, o poeta do Novo

Vitor Cei Universidade Federal de Minas Gerais

A palavra ocultismo, do latim occultare, resgatar valores buscados quase que alea- “esconder”, designa, desde o século XIX, toriamente entre a mística oriental e idealiza- correntes doutrinárias que admitiam como ções cósmico-panteístas, através das quais verdade fundamental a existência de rea- o homem poderia supostamente recuperar o lidades supra-sensíveis e supra-racionais, sagrado que foi reprimido pela racionalidade acreditando que tais realidades intervêm na moderna e, por conseguinte, algum sentido vida humana. Os ocultistas crêem poder se diante da crise de valores que marcou a vi- comunicar com as entidades espirituais, u- rada do século XIX para o XX. Conforme sando as suas forças ou energias para obter Cesar Augusto de Carvalho: efeitos benéficos (magia branca) ou maléfi- cos (magia negra). A concepção mítica da Terra como Na Inglaterra, entre o final do século XIX a Grande Mãe, recuperada das e o início do século XX, revivals religiosos tradições indígenas e orientais, disseminavam a cultura egípcia, com suas fundamenta a visão holística de lendas de maldições de faraós e seitas cul- uma totalidade integrada por re- tuando os antigos deuses. Essa conjuntura lações de interdependência. Visão se faz representar pelo holismo, doutrina que que é, também, uma tentativa de prioriza o entendimento integral do todo, resolver a dicotomia entre corpo e buscando uma “união cósmica” entre hu- mente, espírito e matéria e, com mano, divino e natureza. isso, resolver a questão da dua- A palavra holismo, do grego hólon, lidade, o fundamento da lógica “todo”, em inglês remete tanto a whole racional (CARVALHO, 2008, p. (inteiro, global) quanto a holy (sagrado). 26-27). No contexto pós-moderno de profecias apo- É nesse contexto marcado por ocultismo e calípticas que anunciam a crise da razão e o holismo que nasceu a insólita idéia de “Novo fim do saber objetivo, o holismo é uma tenta- Aeon” apresentada pelo escritor e feiticeiro tiva de reencontrar a totalidade do universo, inglês Aleister Crowley (1875 -1947). Se- unindo a consciência cósmica individual ao gundo o ocultista Lon Milo DuQuette, Crow- cosmos (JAPIASSÚ, 1996). ley, em 1904, durante sua viagem de lua-de- O holismo surge como uma proposta mel ao Cairo, no Egito, teria psicografado de reencantamento do mundo. Ele tenta sua principal obra, o Livro da Lei (Líber AL 2 Vitor Cei

vel Legis) da entidade espiritual autodeno- mento espontâneo e as mulheres eram con- minada , um mensageiro dos deuses sideradas fontes da vida. Segundo DuQuette: do Novo Aeon. O insólito evento corres- ponderia ao inicio de uma nova era (DU- Nos obscuros princípios do éon, QUETTE, 2007). os humanos eram ignorantes sobre O que é isto – o Novo Aeon? A palavra os mistérios do sexo e do nasci- latina aeon apresenta os sentidos de era, mento, da sua causa e efeito. A tempo, geração ou eternidade. Sua origem vida parecia vir apenas da mulher. etimológica é o vocábulo grego Aiôn, nome O sangue escorria do seu corpo próprio de uma entidade alegórica, filha de inexplicavelmente com o mesmo Cronos. Aiôn, um dos conceitos gregos ciclo que a lua tinha. Quando de tempo, se reveste de diversos sentidos: o ciclo de sangramento era inter- tempo sem idade, eternidade, idade, geração rompido, a barriga dela inchava e século (PEREIRA, 1998; PAIVA, 2000). durante nove luas até que uma Enquanto experiência de tempo, a palavra nova vida brotasse. Então, ela pode se referir tanto ao período que a pessoa continuava nutrindo essa vida com já viveu quanto ao período que ainda viverá. seu leite, o sangue branco dos Pode significar, ainda, o passado obscuro e seios dela, e sem esse alimento, distante ou o futuro longínquo. Em outra tirado diretamente de seu corpo, a perspectiva, apresenta os sentidos de vida, nova vida morreria (DUQUETTE, duração da vida, medula espinhal, substân- 2007, p. 35). cia vital, esperma, suor (PEREIRA, 1998; PAIVA, 2000). O início do Aeon de Osíris marca o fim Crowley afirma que cada grande período do matriarcalismo e o início do patriarca- espiritual (Aeon) é caracterizado por uma lismo. Quando se tornou conhecido que sem fórmula mágica que consistiria no enunciado o sêmem do homem a mulher permanece- de como os fatos e as teorias cosmológicas ria estéril, aconteceu uma revolução na cons- são percebidos, podendo tomar a forma de ciência de gênero e na organização social: a axiomas ou conjuntos de símbolos que au- Grande Deusa assumiu o lugar de esposa do mentariam a capacidade dos indivíduos de Deus Pai. Em aproximadamente 260 a.C., perceberem a si mesmos e ao universo. início da era astrológica de Peixes, a fórmula O mago reconhecia nos deuses egípcios patriarcal osiriana havia se cristalizado como Ísis, Osíris e Hórus (respectivamente mãe, o mito central de incontáveis culturas e civi- pai e filho) as fórmulas mágicas caracterís- lizações, continuando a dominar até hoje a ticas dos três últimos Aeons. O primeiro, a vida espiritual e sociocultural da maior parte fórmula da Grande Deusa, teria começado da humanidade. aproximadamente em 2.400 a.C., data que A doutrina osiriana – de modo semelhante também marcaria o começo da era astroló- à moderna ideologia burguesa do progresso gica de Áries. O período seria marcado pelo – apregoa que os males do presente (subde- matriarcalismo, em que a natureza era perce- senvolvimento, infortúnios, sacrifícios, pri- bida como um processo contínuo de cresci- vações e violências de todo tipo) serão re-

