Plano Municipal De Redução De Risco Cabo De Santo Agostinho 1
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ARQUITETU RA E PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCO CABO DE SANTO AGOSTINHO VOLUME I – INFORMAÇÕES GERAIS Maio – 2006 3535235 VOLUME I – INFORMAÇÕES GERAIS 2 3535335 Prefeito – LUIZ CABRAL DE OLIVEIRA FILHO Vice Prefeito – JOSÉ IVALDO GOMES Secretário de Planejamento e Meio Ambiente – WILSON DE QUEIROZ CAMPOS JÚNIOR Secretário Executivo de Habitação e Urbanismo – MARCOS GERMANO DOS SANTOS SILVA Secretário de Infra Estrutura – OSWALDO JOSÉ VIEIRA DE MELO Secretário de Assuntos Jurídicos e Defesa da Cidadania – JOÃO BATISTA DE MOURA Secretário Executivo de Defesa Social – JOÃO BATISTA DE MOURA Coordenadoria de Defesa Civil – ANA SANDRA ARRUDA Secretário Regional 1 – OSVALDO LEITE MACIEL Secretário Regional 2 – EDSON MAFRA LUNA Secretário Regional 3 – ISRAEL MARCOS BEZERRA Secretário Regional 4 – VARIVELTON ALVES DA CRUZ Defesa Civil Regional 1 – JOSÉ KENNEDY DE SANTANA Defesa Civil Regional 2 – EDUARDO FRANCISCO DOS SANTOS Defesa Civil Regional 3 – MIGUEL DE MOURA GONÇALO Defesa Civil Regional 4 – ANTONIO ROBERTO DE BARROS ENOC JOSÉ SEVERIANO Equipe Técnica da Consultora ESTELLA SUZANA MATIAS BRAGA HILDA WANDERLEY GOMES ARQUITETU RA E ENGENHARIA LUIZ ANTONIO WANDERLEI NEVES FILHO Engenharia – LUCIANA MACÁRIO SIMÕES DA SILVA CRISTIANE BARROSO VIANA Estagiário de Engenharia – ROBSON GOMES Geologia/ Geotecnia – KLEBER ROLIM Arquitetura/ Urbanismo – JAIRO GONÇALVES LIMA FILHO ANDERSON LUIZ ARAGÃO DA SILVA ANTONIO JORDÃO DOS SANTOS NETO Área Ambiental – RICARDO SILVA D’ANUNCIAÇÃO JÚNIOR Área Social – DINIZ GOMES CAMPOS Geoprocessamento – JOSÉ GLEIDSON DANTAS KLEBERTH DOMINGOS 3 3535435 INTRODUÇÃO O Ministério das Cidades inovou quando tomou como objeto a cidade em seu conjunto, com a proposta de superar as políticas setoriais e pulverizadas. A tarefa foi facilitada pelo forte impulso social dado nos últimos 20 anos para incluir a questão urbana na agenda política nacional. Um crescente movimento social, incluindo setores populares, profissionais, acadêmicos, parlamentares, empresários e governos locais haviam conquistado algumas vitórias por meio da inclusão do tema urbano na Constituição Federal de 1988 seguido de sua regulamentação com o Estatuto das Cidades em 2001; dedicado ao planejamento e à construção de soluções para os graves problemas há muito tempo acumulados em nossas cidades e sofridos, especialmente, pela parcela de mais baixa renda que compõem a maioria da nossa população. É dispensável aprofundar aqui o diagnóstico dos problemas urbanos no Brasil atual: caos nos transportes coletivos com a decadência da regulação pública, aumento de favelas em níveis inéditos pela falta de alternativas habitacionais para a classe media e para a baixa renda, poluição de rios, córregos, lagos e praias pela falta de saneamento, números de guerra civil nas mortes provocadas pelo trânsito, destruição das áreas ambientalmente frágeis com ocupações ilegais das beiras dos córregos, morros, dunas, mangues, mananciais de água etc. O quadro de exclusão territorial e degradação ambiental encontrado no espaço urbano, além de submeter à maioria da população a uma inserção precária e vulnerável na cidade, geram graves situações de risco de vida por ocasião dos períodos chuvosos mais intensos, atingindo principalmente os habitantes das favelas e loteamentos irregulares instalados nas encostas de morros urbanos e em baixadas junto às margens de cursos d’água. Com o crescimento desordenado de nossas cidades acumulamos problemas para várias gerações. Isto fica ainda mais evidenciado através dos desastres, tais como escorregamentos nos morros e inundações nas baixadas. Já se dispõe de recursos técnicos capazes de melhor conduzir