de auditoria. Os serviços de controle e auditoria interna competem exclusivamente a pessoal dos quadros do próprio ente, constituindo ativida- de permanente do órgão, nos termos do art. 74 da Constituição Federal, e exigência da Lei Complementar n° 101/00. (TCE-SC, Prejulgado nº 923) Frise-se que o exposto não significa que há vedação à contratação de serviços de assessoria jurídica para ramo especializado do Direito, de natureza complexa. O que é vedado é a contratação de serviços de assessoria jurídica não especializada, de natureza permanente, mormente quando há previsão no PCCS de cargo de Advogado, o que configu- raria terceirização indevida do serviço. Corrobora, também, com essa tese, o Acórdão do TCU n.º 852/2010-Plenário: Credenciamento visando à prestação de serviços advocatícios: 1 - Contratação, por inexigibilidade de licitação, para execução de atividades de natureza continuada Representação oferecida ao TCU indicou supostas irregularidades perpetradas pelo Banco da Amazônia S/A (BASA), referentes ao Credenciamento n.º 2009/001. Entre elas, foi apontado o descumprimento das determinações constantes dos Acórdãos n.os 1.443/2007-Plenário e 3.840/2008-1ª Câmara, no sentido de que o BASA se limitasse a contratar serviços advocatícios apenas para atender a si- tuações específicas, devidamente justificadas, abstendo-se de contratá-los para exe- cução de atividades rotineiras do órgão, salvo eventual demanda excessiva. Em seu voto, o relator asseverou que “a questão primordial analisada nestes autos diz respeito à terceirização de serviços advocatícios, que o Banco da Amazônia S/A insiste em manter mediante a contratação de escritórios de advocacia para a prestação de serviços judiciais e extrajudiciais em geral, em vez de contratar os referidos profissionais por meio de concurso público”. Para ele, a matéria já tem entendimento pacífico no TCU, no sentido de que contratações dessa espécie somente podem ser consideradas legais se efetivadas para serviços específicos, de natureza não continuada e com características singulares e complexas, que evidenciem a impossibilidade de serem prestados por profissionais do próprio qua- dro da entidade. Assim sendo, as justificativas apresentadas pelo Presidente do BASA e pelo Presidente do Comitê de Licitações do Banco em resposta às audiências, referentes à singularidade dos serviços, bem como ao aspecto da discricionariedade sustentado, “não merecem acolhida desta Corte, haja vista que o credenciamento ora examinadoenvolve a prestatação de serviços advo- catícios de natureza continuada, isto é, vem sendo mantida há mais de dez anos. Ademais, as características das contratações em tela não se revestem de grande complexidade, pois abarcam processos de ações de cobrança de créditos e de ações cíveis e trabalhistas onde o Banco detém a condição de réu. Na maioria dos casos, a defesa é padronizada,o que confirma ser dispensável a utilização de técnicas jurídicas complexas ou alto grau de conhecimento para o desempenho dos serviços contratados”. Considerando que o edital de credenciamento já estava encerrado, não cabendo, portanto, a sua anulação, o relator propôs e o Plenário de- cidiu aplicar multa aos responsáveis, sem prejuízo de expedir determinação corretiva ao BASA. Acórdão n.º 852/2010-Plenário, TC-012.165/2009-7, rel. Min. Valmir Campelo, 28.04.2010. Quanto ao contrato n.º 43/2013, o próprio defendente reconhece que o contrato não é de natureza continuada. Frente ao exposto, mantém-se o apontamento.

Apontamento:

8. HB08 CONTRATOS_GRAVE_08. Não-aplicação de sanções administrativas ao contratado em razão de atraso ou inexecução total ou parcial do contrato (arts. 86 a 88 da Lei 8.666/1993). 8.1) A administração não adotou providências nos casos de descumprimento de avença por parte do contratado. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Em que pese o apontamento da Nobre Equipe Técnica, o mesmo não há de prosperar, tendo em vista que após a notificação do Controlador Interno, referente aos contratos de n°. 07 e n°. 86/2013 (relatório preliminar de fls. 22/23), o gestor tomou as devi- das providências para solucionar o problema, aditivando os contratos e após o cumprindo cancelando os contratos em abril de 2014, conforme exposto no relatório preliminar (fls. 22), conforme cópia do contrato, solicitação de prorrogação de prazo, parecer jurídico, termo aditivo, publicação (doc. 23). Por outro lado, o gestor não pode ser penalizado por falha formal que foge do controle do gestor, e ainda, não há provas de que o gestor agiu com dolo ou mã-fé e tampouco teve intenção de causar prejuízo ao erário público, haja vista que os serviços foram prestados. Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento, caso, não seja esse entendimento, que releve a impropriedade, convertendo-a em recomendação, haja vista que não houve prejuízo ao erário público ou má-fé do gestor. Análise das Alegações de Defesa: O gestor não comprovou que aplicou as sanções administrativas ao contratado em razão da inexecução do contrato. Além de ser um poder, a aplicação de penalidades é um dever do Gestor público. Por não se tratar de um ato discricionário, não pode o gestor deci- dir acerca de sua conveniência ou oportunidade. Posto isso, mantém-se a irregularidade.

Apontamento:

9. HB10 CONTRATOS_GRAVE_10. Ocorrência de irregularidades nas alterações e/ou atualizações do valor contratual (art. 57, art. 65 c/c arts. 40, XI, 55, III da Lei 8.666/1993). 9.1) Constatou-se atualização de valores e acréscimo quantitativo do objeto em desacordo com o que prevê o art. 65 da Lei de Licitações e Contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) No que diz respeito a esse apontamento, discordamos da Equipe técnica, pois o 2.º aditivo do contrato n° 008 de 06 de março de 2013, foi realizado de conformidade com o artigo 65 da lei de licitações e contratos, em virtude de requerimento do contratado em de- corrência de dois aumentos de combustível após a contratação, o qual adveio com documentos. Há de ressaltar, que o 2° termo aditivo de reequilíbrio econômico financeiro no percentual de 15%, foi procedido após obediência aos requisitos legais da Lei de Licitação, em 31/03/2014, onde consta estimativa de reequilíbrio econômico financeiro, parecer jurídico e outros documentos acostados ao processo licitatório do referido aditivo que ora junta (doc. 24). O 3.º termo aditivo do contrato 008/2013, de aumento de quantitativo foi procedido a requerimento justificado da Secretária de Educacão (doc. 24), onde narra que os veículos da Secretaria de Educação não são suficientes para atender a demanda do transporte escolar, por essa razão se faz necessário o aditivo para dar continuidade no transporte dos alunos que não podem ficar sem aula. É imperioso mencionar, que analisando o procedimento licitatório e os documentos acostados pela Secretária de Educação no requerimento de aumento de quantitativo, verifi- ca-se que as linhas são as mesmas, mas houve necessidade do contratado em dispor de mais veículos para o transporte, tendo em vista a escassez da frota da educação. Assim, não há o que se falar em acréscimo indevido. Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esses apontamentos, caso, não seja esse entendimento, que releve as impropriedades» convertendo-as em recomendação, haja vista que não houve prejuízo ao erário público e houve o devido respeito ao principio da economicidade e obediência a Lei 8.656/93. Análise das Alegações de Defesa: Consultando-se o doc. 24 colacionado aos autos, verifica-se que não foi apresen- tada demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do contrato, de- vidamente justificada (planilha com a composição dos custos), necessária para respal- dar a repactuação. Apenas foram acostados recortes de jornais da época, em completo de- sacordo com a Lei de Licitações e Contratos. Além do mais, consultando-se no portal da ANP1 os preços vigentes para o óleo diesel em março de 2013 e março de 2014, no Estado de Mato Grosso, verifica-se que tal combustível teve aumento médio de apenas 8,17% para o período, o que não justificaria a repactuação corresponde a 15%, referente ao 2.º Termo Aditivo:

RESUMO II - Diesel R$/l Período : 2013 - Nº DE Março POSTOS Preço ao Consumidor PESQUISADO PREÇO DESVIO PREÇO PREÇO MARGEM S MÉDIO PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA 40 2,81 0,08 2,62 2,9 0,49 Caceres 39 2,54 0,14 2,38 2,95 - Cuiaba 154 2,55 0,07 2,35 2,69 0,28 Rondonopolis 83 2,55 0,07 2,35 2,65 0,31 Santo Antonio do Leverger 12 2,4 0,08 2,3 2,5 - Sinop 46 2,61 0,06 2,49 2,72 0,31 28 2,64 0,09 2,44 2,79 - Varzea Grande 80 2,45 0,04 2,39 2,55 0,19 R$ 2,57

RESUMO II - Diesel R$/l Nº DE POSTOS Período : 2014 - PESQUISADO Preço ao Março S Consumidor DESVIO PREÇO PREÇO MARGEM PREÇO MÉDIO PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA Alta Floresta 40 2,96 0,05 2,9 3,09 0,51 Caceres 36 2,76 0,07 2,65 2,89 0,34 Cuiaba 134 2,71 0,09 2,43 2,9 0,27 Rondonopolis 86 2,76 0,05 2,6 2,8 0,36 Santo Antonio do Leverger 12 2,69 0,05 2,64 2,75 - Sinop 41 2,83 0,1 2,71 3,07 - Sorriso 24 2,9 0,07 2,75 2,95 0,56 Varzea Grande 58 2,68 0,09 2,35 2,8 0,25 R$ 2,78

Frente ao exposto, mantém-se a irregularidade.