www.bocc.ubi.pt Aleister Crowley, o poeta do Novo Aeon 3 compensados por bens futuros (desenvolvi- de defensor do uso de sexo e drogas para mento, dinheiro, liberdade, prazer e poder). fins mágicos. Foi partidário de um indivi- Todavia, o que acontece no Aeon de O- dualismo extremista, apregoando a autono- síris é uma cumplicidade entre progresso e mia individual na busca da liberdade e na regresso, associados ao mesmo projeto: o satisfação das inclinações naturais, em detri- do ímpeto desenfreado de extração e acumu- mento da hegemonia da coletividade massi- lação de riquezas, demolindo quase todas as ficada e despersonalizada. Sua magia con- barreiras naturais e morais. No Velho Aeon, dena todas as formas de poder e autoridade privilegiados e excluídos são as duas faces que restrinjam a soberania e a liberdade ab- da mesma moeda. solutas do indivíduo. O Novo Aeon, por sua vez, seria o de O ocultista José Roberto Abrahão explica Hórus, a fórmula mágica da criança coroada que Aleister Crowley, dentro do espírito e conquistadora, que reconciliaria e trans- da Lei de , definiu a magia como cenderia a fórmula das duas eras anteriores, “a ciência e arte de provocar mudanças de tendo-se em vista que os Aeons são marca- acordo com a vontade” (ABRAHÃO, 2006, dos por uma cosmovisão predominante, mas p. 13). Abrahão classifica a magia do não constituem períodos estanques. Ou seja, escritor inglês como pragmática, em con- o iniciar de uma era não significa o fim das traposição a uma magia dogmática. Esta anteriores, e sim sua perda de influência. última, assim como as religiões predomi- Dessa forma ainda se encontram os antigos nantes, faz uso de símbolos canônicos, a- valores no decorrer do tempo. Nesse sentido, lheios aos indivíduos. A pragmática, por desde o início do século XX vem aconte- sua vez, se caracteriza por fazer uso ape- cendo um combate entre as forças dos Aeons nas de símbolos pessoais. Os autênticos de Osíris e de Hórus, o pai autoritário contra thelemitas buscariam um caminho indivi- o filho rebelde. dual, anárquico, fazendo uso de simbologias O presságio do Novo Aeon era seria im- singulares. pulsionado pela fórmula mágica designada Para alcançarmos uma melhor compreen- “Lei de Thelema”, expressão simbólica que são da doutrina thelemita, precisamos fazer se deve enunciar e seguir para se alcançar o a leitura do Liber Oz, manifesto de Crowley Novo Aeon. que resume os preceitos da Lei de Thelema A palavra grega thelema pode ser e serve como declaração de princípios para o traduzida por vontade. Etimologicamente, Novo Aeon. Nas palavras do autor (CROW- aproxima-se de theós, o divino, e de thélgo, LEY, 2009): encantar magicamente (PEREIRA, 1998). Os três sentidos da palavra, como veremos, “A Lei do Forte: Essa é a nossa lei e a misturam-se na Lei de Thelema, que tem alegria do mundo” (AL 2.21). como máxima “Faze o que tu queres deverá “Faze o que queres, há de ser tudo da ser o todo da Lei!” (CROWLEY, 1999, p. 6). Lei” (AL 1.40). Crowley, coerente com a fórmula do Novo “Não tens direito fora fazer o que queres. Faz isto, e ninguém dirá não” Aeon, foi um poeta da liberdade irrestrita (AL 1.42-3). e da vontade como máxima soberana, além www.bocc.ubi.pt 4 Vitor Cei

