MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

PLANO DE BACIA HIDROGRÁFICA DAS RIBEIRAS DO OESTE

1ª Fase

Análise e Diagnóstico da Situação de Referência

Anexo 7 – Infraestruturas Hidráulicas e de Saneamento Básico

Tomo 7A – Sistemas de Abastecimento de Água

Julho de 2001

PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A (Rev. 1  2001/07/31)

PBH RIBEIRAS DO OESTE  RELATÓRIO DA 1ª FASE ANEXO 7  INFRAESTRUTURAS HIDRÁULICAS E DE SANEAMENTO BÁSICO TOMO 7A  SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

EQUIPA TÉCNICA

PROCESL - Engenharia Hidráulica e Ambiental, Lda.

Almeida Araújo (Coordenador) Alexandra Fernandes Miguel Subtil Ana Margarida Carvalho

PBH diJS Ribdras do OI.:S[l' Tomo7A (Re ,', 1-2001/071311

1. Introdução

No presente tomo é efectuada a análise e diagnóstico da situação de referência dos sistemas de abastecimento de água das populações incluídas na área definida do Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. Esta análise foi efectuada, essencialmente, com base nas infonnações resultantes dos inquéri­ toslinventários que decorreram em simultâneo com a elaboração desta I' Fase. A caracterização é efectuada por concelho, total ou parcialmente incluído na Bacia Hidrográ­ fica, dentro de cada sub-região de acordo com as NUTs m, sendo apresentadas, em Anexo, as características dos sistemas de abastecimento de água e a correspondente população servida, que constituíram a base da análise e diagnóstico.

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2. População servida e índice de atendimento. Metodologia adoptada

A estimativa da população servida na área do Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste foi feita por etapas, tendo-se calculado, sucessivamente, a população servida por cada sis­ tema de abastecimento, por concelho, por sub-região (NUT ill), e, finalmente, na área da Bacia Hidrográfica. A primeira etapa - estimativa da população servida por sistema de abastecimento - foi feita a partir da consulta directa às entidades gestoras dos sistemas (Cãmaras Municipais, Serviços Mu­ nicipalizados). Assim, nas visitas técnicas realizadas obteve-se a informação, o mais actualizada possível, do número total de sistemas de abastecimento existentes, das diferentes infraestruturas hidráulicas associadas a cada sistema e da correspondente área/mancha servida. Tal mancha foi marcada na carta militar à escala 1/25000, delimitando-se assim os lugares abrangidos pelo sistema. Este método revelou-se o mais rigoroso em face da informação disponí• vel nas entidades gestoras dos sistemas. Com o conhecimento dos lugares abastecidos, e com base nos valores da população do Censo de 1991 do INE descriminada por lugares, estimou-se o número de habitantes servidos por siste­ ma, e consequentemente, por concelho, para o ano de 1991. A avaliação da população servida em 1998 foi realizada com base no estudo de evolução da populaç.ão efectuado no âmbito deste Plano e constante do Anexo 2 - Análise Sócio-Económica, onde é apresentada a população residente por concelho e por freguesia em 1998. A população servida em 1998 por sistema foi avaliada considerando que cada lugar possui o mesmo peso na freguesia que possuía em 1991. A Proposta de Directiva do Conselho refere a necessidade de controlar a qualidade da água das origens dos sistemas de abastecimento que servem aglomerados com mais de 15 fogos . Tendo em vista avaliar a situação do abastecimento de água na Bacia à luz deste quadro de re­ ferência, caracterizaram-se os sistemas de abastecimento que servem aglomerados com mais de . 50 habitantes. Com o conhecimento das populações (número de habitantes) residente e servida, definiu-se o índice de atendimento, razão entre a população servida com distribuição domiciliária de água e a população total residente em aglomerados habitacionais (isto é, não considerando os habitantes "isolados" constantes do Censo de 1991).

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Não se revelou útil , por não se poder extrair conclusões, aferir os valores da população servida com o número de contadores domésticos instalados dado que, em muitos casos, as entidades gestoras não dispunham de tais valores actualizados.

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3. Caracterização geral

Para caracterização da actual situação no que respeita ao abastecimento público de água na área do Plano de Bacia Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, avaliaram-se, como indicado­ res relevantes, o nível/percentagem de atendimento das populações, o número de sistemas con­ celhios e a população servida por cada um, e o número de habitantes de cada concelho servidos por outros concelhos. Em face da análise efectuada ao abastecimento de água de cada concelho e correspondentes sistemas (caracterização constante do Anexo deste Tomo), apresentam-se nas Tabelas 3.1 e 3.2, por concelho, sub-região (NUT li) e para a área total da Bacia, os seguintes elementos: - população residente em 1998; - população residente em 1998 sem considerar os habitantes" isolados" segundo o INE, ou seja, população residente em aglomerados habitacionais; - população residente em 1998 abastecida por sistemas de distribuição domiciliária servin­ do, cada um, menos de 50 habitantes; - população residente em 1998 abastecida por sistemas de distribuição domiciliária servin­ do, cada um, mais de 50 habitantes; - percentagem de atendimento da população com distribuição de água domiciliária, em 1998; - número de sistemas existentes e população servida, por escalão de sistema: • servindo entre 50 e 500 habitantes; · servindo entre SOle 1 000 habitantes; • servindo entre 1 001 e 2 000 habitantes; · servindo entre 2 001 e 10 000 habitantes; · servindo acima de 10 000 habitantes; - número de habitantes de um concelho servidos por outros concelhos, A percentagem de atendimento da população concelhia com distribuição de água ao domi cílio foi calculada em relação à população total residente subtraída dos habitantes considerados isola­ dos (segundo o INE) visto que a população que carece efectivamente de sistemas públicos domi­ ciliários corresponde à população total menos a população isolada, pois para esta última os sis­ temas individuais (poços, por exemplo) funcionam normalmente em boas condições,

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% DE POPULAÇÃO RESIDENTE ABASTECIDA POR ATEN DlMENTO POPULAÇÃO POPULAçÃO RESIDENTE DlSTRmUlçÃO DOM ICILIÁRIA (1998) ( 1998) RESIDENTE CONSIDERADA [hab.J SUB·REGlÃO CONCELHO (1998) (1998) (5)=W+4)/(2)J [hab.J [h,b.J POR SISTEMAS POR SISTEMAS (I) (2)=[ I·H,b. "isolados"(INEIJ SERVINDO < 50 HAB SERVINDO> 50 HAB (3) (4)

CASCAIS 165840 165356 35 165321 100.0% GRANDE LISBOA S[NTRA " 62808 59326 59326 100.0% TOTAL DA SUB·REGL~O 228648 224682 35 224647 100,0% ALCOBAÇA 55647 54019 53852 99.7% ALENQUER" 1350 I 11 7 I 11 7 100,0% BOMBARRAL 12201 11794 11794 100.0% CA DAVAL 12957 12244 12215 99.8% CALDAS DA RAiN HA 44558 43224 43224 100.0% LOURINHÃ 21835 2 1 508 21 508 100.0% OESTE iv1AFRA ':' 34' 17 33274 33 160 99.7% NAZARÉ 14989 14943' 14943 100.0% ÓB IDOS 11 619 11233 11 233 100.0% PENICHE 26349 26289 26289 [00,0%

SOBlV\L DE Ml )NTE ;\GRA(O ~ 4219 4192 38 4154 100.0% TORRES VEDRAS 68 195 65070 64 104 98.5% T(jTAL DA SUB · REGlÃO 308036 298 907 38 :.' ,:' i5t~ . " J 297 5~3 . " 99,6% PINHAL LITORAL PORTO DE j\·H)S '·' 6153 6104 6104 100.0% TOTAL DA SUB. REGIÃÓ . 6153 6104 O. " 6104 '''.-' 100.0% Total da bacia 542837 529693 73 528344 . 99,8%

• Concelhos parcialmenle incluídos no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oesle

Tabela 3.1 • Percentagem de atendimento da população (1998)

8/46 @PROCESL GIBB,~.~. O !!!!.f!.'!,'?,!!:,MO ,..,. ~ ... ""' U,Vi·ÇI~U(;;~,~: ;;~ "I,. "" .. _-.....,., ..... ," ' ~lltf~J PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A (Rev. I - 200110713 I)

POPULAÇÃO RESIDENTE NÚMERO DE SISTEMAS E POPULAÇÃO SERVIDA POR ESCALÃO (1998) ABASTECIDA POR DlSTRIBUI- POPULAÇÃO POPULAÇÃO çÃO DOMIClLIÁRIA (1998) SERVIDA RESIDENTE 50/500 hab 50111000 hab JOO Il2ooohab 2001110000 hab >10000hab [hab.J POR OUTRO SUB-REGIÃO CONCELHO (1998) TOTAL DE CONCELHO [hab.] SISTEM AS POR SISTEMAS N ~ DE POP. N"DE POP. N ~ DE POP. WDE POP. WDE POP. (hab.) (I) (13) SERVINDO> 50 HAB SISTEMAS [hab.) SISTEMAS [h ab.) S ISTEMAS [hab.) SISTEMAS [hab.l SISTEMAS [hab.] (14) (2) (1) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11 ) (12)

CASCAIS 165840 165 321 I 165321 I GRANDE LISBOA SINTRA ~ 62808 59326 I 429 J 1 635 I 1900 I 2664 I 52698 7 · 1 . ~ , TOTAL bA SUU-REGTÃO 22864.8 224 '647 " , t . ".'" _429. i '\ 3,+ 1635 1900 • ~ " l ,r:,; 21;64 .') ' , 2 218 O~9 8 " O ALCOBAÇA 55647 53852 5 22893 I 29969 6 990 .. \LENf)l)ER'· I 350 1 11 7 I 1 117 I BOMBARRAL 12201 11 794 I 878 2 10 902 J 14 CADAVAL 12957 12215 I 1 932 2 97 11 3 572 CAWAS DA RAiNHA 44558 43224 I 507 5 7426 2 6 121 I 29170 9 LOURINHÃ 21 835 21508 I 325 I 5082 I 15295 J 806 OESTE MAF!V\"" 341 17 33 160 I 2774 2 30386 J NAZARÉ 14989 14943 I 465 I 14478 2 ÓBIDOS 11619 11 233 I 132 I 1 3 11 I 5386 J 4 404 PENICHE 26349 26289 I 26289 I

SOBRN. DE MONTE ;\ G r~ I'\( \ )" ' 4219 4 154 I 134 I 3920 2 100 TORRES VEDRAS 68 195 64 104 3 845 I 7847 I 54617 , 795 TOTAL DA SUB-REGI.E.O . 308036 ., 2'1t 59! i 7 ;.it 1901 2". I:, 1.385, :r: ,i 8 ':i,lj,;, 11 ·j86 ,/ 1~ :~'t ' ~ ,?4636 8 188525 4i 19360 PINHAL LITORAL PORTO DE i'l: 1( ')S'~ 6153 6 104 I 6 104 I lq , TOTAL DA SUB-REm~o 6 ,153 , 6J ,,> . ,.{i: I o Total da baeia 542 837 528344 8 2 330 5 3020 9 13 686 18 83 404 10 406 544 50 19360

* Concelhos parcialmente incluídos no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste

Tabela 3.2 - Número de sistemas e população servida por escalão de sistema de abastecimento (1998)

9/46 @PROCESL (J~ ~~ ::'"''' .1.. O !!.!~'!_'!.'tUMO ."· ...... _ 'A"· ,~" " •• -,'".". -' .... '. ~Wf'1 PBH das Ri beiras do Oeste Tomo7A(Rev. I - 2001/07/31)

Nem todos os concelhos estão totalmente incluídos no Plano de Bacia Hidrográfica, ou, dito de outra maneira, apenas algumas das suas freguesias fazem parte do Plano de Bacia. Indicam-se seguidamente, para tais concelhos, as correspondentes freguesias que estão dentro do Plano de Bacia:

Sub-Reeião Concelho Freguesia Grande Lisboa Sintra Almargem do Bispo, Colares, Montelavar, Pera Pinheiro, São João das Lam~ pas. São Maninho, São Pedro de Penaferrim, Sta. Maria e São Miguel, Terru- loem Oeste Alenquer Vila Verde dos Francos Mafra Azueira. Carvoeira, Cheleiros, Encarnação, Enxara do Bi spo, Eri ceira, Gradil, Igreja Nova, Mafra, Malveira, S. Miguel de Alcainça, Sobral da Abelheira, Sto. Isidoro, Vila Franca do Rosário Sobral de Monte Agraço Sapataria, Sobral de Monte Agraço Pinhal Litoral Porto de Mós Juncal , Pedreiras

Para os concelhos parcialmente incluídos na Bacia, a situação apresentada nas Tabelas 3.1 e 3.2 refere-se ao conjunto das freguesias compreendidas no Plano de Bacia. No conjunto de todas as freguesias incluídas no Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste, que comportavam, em 1998: - 542 837 habitantes residentes, no total; - 529 693 habitantes residindo em núcleos habitacionais, apenas não dispunham de distribuição de água domiciliária, no mesmo ano: - 2 núcleos habitacionais, com 167 habitantes, no Concelho de Alcobaça; - I núcleo habitacional, com 29 habitantes, no Concelho de Cadaval; - 6 núcleos habitacionais, com 114 habitantes, no Concelho de Mafra; - 19 núcleos habitacionais, com 966 habitantes, no Concelho de Torres Vedras. Ou seja, dos 529 693 habitantes residindo em núcleos habitacionais, 528 417 habitantes dis­ punham de distribuição de água domiciliária, o que conduz a uma percentagem de atendimento global de 99,8%, conforme se pode ver na Tabela 3.1. Indicadas, de uma maneira geral, as características relevantes dos sistemas de abastecimento concelhios, e antes de fazer o correspondente diagnóstico, salienta-se que existem na área em estudo 5 concelhos - Cascais, Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras - aos quais a água é fornecida por um sistema multimunicipal - Sistema de Abastecimento da EP AL. A água fornecida pela EP AL permite abastecer 294 542 habitantes residentes na Bacia, dentre os 528 417 habitantes residentes abastecidos, ou seja quase 56% da população abastecida.

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Pela sua importância, o Sistema de Abastecimento da EP AL é caracterizado no capítulo se­ guinte. Refere-se, a propósito, que relativamente aos concelhos abastecidos pela EPAL, as correspon­ dentes autarquias consideram como sistemas municipais próprios aqueles que dispõem de órgãos de abastecimento a jusante das tomadas/" captações" de águas nos adutores da EPAL. Tais sis­ temas são caracterizados, individualmente, nos concelhos em causa (no Anexo deste Tomo).

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4. Sistema de Abastecimento da EPAL

4.1. Introdução

o Sistema de Abastecimento da EP AL integra, total ou parcialmente, 22 municípios dentre os quais se citam os de Alenquer, Cascais, Mafra, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras na área do Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. Existem ainda acordos, projecto de protocolos ou protocolos, entre a EPAL e outros municí• pios, de que se cita o de Porto de Mós, com vista à sua integração, de forma parcial ou total, no Sistema da EPAL. É responsável pelo abastecimento de 294 542 habitantes (conforme se verá adiante) num total de 542 837 habitantes residentes na área do Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, ou seja, de cerca de 54% da população residente na Bacia. Nos sub-capítulos seguintes faz-se a descrição da estrutura física principal do sistema, a apre­ sentação geral de alguns dos seus indicadores de exploração mais relevantes por forma a mostrar a sua importância e a caracterização e análise das infraestruturas integrantes do sistema mais re­ levantes no âmbito do presente Plano de Bacia, nomeadamente as três linhas de adução princi­ pais (Aqueduto do Alviela, Aqueduto do Tejo, Adutor do Castelo do Bode). A descrição e a caracterização a que se aludiu consta, fundamentalmente, da Memória Geral dos Estudos de Base do "Plano Director de Desenvolvimento do Sistema de Abastecimento da EP AL" (Fevereiro, 1998).

4.2. Estrutura do sistema e alguns indicadores de exploração

O sistema de abastecimento de água da EPAL, cujo esquema geral consta da Figura 4.1 e que está sucintamente representado na Figura 4.2, assenta nos três subsistemas principais seguintes, cada qual associado a uma das três grandes origens de água que a EPAL dispõe: - o subsistema do Alviela, que tem origem nas nascentes dos Olhos de Água e que tem continuidade no Aqueduto do Alviela; pode ser alimentado no seu percurso pelas águas provenientes do subsistema de Castelo do Bode, através da ligação em Alcanhões, e pelas provenientes das captações da Ota, de Alenquer e Lezírias quando as condições de explo­ ração assim o exijam. Finalizando em Lisboa, no Reservatório dos Barbadinhos, este sub-

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sistema abastece no seu percurso vários concelhos da margem norte do Rio Tejo, nomea­ damente Alenquer, Torres Vedras, Mafra e Sobral de Monte Agraço; - o subsistema do Tejo, que tem origem nas águas superficiais do Rio Tejo, captadas em Valada, e que tem continuidade no Aqueduto do Tejo; alimenta na sua chegada a Lisboa o Reservatório dos Olivais, estando interligado com o subsistema de Castelo do Bode, a ju­ sante da Várzea das Chaminés, em vários pontos. No seu percurso há igualmente ligações para fornecimento de água a vários concelhos. A água que transporta tem também origem em várias captações subterrâneas, como seja as de Valada, Lezíria, Ota, Alenquer, Carre­ gado, Quinta do Campo e Espadanal; - o subsistema de Castelo do Bode, que tem origem nas águas superficiais do Rio Zêzere captadas na albufeira da barragem de Castelo do Bode e que tem continuidade no Adutor do Castelo do Bode; transporta água desde a Albufeira de Castelo do Bode até à Central Elevatória de Vila Franca de Xira, não só através do Adutor de Castelo do Bode, como ainda pelo Aqueduto do Tejo por meio das ligações existentes entre ambos. Para jusante desta central, o transporte de água é feito através do Aqueduto do Tejo e, por elevação, pelo Adutor Vila Franca de Xira - Telheiras. As origens secundárias, todas subterrâneas, são, consoante a camada aquífera de captação: - nas aluviões: Lezíria I e Valada IV (ambas fora de serviço); Valada I, 11 e ill; Carregado, Quinta do Campo e Espadanal; - profundas: Valada I; Espadanal; Lezíria 11 e ill; - calcáreos: Ota e Alenquer. Apresentam-se seguidamente alguns indicadores da capacidade do sistema, que informam so­ bre a importância do mesmo.

CAPACIDADES GLOBAIS NOMINAIS DE CAPTAÇÃO É PRODUÇÃO, EM 1996, DAS ORIGENS DO SISTEMA

Designação 1996 CAPTAÇÃO Captações superficiai s Castelo do Bode 500000 m'/dia (47,8%) Valada Tejo 240000 m'/dia (22,9%) Nascentes dos Olhos de Água 70000 m'/dia (6,7%) Captações subterrâneas 237000 m'/dia (22,6%) TOTAL 1047000 m'/dia (100%) PRODUÇÃO Captações superficiais Castelo do Bode 470000 m'/dia (46,2%) Valada Tejo 240000 m'/dia (23,6%) Nascentes dos Olhos de Água 70000 m'/dia (6,9%) Captações subterrâneas 2'0000 m'/dia (23.3%) TOTAL 1017000 m'/dia (100%) 14/46 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A-(Rev. I-2001/07/31)

ALBU FEIRA 00 CASTElO 00 BODE * ALCANENA T. NOVAS T NOVAS ~UReM ENTRON[AMENTO

CONS TÂNCIA V. N. BARIlUINHA

Dlf{)S DE ÁGUA *----,

AL(ANENA

AL[ANHDES

SANT AReM AZAMBUJA VALADA TEJO

AZAI'EUJA t AL ENDlER j j [ARTAXo FUROS * VALADA OTA * -..ll...-_~ __-I r::~:""-l--~---* ESPAoANAL

ALENQUER * _ .L...__ ,- _ _ --I 1-----* Q CAMPO

H . Alenquer IV T. VEDRAS/MAFRA -----~--4~

A. VINHOS/S. M. AGRA ÇO --E- C-. -C,-s-I,-n,-,,-,,- E-E-' ~

t---r---* LEZíRIA V. F. XIRA j j LIlURES LoURES·MAFRA BARBADINHoS

TElHE~AS

LISBOA ·L oURES. AMADORA- SINIRA' oE~AS· CASC AIS

Figura 4.1 - Esquema Geral do Sistema de Abastecimento da EP AL

GIBB (W)PROCESL 15/46 LAWGIBB Group Member " PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - (Rev. I - 2001107/31)

r. ZEZERE

"'AFRA•

PALWELA•

Figura 4.2 - Sistema Geral de Abastecimento da EPAL

GIBB Portugal ~ PROCESL ®5F'.,gH~IDR""O""RU~M",-O 17/46 LAWGIBB Group Member! P'ol"'.·CO ...... PBH d

ALGUNS INDICADORES MÉDIOS DIÁRIOS DE EXPLORAÇÃO DO SISTEMA RELATIVOS A 1996 - Água captada (água que corresponde ao volume de água bruta capta- da em toda e qualquer origem, quer sejam as águas superficiais, quer sejam as águas subterrâneas) ...... 648 085 m3/dia - Água produzida (água superficial introduzida nos grandes adutores, mais a água bombada das captações subterrâneas e a água directa­ mente fornecida a consumidores quando existentes a montante dos locais de grande medição; no caso das ET As o volume produzido é medido à saída, quer da ETA da Asseiceira, quer da ETA de Vale da Pedra) ...... 642 822 m3/dia - Água fornecida (somatório da água vendida com a água fornecida a título de compensação) ...... 514545 m3/dia - Água vendida (água facturada) ...... 513 751 m3/dia

(NOTA: água fornecida a título de compensação é a água cedida sem contrapartida pecuniária a título de compensação por prejuízos anti­ gos causados pela C.A.L. a terceiros)

Existem ainda vários subsistemas adUlores de carácter regional destinados ao fornecimen­ to/venda de água em "alta" a um conjunto de concelhos. Dentre tais subsistemas regionais refe­ rem-se os seguintes: - o subsistema Torres VedraslMafra, com origem em derivação ao Aqueduto do Alviela alimentadora da Estação Elevatória de Alenquer IV e responsável pelo fornecimento de água aos concelhos de Torres Vedras e Mafra; - o subsistema Arruda dos Vinhos/Sobral de Monte Agraço, com origem em derivação ao Aqueduto do Alviela alimentadora da Estação Elevatória da Castanheira EEI e responsá­ vel pelo fornecimento de água aos concelhos de Arruda dos Vinhos e de Sobral de Monte Agraço. Além destes subsistemas, de que e referiram os que alimentam municípios compreendido no Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste, existe ainda um numeroso conjunto de derivações directas às linhas adutoras, que se desenvolvem em pequenos troços alimentadores, geralmente, de reser­ vatórios localizados a pequena distância.

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Na extremidade de jusante das linhas adutoras encontram-se os três reservatórios de chegada da rede de distribuição da Cidade de Lisboa: Barbadinhos, Olivais e Vila Franca de Xira. A partir deste último tem continuidade uma outra linha adutora estratégica, de funcionamento por bom­ bagem, o Adutor Vila Franca de Xira-Telheiras (Lisboa). A jusante destes reservatórios estabelece-se a rede de distribuição da Cidade de Lisboa, a par­ tir da qual se desenvolvem as extensões adutoras do fornecimento em "alta" aos concelhos limí• trofes de Loures, Sintra, Oeiras, Amadora e Cascais. As linhas adutoras em questão são as se­ guintes: - a conduta de Cascais, com diâmetros 700, 600, 500, 400 e 300 mm, que se desenvolve a partir da rede da Zona Média da cidade e é apoiada pelo Reservatório de Campo de Ouri­ que (Lisboa), abastecendo no percurso, de forma gravítica, um conjunto de reservatórios dos concelhos de Oeiras e Cascais, terminando no Reservatório de Pampilheira (Cascais); - o Adutor da Costa do Sol, com diâmetros I 000, 750 e 800 mm, que se desenvolve a par­ tir da rede da Zona Alta da cidade e é apoiada pelo Reservatório de Telheiras, abastecen­ do no percurso, de forma gravítica, um conjunto alargado de reservatórios principais das Zonas Média e Alta dos concelhos de Oeiras e Cascais, terminando no Reservatório do Cobre (Cascais). Apresenta ainda dentro do perímetro da Cidade de Lisboa dois nós de derivação para os Reservatórios de Alfragide e do Restelo e um outro de ligação com a conduta elevatória Campo de Ourique-Amadora; - a conduta Telheiras-Amadora, de extensão pouco reduzida e com diâmetros I 000 e 750 mm, que se desenvolve a partir da rede da Zona Alta da cidade e é apoiada pelo Reserva­ tório de Telheiras, podendo o seu regime de funcionamento ser gravítico ou por bomba­ gemo O Reservatório da Amadora (da EPAL) constitui a unidade de entrega do forneci­ mento em "alta" ao concelho da Amadora e a algumas zonas reduzidas do Concelho de Oeiras; - a conduta Amadora-Carenque, de diâmetro 500 mm, que se desenvolve a partir do Reser­ vatório da Amadora e que liga à Estação Elevatória de Carenque, ponto de entrega de for­ necimento em "alta" ao Concelho de Sintra; - a conduta Telheiras-Alto de Carenque, de diâmetro 1 000 mm, apoiada pelo Reservatório de Telheiras, funcionando em regime de bombagem (a conduta parte da Central Elevató• ria de Telheiras) e terminando no Reservatório do Alto de Carenque, que constitui o outro ponto de entrega ao Concelho de Sintra;

20/46 @)PROCESL _...... ~ ,.. ..., .... : . ._ .. ,~ ..... PBH das Ri bei ra$ dn OCS h! Tomo 7A (Re ,. 1 - 200 1/07/.1 11

- a conduta Telheiras-Carriche, de diâmetro 800 mm, que se desenvolve a partir da rede da Zona Alta da cidade e é apoiada pelo Reservatório de Telheiras, procedendo à entrega de caudais a uma parcela do Concelho de Loures; - a conduta Camarate-Santo António dos Cavaleiros, de diâmetro 800 mm, que se desen­ volve a partir do Reservatório de Camarate, integrado na rede da Zona Alta da Cidade de Lisboa, que por sua vez é alimentado por um ramal 0 I 000 mm estabelecido a partir de derivação ao Adutor Vila Franca de Xira-Telheiras. Com base neste reservatório estabe­ lece-se a adutora gravítica para o Reservatório de Guerreiros l, que apresenta derivações para os Reservatórios de Santo António de Cavaleiros e de Loures, todos constituindo pontos de entrega do fornecimento "em alta" ao Concelho de Loures. A partir da estação elevatória anexa ao Reservatório de Guerreiros I existe o ramo para o Reservatório de Guerreiros TI, o qual alimenta graviticamente o Reservatório de Lousa, que constitui si­ multaneamente o ponto de entrega mais de jusante do Concelho de Loures e o ponto de entrega seguido de bombagem do Concelho de Mafra. Para ilustrar o peso dos destinatários, apresentam-se seguidamente os valores médios diários de água fornecida em 1996 a cada um dos concelhos aos quais a EPAL presta fornecimento " em alta" , bem assim como à Cidade de Lisboa.

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ÁGUA FORNECIDA AOS MUN ICÍPIOS EM j 996

Descrição Caudais Médi- Peso os Diários (%) (m3/dia)

I - NO PERCURSO DOS ADUTORES Loures 10337 2,0 1 Vila Franca de Xira 29340 5,70 Arruda dos Vinhos 2633 0,51 Sobral de Monte Agraço 1967 0,38 Azambuja 3068 0,60 Alenquer 7507 1,46 Entroncamento 1 718 0,33 Tomar 363O 0,7 1 Torres Vedras 8 181 1,59 Mafra 3016 0,59 Torres Novas 2696 0,52 Canaxo 334 0,07 A1eanena 295 1 0,57 Santarém 107 1 0,21 Ourém 266O 0,52 Vila Nova da Barquinha I 17 8 0,23 Constância 515 0, 10 Privados 1 09O 0,21 Estado 353 0,07 Água de Compensação 756 0,15 SUB-TOTAL 1 85008 16,5 2 2 - NA REDE DE DISTRmUlçÃO DE LISBOA Câmara Muni cipal de Lisboa 24334 4,73 Privados 116274 22,60 Estado 23784 4,62 Água de Compensação 11 - SUB-TOTAL 2 164403 31 ,95 3 - AOS CONCELHOS DEPENDENTES DA REDE DE DISTRIB UiÇÃO DE LISBOA Sintra 73663 14 ,32 Cascais 46000 8,94 Oeiras + Amadora 78589 15,27 Loures 60088 11 ,68 Mafra 624 1 1,2 1 Estado 526 0,10 Privados - Ág ua de Compensação 27° - SUB- TOTAL 3 265 132 51 ,53 TOTAL 514545 100,0

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4.3. Instalações de tratamento

4.3.1. Vale da Pedra

A origem da água bruta utilizada na Estação de Tratamento de Vale da Pedra é a água captada no rio Tejo, na secção de Valada. A água captada é, imediatamente junto à captação, submetida a uma grelhagem e macro-tami­ zação, após o que é elevada, mediante 2 condutas nas quais é injectado cloro de forma a se proce­ der à pré-cloragem da água bruta, para a estação de tratamento que é constituída por duas linhas funcionando em paralelo: a linha de tratamento Degrémont, construída em 1963, com uma capa­ cidade de projecto de 120000 m3/d e a linha P.C.I., construída em 1976, também com uma capa­ cidade de projecto de 120000 m3/d. Cada uma das duas linhas inclui decantadores de densificação de flocos em leito de lamas e filtros de areia em camada simples. A repartição da água por estas duas linhas de tratamento processa-se nos órgãos de entrada da estação, ao nível dos quais são injectados os reagentes químicos. No final de cada linha de tratamento existe uma cisterna de água tratada, cuja capacidade glo­ 3 bal é de 10000 m , correspondente a um tempo de armazenamento nominal global de 1 hora para uma capacidade de produção de 240 000 m'- Na sequência do diagnóstico da situação existente, feita no âmbito do Plano Director de De­ senvolvimento do Sistema de Abastecimento da EPAL, foram avaliadas e propostas um conjunto de recomendações e actuações, constantes do referido Plano. Após a reconversão da estação, a vulnerabilidade da mesma face aos fenómenos de poluição será consideravelmente menor e a captação de água do TEJO só será interrompida quando a sua qualidade for incompatível com o estabelecido nas normas relativas a água bruta para produção de água potável (relativamente ao período 1993-95, o estudo efectuado mostra que essa norma apenas foi excedida durante perío• dos que não ultrapassaram 4 dias consecutivos).

4.3.2. Asseiceira

A origem da água bruta utilizada na Estação de Tratamento da Asseiceira é a água captada na Albufeira do Castelo do Bode. o processo de tratamento é constituído essencialmente pelo seguinte conjunto de operações e de instalações:

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- Pré-c1oragem com cloro gasoso injectado em linha; - Remineralização e correcção da agressividade da água com adição de cal, seguida de ani- drido carbónico; - Coagulação química com sulfato de alullÚnio injectado em linha; - Filtração rápida em filtros de dupla camada de antractite e areia; - Desinfecção final por cloro gasoso; - Instalação de tratamento de lamas provenientes da lavagem dos filtros, constituída por es- pessamento e desidratação mecânica de lamas. A ETA da Asseiceira encontra-se actualmente dimensionada para produzir um caudal diário de 500 000 m3 de água potável. A estação dispõe no final da linha de tratamento de uma cisterna de água tratada constituída por 2 células de 21 600 m3 de capacidade unitária, o que garante um tempo de armazenamento nominal de 2,1 horas para uma produção de 500 000 m3/d. Em termos de eficácia do sistema de produção e conforme se constata da análise da listagem de paragens que se apresenta no "Plano Director de Desenvolvimento do Sistema de Abasteci­ mento da EP AL" , nunca se registou, no período compreendido entre 1990 e 1994, qualquer in­ terrupção de produção desencadeada por problemas com a qualidade da água; as interrupções verificadas deveram-se apenas a avarias pontuais no sistema de doseamento de alguns reagentes e a paragens do subsistema para trabalhos de manutenção.

4.4. Sistema de captação de Valada

Actualmente, VALADA dispõe de 16 poços distribuídos por 4 conjuntos geográficos:

- VALADA I : 5 poços nas aluviões profundos (55 a 60 m de profundidade) 3 poços no Miocénico profundo (500 m de profundidade)

- VALADA 11 : 3 poços em aluviões profundos (menos de 50 m de profundidade)

- V ALADA li : 4 poços em aluviões profundos (45 a 65 m de profundidade)

- VALADA IV: 1 poço com drenos radiais, totalizando 369 m de drenos que captam a uma profundidade de aproximadamente 30 m, na parte superior dos aluviões pro­ fundos (desactivado desde 1987). A capacidade nominal de produção instalada em 1995 e a capacidade máxima de exploração considerada no final da estiagem (indicada entre parênteses) reparte-se do modo seguinte:

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- POÇOS nos aluviões profundos: · Valada I ...... 25000 m3/d (22 000 m3/d)

· Valada II ...... 12000 m3/d (12000 m3/d) · Valadaill ...... 20000 m3/d (20000m3/d) · Valada IV ...... 44000 m3/d ( 1 3 - TOTAL ALUVIÕES ...... 101000 m3/d (54000 m /d) Admitindo que Valada IV não é recuperável, a capacidade nominal de produção atingiria apenas 57 000 m3/d, ou 54000 m3/d em regime de exploração no final da estiagem; - Poços no Miocénico: · Valada I ...... 25000 m3/d No total, a capacidade nominal teórica disponível ascenderia a 126000 m3/d, incluindo Vala­ da IV, e a 82000 m3/d, sem Valada IV. Em termos do final da estiagem a capacidade máxima de exploração deverá ser, no entanto, de 72 000 m3/d. Produzindo uma água de má qualidade, este sistema é unicamente explorado nas seguintes condições de emergência: - Poços do Miocénico Profundo, como complemento da produção da ETA de Vale da Pe- dra; - Todas as captações, como complemento da produção na sequência de paragens da ET A da Asseiceira. Além disto, há a referir que: - Valada IV, que se encontra desactivado desde Junho de 1987 (data de entrada em serviço de Castelo de Bode), regista problemas de colmatagem, os quais, à primeira vista, pare­ cem de difícil resolução não estando nos planos da EPAL a sua reaclivação; - Valada II encontra-se sub-explorado. A má qualidade destas águas, especialmente dos poços nas aluviões, deriva da sua elevada concentração em cloretos, amoníaco, ferro, manganês, condutividade e vertente microbiológica. Também os teores em sódio, cor e turvação apresentam valores que excedem normalmente os limites máximos recomendados.

o principal problema que afecta o sistema de captação de águas subterrâneas de VALADA resi­ de assim na degradação e na qualidade medíocre das águas captadas. As águas extraídas dos alu­ viões profundos apresentam uma qualidade claramente inferior às provenientes do Miocéni co.