1 Disponível em: . Consultado em 28.jul.2015. Apontamento:

9.2) Constatou-se atualização de valores e acréscimo quantitativo do objeto em desacordo com o que prevê o art. 65 da Lei de Licitações e Contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a essa impropriedade, discordamos da Equipe técnica, pois o reequilíbrio de valores do contrato n° 014 de 01 de abril de 2013, foi realizado de conformidade com o artigo 65 da lei de licitações e contratos, em virtude de requerimento do contratado em decorrência de grande alta nos custos operacionais e do óleo diesel após a contratação, o qual adveio com documentos. Há de ressaltar, que o 2o termo aditivo de reequilíbrio econômico financeiro no percentual de 13,75%, foi procedido após obediência aos requisitos legais da Lei de Licitação, em 04/04/2014, onde consta estimativa de reequilíbrio econômico financeiro, parecer jurídico e outros documentos acostados ao processo licitatório do referido aditivo que ora junta (doc. 25), principalmente, porque houve a comprovação do aumento combustível através da nota fiscal (doc. 25). O 3o termo aditivo do contrato 014/2013, de aumento de quantitativo foi proce dido a requerimento justificado da Secretária de Educação (doc. 25) e demais documentos que foram analisados pelo Jurídico. Ademais, a defesa não concorda com a equipe técnica no que diz respeito a 03 (três) linhas, pois analisando detidamente o contrato, verifica-se que sò atende uma (0 1 ) linha , e ainda, o montante de Km 150.760 não pertence a esse contrato. Por outro lado, o acréscimo de quantitativo foi necessário, tendo em vista que a quilometragem do referido contrato era de 200 dias letivos x 118,4=23.680 km, para atender o transporte escolar de 2013. Como não houve acréscimo de linha para o ano de 2014, foi mais econômico e vantajoso aditivar o quantitativo do contrato do ano de 2013, no percentual de 25% (5.920 km), conforme se comprova com a cópia do 3° aditivo e demais documentos que ora junta (doc.25 ). É imperioso mencionar, que analisando o procedimento licitatório e os documentos acostados pela Secretária de Educação no requerimento de aumento de quantitativo, verifi- ca-se que houve necessidade na atualização de valores e acréscimo de quantitativo. Além disso, a realização de despesas dessa natureza está afeta ao campo da discricionariedade da administração pública, desde que esses gastos se subordinem aos princípios basilares da economicidade, razoabilida de, proporcionalidade, finalidade e do interesse público, o que ocorreu no presente caso.

Análise das Alegações de Defesa: O reajustamento de preços, objeto do apontamento em tela, tem por base legal o art. 65, II, “d”, da Lei 8.666/93, que preconiza: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devi das justificativas, nos seguintes casos: (…) II - por acordo das partes: (…) d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remune ração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retar dadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraor dinária e extracontratual; (g.n.)

Segundo o Tribunal de Contas da União, no Acórdão n° 1.563/2004 – TCU – Ple- nário: “Assim, seria defensável a existência do gênero reajustamento de pre ços em sentido amplo, que se destina a recuperar os valores contrata dos da defasagem provocada pela inflação, do qual são espécies o era justamento de preços em sentido estrito, que se vincula a um índice e a repactuação de preços, que exige análise detalhada da variação dos custos.” (g.n.) Compulsando-se os documentos carreados ao processo (doc. 25), constata-se que não há planilha detalhada da variação dos custos, de modo a justificar a repactuação concedida. Cabe lembrar que o custo do serviço de transporte é composto por outras rubricas além do combustível, de modo que não se pode conceder repactuação do contrato tomando-se por base apenas a variação no preço desse insumo. Outrossim, o preço dos insumos da referida planilha de custos, deve ser o preço médio de mercado, extraído de pesquisa de preços de mercado na região. O custo do litro do diesel comum, de R$ 2,90, referente a março de 2014, apresentado na nota fiscal que justificou a repactuação, apresenta-se muito acima do valor médio de mercado. Tomando-se como referência o valor praticado no contrato entre a Prefeitura de Barra do Bugres e a empresa Auto Posto Bugrense, no mesmo mês de referência, tem-se o valor de R$ 2,71 2 (chave de acesso 51140432962458000118550010000229261841377765). Esse valor correspondia à média praticada no mercado local, já que na ocasião da visita técnica ao Município tal valor foi cotejado com o preço médio praticado no município e mostrou-se muito próximo a este. De todo o exposto, concluí-se que a repactuação, referente ao 2. o termo aditivo ocorreu ao arrepio do art. 65 da Lei de Licitações e Contratos. Assim, mantém-se o apontamento.

2 http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/consultaCompleta.aspx?tipoConteudo=XbSeqxE8pl8= Apontamento:

10. JB01 DESPESAS_GRAVE_01. Realização de despesas consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, ilegais e/ou ilegítimas (art. 15 da Lei Complementar 101/2000; art. 4o da Lei 4.320/ 1964). 10.1) Pagamento de despesas com juros e multas decorrentes do pagamento em atraso de débitos com o PASEP e com a Dívida Ativa do Estado (Secretaria do Meio Ambiente), no montante de R$ 153.456,69, valor que deve ser ressarcido aos cofres públicos pelo ordenador de despesas. [REINCIDENTE]. Tópico - 3.2. DESPESAS

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a este apontamento, discordamos da Nobre Equipe Técnica, vez que refe- ridos débitos são dos anos de 2008, 2011 e 2012, conforme se comprova com as cópias dos termos de confissão de débito inscrito em dívida ativa e requerimento de parcelamento junto a Procuradoria Geral do Estado, da gestão de ex-prefeito, que não foram pagas (doc. 25-A). Há de ressaltar, que por causa do não pagamento dos débitos inscritos em dívida ativa, o Município estava com certidão positiva, correndo risco de bloqueio e liberação de re- cursos, por essa razão, o gestor efetuou os pagamentos com multas e atrasos do Pasep e Meio Ambiente do ex-gestor, para não prejudicar os repasses de recursos para o Município. É imperioso mencionar, que o gestor solicitou via oficio n°. 188/GP/2015 (doc.25) ao Procurador Geral do Município que tome as medidas cabíveis com a máxima urgência, no sentido de promover Ação Judicial ou Extrajudicial contra o Ex-gestor, para ressarcimento ao Erário Público do montante de R$ 153.456,69, referente ao pagamento de despesas com ju- ros e multas decorrentes do pagamento em atraso de débitos com o PASEP e com a Dívida Ativa do Estado (Secretaria do Meio Ambiente), por terem sido contraídas nos anos de 2008, 2011 e 2012, conforme já exposto acima. Ante o exposto, e levando-se em consideração, o Princípio da Razoabilidade, e por se não se tratar de ato causado com má-fé, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne- se de excluir esse apontamento e ressarcimento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça. Análise das Alegações de Defesa: Frente aos esclarecimentos prestados, afasta-se a irregularidade. Propõe-se que seja encaminhado o presente apontamento ao Relator responsável pelas contas de 2008, 2011 e 2012 para que, querendo, instaure Representação com fins de ressarcimento do valor do débito ao erário.

