ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) – MEMÓRIA TÉCNICA – VOL. 1/4 Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-041

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) – MEMÓRIA TÉCNICA – VOL. 2/4 Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-041

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) – MEMÓRIA TÉCNICA – VOL. 3/4 Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-041

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) – MEMÓRIA TÉCNICA – VOL. 4/4 Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO DSEE-GL-MT-041

PLANO DA OBRA

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

Parte 1: Consolidação de Dados Secundários Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas Parte 3: Integração Temática Parte 4: Consolidação das Unidades

Governo do Estado de Mato Grosso Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral (SEPLAN) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

PROJETO DE DESENVOLVIMENTO AGROAMBIENTAL DO ESTADO DE MATO GROSSO - PRODEAGRO

ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO: DIAGNÓSTICO SÓCIO- ECONÔMICO-ECOLÓGICO DO ESTADO DE MATO GROSSO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA FORMULAÇÃO DA 2ª APROXIMAÇÃO

ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) – MEMÓRIA TÉCNICA Parte 2: Sistematização das Informações Temáticas NÍVEL COMPILATÓRIO

MÁRIO VITAL DOS SANTOS

CUIABÁ

MAIO, 2000

CNEC – Engenharia S.A.

GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Dante Martins de Oliveira

VICE-GOVERNADOR José Rogério Salles

SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL Guilherme Frederico de Moura Müller

SUB SECRETÁRIO João José de Amorim

GERENTE ESTADUAL DO PRODEAGRO Mário Ney de Oliveira Teixeira

COORDENADORA DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Márcia Silva Pereira Rivera

MONITOR TÉCNICO DO ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO-ECOLÓGICO Wagner de Oliveira Filippetti

ADMINISTRADOR TÉCNICO DO PNUD Arnaldo Alves Souza Neto

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO DA SEPLAN

Coordenadora do Módulo MARIA LUCIDALVA COSTA MOREIRA (Engª Agrônoma)

Supervisor do Tema JURACI DE OZEDA ALLA FILHO (Geólogo)

Coordenação e Supervisão Cartográfica LIGIA CAMARGO MADRUGA (Engª Cartógrafa)

Supervisão do Banco de Dados GIOVANNI LEÃO ORMOND (Administrador de Banco de Dados) VICENTE DIAS FILHO (Analista de Sistema)

EQUIPE TÉCNICA DE EXECUÇÃO

CNEC – Engenharia S.A.

LUIZ MÁRIO TORTORELLO (Gerente do Projeto) KALIL A. A. FARRAN (Coordenador Técnico) MÁRIO VITAL DOS SANTOS (Coordenador Técnico do Meio Físico - Biótico)

TÉCNICA

RUBENS BORGES DA SILVA (Geólogo) PAULO CESAR PRESSINOTTI (Geólogo)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 01

2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 03

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS 04

3.1. COMPLEXO XINGU 06

3.2. SEQÜÊNCIAS METAVULCANO-SEDIMENTARES DO PLANALTO DE 07

3.3. FORMAÇÃO FORTUNA 08

3.4. FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO 08

3.5. FORMAÇÃO MORRO CRISTALINO 09

3.6. GRUPO SERRA DO RIO BRANCO 09

3.7. SUÍTE INTRUSIVA GUAPÉ 10

3.8. GRUPO CUIABÁ 11

3.9. FORMAÇÃO BAUXI 12

3.10. FORMAÇÃO PUGA 12

3.11. FORMAÇÃO ARARAS 13

3.12. FORMAÇÃO RAIZAMA 14

3.13. FORMAÇÃO SEPOTUBA 15

3.14. FORMAÇÃO 15

3.15. FORMAÇÃO UTIARITI 16

3.16. FORMAÇÃO XARAIÉS 17

3.17. FORMAÇÃO PANTANAL 17

3.18. ALUVIÕES ATUAIS 18

4. PRINCIPAIS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS 18

5. RECURSOS MINERAIS 19

5.1. JAZIMENTOS MINERAIS 19

5.2. SITUAÇÃO LEGAL 20

6. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS 21

7. ÁREAS CRÍTICAS E DEGRADADAS 26

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

9. FOTOGRAFIAS 28

10. BIBLIOGRAFIA 36

ANEXOS

ANEXO I – MAPAS

A001 “PONTOS/ESTAÇÕES GEOLÓGICAS DA FOLHA BARRA DO BUGRES - MIR 387 (SD.21-Y-D) - 1:250.000 (INCLUI A LOCALIZAÇÃO DOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS)”

A002 “PRINCIPAIS ASPECTOS GEOLÓGICOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES - MIR 387 (SD.21-Y-D) – 1:250.000”

A003 “POTENCIALIDADE MINERAL E SITUAÇÃO LEGAL DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) - 1:250.000”

ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÕES DE CAMPO

ANEXO III - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE JAZIMENTOS MINERAIS E SITUAÇÃO LEGAL

ANEXO IV - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS

LISTA DE QUADROS

001 RELAÇÃO DOS DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS 04

002 QUANTIFICAÇÃO DOS TÍTULOS MINERÁRIOS POR “STATUS” DA SITUAÇÃO LEGAL SEGUNDO AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS MINERAIS 20

003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES – MIR 387 (SD.21-Y-D) 21

LISTA DE FIGURAS

001 COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA FOLHA BARRA DO BUGRES - MIR 387 (SD.21-Y-D) 05

LISTA DE FOTOGRAFIAS

001 ENTRADA DA CIDADE SALTO DO CÉU (RB-387-24). RIOS COM CORREDEIRAS E CACHOEIRAS, EM FUNÇÃO DOS QUARTZITOS INTERCALADOS NO TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO 28

002 ENTRADA DA CIDADE SALTO DO CÉU (RB-387-24). ASPECTO DO RELEVO TABULAR, FORMANDO PLATÔS RESIDUAIS, DO TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO 29

003 SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS – RIO BRANCO – PONTE SOBRE O RIO BRANCO (RB-387-40). CORREDEIRAS NO RIO BRANCO CAUSADAS POR INTERCALAÇÕES DE QUARTZITOS DENTRO DOS FOLHELHOS DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO 30

004 ENTRADA DA CIDADE DE SALTO DO CÉU (RB-387-24), EVIDENCIANDO O TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO 31

005 ESTRADA SALTO DO CÉU – FERNANDÓPOLIS (RB-387-41). AFLORAMENTO DE GRANITO PÓRFIRO DO GRUPO SERRA DO RIO BRANCO, EVIDENCIANDO CAMPOS DE MATACÕES AO LONGO DAS DRENAGENS 32

006 SERRA DO CABAÇAL, MINA CABAÇAL I (RB-387-36). O RELEVO PLANO É CONSTITUÍDO PELAS METABÁSICAS DA SEQÜÊNCIA METAVULCANO-SEDIMENTAR DO PLANALTO DE JAURU, O RELEVO DA SERRA É REPRESENTADO PELOS QUARTZITOS DA FORMAÇÃO FORTUNA, GRUPO AGUAPEÍ 33

007 SERRA DO CABAÇAL (RB-387-36). TÚNEL DE ENTRADA DA MINA DE OURO DE CABAÇAL I – SOTERRADO 34

008 SERRA DO CABAÇAL (RB-387-36). ASPECTO DAS INSTALAÇÕES ABANDONADAS DA MINA DE OURO CABAÇAL I 35

LISTA DE MAPAS

001 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA 02

1

1. INTRODUÇÃO

A presente Memória Técnica refere-se aos trabalhos de geologia executados na Folha Barra do Bugres - MIR 387 (SD.21-Y-D), localizada na região centro-sul do Estado, entre os paralelos 15o00’ e 16o00’ de latitude sul e os meridianos 57°00’ e 58°30’ de longitude oeste de Gr. (Mapa 001). A Folha Barra do Bugres é drenada pelo Rio Paraguai e seus afluentes da margem direita: rios Cabaçal e Jauru. Os centros urbanos mais importantes são Barra do Bugres, Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos e . A principal via de acesso para as cidades da folha é a BR-174, Rodovia Cuiabá-Porto Velho, interligada com rodovias estaduais como a MT-247.

63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54°00' 52°30' 51°00' 49°30' 7° 7° LEGENDA SB 21 YD N

220 SC 22 XC Código da Base Cartográfica 8° 8° SC 20 XA SC 20 XB SC 21 VA SC 21 VB 278 Código MIR

244 245 246 247 9° 9° SC 20 XC SC 20 XD SC 21 VC SC 21 VD SC 21 XC SC 21 XD SC 22 VC SC 22 VD SC 22 XC Área Mapeada Referente a Memória Técnica

270 271 272 273 274 275 276 277 278 10° 10° SC 20 ZA SC 20 ZB SC 21 YA SC 21 YB SC 21 ZA SC 21 ZB SC 22 YA SC 22 YB SC 22 ZA FONTE : CNEC,1997

295 296 297 298 299 300 301 302 303 11° 11° SC 20 ZD SC 21 YC SC 21 YD SC 21 ZC SC 21 ZD SC 22 YC SC 22 YD SC 22 ZC

316 317 318 319 320 321 322 323 12° 12° SD 20 XB SD 21 VA SD 21 VB SD 21 XA SD 21 XB SD 22 VA SD 22 VB SD 22 XA

336 337 338 339 340 341 342 343 13° 13° SD 20 XD SD 21 VC SD 21 VD SD 21 XC SD 21 XD SD 22 VC SD 22 VD SD 22 XC

353 354 355 356 357 358 359 360 14° 14° SD 20 ZB SD 21 YA SD 21 YB SD 21 ZA SD 21 ZB SD 22 YA SD 22 YB SD 22 ZA

369 370 371 372 373 374 375 376 15° 15° SD 20 ZD SD 21 YC SD 21 YD SD 21 ZC SD 21 ZD SD 22 YC SD 22 YD

385 386 387 388 389 390 391 16° 16° SE 20 XB SE 21 VA SE 21 VB SE 21 XA SE 21 XB SE 22 VA SE 22 VB

401 402 403 404 405 406 407 17° 17° SE 21 VD SE 21 XC SE 21 XD SE 22 VC

417 418 419 420 18° 18° Mapa 001 SE 22 YA TÍTULO 0 50 100 250 Km LOCALIZAÇÃO DA ÁREA MAPEADA ( Esquemático )

433 19° 19° 63°00' 61°30' 60°00' 58°30' 57°00' 55°30' 54°00' 52°30' 51°00' 49°30' MINISTÉRIO DA BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO INTEGRAÇÃO NACIONAL

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL ZONEAMENTO SÓCIO-ECONÔMICO ECOLÓGICO Projeto de Desenvolvimento Agroambiental do Estado de Mato Grosso PRODEAGRO 2000 Engenharia S. A. 3

2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

A metodologia geral que norteou os trabalhos de geologia na escala de 1:250.000, apresentados em 53 Memórias Técnicas que recobrem todo Estado de Mato Grosso, encontra- se detalhadamente descrita no Relatório DSEE-GL-RT-003 “Apresentação Geral das Memórias Técnicas-Geologia”, onde são tratadas as informações gerais do projeto tais como: documentação geológica recuperada e analisada, os critérios interpretativos utilizados na identificação de zonas homólogas, os trabalhos de campo efetuados e os aspectos temáticos no sensu strictu, como a conceituação das unidades litoestratigráficas aflorantes no Estado, os recursos minerais existentes, potencialidade e fragilidade geológica e o cadastro dos poços tubulares profundos.