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Desta situação resulta que o sistema apenas seja solicitado esporadicamente, em resposta a difi­ culdades temporárias de outras origens. Apesar destes problemas, as águas subterrâneas oferecem potenCialmente uma vantagem im­ portante que é a da sua baixa vulnerabilidade relativamente a poluições pontuais do Tejo. Com efeito, graças à grande inércia dos aquíferos explorados em Valada, a água destes poços não é afectada (ou é-o em pequena medida) por poluições episódicas do Tejo, podendo funcionar como capacidade de reserva de emergência. Para que Valada possa produzir água de qualidade conforme a legislação, serão necessárias instalações de tratamento de dimensão considerável e adaptadas à qualidade específica da água deste recurso, qualidade essa fundamentalmente diferente da das águas do Tejo. Numa primeira análise, a utilização das águas de Valada poderia processar-se de dois modos diferentes: - Como apoio de emergência a Vale da Pedra; - Como contribuição para um aumento de produção do sistema Valada-Vale da Pedra. Em ambos os casos, o tratamento das águas de Valada exigirá a instalação de uma unidade es­ pecífica de produção e tratamento.

4.5. Linhas de adução principais

4.5.1. Aqueduto do Alviela

o Aqueduto do Alviela, construído entre 1871 e 1880, faz a adução a Lisboa a partir das nas­ centes do Rio Alviela, conhecidas pelo nome " Olhos d' Água do Alviela"; apresenta uma exten­ são total de 114 km, entre a nascente dos Olhos de Água e o Reservatório dos Barbadinhos, é de alvenaria de pedra (a parte livre), de secção ovóide com 1,80 m de altura e 1,20 m de largura máxima, e tem declive constante de 0,12 m1km. O atravessamento dos vales processa-se, nos mais pequenos, através de pontes de arcadas, e, nos mais extensos, através de sifões, constituídos normalmente por 2 linhas de 0 1 000 mm. Quanto a pontos singulares ao longo do traçado do aqueduto, há a destacar:

a) PONTOS DE ENTRADA DE ÁGUA - Olhos de Água (onde se verifica a entrada do caudal desviado das nascentes, sendo que fora do período estival este se encontra limitado a 70 000 m3/d correspondente à capa­ cidade de transporte do aqueduto, e, desde 1993, ao IIÚnimo de 10000 m3/d em época

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estival de acordo com o estabelecido em protocolo com o INAG, com vista à preserva­ ção do caudal ecológico do Rio Alviela); - Alcanhões (onde se verifica reforço a partir do Adutor do Castelo.do Bode); - Ota (entrada do caudal captado nos furos da Ota, maioritariamente destinado ao Aque- duto do Tejo; contudo, a partir do Verão de 1996, e por razões essencialmente de qua­ lidade da água, toda a produção da captação da Ota está a ser afectada ao Aqueduto do Alviela); - Alenquer (entrada de caudal captado nos furos de Alenquer, raramente utilizada); - Carregado (entrada de caudal captado nos furos do Carregado, raramente utilizada); - Lezíria (entrada de caudal captado nos furos da Lezíria e normalmente utilizada para repor o caudal transportável para jusante pelo aqueduto, após as duas importantes saí• das de Alenquer IV e Castanheira); - Alhandra e Verdelha I (correspondentes aos pontos de transvase de caudal mediante bombagern a partir do Aqueduto do Tejo, com carácter ocasional); - Olivais (correspondente à secção de entrada do caudal bombado com base em sobrele­ vação a partir do reservatórios dos Olivais, igualmente com carácter ocasional).

b) PONTOS DE SAÍDA DE ÁGUA Trata-se das saídas de água situadas ao longo do Aqueduto do Alviela e correspondentes à venda de água em alta aos municípios integrantes do sistema. Os principais consumos concentram-se no troço a jusante da secção de Paredes (cerca de 70% dos consumos correspondem a Vila Franca de Xira + MafrafTorres Vedras + Arruda dos Vi­ nhos/Sobral de Monte Agraço). Deve notar-se que as várias saídas destinam-se a alimentar fundamentalmente reservatórios. Registam-se ainda duas outras secções a partir das quais é possível efectuar transferências gravíticas do Aqueduto do Alviela para o do Tejo, nomeadamente: - Castanheira; - Olivais, através da abertura do "by-pass" da estação de sobrelevação já acima referida. A capacidade máxima de transporte do aqueduto é de 70 000 m3/d . A jusante da entrada da Lezíria, o Aqueduto do Alviela é gerido de modo a manter uma altura de água máxima da ordem de 1,15 m, por motivos de deficiente condição do aqueduto (a esta altura de água a capacidade de transporte correspondente é de 70.000 m3/d) ;

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A ordem de grandeza dos volumes não contados no aqueduto, feita pela análise dos balanços mensais entre o total de água admitida, o conjunto das saídas correspondentes às vendas em alta e as afluências ao reservatório final, foi de 14000 m3/d (valor médio) em 1995 .e cerca de 16300 m3/d em 1997; segundo o Plano Director da EPAL pode concluir-se que, eventualmente, um caudal próximo de 10 000 m3/d possa sair do sistema no troço de jusante (últimos cerca de 43 km) sem uma justificação precisa. Sem grande capacidade resistente, apresenta-se em mau estado de conservação, sobretudo nas zonas em que o seu traçado é superficial; pese embora os sucessivos trabalhos de reparação e limpeza de que tem sido alvo, apresenta actualmente graves problemas · de manutenção face às frequentes roturas ocorridas ao longo dos seus 114 km de extensão, embora esteja em curso a sua reparação.

4.5.2. Aqueduto do Tejo

o Aqueduto do Tejo, construído entre 1935 e 1940, apresenta uma extensão total de 41 ,7 km entre a câmara da Várzea das Chaminés (no Concelho de Azambuja) e o reservatório dos Olivais, do qual a água é bombada, para as três zonas de distribuição de Lisboa, na estação elevatória dos Olivais. O aqueduto é de betão armado, de perfil circular de 2,50 m de diâmetro interior, excepto nos sifões que atravessam os vales, que são constituídos normalmente por duas canalizações de betão armado com 1,44 m de diâmet o interior. Tem declive constante de 0,10 mIkm. Este aqueduto foi inicialmente concebido para funcionar em superfície livre, com um caudal máximo de 280 000 m3/d. A partir de 1963, foram-lhe introduzidas alterações, tendentes a au­ mentar a sua capacidade de transporte, visando modificar o seu regime de funcionamento e per­ mitir o escoamento sob uma carga baixa. O caudal máximo de escoamento declarado pela EPAL atinge os 400 000 m3/d. Presentemente, o Aqueduto do Tejo encontra-se fechado ao nível de Vila Franca de Xira. A totalidade do caudal deste aqueduto é desviado para os reservatórios da Estação Elevatória de Vila Franca de Xira, cujo caudal de bombagem é, actualmente, 240 000 m3/d. A jusante da válvula de seccionamento do aqueduto é injectado o caudal proveniente do Adutor de Castelo do Bode, após a alimentação dos referidos reservatórios de Vila Franca de l Xira.

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Quanto a pontos singulares ao longo do traçado do aqueduto, há a destacar:

a) PONTOS DE ENTRADA DE ÁGUA - Várzea das Chaminés, onde se verifica a entrada de caudais provenientes do subsiste­ ma de Vale da Pedra e do Adutor do Castelo do Bode. Relativamente ao caudal proveniente do subsistema Valada/V ale da Pedra, constata-se que se trata de um caudal muito variável, sempre superior a 70 000 m3/d, mas sem ul­ trapassar a média mensal de 175000 m3/d entre 1991 e 1995, contra os 240000 m3/d potenciais; relativamente ao caudal proveniente do Adutor do Castelo do Bode, segun­ do os serviços de exploração da EP AL, esta contribuição é variável podendo atingir cerca de 50 000 m3/d. - Espadanal, onde se dá a entrada do caudal captado nos furos de Espadanal, que são utilizados apenas em situação de emergência; - ata, onde se dá a entrada do caudal captado nos furos da ata, no máxImo de 35000 m3/d; - Quinta do Campo, onde se dá a entrada do caudal captado nos furos da Quinta do Campo, utilizados em situação de emergência; - Alenquer, onde se dá a entrada do caudal captado nos furos de Alenquer; - Can'egado, onde se dá a entrada da totalidade do caudal captado nos furos do Carrega- do que, no entanto, só é utilizado em situações de emergência; - Vila Franca de Xira, onde se pode dar a sobrepressão do caudal transportado pelo aqueduto, que, porém, raramente terá funcionado; - Lezíria, onde se dá a entrada do caudal captado nos furos da Lezíria e remanescente relativamente ao transferido para o Aqueduto do Alviela.

b) PONTOS DE SAÍDA DE ÁGUA

Estas saídas são correspondentes à venda de água em alta aos municípios integrantes do sistema. No seu percurso há ligações para fornecimento de água aos concelhos de Alen­ quer e Loures. À semelhança do que acontece no Aqueduto do Alviela, as vendas de água em alta são efectuadas em condições de caudal médio. Há ainda outras ligações a partir das quais é possível efectuar a transferência de caudal entre linhas adutoras, nomeadamente transferências gravíticas do Aqueduto do Alviela e

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do Adutor de Castelo do Bode) e transferências por bombagem que permitem apoiar o Aqueduto do AI viela a partir do Aqueduto do Tejo.

4.5.3. Adutor do Castelo do Bode

o Adutor do Castelo do Bode, operacional desde 1987, tem uma extensão total de 88,3 km entre a Estação Elevatória do Castelo do Bode e os reservatórios de Vila Franca de Xira, permi­ tindo o transporte gravítico dos caudais captados na albufeira da barragem do Castelo do Bode. Esta adução pode ser dividida em quatro troços distintos: - troço inicial (1): EE Castelo de Bode-Estação de Tratamento da Asseiceira (8,7 km); - troço intermédio . (2): ET A da Asseiceira-Alcanhões (33,0 km); • (3): Alcanhões-Várzea das Chaminés (34,8 km); - troço fInal (4): Várzea das Chaminés-Vila Franca de Xira (11 ,8 km). A I' linha de adução é constituída exclusivamente no troço intermédio por tubagem de secção o 1,80 m, sendo que no troço fInal se combinam parcelas em 0 1,80 m e 0 2,50 m; a 2' linha consta de um conjunto de duplicações assim estruturadas: - 3 duplicações no troço 2, no conjunto formando' uma extensão global de 13,2 km na ex­ tensão do troço de 32,8 km; - 3 duplicações no troço 3, no.• conjunto formando uma extensão global de 15,3 km na ex- tensão do troço de 36,2 km. Estas duplicações, todas operacionais em 1996, permitiram a ampliação da capacidade máxi­ ma teórica de transporte de 375 000 para mais de 500 000 m3/d. Em termos de pontos singulares ao longo do traçado do adutar há a destacar:

a) PONTOS DE ENTRADA DE ÁGUA - Valada, onde se pode dar a entrada do caudal captado no conjunto dos furos de capta­ ção de Valada; - Ota, onde se pode dar a entrada do caudal captado nos furos de Ota.

b) PONTOS DE SAÍDA DE ÁGUA - Médi o Tejo, onde se verifica a saída dos caudais relativos ao subsistema de adução do Médi o Tejo; -Meia Via, com a saída dos caudais relativos a Torres Novas (S ul), Entroncamento e Alcanena, onde se verifica igualmente o fornecimento em alta;

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- Alcanhões, onde se processa a transferência de caudai s para o Aqueduto do Alviela; - Valada, para satisfação de pequenos consumos locais; - Várzea das Chaminés, onde se processa a transferência de caudais para o Aqueduto do Tejo, Além destas secções dever-se-á referir que também o Adutor de Castelo do Bode apre­ senta importantes ligações de segurança com o Aqueduto do Tejo em Vila Nova da Rai­ nha que permitem o transvase de volumes de água do Adutor de Castelo do Bode para o Aqueduto do Tejo, No que se refere a volumes não contados e de acordo com as estimativas fornecidas pela EP AL, as perdas no Adutor de Castelo do Bode concentram-se essencialmente nas condutas 02500 rnrn do troço entre Várzea das Chaminés e Vila Franca de Xira, atingindo um valor aproximado de 3 000 m'/d,

4.6. Rede de distribuição da Cidade de Lisboa

o circuito do abastecimento aos concelhos lirrútrofes de Lisboa passa através da rede de dis­ tribuição de água da cidade de Lisboa e, assim, condiciona o sistema o que lhe está a jusante. Os limites físicos da rede de distribuição de Lisboa são os seguintes: , a) a montante (entradas na rede): - Estação Elevatória dos Olivais - Estação Elevatória de Barbadinhos - Estação Elevatória de Vila Franca de Xira b) ajusante (saídas da rede): Todas as saídas em direcção aos municípios lirrútrofes são contadas, normalmente, na linha de demarcação intermunicipal, Por conseguinte, o limite a jusante da rede de Lis­ boa considera-se ao nível destes contadores, A rede encontra-se organizada em patamares de 30 m, confo rme se apresenta de seguida: - Zona Baixa (ZB)."""" ... """"""""""""." .. ""."."""""".".".",,,, entre as cotas O e 30 m - Zona Média (ZM)" .. "" .... ""."" ...."." ""." .... """"" .... """"" .. "." entre as cotas 30 e 60 m - Zona Alta (ZA) """ .. """ .. ""." ...... ""." .. " .... """""" .. ""."." .. "." entre as cotas 60 e 90 m - Zona Superior (ZS) .. """ .. "" .. " ...... ""."." ... .. ".".""" .. .. "."." .. "." entre as cotas 90 e 120 m - Zona Limite " ... ,... " .. " ." ., .,. ,'.",., .. " .. ,... ' .. ' ..... " .. ,.. "." .. ,.,." .. ,. . " .. " acima da cota 120 m

31/46 @>PROCESL ,... ~-,,,,,,,,,,,,,,_.'~~'" PBH das R ibeira ~ do OesLe Tomo 7A (Re\'. 1 - 2001107 /3 1)

Em finais de 1996 a extensão global da rede era de cerca de I 400 km, com diâmetros varian­ do entre 20 e 1 500 mm.

Os reservatórios que garantem a carga de cada uma destas zonas encontram ~ se implantados às cotas médias seguintes: - Reservatórios da Zona Baixa 60m - Reservatórios da Zona Média ...... 90m - Reservatórios da Zona Alta ...... 120 m - Reservatórios da Zona Superior ...... 150m Os reservatórios integrados na rede são os seguintes:

a) Zona Baixa: Contador Mor (9 500 m3) ; Vale Escuro (21 000 m3); São Jerónimo (4 500

m 3);

b) Zona Média: Arco (11460 m3); Campo de Ourique (127 200 m3);

c) Zona Alta(l) Alto de Carenque (27 980 m3); Amadora (16 000 m3) ; Telheiras I (58 11 O

m3); Telheiras 2 (11 4 300 m3); Pombal (13 350 m3); Camarate (20 000 m3) ; Restelo

(9 230 m3) ; Alfragide (50 000 m3);

d) Zona Superior: Charneca I (10 050 m3); Charneca 2 (10 050 m3); Monsanto (4 470 m3) . Cerca de 50% dos volumes que entram em Lisboa são exportados após transitarem pela rede da cidade, situação que acarreta naturalmente uma sobreexploração das instalações próprias de Lisboa. Consciente deste problema, a EP AL tomou jf as decisões que se impunham, nomeadamente a implementação do Adutor de Circunvalação, com origem em Vila Franca de Xira e dirigido di­ rectamente aos reservatórios dos municípios lioútrofes. Dimensionado em 0 I 600 mm e o 1 500 mm e com uma extensão de cerca de 47 km, este adutor levará os volumes a fornecer muito perto dos pontos de abastecimento sem passagem pela rede de Lisboa. Existem, nos pontos de entrada e integradas na rede de Lisboa, as seguintes estações elevató• rias, com as capacidades máximas de bombagem indicadas:

( I ) A capacidade dos Reservatórios da Zona A lta co nsidera o Reservatório do Alto de Carenque como se ndo um reservatório da Zona Alta da red e de distribuição de Lisboa 32/46 PBH da ~ Riht! iras do Oeste Tomo 7A (RC L 1 ~ 200 1/0713 11

ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E CAPACIDADES MÁXIMAS DE BOMBAGEM INSTALADAS

Capacidade Máxima de Estação Elevatória Bombagem (m'/d)

A) NOS PONTOS DE ENTRADA

( I. Vila Franca de Xira 245 000 1)

2. Olivais • Zona Alta 224380 • Zona Média 92450 • Zona Baixa 82260

3. Barbadinhos • Zona Alta 15650 • Zona Média 27710 • Zona Baixa 58260

B) INTEGRADAS NA REDE

4. Telheiras • Zo na Superior 45460 • Amadora 65320 • Sinlra 72 620

5. Campo de Ourique • Zona Superior 32000 • Zona Alta 29660 • Amadora 22030

6. São Jerón imo 18420

3 111 A capacidade máxima de bombagem com os grupos em funcionamento é de 300000 m /d; porém, por motivos de operação da conduta elevatória associada, a EPAL limita a bomba­ gem em Vila Franca de Xira a 245 000 m'/d

Os volumes não vendidos/não contados em Lisboa cifram-se, em 1994, numa média aproxi­ mada de 125000 m'/d, representando 43 % dos volumes fornecidos a Lisboa dentro do perímetro municipal (287 100 m3/d em 1994).

4.7. Concelhos abastecidos pelo Sistema da EPAL. Parcela coberta pela EPAL

Conforme referido no Capítulo 2, a partir da consulta directa às entidades gestoras dos siste­ mas concelhios de abastecimento de água foi feita a estimativa da população servida por sistema de abastecimento, que consta em Anexo. Atendendo à "origem" da água - água obtida em ori­ gens próprias e água fornecida pela EPAL - conclui-se que a parcela (em %) coberta pela EPAL em cada concelho incluído (total ou parcialmente) no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste é a que consta na Tabela 4.1.

33/46 @PROCESL .-...... _.~._ ,"" ... PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A (Rev. 1- 200 1107131)

POPULAÇÃO POPULAÇÃO RESIDENTE POPULAÇÃO RESIDENTE POPULAÇÃO RESIDENTE SERVIDA PARCELA COBERTA RESIDENTE CONSIDERADA ABASTECIDA COM ÁGUA DE ORIGEM EPAL PELA EPAL SUB-REGIÃO CONCELHO (1998) (1998) (1998) (1998) (1998) [1mb .] [hab.] [hab.] [hab.] [hab.] (1 ) (2)=[ I -Hab . "isolados"(lNE)] (3) (4) (5)

CASCAIS 165840 165356 165356 152522 92,2% GRANDE LISBOA SINTR.'\ " 62808 59326 59326 52698 88,8%

l\ 'I AFI~A'" 34117 33274 33160 30386 91.6%

OESTE S()HR .A.L DE r-.·10NTR .!\CR .. \(CY 4219 4192 4192 4020 95.9%

TOR RES VEDRAS 68 195 65070 64104 54916 85.7%

TotHI 335179 327218 326138 294542

* Concelhos parcialmente incluídos no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste

Tabela 4.1 - Parcela coberta pela EPAL nos abastecimento concelhios

34/46 í/ @PROCESL GIBB ,~ ... ' ffl !HIDRORUMO ,"' ...... , .. -...,..."" Li.~'1(;'rU (;,,;;~~~;;: , , ;;:- J". ,"!. I ~'" ...... "-' ~U!>g PBII das Ri bt.'ir a ~ d tl Ol'S[C Tomo 7 A (Re'·. 1 - 211111/07/.1 \ )

4.8. Análise da situação actual

Permitindo as actuais infraestruturas de captação uma produção nominal de cerca de I 000 000 m3/dia pode dizer-se que a presente situação se caracteriza por alguma folga, quanto a disponibilidade, face à actual procura. No entanto, tendo em conta o incremento do peso da con­ tribuição dos diversos subsistemas adutores regionais, em períodos de estiagem existe uma forte dependência do subsistema de captação de Castelo do Bode, que se apresenta simultaneamente como o mais importante, e, perigosamente, imprescindível à satisfação normal dos consumos (uma avaria ou menor produção neste sistema conduziria a uma situação de carência, acompa­ nhada de restrições do abastecimento). Acresce que, em termos de qualidade, seria provável a degradação dos níveis dos parâmetros de qualidade da água para consumo humano estabelecidos pelas Directivas Comunitárias, uma vez que, à excepção da ETA da Asseiceira, as restantes ins­ talações de tratamento apresentam problemas de algum desgaste e envelhecimento dos equipa­ mentos instalados em especial no caso da ETA de Vale da Pedra. Quanto às infraestruturas de adução, estão em curso as necessárias obras de reforço e de am­ pliação, nomeadamente a construção do Adutor de Circunvalação, que se estima poder vir a cus­ tar cerca de 20 milhões de contos. Este adutor, com 47 lem, para além de vir a aumentar a fiabili­ dade e segurança do sistema de abastecimento, permitirá aumentar a capacidade de transporte de água ajusante de Vila Franca de Xira (o principal ponto fraco do sistema) e a entrega directa dos volumes de ág u~ a vários concelhos limítrofes, sem que esses caudais transitem na rede de distri ­ buição de Lisboa. A construção deste adutor tem como objectivo proporcionar uma considerável melhoria no sistema de exploração da rede de distribuição de Lisboa e de adução aos municípios de Vila Franca de Xira, Laures, Amadora, Sintra, Oeiras e Cascais, benefi ciando-se assim o sis­ tema de abastecimento de água à região da Grande Lisboa. O Adutor de Circunvalação tem a sua origem no recinto da Estação Elevatória de Vila Franca de Xi ra, numa nova infraestrutura elevatória, e termina numa ligação à conduta da Costa do Sol, depois do designado Reservatório Final, localizado junto à povoação de Vila Fria, em Porto Sal­ vo, no Concelho de Oeiras. Ao longo do traçado do Adutor realçam-se as denominadas" Obras Anexas" , constituídas por dois reservatórios - Inicial e Final - e quatro estações elevatórias - Vila Franca de Xira, Amadora, Barcarena e Vila Fria.

35/46

@)PROCESL,,...... _"',,-0.,....'" PBH das Ribe iras do Oeste Tomo7A (Re\'. 1 - 200 1/07/3 1)

o Adutor da Circunvalação permitirá uma capacidade de adução de cerca de 410 000 m3/dia, em regime misto, ou seja, elevatório e gravítico. O troço em regime elevatório (com cerca de 5 km de comprimento e 1 800 mm de diâmetro) desenvolve-se entre a Estação Elevatória de Vila Franca de Xira e o Reservatório Inicial, na povoação de A-dos-Bispos, no Concelho de Vila Franca de Xira. É a partir deste reservatório que se inicia o troço em regime gravítico, ao longo do restante traçado do Adutor (42 km de comprimento e com diâmetros de I 800, 1 600, I 500, I 200 e I 000 mm). Os materiais das condutas são ferro fundido dúctil e chapa de aço. Para atender à evolução dos consumos, a EPAL contemplou já, no projecto do Adutor de Cir­ cunvalação, uma área destinada à implementação de uma estação de sobreelevação, a jusante da ligação à Conduta de Camarate/Santo António dos Cavaleiros. O Adutor de Circunvalação constitui, essencialmente, um sistema complementar ao Adutor Vila Franca de Xira-Telheiras e aos Aquedutos do Tejo e do Alviela. Com esta obra sairá reforçada a capacidade e também a segurança no transporte de água até à fronteira de actuação dos serviços municipalizados os quais, a jusante do sistema de abasteci­ mento da EPAL, efectuam a distribuição às respectivas áreas municipais. Ainda relativamente às infraestruturas de adução, assinalam-se as condições de desgaste em que se encontram o Aqueduto do Alviela e o do Tejo, estruturas já com um período de vida útil muito alargado. O Aqueduto do Alviela, com mais de 100 anos, apresenta problemas de manutenção face às frequentes roturas que ocorrem ao longo dos seus 114 km, estandc em curso a recuperação em parte da sua extensão. Relativamente ao subsistema do Tejo, os maiores problemas prendem-se com as grandes difi­ culdades de captação em Valada, em resultado do progressivo abaixamento dos níveis mínimos do rio e do forte assoreamento existente, e com a ineficiência dos equipamentos de captação, elevação e tratamento em grande parte envelhecidos ou desactualizados, insuficientes para fazer face a algum agravamento da qualidade da água no Tejo como referência à situação inicial e às crescentes maiores exigências em termos da qualidade da água para consumo humano. Por outro lado, nos anos mais recentes, têm-se registado com alguma frequência pontas de poluição no Rio Tejo, que obrigam a colocar a ETA fora de serviço por as linhas de tratamento instaladas não se encontraram adaptadas ao tratamento de água captada nestas condições. Independentemente das condições atrás referidas, o processo de tratamento existente em Vale da Pedra, com recurso a duas linhas de tratamento de concepção distinta, revela algum desajus-

36/46 PBH d a~ Ribe iras do Oeste Tomo7A(Re,,1-200 I!07!, 11

tamento para o tratamento de água do Rio Tejo, não só devido ao agravamento qualitativo da água, como em resultado do estado de degradação de uma das linhas de tratamento, com implica­ ções tanto ao nível da eficiência como ao da qualidade da água tratada. Perante a situação presente, a EPAL tem em curso diferentes acções no sentido da reabilita­ ção, optimização e desenvolvimento do seu sistema geral de abastecimento; dentro de um estudo de âmbito alargado está em curso, e prestes a findar, a elaboração do Plano Director visando a delimitação da possível futura área de influência do sistema, a ser avaliada à luz da satisfação de critérios adequados da quantidade, da qualidade e da segurança estratégica. De igual modo a EP AL tem em curso estudos visando a recuperação do subsistema do Tejo, envolvendo a análise de alternativas para as captações em Valada-Tejo e a reabilitação da ETA de Vale da Pedra, as­ sim como o levantamento das necessidades de reparação do próprio Aqueduto do Tejo.

37/46 @>PROCESL PBH das Ri beiras do Oeste Tomo 7A (Rev. 1-2001/0713 1)

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1 I ! I

38/46 PBH das Ribei ras do Oe s (~ T omo 7A (Re\'.I - 2001/0713 1)

5. Sistemas dos concelhos da Sub-Região Grande Lisboa

Os concelhos desta Sub-Região, Cascais e Sintra, este último parcialmente incluído no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, são predominantemente abastecidos com água for­ necida pela EPAL. No que diz respeito ao Concelho de Cascais, as origens de água para o abastecimento conce­ lhio - origens próprias, que fornecem, em termos médios anuais, cerca de 5 000 m'/dia, e condu­ tas da EP AL, nomeadamente a "Conduta Alta" ou Conduta da Costa do Sol e a "Conduta Bai­ xa" ou Conduta de Cascais - têm-se revelado insuficientes: - Insuficiência de cota piezornétrica nas condutas da EPAL de tal modo que existem situa­ ções, nomeadamente no Verão, em que é extremamente difícil encher reservatórios. As causas dessas situações prendem-se com a extrema dependência dos reservatórios a montante das mesmas condutas, fundamentalmente no Concelho de Oeiras, o que baixa consideravelmente a piezométrica para as zonas de jusante, ou seja, nos pontos de ligação aos reservatórios do Concelho de Cascais (em algumas dessas situações colocaram-se "booster's" por forma a tornear o problema de um modo que seria normalmente pouco aconselhável); - Insuficiência de exploração de origens próprias, nas quais, conforme atrás referido, só se obtêm cerca de 5 000 m'/dia, o que parece baixo se comparado com as possibilidades potenciais do concelho. As variações das piezométricas encontram-se em fase de resolução com a construção do

Adutor de Circunvalação, da EP AL, o qual permitirá não SÓ resolver os problemas de exaustão da actual capacidade de adução aos municípios de Cascais e Sintra (para além de Amadora, Lou­ res, Oeiras e Vila Franca da Xira), como disponibilizar capacidade de transporte pelo Aqueduto do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira e libertar a rede de distribuição de Lisboa dos consumos municipais que o Adulor irá satisfazer. Uma medida que minimizará a situação actual do abastecimento ao Concelho de Cascais é a existência do 3° adutor, com origem na central elevatória anexa ao Reservatório de Vila Fria e chegada ao Reservatório Superior de Cascais, a executar próximo de Talaíde. Esta situação tem como consequências imediatas não só um acréscimo de volume disponível na zona mais alta do concelho (sendo o caudal máximo na bombagem de Vila Fria da ordem de 290 I/s, tal correspon­ de, em 24 h, a um volume máximo diário de cerca de 25 000 m') como, igualmente, uma subida

39/46 PI3H das Ribeiras do Oeste Tomo 7A (Re v. I ~20(]I /0 7/.11 )

das piezométricas nas outras duas condutas da EPAL já que grande parte do volume a abastecer nos concelhos a montante passará a ser fornecido, igualmente, pelo 3° adutor. Em Sintra, os problemas no abastecimento de água residem no caudal insuüciente, segundo os Serviços Municipalizados, que lhe é fornecido pela EPAL Este assunto está directamente relaci­ onado com a capacidade de adução ao concelho, e foi acabado de analisar. Nos Concelhos de Cascais e de Sintra os seus sistemas de abastecimento apresentam, por ve­ zes, falhas por escassez de água nas origens e roturas (recorde-se que a rede de distribuição do Concelho de Cascais tem cerca de 950 km, tendo a rede de distribuição de todas a freguesias do Concelho de Sintra cerca de 1 500 km).

40/46 PRH das Ribeiras dn üesll' Tomo7A (Rc,·. 1-200 1/07n l )

6. Sistemas dos concelhos da Sub-Região Oeste

Nos concelhos desta Sub-Região - Alcobaça, Alenquer, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rai­ nha, Lourinhã, Mafra, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, dos quais Alenquer, Mafra e Sobral de Monte Agraço estão parcialmente compreendidos no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste - registam-se os aspectos a seguir apresentados. Os concelhos de Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras são predominantemente abastecidos com água fornecida pela EP AL. O Concelho de Sobral de Monte Agraço é abastecido com água transportada pelo Aqueduto do Alviela e elevada, pela Estação Elevatória de Castanheira do Ribatejo, para o Reservatório de Castanheira do Ribatejo, donde aflui ao reservatório de chegada de Sobral de Monte Agraço (R6) localizado na área do Plano de Bacia Hidrográfica em questão. Em Sobral de Monte Agraço há a realçar as falhas, por roturas, nos seus sistemas de abastecimento, e as elevadas perdas de água no sistema em que é usada a água adquirida à EPAL; também se refere que o Sistema Bouco, servindo 134 habitantes, e o Sistema Fetelaria, servindo 38 habitantes, não dispõem de qualquer reservatório. Torres Vedras é abastecido, com água fornecida pela EPAL, pela "Conduta Adutora Pare­ des-Serra da Vila" , que faz parte do sistema adutor que tem origem em derivação, no Concelho de Aleriquer, ao Aqueduto do Alviela e que termina no Reservatório de Serra da Vila, no Con­ celho de Torres Vedras. Existem 4 tomadas ao longo desta conduta adutora. Embora dispondo de captações próprias subterrâneas o concelho tende a ser abastecido, na sua totalidade, com água fornecida pela EPAL, passando as captações próprias a constituir reserva, a usar em emergência. As freguesias de Mafra incluídas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeira do Oeste são abastecidas, com água fornecida pela EP AL, pelo terminal de dois sistemas adutores que têm origem nas condutas do sistema geral de adução da EPAL. Esses sistemas adutores são: - o Sistema Adutor Norte que fornece água ao Concelho de Torres Vedras e que termina no Reservatório de Serra da Vila (referido anteriormente), donde partem duas condutas que conduzem água para abastecimento do Concelho de Mafra; - o Sistema Adutor Sul que tem origem em derivação, na zona do Prior Velho, ao Adutor Vila Franca de Xira-Telheiras e que liga ao Reservatório de Camarate integrante da rede da Cidade de Lisboa. A partir deste reservatório estabelece-se a ligação ao Reservatório de Guerreiros, que liga ao Reservatório de Lousa, no Concelho de Loures, e que tem uma

41/46 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A (Rev. 1 - 2001/07/31 )

célula que pertence ao Concelho de Mafra, a partir da qual se estabelece a adutora de li­ gação ao Reservatório de Venda do Pinheiro do Concelho de Mafra. Um qualquer reservatório concelhio de Mafra pode receber água do Reservatório de Serra da Vila (Torres Vedras) e do Reservatório de Lousa (Loures). Isto é, água proveniente de Lousa, que alimenta essencialmente a Zona Sul do Concelho, pode ser transferida para a Zona Norte do Concelho, alimentado essencialmente com água proveniente de Serra da Vila. E vice-versa. Estas transferências são, contudo, limitadas, ou seja, não haverá abastecimento eficaz a todo o Conce­ lho com água proveniente só de Lousa ou só de Serra da Vila. No Concelho de Alcobaça regista-se, quanto ao mais importante dos sistemas de abasteci­ mento - Sistema de Chiqueda -, que alimenta cerca de 54% da população residente no concelho, a sua dependência das captações de Chiqueda; é referido no "Plano Nacional orgânico para me­ lhoria das origens superficiais de água para produção de água potável" (Directiva 75/440/CEE), elaborado pelo INAG em Novembro de 1999, que se pretende manter a qualidade AI em que foi classificada a origem nos anos 1996, 1997 e 1998 e, até ao ano de 2005, aproximar os valores de todos os parâmetros aos dos respectivos VMR. Para tal, toma-se necessário, intensificar as ac­ ções de inspecção e de fiscalização sobre as descargas de águas residuais urbanas e industriais, as quais incluem, necessariamente, a verificação do cumprimento das condições da licença no que respeita aos valores limite de emissão e à realização do autocontrolo. O abastecimento à Freguesia de Vila Verde dos Francos do Concelho de Alenquer tem sofrido percalços por diversos factores: quebra do nível freático, cortes constantes no abasteciment" de energia eléctrica. É vontade da Autarquia que a zona em questão passe a ser abastecida a partir de uma nova tomada de água no Aqueduto do Alviela (da EPAL). No Concelho de Bombarral salienta-se que as redes de distribuição de água apresentam rotu­ ras e fugas de água, resultantes de grande parte terem já alguma idade, e sobrepressões e faltas de pressão devidas, essencialmente, à progressiva diminuição dos diâmetros das condutas causada, principalmente, pela elevada dureza da água, responsável pela formação das incrustações de car­ bonato de cálcio nas paredes das condutas. Contudo, encontra-se praticamente concluída a nova estação de tratamento de água do Sistema do PÓ (o tratamento consistirá na correcção da dureza, decantação, filtração e desinfecção da água), a qual permitirá, concerteza, solucionar os proble­ mas indicados. No Concelho de Cadaval os "problemas" do abastecimento de água concelhio prendem-se, de uma maneira geral, com a necessidade, requerida pelo município, de renovar o equipamento

42/46 PBH das Rihc irll s do Oestc T omo 7 A (ReI'. 1 - 2001/07/3 1) electromecânico dos furos de captação e das estações elevatórias, bem como de instalar medido­ res de caudal imediatamente a jusante das bombagens. Também referiu o município que a água extraída das captações da Várzea (sistema de abastecimento da Várzea) necessita de tratamento mais completo; actualmente tal água é apenas desinfectada. Quanto ao Concelbo de salienta-se que as disponibilidades de água conce­ lhias são francamente superiores às correspondentes necessidades e que as perdas de água nos sistemas são apreciáveis devendo-se, segundo os Serviços Municipalizados das Caldas da Rai­ nha, sobretudo às lavagens diárias da Praça da República, na cidade de Caldas da Rainha, ao grande volume de água cedido sem qualquer controlo aos Bombeiros, sendo, para além disto, feita a rega do parque sem que haja qualquer contagem. Outro factor que contribui também para as elevadas perdas é o número de contadores parados, por avarias e/ou por outras causas, e que não são substituídos principalmente por falta de pessoal qualificado, estando os Serviços Muni­ cipalizados a ultrapassar este problema desde 1999. No Concelho da Lourinhã realçam-se as elevadas perdas, estimadas pela Câmara, dos sistemas de abastecimento concelhios. O abastecimento de água ao Concelho de Nazaré depende francamente dos furos de Águas Belas, que captam no Sistema Aquífero da Nazaré. Sendo expectáveis recursos hídricos subterrâ• neos significativos para abastecimento local e regional, no Sistema Aquífero da Nazaré as cama­ das mais permeáveis parecem, pela informação disponível, localizar-se nas zonas mais superfici­ ais do aquífero, o que, a confirmar-se, pode ser Iimitati'.'o na sua exploração, dado tratarem-se de áreas mais vulneráveis. Realça-se agora, quando ao Concelho de Óbidos, as suas fracas possibilidades hídricas con­ celhias e a sua dependência do caudal que lhe é fornecido, em regime contínuo, pelo Concelho de Caldas da Rainha, com o qual é abastecida cerca de 38% da população residente no concelho. Em Peniche registam-se as grandes " perdas" dos sistemas de abastecimento apesar de estas incluírem, segundo os correspondentes Serviços Municipalizados, não só as fugas como também lavagens e a água fornecida a Olho Marinho (Concelho de Óbidos) e a Paço (Concelho de Louri­ nhã). Por último regista-se que, no âmbito da recente criação do " Sistema Multimunicipal de Cap­ tação e Tratamento de Água para Consumo e de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes do Oeste", os Municípios da Região do Oeste, englobando os Concelhos de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbi-

43/46 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A(Rev.I-2001!07/3 1) dos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, disporão de um sistema mul­ timunicipal de abastecimento de água" em alta" . Será assim resolvida, de uma forma global e de um modo integrado o abastecimento de água a esta região do País, que apresenta, no momento presente, carências em termos de disponibilidade de caudais, quer por não dispor de sistemas de adução capazes, quer devido à fraca qualidade da água captada nalguns concelhos. O conjunto de obras a realizar englobará, essencialmente, a execução de duas" tomadas" nas grandes infraestruturas da EP AL existentes nas proximidades da região em estudo, que permiti­ rão garantir em quantidade e qualidade a satisfação dos consumos não cobertos pelas origens municipais de boa qualidade, assim como um conjunto de adutoras e órgãos inerentes ao seu funcionamento (reservatórios, estações elevatórias) para conduzir os volumes de água aos" locais de entrega" de cada concelho.