Apontamento:

10.2) Pagamento de despesas com juros, multas e correções monetárias decorrentes do pagamento em atraso de faturas de energia elétrica, no montante de R$ 16.140,33, valor que deve ser ressarcido aos cofres municipais pelo ordenador de despesas. [REINCIDENTE]. - Tópico - 3.2. DESPESAS

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a este apontamento apesar das contas terem sido pagas por atraso em virtude de o correio ter efetuado a entrega das faturas após o vencimento, o gestor requereu o parcelamento do valor apurado pelo TCE/MT., e iá quitou a primeira parcela conforme có- pia do comprovante do pagamento em anexo (doc. 26). Requer prazo para juntada dos de- mais comprovantes. Ante o exposto, requer que a nobre equipe exclua esse apontamento, tendo em vista que o gestor agiu de boa-fé em pagar parcelado o valor referente aos juros da conta de energia. Análise das Alegações de Defesa: O recolhimento do débito, não sana a irregularidade, após apontamento em rela- tório de auditoria do Tribunal de contas, a teor do Acórdão n.º 1.702/2014 – TP: Despesa. Multas e juros decorrentes de atraso contratual. Ressarcimento após apontamento do Tribunal de Contas. O ressarcimento ao erário de despesas com multas e juros, decorrentes de atrasos no pagamento de obrigações contratuais e suportadas diretamente pelo órgão público, quando realizado pea autoridade responsável após apontamento em relatório de auditoria do Tribunal de Contas, não descaracteriza a irregularidade e ilegitimidade da despesa, sujeitando o res- ponsável à aplicação de multa, sem, contudo, importar na condenação em débi- to, haja vista que o ressarcimento já foi efetuado. (Contas Anuais de Gestão. Relator: Luiz Carlos Pereira. Acórdão nº 1.702/2014 – Tribunal Pleno. Processo nº 7.540-0/2013). Mantém-se a irregularidade.

Apontamento:

10.3) Foram constatadas despesas com pagamento de contração de pessoas físicas para prestar serviços em órgãos que não fazem parte da estrutura administrativa municipal, no montante de R$ 16.156,87, devendo tal valor ser ressarcido aos cofres públicos municipais. Tópico - 3.2. DESPESAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a este apontamento, esclarecemos que essa contratação de pessoas físi- cas para a Polícia Militar e Polícia Civil já vinham sendo realizadas pela Administração há muitos anos, por essa razão, e considerando que os órgãos estavam com estrutura funcional incompleta, o gestor deu continuidade nas referidas contratações. Urge relatar, que após conhecimento que referidas contratações poderiam ocasio- nar problemas, o gestor comunicou os órgãos e encerraram-se as contratações, conforme se comprova através do ofício n° 030/2015 datado de 17/06/2015 do Controlador Interno - Alian- dro Piovezan Gomes, que segue em anexo (doc.27) É imperioso relatar, que discordamos da nobre Equipe do TCE/MT, quanto ao res- sarcimento ao erário público do valor das contratações de R$ 16.156,87, tendo em vista que os serviços foram prestados e contratados de boa-fé, bem como foram recolhidos todos os impostos, conforme se comprova com os empenhos que ora junta (doc. 28) e para atender serviços essenciais para a população vez que os órgãos são da Policia Civil e Militar. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se não se tratar de ato causado com má-fé ou desvio do erário público, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento e ressarci- mento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justi- ça. Análise das Alegações de Defesa: O defendente confirma a irregularidade. O dever de ressarcimento ao erário decor- re do gasto ilegal, não cabendo a alegação de que os serviços foram prestados, conforme corretamente anotou o Min. Milton Pereira: "a escusar-se a responsabilidade do administrador público, pela salvaguarda de que o empregado, em contraprestação, prestou serviços, será construir um estranho indene de impunidade em favor do agente político que praticou ato manifestamente contra a lei - nexo causal das obrigações da relação de trabalho nascida de ato ilegal – crian do-se inusitada convalidação dos efeitos de ato nulo. Será estimular o ímprobo a agir por que, a final, aquela contraprestação o resguardará contra ação de responsabili dade civil" (cf. voto proferido no Resp. n. 34.272.0-RJ, julgado em 12-5-93 pelo STJ; v., ainda, votos do mesmo Ministro, proferidos nos Resps. ns. 18.693-RJ e 20.316-1)”. (g.n) Em matéria de dinheiros públicos, "quem gastar, tem que gastar de acordo com a lei" - é o que corretamente anotou Batista Ramos (Considerações sobre: pare- cer prévio, princípio da legalidade, competência para julgamento, em Revista do Tribunal de Contas da União 5(8):41-54). Já se antecipando à alegação descabida, de que, em tais casos, em face da pres- tação dos serviços pelos funcionários ou pela empresa ilegalmente contratados, não haveria prejuízo ao patrimônio público e, consequentemente, não seria possível imputar-se ato de improbidade ao administrador pois, em havendo devolução do dinheiro dispendido, ocorreria enriquecimento ilícito por parte da Administração que se locupletaria dos serviços prestados, no mesmo Voto acima referido, ensinou Mazzilli3: "É preciso deixar claro que está em questão um princípio: pode o administrador com

3 Disponível em: . Consulta em 29.jul.2015. tratar impunemente, sem concurso, fazer tabula rasa da lei, e ficar tudo por isso mês mo? Pode cometer tais ilegalidades gritantes e mandar a conta para os cofres públi cos? No mesmo sentido, aduzem Sérgio Ferraz e Lúcia Valle Figueiredo:

“quem gastar em desacordo com a lei, há de fazê-lo por sua conta, risco e perigos. Pois, impugnada a despesa, a quantia gasta irregularmente terá de retornar ao Erário Público. Não caberá a invocação, assaz de vezes realizada, de enriquecimento ilícito da Administração. Ter-se-ia esta, consoante essa linha de argumentação, beneficiado com a obra, serviço e fornecimento, e, ainda mais, com o recolhimento do responsável ou responsáveis pela despesa considerada ilegal" (Dispensa e Inexigibilidade de lici

tação, 3ª ed., Malheiros, p. 93). Invocando Gabriel Bayle, aduzem os referidos autores que a figura do enriqueci- mento ilícito sequer se acomoda pacificamente ao dinheiro público, e deve ser admitida pre- cipuamente para salvaguarda dos interesses de terceiros de boa-fé (op. cit., p. 94). Posto isso, mantém-se a irregularidade.

Apontamento:

10.4) Constatou-se pagamento de despesas a fornecedor, em duplicidade, utilizando-se a mesma nota fiscal eletrônica, causando prejuízo ao erário no montante de R$ 5.325,00, valor que deve ser ressarcido ao erário municipal pelo ordenador de despesas. - Tópico - 3.2. DESPESAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a este apontamento, de pagamento em duplicidade, ocorreu por erro no momento de desembolso, conforme informação da Diretora de Finanças, que após tomar co- nhecimento, solicitou a restituição ao representante da Empresa Industria Química CMT LT- DA-ME, o qual recolheu aos cofres do Município o valor de R$ 5.325,00, através da DAM n° 598, conforme se comprova com o relatório razão analítico do mês de março de 2015 e guia de recolhimento (doc.29). Ante o exposto, e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se não se tratar de ato causado com má-fé e a devida restituição ao erário do Município, re- queremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse aponta- mento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justi- ça. Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Como as providências só foram tomadas após o apontamento em relatório de au- ditoria, aplica-se, mutatis mutandis, o Acórdão n.º 1.702/2014 – TP: Despesa. Multas e juros decorrentes de atraso contratual. Ressarcimento após apontamento do Tribunal de Contas. O ressarcimento ao erário de despesas com multas e juros, decorrentes de atrasos no pagamento de obrigações contratuais e suportadas diretamente pelo órgão público, quando realizado pea autoridade responsável após apontamento em relatório de auditoria do Tribunal de Contas, não descaracteriza a irregularidade e ilegitimidade da despesa, sujeitando o res- ponsável à aplicação de multa, sem, contudo, importar na condenação em débi- to, haja vista que o ressarcimento já foi efetuado. (Contas Anuais de Gestão. Relator: Luiz Carlos Pereira. Acórdão nº 1.702/2014 – Tribunal Pleno. Processo nº 7.540-0/2013). Ademais,a irregularidade não pode ser afastada, sob pena de relegar a esta Corte de Contas o papel de anexo do sistema de controle interno da Prefeitura, uma vez que cabe- ria, a priori, àquele sistema a função de prevenir e detectar a falha ora em comento. Não se deve olvidar que a Administração é responsável pela manutenção de tal sistema, portanto, pugna-se pela aplicação de sanção ao Gestor. Do exposto, mantém-se o apontamento. Apontamento:

11. JB12 DESPESAS_GRAVE_ 12. Pagamento de obrigações com preterição de ordem cronológica de sua exigibilidade (arts. 5o e 92 da Lei n° 8.666/1993). 11.1) Os pagamentos dos Restos a Pagar não obedeceram a ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, conforme dispõe o artigo 5o da Lei 8.666/93. - Tópico - 3.7. RESTOS A PAGAR.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a este apontamento, discordamos dos auditores quanto a violação da Lei de Licitações e contratos e afronta ao Princípio da Isonomia, tendo em vista, que compulsan- do o relatório preliminar da auditoria fls. 26 e os empenhos liquidados, constatamos que os mesmos se referem a recolhimento da Previdência Municipal e folha de pagamento ambos do mês dezembro de 2013 da Controladoria Geral Controle Interno, conforme extratos de movimentação de empenho que seguem em anexo (doc. 30). Há de ressaltar, que se alguns pagamentos de restos a pagar foram liquidados em preterição aos inscritos, não foi por afronta aos princípios da administração ou por violação a lei de licitação, mas sim, por se tratar de pagamento de caráter alimentar (folha de pagamen- to) e Previdência. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por não se tratar de ato causado com má-fé ou desvio do erário público, requeremos que a nob- re Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça. Análise das Alegações de Defesa: Analisando-se os pagamentos de restos a pagar de 2014 (tabela constante do Re- latório Técnico Preliminar), verifica-se que nem todos se referem a recolhimento da Previ- dência Municipal e folha de pagamento. Tem-se o que segue: Empenho n.º Credor Valor Histórico 11006/2013 Sindicato Rural de Barra do Bugres R$ 100.000,00 Empenho que se refere à Apoio Financeiro para reali- zação da 31.ª Expoagro e 35.ª Festa de Peão de Boia- deiro, conforme Lei Municipal n.º 2.081/2013. 11408/2013 Auto Posto Bugrense R$ 598,80 Empenho que se refere ao fornecimento de gasolina co- mun destinados a veiculos da sec.munic. de desenv.econo- mico e turismo.