Destacamos abaixo os projetos de cunho regional que abrangem o domínio da Folha Barra do Bugres e suas imediações, sendo eles:

- Projeto Alto Guaporé. DNPM/CPRM, 1974 (escala 1:500.000);

- Projeto Província Serrana. DNPM/CPRM, 1978 (escala 1:50.000);

- Projeto RADAMBRASIL Folha SD.21 Cuiabá. MME, 1982 (escala 1:1.000.000);

- Projeto Mapas Metalogenéticos e de Previsão de Recursos Minerais. Folha Barra do Bugres. DNPM/CPRM, 1985 (escala 1:250.000); e,

- Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal. IBGE, 1990 (escala 1:2.500.000).

As imagens de satélite TM 228/70 (23/07/1993), 227/70 (08/11/1994), 228/71 (21/06/1993) e 227/71 (04/08/1994) P&B banda 4, e falsa cor bandas 3, 4 e 5; e o mosaico de radar SD.21-Y-D (Projeto RADAMBRASIL) todos na escala 1:250.000, foram utilizados na delimitação das zonas homólogas, e abrangem totalmente a área da folha estudada.

O Quadro 001 sintetiza os principais dados físicos levantados na Folha Barra do Bugres, com um total de 1420 afloramentos descritos, 10 pontos amostrados, 96 jazimentos minerais cadastrados, 124 poços tubulares profundos cadastrados e 119 áreas de situação legal analisadas.

Os pontos de afloramentos descritos e os recuperados de outros projetos (fichas com descrição de campo, Anexo II) e os poços tubulares profundos (fichas cadastrais, Anexo IV) encontram-se espacializados no Mapa A001“Pontos/Estações Geológicas da Folha Barra do Bugres”, Anexo I.

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QUADRO 001 RELAÇÃO DOS DADOS FÍSICOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS E PRIMÁRIAS DADOS LEVANTADOS DADOS DADOS PRIMÁRIOS TOTAL SECUNDÁRIOS (SEPLAN/CNEC) INFORMAÇÕES TEMÁTICAS Afloramentos Descritos 1370 50 1420 Amostras Coletadas - 10 10 Jazimentos Minerais 96 Poços Tubulares Profundos 124 Situação Legal (no de processos - ref. 119 Jul./95-DNPM) FONTE: CNEC, 1997

3. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

Nesta folha afloram 18 unidades litoestratigráficas (Figura 001), conforme segue: Complexo Xingu, no quadrante NW da folha, representando 10% da área total da mesma; Seqüências Metavulcano-Sedimentares do Planalto de Jauru, constituindo faixas paralelas e ocupando cerca de 4% da folha, no seu quadrante NW; o Grupo Aguapeí, com as formações Fortuna, Vale da Promissão e Morro Cristalino, distribuindo-se em 7% da área da folha, no limite oriental do quadrante NW; Grupo Serra do Rio Branco, ocorrendo no extremo oriental do quadrante NW e cobrindo 2% da área total; Suíte Intrusiva Guapé, correspondendo a 1% da folha; Grupo Cuiabá, no extremo oriental do quadrante SE, perfazendo cerca de 2% da área circunscrita pela folha; o Grupo , com as Formações Bauxi, Puga, Araras, Raizama e Diamantino, ocupando cerca de 20% da área total e jazendo na sua porção oriental e parte do quadrante SW da referida folha, além da Formação Sepotuba, que aflora na porção centro-norte da folha e representa cerca de 1 % da área total; Formação Utiariti, no extremo ocidental do quadrante NW e representando 1% da folha; Formação Xaraés aflorante no Sopé da Serra azul, no limite do Grupo Cuiabá com o Grupo Alto Paraguai, quadrante SE, correspondendo a menos de 1% da área total da folha; Formação Pantanal ocupando toda faixa central da folha e significando 50% da mesma; e, finalmente, as Aluviões Atuais ao longo dos principais cursos d’água e perfazendo cerca de 3% da superfície da folha. Estas unidades encontram-se descritas a seguir e espacializadas no Mapa A002 "Principais Aspectos Geológicos da Folha Barra do Bugres", Anexo I.

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FIGURA 001 COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA FOLHA BARRA DO BUGRES

EON ERA PERÍODO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

Ha - Aluviões Atuais: areias, siltes, argilas e cascalhos

Qp - Formação Pantanal: Sedimentos arenosos, síltico-argilosos, argilo- arenosos e areno-conglomeráticos semi-consolidados e inconsolidados. Localmente impregnações ferruginosas e salinas CENOZÓICO QUATERNÁRIO Qx - Formação Xaraiés: tipos variados de calcários travertinos mais ou menos concrecionários FANEROZÓICO

Kut - Formação Utiariti: sedimentos arenosos feldspáticos de granulometria fina a média com subordinadas intercalações de GRUPO

PARECIS siltitos, argilitos e raros níveis delgados de conglomerados CRETÁCEO MESOZÓICO

PSd - Formação Diamantino: arcóseos com intercalações de siltitos e folhelhos micáceos

PSs - Formação Sepotuba: sedimentos pelíticos com predomínio de folhelhos e siltitos micáceos e intercalações de arenitos finos

PSr - Formação Raizama: arenitos ortoquartzíticos com intercalações de siltitos e argilitos

PSa - Formação Araras: predominam sedimentos carbonáticos calcíferos e pelíticos na base e dolomitos no topo. Finas intercalações de siltitos e folhelhos GRUPO ALTO PARAGUAI PSp - Formação Puga: conglomerados (diamictitos) com

SUPERIOR intercalações de arenitos, siltitos e folhelhos. No topo exibe

PROTEROZÓICO intercalações de margas e calcários

PSbx -Formação Bauxi: arenitos finos a grossos, com intercalações delgadas de siltitos, argilitos e conglomerados

PScb - Grupo Cuiabá: filitos diversos, metassiltitos, ardósias, metarenitos, metarcóseos, metagrauvacas, xistos, metaconglomerados, quartzitos, metavulcânicas ácidas e básicas, mármores calcíticos e dolomíticos. Presença conspícua de veios de quartzo

PSpsg - Suite Intrusiva Guapé: granitos, granodioritos, adamelitos, granófiros e riólitos

(continua...)

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FIGURA 001 COLUNA LITOESTRATIGRÁFICA DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação)

EON ERA PERÍODO DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS PMsb - Grupo Serra do Rio Branco: riodacitos, granitos pórfiros, andesitos, dacitos e básicas

PMmc - Formação Morro Cristalino: metarenitos ortoquartzíticos e feldspáticos com intercalações de conglomerados

PMvp - Formação Vale da Promissão: metassiltitos, filitos, ardósias e MÉDIO metarenitos finos, todos sericíticos

PMf - Formação Fortuna: metarenitos ortoquartzíticos com níveis GRUPO AGUAPEÍ métricos de conglomerados digomíticos PROTEROZÓICO

PIvspj - Seqüências Metavulcano-Sedimentares do Planalto de Jauru: Compreende faixas de rochas vulcânicas de composições variadas, rochas sedimentares terrígenas e químicas, metamorfizadas na fácies xisto verde.

INFERIOR Encontram-se separadas por terrenos granito-gnáissicos

pCx - Complexo Xingu: rochas predominantemente ortometamórficas constituídas por granitos, granodioritos, adamelitos, dioritos, anfibolitos, gnaisses ácidos e básicos, migmatitos, granulitos, com subordinados quartzitos, quartzo-mica-xistos e mica-xistos. Grau metamórfico fácies anfibolito médio a

ARQUEANO granulito

FONTE: CNEC, 1997

3.1. COMPLEXO XINGU

Esta unidade foi introduzida por SILVA et al. (1974, In: Projeto RADAM Folha SB.22 Araguaia e parte da Folha SC.22 Tocantins, DNPM, 1974) para reunir as rochas mais antigas do extremo leste do cráton Amazônico, constituídas principalmente por gnaisses, migmatitos, granulitos, anfibolitos, granodioritos e rochas cataclásticas, substituindo designações precedentes e pouco adequadas como Pré-Cambriano indiferenciado, embasamento cristalino, Complexo Basal etc. O Complexo Xingu reúne quase todos os tipos litológicos colocados estratigraficamente abaixo dos vulcanitos Iriri e que ainda não estão adequadamente delimitados e, até mesmo, bem caracterizados. Neste contexto, a possibilidade de existir vários tipos de unidades vulcano-sedimentares embutidos no Xingu e até hoje não identificados é grande. Adicionalmente, o Complexo Xingu constitui parte do embasamento da porção sul do cráton Amazônico, com idade admitida como Arqueano com remobilizações no Proterozóico Inferior.

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Nesta folha, o Complexo Xingu aflora no quadrante NW, distribuindo-se desde a região da cidade de São José dos Quatro Marcos, passando por Araputanga e atingindo a região da Reserva do Cabaçal. Os afloramentos correspondem a pequenos conjuntos de matacões constituídos por gnaisses diversos, variando desde gnaisse migmatítico, biotita gnaisse até gnaisse porfiróide com megacristais de feldspatos cinza claro (RB-387-16). Localmente, matacões de granitóides de composição granodiorítica e tonalítica, com granulação média a fina e com foliação incipiente podem ser encontrados (RB-387-33). As rochas exibem cores cinza-claro e cinza-escuro.

Em relação às características de imagem, o Complexo Xingu apresenta relevo arrasado, com colinas médias, baixa a média densidade de drenagem, padrão subdendrítico, tonalidade cinza claro e textura ligeiramente lisa.

Apresentam solos areno-argilosos, de cor amarelada ou vermelho-amarelada e espessura variável de 1 a 3 m. Na escala de mapeamento efetuada, não se detectaram processos notáveis de erosão concentrada, assim como de instabilidades geotécnicas.

3.2. SEQÜÊNCIAS METAVULCANO-SEDIMENTARES DO PLANALTO DE JAURU

Compreende um conjunto de faixas constituídas por rochas supracrustais, reunindo vulcânicas de composições variadas e rochas sedimentares terrígenas e químicas associadas, todas metamorfizadas no facies xisto verde.

SAES et al. (1984) propõem a denominação Seqüência Vulcano Sedimentar Quatro Meninas para definir um conjunto de rochas básicas e ultrabásicas, vulcânicas e plutônicas, metamorfizadas no facies xisto verde, associadas a metassedimentos terrígenos e químicos.

MONTEIRO et al. (1986) denominam Greenstone Belt Alto Jauru em contrapartida a Seqüência Vulcano-Sedimentar Quatro Meninas de SAES et al. (1984), descrevendo três faixas de trend NNW-SSE separadas por embasamento granítico-gnáissico, denominadas de faixas Cabaçal, Araputanga e Jauru, de leste para oeste, respectivamente.