44/46 @>PROCESL .""",-, ~,-...... , .... ,,,,~ - - PI1H das Rihciras do Ü(:S!l' Tomo 7 A (Re,', I - 2001/07" 11

7. Sistemas dos concelhos da Sub-Região Pinhal Litoral

Esta Sub-Região apenas dispõe de um concelho, Porto de Mós, incluído parcialmente no Pla­ no de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. As duas freguesias incluídas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste - Freguesia de Pedreiras e Freguesia de Juncal - são servidas pelo sistema de abastecimento Batalha/Porto de Mós, As captações de água que alimentam estas duas freguesias abastecem também habitantes residentes em freguesias do concelho compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo e no do Rio Liz, O abastecimento de água às freguesias referidas é feito, segundo a Câmara Municipal, sem falhas.

45/46 PBH das Ri beiras do Oeste Tomo7A (Re v.I-200I!07/3 1)

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46/46 @)PROCESL .~ , .. ,,,,,,, ,~ ;., .... <,,,,,.,,,, ,".""."~ -- .""", ,,,, . ,,, ~ .---. . ~ PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A (Rev. 1  2001/07/20)

TOMO 7A

ANEXO CARACTERIZAÇÃO POR CONCELHO

PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1  2001/07/31) ÍNDICE

Pág.

1. SUB-REGIÃO GRANDE LISBOA ...... 4 1.1. Concelho de Cascais ...... 4 1.1.1 - Sistema Biscaia ...... 4 1.1.2 - Sistema Cascais ...... 5 1.2. Concelho de Sintra ...... 12 1.2.1 - Sistema Rede Geral EPAL ...... 14 1.2.2 - Sistema Camarões ...... 15 1.2.3 - Sistema Almargem do Bispo...... 16 1.2.4 - Sistema Pedra Furada ...... 16 1.2.5 - Sistema Almoçageme ...... 17 1.2.6 - Sistema Almornos ...... 17 1.2.7 - Sistema Azóia ...... 17

2. SUB-REGIÃO OESTE ...... 18 2.1. Concelho de Alcobaça ...... 19 2.1.1. Sistema de Chiqueda ...... 19 2.1.2. Sistema Ferraria de Alpedriz ...... 21 2.1.3. Sistema de Paredes de Vitória ...... 22 2.1.4. Sistema de S. Martinho do Porto e JK4 ...... 24 2.1.5. Sistema de JK6 e JK7 ...... 25 2.1.6. Sistema de JK5 ...... 26 2.2. Concelho de Alenquer ...... 31 2.2.1. Sistema da Zona Norte ...... 32 2.3. Concelho do Bombarral ...... 34 2.3.1. Sistema do Pó ...... 36 2.3.2. Sistema de Carvalhal ...... 37 2.3.3. Sistema da Delgada ...... 37 2.4. Concelho de Cadaval ...... 42 2.4.1. Sistema da Várzea ...... 43 2.4.2. Sistema S. Lourenço ...... 45 2.4.3. Sistema de Figueiros ...... 46 2.5. Concelho de Caldas da Rainha ...... 47 2.5.1. Sistema JK18...... 49 1/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1  2001/07/31)

Pág. 2.5.2. Sistema JK15 ...... 50 2.5.3. Sistema JK13 ...... 51 2.5.4. Sistema JK12 ...... 51 2.5.5. Sistema JK14 ...... 53 2.5.6. Sistema ...... 53 2.5.7. Sistema Talvai ...... 54 2.5.8. Sistema JK11 ...... 55 2.5.9. Sistema de Caldas da Rainha ...... 56 2.6. Concelho da Lourinhã ...... 59 2.6.1. Sistema da Zona Norte ...... 61 2.6.2. Sistema da Zona Sul ...... 61 2.6.3. Sistema do Paço ...... 63 2.7. Concelho de Mafra ...... 64 2.7.1. Sistema Lousa ...... 67 2.7.2. Sistema Serra da Vila ...... 69 2.7.3. Sistema Fonte da Telha ...... 70 2.8. Concelho da Nazaré ...... 71 2.8.1. Sistema de Fanhais ...... 72 2.8.2. Sistema de Águas Belas ...... 72 2.9. Concelho de Óbidos ...... 76 2.9.1. Sistema Bom Sucesso/Adegas d’El Rei ...... 77 2.9.2. Sistema de Olho Marinho ...... 78 2.9.3. Sistema Bairro/Óbidos ...... 78 2.10. Concelho de Peniche ...... 82 2.10.1. Sistema Concelhio ...... 83 2.11. Concelho de Sobral de Monte Agraço ...... 89 2.11.1. Sistema da EPAL ...... 90 2.11.2. Sistema do Bouco ...... 91 2.12. Concelho de Torres Vedras ...... 93 2.12.1. Sistema Ramalhal/Maceira...... 96 2.12.2. Sistema Ereira ...... 97 2.12.3. Sistema Feliteira ...... 97 2.12.4. Sistema Dois Portos ...... 98

2/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1  2001/07/31)

Pág. 2.12.5. Sistema Geral ...... 98

3. SUB-REGIÃO PINHAL LITORAL ...... 102 3.1. Concelho de Porto de Mós ...... 103 3.1.1. Sistema Batalha/Porto de Mós ...... 104

3/105 PBH da s Ri heinls do Ocstl' Tomo 7 A - A nexo (Re\'. I - 2001/0W I )

1. Sub-Região Grande Lisboa

1.1. Concelho de Cascais

o abastecimento de água domiciliário no Concelho de Cascais, com uma população total resi­ dente em 1998 de 165 840 habitantes (valor estimado) segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuída pelas 6 freguesias concelhias (Alcabideche, Carcavelos, Cascais, Estoril, Pare­ de, S. Domingos de Rana), é feito por 2 sistemas - Sistema Biscaia e Sistema Cascais - adiante caracterizados e resumidos na Tabela 1.J . A população residente considerada isolada (pelo INE), cerca de 484 habitantes em 1998, não é servida por distribuição pública domiciliária. Assim, consideram-se que são servidos por água ao domicílio cerca de 165 840 - 484 = = 165 356 habitantes residentes no concelho. Embora existindo no concelho algumas captações, subterrâneas e superficiais, a água é essen­ cialmente fornecida pela EPAL. Em 1998, cerca de 92,3% dos caudais" adquiridos" pelos Servi­ ços Municipalizados foram fornecidos pela EPAL. A EPAL fornece água ao concelho através de duas condutas: a "conduta alta" e a "conduta baixa" , que adiante se referirão mais detalhadamente. Quanto às captações de água municipais, existem no concelho as seguintes: - Superficiais: uma na albufeira da barragem do Rio Mula; - Subterrâneas (furos de captação): 3, na Atrozela, na Biscaia e no Pisão; - Em minas: existem minas na Malveira da Serra e em Vale de Cavalos.

1.1.1 - Sistema Biscaia

É abastecido a partir de um furo de captação - furo da Biscaia - e serve a povoação de Biscaia da Freguesia de Alcabideche.

A água captada no furo é elevada para o reservatório de Biscaia (com 35 m3) onde é desinfec­ tada com hipoclorito de sódio. A ETA, ampliada em 1986, passou a ter uma unidade de desferri­ zação. Em 1998 reformulou-se o sistema de tratamento da captação da Biscaia, com a montagem de novos filtros, o que mel horou substancialmente a qualidade da água distribuída.

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o sistema dispõe de uma estação elevatória associada ao furo de captação e de um reservató• rio de distribuição com capacidade de 3S m'. O sistema entrou em exploração em 1965. O abastecimento é feito por vezes com falhas , de­ vidas a roturas, falta de energia, e escassez de água na origem.

1.1.2 • Sistema Cascais

Serve os núcleos habitacionais de todas as freguesias do concelho - Alcabideche, Carcavelos, Cascais, Estoril, Parede e S. Domingos de Rana - com excepção de Biscaia (Freguesia de Alca­ bideche). Embora dispondo de origens próprias, o Concelho de Cascais encontra-se muito dependente, há longos anos, em tennos de volume de água para abastecimento - cerca de 92,3% - da distri­ buição proveniente da EPAL. É através de duas grandes condutas instaladas pela EP AL que são aduzidos os caudais que ga­ rantem parte significativa das necessidades de água do concelho, sendo essas condutas, no per­ curso, também responsáveis pelo abastecimento do Concelho de Oeiras. Uma dessas condutas, habitualmente designada pelos Serviços Municipalizados por "conduta alta" , tem origem junto ao reservatório de Telheiras, na zona alta da rede de distribuição de água da Cidade de Lisboa, e, a outra, normalmente referida por" conduta baixa" , parte do reservatório de Campo de Ourique, da respectiva zona média. A evolução do sistema de abastecimento de água ao Concelho de Cascais tem-se caracteriza­ do, quanto à sua concepção geral, pela implementação de ligações, visando conferir fiabilidade e flexibilidade operacional ao sistema, através do melhor aproveitamento quer das disponibilidades decorrentes das origens próprias, quer do abastecimento proporcionado pelas condutas da EPAL, e da garantia, sempre que possível, de duas fontes alternativas e independentes de abastecimento a cada órgão do sistema. No que diz respeito ao abastecimento feito a partir da EPAL, a referida fiabilidade e flexibili ­ dade advém da intenção de possibilitar a ligação entre os seus órgãos fundamentai s e ambas as condutas da EPAL, de que, dada a independência entre referidas condutas, resulta a garantia de continuidade de adução, ainda que ocorra uma rotura grave numa delas. Ainda que tendo presente a interligação referida, e apenas com intuito de tornar mais clara a descrição do sistema de abastecimento, descreve-se seguidamente a alimentação a partir das con­ dutas da EPAL e a contribuição prestada pelas origens próprias do concelho.

S/ lOS @)PROCESL "'. __ ". " .,."~ _ •• ,,,, . ~ ' .. , M PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo tRe\'. I - 2001/07/31)

a) ABASTECIMENTO DE ÁGUA COM ORIGEM NAS CONDUTAS ADUTORAS DA EPAL No sistema de abastecimento de água ao concelho os dois grandes eixos adutores da EP AL atravessam o concelho, no sentido aproximado Este-Oeste e têm, ao longo do seu percurso, sucessivas derivações que alimentam grande parte dos reservatórios dos Servi­ ços Municipalizados. A "conduta alta" entra no concelho junto à povoação do Arneiro indo terminar no re­ servatório do Cobre, sendo este o último reservatório a ser alimentado directamente por esta conduta adutora. Tem o diâmetro de 750 mm. A "conduta baixa" entra no concelho junto à Quinta do Barão, tendo sucessivamente os diâmetros 500, 400 e 300 mm. Esta conduta foi, outrora, adutora única, o que explica a localização física da maior parte dos órgãos, ou seja, locais com cotas relativamente baixas e abastecimento fortemente condicionado pelo recurso a estações elevatórias. A situação actual e as estratégias de evolução do sistema de abastecimento de água vieram a modificar-se por via da construção da referida" conduta alta" . A "conduta alta", no percurso dentro do concelho, alimenta, por derivação, os seguintes reservatórios: - Outeiro de Polima, derivação 0 600; - Moinhos de Rana, derivação 0 600; - Caparide, derivação 0 300; - i'au Gordo, derivação 0 250; - Goulão, derivação 0 250; - Alto Estoril, derivação 0 250; - Monte Estoril, derivação 0 300. No extremo final, a " conduta alta" alimenta o reservatório do Cobre, tendo esta cir­ cunstância vindo a alterar sensivelmente o funcionamento hidráulico da zona ocidental do sistema de abastecimento de Cascais. De facto, até à construção desta conduta, as alternativas do abastecimento passavam apenas pela "conduta baixa" (neste caso, os caudais a aduzir eram bombados nas estações elevatórias do Lago, actualmente desacti­ vada, e de Cascais, por falta de cota piezométrica na "conduta baixa") ou pelas origens próprias do concelho (Rio da Mula, Vale de Cavalos, Malveira da Serra, etc.), sendo frequentemente insuficientes para garantir as necessidades de abastecimento.

6/105 @)PROCESL ,"-."""" .... ~ ... "".-.... ~".. PBH das Ribeiras do Orslc Tomo 7 A • Anexo (Rev. I - 200 1/07n I )

Quanto à "conduta baixa", as derivações existentes ao longo do seu percurso ligam-na aos seguintes reservatórios: - S. Domingos de Rana, derivação 0 400; - Parede " Novo" , derivação 0 300; - Alto Estoril, derivação 0 300; A "conduta baixa" termina alimentando o reservatório de Cascais. A adução de água proveniente desta conduta pode prosseguir mediante elevação na estação elevatória de Cascais, anexa ao reservatório de Cascais, de caudais para o reservatório da Pampilheira e para o reservatório do Cobre. Deste último, pode ainda proceder-se a nova elevação para o reservatório de Murches. O reservatório de Cascais não faz actualmente distribuição gravítica, servindo apenas para alimentação da estação elevatória que lhe está associada (estação elevatória de Cas­ cais). Um dos aspectos que têm vindo a nortear a evolução do sistema de abastecimento de água ao Concelho de Cascais prende-se com a possibilidade de uma dupla adução da maior parte dos seus reservatórios, podendo receber águas de duas origens alternativas. No que diz respeito às condutas adutoras da EPAL, vários são os reservatórios que, di ­ recta ou indirectamente, podem receber água proveniente quer da "conduta alta" quer da "conduta baixa" . EsCo nestas condições os reservatórios já referidos do Alto Estoril e da Parede "Novo". O primeiro recebe, directamente e por gravidade, caudais aduzidos pelas duas condutas da EP AL; o reservatório da Parede" Novo" , para além de estar ligado à "conduta bai­ xa", recebe também água proveniente da "conduta alta", via reservatório da Parede "Velho" (neste entram os excedentes do consumo da rede de di stribuição do reservató­ rio de Moinhos de Rana, o qual é abastecido pela "conduta alta"). De modo semelhante, o reservatório de Caparide, sendo alimentado directamente pela " conduta alta" , pode também ser alimentado em caso de falha da anterior hipótese, pela "conduta baixa". A adução, neste caso, é efectuada por bombagem a partir da estação elevatória anexa ao reservatóri o de S. Domingos de Rana. A situação de dupla adução é também possível para o abastecimento do reservatório do Goulão, uma vez que nele entram caudais bombados pela estação elevatória anexa ao reservatório do Alto Estoril que, como referido, recebe caudais provenientes de ambas

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__@)PROCESL...... u;.,_"""'- .... PBH das Riheiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Re I'. I - 20D I /07n I )

as condutas da EP AL. De salientar que, caso exista cota piezométrica disponível na "conduta alta", podem entrar caudais nestes reservatórios directamente a partir dessa conduta adutora. Caso não exista cota piezométrica disponível na "conduta alta" para abastecer o reser­ vatório do Goulão por gravidade, o que não acontece actualmente, é efectuado o seu abastecimento por bombagem a partir da estação elevatória de Monte Estoril, havendo ainda a alternativa de o abastecer por bombagem a partir da estação elevatória anexa ao reservatório do Alto Estori!. A estação elevatória de Pau Gordo, anexa ao reservatório de Pau Gordo, constitui a principal fonte de alimentação do reservatório de Bicesse. Como foi referido, o reservatório da Pampilheira, até à construção do prolongamento da "conduta alta", era frequentemente abastecido pela estação elevatória de Cascais, com caudais provenientes da "conduta baixa" , uma vez que só em certas ocasiões a cota pie­ zométrica disponível nessa conduta era suficiente para permitir a adução por gravidade. Com a concretização do prolongamento da "conduta alta" até ao reservatório do Cobre, a primeira situação passou a constituir alternativa, a encarar apenas em situação de emergência, à adução proveniente deste reservatório. Resta referir, quanto à alimentação com origem nas condutas adutoras da EP AL, o abastecimento à área dependente do reservatório das Cardosas. O seu abastecimento tem sido garantido, esse .. cialmente, à custa de caudais provenientes da "conduta baixa", bombados directamente para a rede a partir da estação elevatória anexa ao reservatório de S. Domingos de Rana, tendo sido instalados, como reforço do abastecimento à zona de influência do reservatório das Cardosas, dois grupos em Outeiro de Polima, os quais elevam, nesta fase , directamente para a rede.

b) ABASTECIMENTO DE ÁGUA COM ORIGEM EM CAPTAÇÕES PRÓPRIAS É na zona Noroeste do concelho, no sopé da Serra de Sintra, que se localizam as princi­ pais origens do Concelho de Cascais. Os furos da Atrozela abastecem fundamentalmente e em condições normais de operação o reservatório de Alcoitão. Os caudais captados em Pisão, depois de concentrados na estação elevatória com esta designação, são bombados para o reservatório de Alcoitão ou directamente para a res-

8/1 OS @)PROCESL "". ."",..-" ....." . .. ""'.-,"-,'"' PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Rev. I - 200 1/07/3 I )

pectiva rede de distribuição, neste caso passando pela estação sobrepressora de Alcoitão, recentemente construída. A partir das captações do Rio Mula (albufeira com capacidade de armazenamento de

cerca de 400 000 m3) e Vale de Cavalos, os caudais disponíveis são aduzidos por uma conduta que se bifurca, permitindo, por um lado, a alimentação do reservatório de Mur­ ches e, por outro, a adução directa à rede de distribuição da área de influência do reser­ vatório de Alcoitão, neste caso, passando pela estação sobrepressora com o mesmo nome. Refere-se ainda que uma parte do caudal proveniente do Rio da Mula é derivado para a Malveira da Serra, por intermédio de uma estação sobrepressora localizada em Porto Côvo. A água proveniente das duas últimas captações atrás citadas pode ainda alimentar, por gravidade, o reservatório do Cobre, sendo, para o efeito, utilizada a conduta elevatória, através da qual, em sentido inverso (CobrelMurches), são bombados caudais proveni­ entes da " conduta alta" . As captações da Malveira da Serra, para além do abastecimento local, são utilizadas para reforço dos caudais necessários às redes de distribuição incluídas na área de influ­ ência do reservatório de Murches. Do sistema Cascais fazem parte 16 estações elevatórias e os seguintes 25 reservatórios, totali- zando uma capacidade de arma~ enamento de 74 780 m3:

- Caparide, com 4 000 m3;

- Cobre, com 13 000 m3;

-Goulão, com 5 000 m3;

- Pampilheira, com 4 000 m3;

- Talaíde, com 100 m3 ;

- AJcoitão, com 6 000 m3 ;

- Alto Estoril, com I 000 m3;

- Cascais, com 2 000 m3;

- Monte Estoril, com 3 000 m3;

- Bicesse, com 115 m3 ;

- Cardosas, com 3 000 m3;

- Moinhos de Rana, com 7 600 m3;

9/105 PBH das Ribeiras do OI.!SIC T omo 7 A - Anexo (Rev. 1 - 2001107/.11 )

- Murches (elevado), com 70 m3;

- Parede Velho, com 990 m3;

- Parede Novo, com I 500 m3;

- Pau Gordo, com 6 000 m3;

- Pisão, com 100 m3;

- Malveira, com 300 m3;

- S. Domingos de Rana, com 3 500 m3;

- Murches (apoiado), com 2 000 m3;

- Outeiro de Poli ma, com 10 000 m3;

- Rio da Mula (anexo à estação de tratamento), com 500 m3;

- Vale de Cavalos, com 105 m3;

- Matocheirinhos (elevado), com 400 m3;

- Janes, com 500 m3 . O abastecimento é feito, por vezes, com falhas, devidas essencialmente a roturas (450 roturas reparadas em 1998 pelos Serviços Municipalizados, tendo sido 157 provocadas por terceiros e 293 devidas a deficiências no sistema de distribuição) e escassez de água nas origens. Em 1998, algumas dificuldades surgiram, em especial no período de Verão. De facto, os cau­ dais próprios adicionados aos fornecidos pela EP AL mostraram-se insuficientes para superar os períodos de ponta dos consumos. Como consequência, houve dificuldades de abastecimento em alguns locais do concelho durante o período de \ ' 2rão. De salientar também a situação grave que se vive com a "conduta baixa" da EPAL, onde se verificaram roturas sistemáticas. Segundo os Serviços Municipalizados, confirma-se a necessida­ de de recuperação desta conduta de betão armado DN 500, com significativas perdas de água. Refere-se, por último, que a rede de distribuição tem cerca de 950 km, servindo mais de 80000 consumidores que consomem cerca de 20 000 000 m3/ano (valores relativos a 1998).

10/ 105 @)PROCESL ,~.."...~"', ...... _... PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A-Anexo (Rev. 1 -2001/07/3 1)

CASCAlS Sistema de População Residente População Servida Captações resen'atórios %atend. Abastecimento Freguesia na FreJ!:uesia em 1998 Tratamento na Freguesia Volume total 1991 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. Total N"Hab. Total (a) (m') Censo N"Hab. BISCAIA 1 FURO(I) SIM 1 35 ALCABIDECHE 26897 30012 30012 35 35 0, 1% CASCAIS EPAL SIM 25 74780 ALCABIDECHE 26897 30 012 165840 29599 165321 98,6% MINAS(b) CARCAVELOS 18014 20 100 20 100 100.0% ALBUFEIRA[c) CASCAIS 27741 28161 28 11 3 99.8% FUROS(d) ESTORlL 23962 24325 24283 99.8% PAREDE 20742 23 143 23 127 99,9% S. DOMINGOS DE RANA 35938 40099 40099 100,0%

(a) Relação População ServidaIPopulação Residentes (b) Minas de Vale de Cavalos e da Malveira da Serra (c) Albufeira do Rio da Mula (d) Furos de Alrozela e Pisão

Tabela 1.1 . Características dos sistemas de abastecimento

1111 05 @PROCESL G IBB ,=,," O !!!.~.1!_~'H:'MO ,,, ...... ___ ... ,,...... '-', .. c··~" .. ,'; 1 la. . / PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A- Anexo(Rev.I -200 I!07131)

1.2. Concelho de Sintra

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 315 656 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991- Tais habitantes foram considerados distribuídos pelas 14 freguesias existentes em 1991 (Agualva-Cacéml Algueirão-Mem Martins/ Almargem do BispolBelas/ColareslMontelavar/Que­ luzlRio de Mouro/Santa Maria e São Miguel/S. João das Lampas/S. Martinho/S. Pedro de Pena­ ferrimfferrugemlPero Pinheiro), ou seja, não foram consideradas as Freguesias de Casal de Cambra criada pela Lei 35/97 da Assembleia da República nem as Freguesias de Massamá e de Monte Abraão, por reestruturação da Freguesia de Queluz, criadas pela Lei 36/97 da Assembleia da República. Das 14 freguesias referidas, encontram-se compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste 9 freguesias, com 62 808 habitantes residentes em 1998. São as seguintes, com a respectiva população residente em 1998: - Almargem do Bispo: 10314 hab.; - Colares: 6 648 hab.; - Montelavar: 3752 hab. ; - Santa Maria e São Miguel: 8679 hab.; - São João das Lampas: 9436 hab.; - São Martinho: 5 267 hab.; - São Pedro de Penaferrim: 7924 hab.; - Terrugem: 5 352 hab .; - Pero Pinheiro: 5 436 hab. O abastecimento domiciliário destas 9 freguesias é feito por 7 sistemas de abastecimento de água, adiante caracterizados e resumidos na Tabela 1.2. Num destes 7 sistemas, designado por "Sistema Rede Geral EPAL", a água é fornecida pela EP AL, tendo nos restantes sistemas origem em captações locais. A alimentação de água ao concelho e, nomeadamente, às 9 freguesias referidas, com base na EP AL, é feita através de duas linhas adutoras que têm origem nos reservatórios da rede da Cida­ de de Lisboa e que, antes de chegar aos pontos de entrega, atravessam o Concelho da Amadora. Esses pontos de entrega e correspondentes linhas adutoras são os seguintes:

12/105 @)PROCESL '~"'-"''''';P"''"'' ' '''''' '''''' """""""."'0< ,"'",m .' ,.-" '.-- ~ _., PHH das Rihciras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Rev. J - 200 J 107/3 J )

a) o reservatório RO, do Alto de Carenque, a cota elevada (232), localizado no Concelho da Amadora, e que é alimentado através de bombagem a partir do reservatório de Telhei-

ra s~ b) a Estação Elevatória EE1, de Carenque, a cota mais baixa (115), alimentada ou a partir do reservatório da Amadora, por sua vez alimentado por adutoras com origem nos re­ servatórios de Telheiras (da Zona Alta da Cidade de Lisboa) e na EE de Campo de Ou­ rique (da Zona Média), ou, mediante um jogo de válvulas, que interliga estas com a Zona Alta de Lisboa. É a partir destes pontos de entrega que se estabelece a configuração do "Sistema Rede Geral EP AL" que, para além de 9 freguesias referidas, também abastece totalmente as restantes 5 fre­ guesias concelhias e que estão compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo: Agualva-CacémlAlgueirão-Mem MartinsIBelas/QueluzlRio de Mouro. Nestas 5 freguesias, cerca de 253000 habitantes (valor referente a1998) são abastecidos pelo citado sistema de abasteci­ mento (" Sistema Rede Geral EP AL"). Relativamente às 9 freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, são abastecidos todos os seus aglomerados habitacionais; a população considerada isolada (3 482 habitantes no total, segundo a projecção para 1998 do Censo de 1991 ) não é servida por distribuição domiciliária. O número de habitantes abastecido em cada uma das 9 freguesias é a seguir indicado:

POPULAÇÃO POPULAÇÃO ABASTECIDA POPULAÇÃO CONSIDERADA EM 1998 POR SISTEMAS FREGUESIA TOTAL EM 1998 ISOLADA EM 1998 MUNICIPAIS (hab.) (hab.) (hab.) - Almargem do Bispo ...... 10 314 948 9366 - Colares ...... 6648 361 6287 - Montelavar ...... 3752 223 3529 - Santa Maria e São Miguel...... 8679 221 8458 - São João das Lampas ...... 9436 579 8857 - São Martinho ...... 5267 640 4627 - S. Pedro de Penaferrim ...... 7924 39 7885 - Terrugem ...... 5352 94 5258 - Pero Pinheiro . 5436 377 5059 - TOlal ...... 62808 3482 59326

Refere-se, também, que os núcleos habitacionais considerados são os constantes do Censo de 1991.

13/1 05 @)PROCESL .O«>. .... ~ ...... "' ...... """.,.. PRH das Riheiras do O('s{e Tomo 7A - Anexo (Rev. I - 2001107/31)

1.2.1 - Sistema Rede Geral EPAL

A água tratada fornecida pela EPAL é entregue ao Concelho de Sintra em dois locais: o reser­ vatório de Alto Carenque (RO) e a Estação Elevatória de Carenque (EE 1). O reservatório de Alto de Carenque, com 28 000 m3 e soleira à cota 232 m, alimenta graviti­ camente vários centros distribuidores das freguesias da Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, nomea­

3 damente os reservatórios Mercês (R39), com 2 X 7 500 m , e Ranholas (R28), com 2 x x 5 000 m'. importantes no abastecimento às freguesias da Bacia das Ribeiras do Oeste. A Estação Elevatória EEI , abastecida pelo reservatório da Amadora da EPAL, permite o re­ forço dos caudais com destino ao reservatório de Ranholas (R28), desviados, pela conduta 0 800 mm, do adutor Carenque-Mercês, e abastece a estação elevatória EE4 - Quinta Grande e o reser­ vatório Mercês (R7), com 2 x 175 m3, órgãos importantes no abastecimento às freguesias da Ba­ cia das Ribeiras do Oeste. O reservatório Mercês (R7) localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Tejo. Este sistema possui, associados ao Plano de Bacia das Ribeiras do Oeste, para além dos reser­ vatórios acabados de citar, os 17 reservatórios seguintes com uma capacidade de armazenamento total de 12 440 m3:

- Vale de Lobos (com 2 x 180 m3);

- Sabugo (com 180 m3);

- Cortegaça (com 100 m3);

- Morelena (com 100 m3) ;

- Montelevar (com 300 m3) ;

- Terrugem (com 2 x 500 m3) ;

- A-dos-Marinheiros (com 2 x 175 m3) ;

- Amoreira (com 2 x 250 m3);

- Linhó (com 4 000 m3);

- Vigia (com I 500 m3) ;

- Duche (com 100 m3);

- Palmela (com 2 x 250 m3);

- Colares (com 2 x 150 m3);

- Praia das Maçãs (com 2 x 250 m3) ;

- Campo (com 600 m3);

- Santa Eufêmia (com I 250 m3 + 750 m3) ; 14/1 05 PBH das Rihciras do O CSll' Tomo 7A· Anexo (Rc\'. I - 200 1/0 713 I)

- Quinta Velha (com 50 m3). O sistema di spõe de 4 estações elevatórias, nomeadamente: - a EE4 - Quinta Grande, que se encontra associada à conduta elevatória EEI - Caren­ queIMercês (R7), que eleva água para o reservatóri o Sabugo (a partir do qual são alimen­ tados os reservatórios Morelena e Cortegaça) e para o reservatório Vale de Lobos; - a EE8 - Ranholas, anexa ao reservatório Ranholas (R28), que eleva água para os reserva­ tórios Campo, Vigia, Duche (a partir do qual são alimentados os reservatórios Palmela e Colares), Linhó e Quinta Velha; - a EE9, que eleva água do reservatório Campo para o reservatório Sta. Eufêmia; - a EE19 que eleva água, a partir do reservatório Colares, para a rede de distribuição. As freguesias alimentadas por este sistema de abastecimento são-no a partir de reservatórios a que a água aflui proveniente da EE4 (já referida), do reservatório Mercês (R7) (reservatório compreendido no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo) e da EE8 - Ranholas, anexa ao reser­ vatórios Ranholas (R28) (reservatório também incluído no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo). Os reservatórios Mercês (R39) e Ranholas (R28), ambos compreendidos no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, também alimentam directamente habitantes das freguesias compreen­ didas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, bem como as condutas adutoras-dis­ tribuidoras designadas por" Carenque-Ranholas" , " de Almargem do Bispo" e " de Almornos" . O reservatório Sabugo, deste sistema de abastecimento, também pode alimentar, se ne essá­ rio, o reservatório Maceira do sistema de abastecimento Pedra Furada. Este sistema, cuj a exploração se iniciou em 1985, apresenta por vezes falhas, devidas a falta de energia para as bombagens, avaria nos equipamentos e/ou roturas.

1.2.2 - Sistema Camarões

Serve o núcleo habitacional Camarões da Freguesia de Almargem do Bispo. É abastecido a partir de I furo de captação (fu ro de Camarões) cuja água é elevada, pela esta­ ção elevatória associada, para um reservatório de distribuição (reservatório de Camarões). A água captada é desinfectada com hipoclorito de sódio e corrigida, quanto aos valores de fer­ ro e manganés io, numa estação de tratamento localizada a montante do reservatório. Dispõe de 1 reservatório de distribuição apoiado, com 250 m3 de capacid ade, que alimenta a rede de distribuição de Camarões.

15/ 105 PHH das Riheiras do Oeste Tomo?A - Anexo (Rc\'. I - 200 I/O?/J I) o abastecimento faz-se, por vezes, com falhas devidas a roturas e a escassez de água na origem. A exploração deste sistema iniciou-se em 1977.

1.2.3 . Sistema Almargem do Bispo

Serve Almargem do Bispo, da Freguesia de Almargem do Bispo. É abastecido a partir de 1 furo de captação (furo de Almargem do Bispo). A água captada é bombada, pela estação elevatória associada, para o reservatório de A1mar­ gem, com 7 m3, que alimenta a rede de distribuição domiciliária de Almargem do Bispo. A água captada é desinfectada, com hipoclorito de sódio, antes de ser distribuída. O abastecimento faz-se, por vezes, com falhas, devidas essencialmente a escassez de água na origem. Iniciou-se a exploração deste sistema em 1987.