O que, por si só, já comprovaria a irregularidade. Entretanto, analisando-se o argu- mento do gestor de que não se infringiu a ordem cronológica de pagamentos, sob o argu- mento de tratar-se de verbas previdenciárias e alimentares verifica-se que também se mos- tra falho, pois havia restos a pagar processados, de natureza previdenciária e alimentar, de períodos anteriores ao exercício de 2013, que foram preteridos, consoante a tabela que se- gue: Empenho n.º Credor Valor Histórico 001896/2004 Vera Lúcia Oenning R$ 50,00 1708/2007 Airton José Christ R$ 289,41 2172/2007 Izaltino Enedino Ferreira R$ 600,00 1720/2007 INSS – instituto nacional de seguro social R$ 1.033,15 Encargos Previdenciários. 6494/2008 João Nestor de Gois Alves R$ 180,00 Empenho referente 01 diaria destinada a suprir despesas com viagem a cidade de cuii- abá a serviço desta sec.mu- nic. de administração. Do exposto, mantém-se a irregularidade. Apontamento:

12. KB08 PESSOAL_GRAVE_08. Atraso no pagamento dos vencimentos de servidor público e/ou pagamento em datas diferenciadas (arts. 1o, § 1o, 17 da Lei Complementar 101/2000 - LRF, princípio da impessoalidade - art. 37, caput da Constituição Federal). 12.1) Constatou-se atraso no pagamento dos salários dos médicos. - Tópico - 3.9. SAÚDE.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Com relação a esse apontamento, discordamos da equipe técnica, tendo em vista que não há pagamento dos salários dos médicos efetivos em atrasos, o que ocorreu foi sus- pensão de pagamento de negociação realizado em marco de 2014, referentes aos pagamen- tos de plantões, complementos de salários, sobreaviso e serviços médicos e ou outras dife- renças, após a notificação do Tribunal de Contas de Mato Grosso nas contas anuais de ges- tão de 2013, processo 75345/2013, onde constatou irregularidades na folha de pagamento dos médicos, o qual através do acordão n° 2.627/2014-TP (doc. 31) das contas anuais de 2013, foi determinado Tomada de Conta Especial para apuração de possível irregularidade, que ainda não foi concluída, conforme decisão de prorrogação de prazo em anexo (doc. 31). Após a suspensão do pagamento, o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso recorreu ao Centro de Mediação de 2o Grau de Jurisdição no TJ/MT - processo n° 0106248-22.2014.8.11.0000, e na audiência de mediação do dia 03 de setembro de 2014, as partes acordaram que as parcelas de negociações ficarão suspensas até a lavratura do ter- mo de ajustamento de conduta de gestão junto ao Tribunal de Contas-MT, conforme cópia do termo de mediação em anexo (doc.) Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências exclua esse apontamento, tendo em vista, que não há atraso no pagamento de salário dos médicos, o que ocorreu foi suspensão de acordo de parcelas, que se encontra em Tomada de Contas Especial, primeiramente, pelo Gestor, através de De- creto, após notificação do TCE/MT., e posteriormente, por acordo judicial no centro de medi- ação do TJ/MT, conforme acima exposto. Análise das Alegações de Defesa: Frente aos esclarecimentos prestados e documentos apresentados, afasta-se o apontamento.

Apontamento:

13. KB10 PESSOAL_GRAVE_10. Não provimento dos cargos de natureza permanente mediante concurso público (art. 37, II, da Constituição Federal). 13.1) Não provimento dos cargos de natureza permanente mediante concurso público. - Tópico - 3.9. SAÚDE.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento, esclarecemos que não foi realizado concurso para cargos de médicos, tendo em vista que o Município ajuizou ação judicial de acão de obriga- ção de fazer, onde há decisão liminar a favor do Município (doc. 13 - “item 5.1”). que se vier a ser confirmada, não haverá necessidade de realização de concurso para médicos, haja vis- ta, que os médicos efetivos que estão lotados no Hospital Regional, passarão a cumprir sua jornada de trabalho na Saúde Básica. É imperioso mencionar, que em relação a esse apontamento, já há duas represen- tação de natureza interna processo n° 15065-7/2014/TCE/MT “KB_10. Pessoal_grave_10 - Não provimento dos cargos de natureza permanente, mediante concurso público (art. 37, in- ciso II da Constituição Federal) Contratação irregular de médicos sem realização de proces- so seletivo simplificado e concurso público e ainda sem formalização dos contratos de traba- lho”, e a representação processo n° 18563-9/2014/TCE /MT “KB_10. Pessoal grave 10 - Não provimento dos cargos de natureza permanente, mediante concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal)- Contratação direta, sem prévio processo de seleção pública (con- curso público e ou processo seletivo simplificado), para exercer Junções de natureza perma- nente no município, no exercido de 2014, demonstrada na relação anexa (fonte Aplic 2014), em trâmite no Egrégio Tribunal de Contas-TCE-MT, ambas de relatoria do Conselheiro JOSÉ CARLOS NOVELLI, Conforme se comprova pelo andamento processual obtido no site http:/ /www.tce.mt.gov.br/. Requer à Equipe Técnica e Vossas Excelências digne-se de excluir esse apontamento das contas anuais de gestão do ano de 2014, sob pena de afrontar a or- dem natural das coisas e decisões conflitantes, em razão de lesão e ameaça ao direito, caso não seja esse o entendimento, e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, requer seja convertida em recomendação, por ser medida da mais límpida justiça, tendo em vista os motivos acima exposto, devidamente comprovados com documentos (doc. 13 - irre- gularidade - 5 EB05 “item 5.1”). dessas contas anuais de gestão.

Análise das Alegações de Defesa: Frente aos esclarecimentos prestados pelo Gestor e tendo em vista que houve apuração da irregularidade nas Representações de Natureza Internas, de Processo n.º 15.065-7 e 18.563-9/2014, cujo Acórdão n.º 2.959/2015 – TP, tem por ementa: Ementa: PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO BUGRES. DENÚNCIA E REPRESENTAÇÃO DE NATUREZA EXTERNA ACERCA DA CONTRATAÇÃO DIRETA DE SERVIDORES, PARA EXERCER FUNÇÕES DE NATUREZA PER- MANENTE, SEM A REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO E/OU PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO E DA NÃO FORMALIZAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO. DENÚNCIA. PARCIALMENTE PROCEDENTE. APLICAÇÃO DE MULTA. DETERMINAÇÃO À ATUAL GESTÃO. REPRESENTAÇÃO DE NATU REZA EXTERNA. ARQUIVAMENTO DOS AUTOS POR TRATAR-SE DO MES- MO OBJETO DA DENÚNCIA. Afasta-se a irregularidade. Apontamento:

14. MB03 PRESTAÇÃO DE CONTAS_GRAVE_03. Divergência entre as informações enviadas por meio fisico e/ou eletrônico e as constatadas pela equipe técnica (art. 175 da Resolução 14/2007- Regimento Interno do TCE-MT). 14.1) Constatou-se o envio informações de forma incompleta por meio do sistema APLIC. - Tópico - 3.11 - PRESTAÇÃO DE CONTAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) No que concerne esse apontamento, o mesmo ocorreu por falha do sistema, devidamente justificado na irregularidade “3” dessas contas. Urge ressaltar, que a irregularidade já foi sanada, conforme se comprova com a juntada do ofício n° 032/APLIC/2015 e com protocolos de envio das informações ao sistema APLIC, (doc. 32). Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se tratar de falha de natureza formal, que não causou nenhum dano ao erário, bem como não se tratar de ato causado com má-fé, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, até porque a inconsistência jã foi sanada.