MENEZES et al. (1993) descreveram a seqüência metavulcano-sedimentar , a leste das três faixas do Greenstone Belt do Alto Jauru, para caracterizar um conjunto de rochas vulcânicas e sedimentares químicas e clásticas fortemente transpostas e metamorfizadas no intervalo xisto verde alto a anfibolito baixo.

MATTOS (1994, apud GERALDES, 1996) denominou o conjunto de litotipos vulcânicos mapeados na região de Pontes e Lacerda de Seqüência Vulcano Sedimentar Rio Alegre, que foi denominada por MENEZES et al. (1993) como Seqüência Metavulcano Sedimentar de Pontes e Lacerda.

Levando-se em consideração a associação petrotectônica similar destas faixas, as quais são atribuídas diferentes designações, mas que se desenvolvem sobre o mesmo tipo de embasamento, separadas por faixas de terrenos granito-gnáissico, e que apresentam grau metamórfico semelhante, optou-se , neste projeto, por reuni-las sob a designação de Seqüências Metavulcano-Sedimentares de Baixo Grau Metamórfico do Planalto de Jauru, dado que nesta unidade morfológica ocorrem caracteristicamente estas seqüências.

Na Folha de Barra do Bugres (MIR-387), afloram duas faixas alongadas de rochas vulcano-sedimentares, ocupando o quadrante NW e separadas por infracrustais granito- gnáissicas. Na porção SW, essas rochas afloram na forma de grande mancha circundada por sedimentos da Formação Pantanal.

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As faixas são compostas principalmente por metabásicas e anfibolitos. São de coloração verde, quando frescas e de cor avermelhada, quando alteradas.

Nos afloramentos visitados, as rochas encontram-se bastante deformadas e transpostas, predominando metabasaltos que, quando frescos, mostram-se com cor verde escura e granulação fina. Afloram, em geral, como matacões espalhados pelo terreno, sendo que as faixas têm orientação NW-SE.

Em termos de padrão de imageamento, o relevo é ondulado, arrasado, com drenagem subdendrítica, tonalidade cinza escura e textura lisa. O solo é argiloso e vermelho, não apresentando, de acordo com a escala da coleta de informações, erosão concentrada. Originam solos argilosos com espessuras médias de 1 a 2 m.

3.3. FORMAÇÃO FORTUNA

De acordo com SOUZA & HILDRED (1980), a Formação Fortuna constitui as escarpas inferiores do Grupo Aguapeí com inclinações suaves no topo do patamar, sendo composta por metarenitos ortoquartzíticos intercalados com níveis lenticulares e diques de ortoconglomerados digomíticos.

A Formação Fortuna ocorre na Serra Ricardo Franco, sustentando as vertentes da serra homônima, estendendo-se por uma estreita faixa de 110 km de extensão e largura variável de 1 a 5 km. É de natureza eminentemente siliciclástica, grosseira, quartzosa com matriz arcoseana, apresentando estratos conglomeráticos oligomíticos quartzosos e arenitos conglomeráticos. Os seixos em média apresentam de 1 a 2 cm de diâmetro. Na Serra de Santa Bárbara, a unidade apresenta uma espessura de 120 m (Projeto RADAMBRASIL, Folha SD.21, Cuiabá – 1982).

No contexto da folha, a formação aflora na Serra do Roncador, recobrindo no flanco ocidental as rochas vulcânicas básicas da Seqüência Metavulcano-Sedimentar do Planalto de Jauru e, no flanco oriental, subjacente aos pelitos da Formação Vale da Promissão.

Os quartzitos da Formação Fortuna correspondem a rochas com granulometria média, recristalizadas e de cor cinza claro, estruturadas em bancos decimétricos, apresentando atitude sub-horizontal.

O solo é arenoso com espessura variável de 1 a 3 m. No âmbito da folha não se detectaram, de acordo com a escala de investigação praticada, processos notáveis de erosão concentrada e instabilidades geotécnicas.

Em termos de características de imageamento, a Formação Fortuna apresenta relevo suave a medianamente dissecado, de topo tabular, com bordas escarpadas, orientada segundo NW, textura lisa e tonalidade cinza. A densidade de drenagem é baixa a média e encontra-se com estruturada.

3.4. FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO

Segundo SOUZA & HILDRED (1980), a Formação Vale da Promissão constitui o segundo patamar da Serra de Santa Bárbara, correspondendo a uma seqüência dominantemente argilosa, constituída de metassiltitos, filitos, ardósias e metarenitos de granulação fina.

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Na Serra de Santa Bárbara a formação apresenta uma espessura da ordem de 270m (Projeto RADAMBRASIL, Folha SD.21 – Cuiabá, 1982).

Dentro dos limites da folha aflora segundo uma faixa de direção NNW, sendo limitada a oeste pela Serra do Roncador, a leste, pela Serra de Rio Branco e a sul, pelos sedimentos da Formação Pantanal.

Apresenta-se com metassiltitos de cor cinza e marrom, ocorrendo para o topo intercalações de bancos de quartzitos médio a finos, de cor amarelada, que são responsáveis por pequenas cachoeiras nos cursos d’água da região de Salto do Céu (Fotos 001 a 004). A atitude dos estratos é sub-horizontal.

O solo é síltico-argiloso, com espessura variável de 1 a 3 m e, de acordo com a escala de investigação, não apresentaram indicações de problemas de erosão concentrada e geotécnicos.

O padrão de imageamento mostra relevo colinoso, às vezes com topo plano e tabular, com padrão de drenagem dendrítica a subdendrítica, com textura lisa e tonalidade cinza escuro.

3.5. FORMAÇÃO MORRO CRISTALINO

Segundo SOUZA & HILDRED (1980), a Formação Morro Cristalino é constituída de metarenitos ortoquartzíticos e feldspáticos e metarcóseos de cor cinza, rósea e avermelhada, granulação média a grosseira, com níveis conglomeráticos e de metassiltitos intercalados. De acordo com os dados secundários, a Formação Morro Cristalino constitui o terceiro patamar das Serra de Santa Bárbara, encontra-se no topo da Serra Ricardo Franco e sustenta a Serra de São Vicente. No bordo oriental da Serra de São Vicente a espessura foi estimada em torno de 260 m (Projeto RADAMBRASIL, Folha SD.21 – Cuiabá, 1982).

Dentro da folha, a Formação Morro Cristalino aflora como grandes manchas residuais sobre a Formação Vale da Promissão, entre as serras do Roncador e Rio Branco.

Litologicamente corresponde à quartzitos de granulometria fina a média, de cor cinza claro a amarelado, estruturado em bancos decimétricos, com atitude sub-horizontal.

No contexto da folha, em termos de padrão de imageamento, mostra relevo medianamente dissecado, de topo tabular, com limites escarpados e ocupando nível topográfico elevado em relação aos terrenos circundantes; apresenta textura lisa, com vales profundos e tonalidade cinza escuro. Os solos são bastante arenosos e com espessura da ordem de 1 m. No domínio da folha, de acordo com a escala de investigação, não se perceberam indicações de problemas de erosão concentrada e geotécnicos.

3.6. GRUPO SERRA DO RIO BRANCO

Com a denominação informal de Intrusivas Rio Branco, RIBEIRO FILHO & FIGUEIREDO (1974, In: Projeto Alto Guaporé, DNPM/CPRM, 1974) descreveram rochas básicas e vulcânicas ácidas e intermediárias na Serra do mesmo nome, nas cabeceiras do Rio Paraguai, oeste de Mato Grosso. Posteriormente OLIVA, et al. (1979) denominaram de Complexo Serra do Rio Branco. Litologicamente corresponde a diabásios, diabásios olivínicos, riodacitos, delenitos, andesitos e dacitos. BARROS, et al. (1982, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SD.21, MME, 1982) redefinem a unidade e a denominam como grupo.

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No contexto da folha, a unidade aflora logo a leste da cidade de Salto do Céu, onde está em contato com a Formação Vale da Promissão do Grupo Aguapeí. Na zona de contato aflora rocha de coloração verde, granulometria média a fina e de composição gabróide (olivina gabro) dispondo-se na direção NNW, evidenciando conjunto de matacões alinhados. O contato das rochas gabróides com a Formação Vale da Promissão está encoberto, mas supõe-se ser intrusivo, conforme acontece logo a norte, na folha contígua (MIR-371). Para leste, as rochas gabróides passam para rochas granitóides. O contato entre estas duas rochas plutônicas não está exposto. A rocha granitóide tem textura porfirítica, exibindo megacristais (de 1 a 3 cm) de feldspato cinza (k-feldspato pertítico), às vezes com auréolas de plagioclásio, imersos em matriz de granulação fina, onde feldspatos potássicos de cor rósea estão intercrescidos com quartzo, indicando textura granofírica. Os pontos RB-387-26 e RB-387-41 indicam as posições do gabro e dos granitóides (Foto 005).

Em termos de padrão de imageamento, na folha em questão, a unidade apresenta relevo elevado, com topo ligeiramente colinoso, com padrão de fraturamento ortogonal, textura rugosa e tonalidade cinza.

O solo é pouco espesso (0 a 1m), de composição areno-argiloso e cor amarelo- avermelhado, não apresentando, de acordo com a investigação realizada, feições notáveis de erosão concentrada ou de instabilidades geotécnicas.

3.7. SUÍTE INTRUSIVA GUAPÉ

Aflora no oeste do Estado de Mato Grosso, correspondendo a rochas predominantemente graníticas de caráter cratogênico, as quais apresentam características texturais, estruturais, mineralógicas e granulométricas distintas da associação polimetamórfica que a hospeda (BARROS, et al. 1982, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SD.21 Cuiabá, MME, 1982).

De acordo com o mapa geológico de MENEZES, et al. (1993), no norte da Folha Jauru, ocorre um corpo de dimensões batolíticas, de composição sieno a monzogranítico leucocrático a hololeucocrático, médio a porfirítico e, subordinadamente, monzonitos e quartzo monzonitos micropertíticos; eventualmente termos subvulcânicos de tendência mais intermediária.

No quadrante NW da Folha de Barra do Bugres (MIR-387) afloram vários corpos graníticos de tamanhos variados, com o eixo maior variando de 2 até 10 km. São corpos elípticos, arredondados e circunscritos. A composição varia de monzo a sienogranitos a biotita, apresentando granulometria variável de média a grossa e coloração rosada. Em alguns destes corpos é possível distinguir uma foliação muito incipiente. Os corpos estão intrudidos no Complexo Xingu. Um exemplo adequado desses corpos é representado pelo ponto RB-387-10, onde aflora uma pequena bossa de granito, não representável na escala de mapeamento (1:250.000).

Os maciços representam campos de matacões com delgado desenvolvimento de solo. Não se observaram processos notáveis de erosão concentrada associados a esta unidade.

O padrão de imageamento prioriza corpos circunscritos, com estruturas circulares ou semi-circulares, relevo suave a medianamente dissecado, tonalidade cinza clara e medianamente estruturados (fraturamento).