1.2.4 . Sistema Pedra Furada

Serve Negrais, da Freguesia de Almargemdo Bispo, e Pedra Furada, Anços e Maceira da Fre­ guesia de Montelavar. É abastecido a partir de I furo de captação e de uma captação superficial na Lagoa da Pedra Furada, cuja água é elevada, pelas estações elevatórias associadas, para uma estação de trata- mento .. A água captada é sujeita, nesta estação de tratamento, a pré-cloragem, coagulaçãolfloculação, decantação, filtração e desinfecção. O sistema dispõe dos seguintes 3 reservatórios de distribuição, com uma capacidade de arma- zenamento total de 305 m3:

- Maceira (com 180 m3);

- Negrais (com 50 m3);

- Anços (com 75 m3). O abastecimento faz-se, por vezes, com falhas devidas a escassez de água na origem e roturas. Iniciou-se a exploração deste sistema em 1985.

1.2.5· Sistema Almoçageme

Serve Casas Novas, Penedo e Almoçageme da Freguesia de Colares.

161105 PI:3H das Ribeiras do Ot.!SII.' Tomo 7A - Anexo (Re \'. I ~ 20(110713 1)

É abastecido a partir de minas na Serra de Sintra e de I furo de captação (furo do Penedo) ao qual se encontra associado uma estação elevatória. O sistema dispõe dos seguintes 3 reservatórios de distribuição, com uma capacidade de arma- zenamento total de 2 080 m3 :

- Queimada Baixa (enterrado/semi-enterrado, com 400 m3);

- Capuchos (apoiado, com I 500 m3);

- Casas Novas (apoiado, com 180 m3). Estes reservatórios abastecem as redes de distribuição dos núcleos habitacionais servidos por este sistema. Antes de afluir ao reservatório Casas Novas a água é desinfectada com hipoclorito de sódio.

1.2.6 - Sistema Almornos

Serve o núcleo habitacional Almornos, de Freguesia de Almargem do Bispo. É abastecido a partir de I furo de captação (furo de Almornos) cuja água é elevada, pela esta­

ção elevatória associada, para o reservatório de Almornos, com 7 m3. A água captada é desinfectada com hipoclorito de sódio e sujeita a correcção da agressividade, numa estação de tratamento, antes de afluir ao reservatório e ser distribuída aos habitantes de Almornos através da correspondente rede de distribuição. O abastecimento faz-se, por vezes, com falhas devidas a roturas e a escassez de água na ori- gemo O sistema entrou em exploração sistema em 1988.

1.2.7 - Sistema Azóia

Serve Atalaias, Ulqueira e Azóia, da Freguesia de Colares. É abastecido a partir de I furo de captação (furo de Azóia) e pelas designadas captações do Ri o do Touro (drenos). A água captada é desinfectada com hipocJorito de sódio e filtrada antes de afluir ao reservató• rio de Azóia (apoiado, com 100 m3). Este reservatório alimenta a rede de distribuição dos aglo­ merados servidos por este sistema. O abastecimento faz-se, por vezes, com falhas devidas a roturas e escassez de água na ori gem.

17/1 05 @)PROCESL ....--- ..---'...... ~.""'-- PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. I - 2001107/31)

SINTRA Sistema de População Residente População Servida Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Fr~guesia em 1998 (a) Tratamento na Freguesia [Volume total 1991 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. Total Nn Hab. Total (b) (m') Censo N"Hab. REDE GERAL EPAL (e) (e) SIM(e) 17(d) 14440 ALMARGEM DO BISPO 8405 10314 62808 7014 52698 68 .0% COLARES 6439 6648 3842 57.8% MONTELAVAR 3633 3752 ) 698 45.3% SANTA MARIA E SÃO MIGUEL 8405 8679 8458 97 .5% SÃO JOÃO DAS LAMPAS 7690 9436 8857 93.9% SÃO MARTINHO 5102 5267 4627 87 ,8% SÃO PEDRO DE PENAFERRIM 6456 7924 7885 99,5 % TERRUGEM 4361 5352 5258 98,2% PERO PINHEIRO 4428 5436 5059 93,0% ALMORNOS I FURO(l) SIM I 7 ALMARGEM DO BISPO 8405 10 314 10 314 429 429 4,2% FURO( I); CAPTo AZÓIA 2 SIM I 100 COLARES 6439 6648 6648 545 545 8.2% SUPERf.ll ) ALMOÇAGEME 2 FURO(l); MINAS SIM 3 2080 COLARES 6439 6648 6648 1900 1 900 28.6% CAMARÕES I FURO(l) SIM I 250 ALMARGEM DO BISPO 8405 10314 10 314 582 582 5.6% LMARGEM DO BISP I FURO(l) SIM I 7 ALMARGEM DO BISPO 8405 10314 10 314 508 508 4,9% FURO( I); CAPTo PEDRA FURADA 2 SIM 3 305 ALMARGEM DO BISPO 8405 10314 14066 833 2 664 8, 1% SUPERF.1 I) MONTELAVAR 3633 3752 1831 48.8 %

(a) População servida das freguesias incluídas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (b) Relação População Servida/População Residente (c) Água tratada fornecid a pela EPAL (d) reservalórios compreendidos no Plano de Bacia Hid rográfica das Ribeiras do Oeste

- O re servatório de Ranholas (R28), compreendido no Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo, abaSlece 6 393 hab. da freguesia de Santa Maria e São Miguel, 516 hab. da fregue sia de São Marti nho e 516 hab. da freguesia de São Pedro de Penaferrim - O reservatório das Mercês (R39), compreendido no Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo, abastece 3 401 hab. da freguesia de Terrugem e I 220 hab. da freguesia de São João das Lampas - A conduta Carenque-Ranholas, compreendido no Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo, abastece 2 209 hab. da freguesia de São Pedro de Penaferrim - A conduta de Almargem do Bispo abastece I 946 hab. da Freguesia de Almargem do Bispo - A condUla de Almorn os abastece I 227 hab. da Freguesia de Alm argem do Bispo

Tabela 1.2 - Características dos sistemas de abastecimento

18/1 05 @PROCESl ~ .~~~ ' '";''",' J. !:!!.~.'!2'!PMO .... _...".. .. , ...... O ~@I PBH das Ribeiras do O('S[(' Tomo 7A ~ Anexo (Re\·. 1 - 200 [/0713 [ )

2. Sub-Região Oeste

2.1. Concelho de Alcobaça

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 55 647 habitantes (valor estimado), segundo uma prajecção do Censo de 1991, distribuída pelas 19 freguesias con­ celhias. O abastecimento domiciliário de água neste concelho é efectuado por 6 sistemas de abasteci­ mento distintos, adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.1. Casal do Aguiar, Mosqueiros e Valado de Sta. Quitéria, núcleos habitacionais da Freguesia de Alfeizerão, com 524 habitantes, no total, em 1998, são abastecidos pelo Sistema Talvai do Con­ celho de Caldas da Rainha. Vigia e Cumeira, núcleos habitacionais da Freguesia de Vimeira, com 151 habitantes, no total, em 1998, também são abastecidos pelo Sistema Talvai do Concelho de Caldas da Rainha. Macarca (91 habitantes em 1998), da Freguesia de Alfeizerão, bem como Serra de Mangues (184 habitantes em 1998) e Venda Nova (40 habitantes em 1998), da Freguesia de S. Martinho do Porto, são abastecidos pelo Sistema de Águas Belas do Concelho da Nazaré. Portela Pereira (86 habitantes em 1998), da Freguesia de Évora de AJcobaça, e Casal Vale Ventos (81 habitantes em 1998), da Freguesia de Turquel, são os dois únicos núcleos habitacio­ nais concelhios que não dispõem de abastecimento domiciliário de água. A população concelhia considerada isolada - 1628 habitantes em 1998 - não é servida por dis­ tribuição pública domiciliária.

2.1.1. Sistema de Chiqueda

É o mai s importante dos sistemas de abastecimento concelhios, visto servir cerca de 56% da população concelhia; serve 29 969 habitantes concelhios num total de 53 852 habitantes abaste­ cidos. Serve: - AJcobaça (Freguesia de AJcobaça) ; - Quinta de Reforteleira (Freguesia de Bárrio); - Todos os núcleos habitacionais das freguesias de Benedita, Maiorga, Aljubarrota (Praze- res) e Aljubarrota (S. Vicente);

19/1 05 PRH das Riheiras (hl Oeste Tomo7A -Anexo (Re\'. 1- 200 1/07/31 )

- Casalinho (Freguesia de Coz); - Zambujeira, Vale das Ripas, Encosta Cortiçada, Cortiçada, Baxarela, Casal do Costa, Ca- saI da Ortiga, Zambujal, Baldios, Ribeira Maceira, Fonte Santa, Cabeços, Capuchos, Car­ ris, Casal do Pereira, Casais da Charneca, Molianos e Évora de Alcobaça, da Freguesia de Évora de Alcobaça; - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Turquel com excepção de Casal Vale Ventos (que não dispõe de distribuição pública domiciliária); - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Vimeiro com excepção de Vigia e Cumeira. É abastecido a partir das captações de Chiqueda (constituídas por uma captação superficial e por 2 furos de captação artesianos), com uma produção de cerca de 12 000 m'/dia, e do furo de captação JK8, com uma produção de 154 m'/dia. Este furo, contudo, será desactivado a breve prazo, sendo, para sua substituição, executado um novo furo. As captações de Chiqueda abastecem o reservatório R44, que constitui a câmara de carga da estação elevatória de Chiqueda, a partir da qual se processa a quase totalidade do abastecimento a que se refere este sistema. A estação elevatória de Chiqueda dispõe de 5 conjuntos independentes de grupos elevatórios que debitam água para 11 dos 26 reservatórios deste sistema. Para além da estação elevatória de Chiqueda, o sistema dispõe de mais 9 estações elevatórias destinadas a alimentar reservatórios. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de Alcobaça, cedida pelos ServIços Municipalizados de Alcobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento. O sistema dispõe dos seguintes 26 reservatórios (sem considerar a câmara de carga da estação elevatória de Chiqueda), com uma capacidade total de armazenamento de 12 035 m': - R19 - Maiorga (apoiado, com 75 m'); - R 18 - Maiorga (apoiado, com 350 m'); - R28 - Castelo (apoiado, com 1 800 m'); - R45 - Carrascal (apoiado, com 75 m'); - R48 - Molianos (apoiado, com 300 m'); - R47 - Molianos (apoiado, com 500 m'); - R49 - Existente (apoiado, com 25 m'); - R21 - Casais Sta. Teresa (apoiado, com 200 m'); - R22 - Talhos Santa (apoiado, com 200 m'); - R26 - Gafa (apoiado, com I 800 m');

20/1 05 PRH das Ribei ras do OI? S L ~ Tomo 7A - Anexo (Rev. I -2001/07n l)

- R25 - Palmeira (apoiado, com 400 m'); - R20 - Cruzeiro (apoiado, com 300 m'); - R23 - Tojeira (elevado, com 150 m'); - R43 - Capuchos (apoiado, com 150 m'); - R46 - Carris (apoiado, com 100 m'); - R50 - Carris (apoiado, com 400 m'); - R39 - Boisias (apoiado, com 400 m'); - R42 - Évora (apoiado, com 650 m'); - R54 - Turquel (apoiado, com 2 875 m'); - R53 - Louções (elevado, com 200 m'); - R51 - Gaio (elevado, com 200 m'); - R52 - Vimeiro (apoiado, com 100 m'); - R58 - Algarão (apoiado, com 300 m'); - R57 - Ribafria (elevado, com 200 m'); - R55 - Moita do Poço (apoiado, com 200 m'); - R56 - Casal do Guerre (apoiado, com 85 m'). Quanto ao tratamento da água refere-se que a captada superficialmente em Chiqueda é filtrada (em filtros de areia) antes de afluir à câmara de carga da estação elevatória de Chiqueda, sendo toda a água captada em Chiqueda desinfectada, com cloro, na bombagem da referida estação ele­ vatórü•. A água captada no furo JK8 também é desinfectada na elevação para o reservatório R52 - Vimeiro. Com excepção dos reservatórios R44 (câmara de carga da estação elevatória de Chiqueda) e R46 - Carris, todos os restantes atrás mencionados distribuem água para as redes de distribuição dos aglomerados servidos pelo sistema. Os reservatóri os R44 e R46 são apenas reservatórios de passagem.

2.1.2. Sistema Ferraria de Alpedriz

Serve: - Todos os núcl eos habitacionais da Freguesia de Alpedriz; - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Coz, com excepção de Casalinho; - Paio, Mélvoa e Pisões, na Freguesia de Pataias; - Montes, Freguesia de Montes.

211105 PBH das Ribeiras do Oeste T omo 7 A - Anex o (Re\·. I - 200 I 1071?.1 )

É abastecido a partir de um poço de captação localizado na Freguesia de Alpedriz. A água extraída da captação é elevada, pela estação elevatória de Ferraria de Alpedriz, para 3 reservatórios: RlI - Outeiro de Pisões, RI5 - Montes e Rl3 - Ferraria de Alpedriz. Parte da água afluente ao reservatório R li - Outeiro de Pisões é elevada, através da estação elevatória que lhe está anexa, para o reservatório R I O - Mélvoa; também parte da água afluente ao reservatório RI5 - Montes é conduzida para os reservatórios RI4 - Marçaninas (existe, para o efeito, a estação elevatória de Marçaninas), RI6 - Castanheira e RI7 - Póvoa. O sistema dispõe assim de 4 estações elevatórias e dos seguintes 7 reservatórios (não conside­ rando a câmara de carga da estação elevatória de Ferraria de Alpedriz), com uma capacidade total

de I 125 m3 :

- RI I - Outeiro de Pisões (apoiado, com 125 m3);

- RIO - Mélvoa (apoiado, com 225 m3);

- R13 - Ferraria de Alpedriz (apoiado, com 75 m3);

- RI5 - Montes (apoiado, com 300 m3);

- RI4 - Marçaninas (apoiado, com 50 m3);

- R17 - Póvoa (apoiado, com 150 m3);

- RI6 - Castanheira (apoiado, com 200 m3). A água captada é desinfectada, com cloro, na estação elevatória de Ferraria de Alpedriz. Os 7 reservatórios atrás indicados (isto é, não considerando a câmara de carga da estação ele­ vatória de Ferraria de A'lpedriz) distribuem água para as redes de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos por este sistema. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de Alcobaça, cedida pelos Serviços Municipalizados de Alcobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento.

2.1.3. Sistema de Paredes de Vitória

Serve: - Os núcleos habitacionais Mina, Légua, Água Madeiros, Paredes de Vitória, Burinhosa e Pataias, da Freguesia de Pataias; - Todos os núcleos habitacionais das freguesias da Moita e de Martingança. É abastecido a partir de uma captação superficial (captação de Paredes de Vitória), na qual se tem captado, em média, cerca de I 475 m3/dia. O sistema dispõe também de um furo de captação (TS2), de Pataias Gare, que funciona como reserva.

22/1 05 @PROCESL 'oc ..·~ ''''.'~ " ~,, ...... _ '''' PHH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 20011071:\ 1)

A água captada em Paredes de Vitória é elevada para uma estação de tratamento, onde é fil­ trada (filtros de areia). Tal estação está anexa ao reservatório RI - Paredes (apoiado, com 400 m'), para onde é encaminhada a água depois de filtrada, o qual constitui a câmara de alimentação da estação elevatória de Paredes de Vitória. Através desta estação elevatória a água é então con­ duzida para os reservatórios R2 - Paredes, R3 - Lagoa, R7 - Pataias e R8 - Alva. O reservatório R3 - Lagoa alimenta o reservatório RI - Salgueirinha, o qual, através da estação elevatória que lhe está anexa, alimenta os reservatórios R5 - Moita e R6 - Martingança Gare. Quando é requerido o funcionamento do furo TS2 de Pataias Gare, a água captada no furo é elevada para o reservatório R9 - Pataias Gare, a partir de cuja estação elevatória anexa é bomba­ da para os reservatórios R7 - Pataias e R8 - Alva de Pataias. O sistema dispõe assim de 5 estações elevatórias (de Paredes de Vitória, da Salgueirinha, de Pataias Gare, a associada à captação superficial e a associada ao furo de captação) e dos seguin­ tes 9 reservatórios com 2 020 m' de capacidade total, pelo menos: - RI - Paredes (apoiado, com 400 m'); - R2 - Paredes (apoiado, com 500 m'); - R3 - Lagoa (apoiado, com 300 m'); - R4 - Salgueirinha (apoiado, com, 300 m'); - R5 - Moita (apoiado, com 300 m'); - R6 - Martingança Gare (apoiado, com 120 m'); - R7 - Pataias (elevaclo, com 50 m'); - R8 - Alva de Pataias (elevado, com 50 m'); - R9 - Pataias Gare (apoiado, com? m'). Para além da filtração da água captada superficialmente, toda a água captada (superficialmente e através do furo TS2) é desinfectada com cloro, na estação elevatória de Paredes de Vitória e na estação elevatória de Pataias Gare. Com excepção dos reservatórios R I - Paredes, R4 - Salgueirinha e R9 - Pataias Gare, todos os outros, atrás mencionados, distribuem água para as redes de distribuição dos aglomerados habita­ cionais servidos por este sistema. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de Alcobaça, cedida pelos Serviços Municipalizados de Alcobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento.

23/J 05 PRH das Ri hc ira s do OCS!C Tomo 7A . Anexo (Rc\'. 1 - 2001/07131 )

2.104. Sistema de S. Martillho do Porto e ]K4

Serve: - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Alfeizerão, com excepção de Casal do Aguiar, Mosqueiros e Valado de Sta. Quitéria (que são abastecidos pelo Sistema Talvai do Con­ celho de Caldas da Rainha) e Macarca (que é abastecido pelo Sistema de Águas Belas do Concelho da Nazaré); - Os núcleos habitacionais da Freguesia de S. Martinho do Porto com excepção da Serra de Manques e Venda Nova (que são abastecidos pelo Sistema de Águas Belas do Concelho da Nazaré). É abastecido a partir de 4 furos de captação: ACI , AC2, AC4 e JK4. Os 3 primeiros furos es­ tão localizados na Freguesia de S. Martinho do Porto e o furo JK4 - Macalhona na Freguesia de Alfeizerão. A água extraída dos furos ACI, AC2 e AC4 é elevada para o reservatório R33 - S. Martinho do Porto o qual, por gravidade, alimenta o reservatório R36 - Alfeizerão.

A água extraída do furo JK4 é elevada para um " tanque" (com 2,75 m3 , denominado R61), o qual alimenta o reservatório R3 5 - Casal Pardo. Este reservatório abastece, através da estação elevatória de Casal Pardo que lhe está anexa, o reservatório R34 - Casal Pardo. O reservatório R35 - Casal Pardo pode alimentar o reservatório R36 - Alfeizerão, situação que se verifica normalmente no Verão, quando a procura de água na zona de S. Martinho do Porto é maior. A água extraída dos 4 furos de captação é desinfectada com cloro, sendo a captada no furo JK4 também filtrada (filtros de desferrização). O sistema dispõe de 7 estações elevatórias: 4 das estações estão associadas aos 4 furos de captação; um a das estações destina-se a fazer chegar a ág ua extraída de ACI e AC2 ao reservató• rio R3 3; outra das estações, instalada na conduta de li gação entre os reservatórios R33 e R36, destina-se a fazer chegar água ao reservatório R3 6; por último refere-se a estação elevatória de Casal do Pardo a que já se aludiu.

Dispõe também dos seguintes reservatórios, com uma capacidade total de cerca de I 650 m3:

- R33 - S. Martinho do Porto (apoiado, com I 000 m3) ;

- R36 - Alfeizerão (apoiado, com 300 m3);

- R34 - Casal Pardo/Jorge Dias (elevado, com 50 m3);

- R35 - Casal Pardo (apoiado, com 300 m3) ;

24/1 05 PBH das Rihciras do O~s t c Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001 /07/31)

- R61 - Tanque (com 2,75 m3). Os reservatórios atrás mencionados (com excepção do Tanque R61) alimentam as redes de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos por este sistema. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de Alcobaça, cedida pelos Serviços Municipalizados de Alcobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento.

2.1.5. Sistema de JK6 e JK7

Serve: - Os núcleos habitacionais Pedralhos, Valbom e Mendalvo da Freguesia de Bárrio; - Os núcleos habitacionais Melgaço, Pousada, Arieira, Casal da Carreira, M urteira, Genri- nhas, Casal Marques, Casal do Ramos, Rebelos e Junqueira, da Freguesia de Cela; - Os núcleos habitacionais Casal Sete Lenços, Casal da Amada, Covas do Mendalvo, Casal do Pinheiro, Mendalvo, Casal do Abegão, Fragosas, Areeiro e Acipreste, da Freguesia de Évora de Alcobaça. É abastecido a partir de 2 furos de captação:JK6 (Rebelos) e JK7 (Peralva). A água extraída do furo JK6 é elevada para os reservatórios R38 - Casal Ramos e R37 - J un­ queira (R28). O reservatório R38 - Casal Ramos dispõe de uma estação elevatória anexa (estação elevatória de Casal Ramos) que permite elevar água para o reservatório R37 - Junqueira. A água captada no furo JK7 é elevada para o reservatório R40 - Sete Lenços (R27). Este re­ servatório R40 - Sete Lenços alimenta, por borabagem e através da rede de distribuição, o reser­ vatório R4l - Areeiro (RIS). Os reservatórios R40 - Sete Lenços e R38 - Casal Ramos estão ligados entre si. Esta ligação, estabelecida por segurança e que é " accionada" em períodos de maior procura de água, permite que qualquer um dos reservatórios atrás referidos possa receber água de JK6 ou de JK7. O sistema dispõe assim de 4 estações elevatórias: duas associadas aos furos de captação, a es­ tação elevatória de Casal Ramos e a estação elevatória de Sete Lenços.

Dispõe também dos seguintes 4 reservatórios, com uma capacidade total de cerca de I 500 m3:

- R37 - Junqueira (R28) (apoiado, com 300 m3);

- R38 - Casal Ramos (apoiado, com 400 m3) ;

- R40 - Sete Lenços (R27) (apoiado, com 400 m3);

- R41 - Areeiro (RIS) (apoiado, com 400 m3) .

25/1 05 PBH das Rihciras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (ReI'. I - 200 1/0713 1)

Quanto ao tratamento da água captada, a extraída do furo JK6 é desinfectada, com cloro, num posto de cloragem anexo ao mesmo; a água extraída do furo JK7 é sujeita a desferrização e a cloragem (cloro gasoso) numa instalação anexa à estação elevatória de Sete Lenços (associada ao reservatório R40 - Sete Lenços). Os reservatórios atrás mencionados abastecem as redes de distribuição dos aglomerados ha­ bitacionais alimentados por este sistema. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de A1cobaça, cedida pelos Serviços MunicipaJizados de A1cobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento.

2.1.6. Sistema de JK5

Este sistema serve os seguintes núcleos habitacionais: - Bárrio, Cabeço do Louco, Monte de Bois, Pinhal de Fanbeiro, Além do Porto e Casal do Matos, da Freguesia de Bárrio; - Casal da Maceda, Carrascas, Facho, Feteira, Casal Jorge Dias, Cela Velha, Bica e Cela Nova, da Freguesia de Cela; - Todos os da Freguesia de Vestiaria. É abastecido a partir do furo de captação JK5 (Pedralhos), localizado na Freguesia de Bárrio.

A água extraída do furo é elevada para o reservatório R60 - Cela (apoiado, com I 000 m3) e, através da estação elevatória que lhe está anexa (estação elevatória de Cela), bombada para o reservatório R30 - Cela (elevado, com 350 m3). Este reservatório abastece, através da correspon­ dente rede de distribuição, o reservatório R31 - Bica. Posteriormente, parte da água é elevada, através da estação elevatória que lhe está anexa (estação elevatória de Bica), para o reservatório R32 - Facho. O sistema dispõe assim de 3 estações: uma associada ao furo de captação JK5, a estação ele­ vatória de Cela e a estação elevatória de Bica. Dispõe também dos seguintes 4 reservatórios, com uma capacidade total de armazenamento de 1 750 m3:

- R32 - Facho (elevado, com 50 m3);

- R31 - Bica (apoiado, com 350 m3);

- R30 - Cela (elevado, com 350 m3);

- R60 - Cela (apoiado, com I 000 m3).

26/1 05 @)PROCESL ,...... ,..,,---~ ...... ' ...... - ~ ~"' <~~.,"'.-, ...... ;. PHH das Ri be iras do Oeste Tomo 7A - Anexo (ReI'. 1 - 200 1/07/3 1)

A água captada é desinfectada, com cloro gasoso, e sujeita a desferrização (filtros mecânicos) numa estação de tratamento associada à estação elevatória de Cela. Com excepção do reservatório R60 - Cela (apoiado), que constitui a câmara de carga da esta­ ção elevatória de Cela, todos os outros, atrás mencionados, abastecem as redes de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos por este sistema. Na figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho de Alcobaça, cedida pelos Serviços Municipalizados de Alcobaça, apresenta-se o esquema deste sistema de abastecimento.

27/1 05 @)PROCESL ..,._.~ .... "","- SISTEMA DE GIlQUEDA

"'Dh~ono, Tojeoiro - ""-26 50.2 '"C-192 "- 141 OOm' ISOm3 20 OOm' ~.OQm' ~: R blslelll. T~S~, C-22 C -2 29 . 8~ E.E, ,,...,, loIoleonos 5m' r .E. Ce,;oi~ ~ F SI" Teruo H l dr~r ..sor C-211." -." 300m' l.4o;or9° ,,...,,C-201. 9 R19- ,--- E. E. C-8S. r.4 0;or90 Corro$coI 75m3 U ".C-62 Golo 350m3 - 175.3 ~:~U ~;'5m3 Co!letc> .000'

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'.' ., C-125.7 [183.2 '~~"""" '''''''' E.E. T"rquel ". 90 i sios(Rl~) C-2.2.6 '50 2875mJ C-151. • 000' "' oito Poço E:6 5m'274 E. E. CHI01.IEOA E. E. ),(o;lg ,.. do Poço C-29.2 louç/in -134 [~ ~~2 . 8 IW""'" ~~-1 46! 00m3 Coio

C-184.7S '"200m, ,I

Rótla lrio

'"C-2~ 'OOm' "C-12. 5 ~3""'" Rl0 C-149 Montes AlPEDRtZ 225m3 R15 C-140 300m3 Morçoninos

Rl' 50m3 E.E.Ou!eiro Ernos Cost anh R11 '6 C- 115 C-114 125m3 200m3 F. Alpedriz 1 1~13C-90 .3 75m3 - Póvoa R17 C-71.15 150m3

E.E. Ferraria R12 C-39.8 MorUngonça Gore - "li ...... - 182 I 20m3 VtcroRtA Moita Fi35 300m3

AIIIQ p -.s o~ R7 C-143.85 C-143. 50m3 Lagoa LE. 50m3 R3 Solgueirinho C-13 R' 300m C- 125.95 I 300m3

Paredes R2 C-99.9 EE. E.E. Paleias 500 m3 I

~Jk5 Jk7

Cosol Perdo 34 pom3-192.3 LE. Cosal tanque Pardo R61 '35 C-168.4 MA DE S. MARflNHO DO pono C-166.6 2.75m3 - MACAlHONA 300m3

s. ~orlinho Alleizer/50 RJ3 R36 C-60.9 C-60 IOOOm3 ligoçõo 300m3 ever1tuol (Verõo)

AC1 E AC2 AC4 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. I -2001/07131)

ALCOBA(A Sistema de População Residente População Servida Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Fre~uesia em 1998 Tratamento na Fregut..'i:ia lVolume total 1991 1998 Nome Q'd. Tipo Q'd. Total N° Hab. Total (a) (m') Censo N° Hab. CHIQUEDA 4 FURO(3) SIM 27 12035(b) ALCOBAÇA 5 12 1 4789 37 122 4789 29969 100.0% SUPERF.( I) BARRIO 1680 1824 66 3.6% BENEDITA 7397 8010 7828 97.7% COZ 2141 2326 177 7.6% EVORA DE ALCOBACA 4480 5082 2716 53.4% MAIORGA 2224 2482 2394 96.5% AUUBARROTA (PRAZERES) 3582 4042 3905 96.6% AUUBARROTA (S. VICENTE) 2283 2524 2524 100.0% TURQUEL 4075 4464 4288 96. 1% VIMEIRO 1675 1579 1282 8 1.2% FERRARIA DE I POÇO( I) SIM 8 I I 25(e) ALPEDRIZ 814 668 8534 629 4325 94.2% ALPEDRIZ COZ 2141 2326 2054 88.3% PATAIAS 5277 4740 842 17.8% MONTES 745 800 800 100.0% PAREDES DE 2 SUPERF.(1 ) SIM 9 2020(e) PATAIAS 5277 4740 7279 3838 6377 8 1.0% VICTÓRIA FURO(1)(d) MOITA 1309 1475 1475 100.0% MARTINGANÇA 972 1064 1064 100.0% S. MARTINHO DO 4 FUROS(4) SIM 5 1650(1) ALFEIZERÃO 3983 3504 5503 2809 4542 80.2% PORTO EJK4 S. MARTINHO DO PORTO 2236 1999 1733 86.7% JK6 E JK7 2 FUROS(2) SIM 4 1500 BARRIO 1680 1824 9813 207 3537 11.3% CELA 3 155 2907 1580 54.4% EVORA DE ALCOBAÇA 4480 5082 1750 34.4% JK5 I FUROS(I) SIM 4 1750 BARRIO 1680 1824 6099 1486 4 112 81.5% CELA 3 155 2907 1321 45.4% VESTIARIA 12 33 1368 1305 95,4% TALV AI (Cone. de (g) (g) (g) (g) (g) ALFEIZERÃO 3983 3504 3504 524 675 15.0% Caldas da Raín ha) V1MEIRO 1675 1579 151 9.6% ÁGUAS BELAS (Cone. (h) (h) (h) (h) (h) ALFE1ZERÃO 3983 3504 5503 91 3 15 2.6% de Nazaré) S. MARTINHO DO PORTO 2236 1999 224 11 .2% (a) Relação População Servida/População Residente (b) Capacidade de 26 reservatórios; não está in cluída a capacidade da câmara de carga da estação elevatória de Chiqueda (R44) (c) Capacidade de 7 reservatórios (d) Furo de reserva (Furo TS2 de Pataias Gare) (e) Capacidade de 8 reservató ri os: desconhece-se a capacidade do reservatório de Pataias Gare (f) Capacidade de 4 reservatóri os (não está inclu ída a capacidade do tanque de 2,75 m3) (g) Ver Concelho de Caldas da Raínha (h) Ver Concelho de Nazaré Tabela 2.1 - Características dos sistemas de abastecimento 3 1/1 05 HIDRORUMO @)PROCESL GIBB'M'''''' ... .-.--•• 0··· ...... v,':_-::,~· ~ ,"'." "1 ''"''-"' ...... _._. , ...., . , .~ "'. o ~JW!IJ '" .... " :. ~ ~'''' '.: .'''''' '' PBJ-I das Ribt!ira ~ do O~s t ~ Tomo7A - Anexo(Re\'. 1 - 200 1/07/.1 1)

2.2. Concelho de Alenquer

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 34 142 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuídos pelas seguintes 16 fre­ guesias concelhias: Abrigada, Aldeia Galega de Merceana, Aldeia Gavinha, Cabanas de Torres, Cadafais, Carnota, Meca, Olhalvo, Ota, Pereiro de Palhacana, Santo Estevão, Triana, Ventosa, Vila Verde dos Francos, Carregado e Ribafria. A Freguesia de Vila Verde dos Francos, com 1 350 habitantes residentes em 1998, é a única que está compreendida no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. O abastecimento de água domiciliário no concelho de Alenquer pode considerar-se como sen­ do feito por 13 sistemas municipais que servem todos os núcleos habitacionais concelhios. A Freguesia de Vila Verde dos Francos é abastecida pelo sistema da Zona Norte (que também serve as freguesias de Abrigada e de Cabanas de Torres e alguns núcleos da Freguesia de Vento­ sa), adiante caracterizado e resumido na Tabela 2.2. O principal fornecedor de água para os 13 sistemas de abastecimento é a EPAL. No entanto, existem também captações por furos municipais, nomeadamente na zona norte do concelho, onde existem os furos da Quinta da Vassala que alimentam o sistema da Zona Norte. A maior parte da população considerada isolada (233 hab. em 1998, considerando apenas os habitantes isolados da Freguesia de Vila Verde dos Francos) não é servida por distribuição públi­ ca domiciliária. Refere-se ainda que os núcleos habitacionais considerados são os constantes do Censo de 1991.

2.2.1. Sistema da Zona Norte

Serve todos os núcleos habitacionais das freguesias de Vila Verde dos Francos (a única in­ cluída no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste), Abrigada e Cabanas de Torres e ainda Quentes, Penafirme, Atalaia, Penedos e Labrujeira, da Freguesia de Ventosa. É abastecido a partir de 3 furos de captação (JK2, JK3, JK4) localizados na Quinta da Vassala, na Freguesia da Ota. A água extraída das captações é suj eita a tratamento - desinfecção com hipoclorito de sódio e correcção de pH - no reservatório para onde debitam os furos (reservatório de Vassala). Em 2 outros reservatórios - reservatório da Abrigada e reservatório de Paula I - há recloragem da água.

32/105 PBH das Riheiras do Ot:S[C Tomo 7 A - Anexo (Re\'. 1 - 2001/07/3 I )

o sistema dispõe de 10 reservatórios, 2 de passagem e 8 de distribuição, com capacidade total de 2 690 m3. No entanto, apenas 2 reservatórios, o de Vila Verde dos Francos (com 100 m3) e o de Paula II (com 40 m3) , alimentam a Freguesia de Vila Verde dos Francos. O sistema dispõe também de 8 estações elevatórias: 3 associadas aos furos de captação, 4 ele­ vam água de uns reservatórios para outros e a outra constitui 1 sistema hidropressor. No sistema existe 1 rede de distribuição pública dorniciliária servindo os núcleos habitacio­ nais pertencente à Freguesia de Vila Verde dos Francos. O sistema de abastecimento, que entrou em exploração em 1982, tem sofrido precalços por cortes no abastecimento de energia eléctrica e rebaixamento do nível freático.