Análise das Alegações de Defesa:

As informações omitidas fazem parte do Sistema APLIC de modo que somente uma solicitação de reabertura das cargas permitiria o reenvio de tais informações, o que não foi feito. Além disso, o envio extemporâneo das informações omitidas não tem o condão de afastar a irregularidade, tendo em vista que o prejuízo ao controle externo já restou caracterizado. Desta forma, mantém-se a irregularidade. Apontamento:

15. BB99 - Falta de conservação do prédio que abriga a sede da Prefeitura, prejudicando a qualidade de vida no ambiente de trabalho e expondo os servidores a risco de contágio de doenças - BB99. 15.1) Falta de conservação do prédio que abriga a sede da Prefeitura, prejudicando a qualidade de vida no ambiente de trabalho e expondo os servidores a risco de contágio de doenças. Tópico - 3.10. BENS (IMÓVEIS E MÓVEIS).

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento, discordamos da equipe técnica, tendo em vista que apesar do Município não dispor de recursos para reforma geral, os reparos necessários fo- ram realizados nos setores mais críticos, e os outros estão sendo feitos de forma fracionada, ou seja, o gestor está cumprindo com sua responsabilidade direta pelo zelo com o patrimônio público, conforme se demonstra com as planilhas de orçamentos e C.I. n° 049/2015 enviada ao Departamento de Licitação, solicitando abertura de processo licitatório para reforma do prédio da sede da prefeitura (doc. 32-A). A maioria dos municípios tem como fonte dos recursos financeiros os repasses do FPM, e para administrar o orçamento o gestor deve exercer com critérios os gastos a fim de atender as prioridades do município e os mandamentos legais previstos na Constituição da República, como investimentos em educação, saúde entre outros. Por fim, para não comprometer o orçamento com grandes reformas o gestor está fazendo constantemente pequenos reparos, com a finalidade de evitar danos maiores ao pa- trimônio público. Diante do exposto, e levando-se em consideração o princípio da razoabilidade, re- quer seja excluído esse apontamento, pelos motivos acima expostos. Análise das Alegações de Defesa: Pelas fotos anexadas ao Relatório Técnico Preliminar, percebe-se que os peque- nos reparos promovidos pela Administração estão muito aquém do ideal. O encaminhamen- to do gestor no sentido de promover a reforma do prédio e as demais providências que se seguirão a esta atitude servirão de parâmetro para aferição do tópico Bens (Imóveis e Mó- veis) relativo às Contas de Gestão de 2015, mas quanto ao exercício de 2014 o apontamen- to persiste.

Apontamento:

16. BB99 - O prédio que abriga o Hospital Municipal não está bem conservado. 16.1) Falta de conservação do prédio que abriga o Hospital Municipal. - Tópico - 3.9. SAÚDE

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Em relação a essa irregularidade, esclarecemos que conforme já relatado no “item 5.1”, dessas contas, o Hospital do nosso Município é de responsabilidade do Estado de Mato Grosso, por essa razão, é dele a responsabilidade de conservação do prédio, conforme decisão judicial (doc. 13). Entretanto, o gestor mesmo com dificuldades financeiras, vem realizando pequenos reparos no prédio, para continuar dando qualidade de vida aos servidores e população. Há de ressaltar, que o gestor está tomando todas as providências cabíveis, para solucionar definitivamente o impasse referente ao hospital Regional, no sentido do Governador do Estado e Secretário de Saúde do Estado de Mato Grosso, cumprirem a decisão judicial e assumir a gestão e manutenção do Hospital regional que é de sua inteira responsabilidade, como bem decidiu a magistrada na decisão liminar, que o Estado não recorreu. Ante o exposto, e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossas Excelências digne-se de excluir as irregularidades “15 e 16”, de modo que nào seja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, tendo em vista os motivos acima exposto, devidamente comprovados com documentos (doc. 13) - irregularidade - 5 EB05 “item 5.1” dessas contas anuais de gestão. Análise das Alegações de Defesa: Frente aos esclarecimentos prestados, afasta-se a irregularidade.

Apontamento:

17. BB99 - O Hospital Municipal não possui Alvará Sanitário, em desconformidade como que dispõe o art. 14 da Lei n° 7.110/1999. 17.1) O Hospital Municipal não possui Alvará Sanitário. - Tópico - 3.9. SAÚDE.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) No que concerne esse apontamento, esclarecemos que realmente o Hospital Regional, não possui alvará sanitário, entretanto, já estão sendo tomadas as providências para regularização do alvará, conforme se comprova com recibo de protocolo do projeto arquitetônico no dia 09/06/2015 de n°. 22927.1751.2015, que ora junta (doc. 33), junto a Secretaria de Estado de Saúde. Convém mencionar, que o alvará sanitário só é liberado, após aprovação do projeto arquitetónico. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se tratar de falha de natureza formal, que não causou nenhum dano ao erário, bem como não se tratar de ato causado com má-fé, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que nào se ja aplicada multa ao gestor, por ser medida da mais límpida justiça, até porque as providências para liberação do alvará já foram tomadas, conforme cópia do protocolo acima exposto. Análise das Alegações de Defesa: Embora o gestor tenha tomado providências no sentido de regularizar a situação, isso só se deu em 2015, após apontamento no relatório de auditoria. Fato é que no exercício de 2014 a situação encontrava-se, e encontra-se ainda, irregular. Posto isso, mantém-se o apontamento. Apontamento:

18. CB02 CONTABILIDADE_GRAVE02 Registros contábeis incorretos sobre fatos relevantes, implicando na inconsistência dos demonstrativos contábeis (arts. 83 a 106 da Lei 4.320/1964 ou Lei 6.404/1976). 18.1) Existem restos a pagar não processados de exercícios anteriores (2006 a 2012) que não foram cancelados - Tópico - 3.7. RESTOS A PAGAR.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris)

Em relação a essa impropriedade, após a notificação do TCE-MT., o gestor através do oficio n°. 1S9/GP/2015, solicitou ao Diretor de Contabilidade, que providencie com a máxima urgência, o cancelamento dos restos a pagar não processados de exercícios anteriores (2006 a 2012), conforme cópia do oficio em anexo (doc. 36), por sua vez, o Diretor da contabilidade, solicitou a Procuradoria para emissão de parecer jurídico, para formalização do cancelamento. Outrossim, requer prazo de 30 (trinta) para juntada do comprovante dos cancelamentos. Ante o exposto e levando-se em consideração o Princípio da Razoabilidade, e por se tratar de falha de natureza formal, que não causou nenhum dano ao erário, bem como não se tratar de ato causado com má-fé, requeremos que a nobre Equipe Técnica e Vossa Excelência digne-se de excluir esse apontamento, de modo que não seja aplicada multa ao gestor e Contador, por ser medida da mais límpida justiça, até porque as providências para cancelamento dos restos a pagar já foram tomadas, conforme cópia do oficio acima exposto. Análise das Alegações de Defesa: O gestor em sua defesa, limita-se a confirmar a existência da irregularidade. Em- bora as providências tomadas, no sentido de requerer a solicitação dos restos a pagar não processados anteriores a 2012, sejam recomendáveis, estas não possuem o condão de afastar a irregularidade que persistiu durante todo o exercício de 2014. Mantém-se a irregularidade. Apontamento:

18.2) Houve despesas, no valor de R$ 2.316.112,01, contabilizadas de forma incorreta no elemento 36 (Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física), em vez de classificadas no elementos 04 (Contratação por Tempo Determinado), 11 (Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil) ou 34 (Outras Despesas de Pessoal Decorrentes de Contratos de Terceirização). - Tópico - 3.14. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Em relação a esse apontamento, já há duas representação de natureza interna processo n° 15065-7/2014/TCE/MT “KB_10. Pessoal grave_10 - Não provimento dos cargos de natureza permanente, mediante concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Fede- ral) Contratação irregular de médicos sem realização de processo seletivo simplificado e concurso público e ainda sem formalização dos contratos de trabalho”, e a representação processo n° 18563-9/2014/TCE /MT “KB_10. Pessoal_grave_10 - Não provimento dos car- gos de natureza permanente, mediante concurso público (art. 37, inciso II da Constituição Federal)- Contratação direta, sem prévio processo de seleção pública (concurso público e ou processo seletivo simplificado), para exercer Junções de natureza permanente no município, no exercício de 2014, demonstrada na relação anexa (fonte Aplic 2014), em trâmite no Egré- gio Tribunal de Contas-TCE-MT, ambas de relatoria do Conselheiro JOSÉ CARLOS NOVEL- LI, conforme se comprova pelo andamento processual obtido no site http:/ /www.tce.mt.gov.br/. Ante ao exposto, requer a exclusão dessa impropriedade das contas anuais de gestão do ano de 2014, de modo que não se ja aplicada multa ao gestor e Contador, tendo em vista que já estão sendo analisadas, sob pena de afrontar a ordem natural das coisas e decisões conflitantes, em razão de lesão e ameaça ao direito. Análise das Alegações de Defesa: O defendente equivocou-se, pois as representações citadas não dizem respeito à irregularidade ora apontada, que se refere a registros contábeis incorretos, sobre fatos relevantes, que implicam na incorreção dos demonstrativos contábeis. Como não houve defesa, mantém-se a irregularidade.