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3.8. GRUPO CUIABÁ

De acordo com MARINI et al. (1984), o nome Cuiabá foi primeiramente empregado por EVANS (1894) e incorporado na literatura pelos sucessivos trabalhos de ALMEIDA (1945, 1954, 1964 e 1965b). É constituído por metamorfitos de baixo grau, facies xisto-verde, com predomínio de filitos, micaxistos e, subordinadamente, quartzitos e metagrauvacas, mármores calcíticos e dolomíticos, calcários e metaconglomerados. Os xistos classificam-se petrograficamente em micaxistos quartzosos ou feldspáticos, raramente em calcoxistos. Veios de quartzo são ubíquos nessas rochas. São observadas passagens gradacionais de mica xistos para filitos e quartzitos e, com menor freqüência, para metarcóseos e metagrauvacas. Filitos grafitosos e hematíticos ocorrem não tão amiúde.

Os calcários, via de regra, em bancos maciços, juntamente com os mármores, ocorrem sob forma lenticular dentro da seqüência xistosa, possuem pequena espessura e aspecto sacaróide. Os quartzitos possuem granulação fina, estratificação plano-paralela, raramente cruzada, com abundância de moscovita. As grauvacas relativamente freqüentes, têm grande dureza e quase nunca ostentam estratificação, as vezes intercalam-se com filitos produzindo típicos acamamentos gradacionais.

Distribui-se ao longo de um arco com concavidade para sudeste, extenso por cerca de 1.500 km, que constitui a Faixa de Dobramentos Paraguai - Araguaia, ocupando a porção interna desta faixa. Porém, em grande parte acha-se oculto sob as coberturas fanerozóicas da Bacia Sedimentar do Paraná, dos pantanais matogrossenses e da depressão do Araguaia. Encontra-se exposto praticamente ao longo de toda borda noroeste da Bacia Sedimentar do Paraná, desde a região de Bonito (MS) até Aragarças (GO). Em relação à espessura, admite- se valores superiores a 4.000m (Projeto RADAMBRASIL, Folha SD.21 – Cuiabá, MME, 1982).

O Grupo Cuiabá aflora no extremo SE da folha, sendo limitado a norte e a oeste pela Província Serrana e, a sul, pelos sedimentos da Formação Pantanal. Em termos líticos predominam filitos de cor róseo e/ou avermelhado, com bancos de quartzitos intercalados e sustentando pequenos morrotes alongados. Os quartzitos são de cor cinza-amarelado, granulometria média e estruturados em bancos decimétricos.

O solo, no geral, é laterítico, apresentando uma crosta laterítica cimentando fragmentos de veios de quartzo com espessura da ordem de 1 m.

O padrão de imageamento que retrata o Grupo Cuiabá caracteriza-se por relevo arrasado, colinoso, de interflúvios médios a amplos, com drenagens subparalelas a subdendríticas controladas por lineamentos, que evidenciam forte estruturação da unidade. A tonalidade é cinza escuro e a textura, lisa. No domínio da Folha Barra do Bugres não se detectaram, de acordo com a escala de observação, problemas de erosão concentrada e geotécnicos.

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3.9. FORMAÇÃO BAUXI

Definida por VIEIRA (1965), reúne um pacote de metassiltitos, metarcóseos, metagrauvacas e ortoquartzitos da região de Bauxi, Mato Grosso. De acordo com BARROS et al. (1982, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SD.21 Cuiabá, MME, 1982) encontra-se exposta ao longo da Província Serrana, em bordas de estruturas dobradas (Braquissinclinal das Araras, Sinclinal de Nóbres) e junto à porção ocidental da Serra do Padre Inácio, onde suas rochas configuram a elevação denominada Serra do Caeté. É composta por sedimentos clásticos, no geral, arenosos de granulometria fina a grossa, contendo intercalações de siltitos, argilitos (ou folhelhos) e níveis conglomeráticos. Comumente mostram elevado grau de compactação de caráter diagenético e a presença de cimento silicoso e ferruginoso.

Na Folha Barra do Bugres, a Formação Bauxi aflora em uma pequena área alongada na região sul da Serra da Camarinha. Esta área não foi investigada por falta de acesso; neste contexto, manteve-se os limites apresentados pelo Projeto Província Serrana – Relatório Final (DNPM/CPRM, 1978).

Registrou-se, para a Formação Bauxi, siltitos, arenitos, folhelhos, argilitos, grauvacas e arcóseos, com coloração esverdeada, avermelhada e marrom-amarelada, bastante compactos e ricos em estruturas sedimentares aquosas, como estratificações plano-paralelas e cruzadas, e marcas de ondas.

Dada a diminuta área em que o formação aflora na folha em questão, os dados relativos ao padrão de imageamento, tipo de solo e problemas geotécnicos não serão abordados, em virtude do significado da informação diante da escala trabalhada.

3.10. FORMAÇÃO PUGA

Foi definida por MACIEL (1959), no morro do Puga, situado à margem direita do Rio Paraguai, próximo a Porto Esperança. Suas camadas foram interpretadas como produtos de glaciais, representadas por tilitos sotopostos a dolomitos através de contatos transicionais, pois há material clástico, as vezes de natureza margosa, nessa passagem, até atingir-se o domínio de bancos de calcários ou dolomitos maciços.

Em termos litológicos, a seqüência constitui-se essencialmente de paraconglomerados, com camadas de arenitos subarcoseanos a ortoquartzíticos subordinados. Nos conglomerados há um nítido predomínio da matriz que chega a perfazer 80% da rocha e na qual acham-se imersos fragmentos de composições variadas (gnaisses, quartzo, anfibolitos, riodacitos, granitos, filitos, calcários etc.). A matriz, em geral, é argilosa, por vezes mais arenosa, de aspecto maciço sem estratificação visível em escala de afloramento.

Tanto MACIEL (1959), como ALMEIDA (1964, 1965a, b) advogam uma origem glacial para os conglomerados Puga, baseando suas argumentações, a par das características litológicas, na presença de siltitos e arenitos associados, fragmentos de rocha do tipo “ferro de engomar” e na ausência de estruturas sedimentares. Uma outra corrente (VIEIRA, 1965; FIGUEIREDO & OLIVATTI 1974, In: Projeto Alto Guaporé, DNPM/CPRM, 1974; CORRÊA, et al. 1976 In: Projeto Bodoquena, DNPM/CPRM, 1979) postula uma origem marinha batial, drifts e corrida de lama (correntes de turbidez), pois aduzem que a presença de cimento calcífero no topo, característico de ambiente marinho e o fato da formação estratigraficamente superior – Araras – ser constituída de calcários (para eles sempre de clima quente e de origem marinha), a ausência de varvitos e também pelos contatos gradativos de todo o pacote, seriam critérios incompatíveis com a origem glacial (MARINI, et al. 1984).

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Em relação à Folha Barra do Bugres, a Formação Puga aflora em duas áreas: (1) vertente oriental da Serra das Araras, no quadrante SE da referida folha; e (2) ao longo de uma faixa de direção NE, englobando a cidade de Mirassol do Oeste (Serra do Caeté).

A litologia dominante corresponde a diamictitos, tanto com matriz arenosa como com matriz argilosa, com seixos de tamanho e tipo lítico variado. No ponto RB-387-07 aflora diamictito com matriz argilosa e seixos de granito; entre outros, no ponto RB-387-04 o diamictito tem matriz arenosa.

Dependendo do tipo de diamictito que prevalece na área, o solo pode ser arenoso ou argiloso com espessura variável de 1 m (RB-387-04) até 3 m (RB-387-07). Nos diamictitos arenosos a ação antrópica relacionada com obras viárias desenvolve processos de ravinamento (RB-387-04). Em termos de padrão de imageamento apresenta área com colinas baixas e suaves, drenagem subdendrítica, tonalidade cinza e textura lisa.

3.11. FORMAÇÃO ARARAS

A denominação “Arara Limestone” foi dada por EVANS (1894). ALMEIDA (1964) formalizou como Grupo Araras. Como o contato entre as Formações Puga, Araras, Raizama e Diamantino é gradual, FIGUEIREDO & OLIVATTI (1974, In: Projeto Alto Guaporé, DNPM/CPRM, 1974) incluíram-na no Grupo Alto Paraguai de ALMEIDA (1964), com o status de formação.

De acordo com MARINI, et al. (1984), a Formação Araras apresenta-se compartimentada em três níveis bastante distintos: um nível basal, essencialmente composto de margas conglomeráticas e calcilutitos; um nível médio, com calcários maciços e intercalações de calcários escuros; um nível superior, marcado por nódulos de sílex e lentes de arenitos finos. Genericamente, o pacote inicia-se por margas conglomeráticas que marcam a transição entre o topo da Formação Puga e a base da Formação Araras. Segue-se uma seqüência de calcilutitos, decimetricamente estratificados, microcristalinos, que podem conter brechas calcárias. Os calcários dolomíticos do nível intermediário são microgranulares, interestratificados com calcários calcíticos com textura microgranular, finamente estratificados, com nódulos de sílex esfumaçados e estruturas estilolíticas. Os dolomitos, mais abundantes no topo, possuem concreções de sílex, estratos com dolomitos arenosos, bancos de calcários dolomíticos e arenitos médios a grosseiros, marcantes da passagem transicional para a Formação Raizama.

Na Serra das Araras, ALMEIDA (1964) e HENNIES (1966) estimaram uma espessura da ordem de 230 a 1.300 m, ao passo que FIGUEIREDO & OLIVATTI (op. cit.) atribuem valores em torno de 800 m. Os contatos na região da Serra das Araras e Azul, quando não ocorrem através de falhas inversas, são gradativos tanto com a Formação Puga, inferior, quanto com a Formação Raizama, superior.

No contexto da Folha Barra do Bugres, a unidade aflora na Província Serrana, nas serras Azul, do Sabão, do Cachoeirinha e do Morro do Jigum. Aflora também no Morro Pé da Serra e Serra Progresso, na região de Mirassol do Oeste.

Apresenta calcários dolomíticos cinza claros, recristalizados e estruturados em bancos decimétricos e métricos. Está bem exposto na frente de lavra da pedreira Império Minerações Ltda, adjacente a BR-174, nas proximidades do trevo para Mirassol D´Oeste.

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Em termos de padrão de imageamento, a unidade caracteriza-se por relevo de colinas amplas com porções cársticas e padrão de drenagem com tropia controlada por descontinuidades estruturais. A tonalidade é cinza-claro e a textura é ligeiramente rugosa, com ressaltos. No campo observa-se relevo suave, com pequenas cristas assimétricas com distribuição restrita, dado por camadas inclinadas onde as vertentes mais longas são paralelas ao mergulho das camadas, originando relevo estrutural.

Quando arrasado, o relevo é colinoso, com solos argilosos vermelho-escuros e matacões dispersos na superfície. Pode também manifestar-se na forma de morros e cristas alinhadas de maior amplitude.

O solo é vermelho e argiloso, com espessura variável de 1 a 3 m, sem processos notórios de erosão concentrada e instabilidades geotécnicas associadas a esta unidade.

3.12. FORMAÇÃO RAIZAMA

A unidade foi batizada inicialmente de Raizama por EVANS (1894), que a descreveu como um arenito feldspático, endurecido, algo discordante do calcário Araras, sendo elevada a categoria de formação por ALMEIDA (1964).

Distribui-se nas serras das Araras e Azul, a oeste e norte de Cuiabá, sustentando as morrarias mais elevadas da paisagem. De acordo com MARINI, et al. (1984), seus contatos com as formações Araras e Diamantino são gradativos e com outras unidades sempre tectônicos por falhas inversas.