33/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001107131)

ALENQUER Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Freeuesia 1998 Tratamento na Freguesia Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total NP Hab. Total (a) (m') N"Hab. ZONA NORTE 1 FUROS(1) SIM 2(b) 140(b) ABRIGADA(c) 1350 11 17 CABANAS DE TORRES(c) VENTOSA(c) VILA VERDE DOS FRANCOS 1348 1350 1 I 17 82.7%

Ca) Relação População Servida/Popul ação Residente (b) reservatórios directamente re lac ionados com O abastecimento da freguesia de Vila Verde dos Francos (c) Freguesias não inc lu ídas na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste

Tabela 2.2 - Características dos sistemas de abastecimento

:14/105 @PROCESL 9~~~ ' -;"~' ..I. !!!'!.'!.'?.IJYMO --""~""" -'_ .. -, ...... O GJPI PBH das Riheirus do O~ S I ~ Tomo 7A - A nexo (Re \". I - 2001 /0m I )

2.3. Concelho do Bombarral

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 12 201 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuída pelas 5 freguesias con­ celhias: Bombarral, Carvalhal, Roliça, Vale Covo e Pó. O abastecimento domiciliário de água neste concelho é efectuado por 3 sistemas de abasteci­ mento municipais distintos - do PÓ, de Carvalhal e da Delgada - adiante caracterizados e resumi­ dos na Tabela 2.3 . Casal da Pedra (14 habitantes em 1998), da Freguesia de Carvalhal, é abastecido pelo Sistema JK12 do Concelho de Caldas da Rainha. A população concelhia considerada isolada - 407 habitantes em 1998 - não é servida por dis­ tribuição pública domiciliária. O Sistema de Carvalhal abastece também Casais da Areirinha (151 habitantes em 1998), da Freguesia de A-dos-Negros do Concelho de Óbidos, bem como Casal da Lameira (57 habitantes em 1998) da Freguesia da Vermelha do Concelho de Cada vaI. De uma maneira geral, os sistemas de· abastecimento ou, mais concretamente, as respectivas redes de distri buição, apresentam roturas e fugas de água, resultantes de grande parte das redes de distribuição de água do Concelho terem já alguma idade (é o caso das redes da Vila, Vale Co­ vo, Delgada, Sobral do Parelhão e Cintrão) com o consequente envelhecimento dos materiais. Nas redes de distribuição concelhias também se verificam sobrepressões e faltas de pressão devidas, essencialmente, à progressiva diminuição dos diâmetros das condutas causada, princi­ palmente, pela elevada dureza da água, responsável pela formação das incrustações de carbonato de cálcio nas paredes das condutas as quais reduzem, por vezes, as suas secções a menos de me­ tade. Refere-se também que perdas de água registadas se devem, essencialmente, às descargas de água efectuadas na sequência das intervenções para a desobstrução das condutas das incrustações calcárias ou para evitar a sua deposição. Contudo, encontra-se praticamente concluída a nova estação de tratamento de água do Siste­ ma do PÓ (o tratamento consistirá na correcção da dureza, decantação, filtração e desinfecção da água), a qual permitirá, concerteza, solucionar os problemas indicados.

35/1 05 PHH das Ri heiras do Oeste Tomo 7A· Anexo (ReI'. 1 - 2001/07/311

2.3.1. Sistema do PÓ

Dispõe de 3 furos de captação - furos SH3, JK4 e JK5 - situados na margem esquerda do Rio Galvão junto à povoação do PÓ. O furo SH3, contudo, não se encontra em exploração e os furos JK4 e JK5 funcionam como reserva mútua. A boa produtividade das captações (JK4: 83,5 m'lh; JK5: 83,5 m'/h) tornam este sistema o mais importante dos três sistemas atrás referidos. Este sistema serve: - Todos os núcleos habitacionais das freguesias de Bombarral, Vale Covo e Pó; - Sanguinhal (Freguesia de Carvalhal); - Casal Fialho, Roliça, Columbeira, S. Mamede, Azambujeira e Baraçais, na Freguesia de Roliça. Dispõe de 7 estações elevatórias, das quais 3 associadas aos furos de captação. Dispõe também dos seguintes II reservatórios que totalizam uma capacidade de armazena­ mento de 5 802 m': - RO - PÓ (apoiado, com 2 x 800 m', mas que ainda não está em funcionamento); - RI - PÓ (enterrado/semi-enterrado, com 2 x 250 m'); - R2 - Picoto (apoiado, com 2 x 100 m'); - R3 - Fonte Velha (apoiado, com 250 m'); - R4 - Vale do Leito (enterrado/semi-enterrado, com 2 x I 000 + 2 x 175 m'); - R4A - Vale do Leito (elevado, com 100 m'); - R5 - Tracalaia (apoiado, com 400 m'); - R6 - Provela/Baraçais (apoiado, com 50 m'); - R6A - L. do PoçolBaraçais (apoiado, com 32 m'); - R7 - S. Brás (apoiado, com 100 m'); - R8 - Estorninho (apoiado, com 2 x 110 m'). A água captada é desinfectada com cloro gasoso injectado na conduta elevatória que trans­ porta água dos furos JK4 ou JK5 para o reservatórios RI - Pó e com hipoclorito de sódio imedi­ atamente a jusante da bombagem de água do reservatório R3 - Fonte Velha para o reservatório R4 - Vale do Leito (enterrado/semi-enterrado). Conforme já referido, encontra-se praticamente concluída a nova estação de tratamento de água deste sistema.

36/1 05 PBH das Ri beiras do Oeste Tomo7A - Anexo (Rc". 1- 2001 /0713 1)

o esquema deste sistema de abastecimento está indicado em Figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho do Bombarral (desenho cedido pela Câmara Municipal, onde se acrescentaram notas).

2.3.2. Sistema de Carvalhal

É abastecido a partir de 3 furos de captação (furos ACI, TO! e PSI), localizados junto ao Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal. Os 3 furos de captação não podem funcionar simultaneamente. Os furos AC! e TDl têm uma fraca produtividade (ACl: 5,3 m'/h; TO!: 9,5 m'/h). A produtividade do furo PSl é maior (PSI: 52,2 m'/h). Este sistema abastece, no Concelho de Bombarral: - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Carvalhal, com excepção de Casal da Pedra e Sanguinhal; - Boa Vista, na Freguesia da Roliça. Dispõe de 5 estações elevatórias, das quais 3 associadas aos furos de captação, e dos seguintes 3 reservatórios: - RIO - Sr. Jesus (apoiado, com ! 00 m'); - RI! - Salgueiro (apoiado, com 2 x 370 m'); - RI2 - Salgueiro (elevado, com 150 m'). A água captada é Jesinfectada com hipoclorito de sódio imediatamente a montante do reser­ vatório RIO - Sr. Jesus (para onde debitam os furos de captação). O esquema deste sistema de abastecimento de água está indicado em Figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho do Bombarral (desenho cedido pela Câmara Municipal, onde se acrescentaram notas).

2.3.3. Sistema da Delgada

É abastecido a partir de I furo de captação (furo PS2), localizado a Norte de Delgada Velha, o qual tem uma produtividade de 27 m'/h. Serve o núcleo habitacional de Delgada, da Freguesia de Roliça. A água captada é desinfectada antes de ser entregue no único reservatório que faz parte do sistema: o reservatório R9 - Delgada, apoiado, com 2 x 300 m' de capacidade.

37/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A- Ancxo(Re v. I - 2001/07/3I )

o esquema deste sistema de abastecimento é apresentado em Figura constante do final deste capítulo relativo ao Concelho do Bombarral (desenho cedido pela Câmara Municipal, onde se acrescentaram notas).

38/ 105 ------' - i ~b 'PiGoTO TRACAl~~ (.oLU,..,.;eA) ;400 ""J 2" 100101.. ..; 5 . _., ------_._- '60 l'R.vnA _'----'-...if!l!!{i;-r-I ------~"I-----r------,------( ""AA'I' -,; ) ~o...' b r----'==----'----' I . I e'iToRAJIHU-O _~~~!o..~~ ___ ,

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' . , AO ~~~cwrnroDEAGU'CONCEllIO DO.BOMBARRAL IfTTITITItI I ! I ! II III I . ' I I i 111111 J i r::lCMB f ESQUEMAALTIMETIUCO II~~I ! nl I! '/: I - 1'I r ; " I CI .1 ", ·i DESENHOU: í! . ir FIGURA: ;1 Il _. II SISILv..

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PS2 · 80 ------,.------.------_._------".

6C .------_.______.~-..l...--~------______...:! ______DELGADA (60 -25)

40 ------_._-_ .. _ ------_ .. . _------.. ------

.211 ------. - - _...... - -- - -_ ..... --- - .. --- ... - - - _... - _ .. ------.. ------

ABASTECIMENTO DE ÁGUA ( I I I I I AOCONaITRODOBOMB~ I 111111111 I IIIIIIIIJ CMB . ESQUEMA ALTlMETRlCO [ ) I I [ 1 I i DESENHOU: SISTEMA DA DELGADA~rF1GURA , 3 : JL. 1 li .. PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Rev. 1 - 200 1/07/31 )

. BOMBARRAL Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios Abastecimento Freguesia na Freguesia 1998 % atendo ! Tratamento na Freguesia I [Volume lotaI 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo P Total N° Hab. Tolal (a) I (ml ) N Hab. PÓ l(b) FUROS(3)(bj SIM 11 (c) 5802(e) BOMBARRAL 4592 4328 12201 4287 833 1 99. 1% CARVALHAL 3 164 3011 199 6,6% ROLIÇA 2794 2635 1676 63.6% VALECOVO 12 16 11 40 1098 96.3% PÚ 961 1087 107 1 98,5% CARVALHAL 3 FUROS(l ) SIM 3 990 CARVALHAL 3164 3011 5646 2502 257 1 83. 1% ROLIÇA 2794 2635 69 2.6% A-DOS-NEGROS (Cone. de Úbi- dos)(d) VERMELHA (Cone. de Cadaval)(e) DELGADA 1 FUROS( lj SIM I 600 ROLIÇA 2794 2635 2635 878 878 33.3% K 12 (Cone. de Caldas d m (f) (I) (f) (f) CARVALHAL 3164 3011 3011 14 14 0.5% Rainha) ------

(a) Relação População Servid a/População Residenle (b) Um dos furos ainda não eslá em exploração (c) Um reserval6ri o de I 600 m3 (2 x 800 m'). construído, ai nda não está em funcionament o (d) Ver Concelho de Óbid os (e) Ver Concelho de Cadaval (f) Ver Concelho de Cald as da Rainha

Tabela 2.3 ~ "':aracteristicas dos sistemas de abastecimento

42/105 @PROCESL ~ .~ . ~~ " ~':"~ ' J. !!.!.~1!..1?..,!}lMO ,... _,.'""... J." .....~,,~. O ~~J ',''''''",'', . ,-,,,,,,,.._.. .. ,. PBH das Rihciras do Oeste Tomo 7A· Anexo tRev. 1 - 200 1/07/31)

2.4. Concelho de Cada vaI

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 12 957 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas seguintes 10 fre­ guesias concelhias: A1guber, Cada vai, Cercai, Figueiros, Lamas, Paínho, Peral, Pero Moniz, Vermelha e Vilar. o abastecimento domiciliário de água neste concelho é efectuado por 3 sistemas de abasteci­ mento municipais distintos - da Várzea, de S. Lourenço e de Figueiros - adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.4. Os núcleos habitacionais da Freguesia de Cercai (446 habitantes em 1998) são abastecidos pelo sistema Alcoentre, do Concelho de Azambuja (concelho incluído na Bacia Hidrográfica do

Rio Tejo). A Freguesia de Cercai dispõe de um reservatório, com 2 x 400 m' , o qual alimenta a rede de distribuição dos núcleos habitacionais da freguesia. Casais da Serra (69 habitantes em 1998), da Freguesia de Alguber, é abastecido pelo Sistema JK 12 do Concelho de Caldas da Rainha. Casal ela Lameira (57 habitantes em 1998), da Freguesia de Vermelha, é abastecido pelo Sis­ tema Carvalhal do Concelho de Bombarral. Quinta de S. Francisco (29 habitantes em 1998), da Freguesia de Pero Moniz, é o único núcleo habitacional do Concelho de Cadaval que não dispõe de distribuição pública domiciliária. A população concelhia considerada isolada - 7 13 habitantes em 1998 - não' '! servida por dis­ tribuição pública domiciliária. De uma maneira geral, os " problemas" do abastecimento de água concelhio prendem-se com a necessidade, requerida pelo município, de renovar o equipamento electromecânico dos furos de captação e das estações elevatórias, bem como de in stalar medidores de caudal imed iatamente a jusante das bombagens. Também referiu o município que a água extraída das captações da Vár­ zea (sistema de abastecimento da Várzea) necessita de tratamento mais completo; actualmente tal água é apenas desinfectada.

2.4.1. Sistema da Várzea

Dispõe de 8 furos de captação: PS8, PS2, PS 7, JK3, JFF3, JFFI (estes 5 furos debitam para o reservatório RI - Várzea), PS5 (que debita para o reservatório R7 - Murteira) e o furo de Rocha­ forte. Este furo, muito antigo e pouco produtivo, debita para o poço de captação de Rochaforte,

43/105 PBH das Ri beiras do Oeste Tomo 7A - A nexo (Rcv. 1 - 200 1107/3 1) também muito antigo e pouco produtivo, a partir de onde a água é elevada para o reservatório R 15 - Rochaforte. Serve: - Todos os núcleos habitacionais das freguesias de Cadaval, Lamas, Pero Moniz (com ex­ cepção de Quinta de S. Francisco, conforme já referido) e Vilar; - Vale de Canada, da Freguesia de Vermelha. Dispõe de 11 estações elevatórias, 8 das quais associadas aos furos de captação. As restantes 3 estações elevatórias têm as seguintes funções: - a EE 1 - Várzea, anexo ao reservatório RI - Várzea para onde debitam os 5 furos de capta­ ção atrás mencionados, eleva a água para os reservatórios R2 - Cada vai e R3 - Aguieira; - a EE2 - Aguieira, anexa ao reservatório R3 - Aguieira, eleva água para o reservatório R4 - Pragança; - a EE6 - Rochaforte, que recebe a água captada no furo e no poço de Rochaforte e a que lhe aflui proveniente do reservatório R3 - Aguieira, eleva água para o reservatório Rl5 - Rochaforte. A água extraída dos 6 furos de captação que debitam para o reservatório R I - Várzea é desin­ fectada, com hipoclorito de sódio, a jusante da estação elevatória EE I anexa a tal reservatório. A desinfe.cção processa-se na elevação para o reservatório R2 - Cada vaI e à chegada ao reservatório R3 - Aguieira. A água extraída do furo PS5 é filtrada e desinfectada (com hipoclorito de sódio) à chegada ac reservatório R7 - Murteira. Dispõe também dos seguintes 12 reservatórios com uma capacidade total de armazenamento de 3 875 m': - RI - Várzea (apoiado, com 800 m'); - R2 - Cadaval (elevado, com 150 m'); - RIO - Pero Moniz (apoiado, com 50 m'); - R3 - Aguieira (apoiado, com 500 m'); - R4 - Pragança (apoiado, com 400 m'); - R5 - Póvoa (apoiado, com 200 m'); - R6 - D. Durão (apoiado, com 200 m'); - R7 - Murteira (apoiado, com 300 m'); - R8 - Vila Nova (apoiado, com 300 m');

44/1 05 (fbPROCESL ....~-'---..""_""""' ... PBH das Rihciras do Ot!SIL' T omo 7 A - Anexo (Rev. 1 - 2001/0713 I)

- R9 - Vilar (apoiado, com 600 m'); - RI7 - Pereiro (apoiado, com 300 m'); - RIS - Rochaforte (apoiado, com 75 m'). O reservatório R I - Várzea é o único que não é de distribuição; todos os outros alimentam re­ des de distribuição dos núcleos habitacionais concelhios. A estação elevatória EEI - Várzea eleva a água para os reservatórios R2 - Cadaval e R3 - Aguieira. O reservatório R2 - Cadaval abastece o reservatório RIO - Pero Moniz. O reservatório R3 - Aguieira abastece os reservatórios RS - Póvoa, R6 - D. Durão, R7 - Mur­ teira, R8 - Vila Nova e, através da estação elevatória EE2 - Aguieira, o reservatório R4 - Pragan- ça. O reservatório R 17 - Pereiro é abastecido pelo reservatório R4 - Pragança e o reservatório R9 - Vilar pelo reservatório R8 - Vila Nova. Conforme referido, o reservatório RIS - Rochaforte recebe, através da estação elevatória EE6 - Rochaforte, a água captada no furo e no poço de Ro­ chaforte e a que é aduzida ao poço pelo reservatório R3 - Aguieira.

2.4.2. Sistema S. Lourenço

Serve todos os núcleos habitacionais da Freguesia de Peral, bem como Dagorda e Vermelha da Freguesia da Vermelha. Dispõe de 2 furos de captação, PS3 e JFF2, que debitam para uma estação de tratamento onde se procede à tloculação, filtração e decantação da água. Anexa à estação de tratamento existe um reservatório RO - S. Lourenço), com 100 m', para onde é conduzida a água tratada e que abastece a estação elevatória EE4 (S. Lourenço), através da qual a água é elevada para os reservatórios R12 - Dagorda (apoiado, com 400 m') e R1 3 - Peral (apoiado, com 300 m'). Por sua vez, o reser­ vatório RI 2 - Dagorda abastece o reservatório R14 - Vermelha (elevado, com 100 m3) . Com excepção do reservatório RO, todos os restantes (R12, Rl3 e R14) abastecem as redes de distribuição dos aglomerados situados na sua área de intluência . Se necessário, este sistema pode abastecer, a partir do reservatório R 13 - Peral, a câmara de carga (com 200 m') da estação elevatória EE3 - Figueiros, pertencente ao sistema de abasteci­ mento de Figueiros.

45 / 105 @)PROCESL ""~ ...... """, ~ "" ... ",",,, PBH da s Riheiras do Ol.!sLe Tomo 7 A - Anex o (Rc\'. 1 - 200 1107/11)

2.4.3. Sistema de Figueiros

Serve todos os núcleos habitacionais das freguesias de Figueiros e Paínho, bem como Venda do Freixo e Alguber da Freguesia de Alguber. Dispõe de 3 furos de captação - PS4, PS6 e JFF4 - que debitam para uma estação de trata­ mento, onde se procede à pré-cloragem e filtração da água captada. Anexa à estação de trata­ mento existe um reservatório, com 200 m3, para onde é conduzida a água tratada e que abastece a estação elevatória EE3 - Figueiros, através da qual a água é elevada para o reservatório

RII - Figueiros (apoiado, com 400 m3). Na elevação para o reservatório RII - Figueiros procede-se ainda à desinfecção da água, com hipoclorito de sódio. O reservatório Rll - Figueiros alimenta as redes de distribuição dos aglomerados habitacio­ nais servidos por este sistema. Conforme referido anteriormente, este sistema pode receber água, se necessário, do Sistema de S. Lourenço (o reservatório R13 - Peral do Sistema de S. Lourenço pode abastecer o reserva­ tório de 200 m3 anexo à da estação elevatória EE3 - Figueiros).

46/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1-2001107/31 )

CADAVAL Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Freguesia 1998 Tratamento na Freguesia Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N° Hab. Total (.) (m') Nn Rab. VÁRZEA 9 FUROS(8) SIM 12 3875 CADAVAL 2054 2134 8713 2052 7192 96,2% POÇO(I) LAMAS 3116 3239 3133 96.7% PEROMONIZ 657 586 505 86.2% VILAR 1669 1489 1407 94.5% VERMELHA 1418 1265 95 7,5% S. LOURENÇO 2 FUROS(2) SIM 4 900 PERAL 985 879 2144 819 1932 93.2% VERMELHA 14 18 1265 1(1 3 88.0% FIGUEIROS J FUROS()I SIM 2 600 ALGUBER 932 970 2890 858 2519 88.5% FlGUEIROS 717 639 562 87.9% PAINHO 1437 128 1 1099 85.8% ALCOENTRE (Cone. de (b) (bl (b) I te) 800(e ) CEReAL 531 475 475 446 446 9).9% Azambuia) JK 12 (Cone. de Ca ldas d (d) (di (d) (d) (d) ALGUBER 932 970 970 69 69 7, 1% Rainha) CARVALH AL (Cone. de te) (e) (e) (e) (e) VERMELHA 1418 1265 1265 57 Bombarral) 57 4.5%

(a) Re lação População Servida/População Residenle (b) Sis(ema de abastecimenlo pertencente ao Concelho de Azambuja (Bacia Hidrográfica do Rio Tejo) - Ver Concelho de Azambuja (c) reserva(6rio inc lu ido na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (d) Ver Concel ho de Caldas da Rai nha (e) Ver Concelho do Bombarral

Tabela 2.4 - Características dos sistemas de abastecimento

47/105 @PROCESL GIBB ,~,~, J. _HIDRORUMO.. . _, ...... ~ ,~,...~,-"._ ',- , • •• ...... " b , '., ., '1 o ~lJJlIJ PBH das Ri hciras do O~sle Tomo 7A - A nexo (Rev. 1 - 2001/07/31)

2.5. Concelho de Caldas da Rainha

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 44 558 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas 16 freguesias con­ celhias. o abastecimento domiciliário de água neste concelho é efectuado por 9 sistemas de abasteci­ mento municipais distintos, adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.5, que alimentam os aglomerados habitacionais concelhios. A população concelhia considerada isolada - 1 334 habitantes em 1998 - não é servida por distribuição pública domiciliária. Os sistemas de abastecimento das Caldas da Rainha também servem aglomerados dos conce­ lhos limítrofes. Assim: - o Sistema JK12 abastece Casais da Serra (69 habitantes em 1998), da Freguesia de Algu­ ber, Concelho do Cadaval e Casal da Pedra (14 habitantes em 1998) da Freguesia de Car­ valhal do Concelho de Bombarral; - o Sistema Talvai abastece Casal do Aguiar, Mosqueiros e Valado de Sta. Quitéria (no to­ tal com 524 habitantes em 1998), da Freguesia de Alfeizerão, Concelho de Alcobaça, e Vigia e Cumeira (no total com 151 habitante em 1998), da Freguesia de Vimeiro, também no Concelho de Alcobaça; - o Sistema JK11 abastece Vales da Senhora da Luz (48 habitantes em 1998), da Freguesia de Rio Maior, Concelho de Rio Maior; - o Sistema de Caldas da Rainha fornece, em regime permanente, cerca de 15 I/s ao Con­ celho de Óbidos, sendo assim responsável pelo abastecimento de 4 253 habitantes deste concelho, assim localizados: · na freguesia de A-dos-Negros - 594 hab. · na freguesia de Amoreira - 374 hab. · na freguesia de Santa Maria - 1 132 hab . · na freguesia de São Pedro - 495 hab. · na freguesia de Sobral da Lagoa - 203 hab. · na freguesia de Gaeiras - 633 hab. · na freguesia de Vau - 314 hab. · na freguesia de Usseira - 508 hab.

48/1 05 PBI-I das Riheiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 2001/071.11 )

Em todos os sistemas de abastecimento a água é extraída de furos de captação municipais. Os furos situados na zona ocidental do concelho têm muito boas produtividades (25 a 45 IIs); os localizados na zona oriental do concelho já apresentam baixa produtividade (cerca de 5 l/s). As disponibilidades de água concelhias são francamente superiores às correspondentes neces­ sidades. A água é captada em 36 furos, dos quais se extraíram, em 1998, cerca de 6 246 527 m' de água, sendo assim o volume média diário extraído de l7 114 m'/dia, o que corresponde a um caudal médio diário de 198 IIs. As disponibilidades estão definidas no seguinte quadro:

Capacidade Sistema Descrição (Vs)

Ameal - JK25A; AC9; PS7 65 Caldas da Rainha Espinheira - PS9B ; PS8; JK21; PS6; JK24; JK26; JK27; RA5 ; RA8; RA9 230 Talvai Talvai - RAIO; AC2; JK28 65 JKII - JKII; PSI; PSI2; RAII 14 JKI 2 A-das-Francos: JKI2; PS I O; PS 11 ; RA 7 15 JKl 3 Vimeira, Trabalhias - JKI 3; PS3 8 JKl4 Bairradas - JK 14 5 JKI5 - JKI5; PS2; RA2 16 JKl8 Mata Porto Mouro - JKI 8; PS4; RAI3 10 Fpz do Arelho RA3; RA6; JK20 41

Assim, a capacidade total de produção de água dos sistemas é de 469 I/s. As perdas de água nos sistemas são apreciáveis devendo-se, segundo os Serviços Municipali­ zados das Caldas da Rainha, sobretudo às lavagens diárias da Praça da República, na cidade de Caldas da Rainha, onde diariamente funciona um mercado, e também ao grande volume de água cedido sem qualquer controlo aos Bombeiros. Para além disso, é feita a rega do parque sem que haj a qualquer contagem. Outro factor que contribui também para as elevadas perdas é o número de contadores parados, por avarias e/ou por outras causas, e que não são substituídos principal­ mente por falta de pessoal qualificado. Os Serviços Municipalizados estão a ultrapassar este pro­ blema desde 1999, em virtude de ter sido adjudicado este serviço a uma empresa especializada.

2.5.1. Sistema ]K18

É abastecido a partir de 3 furos de captação: JKI 8, PS4 e RA 13.

49/1 05 @)PROCESL . ..._ ...... "" ."... ,><. ... PI31-1 dil S Riheiras do Oc!ste T omo 7A - A nexo (Re \'_ 1 - 2001 /0 7/3 I)

Serve Casal da Cruz, Abrunheira, Casal da Azenha, Granja Nova, Casal das Freiras, Casal da Coita, PorteI a, Mata de Porto Mouro, Casal da Marinha e Relvas, da Freguesia de Santa Catarina. A água extraída das captações é elevada para o reservatório de Mata de Porto Mouro (apoiado, com 50 m3) a partir do qual, através da estação elevatória que lhe é anexa, é enviada para o reser­ vatório de PorteI a (apoiado, com 100 m3). O reservatório de Portela constitui o reservatório que alimenta as redes de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos por este sistema. Verifica-se assim que o sistema dispõe de 4 estações elevatórias, 3 das quais associadas aos furos de captação, e de 2 reservatórios com uma capacidade global de 150 m3• A água captada em cada furo é desinfectada, com hipoclorito de sódio, à entrada do reservató• rio de Mata de Porto Mouro. O reservatório de PorteI a abastece a rede de distribuição dos aglomerados habitacionais servi­ dos por este sistema.

2.5.2. Sistema ]K15

É abastecido a partir de 3 furos de captação: JK15, PS2 e RA2. Serve, na Freguesia de Alvorninha, os núcleos habitacionais Casais Morgados, Caçapos, A1- queidão, Casal do Freixo, Casal da Granja, Carril, Casitl da Achada, Pego, Casal do Rodo, Casal do Souto, Alvominha, Maios, Casal Velho, Boavista, Cumeira da Cruz, Baixinhos, S. Clemente, Almofala, Mc,.ta, Chãos e Ramalhosa. A água extraída das captações é elevada para o reservatório de Almofala e deste, através da correspondente estação elevatória anexa, para os reservatórios de Casal do Rodo e S. Clemente. A água que aflui ao reservatório de Casal do Rodo é bombada, através da correspondente estação elevatória anexa, para o reservatório de Ramalhosa. O sistema dispõe assim de 5 estações elevatórias, 3 das quais associadas aos furos de capta­ ção.

Dispõe também dos seguintes 4 reservatórios, com uma capacidade total de 280 m3:

- Almofala (reservatório de passagem, apoiado, com 50 m3) ;

- Casal do Rodo (reservatório de passagem, apoiado, com 50 m3);

- S. Clemente (reservatório de distribuição, apoiado, com 100 m3);

- Ramalhosa (reservatório de distribuição, apoiado, com 80 m3).

5011 05 PBH das Ri beiras do Oeste Tomo 7A - A nexo (Rc\'. 1 - 200 1/07131 )

A água extraída das captações é desinfectada, com hipoclorito de sódio, num posto de clara­ gem a montante do reservatório de Alrnofala. Como resulta do exposto anteriormente, os reservatórios de S. Clemente e de Ramalhosa ali­ mentam a rede de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos par este sistema.

2.5.3. Sistema JK13

É abastecido a partir de 2 furos de captação: JK13 e PS3 . Serve os seguintes núcleos habitacionais: - da Freguesia de Alvorninha: Paraíso, Malásia, Vale Serrão, Boisias, Casal Carvalhos, Antas de Baixo, Laranjeira, Lobreiros, Zambujal e Ribeira dos Ameais; - da Freguesia de Carvalhal Benfeito: Barrocas, Quinta do Bravo, Oliveirinhas, Casal Car­ valhos, Cabeça Alta, Carvalhal Benfeito, Antas, Casal do Pinheiro, Vale de Covas, Cru- zes e Os se ira; - da Freguesia de : Vale da Quinta, Malinha, Casal Novo, Vimeiro, Traba­ lhias e Cruzes. A água extraída dos furos captação é bombada para o reservatório de Vimeira e, através da estação e.l.evatória que lhe é anexa, bombada novamente para o reservatório de Cabeça Alta. Este reservatório, par sua vez, abastece gravilicamente os reservatórios de Antas e Boisias. O sistema dispõe assim de 3 estações elevatórias, duas das quais associadas aos furos de cap­ tação. Dispõe também dos seguintes 4 reservatórios, com uma capacidade total de 900 m': - Vimeira (apoiado, com 50 rn'); - Cabeça Alta (apoiado, com 2 x 300 m'); - Antas (apoiado, com 50 m'); - Boisias (apoiado, com 2 x 100 rn'). O reservatório de Vimeira tem a função de reservatório de passagem; constitui a câmara de carga da estação elevatória que lhe está anexa. Os outros 3 reservatórios referidos abastecem a rede de distribuição dos aglomerados habi tacionais servidos por este sistema. A água distribuída é desinfectada, com hipoclorito de sódio, num posto de claragem a mon­ tante do reservatório de Vimeira, tendo-se também concluído em 1998 um processo de filtração para a remoção de excesso de ferro da água captada.

511105 PBH das Ribeiras do Ot!SIt..' Tomo 7A · A nexo (Re \'. 1 - 200 1/07/3 1)

2.5.4. Sistema jK12

É abastecido a partir dos seguintes 4 furos de captação: PS 10, JKI2, PS 11 e RA 7. Serve os seguintes núcleos habitacionais: - da Freguesia de A-dos-Francos: Casais do Sobreiro, Casais da Bica, Casal Pinheiro, Car­ reiros, Broeiras, Vila Verde de Matos, Salgueirinha, Casais Sta. Helena e A-dos-Francos; - da Freguesia de : Casais da Neve, Granjeiros, Qta. do Freixo, Amiais, Casais da Pedreira, Casais dos Rostos e Casais da Serra. Para além dos núcleos habitacionais acabados de mencionar do Concelho de Caldas da Rai­ nha, este sistema abastece também Casais da Serra (Freguesia de Alguber, Concelho de Cadaval) e Casal da Pedra (Freguesia de Carvalhal, Concelho de Bombarral). A água extraída dos furos captação é elevada quer para o reservatório de Quinta do Freixo, quer para o reservatório de A-dos-Francos I. O reservatório de Quinta do Freixo constitui a câmara de carga da estação elevatória de Quinta do Freixo que, por bombagem, abastece o reservatório de Casais da Neve. Este reservatório ali­ menta, também por bombagem, através da estação elevatória de Casais da Neve, o reservatório Todo-o-Mundo. O reservatório A-dos-Francos I abastece o reservatório A-dos-Francos 2, o qual constitui a câmara de carga da estação elevatória de A-dos-Francos 2, que bomba água para o reservatório de Sta. Helena. Por sua vez, este reservatório também abastece o reservatório de Salgueirinha. O sistema dispõe assim de 7 estações elevatórias: 4 associadas aos furos de captação, a de Quinta do Freixo, a de Casais da Neve e a de A-dos-Francos 2. Dispõe também dos seguintes 7 reservatórios, com uma capacidade total de armazenamento de I 140 m3 :

- A-dos-Francos I (apoiado, com 2 x 250 m3) ;

- A-dos-Francos 2 (apoiado, com 50 m3) ;

- Quinta do Freixo (apoiado, com 50 m3);

- Santa Helena (apoiado, com 2 x 150 m3);

- Casais da Neve (apoiado, com 100 m3);

- Salgueirinha (apoiado, com 40 m3) ;

- Todo-o-Mundo (apoiado, com 100 m3) .

52/ 105 @)PROCESL ,-.. --_... "'._ ...... ". PRH das Riheiras do O esle T omo 7 A - Anexo (Re\·. J - 200 J/07(3 1)

Os reservatórios de A-dos-Francos 2 e Quinta do Freixo constituem apenas reservatórios de passagem: não alimentam redes de distribuição; todos os outros mencionados abastecem a rede de distribuição dos aglomerados servidos por este sistema. Toda a água distribuída é desinfectada, com hipoclorito de sódio, a montante dos reservatórios de A-dos-Francos 1 e Quinta do Freixo, para onde debitam os furos de captação.

2.5.5. Sistema ]K14

É abastecido a partir de um furo de captação - JK14 - que dá o nome ao sistema. Serve os seguintes núcleos habitacionais: - da Freguesia de A-dos-Francos: Casais da Aramenha e Santa Susana; - da Freguesia de Landal: Landal, Bairradas e Santa Susana. A água extraída do furo de captação é elevada para o reservatório de Porto Moinho e deste, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Porto Moinho), para o reservatório de Bairradas. Este reservatório alimenta a rede de distribuição dos aglomerados ser­ vidos pelo sistema. O sistema dispõe assim de duas estações elevatórias: a associada ao furo de captação e a esta­ ção elevatória de Porto Moinho.

Dispõe também dos seguintes 2 reservatórios com uma capacidade total de 200 m3:

- Porto Moinho (enterrado, com 100 m3) ;

- Todo-o-Mundo (enterrado, um 100 m3). Toda a água distribuída é desinfectada, com hipoclorito de sódio, num posto de cloragem lo­ calizado a montante do reservatório de Porto Moinho.

2.5.6. Sistema Foz do Arelho

É abastecido a partir dos seguintes 3 furos de captação: JK20, RA3 e RA6 (captações de Na­ dadouro). Serve Foz do Arelho, único núcleo habitacional da freguesia com o mesmo nome. A água extraída dos 3 furos de captação deste sistema é bombada para o reservatório de Na­ dadouro de onde, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Na­ dadouro), é elevada para o reservatório da Zona Alta da Foz do Arelho. Este reservatório, por sua vez, alimenta o reservatório da Zona Baixa da Foz do Arelho. Ambos os reservatórios de Foz do Arelho alimentam a rede de distribuição de Foz do Arelho.

53/ 105 @)PROCESL "" .... ,.,.. _"", . ,,"'. "' ~ . "" PBH das Ribeiras do Oesll' Tomo 7A · AneKO (ReI'. 1 - 2001 /07/3 1)

o sistema dispõe assim de 4 estações elevatórias: 3 associadas aos furos de captação e a esta­ ção elevatória de . Dispõe também, conforme referido, dos seguintes 3 reservatórios com uma capacidade total

de armazenamento de I 200 m3:

- N adadouro (enterrado, com 150 m3);

- Zona Alta da Foz do Arelho (apoiado, com I 000 m3);

- Zona Baixa da Foz do Arelho (enterrado, com 50 m3) . A água distribuída é desinfectada, com cloro gasoso, num posto de cloragem anexo à estação elevatória de N adadouro.