Apontamento:

19. DB14 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_14. Não-retenção de tributos, nos casos em que esteja obrigado a fazê-lo, por ocasião dos pagamentos a fornecedores (art. 11 da Lei nº 101/2000). 19.1) Constatou-se a não retenção de tributos nos casos em que a Prefeitura estava obrigada a fazê-lo. - 3.2. DESPESAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris)

Quanto a esse apontamento de não retenção de tributos nos casos em que a Prefeitura estava obrigada (IRRF), equivocou-se a equipe técnica, tendo em vista que as empresas constantes do relatório preliminar fls., 11, de Terezinha Aparecida Leite Arissava- ME, CNPJ n° 86.807.559/0001-43 e do Leandro Corniani Juliato, CNPJ n° 21.524.140/0001- 39, estão cadastrados no Simples Nacional, conforme se comprova com o espelho do simples nacional que ora junta (doc. 37). A instrução Normativa RFB n° 765, de 2 de agosto de 2007 em seu artigo Io, assim prevê: Art. 1o. Fica dispensada a retenção do imposto de renda na fonte sobre as im- portâncias pagas ou creditadas a pessoa jurídica inscrita no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microem- presas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

No que concerne a Empresa Silva & Freire Vargas Assessoria e Advocacia, não há que se falar em retenção do imposto de renda, tendo em vista que não houve pagamento, conforme extrato analítico de credores - datado de 17/06/2015, que segue em anexo (doc. 36). Ante ao exposto, requer a exclusão dessa impropriedade e da glosa de 48.000,00 ao gestor e Contador, tendo em vista que já não há irregularidade de retenção de tributos (IRRF), conforme acima exposto. Análise das Alegações de Defesa: Consultando-se o Portal da Receita Federal4, constata-se que o Credor Leandro Cor- niani Juliato só se tornou optante pelo Simples Nacional em 04/12/2014, sendo que a des- pesa paga sem retenção (empenho n.o 8074/2014) ocorreu em 13/10/2014. Portanto, a re- tenção, nesse caso, era devida.

Do exposto, mantém-se o apontamento.

4 Disponível em: . Consulta em 29.jul.2015. Apontamento:

20. JB03 DESPESAS_GRAVE_03. Pagamentos de parcelas contratuais ou outras despesas sem a regular liquidação (art. 63, § 2°, da Lei 4.320/1964; arts. 55, § 3° e 73 da Lei 8.666/1993). 20.1) Constatou-se liquidação de despesas com notas fiscais eletrônicas já utilizadas em outras liquidações. - Tópico - 3.2. DESPESAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris) Quanto a esse apontamento, a defesa não concorda, tendo em vista que os empenhos e suas liquidações que foram realizadas em duplicidade, ocorreram por falta de controle devido a troca de sistema. Entretanto, o Departamento de Contabilidade solicitou o cancelamento dos empenhos em duplicidade, junto a Procuradoria para análise e posterior parecer jurídico conforme cópia em anexo (doc.38). Todavia, o que ocorreu foi falha formal do sistema, que não causou prejuízo ao erário, tampouco houve má-fé do gestor e do Contador, que após os cancelamentos o apontamento ficará sanada. Requer prazo de 30 dias para juntada do comprovante. Análise das Alegações de Defesa: Como as providências só foram tomadas após o apontamento em relatório de auditoria, aplica-se, mutatis mutandis, o Acórdão n.º 1.702/2014 – TP: Despesa. Multas e juros decorrentes de atraso contratual. Ressarcimento após apontamento do Tribunal de Contas. O ressarcimento ao erário de despesas com multas e juros, decorrentes de atrasos no pagamento de obrigações contratuais e suportadas diretamente pelo órgão público, quando realizado pea autoridade responsável após apontamento em relatório de auditoria do Tribunal de Contas, não descaracteriza a irregularidade e ilegitimidade da despesa, sujeitando o res- ponsável à aplicação de multa, sem, contudo, importar na condenação em débi- to, haja vista que o ressarcimento já foi efetuado. (Contas Anuais de Gestão. Relator: Luiz Carlos Pereira. Acórdão nº 1.702/2014 – Tribunal Pleno. Processo nº 7.540-0/2013). Ademais,a irregularidade não pode ser afastada, sob pena de relegar a esta Corte de Contas o papel de anexo do sistema de controle interno da Prefeitura, uma vez que cabe- ria, a priori, àquele sistema a função de prevenir e detectar a falha ora em comento. Não se deve olvidar que a Administração é responsável por tal sistema, portanto, pugna-se pela apli- cação de sanção ao Gestor. Do exposto, mantém-se o apontamento.

Apontamento:

21. GB06 LICITAÇÀO_GRAVE_06. Realização de processo licitatório ou contratação de bens e serviços com preços comprovadamente superiores aos de mercado - sobrepreço (art. 37, caput, da Constituição Federal; art. 43, IV, da Lei 8.666/1993). 21.1) Constatou-se superfaturamento na contratação de show da dupla João Neto e Frederico, decorrente da falta de observância dos requisitos legais para a inexigibilidade causando prejuízo ao erário no valor de R$ 48.000,00. Valor que dever ser ressarcido ao erário municipal pelo Ordenador de Despesas em solidariedade com o Pregoeiro. - Tópico - 3.3. LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DIRETAS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris)

Com relação a essa irregularidade, discordamos da equipe técnica, tendo em vista que o apontamento se mostra equivocado, pois a fundamentação do mesmo está baseada em um e-mail que não consta todos os serviços constantes do contrato, o qual não serve para parâmetro do preço. Os preços dos Shows artísticos variam demasiadamente de região para região, de mês, semana, final de semana, períodos de festas tradicionais. Assim, é inconcebíveis che- gar à conclusão de que o preço eventualmente praticado no interior de Mato Grosso seja o mesmo de outras cidades, sem especificar se é período de festas tradicionais. É imperioso relatar, que outro fator determinante na formação do preço de show artístico que devem ser obrigatoriamente levado em conta, diz respeito o dia, duração do show, condição da cidade, transporte, período de festas agropecuárias e tradicionais. Urge ressaltar, que a contratação do show do e-mail não consta que é para aniver- sário de cidade, por essa razão, não merece prosperar a alegação que houve superfatura- mento, tendo em vista que a contratação de show da dupla João Neto e Frederico, ocorreu no período de festa de aniversário do Município, e considerando que quase todos os Municí- pios de Mato Grosso, fazem aniversário entre os meses de abril a junho, por essa razão, nesses períodos os shows artísticos são mais caros, devido a grande procura na contratação das duplas sertanejas, para participarem da emancipação dos Municípios. Ademais, o processo de inexigibilidade ocorreu dentro da legalidade, para atendi- mento de interesse público e em obediência ao princípio da economicidade, o qual foi emiti- do parecer jurídico, conforme se comprova com cópia do certame (doc.34). Ante ao exposto, e considerando o princípio da razoabilidade, requer que a nobre equipe e Vossas Excelências excluam esse apontamento e o ressarcimento, tendo em vista, que não há provas que houve superfaturamento, desvio do erário público, má-fé do Gestor e do Presidente da Licitação, conforme acima exposto. Análise das Alegações de Defesa: Ao contrário do que alega o defendente, a cotação de preços obtida está em linha com os preços praticados pela dupla João Neto e Frederico em outros shows assemelhados. Senão vejamos: Contrato n.o 68/20145 entre a dupla de artistas e o Município de Guaranésia – MG, cujo objeto é o show da Dupla, com duração de 1h e 40 min., em comemoração ao aniversá- rio da cidade, distante a 457 km da capital, que se realizou no dia 15 de setembro de 2014, com custo de R$ 112.000,00. Constam como obrigação da contratante o seguinte: 6.1.1. Equipar e abastecer o camarim conforme estabelecido pela produção, ex- cetuando-se bebidas alcoólicas. 6.1.2. Disponibilizar equipe de apoio e segurança no palco, durante a passa gem do som e dos shows.