“Todo homem e toda mulher é uma es- de esperar que um poder transcendente jus- trela” (AL 1.3). tifique o mundo, o ser humano tem de dar NÃO HÁ DEUS ALÉM DO HOMEM sentido à própria vida. A vontade de toda 1- O homem tem o direito de viver pessoa já estaria em perfeita harmonia com pela sua própria lei a vontade divina, constituindo uma única e de viver da maneira que ele quiser; mesma vontade. Assim, a única fonte de o- de trabalhar como ele quiser; rientação espiritual confiável em todo o uni- de brincar como ele quiser; verso seríamos nós mesmos. O indivíduo, de descansar como ele quiser; não Deus, passa a ser o centro do Universo, de morrer quando e como ele quiser. 2- O homem tem o direito de comer o declara o mago: “Eu estou só: não existe que ele quiser Deus onde eu sou” (CROWLEY, 1999, p. de beber o que ele quiser; 15). de se abrigar onde quiser; Em contrapartida, os “escravos”, seguindo de se mover como queira na face da a máxima “Seja feita vossa vontade”, seriam Terra. aqueles que pregam a rendição da vontade 3- O homem tem o direito de pensar o individual à vontade de uma entidade supe- que ele quiser rior (seja Deus ou o Estado). Os escravos, de falar o que ele quiser; isto é, os resignados, impotentes, esperam de escrever o que ele quiser; que um poder exterior justifique o mundo, de desenhar, pintar, esculpir, gravar, obedecendo às vontades alheias em detri- moldar, construir como ele quiser; mento de suas vontades individuais. Nesse de vestir-se como quiser. sentido, permanecem sem questionar os va- 4- O homem tem o direito de amar lores e costumes tradicionais, submetendo- como ele quiser se servilmente às autoridades e instituições “Pegai vosso quinhão e vontade de amor como vós quiserdes, quando, estabelecidas. onde e com quem quiserdes” (AL Seguir a Lei de Thelema exigiria força 1.51). de vontade. Os homens fortes e plenos, 5- O homem tem o direito de matar em oposição aos escravos e servos do Velho aqueles que possam frustrar esses di- Aeon, deveriam agir de acordo com seus reitos propósitos, sem obedecer irrefletidamente a “Os escravos servirão” (AL 2.58). qualquer poder externo ou vontade alheia. “Amor é a lei, amor sob vontade” (AL Os homens fortes, diante do estado de tor- 1.57). por niilista em que vive a humanidade, cria- riam novos valores e objetivos para a vida. O Liber Oz é a declaração thelêmica dos Se antes o sentido da vida era o de obedecer direitos da humanidade. Crowley anuncia a leis e regras morais; se o sentimento de es- uma era de liberdade irrestrita para o ser hu- tar ao lado da verdade ou de estar salvo junto mano. Homens e mulheres, alcançando a sua a Deus ou ao Estado era a recompensa que harmonia com o próprio Universo, estariam trazia o bem-estar, no Novo Aeon a vontade capacitados a assumir seu status divino e rea- individual é a lei e alegria do mundo. lizar as suas verdadeiras vontades. Em vez