2.5.7. Sistema Talvai

É abastecido a partir dos seguintes 3 furos de captação: AC2, RAIO e JK28 (captações de Talvai). Serve os seguintes núcleos habitacionais: - na Freguesia de Salir do Porto: Salir do Porto, único núcleo habitacional da freguesia; - na Freguesia de Tornada: Casais Morgados, Mouraria, Reguengo Parada, Tornada e Chão da Parada; - na Freguesia de Salir de Matos: Casal da Cabana, Venda, S. Domingos, Cabreiros e Gui- zado; - na Freguesia de Santa Catarina: Vigia, CaLI do Rio, Casal do Bicho, Cumeira, Peso e Santa Catarina; - na Freguesia de Carvalhal Benfeito: Santana, Casal das Hortas, Vale da Vaca e Mestras. Este sistema abastece ainda Casal do Aguiar, Mosqueiros e Valado de Sta. Quitéria, da Fre­ guesia de Alfeizerão, Concelho de A1cobaça, bem como Vigia e Cumeira, da Freguesia de Vi­ meiro do Concelho de A1cobaça. A água extraída das captações é elevada para o reservatório de Talvai a partir do qual é bom­ bada, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Talvai), para os reservatórios de Salir do Porto, Tornada e para o designado reservatório Novo. Quer o reservató• rio de Tornada, quer o reservatório Novo, abastecem, por bombagem nas respectivas estações elevatórias anexas, o reservatório de S. Domingos. Por sua vez este reservatório abastece, tam­ bém por bombagem, o reservatório de Vigia.

54/1 05 PBH das Rihciras do O!!S I ~ Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001 /07/3 1)

o sistema dispõe assim de 7 estações elevatórias: 3 associadas aos furos de captação, a de Talvai, a de Tornada, a de S. Domingos e a anexa ao designado reservatório Novo.

Dispõe também dos seguintes 6 reservatórios, com uma capacidade total de 4 000 m3:

- Talvai (apoiado, com I 000 m3);

- Tornada (apoiado, com 200 m3);

- "Novo" (apoiado, com I 600 m3);

- Salir do Porto (apoiado, com 300 m3);

- S. Domingos (apoiado, com 400 m3);

- Vigia (apoiado, com 500 m3). O reservatório de Talvai e o reservatório Novo são apenas reservatórios de passagem: não alimentam redes de distribuição. Todos os outros mencionados abastecem as redes de distribui­ ção dos aglomerados servidos por este sistema. A água captada, antes de ser distribuída, é desinfectada, com cloro gasoso; é também corrigida a sua agressividade com leito de cal. Tais operações de tratamento processam-se numa estação associada à estação elevatória de Talvai.

2.5.8. Sistema JKll

É.abastecido a partir dos seguintes 4 furos de captação: PSI, JKII, PSI2 e RAIl (captações de Vidais). Serve os seguintes aglomerados habitacionais: - da Freguesia de Vidais: Bairradas, Crastos, Vidais, Casais Carrasqueira, Ribeira de Cras­ tos, Rabaceira e Casal do Rei; - da Freguesia de S. Gregório: Fanadia e S. Gregório Fanadia. Abastece também Vales da Senhora da Luz, da freguesia de Rio Maior, Concelho de Rio Maior. A água extraída dos furos PS I e RA II é elevada para o reservatório de Ribeira de Crastos e, através da estação elevatória que lhe é anexa (estação elevatória de Ribeira de Crastos), bombada para o reservatório de Boavista. Este reservatório alimenta o reservatório de Carrasqueira. A água captada nos furos PSI2 e JKII é elevada para o reservatório de Vidais e, através da estação elevatória que lhe é anexa (estação elevatórias de Vidais), bombada para o reservatório de Maios. Este reservatório alimenta o reservatório de Carrasqueira.

55/105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1- 2001/07/31 )

A água afluente ao reservatório de Carrasqueira é elevada, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Carrasqueira), para o reservatório de S. Gregório. Esta estação elevatória de Carrasqueira também pode elevar água, em caso de necessidade, para o reservatório de Boavista. o sistema dispõe assim de 7 estações elevatórias: 4 associadas aos furos de captação, a de Ri­ beira de Crastos, a de Vidais e a de Carrasqueira. Dispõe também dos seguintes 6 reservatórios, com uma capacidade total de armazenamento de 855 m3:

- Ribeira de Crastos (apoiado, com 50 m3);

- Boavista (apoiado, com 500 m3);

- Vidais (enterrado/semi-enterrado, com 100 m3);

- Maios (apoiado, com 80 m3) ;

- Carrasqueira (apoiado, com 25 m3);

- S. Gregório (apoiado, com 100 m3). Os reservatórios de Ribeira de Crastos, Vidais e Carrasqueira não alimentam directamente re­ des de distribuição; constituem apenas câmaras de carga das correspondentes estações elevatórias anexas. Todos os outros reservatórios mencionados (Boavista, Maios e S. Gregório) abastecem a rede de distribuição dos aglomerados habitacionais servidos por este sistema. A água captada nos furos é desinfectada, com hipocJorito de sódio, e sujeita a um processo de filtração, para remoção de ferro em excesso, em duas instalações anexas aos re ~' ~ rvat órios de Ribeira de Crastos e de Vidais.

2.5.9. Sistema de Caldas da Rainha

É abastecido a partir das captações de Espinheira (furos de captação JK27, RA9, RA5, PS6, JK21 , PS9B, PS8, JK24, JK26 e RA8) e das captações de Ameal (furos de captação PS7 , AC9 e JK25A). Serve os seguintes aglomerados habitacionais: - da Freguesia de Alvominha: Casal Chi ote, Casalinho, Casal Frade, Trabalhia, Outeiro e Vila Nova; - da Freguesia de Coto: Casais de S. Jacinto, Casais da Ponte, Vale do Coto, Casais Serra­ lheira e Coto; - da Freguesia de Nadadouro: Casal Novo e Nadadouro;

56/105

-~ ~~-_ . ~.. ~ -, ... PBH dóis Ribeiras do OCSl (' Tomo 7 A . Aoexo (Rcv. I - 2001/07/31 )

- da Freguesia de Salir de Matos: Formigai, Casal Malpique, Torre, Infantes e Salir de Matos; - da Freguesia de Serra do Bouro: Casais Antunes, Casal do Celão, Granja, Zambujeiro, Cabeço da Vela, Cidade, Casais da Cidade, Casais Espinheira, Espinheira e Casais da Bo- avista; - da Freguesia de Tornada: Caldas da Rainha e Campo; - da Freguesia de Vidais: Mosteiros, Cortem e Matoeira; - da Freguesia de Caldas da Rainha (Nossa Senhora do Pópulo): Imaginário, Lagoa Parcei- ra e Caldas da Rainha; - da Freguesia de Caldas da Rainha (Santo Onofre): Caldas da Rainha. Conforme anteriormente referido, este sistema fornece também, em regime contínuo, ao Con­ celho de Óbidos, aproximadamente 15 I/s, permitindo assim o abastecimento de 4 253 habitantes deste concelho. A água extraída dos furos que compõem as captações de Espinheira é elevada para o reserva­ tório de Espinheira a partir de onde é bombada para os reservatórios de Serra do Bouro e da Zona Baixa das Caldas da Rainha (dado que a elevação para o reservatório de Serra do Bouro corres­ ponde a uma bombagem independente, os Serviços Municipalizados das Caldas da Rainha con­ sideram, por vezes, existir um designado" Sistema de Serra do Bouro"). A partir do reservatório da Zona Baixa das Caldas da Rainha a água é conduzida graviticamente ao reservatório de Tou­ guio e é elevada quer para o reservatório da Zona Média (Caldas da Rainha) quer para o rese "· vatório da Zona Alta (Caldas da Rainha). O reservatório da Zona Alta abastece os reservatórios de Salir de Matos e de Mosteiros. Por sua vez o reservatório de Mosteiro abastece, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Mosteiro), o reservatório de Vila Nova. A água extraída dos furos que compõem as captações de Ameal é elevada para o reservatório de Ameal e, através da correspondente estação elevatória anexa (estação elevatória de Ameal), bombada para o reservatório da Zona Baixa das Caldas da Rainha anteriormente referido. Os reservatórios de Espinheira, de Mosteiros e de Ameal são apenas reservatórios de passa­ gem: constituem as câmaras de carga das correspondentes estações elevatórias anexas. Todos os outros mencionados abastecem a rede de distribuição dos núcleos habitacionais servidos por este sistema.

57/ 105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (ReI'. 1 - 2001/07/.1 1)

o sistema dispõe assim de 19 estações elevatórias, 13 das quais associadas aos furos de capta­ ção (visto haver duas bombagens independentes a partir do reservatório de Espinheira - uma para o reservatório da Serra do Bouro e outra para o reservatório da Zona Baixa de Caldas da Rainha - consideraram-se, neste caso, existirem duas estações elevatórias). Dispõe também dos seguintes 10 reservatórios, com uma capacidade de armazenamento de

10 900 m3;

- Espinheira (apoiado, com 2 000 m3);

- Serra do Bouro (apoiado, com 300 m3);

- Caldas da Rainha - Zona Baixa (apoiado, com 6 200 m3);

- Caldas da Rainha - Zona Média (enterrado/semi-enterrado, com I 250 m3);

- Caldas da Rainha - Zona Alta (elevado, com 100 m3);

- Salir de Matos (apoiado, com 200 m3);

- Mosteiros (apoiado, com 50 m3) ;

- Vila Nova (apoiado, com 300 m3);

- Ameal (apoiado, com 200 m3);

- Touguio (elevado, com 300 m3). Os reservatórios de Espinheira, Ameal e Mosteiro não alimentam directamente os aglomera­ dos habitacionais; constituem câmaras de cargas das estações elevatórias anexas. Todos os outros reservatórios mencionados abastecem a rede de distribuição dos aglomerados habitacionais do concelho atrás indicados. Refere-se ainda que o reservatório da Zona Baixa de Caldas da Rainha alimenta directamente alguns aglomerados habitacionais da Freguesia de Santa Maria do Concelho de Óbidos (com I 132 habitantes residentes em 1998), bem como o reservatório RI - Bairro, do Concelho de Óbidos, responsável pela alimentação dos restantes aglomerados do Concelho de Óbidos servi­ dos a partir deste sistema. A água extraída das captações de Ameal é desinfectada, com cloro gasoso, em instalação as­ sociada ao reservatório de Ameal. A água extraída das captações de Espinheira é desinfectada, com cloro gasoso, e corrigida a sua agressividade, com leite de cal, em instalação associada ao reservatório de Espinheira.

58/ 105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A-Anexo(Rev.I-2001/07/3 1)

CALDAS DARAlNHA Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Frel'!;uesia 1998 Tratamento na Freguesia olume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. tv 1991 Censo Total NQ Hab. Total (a) (m') N° Rab. JK 18 3 FURO(3) SIM 2 150 STA. CATARINA 2868 2500 2500 1468 1468 58.7% JK 15 3 FURO(3) SIM 4 280 ALVORNINHA 3093 2703 2703 1365 1365 50,5% JK 13 2 FUROS(2) SIM 4 900 SALlR DE MATOS 2322 2002 5920 503 2012 25,1 % CARVALHALBENFEITO 1383 1215 813 66,9% ALVORNINHA 3093 2703 696 25.7% , .IK 12 4 FUROS(4) SIM 7 1140 A-DOS-FRANCOS 1749 1554 2673 1296 2000 83.4% LANDAL 1295 1119 704 62.9% CARVALAAL (Cone. de Bombar- I ral)(b) i ALGUBER (Cone. de Cadaval)(c) I JK 14 I FURO( I) SIM 2 200 A·DQS·FRANCOS 1749 1554 2673 150 507 9,7% LANDAL 1295 1119 357 31,9% FOZ DO ARELHO 3 FUROS(3) SIM 3 1200 FOZ DO ARELHO 1073 1346 1346 1257 1257 93,4% TALVAI 3 FUROS() SIM 6 4000 SALIR DO PORTO 713 792 8799 758 4 109 95,7% TORNADA 2595 2290 1296 56,6% SALlR DE MATOS 2322 2002 770 38.5% STA. CATARINA 2868 2500 937 37.5% CARVALHAL BENFEITO 1383 1215 348 28,6% VIMElRO (Cone. de Alcobaça)(d f\!.FEIZERAO (Cone. de Alcoba,a)(d JK 11 4 FUROS(4) SIM 6 855 VIDAIS 1287 1087 1883 601 lJ36 55,3% S. GREGORIO 933 796 735 92.3% RIO MA IOR (Cone.de Rio Maior)(e) CALDAS DA RAINHA 13 FUROSI I) SIM lO 10900 C. DA RAINHA(N.SRA.PÚPULO) 13460 16118 35236 16052 29170 99,6% C. DA RAINHA(STO. ONOFRE) 7673 8124 8124 100,0% NADADOURO 1103 11 84 1161 98.1 % COTO 955 994 902 90,7% SALlR DE MATOS 2322 2002 602 30. 1% VIDAIS 1287 1087 3 14 28.9% TORNADA 2595 2290 905 39.5% ALVORNINHA 3093 2703 395 14,6% SERRA DO BOURO 703 734 715 97,4%

Tabela 2,5 - Características dos sistemas de abastecimento (112)

59/1 05 G~ ~B ''':'''"'' O !!!,P'.'!2.'}!:'MO l •. , ; _' ... " .;" .... <"1. Ia @!~~~~! ...."...", C~II*J ...... ''''' ...... _.,. ~ ...... - PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A-Ane.o (Rev. I -2001/07/3 1)

CALDAS DA RAINHA Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Freeuesia 1998 Tratamento I IVolume total na Freguesia 1998 Total Nome Qtd. I T ipo Qtd. (m') 1991 Censo I N0 Hab. N" Hab. I Total (a) A-DOS-NEGROS (Cone. deobi­ CALDAS DA RAINHA dos)(1) (con!.) AMOREIRA (Cone. de Óbidos)(1) STA. MARIA (Cone. de Óbidos)( S. PEDRO (Cone. de Óbidos)(1) SOBRAL DA LAGOA (Cone. de Óbidos)(1) VAU (Cone. deobidos)(f) GAEIRAS (Cone. dOObidos)(1) USSErRA (Cone. de Úbidos)(f)

(a) Relação População Servida/População Residente (b) Ver Concelho de Bombarral, lugar de Casal da Pedra ( 14 hab.) (c) Ver Concelho de Cadaval, lugar de Casais da Serra (69 hab.) (d) Ver Concelho de Aicobaça (e) Ver Concelho de Rio Maior ( Bacia Hidrográfica do Rio Tejo), Lugar de Vales da Senhora da Luz - 48 hab. (!) Ver Concelho de Óbidos

Tabela 2.5 - Característieas dos sistemas de abastecimento (212)

60/105 ~PROCESL ~~~B :o ~ "":" 1. () !:!!.o..l!.~fJYMO ."' ...... _... ~ ... _,... "" - J PBH das Ri bei r

2.6. Concelho da Lourinhã

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 21 835 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas seguintes I I fre­ guesias concelhias: Lourinhã, Miragaia, Moita dos Ferreiros, Moledo, Reguengo Grande, Santa Bárbara, São Bartolomeu dos Galegos, Vimeiro, Marteleira, Ribamar e Atalaia. O abastecimento domiciliário de água neste concelho é efectuado por 3 sistemas de abasteci­ mento municipais distintos, adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.6. Os núcleos habitacionais Campelos, Casais Campainhas, Casal Carvalhos, Casalinho Oliveira e Ribeira de Palheiros, da Freguesia de Miragaia, são abastecidos a partir do Sistema Geral do Concelho de Torres Vedras. A população considerada isolada - 327 habitantes em 1998 - não é servida por distribuição pública domiciliária.

2.6.1. Sistema da Zona Norte

É abastecido a partir de 8 furos de captação - furos JFFI5, JFFI6, JFF20, JFF21, JFF22, JFF23, JFF24 e JFFIO - que constituem as designadas captações dos Camarnais. Este sistema serve Casal Lourim, Casal Murta Valada, Areia Branca, Praia da Areia Branca, Abelheira, Zambujeira, Seixal e Lourinhã, pertencentes à freguesia da Lourinhã. A água extraída dos furos é elevada para um ponto alto da respectiva conduta elevatória co­ mum, a partir de onde é conduzida, por gravidade, para os reservatórios de distribuição de Abe­ lheira (2 x 750 m') e de Praia da Areia Branca (2 x 375 m'), por um lado, e para o reservatório de Lourinhã (2 x 750 m') por outro lado. O reservatório de Lourinhã, por sua vez, também alimenta o reservatórios de distribuição de Areia Branca (300 m'). Na secção inicial da conduta elevatória comum aos furos de captação (atrás referida) é injec­ tado hipocJorito de sódio para desinfecção da água.

2.6.2. Sistema da Zona Sul

Este sistema abastece todos os núcleos habitacionais das freguesias de Moita dos Ferreiros, Moledo, Reguengo Grande, Santa Bárbara, Vimeiro, Marteleira, Ribamar e Atalaia. Abastece ainda os núcleos habitacionais da Freguesia de Lourinhã não servidos pelo sistema da Zona Norte, Papagouvas e Miragaia da Freguesia de Miragaia (os restantes núcleos desta freguesia são

61/105 PBH das Ribeiras ti o Ot.!s tc Tomo 7A - Anexo (Rev, 1 - 2001/070 1) abastecidos a partir do Sistema Geral de Abastecimento do Concelho de Torres Vedras), e Casal da Galharda, Feteira, Reguengo Grande e S. Bartolomeu dos Galegos da Freguesia de S. Barto­ lomeu dos Galegos. A água que alimenta este sistema provém das captações de Reguengo Grande - furos JFF I, JFF17, JFFI8, JFF25, JFF26, JK5 e ACI - e das captações de Casal da Galharda - furos SPI, SP2, SP3 e SP4. A água extraída dos furos de Reguengo Grande é elevada para a estação elevatória de Re­ guengo Grande, que por sua vez a eleva para os reservatórios de Casal Serrano (reservatório de distribuição, com 2 x 300 m3) e de Casal da Galharda (reservatório de passagem e de distribui­

ção, com 1 500 m3) . Para o reservatório de Casal da Galharda também é conduzida a água captada nos 4 furos de Casal Galharda. Estando o reservatório de Casal da Galharda localizado na zona mais alta do concelho, a água é conduzida deste, por gravidade, para 6 reservatórios de distribuição do sistema. As correspon­ dentes condutas adutoras fazem serviço de percurso. No reservatório do Casal da Galharda tem também origem numa conduta distribuidora que termina no reservatório de Lourinhã do Sistema da Zona Norte. A partir do reservatório de Casal da Galharda são alimentados, sucessivamente, os seguintes reservatórios:

- Cabeço do Rei (apoiado, com 600 m3);

- Sobral (apoiado, com 400 m3);

- Papagovas (apoiado, com 200 m3);

- Pregança (apoiado, com 750 m3);

- Santa Bárbara (apoiado, com I 500 m3);

- Toledo (apoiado, com 400 m3) . O reservatóri o de Toledo, por sua vez, alimenta o reservatório de distribuição de Vimeiro

(apoiado, com 400 m3). A água extraída das captações é desinfectada, com hipoclorito de sódio, na estação elevatória de Reguengo Grande e no reservatório de Casal da Galharda.

62/1 05 PBH das Ri beiras do Ot!ste Tomo 7A - A nexo (Rev . 1 - 200 1/07/3 1)

2.6.3. Sistema do Paço

É abastecido a partir de 2 furos de captação: SMll e SM24, explorados pelos Serviços Muni­ cipalizados de Peniche. A água extraída dos furos é elevada para o reservatório do Paço-Peniche (pertencente ao Município de Peniche), o qual dispõe de uma estação elevatória anexa que a ele­ va quer para o reservatório de Bolhos (pertencente ao Município de Peniche) quer para o reser­ vatório de Paço-Lourinhã (pertencente ao Município de Lourinhã). O reservatório de Paço-Lourinhã alimenta os núcleos habitacionais Pena Seca, Casal da Car­ queja e Paço, da Freguesia de S. Bartolomeu dos Galegos (Concelho da Lourinhã). A rede de distribuição destes núcleos habitacionais" alimenta" também a rede de distribuição de Casal da Carqueja, Camide e Paço, da Freguesia de Atouguia da Baleia do Concelho de Peniche. Deste modo, considerou-se que este Sistema do Paço é composto pelo reservatório de Paço-Lourinhã (apoiado, com 200 m') e pela rede de distribuição dos lugares atrás indicados da Freguesia de S. Bartolomeu dos Galegos. A água, antes de ser distribuída a partir do reservatório de Paço-Lourinhã, é desinfectada.

63/1 05 @)PROCESL ---_., ..... ,.. .. - PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001/07/31)

LOURINHA Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Frep;uesia 1998 Tratamento na Freguesia Volume tota l 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N" Hab. Total (a) (m') Nn Hab. ZONA NORTE 8 FUROS(8) SIM 4 4050 LOURINHÃ 76 15 7289 7289 5082 5082 69.7% PAÇO (b) (b) SIM I 200 S. BARTOLOMEU DOS GALEGOS 1044 1039 1039 325 325 3 1,3% ZONA SUL 11 FUROS(l I) SIM 9 6350 ATALAIA 1498 1855 21835 1838 15295 99. 1% LOURINHÃ 7615 7289 213 1 29.2% MARTELEIRA 1613 200 1 1995 99.7% MIRAGAIA 1676 1473 654 44,4% MOITA DOS FERREIROS 1794 1731 1691 97,7% MOLEDO 479 469 418 89, 1% REGUENGO GRANDE 1587 1498 1480 98,8% RmAMAR 1889 2195 2188 99.7% S. BARTOLOMEU DOS GALEGOS 1044 1039 694 66,8% STA. BÃRBARA 1298 1243 1235 99.4% VIMEIRO 1103 1042 971 93.2% SISTEMA GERAL (e) te) te) (e) (e) MIRAGAIA 1676 1473 1473 806 806 54.7% (Cone. de Torres Vedras)

(a) Relação População ServidaIPopulação Residenle (b) Os furos de captação (SM II e SM24) que alimentam este sistema também alimentam o "Sistema de Abastecimento Concelhio" de Peniche e são explorados pelo Município de Peniche; ver Concelho de Peniche (c) Ver Concelho de Torres Vedras

Tabela 2.6 - Características dos sistemas de abastecimento

64/105 @)PROCESL ~~~~,~'~, J. t!!.~.I!_l!.'!YMO ,...... ,..-~~ .. ,-, ...... O IJ»J PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rc\'. I - 200 1107" I)

2.7. Concelho de Mafra

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 44 743 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída por 17 freguesias. Do total das 17 freguesias, 14 estão compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribei­ ras do Oeste; as outras 3 estão compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo. São as seguintes as 14 referidas freguesias, com a respectiva população total residente em 1998: - Freguesia de Azueira: 1 620 hab.; - Freguesia de Carvoeira: 542 hab.; - Freguesia de Cheleiros: 713 hab.; - Freguesia de Encarnação: 2 157 hab.; - Freguesia de Enxara do Bispo: I 099hab.; - Freguesia de Ericeira: 2901 hab.; - Freguesia de Gradil: 493 hab.; - Freguesia de Igreja Nova: I 288 hab .; - Freguesia de Mafra: 13 559 hab.; - Freguesia de Malveira: 2 326 hab.; - Freguesia de Santo Isidoro: 4 129 hab .; - Freguesia de Sobral da Abelheira: 1 657 hab .; - Freguesia de Vila Franca do Rosário: 435 hab.; - Freguesia de S. Miguel de Alvainça: I 198 hab .. O abastecimento de água domiciliário das 17 freguesias concelhias é efectuado por 3 sistemas de abastecimento: Sistema Lousa, Sistema Serra da Vila e Sistema Fonte da Telha. As 14 freguesias incluídas na Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste são abastecidas pelos 3 sistemas atrás referidos. Nestas 14 freguesias apenas 6 pequenos núcleos habitacionais (entre os constantes do Censo de 1991), não dispõem de distribuição domiciliária de água. São os seguintes: - Na Freguesia de Azueira: Casal Pedreiras (25 hab. em 1998); Casas Novas (28 hab. em 1998); - Na Freguesia de Carvoeira: Urzal (8 hab. em 1998); - Na Freguesia de Encarnação: Casal das Forcadas (18 hab. em 1998);

65/1 05 PBI-I das Ribei ra s do Oeste T omo 7A - A nexo (Re\". 1 - 200 1/071:1 1)

- Na Freguesia de Enxara do Bispo: Venda das Pulgas (22 hab. em 1998); - Na Freguesia de Malveira: Barros (13 hab. em 1998). Também os habitantes das 14 freguesias considerados isolados, cujo número relativamente ao ano 1998 é a seguir indicado segundo uma projecção do Censo de 1991 - 95 hab. em Azueira, 4 hab. em Carvoeira, 15 hab. em Cheleiros, 61 hab. em Encarnação, 94 hab. em Enxara do Bispo, 13 hab. em Ericeira, 26 hab. em Gradil, 84 hab. em Igreja Nova, 223 hab. em Mafra, 93 hab. em Malveira, 37 hab. em Santo Isidoro, 69 hab. em Sobral da Abelheira e 29 hab. em Vila Franca do Rosário - não dispõem de distribuição domiciliária de água. Apresenta-se seguidamente, sob forma de Tabela, o número de habitantes de cada freguesia servidos com distribuição domiciliária de água e o correspondente sistema de abastecimento:

NÚMERO DE HABITANTES COM DISTRIBUIÇÃO DOMICILIÁRIA DE ÁGUA

Sistema de Abastecimento Freguesia Lousa Serra da Vila Fonte da Telha Azueira - 1472 - Carvoeira - - 530 Cheleiros 698 - - Encarnação - 2078 - Enxara do Bispo - 983 - Ericeira - 644 2244 Gradil - 467 - Igreja Nova 1204 - - Mafra 13 336 - - Malveira 2220 - - Milharado 2144 232 - Sto. Estevão das Galés 2157 - - Sto. Isidoro - 4092 - Sobral da Abelheira - I 588 - Vila Franca do Rosário - 406 - Venda do Pinheiro 5 741 - - S. Miguel de Aleainça I 198 - -

Refere-se, no entanto, que a população das freguesias de Carvoeira e da Ericeira, abastecidas pelo Sistema da Fonte da Telha - em que a água é obtida em furos de captação locais - pode ser abastecida pelos Si stemas Lousa e Serra da Vila. Por outro lado, um qualquer reservatório concelhio pode receber água quer do reservatório de Lousa (Loures), que alimenta o Sistema Lousa, quer do reservatório de Serra da Vila (Torres Vedras), que alimenta o Sistema Serra da Vila. Isto é, água proveniente de Lousa, que alimenta essencialmente a zona Sul do Concelho, pode ser transferida para a zona norte do Concelho, ali­ mentado essencialmente com água proveniente de Serra da Vila. E vice-versa. No entanto, estas

66/1 05 PBH das Ribei ras do Ol!sle Tomo 7A - Anexo (Rc\'. 1- 200 1/07/3 1) transferências são limitadas, ou seja, não haverá um abastecimento eficaz a todo o Concelho com água proveniente só de Lousa ou só de Serra da Vila. A água usada nos Sistemas Lousa e Serra da Vila é fornecida pela EP AL e provém dos dois seguintes reservatórios (ambos alimentados pela EPAL):

- reservatório de Lousa (volume = 2 x 600 m3; soleira à cota 152), localizado no Concelho de Loures; uma das células de 600 m3 pertence ao Concelho de Mafra, sendo a outra do Concelho de Loures;

- reservatório de Serra da Vila (volume = 2 x I 100 m3; soleira à cota 204, I), localizado no Concelho de Torres Vedras e também fazendo parte do sistema de abastecimento deste Concelho. O reservatório de Lousa está ligado ao abastecimento ao Concelho de Mafra porque a partir de uma das células deste reservatório a água é elevada para o reservatório de Venda do Pinheiro, localizado no Concelho de Mafra, a partir do qual são então alimentados outros reservatórios e povoações deste Concelho. À entrada da célula de 600 m3 do reservatório de Lousa que pertence a Mafra existe um contador de água. Do reservatório de Serra da Vila partem duas condutas que abastecem o Concelho de Mafra: - uma das condutas vai alimentando vários reservatórios do Concelho de Torres Vedras, entrando no Concelho de Mafra a jusante de Godel, próximo de Antas. Tem diâmetro 300 mm e dispõe de um contador à entrada do Concelho; - a outra conduta alimenta directamente o Concelho de Mafra. Dispõe de um contador à saída do reservatório de Serra da Vila e tem 400 mm de diâmetro. Entra no Concelho de Mafra próximo de Aboboreira. Caracterizam-se seguidamente e resumem-se na Tabela 2.7 os sistemas de abastecimento indi­ cados na parte directamente relacionada com o abastecimento das 14 freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. Aproveita-se ainda para referir que o reservatório de Venda do Pinheiro (do sistema Lousa) abastece São Martinho, da Freguesia de Sapataria do Concelho de Sobral de Monte Agraço.

2.7.1. Sistema Lousa

Abastece os núcleos habitacionais das Freguesias de Cheleiros, Igreja Nova, Mafra, Malveira (com excepção do núcleo Barros) e S. Miguel de Alcainça.

67/ 105 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A· Anexo (Rev. 1 - 2001 /07/3 1)

Conforme referido, a água para este sistema provem do reservatório de Lousa, a partir do qual

é elevada para o reservatório de Venda do Pinheiro (com 2 250 m3). Este reservatório alimenta directamente: - graviticamente, os reservatórios de:

· Calvos (com 250 m3);

· Rólia (com 250 m3);

· Póvoa da Galega (com 250 m3);

· Tituaria (com 150 m3);

· Igreja Nova (com 100 m3);

· Mafra - Zona Alta (com 2 250 m3) ;

3 · Alcainça (com 350 m );

· Milharado - Zona Baixa (com 350 m3). - por bombagem, os reservatório de:

· Asseiceira Pequena (com 600 m3);

· Malveira - Zona Alta Nova (com I 400 m3) ;

· Carapinheira (com I 000 m3) . O reservatório de Igreja Nova alimenta, graviticamente, os reservatórios de Carvalhal (100

m3) e de Cheleiros (150 m3). O reservatório Mafra-Zona Alta alimenta, graviticamente, o reservatório Mafra-Zona Baixa

(600 m3). O reservatório de Alcainça alimenta, por bombagem, o reservatório de Carapinheira (I 000

m3). O reservatório Malveira-Zona Alta Nova alimenta, graviticamente, o reservatório Malvei­

ra-Zona Alta Velha (150 m3). O reservatório Milharado-Zona Baixa alimenta, por bombagem, o reservatório Milharado­ Zona Alta. Os reservatórios de Venda do Pinheiro, Asseiceira Pequena, Malveira-Zona Alta Velha e Malveira-Zona Alta Nova, Alcainça, Carapinheira, Cheleiros, Mafra-Zona Alta e Mafra-Zona Baixa, Igreja Nova e Carvalhal abastecem as redes de distribuição que servem os núcleos habita­ cionais das freguesias de Cheleiros, Igreja Nova, Mafra, Malveira e S. Miguel de Alcainça atrás referidas.

68/105 PBH das Rihci ras do Oeste­ Tomo 7A - A nexo (Rev. I - 200 I I07/J1 1

Embora a EPAL forneça a água já tratada, esta é novamente desinfectada em postos de c1ora­ gem existentes à saída do reservatório de Lousa, do reservatório de Carapinheira e do reservató• rio de Mafra-Zona Alta. Actualmente o abastecimento faz-se sem falhas , tendo-se iniciado a exploração do sistema em 1975.

2.7.2. Sistema Serra da Vila

Abastece os núcleos habitacionais da Freguesia de Azueira (com excepção de Casal Pedreiras e Casas Novas), da Freguesias de Encarnação (com excepção de Casal das Forcadas), da Fregue­ sia de Enxara do Bispo (com excepção de Venda das Pulgas), da Freguesia de Ericeira (com ex­ cepção de Ericeira, que é servida pelo sistema da Fonte da Telha) e das Freguesias de Gradil, Santo Isidoro, Sobral da Abelheira e Vila Franca do Rosário. Abastece ainda Casal Vale Boi e Jerumelo da Freguesia de Milharado, bem como Assenta da Freguesia de S. Pedro da Cadeira (Concelho de Torres Vedras). Conforme referido, a água para este sistema provem do reservatório de Serra da Vila (2 200 m3), localizado no Concelho de Torres Vedras. Este reservatório alimenta, por gravidade, os se­ guintes reservatórios do Concelho de Mafra:

- Mangancha/Monte Bom (150 m3);

- Ribamar-Zona Alta (350 m3);

- Ribamar-Zona Baixa (100 m3);

- Antas (150 m3) ;

- Tourinha (250 m3) ;

- Caneira Nova (100 m3) ;

- Enxara do Bispo (150 m3) ;

- Livramento (84 m3);

- Vila Franca do Rosário (100 m3) ;

- Sobral da Abelheira (100 m3);

- Encarnação (150 m3) ;

-Talefe (100 m3) ;

- Palhais (50 m3) ;

- Mato do Cruz (500 m3);

- Seixal (500 m3);

69/1 05 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 2001/07/31 )

- Vale da Guarda (l 400 m3);

- Alagoa (100 m3);

- Fonte Boa dos Nabos-Zona Alta (l 500 m3). O reservatório de Enxara do Bispo alimenta, por bombagem, o reservatório de Enxara dos

Cavaleiros (350 m3) e o reservatório de Encarnação abastece, por gravidade, o reservatório de

Barril (150 m3).

O sistema compreende também o reservatório de Fonte Boa dos Nabos-Zona Baixa (100 m3), que funciona como reservatório de extremidade. Todos os reservatórios acabados de referir abastecem as redes de distribuição dos núcleos ha­ bitacionais das freguesias servidas por este sistema, indicadas no início deste subcapítulo. Na Freguesia de Milharado são servidos por este sistema, recorda-se, os núcleos habitacionais Casal Vale Boi e Jerumelo (com 232 habitantes, no total, estimados em 1998). A água para este sistema é fornecida, já tratada, pela EP AL. Actualmente o abastecimento faz-se sem falhas, tendo-se iniciado a exploração do sistema em 1991.

2.7.3. Sistema Fonte da Telha

Serve os núcleos habitacionais da Freguesia de Carvoeira com excepção de Urzal, bem como a Ericeira (Freguesia da Ericeira). A água usada no abastecimento é obtida em furos de captação locais (des.gnados por capta­ ções de Fonte da Telha), sendo desinfectada num posto de cloragem antes de ser entregue nos reservatórios de Baleia (com 250 m3) e de Fonte da Telha (com 100 m3). A partir do reservatório

de Fonte da Telha a água é bombada para o reservatório de Lapa da Serra (com 2 250 m3), o qual,

por sua vez, abastece graviticamente o reservatório da Ericeira (com 2 x 250 + 500 = 1 000 m3) . Com excepção do reservatório de Fonte da Telha, todos os outros são de distribuição e ali­ mentam as redes de distribuição dos núcleos habitacionais servidos por este sistema. Actualmente o abastecimento faz-se sem falhas, tendo-se iniciado a sua exploração em 1947.