ALMEIDA (1964) indicou, em levantamento expedito realizado na Serra do Tombador, uma espessura de 1600 m. VIEIRA (1965), trabalhando na mesma serra, estimou uma possança de 860 m.

Consiste de arenitos pouco feldspáticos, com cimento calcífero e granulometria média a grossa. Intercalam-se níveis conglomeráticos com seixos e grânulos de quartzo e feldspato. Em direção ao topo predominam os arenitos finos e cauliníticos. Arcóseos finos, em geral friáveis, com estratificação decimétrica, ocorrem no topo. Estratificações cruzadas planares e marcas de onda são observadas em alguns locais. É característica a persistência dos níveis conglomeráticos ao longo de todo pacote. Não ostentam evidências de metamorfismo.

No domínio da folha, a unidade aflora na Província Serrana, nas serras das Araras, Grande e da Bocaina. Na região de Mirassol d’Oeste, aflora na Serra Progresso.

Litologicamente, destaca-se quartzito amarelo-claro, com granulometria média e grãos arredondados com pontuações brancas e opacas, parecendo feldspato alterado. Intercalados nos quartzitos, aparecem leitos decimétricos de metassiltitos e até mesmo de silexito. São também comuns arenitos microconglomeráticos e grossos, comumente com estratificações cruzadas de baixo ângulo, associados a arenitos médios, maciços, com ocasionais marcas de ondas. O grau de recristalização é variado. Observa-se a presença de intercalações subordinadas de pelitos, siltitos de cores verdes a vermelhas e, raramente, arenitos feldspáticos muito finos, vermelhos.

O solo é geralmente arenoso e com espessura da ordem de 3 m. Em outras folhas, como Rosário Oeste, a Formação Raizama normalmente desenvolve ravinamentos, em conseqüência de obras viárias. Entretanto, nesta folha, nas áreas investigadas não se observaram indícios de problemas de erosão concentrada e geotécnicos.

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3.13. FORMAÇÃO SEPOTUBA

A unidade foi batizada por ALMEIDA (1964). A Formação Sepotuba, na Província Serrana, mostra-se exposta em áreas descontínuas, nos núcleos de sinclinais e braquissinclinais, desde a porção meridional até a região das cabeceiras do Rio Cuiabá, entre a Serra do Cuiabá e o Planalto dos Parecis. Sua outra área de ocorrência está localizada no sopé da Serra de Tapirapuã e vale do alto curso do Rio Sepotuba, onde tem sua seção tipo. Com relação a espessura, ALMEIDA (1964) considerou-a como de 900 m no vale do Tombador, no plano oriental do sinclinal existente atrás da serra homônima.

Sua constituição litológica é essencialmente pelítica, com predomínio de folhelhos e siltitos micáceos, finamente laminados, com intercalações subordinadas de arenitos finos, micáceos, e localmente de margas e de camadas delgadas (centimétricas) de calcário e sílex. Para o topo, as intercalações de arenitos, normalmente arcoseanos, e de arcóseos tornam-se mais comuns, anunciando a gradação da unidade para Formação Diamantino (BEZERRA 1990, In: Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal, IBGE/SUDAM, 1990).

No contexto da folha, a Formação Sepotuba aflora na porção centro-norte, ao longo de uma faixa estreita coberta em todos os seus limites pelos sedimentos da Formação Pantanal. Litologicamente, por analogia com a extensão da unidade que aflora na Folha Nova Olímpia - MIR 371 ao norte e padrão textural, presume-se ser dominada por folhelhos e siltitos de cor marrom chocolate, micáceos e com manchas verdes.

Em termos de padrão de imageamento, a Formação Sepotuba caracteriza-se por apresentar um relevo colinoso com drenagem de padrão dendrítico, com densidade média a alta. A textura é lisa e a tonalidade é cinza. Os solos são argilosos e síltico-argilosos de coloração marrom-chocolate, com espessura da ordem de 1 m.

3.14. FORMAÇÃO DIAMANTINO

Os estudos realizados nessa formação tem origem em CASTELNAU (1857 apud BEZERRA et al., 1990. In: Projeto Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal. IBGE/SUDAM, 1990) que observou na parte superior da serra então conhecida como Campo dos Veados, xistos argilosos e o arenito avermelhado de Diamantino. EVANS (1894) descreveu-os ao norte da junção dos rios Sepotuba e Paraguai, embora aponte como local mais típico a região de Santa Cruz, próxima de Barra do Bugres. A estas rochas denominou de “Matto Shales” pelo aparecimento de uma contínua floresta que marcava a passagem do arenito Raizama para os folhelhos.

Coube a ALMEIDA (1964) definir essas rochas com maior precisão, dividindo-as nas formações Sepotuba (predominantemente folhelhos) e Diamantino (arcóseos e siltitos, predominantemente). HENNIES (1966) e ALMEIDA & HENNIES (1969) confirmaram a presença dessas duas unidades, não só na Serra do Tombador, como mais além, no vale do Rio das Mortes, já próximo da sedimentação da Ilha do Bananal.

ALMEIDA (op. cit.) estimou a espessura da formação em 800 m. O Projeto RADAMBRASIL (Folha SD.21 – Cuiabá, 1982) supôs uma espessura da ordem de 1.500 m. HENNIES (1966) considerou que a unidade tem uma espessura de 2.500 m.

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A vasta distribuição desta formação distingue-a como a mais extensa do Grupo Alto Paraguai, atingindo o interior cratônico. Os componentes essenciais da Formação Diamantino são arcóseos. Na porção basal contém diversas intercalações de camadas de siltitos e folhelhos micáceos, com espessuras variáveis, indicando uma modificação gradual das condições ambientais marinhas para continentais.

Na Folha de Barra do Bugres (MIR-387), a Formação Diamantino aflora na Província Serrana, mais especificamente nas serras Camarinha, do Sabão e da Morraria. Os afloramentos da Formação Diamantino constam de arenitos finos arcoseanos, de cor marrom chocolate, micáceos e com intercalações de siltitos também de cor marrom-chocolate e micáceos. Na Província Serrana, as litologias da Formação Diamantino são encontradas em núcleos de sinclinais, devido à sua preservação nesta posição estrutural.

Os solos são sílticos-arenosos, de cor vermelho tijolo. Na região da Província Serrana não se percebem processos notórios de erosão concentrada e instabilidades geotécnicas.

O padrão de imageamento, em arcos não dobrados, mostra relevo dissecado, colinoso e de topo arredondado e interflúvios estreitos. A drenagem é localmente controlada por estruturas, e tem densidade média, apresentando-se subparalela ou dendrítica. A tonalidade varia de cinza a cinza escuro e a textura é rugosa e, no geral, apresenta um padrão zebrado (alternância de tonalidade clara e escura).

3.15. FORMAÇÃO UTIARITI

De acordo com BARROS et al. (1982, In: Projeto RADAMBRASIL Folha SD.21 Cuiabá, 1982) os sedimentos da Formação Utiariti constituem a unidade superior do Grupo Parecis. É composta, na sua quase totalidade, por sedimentos arenosos de cores variegadas nas matizes de branca, amarela, roxa e avermelhada, depositados em bancos maciços e espessos; e, localmente, com estratificações cruzadas de pequeno porte. Apresentam composição essencialmente quartzosa e feldspática, sendo esta última em percentagens variáveis em direção ao topo, onde chegam até a desaparecer. Contém três frações de grãos de quartzo, fina, média e grossa, com predominância das duas primeiras; observa-se, nas porções mais basais, a presença de seixos de quartzo com distribuição esparsa. De modo geral, os grãos de quartzo são bem arredondados e com boa esfericidade, possuindo superfície hialina e fosca.

Devido a falta de matriz ou cimento, a desagregação dessas rochas é muito grande, razão pela qual formam-se espessos solos arenosos frágeis a processos de erosão concentrada, que resulta no aparecimento de ravinas e voçorocas, de ocorrência comum no Planalto dos Parecis.

No contexto da Folha Barra do Bugres, a unidade aflora em pequena área no porção NW da referida folha. Os dados obtidos nas folhas contíguas mostram uma cobertura arenosa, constituída por arenitos quartzosos, por vezes feldspáticos, com grãos finos subangulares e grãos médios arredondados e subarredondados, com coloração avermelhada. A unidade recobre discordantemente o Grupo Aguapeí e o Complexo Xingu.

O padrão de imageamento, na folha, evidencia relevo em dissecação com vales largos e interflúvios amplos, padrão de drenagem subdendrítica, com densidade média, localmente com controle estrutural. A tonalidade é cinza e a textura lisa.

O solo é arenoso, de cor avermelhada e com espessura variável de 1 a 3 m.

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3.16. FORMAÇÃO XARAIÉS

A unidade foi definida por ALMEIDA (1945) com localidade tipo nos arredores de Corumbá, Estado de Mato Grosso do Sul. A Formação é eminentemente calcária, bastante irregular, caracterizando-se por se constituir em verdadeiros depósitos de incrustações, sendo ausente, quase sempre, estruturas sedimentares. ALMEIDA (op. cit). define quatro tipos de calcários: tufos calcários com vegetais fósseis; tufo calcário leve, esponjoso; travertino com gasterópodes e conglomerados com cimento calcário. ALMEIDA (1965 a) descreve a Formação Xaraiés como sendo constituída de travertinos mais ou menos concrecionários, com tufos calcários, ocupando terraços nos vales dos rios Aquidabã e Formoso, Mato Grosso do Sul.

No âmbito da folha, a Formação Xaraiés ocorre no quadrante SW, no sopé da Província Serrana, na forma de faixas estreitas e descontínuas (RB-387-47), recobrindo, em parte, a falha de empurrão Araras, que joga o Grupo Cuiabá sobre a Formação Puga. A unidade, no local, se manifesta na forma de blocos de calcretes com estruturas ruiniformes, espalhadas em meio a solo com concreções lateríticas e com matriz argilosa. O solo é bem desenvolvido, do tipo laterítico, residual e com espessura variável entre 1 e 3 m.

3.17. FORMAÇÃO PANTANAL

OLIVEIRA & LEONARDOS (1943) referem-se a vazas, arenitos e argilas como formando uma capa relativamente delgada sobre o embasamento paleozóico da bacia do Alto Paraguai. ALMEIDA (1964), define a Formação Pantanal como constituída de sedimentos de natureza arenosa fina a síltico argilosa, com pouco cascalho disperso. Faz menção a existência de um terraço mais antigo, elevado, isto é, pleistocênico, que não é inundável nas épocas de cheia. FIGUEIREDO & OLIVATTI (1974, In: Projeto Alto Guaporé, DNPM/CPRM, 1974) englobam dentro da formação pantanal os sedimentos que compõem todos os níveis de terraços fluviais, sendo, o mais elevado, caracterizado como planície aluvial antiga (QP1), o nível intermediário, como terraço aluvial sub-recente (QP2); e o nível mais baixo, como aluviões recentes (QP3).