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É preciso, então, conferir um sentido à e- mundo, com a condição de que ele se es- xistência. Um significado que a engrandeça force para tomar posse de si mesmo a fim e a fortaleça, tornando a vida digna de de matar o velho homem racional e revestir- ser vivida. Para Crowley esse sentido é se do Novo. Nesse sentido, o misticismo o caminho individual expresso na Lei de pode facilmente degenerar em idolatria dog- Thelema. A partir dela o homem pode mática, sectarismo e fuga da realidade, resul- se direcionar para o desenvolvimento de si tando em certo obscurantismo refratário aos mesmo e da sua própria grandeza. Esta é ideais da racionalidade esclarecida. a proposta do autor: viver, a partir de suas Douglas Kellner esclarece que as pes- próprias paixões e desejos, aquilo que lhe dá soas se sentem atraídas pelo oculto quando o maior sentimento de força e realização e, percebem que, dominadas por forças sociais a partir daí, desenvolver-se ao máximo nesse poderosas, já não exercem controle sobre caminho. suas próprias vidas. Diante da dificuldade de A Lei de Thelema emerge da crença lidar com a realidade social, o oculto se torna na inutilidade das lutas no campo político- uma fantasia escapista, recurso satisfatório institucional, pois redundariam sempre em para explicar as circunstâncias desagradáveis alguma forma de opressão ao indivíduo. A ou os acontecimentos incompreensíveis com transformação social viável para resolver os a ajuda de mitologias religiosas, mágicas ou problemas do homem dentro da sociedade sobrenaturais (KELLNER, 2001). só poderia ser alcançada na medida em que O holismo massificou-se nas décadas de cada um pense por si próprio, suprimindo to- 1960 e 1970, período caracterizado pela cur- das as formas de autoridade estabelecidas, tição e pelo esoterismo, com destaque para tendo em vista a realização dos desejos in- a busca de uma utopia mística até no uso dividuais. Nesse sentido, uma possível re- de drogas. No caso brasileiro, a impor- volução thelêmica seria fruto da organização tação da contracultura trouxe, juntamente coletiva das vontades individuais. com o flower power, a demanda por re- Em contrapartida, a auto-referência ligiões, ideologias e terapias de países o- thelemita resvala no impasse da falta de rientais. Essa importação manifestou-se na critérios, arriscando uma inconseqüente adesão descompromissada a religiões tradi- degradação de valores que leve ao domínio cionais, como o Budismo, ou a seitas mais autoritário dos fortes ou a um conformismo novas, como a Seicho-no-iê, bem como na em relação ao status quo, pois seus adeptos apropriação da ioga indiana, da alimentação não se sentem obrigados a se engajar em macrobiótica japonesa, do Tai-chi-chuan e nenhuma ação verdadeiramente eficaz ou a da acupuntura chineses e de outras formas da assumir qualquer responsabilidade social, medicina oriental. ética ou política. Nos anos 1960 e 1970, Aleister Crow- A postura que os thelemitas adotam tem ley, por ser uma figura mítica e contro- algo de solipsista: o ego é a realidade ver- versa, despertou muito interesse entre artis- dadeira e nenhuma exigência deve trans- tas, tornando-se guru da contracultura e do cender os limites desse Eu. A felicidade rock. Esse estilo musical, que desde suas completa do indivíduo seria possível neste origens foi associado, de uma forma ou www.bocc.ubi.pt 6 Vitor Cei de outra, ao ocultismo, tem sido freqüente- “revolução interior”, capacitando- mente acusado de incitar a rebeldia e desper- os para transformar este pobre e tar, nos jovens, sentimentos transgressores. desgraçado mundo num “melhor A obra do mago inglês, indo ao encontro dos mundos”, num mundo de paz, da necessidade de contestação dos rebeldes, de harmonia, num mundo da “nova foi cultivada como o prenúncio da Nova Era, era”? Não sei. Talvez. Ou que os jovens tentavam materializar em co- será que não lhes fornece apenas munidades alternativas e pela qual tanto an- algumas “receitas” ou “macetes” siavam. meio científico, meio filosófico Desde aquela época, podemos observar o para que possam “viver” melhor, crescimento da consulta a horóscopos, ma- se “sentir” bem consigo mesmos, pas astrológicos e cartas do tarô, a crença em se suportarem um pouco melhor, bruxas e nos poderes energéticos de cristais chegarem ao tal de “autoconhe- e de réplicas de pirâmides do Egito. Até o cimento”, num mundo ou numa turismo se valeu disso, promovendo cidades sociedade mais ou menos insu- no interior do Brasil que seriam pontos de portáveis, mas nos quais se vêem pouso de discos-voadores ou que teriam pas- obrigados ou condenados a se in- sagens secretas para o interior do planeta, serirem e a viverem? (JAPIASSÚ, onde viveriam civilizações espiritualmente 1996, p. 185). mais avançadas. Por conseguinte desenvolveu-se um mer- Concluímos que as receitas mágicas de cado segmentado, com lojas, cursos, feiras, Aleister Crowley são reveladoras de um dis- congressos, livros e, claro, profissionais es- curso insólito, em que loucura e drogas, ur- pecialistas, como astrólogos, magos, vi- banidade e ecologia, paranóia e violência, re- dentes e cartomantes. ligião e ocultismo, amor e ódio, formam o Atualmente, multiplicam-se, por toda pano de fundo de uma experiência múltipla e parte, os gurus e “mestres”, propagando ou contraditória. Com seu discurso do corpo, da vendendo suas “luzes”, sua “paz”, sua “har- festa, da droga e da busca de novas formas de monia”, suas meditações e suas “receitas” percepção, Crowley impulsionou trajetórias para o bem-estar espiritual de uma clientela existenciais de grande força contestatória. A cada vez mais insegura, sem referenciais e idéia do advento de uma nova era, com todo sem “portos seguros” quanto ao futuro. o misticismo que isso agrega, representou a O holismo e o ocultismo foram apro- possibilidade de escapar à racionalidade vio- priados pela lógica cultural do capitalismo lenta e sufocante do mundo em que vivemos. tardio, convertendo-os em simulacro de metafísica – o espiritual a serviço do capi- Bibliografia tal. A propósito, Hilton Japiassú questiona os resultados dos movimentos holistas: ABRAHÃO, J. R. R (2006). Curso de magia. [S.l.]: Editora Super- São realmente eficazes para trans- virtual. Disponível em: http:// formar suas vidas, provocar nelas a

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