7011 05

@)PROCESL_ "", ""' """_.. _...... ~ .. ,... _._ ... ~.~1~ •• , PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001/07/31)

MAFRA ,.c , Sistema de População Residente População Senida em Captações resenatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Fre~ue si a 1998 Tratamento na Freguesia Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N° Hab. Total (a) (m') N"Hab. FONTE DA TELHA 6 FUROS(6) SIM 4 3600 CARVOElRA 849 542 3443 530 2774 97,8% ERICElRA 4538 2901 2244 77.4% LOUSA - SIM(b) I I (c) 8950 CHELElROS I I 12 7 13 19084 698 18656 97,9% IGREJA NOVA 2016 1288 1204 93.5% MAFRA 8823 13559 13336 98,4% MALVElRA 3638 2326 2220 95.4% SÃO M IGUEL DE ALCAIN A 778 1198 11 98 100,0% SAPATARIA (Cone. de Sobral de Mon.e AWaço)(d) SERRA DA VILA - - SIM(b) 2 I (c) 6434 AZUElRA 2535 1620 14491 1472 11730 90,9% ENCARNAÇÃO 3376 2 157 2078 96.3% ENXARA DO BISPO 1721 1099 983 89.4% ERICElRA 4538 2901 644 22,2% GRADIL 770 493 467 94,7% SANTO ISiDORO 2688 41 29 4092 99. 1% SOBRAL DA ABELHEIRA 1077 1657 1588 95.8% VILA FRANCA DO ROSARIO 681 435 406 93,3% fSÃO PEDRO DA CADEIRA (Cone.d Torres Vedras) (g)

(a) Relação População Servida/População Reside nte (b) Água fornecida já tratada pela EPAL Cc) reservatórios directamente relacionados com as freguesias incluidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (d) Ver Concelho de Sobral de Monte Ag raço (l ugar de S. Martinho, com 100 hab.) Ce) Ver Concelh o de Torres Vedras (l ugar de Assenta, com 682 hab.)

Tabela 2.7 ~ Características dos sistemas de abastecimento

711105 @.>PROCESL ~I~~ " :;",":' J. ~':?I!~.I}!:,MO '"', ...... ,."' ..,. _ ,' ''''' , ', .~ .'" .o ~1JJ'jJJ ., .. ",, ~ . , •• .'.. ,.,".,< .. PBH das Ribeiras do OCSIC Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 2001 /07/3 I )

2.8. Concelho da Nazaré

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 14 989 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuída pelas 3 freguesias con­ celhias: Famalicão, Nazaré e Valado dos Frades. O abastecimento domiciliário de água neste concelho é feito por 2 sistemas distintos - Sistema de Fanhais e Sistema de Águas Belas - adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.8. O Sistema de Águas Belas abastece também o núcleo habitacional Macarca (91 habitantes re­ sidentes em 1998) da Freguesia de Alfeizerão do Concelho de Alcobaça e os núcleos habitacio­ nais Serra de Mangues e Venda Nova (224 habitantes residentes, no total, em 1998) da Freguesia de São Martinho do Porto, também do Concelho de Alcobaça. A população concelhia considerada isolada (46 habitantes em 1998), não é servida por distri­ buição pública domiciliária.

2.8.1. Sistema de Fanhais

Serve o núcleo habitacional Fanhais da Freguesia da Nazaré. É abastecido a partir de um furo de captação - furo AC I - localizado em Fanhais. A água captada é sujeita a desinfecção com hipoclorito de sódio, que é injectado, junto ao furo de captação, na conduta que transporta a água do furo para o reservatório. Dispõe de 1 estação elevatória associada ao furo de captação e de um reservatório elevado, de distribuição, com capacidade de 40 m', para onde é elevada a água captada no furo ACl (Fa­ nhais).

2.8.2. Sistema de Águas Belas

Serve a totalidade da população das freguesia de Famalicão e de Valado de Frades, bem como o núcleo habitacional da Nazaré, da freguesia do mesmo nome. Como atrás referido, este sistema também abastece povoações das freguesias de Alfeizerão (Macarca) e de São Martinho do Porto (Serra de Manques, Venda Nova) do Concelho de A1co­ baça. É abastecido a partir de vários furos de captação, nomeadamente os furos JK3, JK4, AC I, AC2, AC3, ACS, AC6 e TD3 (localizados junto ao Rio das Águas Belas, próximo de Valongo),

72/105 PBH das Rihciras do Oeste Tomo 7A· Anexo (Rev. 1 - 200 1/07131) o furo AC3b de Famalicão (localizado no Concelho de Alcobaça) e o furo AC I de Raposos (lo­ calizado em Raposos). Dispõe de 13 estações elevatórias, estando 10 delas associadas aos referidos furos de capta­ ção. Dispõe também dos 9 seguintes reservatórios, totalizando uma capacidade de armazenamento de 7510 m': - Águas Belas (enterrado/semi-enterrado, com 2 x 800 m'); - Valado de Frades (enterrado/semi-enterrado, com I 000 + 400 m');

- Paliteira (enterrado/semi-enterrado, com 2 x 600 + 1 300 m3);

- Sitio (elevado, com 500 m3) ;

- Areal (enterrado/semi-enterrado, com 200 m3); - Sra. dos Anjos (enterrado/semi-enterrado, com I 000 m');

- Famalicão (enterrado/semi-enterrado, com 100 + 70 m3);

- Serra da Pescaria (apoiado, com 100 m3);

- Raposos (elevado, com 40 m3). A água captada nos furos de Águas Belas é sujeita a desinfecção, por cloro gasoso, na estação elevatória anexa ao reservatório de Águas Belas; a captada nos furos AC3b de Famalicão e AC I de Raposos é desinfectada com hipoclorito de sódio, o qual é injectado, junto às captações, nas correspondentes condutas elevatórias. O esquema do abastecimento do Sistema de Águas Belas é apresentado no final deste capítulo relativo ao Concelho da Nazaré (no desenho-base, cedido pela Câmara Municipal, acrescenta­ ram-se notas). Como se pode ver pelo referido esquema, a água captada nos furos de Águas Belas é elevada para o reservatório de Águas Belas, a partir de onde é conduzida para os restantes re­ servatórios do sistema com excepção do reservatório de Raposos. A água captada no furo AC I de Raposos é bombada para o reservatório elevado de Raposos e a água captada no furo AC3b de Famalicão é bombada para o reservatório de Famalicão. O reservatório de Águas Belas funciona apenas como reservatório de passagem, não alimen­ tando directamente qualquer rede de distribuição. Os restantes reservatórios do sistema alimen­ tam redes de distribuição. Refere-se ainda que: - se encontram em execução duas novas captações de água em Águas Belas (furos PEI e PE2), para fazer face quer ao "abandono" dos furos TDI e TD2 de Águas Belas (o muni-

73/1 05 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 2001/07/31 )

cípio já não usa estes furos de captação) quer ao período de vida útil dos furos JK3 e JK4 (muito antigos); - está em construção o reservatório elevado de Serra da Pescaria, com 40 m" o qual será alimentado a partir do reservatório apoiado de Serra da Pescaria (100 m') e que se destina a abastecer, em melhores condições de pressão, Serra de Baixo e Salgado.

74/105 @>PROCESL ,...... """""''''",-''',,,''"' ::; , M.C . M.Nazaró I\l~.~STECl MENTO DE ÁCUA AO CONCEUfO DA NAZARÉ ANO 1998_ _ Secção de· Águas Esquc~~ d~ rede adutora

~ k A~ k!.v.,

.\;...... -L

~ , ("..l. ~r"", 11 . t :~~ ~03 .d..v';' AC3 e5 , __~~çd6L_ ____~ 40"0.\) Lo

\ Macarca tw ... COI'IC'.dt. G2B SITIO. , - ~(t;o ~y Alcobaça - ruSOlau - V e Pat"aíso 0400 Fib. 500 - Pe e rne 1 a (~) ~ 1- Cooperatfva '<'?~ " <; ~~,.,y. .,-.!' 'v .t...... «;: ,. Rebolo ,,f i/ .rP" 'o))P " •• -.f-v- PALITElRA " <1%315 PVC . -:% VALADO DE flW)ES ~150 Fib. FAMALlCÃO ~. / e.,....t., <{rM, ~~ -> --.. ..,s4ouChinha ~\:V @@ Famalicão u ~tlOO Fib. ~ 060 Fib. ~ ~ ~ ~• t C' ~ Nazaré "?O" " ~ \ • ~• <.> (Zona alta) "'~~ " • 5 ~ < '>' <.> ~ PVC -4 o ~315 ~ <> «f (.o ' . r.,~, . " @221' - ~ " @ AREAL 1~ Nazaré(Zona baixa) J l"aZaré(ZOna sul) \ 0tÚ PVC . - IO/6 ....,.. ... "'"C.. de Alcobaça SRI .ANJOS Porto ae Abrigo @ SERRA DA PE$CARIA (Ser·.M ... ngues) "o o (V"",,-A.. <-1"0) /, """aJo c. o .~ " ~\I~r.ol..O .&t.vo. ~ a.o ( 40 ~l) -w..... - r.".~ .,o ~1"~ '" PSH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A-Anexo (Rev. 1-2001/07/3 1)

, NAZARE ", , Sistema de População Residente População Servida em Captaçõe... reservatórios % atend o Abastecimento Freguesia na Freeuesia 1998 Tmlamento na Freguesia Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N° Hab. Total (a) (m') N° Hab. FANHAIS I FUROil) SIM I 40 NAZARÉ 1045 1 9594 9594 465 465 4.8% AGUAS BELAS l O FUROSI IO) SIM 9 75 10 FAMALlCÃO 1461 1436 14989 1423 14478 99,1% NAZARE 10451 9594 9096 94,8% VALADO DE FRADES 3401 3959 3959 100.0% ALFElZERÃO (Cone. de Alcobaça) (b) S.MARTINHO DO PORTO (Cone. de Alcobaça) (b)

(aI Relação População Servida/População Residente (b) Ver Concelho de Alcobaça

Tabela 2.8 - Características dos sistemas de abastecimento

76/105 @PROCESl GIBB , ~ ..... , O !!!,!?!!Ç,'!.!,MO ."'...... ,_"-,,,""" , ...... ,. .... ,.:::;~,,;. -, .t· 1 j. ~~,>J PBH das Rihciras do Oesle Tomo 7 A - Anexo (Rev . 1 - 200 1/07/3 1)

2.9. Concelho de Óbidos

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 11 619 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas 9 freguesias con­ celhias: A-dos-Negros, Amoreira, Olho Marinho, Óbidos-Santa Maria, Óbidos-São Pedro, Sobral da Lagoa, Vau, Gaeiras e Usseira. O abastecimento domiciliário de água no concelho é feito por 3 sistemas independentes, adi­ ante caracterizados e resumidos na Tabela 2.9. Todos os núcleos habitacionais concelhios, comportando 11 233 habitantes residentes em 1998 (valor estimado), dispõem de distribuição domiciliária de água. Casais da Areirinha, da Freguesia de A-dos-Negros, com 151 habitantes em 1998 (valor estimado), é abastecido pelo Sistema Carvalhal do Concelho do Bombarral, dispondo de um reservatório (R1 2 - Quinta do Cabeço), com 30 m3 e soleira à cota 150 m, que, pode dizer-se, funciona como reservatório de extremidade. A população concelhia considerada isolada, 386 habitantes em 1998 (valor estimado), não dispõe de distribuição pública domiciliária de água. Realça-se que o Concelho de Caldas da Rainha, por intermédio do seu sistema de abasteci­ mento designado por " Caldas da Rainha", fornece ao Concelho de Óbidos cerca de 15 IIs , em regime contínuo, para abastecimento de alguns núcleos do Sistema Bairro/Óbidos. Para mostrar o " peso'· que este sistema de abastecimento" Caldas da Rainha" tem na alimentação dos núcleos habitacionais do Sistema Bairro/Óbidos (alimentada por 3 furos e por 1 mina, municipais, donde é possível captar, no total, cerca de 19 IIs), na Tabela 2.9 separou-se o Sistema Bairro/Óbidos do Sistema" Caldas da Rainha" .

2.9.1. Sistema Bom Sucesso/Adegas d'El Rei

É alimentado a partir de 2 furos de captação, JKI e JK4, com caudais de exploração de 4 I/s e 10 I/s, respectivamente. Serve: - na Freguesia de Amoreira: Lagoa dos Coelhos; - na Freguesia de Vau: Casalinho, Bom Sucesso e Casais dos Covões; Dispõe de 3 estações elevatórias. Duas destas estão associadas aos furos de captação citados, servindo a terceira (estação elevatória de Adegas d'EI Rei, para onde debitam os furos) para ele-

77/105 PBH das Ribeira s do OeslL' Tomo 7A - Anexo (ReI'. 1 - 20011071.11)

var a água para o único reservatório de distribuição do sistema - o reservatório de Cabeço da Ser­ ra, apoiado, com 2 x 500 m' - o qual alimenta a correspondente rede de distribuição. Na estação elevatória de Adegas d'EI Rei a água extraída dos furo s de captação é desinfectada com hipoclorito de sódio.

2.9.2. Sistema de Olho Marinho

Serve os núcleos habitacionais da Freguesia de Olho Marinho: Serra d'EI Rei e Olho Marinho. A água que alimenta este sistema é captada nos furos AC2, AC3 , JK22, SMI9 e SM20, per­ tencentes e explorados pelo Município de Peniche e que estão integrados no sistema de abaste­ cimento concelhio de Peniche. Conforme se indica no subcapítulo 2.10.1 (sistema de abasteci­ mento de Peniche), a água extraída dos furos é elevada para o reservatório de Olho Marinho per­ tencente do Município de Peniche e, a partir da estação elevatória que lhe está anexa (também pertencente ao Município de Peniche), é elevada para o reservatório de Serra d'EI Rei (de Peni­ che) e para o reservatório de passagem e de distribuição RI4 - Olho Marinho/Zona Baixa (per­ tencente ao Concelho de Óbidos). Assim, pode considerar-se constituir o reservatório RI4 a "origem" deste sistema de abastecimento. A partir do reservatório RI4 citado é também elevada a água, através da estação elevatória EE4 que lhe está anexa, para o reservatório de distribuição RIS - Olho MarinholZona Alta. Ambos os reservatórios, RI4 e RIS, são apoiados, com as seguintes capacidades: RI4 - 30 m'; RIS - 100 m'. Conforme resulta do texto anterior, os 2 reservatórios alimentam a rede de distribuição dos núcleos habitacionais da freguesia. A água extraída dos furos é desinfectada, com cloro gasoso, na estação elevatória anexa ao re­ servatório de Olho Marinho (de Peniche) , para onde debitam directamente os furos de captação. Este sistema de abastecimento é gerido/explorado pela Junta de Freguesia de Olho Marinho.

2.9.3. Sistema Bairro/Óbidos

O Sistema Bairro/Óbidos é o mais importante de todos. A água que o alimenta provém quer de 3 furos de captação municipais e de uma mina (mina da Usseira), quer do sistema de abastecimento" Caldas da Rainha" do Concelho de Caldas da Rainha.

78/ 105 @)PROCESL ,...... - ._... ._ ... ~ ,.., PBH das Riheirus do Oes te Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 2001l07J:l, 1)

Os furos que alimentam o sistema - ACl, AC3 e JK3 - têm caudais de exploração de, respec­ tivamente, 14 l/s, 4 l/s e 4 l/s. Os 2 últimos furos mencionados (AC3 e JK3) funcionam como reserva mútua. O sistema de abastecimento "Caldas da Rainha" (do Concelho de Caldas da Rainha) fornece ao Concelho de Óbidos, em regime contínuo, um caudal de aproximadamente 15 l/s. Serve: - na Freguesia de A-dos-Negros: todos os núcleos habitacionais com excepção de Casais da Areirinha; - na Freguesia de Amoreira: a sede de freguesia, Amoreira; - todos os núcleos habitacionais das freguesias de Óbidos-Santa Maria, Óbidos-São Pedro, Sobral da Lagoa, Gaeiras e Usseira; - na Freguesia de Vau: Poça, Vau e Casais do Rio. Como se pode ver na figura constante no final deste capítulo relativo ao Concelho de Óbidos (Esquema Altimétrico do Sistema Bairro/Óbidos), extraída e adaptada da constante no " Plano Director de Desenvolvimento do Sistema de Abastecimento da EPAL" e onde se escreveram notas, a água fornecida pelo sistema de abastecimento" Caldas da Rainha" , mais concretamente

fornecida pelo reservatório designado por "Caldas da Rainha - Zona Baixa" (com 6 200 m3 e soleira à cota 90 m) , alimenta directamente várias localidades do Concelho de Óbidos (Bairro, Trás do Outeiro, Carregai, Santa Rufina, Arelho) bem como o reservatório RI - Bairro (apoiado, com 800 m3) para onde t"mbém é conduzida a água captada nos furos municipais AC I, AC3 e JK3. Através da estação elevatória EEl (Bairro), alimentada pelo reservatório RI anexo, a água é elevada para o reservatório R2 - Penedo/Sto. Antão (apoiado, com 400 m3) , a partir do qual é

abastecido Óbidos e o reservatório R3 - Óbidos (apoiado, com 300 m3). Finalmente, a estação elevatória EE2 (Óbidos), alimentada pelo reservatório R3 - Óbidos, eleva a água para os reser­

vatórios R4 - Sobral da Lagoa (apoiado, com 400 m3) , R6 - Gaeiras (apoiado, com 500 m3) e R9 -

UsseiralQuinta Nova (apoiado, com 300 m3), a partir dos quais são abastecidas as restantes loca­ lidades indicadas na figura (Esquema Altimétrico) referida. Para além dos reservatórios atrás referidos, fazem também parte deste sistema os seguintes re­ servatórios:

- R5 - Casais do Rio (apoiado, com 250 m3) ;

- R7 - Sta. Maria Madalena (apoiado, com 100 m3);

- R8 - Arneirinho (apoiado, com 150 m3) ;

79/1 05 @)PROCESL ...... "'-"'<-..:.... , .. ",.~ ,", PBH das Rihciras do Oeste Tomo 7A - Anexo (ReI'. 1 - 2001/07" I)

- R 1O - Mina da Usseira (apoiado, com 100 m3) .

A capacidade total de armazenamento de água do sistema é assim de 3 300 m3. Na estação elevatória EEl, a água bombada para o reservatório R2 - Penedo/Sto. Antão, é su­ jeita a tratamento, sendo desinfectada (com hipoclorito de sódio) e corrigida a sua agressividade. Recorda-se que tal água foi a captada nos furos municipais ACl, AC3 e JK3 bem como a forne­ cida ao reservatório RI - Bairro pelo sistema de abastecimento" Caldas da Rainha" .

80/1 05 @)PROCESL ,...... ~-'""-""'--, ... CO!\ICELHO DE ÓB IDOS

SISTEMA BAiRRD / ~BibO~

("",'4.,t"'O ESQUEMA AL TiMORICO I I!,~,,,... W) 1 ' 200 :: ..e ' I t --> 180 ,I 'i~RAS II 5oo .... J~. «:_ I J!!1·'r- - ---' I ',150 Y. I .. """mela I I ~- 1 t1ZS I lo \I ~B-RAL I I~ 140 ''0 ~ WlOA I I -FI l!tfItP'l! <-- ~~ I I ': , """oAl'i~A ~S'=' lo ~I ~ I ~ ,,·'llll <---'~ .. ;: ~1·1 III 120 "150 noo 1200 I I I Mi"lA DA u$sEi AA S:':lCH~IRA, I < li I 1 P::OUENA I "no..... , n~ I I I I {12()-S>O} s~ r~ Cf.:::lii .~ ('",.IIDE e 101..,1 100 i 11 (l-:0) ~I~I~ (»-O R.t~~T I ·O'·ealJ....f eL... I I I DO CONCELHO DE CALDAS Rc:...: .... h." - ~GVo. ... ",...,...... ~ p.utt'l bA RA'lHA Gl. ... tt: ...... s.:,\.f:..W\. I I II [~~~~~~~.~,~;I " I I I ::.C'lmHA 001 I I I 1 ~ii (t,RVALI".EDO'__ I 50 1 J BAIRRO "00 ST..I. RUFINA . (6f1- O> i I ,t.:!R~ I ;\ LI"_C_" __~ " --> (4&-35) 1 40

L-" Ac1 (14 lI<) 20 AO (4 1/,) r~3 (41/.) ( r..(.s-tA.v"-~ PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A-Anexo(Rev. I-2001/07/31)

OBIDOS Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatól"ios % atendo Abastecimento Freguesia na Fr~guesia 1998 Tratamento na Freguesia !Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N"Hab. Total (a) (m~) N"Hab. BOM SUCES- 2 FUROS(2) SIM 1 1000 VAU 913 857 1824 106 132 12.4% SO/ADEGAS D'EL REI AMOREIRA 1096 967 26 2,7% OLHO MARINHO (b) (b) (e) 2(d) 130(d) OLHO MARINHO 1222 1347 1347 1311 13 11 97,3% BA1RRO/ÓB[DOS - FUROS(3);M[NAI 1) SIM 10 3300 A-DOS-NEGROS [7 13 1594 10272 750 5386 47.1% AMOREIRA 1096 967 473 48.9% SANTA MARiA 1799 2019 860 42.6% SÃO PEDRO 1292 1288 748 58. 1% SOBRAL DA LAGOA 482 460 257 55.9% GAEIRAS 1727 1908 1256 65.8% VAU 913 857 398 46.4% USSE1RA 944 1179 644 54.6% CALDAS DA RAINHA (e1 le) (e) (f) (f) A-DOS-NEGROS 1713 1594 10272 594 4253 37.3% (Cone . de Caldas da AMOREIRA 1096 967 374 38.7% Raínha) SANTA MARiA 1799 2019 1132 56. 1% SÃO PEDRO 1292 1288 495 38.4% SOBRAL DA LAGOA 482 460 203 44 .1 % GAEIRAS 1727 1908 633 33.2% VAU 9 13 857 314 36.6% USSEIRA 944 1179 508 43.1% CAR VALHAL (Cone. do (g) (gl (g) 1( h) 30(h) A-DOS·NEGROS 1713 1594 1594 15 1 15 1 9.5% Bombarral)

(a) Relação População Servida/População Re siden[e (b) 5 furos. pertencentes ao Município de Peniche. integrados no Sistema de Abastecimento concelhio de Peniche (ver Concelho de Peniche) (c) Ver Sistema de Abastecimento concelhi o de Peniche (d) reservatórios pertencentes ao Concelho de Óbidos (e) Ver Concelh o de Caldas da Raínha (I) Os reservatórios alimentados por este sistema. pertencentes e localizados no Município de Ób idos, estão considerados no Sistema Bairro/Óbidos (g) Ver Concelho de Bombarral (h) reservatório Quinta do Cabeço (30 m')

Tabela 2.9 - Características dos sistemas de abastecimento

82/1 05 @PROCESL GIBB ,=,,", J,. _.,HIDRORUMO .. _...... I."••• ~;·.""'; · ,.,,_. --I ."'...... _ ...... ~«O o c.1 PBH da s Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Re\'. 1 - 2001/07/3 1)

2.10. Concelho de Peniche

Trata-se de um concelho com uma população total residente em 1998 de 26 349 habitantes (valor estimado), segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuída pelas seguintes 6 fregue­ sias concelhias: Peniche (Ajuda), Atouguia da Baleia, Peniche (Conceição), Peniche (São Pedro), Serra d'EI Rei e FerreI. o abastecimento domiciliário de água neste concelho é feito por um único sistema de abaste­ cimento, designado por Sistema Concelhio, adiante caracterizado e resumido na Tabela 2.10, que serve todos os núcleos habitacionais do concelho. A população concelhia considerada isolada - 57 habitantes na Freguesia de Atouguia da Baleia e 3 habitantes na Freguesia de Serra d'EI Rei, valores relativos a 1998 - não é servida por distri­ buição pública domiciliária. O sistema de abastecimento de água deste concelho também abastece: - o reservatório de Paço-Lourinhã, pertencente ao município de Lourinhã, que distribui água para 325 habitantes da Freguesia de S. Bartolomeu do Concelho da Lourinhã; - o reservatório de Olho Marinho - Zona Baixa, do Município de Óbidos, a partir do qual são abastecidos 1 311 habitantes da Freguesia de Olho Marinho do Concelho de Óbidos.

2.10.1. Sistema Concelhio

Dispõe das seguintes captações de água: - Na albufeira da Barragem de S. Domingos; - Furos AC2, AC3, JK22, SM19 e SM20, designados por captações de Olho Mamrinho, lo- calizados no Concelho de Óbidos; - Furos SM 11 e SM24, designados por captações do Paço, no Concelho da Lourinhã; - Furos SMlO e SM23, designados por captações de Bolhos, no Concelho de Peniche; - Furos SM17 e SM 18, designados por captações de Ferrei, no Concelho de Peniche; nestas captações também se inclui o furo SM21 , o qual, no entanto, não tem estado activo há al­ gum tempo; - Furos SM6 e SMI5, designados por captações de Alto do Veríssimo, no Concelho de Pe- niche; - Furos SM9, SMI2 e SM 16, designados por captações de Atouguia da Baleia, no Conce­ lho de Peniche, os quais, no entanto, não têm estado activos há algum tempo;

83/1 05 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1-2001/07/3 1)

- Furo SM8, de Reinaldes (Freguesia de Atouguia da Baleia - Concelho de Peniche), que não tem estado activo há algum tempo; - Furo SM13, de Casais Brancos (Freguesia de Atouguia da Baleia - Concelho de Peniche), que também não tem estado activo há algum tempo. O Município usa habitualmente as captações de Olho Marinho, do Paço, de Bolhos e a da al­ bufeira da Barragem de S. Domingos; as captações de Ferrei, de Alto do Veríssimo, de Atouguia da Baleia, o furo de Reinaldes e o furo de Casais Brancos constituem captações de reforço do sistema de abastecimento de água. Mostram-se seguidamente os valores dos caudais extraídos em 1998 de cada uma das captações indicadas, cedidos pelos Serviços Municipalizados da Câ• mara Municipal de Peniche.

Caudal Captado em 1998 Captação Observações (m')

Da albufeira da Barragem de S. Domingos 1309470 Furo AC2 15 280 Estimado Furo AC3 370443 Estimado Olho Marinho Furo JK22 469218 Furo SMI9 10430 Furo SM20 478898 Furo SMI7 105000 Estimado Ferrei Furo SMI8 156000 Estimado Furo SM21 - Furo SM6 900 Estimado Alto do Veríssimo Furo SMI5 900 Estimado Furo SMIO 6350 Furo SM23 29062 Bolhos e Paço Furo SMII 14753 Furo SM24 55583 Furo SM9 - Atouguia da Baleia Furo SMI2 - Furo SMI6 - Reinaldes Furo SM8 - Casais Brancos Furo SMI3 -

O sistema de abastecimento pode considerar-se como compreendendo três sub-sistemas, a se­ guir indicados, que se encontram ligados entre si e que podem utilizar as mesmas captações de água: 84/1 05 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rcv. I - 200 1/07n lJ

- Sub-sistema Norte, servindo FerreI, BaleaI e Casais do BaleaI; - Sub-sistema Central, servindo Reinaldes, Casais Brancos, Coimbrã, Atouguia da Baleia, Casal do Moinho, Parque de Campismo, Casal Fatal, Fetais, Casal da Estalagem, Casal da Vala, Casal da Ponte, Relva Longa e Peniche; - Sub-sistema Sul, servindo Serra d'EI Rei, Bolhos, Ribafria, Bufarda, Casal Veríssimo, Geraldes, S. Bernardino, Estrada, Consolação, Casais de Mestre Mendes, Casal da Fonte, Casal da Foz, Casais de Júlio, Peniche, FerreI e Atouguia da Baleia. O Sub-sistema Norte tem por base o reservatório de FerreI. O Sub-sistema Central baseia-se nas condutas adutoras entre os reservatórios de Serra d'EI Rei e de Alto Santana e nos reservatórios de Alto Santana e do Abalo. O Sub-sistema Sul tem o seu fulcro nos reservatórios de Bufarda e de Alto Veríssimo. Assume realce em todo o abastecimento de água ao Concelho de Peniche o reservatório de Serra d'EI Rei, já que é a partir dele que se pode considerar a separação dos três sub-sistemas. Recebe água das captações de Olho-Marinho: estas captações debitam para o designado reserva­ tório de Olho Marinho - RI, localizado no Concelho de Óbidos e pertencente ao Município de Peniche a partir do qual, através da estação elevatória EEI que lhe está anexa, a água é elevada quer para o reservatório de Olho Marinho - Zona Baixa, integrado no abastecimento de água à Freguesia de Olho Marinho do Concelho de Óbidos, quer para o reservatório de Serra d'EI Rei. Recebendo água das captações de Olho Marinho, o reservatório de Serra d'EI Rei reparte essa água pelo Sub-sistema Norte, abastecendo o reservatório de FerreI (este reservaLrio também recebe água, quando necessário, do reservatório de Pinhal da Câmara, o qual é alimentado pelas captações de FerreI), pelo Sub-sistema Sul, abastecendo o reservatório de Bufarda e pelo Sub-sis­ tema Central, aduzindo a água ao denominado reservatório de Mistura. Este último reservatório recebe também água das captações do Paço e de Bolhos. As captações do Paço debitam para o reservatório do Paço-Peniche, localizado no Concelho de Lourinhã e pertencente ao Município de Peniche, a partir do qual, através da estação elevatória EE2 que lhe está anexa, a água é eleva­ da para o reservatório de Paço-Lourinhã quer para o reservatório de Bolhos; a partir do reservató• rio de Bolhos - para onde debitam as captações de Bolhos - a água é elevada, pela estação eleva­ tória EE3 que lhe está anexa, para o reservatório de Mistura. No contexto do Sub-sistema Central, o reservatório de Mistura pode ser considerado a sua origem. É dele que parte uma conduta adutora ao reservatório de Alto Santana, juntando-se à conduta adutora proveniente do reservatório de Serra d'EI Rei. No entanto, em relação a esta

85/1 05 @)PROCESL ....-..-.."".<_ . ... - PBH das Ri beiras do OCSIC Tomo 7A - Anexo (Re". 1 - 2001/07/31 )

última, o reservatório de Mistura encontra-se em derivação, sendo possível fazer entrar toda a água proveniente do reservatório de Serra d'EI Rei no reservatório de Mistura. Daí a denomina­ ção que lhe foi dada, uma vez que nele se podem misturar a água proveniente de Olho-Marinho e a do conjunto Paço-Bolhos. Refere-se, também, que a partir de uma das condutas adutoras entre o reservatório de Mistura e o reservatóri o de Alto Santana se pode também reforçar o abasteci­ mento à zona norte do concelho através de uma adução ao reservatório de Ferre!. No Sub-sistema Central uma série de furos de recurso (os furos das captações de Atouguia da Baleia, o furo de Reinaldes e o furo de Casais Brancos) pode debitar também directamente numa das adutoras deste sistema. No entanto, tais furos não têm estado activos há algum tempo. As captações de Alto do Veríssimo (furos SM6 e SMI5) abastecem, quando se torna necessá­ rio tal reforço, o reservatório de Alto do Veríssimo, o qual, por sua vez, é alimentado pelo reser­ vatório de Bufarda. A água da albufeira da Barragem de S. Domingos destina-se à alimentação de Peniche. A água é elevada, pela estação elevatória EE4, da captação para a correspondente estação de tratamento, a partir de onde é conduzida ao reservatório de Abalo. Este reservatório e o reservatório de Alto Santana constituem os reservatórios de distribuição de Peniche. Na Figura constante do final deste capítulo referente ao Concelho de Peniche, baseada na cor­ respondente figura constante do "Plano Director de Desenvolvimento do Sistema de Abasteci­ mento da EPAL" (Fase I - Volume li) onde se acrescentaram notas, indica-se o Esquema Alti­ métrico do Sistema de Abastecimento de Água ao Concelho de Peniche. Sintetizando, o sistema de abastecimento de água compreende os seguintes reservatórios: - de Olho Marinho (RI), apoiado, para onde debitam as captações de Olho Marinho, que funciona como câmara de carga da estação elevatória EEl (Olho-Marinho); - de Serra d 'El Rei (R2), com 2 células apoiadas com a capacidade total de 2 x 800 m3 e

uma célula elevada com 130 m3;

- de Alto Santana (R3), com 2 células apoiadas com a capacidade total de 2 x 1 000 013 e

uma célula elevada de 500 m3 ;

- de Coimbrã (R4), elevado, com 260 m3 ;

- de Ferrei (R5), apoiado, com 300 m3 ;

- de Alto do Veríssimo (R6), apoiado, com 300 m3 ;

- de Bufarda (R7), com uma célula apoiada de 100 m3 e uma célula elevada de 70 m3 ;

- do Parque de Campismo (R8), apoiado, com 165 m3;

86/105 @PROCESl ...-.... -'...... <.,_ .... ~ "...... ,,", .... ,~"',. . .' "'.- . PBH das Ribeiras do Oesle Tomo 7A - Anexo (Re\'. 1 - 200 1/0713 1)

- de Paço-Peniche (R9), com 39 m3, que constitui a câmara de carga da estação elevatória EE2 (Paço); - de Bolhas (R I O), apoiado, com 40 m3, que constitui a câmara de carga da estação elevató- ria EE3 (Bolhos);

- da Mistura (RI I), apoiado, com 108 m3;

- de Abalo, apoiado, com 3 000 m3; - de Pinhal da Câmara, que recebe água das captações de Ferrei e alimenta o reservatório de Ferrei, do qual não se conseguiu saber as características. Quanto ao tratamento da água refere-se que: - a água captada na albufeira da Barragem de S. Domingos é sujeita ao seguinte tratamento, antes de ser conduzida ao reservatório de Abalo: pré-ozonização, decantação, filtração e desinfecção (com cloro gasoso); o início da exploração da estação de tratamento em causa verificou-se em Fevereiro de 1998; - a água extraída das captações de Olho Marinho é desinfectada com cloro gasoso na esta­ ção elevatória EE I; - a água extraída das captações do Paço e de Bolhas é desinfectada, com cloro gasoso, no reservatório da Mistura; - a água extraída dos. furos de captação de Ferrei, de Atouguia da Baleia, de Reinaldes e de Casais Brancos é desinfectada, com hipoclorito de sódio, à saída de cada um dos furos; - a água extraída dos furos de captação de Alto do Veríssimo é sujeita a desferrização e a desinfecção (com hipoclorito de sódio) numa estação de tratamento comum aos dois fu- ros.