Em relação a Folha Barra do Bugres, a Formação Pantanal manifesta-se como uma extensa cobertura arenosa, que ocupa a maior parte da folha, distribuindo-se por sua porção central, sendo que, no limite oriental da folha é limitada pela Província Serrana e, na borda ocidental, por rochas do Grupo Aguapeí, Complexo Xingu e Formação Araras.

As rochas são semi-consolidadas e evidenciam areias de granulação média, com grãos arredondados a subarredondados, coloração cinza e matriz argilosa (RB-387-03). Representa uma cobertura arenosa que se assenta discordantemente sobre as unidades pré- cambrianas.

O solo é arenoso de cor cinza, e tem espessura da ordem de 3 m. Em alguns pontos, como RB-387-01, tem-se o desenvolvimento de nível laterítico.

O padrão de imageamento mostra relevo plano e baixo, levemente ondulado, com interflúvios amplos e riachos com vales chatos. A drenagem exibe padrão variável de subdendrítico a subparalelo, tonalidade variando de cinza escura a cinza clara. Não se observaram, na escala de investigação praticada, problemas notórios de erosão concentrada e instabilidades geotécnicas.

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3.18. ALUVIÕES ATUAIS

As aluviões encontram-se representadas na forma de depósitos descontínuos ao longo dos principais rios, com larguras médias da ordem de 1000 m (localmente pode ultrapassar 2500 m). Os depósitos mais representativos encontram-se associados aos rios Cabaçal, Sepotuba e Jauru. No contexto da bacia do Alto Paraguai destaca-se o próprio Rio Paraguai, que assume características meandrantes e origina expressivo depósito aluvionar da ordem de 5.000 m de largura. São constituídas por areias, siltes, argilas e cascalhos com litificação variável.

Em termos de padrão de imageamento, representam relevo plano, sendo áreas de acumulação embutidas nas drenagens, sem estruturação, textura lisa e tonalidade cinza escuro.

O solo é arenoso e com espessura variável de 1 a 3 m. Não foram verificadas feições de erosão concentrada ou de instabilidades geotécnicas na escala de investigação efetuada.

4. PRINCIPAIS ESTRUTURAS GEOLÓGICAS

A folha apresenta as três zonas estruturais definidas por ALMEIDA (1984) e ALVARENGA & TROMPETTE (1993): Faixa Paraguai Zona Interna Dobrada; Faixa Paraguai Zona Externa Dobrada e Cobertura Sedimentar de Plataforma.

A Zona Interna Dobrada corresponde ao Grupo Cuiabá, que aflora no quadrante SE da folha e encontra-se jogado sobre a Zona Externa Dobrada (Província Serrana), através da falha de empurrão das Araras.

A Zona Externa Dobrada corresponde à Província Serrana, onde as unidades estratigráficas inferiores do Grupo Alto Paraguai, representadas pelas formações Bauxi, Puga e Araras, pouco espessas e subhorizontais na zona de cobertura cratônica, mostram-se mais espessas e dobradas dentro da zona externa da faixa.

O contato entre as rochas subhorizontais da plataforma cratônica e as rochas dobradas da zona externa estão cobertos por sedimentos terciários e quaternários da Bacia do Pantanal, no vale do Rio Paraguai.

As rochas depositadas no domínio cratônico são afetadas por suaves ondulações e uma tectônica rúptil, não penetrativa, que se manifesta por falhas normais. Estas falhas foram parcialmente reativadas até o Cretáceo (ALVARENGA & TROMPETTE, 1993). Já a zona estrutural externa (Província Serrana) é caracterizada por dobras abertas, holomórficas e cortadas por falhas inversas.

Na porção cratônica, as rochas do Complexo Xingu, Seqüências Metavulcano- Sedimentares do Planalto de Jauru (Proterozóico Inferior) e Grupo Aguapeí (Proterozóico Médio) apresentam estruturação NW, que é truncada pelas unidades da Faixa Paraguai- Araguaia (Proterozóico Superior), nitidamente mais novas e com direção NE, que delineia o limite do cráton do Guaporé.

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5. RECURSOS MINERAIS

Neste item serão tratados os jazimentos minerais e a situação legal. Os jazimentos minerais serão abordados do ponto de vista factual, ou seja, o que realmente é conhecido em termos de indícios, ocorrências, depósitos, jazidas, garimpos e minas; e do ponto de vista previsional, através do raciocínio analógico comparado com áreas sabidamente mineralizadas. Quanto a situação legal, será apresentado uma quantificação dos títulos minerários relacionando-os com as principais substâncias requeridas.

A espacialização dos jazimentos minerais e da situação legal (lavra e licenciamento) encontra-se no Mapa A003 “Potencialidade Mineral e Situação Legal da Folha Barra do Bugres– MIR 387”, Anexo I. A relação das fichas com o cadastro de jazimentos minerais e informações sobre situação legal encontra-se no Anexo III.

5.1. JAZIMENTOS MINERAIS

Com base no Mapa A003 “Potencialidade Mineral e Situação Legal da Folha Barra do Bugres – MIR 387”, pode-se prognosticar as seguintes potencialidades minerais:

A alta potencialidade para ouro corresponde às rochas das Seqüências Metavulcano- Sedimentar do Planalto de Jauru, especialmente para o Distrito Mineiro Aurífero de Cabaçal, onde um depósito de ouro já foi explotado, além da presença de várias ocorrências. Trata-se de mineralização em zona de cisalhamento, hospedada em rochas metamórficas. Esta mina (Mina do Cabaçal I – Fazenda São Paulo), teve a portaria de pedido de renúncia de lavra solicitada em 30/08/91, devido à exaustão das reservas. A mina produziu 5.146 kg de ouro, 7.639 t de cobre e 2.261 kg de prata. Os valores obtidos no Relatório Anual de Lavra (DNPM, 1992), indicam uma reserva medida de 5.600 t de minério com teor de 8,87 g Au/t. (Fotos 006 a 008).

A média potencialidade para ouro diz respeito a uma grande envoltória que se apresenta com direção geral NNW, e uma pequena mancha a sul desta envoltória, sendo que se fecham na Folha Jauru. Estas duas envoltórias encontram-se no limite ocidental da Folha Barra do Bugres e inserem-se nas Seqüências Metavulcano-sedimentares do Planalto de Jauru, separadas por terrenos infracrustais granito-gnáissicos, parcialmente limitados por sedimentos cenozóicos da Formação Pantanal. Apresentam inúmeras ocorrências de ouro e ouro e cobre, onde interpreta-se que o cobre seja apenas um rastreador para mineralizações auríferas.

A norte do Distrito Mineiro Aurífero do Cabaçal, em terrenos do Grupo Aguapeí (formações Vale da Promissão e Morro Cristalino), tem-se o cadastro de um garimpo abandonado de ouro. Acompanhando o trend estrutural desta unidade delimitou-se uma envoltória com média potencialidade, tendo por analogia as mineralizações de ouro das jazidas de São Vicente e São Francisco.

As áreas com baixa potencialidade para Au (Cu) correspondem àquelas onde até o momento só se evidenciou ocorrências minerais do tipo placer. Nesta situação encontra-se uma faixa de rochas vulcano-sedimentares da Seqüência Metavulcano-Sedimentar do Planalto de Jauru e rochas da Formação Vale da Promissão, na região da cidade de Salto do Céu.

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As áreas de alta potencialidade para calcário e calcário dolomítico para a agricultura e indústria cimenteira correspondem às áreas de afloramentos da Formação Araras. Em especial a faixa de calcário e calcário dolomítico da região de Mirassol d’Oeste, onde já existe uma mineração de calcário dolomítico (Império Minerações Ltda).

Existem vários corpos de rochas granitóides intrudidos no Complexo Xingu que podem ser alvos de interesses para a produção de brita e rocha ornamental. A porção ocidental do Mapa de Potencialidade Mineral, Anexo I, apresenta inúmeras ocorrências de rocha ornamental.

Do ponto de vista previsional, a Formação Utiariti é totalmente constituída por litotipos siliciclásticos depositados em ambiente continental, com o substrato da bacia bem estruturado evidenciando horsts e grabens (BRAGA & SIQUEIRA 1995). Nesta situação, a metalogênese previsional é favorável para mineralizações de minerais pesados e resistatos em paleopláceres e em conglomerados da unidade Utiariti. A presença de uma província kimberlítica na margem sul da borda atual da Bacia dos Parecis (região de ) e outra na margem norte (região de Juína), de idade contemporânea ou subcontemporânea com a sedimentação, permite esperar outros kimberlitos ou lamproítos na Bacia dos Parecis, o que credencia esta unidade como favorável para conter depósitos secundários de diamante. Nesse caso, as aluviões são as indicadoras mais imediatas e diretas de mineralização.

5.2. SITUAÇÃO LEGAL

Segundo o Programa Títulos Minerários do Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, de julho de 1995, a Folha Barra do Bugres - MIR 387 apresenta um total de 119 áreas requeridas.

Esses requerimentos referem-se a 01 pedido/concessão de lavra, 07 licenciamentos, 28 autorizações de pesquisa e 83 pedidos de pesquisa, conforme ilustra o Quadro 002 a seguir.

QUADRO 002 QUANTIFICAÇÃO DOS TÍTULOS MINERÁRIOS POR “STATUS” DA SITUAÇÃO LEGAL SEGUNDO AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS MINERAIS SUBSTÂNCIA OURO CALCÁRIO DIAMANTE NÍQUEL ENXOFRE CROMO OUTROS TOTAL

STATUS Lavra 1 1 Lavra Garimpeira 0 Licenciamento 7 7 Autorização de 3 3 4 4 4 3 7 28 Pesquisa Pedido de 55 5 3 20 83 Pesquisa TOTAL 58 8 7 4 4 3 35 119 FONTE: DNPM, 1995 (modificado)

As informações referentes a lavra e licenciamento, podem ser consideradas como indicativas da presença do jazimento mineral e encontram-se contempladas no Mapa A003 “Potencialidade Mineral e Situação Legal da Folha Barra do Bugres”, Anexo I.

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6. POÇOS TUBULARES PROFUNDOS

Na Folha Barra do Bugres - MIR 387, tem-se o cadastro de 124 poços tubulares profundos, conforme apresentado no Quadro 003 a seguir, que sintetiza as principais informações hidrogeológicas recuperadas referentes a estes poços.

QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) Complexo Xingu/ 1 1.012.006-8 Glória D’Oeste 147,00 6,10 0,10 Seqüência Metavulcano- Sedimentar (?) Mirassol D’Oeste/ Sonho 2 1.012.007-6 150,00 20,00 0,91 Azul Grupo Aguapeí (arenitos) 3 1.012.008-4 Mirassol D’Oeste 118,00 15,00 0,26 (?) Complexo Xingu 4 1.012.009-2 Mirassol D’Oeste 120,00 0,40 0,01 (granitóides) (?) Araputanga/ Frigorífico Complexo Xingu 5 1.012.114-5 100,00 17,14 0,20 Araputanga (granitóides) (?) Reserva do Cabaçal/ Complexo Xingu 6 1.012.120-0 150,00 1,60 0,03 Sete de Setembro (granitóides) (?) Grupo Serra do Rio Branco 7 1.012.368-7 Salto do Céu 140,00 12,00 0,32 (granitóides) (?) Grupo Serra do Rio Branco 8 1.012.371-7 Rio Branco 140,00 12,00 0,32 (granitóides) (?) São José dos Quatro Complexo Xingu 9 1.012.870-0 110,00 5,00 0,18 Marcos (granitóides) Mirassol D’Oeste/ 10 1.112.001-0 Lar Bem Vindo – 90,00 4,80 0,56 Grupo Alto Paraguai (?) Curvelândia 0,0 a 33,0 m: Formação São José dos Quatro Pantanal 11 1.112.031-2 100,00 9,10 0,21 Marcos 33,0 a 100,0 m: Complexo Xingu (granitóides) (?) Formação Puga (arenitos, 12 043-94 Mirassol D’Oeste 44,00 3,70 SD arenitos com fragmentos de gnaisse) 0,0 a 25,0 m: terraço 25,0 a 93,0m: Formação 13 047 Mirassol D’Oeste 106,00 5,78 0,98 Puga (?) (argilitos) 93,0 a 106,0m: Seqüência Metavulcano-Sedimentar Formação Puga (?) 14 048-94 Mirassol D’Oeste 91,00 2,50 0,04 (arenitos) 15 49-94 Mirassol D’Oeste 110,00 0,00 0,00 16 052-94 Mirassol D’Oeste 86,00 12,00 SD 0,0 a 12,0m: Formação Pantanal (conglomerados) 12,0 a 24,0m: Formação 17 220-95 Mirassol D’Oeste 70,00 6,00 1,65 Puga (?) (metarenitos) 24,0 a 70,0m: Complexo Xingu (granitóides) (?) Lambari D’Oeste 18 255-95/96 130,00 1,84 0,02 Lajinha Mirassol D’Oeste/ Pedro 19 1.013.837-4 100,00 2,20 0,10 Galhardo 20 044-94 Mirassol D’Oeste 106,00 0,00 0,00 21 046-94 Mirassol D’Oeste 142,00 0,00 0,00 (continua...)

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QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação) VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) 0,0 a 14,0m: Formação Pantanal (areia, argila) Barra do Bugres/ 14,0 a 84,0m: Formação 22 072-94 84,00 5,87 SD Sindicato Rural Sepotuba (folhelhos, siltitos com nódulos carbonáticos) São José dos Quatro Complexo Xingu 23 247-95 120,00 SD SD Marcos (gnaisses) (?) Seqüência Metavulcano- 24 1.000.418-1 Araputanga/ Farinópolis 150,00 SD SD Sedimentar do Planalto de Jauru (?) (quartzitos) Barra do Bugres/ 25 1.000.424-6 165,00 5,06 0,14 Nova Olímpia Complexo Xingu 26 1.000.455-6 Araputanga/ Farinópolis 60,00 9,50 0,31 (granitóides e rochas básicas) (?) Complexo Xingu 27 1.000.456-4 Araputanga/ Farinópolis 90,00 7,50 0,42 (granitóides e rochas básicas) (?) Lambari D’Oeste/ 28 2-96 130,00 1,84 0,02 Lajinha 29 1.000.436-0 Araputanga 150,00 33,00 0,73 Rio Branco/ 30 1.001.369-5 170,00 1,60 0,02 Fazenda Samichuga Salto do Céu/ Colégio do Grupo Serra do Rio Branco 31 1.001.606-6 107,00 4,28 0,14 Bairro (?) Formação Sepotuba (?) 32 1.000.425-4 Barra do Bugres 170,00 5,00 0,14 (arenitos, siltitos) Complexo Xingu 33 1.000.435-1 Araputanga 139,00 21,60 0,80 (granitóides e quartzitos) (?) Cáceres/ Formação Pantanal 34 1.000.451-3 Av. Tancredo Neves – 126,00 16,10 0,42 (arenitos e argilitos) COHAB Nova 4,0 a 108,0m: Formação Pantanal (arenitos, Cáceres/ argilitos) 35 1.000.452-1 150,00 5,50 0,10 Santa Rita 108,0 a 150,0m: Formação Araras (calcário dolomítico) Cáceres/ Formação Pantanal 36 1.000.453-0 101,00 18,16 0,40 Curvelândia (arenito, argilito) Cáceres/ Formação Pantanal 37 1.000.454-8 120,00 16,11 0,45 Curvelândia (arenitos, siltitos) Complexo Xingu 38 1.000.462-9 Araputanga 100,00 17,14 0,20 (granitóides) (?) 0,0 a 41,0m: Formação Pantanal (areia, silte) 41,0 39 1.001.223-0 Mirassol D’Oeste 120,00 1,80 0,03 a 120,0m: Complexo Xingu (granitóides) (?) Complexo Xingu São José dos Quatro 40 1.001.552-3 110,00 19,60 0,75 (granitóides e quartzitos) Marcos (?) São José dos Quatro 41 1.011.553-1 136,00 24,00 1,43 Complexo Xingu (?) Marcos (continua...)

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QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação) VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) São José dos Quatro 42 1.001.554-0 Marcos/ 150,00 3,10 0,07 São José dos Quatro 43 1.001.556-6 Marcos/ 167,00 10,90 0,33 Santa Terezinha Formação Araras (calcário 44 1.001.584-1 Mirassol D’Oeste 101,00 8,46 0,18 dolomítico) 0,0 a 32,0m: Formação Pantanal (?) (areia, silte) 45 1.001.585-0 Mirassol D’Oeste 93,00 7,64 0,19 32,0 a 93,0m: Complexo Xingu (granitóides) (?) Complexo Xingu / 46 1.001.586-8 Glória D’Oeste 147,00 6,10 0,98 Seqüência Metavulcano- Sedimentar (?) 0,0 a 32,0m: Formação Pantanal (?) 32,0 a 69,0m: Formação 47 1.001.587-6 Mirassol D’Oeste 82,00 19,43 0,45 Puga (?) 69,0 a 82,0m: Complexo Xingu (?) Mirassol D’Oeste/ Sonho 48 1.001.596-5 150,00 20,00 0,91 Formação Puga (?) Azul Mirassol D’Oeste/ Sonho 49 1.001.598-1 150,00 12,00 0,50 Formação Puga (?) Azul Salto do Céu/ Grupo Aguapeí e Rochas 50 1.001.603-1 150,00 6,00 0,32 Vila Progresso Básicas (?) Salto do Céu/ Grupo Serra do Rio Branco 51 1.001.604-0 150,00 24,00 1,08 Cristinópolis (?) São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 52 1.001.612-0 Marcos/ 150,00 8,47 0,27 (granitóides, quartzitos) Santa Fé D'Oeste 0,0 a 26,0m: Formação São José dos Quatro Pantanal (argilito) 53 1.001.613-9 Marcos/ 150,00 3,06 0,07 26,0 a 124,0m: Complexo Aparecida Bela Xingu (granitóides) (?) São José dos Quatro Complexo Xingu 54 1.001.614-7 105,00 9,30 0,21 Marcos (granitóides) (?) São José dos Quatro Complexo Xingu 55 1.001.615-5 110,00 5,00 0,18 Marcos (granitóides) (?) São José dos Quatro Complexo Xingu 56 1.001.620-1 Marcos/ 150,00 1,20 0,02 (granitóides) (?) Aparecida Bela Araputanga/ 57 38-95 Fazenda Ranchão 70,00 2,64 0,06 Grande Barra do Bugres/ Formação Pantanal + 58 760.218 140,00 21,00 0,91 Av. Castelo Branco Formação Xaraiés (?) Barra do Bugres/ Formação Sepotuba (?) 59 780.704 150,00 14,00 0,29 Av. Castelo Branco (folhelhos, arenitos) Barra do Bugres/ Formação Sepotuba (?) 60 800.114 170,00 11,60 0,36 Av. Castelo Branco (arenitos, folhelhos) Barra do Bugres/ Formação Sepotuba (?) 61 791.223 125,00 15,00 0,50 Av. Rio Branco – Cara (arenitos, folhelhos) Barra do Bugres/ Formação Sepotuba (?) 62 821.010 100,00 5,20 0,17 Rua Santa Catarina (arenitos, folhelhos) (continua...)

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QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação) VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) São José dos Quatro 63 166/01 100,00 1,94 0,13 Complexo Xingu (?) Marcos São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 64 124/03 Marcos/ Próximo ao 136,00 1,80 0,15 (granitóides) Campo de Futebol São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 65 125/04 109,00 3,33 0,08 Marcos (granitóides) São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 66 126/05 Marcos/ Próximo ao 96,00 6,66 3,33 (granitóides) Colégio São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 67 127/06 110,00 2,73 0,08 Marcos/ Próximo à Igreja (granitóides) São José dos Quatro Complexo Xingu (?) 68 419/08 110,00 1,39 0,05 Marcos (granitóides) Formação Araras 69 120/01 Mirassol D’Oeste 100,00 4,72 0,29 (calcários) Mirassol D’Oeste/ 70 390/02 82,00 5,40 0,13 Frigossul Formação Araras(calcário 71 396/04 Mirassol D’Oeste 101,00 2,35 0,05 calcítico) Reserva do Cabaçal/ Complexo Xingu 72 373/03 Próximo ao Posto de 150,00 5,57 0,16 (granitóides) Saúde 73 371/02 Lambari D’Oeste 66,00 5,28 0,33 Complexo Xingu (?) Lambari D’Oeste/ Formação Araras (calcário 74 403/03 Estrada para 115,00 4,14 0,00 calcítico, dolomítico) Pingadouro-Primavera Salto do Céu/ 75 320/02 Progresso (ao Lado do 119,00 0,83 0,01 Basaltos (?) Reservatório) Araputanga/ Complexo Xingu 76 800.623 150,00 33,00 0,73 Araputanga (granitóides) Salto do Céu 77 319/01 150,00 4,75 0,21 Basaltos (?) Progresso Rio Branco Formação Vale da 78 750.313 140,00 12,00 0,32 Rua Pedro Inocêncio Promissão (?) Rio Branco Formação Vale da 79 890.127 80,00 4,95 0,11 S. J. Pingadouro Promissão (?) Rio Branco Formação Vale da 80 880.315 120,00 1,00 0,01 Boa União Promissão (?) São José dos Quatro 81 123/02 100,00 4,44 0,25 Complexo Xingu (?) Marcos 82 129/02 Reserva do Cabaçal SD 1,10 SD Complexo Xingu (?) Salto do Céu/ 83 321/03 SD 4,90 SD Progresso Complexo Xingu (?)/ 84 870.428 Glória D’Oeste 147,00 6,10 0,10 Seqüência Metavulcano- Sedimentar (?) Complexo Xingu (?)/ Glória D’Oeste/ 85 800.322 99,00 8,33 0,20 Seqüência Metavulcano- Caixa D’água Antiga Sedimentar (?) Formação Pantanal (argila) Cáceres/ + Formação Araras 86 406/01 126,00 4,48 0,12 Caramujo (calcário calcítico, dolomítico) (continua...)