5 Disponível em: . Acesso em 29. jul.2015. 6.1.3. Locar os sistemas de sonorização e iluminação e o palco, conforme com dições técnicas da CONTRATADA, geradores, 10 carregadores, 03 vãs para translado local. 6.1.4. Efetuar o pagamento em conformidade com os critérios definidos nas cláusulas quarta e quinta. 6.1.5. Manter preposto para acompanhar a prestação do serviço contratado. 6.1.6. Notificar o CONTRATADO, fixando-lhe prazo para corrigir irregularida- des encontradas na execução do objeto deste contrato. 6.1.7. Pagar as taxas do ECAD – Escritório Central de Arrecadação e Distribui- ção de Direitos Autorais. Constam como obrigações da Contratada: (o que está incluso no preço): 6.2.1. Responsabilizar-se pelo transporte da produção e músicos e retorno dos mesmos a sua origem, da forma aérea e terrestre. 6.2.2. Responsabilizar-se pela hospedagem e alimentação da produção, músi - cos e equipe técnica sem nen hum custo adicional. (g.n.) 6.2.3. Executar com o devido zelo e responsabilidade os serviços no dia e ho- rário estabelecidos na cláusula segunda deste contrato.

6.2.4. Responsabilizar-se por quaisquer ônus, direitos ou obrigações vincula dos à legislação tributária, trabalhista, previdenciária ou securitária, decorren tes da execução do presente contrato. Como se vê, as mesmas condições apresentadas no e-mail enviado pelo Empre- sário exclusivo da dupla, referente à cotação de preços, constante no Relatório Técnico. Tem-se outro show da dupla João Neto e Frederico, no Município paranaense de São João, no valor de R$ 130.000,00, que se realizou em 18 de junho de 2014,consoante o Extrato da Inexigibilidade n.o 005/20146: Prefeitura Municipal de São João *Extrato da Inexigibilidade de Licitação nº 005/2014, Contratante: Município de São

6 Disponível em: . Acesso em 29.jul.2015. João, CNPJ: 76.995.422/0001-06, Contratado: Contract Show Produções Artísticas Ltda, CNPJ: 14.738.613/0001-35, Objeto: Contratação de apresentação artística (Show) da Dupla de Cantores Sertanejos “João Neto e Frederico” nas festividades da Fogueira de São João, a realizar-se no dia 18 de junho de 2014. Valor: R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais), Fundamento: Art. 25, III, da Lei n°. 8.666/93. São João-PR, 28 de mar ço de 2014. Altair José Gasparetto - Prefeito Municipal de São João E ainda, outro show no Município de Serra Azul de Minas, no valor de R$ 132.200,00, que se realizou em 26 de julho de 2014,consoante o Extrato de Contrato 7 a se- guir: COMISSAO DE LICITACAO EXTRATO DE CONTRATO No. 033/2014 Contrato no 033/2014, Processo Licitatorio n030/2014. INEXIGIBILIDADE no001/2014. PARTES: Prefeitura Municipal de Serra Azul de Minas e a empresa CONTRACT SHOW PRODUCOES ARTISTICAS LTDA, Objeto: Contratacao da Dupla JOAO NETO& FREDERICO para se apresentar no dia 26 de julho de 2014, na Realizacao da Festa do Serrazulense e Amigos de Serra Azul de Minas, a se realizar entre os dias 24 a 27 de julho de 2014 PARA ATENDER AS NECESSIDADES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE, CULTURA, LA SER E TURISMO de Serra Azul de Minas. VALOR GLOBAL DO CONTRATO: R$132.200,00 (Cento e trinta e dois mil e duzentos reais). Vigencia ate o dia 28 de ju lho de 2014. Assinatura do contrato dia 19 marco de 2014. Serra Azul de Minas, 19 de marco de 2014. LEANDRO VENTURA REIS Prefeito Municipal. Outrossim, não merece prosperar o argumento de que os valores cobrados pelos shows da dupla são maiores no período de aniversário dos Municípios do Mato Grosso, que ocorrem de abril a junho, tendo em vista que a dupla faz shows durante o ano todo em todo o Brasil, de sorte que seu mercado não se restringe ao Mato Grosso, mas ao país todo com seus milhares de municípios.

7 Disponível em: < http://www.radaroficial.com.br/d/4575178570858496 > . Acesso em 29.jul.2015. Assim, a ocorrência de aniversários simultâneos no Estado, que tem 141 municípi- os, não teria poder de influenciar tais preços. Por fim, para se comprovar que o valor do show da dupla não seria influenciado por questões sazonais específicas de Mato Grosso, tem-se, ainda, o seguinte Extrato de Contrato8:

EXTRATO DE CONTRATO Nº 30/2015 CONTRATO ADMINISTRATIVO: Nº. 30/2015

PROCESSO DE LICITAÇÃO: Nº. 14/2015.

INEXIGIBILIDADE: Nº 1/2015

Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA APRESENTAÇÃO DE SHOW NA CIONAL COM A DUPLA "JOÃO NETO & FREDERICO", DURANTE O EVENTO "29º ANIVERSÁRIO DE EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO DE NOVO SÃO JOA QUIM" QUE SERÁ REALIZADO NO CENTRO DE EVENTOS MUNICIPAL NO PERÍODO DE 07/05 À 10/05/2015. O SHOW SERÁ REALIZADO NO DIA 07/05/2015, NA CIDADE DE NOVO SÃO JOAQUIM.

CONTRATANTE:Município de Novo São Joaquim / Mato Grosso

CONTRATADA: CONTRACT SHOW PRODUÇÕES ASTÍSTICAS LTDA.

Valor: R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais).

Período de vigência: 04/03/2015 à 08/05/2015.

Prazo de Entrega: data do show em 07/05/2015.

Fundamento legal: Este contrato se fundamenta nas disposições consubstanciadas pela Lei nº. 8.666/93 e alterações posteriores.

Novo São Joaquim, 04 de Março de 2015.

LEONARDO FARIA ZAMPA

8 Disponível em: . Acesso em: 29.jul.2015. Prefeito Municipal

Dos valores praticados no âmbito da Administração, como se viu acima, tem-se o preço médio de R$ 130.000,00. Ainda menor que o obtido junto ao empresário exclusivo por meio da cotação via e-mail. Ressalte-se que a equipe técnica estimou o valor do show e outros dele decorren- tes (hospedagem, contratação de 10 carregadores, 03 vãs para translado local, camarim e ri- des técnico) em R$ 150.000,00, valor que sobejamente cobre todos os custos. De todo o exposto, restou cabalmente demonstrada a ocorrência do superfatura- mento que, provavelmente, não teria ocorrido caso o gestor observasse o que dispõe o art. 25, III e o art. 43, IV, da Lei 8.666/93. Mantém-se o apontamento.

Apontamento:

22. HB05 CONTRATOS_GRAVE_05. Ocorrência de irregularidades na formalização dos contratos (Lei 8.666/1993; legislação específica do ente). 22.1) Constatou-se irregularidades na formalização dos contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

Alegações de Defesa: (Ipsis Litteris)

Quanto a esse apontamento, a defesa não concorda, tendo em vista que de acordo com o relatório preliminar fls. 16/23, já foram defendidas nos itens das irregularidades itens “7 à 9”. No que concerne aos relatórios de acompanhamento de fiscalização de contrato, os mesmos foram enviados na carga Aplic, referente ao mês de dezembro/2014, no dia 18/06/2015. conforme protocolo APLIC 494.950-0/2015 (doc. 35). Análise das Alegações de Defesa: O apontamento se refere à falta de previsão de sanções no Contrato 7/2014, que foi formalizado em desacordo com o que preconiza o art. 55, VII da Lei de Licitações e Contratos. Como não houve apresentação de defesa, mantém-se o apontamento.

3 – CONCLUSÃO Após a análise da defesa, remanesceram 18 irregularidades:

Responsável:

➢ JULIO CESAR FLORINDO - ORDENADOR DE DESPESAS Período: 01/01/2014 a 31/12/2014.

1. BB03 GESTÃO PATRIMONIAL_GRAVE_03. Não adoção de providências para cobrança de dívida ativa – administrativas e/ou judiciais (art. 1°, § 1°, arts. 12 e 13 da Lei Complementar 101/2000 e Lei 6.830/1980). 1.1) Não foram adotadas providência efetivas para cobrança de dívida ativa. [REINCIDEN- TE]. – Tópico – 3.6. DÍVIDA ATIVA

3. DB16 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_16. Não liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público (art. 48, II, 48-A da Lei Complementam0 101/2000). 3.1) Não liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público. - Tópico - 3.13. TRANSPARÊNCIA PÚBLICA.

4. DB18 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_ 18. Não atualização da Planta Genérica de Valores quanto a abrangência da área urbana municipal (artigos 11 e 12 da Lei Complementar 101/2000 e artigo 2º da Resolução Normativa TCE-MT no 31/2012). 4.1) Não houve atualização da Planta Genérica de Valores quanto a abrangência da área urbana municipal. - Tópico - 3.1. RECEITA.