87/1 05 @)PROCESL ...-...... -.0...:. • ' ...... COf\ICELHO DE PE NI CHE SIS TElvlA DE ABASTEC IM ENTO DE ÁGUA

ESQUEMA ALTIMÉTRICO

fu.rO'5o SM'''I,S'''''12,SM1~ (~ d.t Atc~"",·... 4 ~.tJ..); 11'212! S~rM:\.. Tu..ro S~8 (1lU-.~s) i cote El R~ .~~~ ~ r

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-> -> r..... '" S M1o, ..... 2ll e..,.t~ .... ~1'--1) r ....." 5t~ d< f.ur..J.) f.,.., ""11, $M,4 (~ .l. P...,..) PBH das Ribeiras do Oesle To mo 7A-Anexo(Rev.I-2001/0W I)

, . PENICHE ,I: Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Ahastecimento Freguesia na Freguesia 1998 Tratamento na Freguesia Volume total 1998 Nome Qtd, Tipo Qtd, 1991 Censo Total N"Hab. Total ia) (rn~) N"Hab. CONCELHIO 20 FUROS( 19)(bl SIM 16 86121c) PENICHE (AJUDA) 8653 9830 26349 9830 26289 100.0% ALBUFEIRAI I 1 ATOUGUIA DA BALEIA 7131 6114 6057 99. 1% PENICHE (CONCEI ÃO) 4264 4883 4883 100,0% PENICHE (SÃO PEDRO) 2387 1846 1846 100.0% SERRA D'EL REI 1373 1430 1427 99,8% FERREL 2072 2246 2246 100,0% S. BARTOLOMEU DOS OALEGOS (Cone. da Lourinhã)(d) OLHO MARIN HO (Cone. de Obi-

. -- - -- ______slos)(e) _

(a) Relação População ServidaIPopulação Residente Cb) Do total dos 19 furos de captação 13 estão activos e 6 não estão em funcionamento há algum tempo (c) Capacidade de 14 reservatórios (desconhece-se a capacidade do reservatório anexo à EEl e do reservatório do Pinhal da Câmara) Cd) Ver Concelho da Lourinhã (325 hab, da freguesia de S. Bartolomeu dos Galegos) Ce) Ver Concelho de Óbidos C13 11 hab. da freguesia de Olh o Mari nho)

Tabela 2.10 - Características dos sistemas de abastecimento

89/1 05 HIDRORVMO @PROCESl GIBBp~ ~ull~ ' . J. ~ ...... L. , • • ~ : ' . , • " ''''._'' ...... ': . L' .... ''. ·~'''' o a~~J PBH das Ribeiras do Oesle Tomo7A-Anexo(Rel'.1 - 2001/07nl )

2.11. Concelho de Sobral de Monte Agraço

É um concelho com uma população residente de 7 001 habitantes (valor estimado) em 1998,

O segundo uma projecção do Censo de 1991 , distribuídos por três freguesias: St , Quintino, Sapata­ ria e Sobral de Monte Agraço, A Freguesia de Sto. Quintino, com 2 782 habitantes residentes, está compreendida no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo. As outras duas freguesias, Sapataria, com 2 170 habitantes resi­ dentes e Sobral de Monte Agraço, com 2 049 habitantes residentes, pertencem ao Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. O abastecimento de água domiciliário às duas freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste é efectuado essencialmente por 2 sistemas distintos, adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.11 (sistema da EPAL e Sistema do Bouco). Fetelaria, com 38 habitantes residentes em 1998, da Freguesia de Sapataria, é abastecida por um pequeno sistema de abastecimento compreendendo um furo de captação que debita directa­ mente para a rede de distribuição local. A água distribuída é desinfectada à saída do furo de cap­ tação. S. Martinho, núcleo habitacional com 100 habitantes residentes em 1998, pertencente à Fre­ guesia de Sapataria, é abastecido pelo Sistema Lousa do Concelho de Mafra. A maior parte da população concelhia considerada isolada (27 habitantes residentes em 1998 na Freguesia de Sobral de Monte Agraço) não é servida por distribuição pública domiciliária. Refere-se ainda que os núcleos habitacionais considerados são os constantes do Censo de 1991.

2.11.1. Sistema da EPAL

Este sistema é alimentado com água tratada fornecida pela EP AL, transportado pela conduta adutora proveniente de Castanheira do Ribatejo e entregue, para consumo do Concelho de Sobral de Monte Agraço, no reservatório de Moinho do Céu 1 (ou da Lixeira), localizado no Concelho de Arruda dos Vinhos. Neste reservatório a EPAL dispõe de contadores para contabilizar os cau­ dais que fornece, quer ao Concelho de Sobral de Monte Agraço, quer ao Concelho de Arruda dos Vinhos (também abastecido pela EPAL). A partir do reservatório de Moinho do Céu I (ou da Lixeira) a água é distribuída pelos reser­ vatórios de Moinho do Céu 2 (R9), Sobral de Monte Agraço RI (R6), Sobral de Monte Agraço

90/ 105 @)PROCESL "~""""",, ~,,~,,,," ".'''''''' PBH das Ribeiras do Oestl' Tomo7A -Anexo(Rel'. I - 2001 /07/3 1)

R2, Outeiro e Vermões - Novo (R8). A montante dos reservatórios de Outeiro e de Vermões (Novo) existe um reservatório de equilíbrio, reservatório de Sto. Quintino (R7), com I estação elevatória anexa, que eleva água para o reservatório de Outeiro. Dos reservatórios referidos, o que está compreendido no Plano de Bacia Hidrográfica das Ri­ beiras do Oeste é o reservatório de Sobral de Monte Agraço R I (R6). Este sistema possui também, compreendidos no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste, localizados portanto nas Freguesias de Sapataria e Sobral de Monte Agraço, 6 outros re­ servatórios, com uma capacidade total de 475 m3, alguns dos quais alimentados a partir de reser­ vatórios compreendidos no PBH Tejo. Atendendo a que a capacidade do reservatório de Sobral de Monte Agraço R I (R6) é 2 x 400 m3, a reserva global dos 7 reservatórios localizados nas freguesias de Sapataria e Sobral de Monte Agraço é I 275 m'- O sistema serve, no total, 6497 habitantes residentes (cerca de 93% da população residente no concelho), assim distribuídos: - na Freguesia de StO. Quintino: 2 577 habitantes; - na Freguesia de Sapataria: I 898 habitantes; - na Freguesia de Sobral de Monte Agraço: 2 022 habitantes. Os 7 reservatórios atrás referidos são de distribuição e alimentam 8 redes domiciliárias, com uma população total assim distribuída: - na Freguesia de Sapataria: I 602 habitantes; - na Freguesia de Sobral de Monte Agraço: I 566 habitantes. Este sistema serve também, no concelho de Torres Vedras, Patameira de Cima (Freguesia de Dois Portos) e Casais dos Tojais (Freguesia de Carmões). Iniciou-se a sua exploração em 1964. Actualmente o abastecimento faz-se com pressão sufici­ ente, mas, por vezes, com falhas devidas a roturas.

2.11.2. Sistema do Rouco

É abastecido a partir de I furo de captação localizado em Bouco, na Freguesia de Sapataria. Serve os núcleos habitacionais Casal Fonte Pombas, Bouco e Silveira, da Freguesia de Sapata- na.

9111 05 PBH das Rihciras do O~s te Tomo 7A - Anexo (ReI'. 1 - 200 1/07"1)

Dispõe de j estação elevatória associada ao furo de captação, com 1 posto de cloragem asso­ ciado onde a água captada é desinfectada, e de 1 rede de distribuição pública domiciliária (rede do Bouco). Não possui qualquer reservatório. A água extraída do furo é elevada directamente para a rede de distribuição, onde aflui já desin­ fectada. Iniciou-se a sua exploração em 1987. Actualmente o abastecimento faz-se com algumas falhas devidas essencialmente a roturas.

92/105 ..(WPROCE5L.. ..- .. _...... 0.._ ...... ".. PBH das Ribei ras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001/07/31)

SOBRAL DE MONTE AGRAÇO Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatóri :; % atendo Abastecimento Freguesia na Freeuesia 1998 Tratamento na Freguesia [Volume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total Nn Hab. Total (a) (m') Nn Hab. EPAL (b) (b) SIM(c) 7(d) 1275(d) SAPATARIA 2246 2170 4219 1898 3920 87.5% SOBRAL DE MONTE AGRAÇO 2121 2049 2022 98.7% SANTO QUINTlNO (e ) DOIS PORTOS (Cone. de Torres Vedras)(f) CARMÕES (Cone. de Torres Ve- dcas)(g) BOUCO I FURO( I) SIM - O SAPATARIA 2246 2170 2170 134 134 6.2% FETELARIA I FUROIII SIM - O SAPATARIA 2246 2170 2170 38 38 1.8% (h) (h) 100(;) LOUSA (Cone. de Marra SIM (c) --- SAPATARIA 2246 2170 2170 100(;) 4.6%

(a) Relação População Servida/População Residente (b) A ág ua para este sistema concelhio é fornecida. pela EPAL, a partir do reservatório de Moinho do Céu 1 (Lixeira) localizado no Concelho de Arruda dos Vinhos (c) Água fornecida já tratada pela EPAL (d) reservatórios directamente relacionados com a Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (e) Freguesia incluída na Bacia Hidrográfica do Rio Tejo (f) Ver Concelho de Torres Vedras (lugar de Patameira de Cima, com 43 hab.) (g) Ver Concelho de Torres Vedras (lugar de Casais dos Tojais, com 70 hab.) (h) A água para o Sistema Lousã do Concelho de Mafra é fornecida pela EPAL (i) Lugar de São Martinho (100 hah.), freguesia de Sapataria, alimentado pelo reservatório de Venda do Pinheiro, com 2 250 m', do Concelho de Mafra (reservatório localizado em freguesia compreendida no Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo)

Tabela 2.11 . Características dos sistemas de abastecimento

93/105 @)PROCESL <:;~~B,~ ":;"~ '.l. O !!.!.P..'!..C!.'J.!,MO . / ··"'·O"<' ''''''';'',''!'. '-:: PBH das Rihci ras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rc\'. 1 - 2001 107/31)

2.12. Concelho de Torres Vedras

Trata-se de um concelho com uma população total residente (estimada) em 1998 de 68 195 habitantes, segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas seguintes 19 freguesias concelhias: - A-dos-Cunhados; - Campelos; - Carmões; - Carvoeira; - Dois Portos; - Freiria; - Matacães; - Maxial; - Monte Redondo; - Ponte do Rol ; - Ramalhal; - Runa; - Torres Vedras (Sta. Maria do Castelo e S. Miguel); - São Pedro da Cadeira; - Torres Vedras (São h:dro e S. Tiago); - Silveira; - Turcifal; - Ventosa; - Outeiro da Cabeça. O abastecimento de água domiciliário ao Concelho de Torres Vedras - que tem uma taxa de atendimento de 98,5%, valor relativo a 1998 - é assegurado essencialmente através de água com origem EPAL, via derivação ao Aqueduto do Alviela, no Concelho de Alenquer, a partir do qual se abastece um sistema adutor (propriedade da EPAL) dirigido ao reservatório de Serra da Vila e que tem continuidade, para jusante, para o Concelho de Mafra. O sistema adutar, no Concelho de Torres Vedras, tem 4 derivações na conduta Paredes/Serra da Vila e também fornece água, natu­ ralmente, ao reservatório de I 500 m' anexo à Estação Elevatória EE2 de Serra da Vila.

94/1 05 PBH das Ribeiras do Oesle Tomo7A-Anexo(Rc\'.1-2001107/31)

A parcela remanescente está estruturada em 4 sistemas a que estão adstritos um conjunto de 5 furos e I mina de captação, sendo o maior destes sistemas o de Ramalhal-Maceira, que é respon­ sável por uma parcela de cerca de 7 850 habitantes. Os 5 sistemas de abastecimento são adiante caracterizados e resumidos na Tabela 2.12. O município concluiu em 1999 e tem em curso a execução de obras de modo a aumentar a parcela de água de origem EP AL até praticamente 100%, mantendo no entanto operacionais al­ guns furos de captação de que dispõe, nomeadamente os dos sistema Ramalha-Maceira, de forma a poderem servir de origem alternativa em caso de avaria. Uma pequena parcela da população é abastecido a partir dos concelhos de Mafra (cerca de 1% da população residente) e de Sobral de Monte Agraço (cerca de 0,2% da população residente). Assenta (682 hab. em 1998), da Freguesia de S. Pedro da Cadeira, é abastecido com água for­ necida pelo Concelho de Mafra. Casais Tojais (70 hab. em 1998), da Freguesia de Carmões, e Patameira de Cima (43 hab. em 1998), da Freguesia de Dois Portos, são abastecidos com água fornecida pelo Concelho de Sobral de Monte Agraço. Em Torres Vedras não dispunham de distribuição domiciliária de água, em 1998, os 19 se­ guintes lugares, número que diminuiu para apenas 9 lugares, em 1999, com as obras, em curso, de abastecimento de água domiciliário: - Casais do Rego e Casal Figueira Velha, da Freguesia de A-dos-Cunhados; - Vale da Tábua e Casais da Lago .. , da Freguesia de Campelos; - Braçal e Alfeiria, da Freguesia de Carmões; - Murteira, Granja, Ribeira Maria Afonso, Maceira, Folgarosa, Moncova, Sirol, Mougue- las, Bulegueira, da Freguesia de Dois Portos; - Zurrigueira e Cucos, da Freguesia de Matacães; - Espera, da Freguesia de Runa; - Pedra Pequena, da Freguesia de S. Pedro da Cadeira. A população considerada isolada - 3 125 habitantes em 1998 - também não é servida por dis­ tribuição domiciliária de água. Assim, resulta a seguinte percentagem de atendimento em 1998 quanto à distribuição domici­ Iiária de água: - População residente: 68 195 hab.;

95/1 05 PBH das Ribeiras do O~S I C Tomo 7A - A nexo (Rev. 1 - 200 1/07/31)

- População residente considerada, ou seja, não contabilizando os habitantes "isolados" segundo o INE: 68 195 - 3 125 =65 070 hab. ; - População residente servida com distribuição domiciliária: 64 104 hab. ; - Percentagem de atendimento em 1998: 64 104/65 070 = 98,5%. Refere-se, também, que os núcleos habitacionais considerados são os constantes do Censo de 1991.

2.12.1. Sistema RamalhallMaceira

Serve: - na Freguesia de A-dos-Cunhados: Casal da Serra, Casal de Além, Casais Serpigeira, Quinta da Piedade, Casal Porto Rio, Casal das Portelas, Valongo, Casal da Popa, Boavis­ ta, Pinheiro Manso, Casal das Paradas, Sobreiro Curvo, A-dos-Cunhados e, parcialmente, Maceira; - na Freguesia de Ramalhal: Ameal, Ramalhal e Vila Facaia. O abastecimento deste sistema depende 2 furos de captação (furos AC22 e AC23), executados em 1976, designados por captações do Rainalhal e localizados na Freguesia de Ramalhal, os quais se têm mantido com uma capacidade produtiva bastante regular. A água extraída dos furos é sujeita a arejamento na ETA do Ramalhal e desinfectada por in­ jecção de hipoclorito de sódio na conduta de compressão da estação elevatória do Ramalhal. Esta estação elevatória está anexa ao reseIVatório do Ramalhal, que, por sua vez, está adja­ cente à ET A do Ramalhal. O sistema dispõe de 4 estações elevatórias, duas das quais associadas aos furos de captação, e dos seguintes 6 reservatórios, com uma capacidade total de armazenamento de 2 200 m': - Ramalhal-EE, com 2 x 250 m'; - Ameia, com 750 m'; - Aguieira, com 300 m'; - A-dos-Cunhados, com 300 m'; - Maceira, com 150 m'; - Pitagudo, com 200 m'. O reservatório Ramalhal-EE é apenas de passagem; os outros 5 são de distribuição. Segundo os Serviços Municipalizados de Torres Vedras, em 1998 as perdas neste sistema fo­ ram cerca de 16%. Tendo em conta a extensão do sistema e o consequente envelhecimento das

96/1 05 @)PROCESL ...... - .._" • • _ ..r~ '.. PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1 - 2001/07/3 1) redes de distribuição que propicia a ocorrência de avarias, as perdas verificadas situam-se num patamar bastante bom. O sistema, bastante extenso, abastece na sua extremidade parte de Maceira, apresentando pontualmente carências de abastecimento no período de Verão. Esta situação agrava-se substan­ cialmente se nesse período ocorrerem avarias nos adutores principais, devido à insuficiente capa­ cidade de transporte dos mesmos e de reserva dos reservatórios. Atendendo à situação, o sistema está a ser objecto de importantes obras de remodelação e ampliação global. Com a conclusão da obra projectada os problemas ficarão resolvidos.

2.12.2. Sistema Ereira

Este pequeno sistema abastece Ereira, da Freguesia de Maxial. Depende de 2 furos de captação - furo TD2 e furo JFFI2 - que proporcionaram num abasteci­ mento regular durante o ano de 1998. O sistema dispõe de 3 estações elevatórias, duas das quais associadas aos furos de captação, e de 2 reservatórios, um com 50 m3 - reservatório Ereira EE - e outro com 100 m3 - reservatório Ereira I. O reservatório Ereira I alimenta a rede de distribuição de Ereira. A água distribuída é desinfectada à saída da estação elevatória anexa ao reservatório Erei­ ra-EE. Segundo os Serviços Municipalizados de Torres Vedras, as perdas de água neste sistema fo­ ram, em 1998, de cerca de 23%.

2.12.3. Sistema Feliteira

Este sistema abastece Feliteira, na Freguesia de Dois Portos, dependendo exclusivamente da produção de uma pequena mina. Por norma, o caudal produzido no período de Verão é pratica­ mente nulo, obrigando a recorrer ao transporte diário com a cisterna dos Serviços Municipaliza­ dos e auto-tanque dos Bombeiros, minimizando-se assim as carências de abastecimento. O sistema dispõe de um reservatório de distribuição com capacidade de 90 m3 A situação deste sistema está a ser ultrapassada com a realização das obras projectadas a partir do adutar Paredes/Serra da Vila (do Sistema Geral), designadamente através da construção do Sistema Adutar PenedolFeliteiralFuradouro.

97/1 05 @)PROCESL r"...... ',....,'.: • • '''' ''''~ . ,"' PBH das Ribeiras do Oeste Tomo 7 A - Anexo (Re\'. 1 - 200 1107!3l )

2.12.4. Sistema Dois Portos

Este sistema abastece Dois Portos, da Freguesia com o mesmo nome, dependendo da produ­ ção de um furo de captação (furo JFF5) localizado junto ao reservatório de distribuição de Dois

Portos (com 100 m3). A capacidade produtiva da captação é insuficiente para abastecimento regular, tornando-se necessário recorrer ao transporte da água com auto-tanques, minimizando-se assim as carências do abastecimento. Esta situação está a ser ultrapassada com a realização das obras projectadas, nomeadamente do Adutor PenedolFeliteiralFuradouro referido no Sistema Feliteira.

2.12.5. Sistema Geral

É abastecido através das captações de Campelos (furos de captação AC20, JKl, JK2, AC3, JK15 e JFFl) e pela EPAL. A EPAL fornece água ao concelho, em regime contínuo, através da "Conduta Adutora Pare­ des-Serra da Vila", vulgarmente designada no concelho por " Conduta da EP AL" , com funcio­ namento gravítico em pressão. O sistema adutor (da EPAL) inicia-se 'numa tomada no Aqueduto do Alviela e a correspon­ dente conduta, após um primeiro troço elevatório, tem um segundo troço, gravítico, entre o re­ servatório de Paredes e Serra da Vila. A "Conduta Adutora Paredes-Serra da Vila" entra no Concelho de Torres Vedras perto do lu­ gar de Corujeira e termina no reservatório com 1 500 m3 anexo à Estação Elevatória 2 (EE2), localizada próximo da Serra da Vila. Para além de fornecer água a este reservatório anexo à EE2, a conduta dispõe também de 4 derivações ou tomadas ao longo do seu percurso no concelho: - Derivação da Corujeira; - Derivação de Carreiras; - Derivação de Penedo; - Derivação da Louriceira. Este sistema serve: - Na Freguesia de A-dos-Cunhados: Santa Rita, Porto Novo, Casal do Seixo, Brejenjas, Póvoa do Além, Casal dos Ferros, Casais Vale Borra, Santa Cruz, Bombardeira, Palha­ gueiras, Póvoa de Penafirme e parte de Maceira;

98/1 OS @PROCESL ...... ~.""' .",,, ,'" ~ ,.,.. .

- Na Freguesia de Campelos: Carrasqueira, Casal das Giestas, Casalinho das Oliveiras, Ca­ beça Gorda e Campelos; - Na Freguesia de Carmões: Casais do Sobrigal, Corujeira, Carrasqueira e São Domingos de Carmões; - Todos os núcleos habitacionais das freguesias de Carvoeira, Freiria, Monte Redondo, Ponte do Rol, Torres Vedras (Sta. Maria do Castelo e S. Miguel), Torres Vedras (S. Pedro e S. Tiago), Silveira, Turcifal, Ventosa e Outeiro da Cabeça; - Na Freguesia de Dois Portos: Feliqueira, Portei a do Bispo, Outeiro Zibreira, Ribaldeira, Caixaria e Furadouro; - Na Freguesia de Matacães: Aldeia de Baixo, Sevilheira, Ribeira da Abadia, Ordasqueira e Matacães; - Os núcleos habitacionais da Freguesia de Maxial, com excepção de Ereira; - Na Freguesia de Ramalhal: Abrunheira e Casais da Larana; - Runa, da Freguesia de Runa; - Os núcleos habitacionais da Freguesia de S. Pedro da Cadeira com excepção de Assenta e de Pedra Pequena (que não é abastecido); - No Concelho de Lourinhã, Freguesia de Miragaia: Campelos, Casais Campainhas, Casal Carvalhos, Casalinho das Oliveiras e Ribeira Palheiros. A água extraída dos furos é desinfectada em postos de cloragem; a EP AL fornece ao concelho água já tratada. Dentre as estações elevatórias que o sistema dispõe merece realce a Estação Elevatória 2 (EE2) de Serra da Vila. Esta estação, em cujo reservatório anexo termina a conduta adutora Pare­ des-Serra da Vila, eleva água para o reservatório Serra da Vila (com 2 x 1 100 m'), a partir do qual são conduzidos os caudais para a zona alta da Cidade de Torres Vedras, para a Zona Sul do Concelho de Torres Vedras e para a "Zona Norte" do Concelho de Mafra. O sistema dispõe dos seguintes reservatórios totalizando uma capacidade de armazenamento de 24 228 m':

Capacidade Cota do Fundo Cota do Nível Máximo Designação (m') (m) (m) Abrunheira 2 X 100 99,75 103 ,25 Alto da Vela 2 x 150 72,80 75 ,80 Barro 200 142,70 145 ,40 Barro (Sanatório) 65 140.23 142,53 Olheiros 2 x 600 100,00 103 ,58 Bonabal 2 x 100 82,69 85,92 99/1 05 PBH das Rihciras do Oeste T omo 7A - Anexo ( Re\". 1 - 2001107131)

Capacidade Cota do Fundo Cota do Nível Máximo Designação -Im') (m) (01) Cabeça Gorda 100 140,96 145 ,96 Caixaria 60 152,86 155,61 Cambelas (elevado) 200 86,64 Campeias 150 151,80 155,80 Campeias (EE) 70 72,80 74,60 Cantoneira 300 126,50 128, 10 Carreira Tiro (EE) 2 x 400 8 1,50 85 ,00 Carvalhais (EE) 71,14 Carvalhal 100 106,92 109,96 Carvoeira 60 156,90 159,90 Casais da Arruda 2 X 100 133,25 136,55 Casal Barbas 100 180,50 183,00 Casal Corado (EE) 2 X 100 30,50 33,80 Casalinhos de Alfaiata 500 65 ,79 69,89 Concelhos 350 114,75 118,50 Corujeira (EE) 2 x 250 167 ,07 171,07 EE2 1500 145 ,00 149,50 Erme~eira 50 91,53 94,53 Figueiredo 100 2 17,60 220,50 Fo l~ arosa (R14) 250 324,12 327,88 Forte São Vicente 2 x 45 11 2,07 114,57 Freixofeira 350 107,20 110,20 Furadouro 80 263,44 265,76 Furadouro (EE) 3 150,82 José Lisboa 2 X 600 69,50 72,40 Loural (Pedra Novo) 250 97,65 101 ,87 Loural (EE) (pedra) 50 97,82 100,74 Louriceira (RI-EE) 300 146,7 1 150,44 Louriceira (R2) 250 174 ,84 178,54 Marco Grande 2000 110,8 1 114 ,81 Matacães 2 X 100 165,03 168, 15 Matos Velho (EE) 2x 150 28,50 32, 1) Maxial 250 125 ,32 129,37 Melroeira 100 135,35 138,35 Monte do Vento 2 X 750 105,00 108 ,50 Monte Redondo 120 128,70 131,80 Monten~rão 2 x 600 128,00 13 1,90 Ordasqueira 100 122, 19 125,34 Outeiro da Cabeça 100 134,45 13,07 Ponte Rol 2 x 350 87,00 90,60 Porto Novo 100 62,75 65 ,45 Regueiras 2x1000 70,80 74,45 S. Domin~os Carrnôes 250 223,00 227,00 Santa Cruz (EE) 230 2 1,44 25,34 São Pedro Cadeira 2 x 600 95,00 98,25 Sar~e 100 122,42 126,5 1 Serra São Julião (RI-EE) 300 196, 10 199,10 Serra São J ulião (R2) 200 263,00 266,00 Serra Vila 2 x l 100 204, 10 208,60 Turcifal 250 133 .50 137,00 Varatojo 2 x 200 17 1,38 173,65 Vila Seca 50 308.17 310,67 Vila Seca (E E) 50 23 1,57 234 ,07

100/1 05 PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A - Anexo(Rev. I-2001/07/J1 )

Segundo os Serviços Municipalizados de Torres Vedras as perdas de água verificadas em 1998 foram: - Cerca de 26%, na Zona da Cidade; neste valor estão incluídos também os consumos dos espaços verdes da Cidade, cuja superfície tem tido um acréscimo significativo; - Cerca de 5% na Zona Sul do concelho; este valor, inferior ao valor habitual das perdas em redes de distribuição, deve-se ao facto de grande parte da água distribuída ser feita em alta, através das condutas principais que abastecem o Município de Mafra; - Cerca de 24%, em relação à água fornecida, na zona Serra da Vila/Marco Grande e na zona Serra da Vila/ S. Pedro da Cadeira; - Cerca de 23%, em relação à água fornecida, na zona Penedo/Campelos; embora não haja insuficiência de caudais na origem, na zona de Outeiro da Cabeça/Cabeça Gorda, nas ho­ ras de ponta, ainda subsistem problemas resultantes do envelhecimento e subdimensio­ namento das redes, os quais serão ultrapassados com a realização das obras projectadas; - Cerca de 19% na zona de Louriceira, valor para o qual contribuiu decisivamente a anula­ ção dos fontanários. Por último, refere-se que, no final de 1998, o comprimento das condutas e redes de distribui­ ção concelhias atingia 854,2 krn.

101 / 105 @)PROCESl ...... _...... , ., ...... - PBH das Ribeiras do Oeste Tomo7A-Anexo(Rev. I-2001/07/31)

i , - [) Servida em reservatórios % atendo Sistema de Captações Tcat.mento olume total Freguesia nai 1998 I na Freguesia Ab.stedmento Qtd. (m') 1998 (a) Nome I Qtd. Tipo 11991 Censo NftHab. Total N° Hab. I Total 2 FUROS(2) SIM 6 2200 ~ADOS 7895 8938 12207 5190 7847 58.1 % 3004 3269 2657 81,3% cJ'l.ElRA FUROS(2) SIM 2 1-- 150 2829 2478 24' 332 332 13,4% DO IS PORTOS ~RO(l) N. DOIS 2394 2108 21 326 15.5% FELlTEIRA MINA( I) NÃO I 91 DOIS 2394 2108 2 11 187 187 8,9% GERAL 25 FUROS(6)(b) SIM(e) 59 24228 OS 1895 8938 68195 3143 546 i7 35,2% EPAL 2883 2724 : ARMQES 871 741 466 ARVOEIRA 1675 1527 1481 I DOIS PORTOS 2394 2108 899 I FREIRIA 2270 266 1 2661 11 MATACÃES 1288 I t69 ~ 90. 1% MAXIAL 2829 2478 1987 80.2% MONTE REDONDO 822 944 914 96,8 %_ OUTEIRO DA CABEÇA 986 1138 1042 91.6% PONTE DO ROL 2160 96,9% RAMALHAL .}vuq. .}"0'7 446 13,6% ..... ""'IRA 5579 !% LO' 4987 i% IDAC )53 454 3662 i% ------) E S.TIAGO -'5)97 13569 13096 96.5% TI 2882 3291 3177 96.5% V 5011 4324 4160 96.2% RUNA 1124 1016 974 ~.9%_ MIRAGALA (Cone. de I EPAL (Cone. de Sobral I (e) (e) (e) (e) I (e) CA - ~ 747 2855 70 113 9.4% de Mte. A ra o) DOIS 2394 2108 4~ ~Q% SERRA DA VILA (Cone'l (f) (Q (f) (f) I (f) S.PEDRO DA CADEIRA 4053 4542 4542 682 682 15.0% ~Mafra) (a) Relação População Servida/População Residente (b) Furos de Campelos (c) A EPAL fornece água já tratada; a água captada nos furos é tratada (d) Ver Concelho de Lourinhã (e) Ver Concelho de Sobral de Monte Agraço (f) Ver Concelho de Mafra Tabela 2.12 - Características dos sistemas de abastecimento

102/105 ~P~~!S, ~ 9 1,~B ~:,:':,' . J. O t!!.~.'!!!!!PMO l;ql3'J ...... ,,""...... - " " ~ .. PBH das Riheiras do Oesle

Tomo 7 A o Anexo (Re \'. 1 - 20(1/07131)

3. Sub-Região Pinhal Litoral

3.1. Concelho de Porto de Mós

o abastecimento de água domiciliário no Concelho de Porto de Mós, com uma população to­ tal residente em 1998 de 24 539 habitantes (valor estimado) segundo uma projecção do Censo de 1991, distribuída pelas 13 freguesias concelhias, é feito por 2 sistemas: sistema de Mira de Aire e sistema de Batalha/Porto de Mós. No Concelho de Porto de Mós não dispõem de distribuição de água os núcleos habitacionais Codeçal e Chão das Pias (com um total de 132 habitantes residentes em 1998) da Freguesia de Serro Ventoso e a Freguesia de São Bento (com 970 habitantes residentes em 1998). Apresenta-se seguidamente, sob a forma de tabela, o número de habitantes de cada freguesia servidos e o correspondente sistema de abastecimento.

NÚMERO DE HABITANTES COM DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Sistema de Abastecimento Freguesia Mira de Aire BataIha/Porto de Mós

Alearia 300 o Alqueidão da Serra 352 1439

Alvados 552 o

Arrimai o 771

Calvaria de Cima o 2098

Juneal o 3322

Mendiga o 949

Mira de Aire 4326 o

Pedreiras o 2782

São Benlo o o S. João Baptista - 2757 S. Pedro o 2693 Serro Ventoso - 903

No Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste eslão compreendidas apenas as fregue­ sias de Juncal e Pedreiras, com um lolal de 6 153 hab. residentes em 1998 (valor estimado). Nas referidas duas freguesias apenas a população considerada isolada (49 hab. em 1998, no total) não dispõe de distribuição de água. Caracteriza-se seguidamente e resume-se na Tabela 3.1 o sistema de abastecimento de água Batalha/Porto de Mós mencionado na parte directamente relacionada com as freguesias incluídas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste.

1031105 PBH das Ribeiras do OCS ll' Tomo 7 A • Anexo (Re\'. I - 200 1/07/31)

3.1.1. Sistema Batalha/Porto de Mós

Serve, no Concelho de Porto de Mós: - todos os núcleos habitacionais das freguesias de ArrimaI, Calvaria de Cima, Juncal, Men­ diga, Pedreiras, S. João Baptista e S. Pedro; - Demo Velho, Casais dos Vales e Alqueidão da Serra, da Freguesia de Alqueidão da Serra; - os núcleos habitacionais da Freguesia de Serro Ventoso com excepção de Codaçal e Chão das Pias. É abastecido a partir de 7 furos de captação e 1 poço (P2), dos quais apenas o poço P2, locali­ zado na Freguesia de S. João Baptista, não alimenta as freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. A água captada nos 7 furos é elevada para o reservatório Fonte dos Vais (RI), com 600 m', onde é desinfectada. A partir deste reservatório a água é elevada para vários reservatórios, de que se cita apenas o reservatório de S. Jorge (R226), elevado, com 300 m', por ser este que abastece os reservatórios directamente ligados com o abastecimento das freguesias em causa. O reservatório de S. Jorge (R226) abastece os reservatórios Chão Pardo (R237), com 200 m', e Pedreiras (R45), também com 200 m'. O reservatório Chão Pardo (R237) abastece o reservatório Andaínho (R240), com 50 m', e o reservatório Pedreiras (R45) abastece os reservatórios Albergaria (R57), com 300 m', e Juncal, com 100 m" Os reservatório Chão Pardo (R237), Andaínho (R240), Pedreiras (R45), Albergaria (R57) e Juncal abastecem as redes de distribuição dos aglomerados das freguesias de Juncal e Pedreiras, compreendidas, conforme referido, no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste. O sistema entrou em exploração em 1965. Actualmente o abastecimento faz-se sem falhas; estima a Câmara Municipal que, da água captada, cerca de 40% seja perdida.

104/1 05 @)PROCESL , .."- 4 ...... ~...... ~ ". PBH das Ribei ras do Oeste Tomo 7A - Anexo (Rev. 1-2001/07/:1 1)

PORTO DE.MOS Sistema de População Residente População Servida em Captações reservatórios % atendo Abastecimento Freguesia na Freeuesia 1998 Tratamento na Freguesia lVolume total 1998 Nome Qtd. Tipo Qtd. 1991 Censo Total N° Uab. Total (a) (m') N'Hab_ BATALHA /PORTO DE POÇO( 1) E FU- 8 SIM 5(c) 850 JUNCAL 3122 3326 6153 3322 6104 99.9% MÓS ROS(7) (b) PEDREIRAS 2652 2827 2782 98,4% ALQUEIDÃO DA SERRA(d) CALVARIA DE CIMA(d) ARRIMAL(d) MENDlGA(d) SÃO JOÃO BATlSTA (d) SAO PEDRO(d) SERRO VENTOSO(d)

(a) Relação População Servida/População Residente (b) Só a água dos furos é usada para abastecimento das freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (c) reservatóri os directamente relacionados com as freguesias compreendidas no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste (d) Freguesia não compreendida no Plano de Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste

Tabela 3_1 - Características dos sistemas de abastecimento

105/105 @PROCESL GIBB ,~.", .o f!!.'!!!..Ç.~MO :"".'(Ci~:'';; ,~.,._. , . Ia .,...... ,..... "~ ... -"...... Qw;.J