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QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação) VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) Complexo Xingu (gnaisse 87 358/02 Porto Esperidião 64,00 1,53 0,04 e migmatito) Complexo Xingu (gnaisse, 88 380/03 Porto Esperidião 51,00 0,60 0,02 granitos) 89 164/03 Glória D’Oeste SD SD SD Complexo Xingu/ Glória D’Oeste/ 90 135/04 150,00 2,00 0,04 Seqüência Metavulcano- Rua Cecília de la Costa Sedimentar (?) 91 369/01 Lambari D’Oeste 96,00 3,67 0,10 Complexo Xingu (?) Mirassol D’Oeste/ 92 007 180,00 1,09 SD Fazenda São José Mirassol D’Oeste/ Escola Formação Araras 93 035 Rural Produtiva – 100,00 14,40 0,80 (calcários) Guarani Barra do Bugres/ Formação Sepotuba 94 8-80 Núcleo Habitacional São 230,00 11,00 0,10 (arenitos, argilitos, siltitos) Raimundo (?) Complexo Xingu 95 9-87 Araputanga 80,40 17,60 3,52 (granitóides) Complexo Xingu 96 10-87 Araputanga 114,00 6,00 0,12 (granitóides) 0,0 a 25,0m: Formação Pantanal (?) 97 11-86 Porto Esperidião 150,00 7,00 0,13 25,0 a 150,0m: Complexo Xingu Mirassol D’Oeste/ Av. 98 12-89 90,00 12,18 0,35 Formação Araras (?) Tancredo Neves, 2000 São José dos Quatro Complexo Xingu 99 13-89 100,00 9,10 0,21 Marcos/ BR-175 (granitóides) (?) Rio Branco/ Distrito 100 14-90 200,00 0,40 SD Formação Araras (?) Industrial Araputanga/ Complexo Xingu 101 841.206 150,00 12,10 0,39 Cachoeirinha (granitóides) 102 870.915 Araputanga/ Cooperativa 80,40 17,60 0,33 Complexo Xingu (?) 103 821.222 Araputanga/ Farinópolis 150,00 SD SD Seqüência Metavulcano- 104 861.018 Araputanga/ Farinópolis 60,00 9,50 0,31 Sedimentar do Planalto de Jauru (?) 105 860.306 Araputanga/ Frigoara 100,00 17,14 0,31 Complexo Xingu (?) Araputanga/ Jardim dos Complexo Xingu 106 920.514 115,00 3,00 0,03 Ipês (granitóides) Araputanga/ Pátio da Complexo Xingu 107 920.420 115,00 9,60 0,13 Unidade (granitóides) Araputanga/ Rua Complexo Xingu 108 801.022 140,00 21,36 0,79 Marquês de Pombal (granitóides) Araputanga/ Rua Antenor Complexo Xingu 109 870.612 114,00 6,00 0,12 Mamedes (granitóides) Complexo Xingu 110 800.813 Araputanga 90,00 26,00 1,18 (granitóides) Complexo Xingu 111 417/02 Araputanga/ Farinópolis 60,00 2,64 0,08 (granitóides) (?) Cáceres/ Formação Araras (calcário 112 365/01 Bezerro Branco (Vila 138,00 4,89 0,15 calcítico e dolomítico) Aparecida) (continua...)

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QUADRO 003 PRINCIPAIS DADOS HIDROGEOLÓGICOS REFERENTES AOS POÇOS TUBULARES PROFUNDOS DA FOLHA BARRA DO BUGRES (...continuação) VAZÃO VAZÃO N.º N.º MUNICÍPIO/ PROF MÉDIA ESP. UNIDADE/LITOLOGIA SEQ CADASTRO LOCALIDADE (M) (M³/H) (M³/H/M) Reserva do Cabaçal/ 113 880.419 150,00 1,60 0,02 Complexo Xingu (?) Sete de Setembro Complexo Xingu 114 830.411 Reserva do Cabaçal 150,00 3,84 0,18 (granitóides) Formação Pantanal (argila) Cáceres/ 115 392/01 100,00 5,00 0,50 + Formação Araras Ponte do Cabaçal (calcário) São José dos Quatro 116 402/01 Marcos/ Saída para 101,00 2,92 0,05 Mirassol-Curvelândia Mirassol D’Oeste/ Barra 117 01-89/01 102,00 5,11 0,00 da Serra Mirassol D’Oeste/ Pedro 118 01-89/02 100,00 2,20 0,10 Galhardo 119 01-89/03 Mirassol D’Oeste 90,00 4,80 5,64 Grupo Alto Paraguai (?) 120 01-88/01 Araputanga 60,00 12,38 0,72 121 036 Lambari D’Oeste 67,00 0,00 0,00 Grupo Aguapeí (?) Porto Esperidião/ Formação Pantanal (areia, 122 01-88/02 73,00 6,60 0,00 Vila Asa Branca argila) Porto Esperidião/ Complexo Xingu 123 01-88/03 100,00 0,91 0,00 Vila Aguapeí (gnaisses) Mirassol D’Oeste/ 124 01-88/04 150,00 1,76 0,02 Tabuleta SD: SEM DADOS FONTE: DNPM/SISON, GEOESTE, SANEMAT, PROMON e AHEC-ARAL (modificado).

Os poços cadastrados encontram-se nos municípios de Mirassol D’Oeste (29), Araputanga (23), São José dos Quatro Marcos (21), Barra do Bugres (9), Cáceres (7), Salto do Céu (7), Glória D’Oeste (6), Lambari D’Oeste (6), Rio Branco (6), Porto Esperidião (5) e Reserva do Cabaçal (5). Destinam-se, de modo geral, ao abastecimento urbano, industrial e comunitário/particular.

Estes poços encontram-se perfurados numa diversidade de unidades litoestratigráficas, o Complexo Xingu, Seqüências Metavulcano-Sedimentares, Grupo Aguapeí, Grupo Alto Paraguai, Grupo Serra do Rio Branco, Formação Tapirapuã e Formação Pantanal. Mostram profundidades variando de 44,00 a 230,00 m; vazões médias entre 0 e 33 m³/h; e vazões específicas entre 0 e 5,64 m³/h/m.

7. ÁREAS CRÍTICAS E DEGRADADAS

A folha não apresenta áreas problemáticas do ponto de vista de erosão concentrada, considerando-se a escala de investigação praticada.

As maiores escavações estão na exploração de calcário (Império Minerações) e na Fazenda São Paulo, onde o ouro foi explotado até a exaustão da mina. Atualmente, a mina está abandonada e a galeria de acesso ao corpo de minério encontra-se soterrada.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos efetuados na Folha Barra do Bugres, envolvendo interpretação de imagens de sensores remoto, análise de dados secundários e perfis de campo propiciaram uma melhor caracterização e espacialização das unidades litoestratigráficas.

Adicionalmente, o cadastramento de mineralizações é um esforço para gerar um inventário das ocorrências, permitindo a elaboração de análises metalogenéticas, tendo como base o quadro geológico. Isto permitirá avaliações de potencialidade e estudos de prognósticos de mineralizações, bem como elaboração de medidas de exploração.

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9. FOTOGRAFIAS

FOTO 001 ENTRADA DA CIDADE SALTO DO CÉU (RB-387-24). RIOS COM CORREDEIRAS E CACHOEIRAS, EM FUNÇÃO DOS QUARTZITOS INTERCALADOS NO TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 002 ENTRADA DA CIDADE SALTO DO CÉU (RB-387-24). ASPECTO DO RELEVO TABULAR, FORMANDO PLATÔS RESIDUAIS, DO TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 003 SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS – RIO BRANCO – PONTE SOBRE O RIO BRANCO (RB-387- 40). CORREDEIRAS NO RIO BRANCO CAUSADAS POR INTERCALAÇÕES DE QUARTZITOS DENTRO DOS FOLHELHOS DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 004 ENTRADA DA CIDADE DE SALTO DO CÉU (RB-387-24), EVIDENCIANDO O TOPO DA FORMAÇÃO VALE DA PROMISSÃO

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 005 ESTRADA SALTO DO CÉU – FERNANDÓPOLIS (RB-387-41). AFLORAMENTO DE GRANITO PÓRFIRO DO GRUPO SERRA DO RIO BRANCO, EVIDENCIANDO CAMPOS DE MATACÕES AO LONGO DAS DRENAGENS

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 006 SERRA DO CABAÇAL, MINA CABAÇAL I (RB-387-36). O RELEVO PLANO É CONSTITUÍDO PELAS METABÁSICAS DA SEQÜÊNCIA METAVULCANO-SEDIMENTAR DO PLANALTO DE JAURU, O RELEVO DA SERRA É REPRESENTADO PELOS QUARTZITOS DA FORMAÇÃO FORTUNA, GRUPO AGUAPEÍ

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 007 SERRA DO CABAÇAL (RB-387-36). TÚNEL DE ENTRADA DA MINA DE OURO DE CABAÇAL I – SOTERRADO

FONTE: CNEC, 1997

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FOTO 008 SERRA DO CABAÇAL (RB-387-36). ASPECTO DAS INSTALAÇÕES ABANDONADAS DA MINA DE OURO CABAÇAL I

FONTE: CNEC, 1997

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10. BIBLIOGRAFIA

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1986. 9 p. Carta Metalogenética, Carta de Previsão de Recursos Minerais e Carta de Previsão de Ações Governamentais, escala 1:250.000. Convênio: DNPM/CPRM. PROJETO PROVÍNCIA SERRANA. Goiânia: CPRM, 1978. v. 2 e 3 (Relatório Final) Anexo IV - Mapas Geológicos, escala 1:50.000. Convênio: DNPM/CPRM. PROJETO RADAM FOLHA SB.22 ARAGUAIA E PARTE DA FOLHA SC.22 TOCANTINS, DNPM, 1974. PROJETO RADAMBRASIL FOLHA SD.21 Cuiabá. Rio de Janeiro: Ministério das Minas e Energia, 1982, v.27, 175p. PROJETO ZONEAMENTO DAS POTENCIALIDADES DOS RECURSOS NATURAIS DA AMAZÔNIA LEGAL. Rio de Janeiro: IBGE, Dpto. Rec. Nat. Est. Ambien..., 1990. 211p. Convênio: IBGE/SUDAM. SAES, G.S.; LEITE, J.A.D.; WESKA,R.K. Geologia da Folha Jauru (SD-21-Y-C-III): Uma síntese dos conhecimentos. In.: XXXIII Congr. Brasil. Geol., 1984, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: SBG. v. 5, p. 2193-2204. SOUZA, E.P. & HILDRED, P.R. Contribuição ao estudo da geologia do Grupo Aguapeí, oeste de Mato Grosso. In: XXXI Congr. Bras. Geol., Camburiú, 1980. Anais... Camburiú v.2, p. 813-820. VIEIRA, A.J. Geologia do centro-oeste de Mato Grosso. Ponta Grossa, Petrobrás, 1965 2v. (Relatório interno, 303).

ANEXOS

ANEXO I - MAPAS

ANEXO II - RELAÇÃO DAS FICHAS COM DESCRIÇÕES DE CAMPO

ANEXO III - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE JAZIMENTOS MINERAIS E SITUAÇÃO LEGAL

ANEXO IV - RELAÇÃO DAS FICHAS COM CADASTRO DE POÇOS TUBULARES PROFUNDOS SELECIONADOS