5. EB05 CONTROLE INTERNO_GRAVE_05. Ineficiência dos procedimentos de controle dos sistemas administrativos (art. 37, caput, da Constituição Federal; art. 161, V, da Resolução Normativa TCE n° 14/2007). 5.1) Constatou-se que o controle de estoques de medicamentos é ineficiente. - Tópico - 3.9. SAÚDE. 5.2) Ausência do controle informatizado e efetivo dos custos de manutenção dos veículos com gastos combustíveis de forma individualizada. - Tópico - 3.10. BENS (IMÓVEIS E MÓVEIS). [REINCIDENTE].

6) GB01 LICITAÇÃO_GRAVE 1. Não-realização de processo licitatório, nos casos pre- vistos na Lei de Licitações (art. 37, XXI, da Constituição Federal; arts. 2°, caput, 89 da Lei n° 8.666/1993). 6.1) Houve aquisição de bens e serviços sem a realização de processo licitatório Tópico - 3.3. - LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DIRETAS.

7. HB03 CONTRATOS_GRAVE_03. Prorrogação indevida de contrato de prestação de serviços de natureza não continuada com fulcro no art. 57, II, da Lei 8.666/ 1993. 7.1) Constatou-se a prorrogação de contratos de natureza continuada sem a demonstração da vantajosidade para a Administração Pública- Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. 7.2) Constatou-se a prorrogação de serviços de execução não continuada - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. 8. HB08 CONTRATOS_GRAVE_08. Não-aplicação de sanções administrativas ao contratado em razão de atraso ou inexecução total ou parcial do contrato (arts. 86 a 88 da Lei 8.666/1993). 8.1) A administração não adotou providências nos casos de descumprimento de avença por parte do contratado. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

9. HB10 CONTRATOS_GRAVE_10. Ocorrência de irregularidades nas alterações e/ou atualizações do valor contratual (art. 57, art. 65 c/c arts. 40, XI, 55, III da Lei 8.666/1993). 9.1) Constatou-se atualização de valores e acréscimo quantitativo do objeto em desacordo com o que prevê o art. 65 da Lei de Licitações e Contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. 9.2) Constatou-se atualização de valores e acréscimo quantitativo do objeto em desacordo com o que prevê o art. 65 da Lei de Licitações e Contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

10. JB01 DESPESAS_GRAVE_01. Realização de despesas consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, ilegais e/ou ilegítimas (art. 15 da Lei Complementar 101/2000; art. 4o da Lei 4.320/ 1964). 10.2) Pagamento de despesas com juros, multas e correções monetárias decorrentes do pagamento em atraso de faturas de energia elétrica, no montante de R$ 16.140,33, valor que deve ser ressarcido aos cofres municipais pelo ordenador de despesas. [REINCIDENTE]. - Tópico - 3.2. DESPESAS 10.3) Foram constatadas despesas com pagamento de contração de pessoas físicas para prestar serviços em órgãos que não fazem parte da estrutura administrativa municipal, no montante de R$ 16.156,87, devendo tal valor ser ressarcido aos cofres públicos municipais. Tópico - 3.2. DESPESAS. 10.4) Constatou-se pagamento de despesas a fornecedor, em duplicidade, utilizando-se a mesma nota fiscal eletrônica, causando prejuízo ao erário no montante de R$ 5.325,00, valor que deve ser ressarcido ao erário municipal pelo ordenador de despesas. - Tópico - 3.2. DESPESAS.

11. JB12 DESPESAS_GRAVE_ 12. Pagamento de obrigações com preterição de ordem cronológica de sua exigibilidade (arts. 5o e 92 da Lei n° 8.666/1993). 11.1) Os pagamentos dos Restos a Pagar não obedeceram a ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, conforme dispõe o artigo 5o da Lei 8.666/93. - Tópico - 3.7. RESTOS A PAGAR.

14. MB03 PRESTAÇÃO DE CONTAS_GRAVE_03. Divergência entre as informações enviadas por meio fisico e/ou eletrônico e as constatadas pela equipe técnica (art. 175 da Resolução 14/2007- Regimento Interno do TCE-MT). 14.1) Constatou-se o envio informações de forma incompleta por meio do sistema APLIC. - Tópico - 3.11 - PRESTAÇÃO DE CONTAS.

15. BB99 - Falta de conservação do prédio que abriga a sede da Prefeitura, prejudicando a qualidade de vida no ambiente de trabalho e expondo os servidores a risco de contágio de doenças - BB99. 15.1) Falta de conservação do prédio que abriga a sede da Prefeitura, prejudicando a qualidade de vida no ambiente de trabalho e expondo os servidores a risco de contágio de doenças. Tópico - 3.10. BENS (IMÓVEIS E MÓVEIS).

17. BB99 - O Hospital Municipal não possui Alvará Sanitário, em desconformidade como que dispõe o art. 14 da Lei n° 7.110/1999. 17.1) O Hospital Municipal não possui Alvará Sanitário. - Tópico - 3.9. SAÚDE. Responsáveis:

➢ JULIO CESAR FLORINDO - ORDENADOR DE DESPESAS Período: 01/01/2014 a 31/12/2014.

➢ PAULO CEZAR DIAS DE OLIVEIRA – RESPONSÁVEL CONTÁBIL Período: 01/01/2014 a 31/12/2014.

18. CB02 CONTABILIDADE_GRAVE02 Registros contábeis incorretos sobre fatos relevantes, implicando na inconsistência dos demonstrativos contábeis (arts. 83 a 106 da Lei 4.320/1964 ou Lei 6.404/1976). 18.1) Existem restos a pagar não processados de exercícios anteriores (2006 a 2012) que não foram cancelados - Tópico - 3.7. RESTOS A PAGAR. 18.2) Houve despesas, no valor de R$ 2.316.112,01, contabilizadas de forma incorreta no elemento 36 (Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física), em vez de classificadas no elementos 04 (Contratação por Tempo Determinado), 11 (Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil) ou 34 (Outras Despesas de Pessoal Decorrentes de Contratos de Terceirização). - Tópico - 3.14. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES.

19. DB14 GESTÃO FISCAL/FINANCEIRA_GRAVE_14. Não-retenção de tributos, nos casos em que esteja obrigado a fazê-lo, por ocasião dos pagamentos a fornecedores (art. 11 da Lei nº 101/2000). 19.1) Constatou-se a não retenção de tributos nos casos em que a Prefeitura estava obrigada a fazê-lo. - 3.2. DESPESAS.

20. JB03 DESPESAS_GRAVE_03. Pagamentos de parcelas contratuais ou outras despesas sem a regular liquidação (art. 63, § 2°, da Lei 4.320/1964; arts. 55, § 3° e 73 da Lei 8.666/1993). 20.1) Constatou-se liquidação de despesas com notas fiscais eletrônicas já utilizadas em outras liquidações. - Tópico - 3.2. DESPESAS.

Responsáveis:

➢ JULIO CESAR FLORINDO - ORDENADOR DE DESPESAS Período: 01/01/2014 a 31/12/2014.

➢ RUDINEI DA CRUZ LINHARES – PRESIDENTE DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO Período: 01/01/2014 a 31/12/2014.

21. GB06 LICITAÇÀO_GRAVE_06. Realização de processo licitatório ou contratação de bens e serviços com preços comprovadamente superiores aos de mercado - sobrepreço (art. 37, caput, da Constituição Federal; art. 43, IV, da Lei 8.666/1993). 21.1) Constatou-se superfaturamento na contratação de show da dupla João Neto e Frederico, decorrente da falta de observância dos requisitos legais para a inexigibilidade causando prejuízo ao erário no valor de R$ 48.000,00. Valor que dever ser ressarcido ao erário municipal pelo Ordenador de Despesas em solidariedade com o Pregoeiro. - Tópico - 3.3. LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DIRETAS.

22. HB05 CONTRATOS_GRAVE_05. Ocorrência de irregularidades na formalização dos contratos (Lei 8.666/1993; legislação específica do ente). 22.1) Constatou-se irregularidades na formalização dos contratos. - Tópico - 3.4. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.

É o relatório de análise das alegações de defesa.

SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO DA RELATORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTA- DO DE MATO GROSSO em Cuiabá, 30 de julho de 2015. ______MARIA EDILEUZA DOS SANTOS METELLO JOSE FERNANDES CORREIA DE GOES TECNICO DE CONTROLE PÚBLICO EXTERNO AUDITOR PÚBLICO EXTERNO

______ADEMIR APARECIDO PEIXOTO DE AZEVEDO AUDITOR PÚBLICO EXTERNO COORDENADOR DA EQUIPE TÉCNICA ANEXOS

ANEXO 1 – CAPTURAS DE TELA DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA Disponível em . Consulta em 27.jul.2015. Disponível em . Consulta em 27.jul.2015.