a ocupação nos morros, do ponto de vista de segurança geotécnica, mas estes quase nunca são utilizados. Neste importante momento do urbanismo nacional, quando os municípios terão que elaborar seus planos diretores vale recomendar que todos os municípios com encostas estabeleçam políticas e critérios técnicos claros para a ocupação (ou não ocupação) dos morros. De qualquer modo, parece razoável admitir que o problema do adensamento humano nas cidades tem trazido conseqüências impossíveis de serem vencidas unicamente por esforço unilateral de autoridades locais. Numa segunda perspectiva, pode presumir que o Ministério das Cidades, ao oportunizar uma ampla discussão sobre o tema urbano, está se empenhando no fortalecimento dos laços federativos (união, estados e municípios). Essa estratégia aponta para um ambiente institucional que evite a dispersão de recursos e esforços, e crie maior coesão do poder público para conter os problemas que emergem do crescimento desordenado das cidades. O combate à exclusão territorial e degradação ambiental constituem objetivos centrais das políticas de desenvolvimento urbano e pressupõe uma atuação decisiva na política de prevenção de desastres sócio ambientais. O direito de todos a um lugar seguro onde viver em paz e com dignidade - eixo estratégico da Campanha Mundial pelo Direito à Moradia - alcança hoje maior complexidade e novas dimensões. Enfrentar essas situações exige, de cada governante, muito esforço, criatividade e determinação política, mas requer também que os cidadãos estejam presentes efetivamente para planejar e realizar ações abrangentes e integradas. 4 3535535 APRESENTAÇÃO O presente documento contém relatórios divididos em três volumes, sendo: I – Informações Gerais, onde aborda informações gerais do PMRR, justificando a importância deste Plano, as características do município do Cabo de Santo Agostinho e os aspectos metodológicos adotados para elaboração do PMRR; II - Mapeamento de Risco, onde aborda os processos de elaboração do mapeamento, sua interface com os aspectos sociais, geológicos, geotécnicos, ambientais, de engenharia e infra-estrutura, a montagem da base cartográfica, e os quadros gerais do Mapeamento de Risco do Município do Cabo de Santo Agostinho; IIII – Plano Municipal de Redução de Risco, do município do Cabo de Santo Agostinho – PE, onde apresenta as intervenções estruturais, sua hierarquização e planilhas de custos, as intervenções não estruturais, como recomendação necessária à redução de risco, serão apresentadas também os quadros gerais de todos os Setores de Risco, como as intervenções propostas. Este documento reúne os elementos e informações referentes ao Plano Municipal de Redução de Risco, segundo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério das Cidades, no seu Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários, Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários. Ele sintetiza o resultado de uma ação articulada e integrada, desenvolvida em parceria pelo Governo Federal, Estadual e Municipal, com a participação da comunidade. Pretende sensibilizar os agentes públicos para a manutenção desse esforço coletivo e para a consolidação do processo de planejamento e controle urbanos. Neste sentido, verifica-se o grande esforço coletivo para mapear onde está o risco, delimitando seus setores e sua hierarquização. O município do Cabo de Santo Agostinho tem um grande déficit de investimentos em áreas de risco, frente à forte dinâmica de ocupação, que gera quotidianamente novas situações. O trabalho realizado pelo “VIVA O MORRO” identificou muitos pontos de risco no município. A prefeitura encara esta problemática com preocupação e busca enfrentar o desafio de modo sistêmico, com ações estruturadoras e ações pontuais, cujos resultados se perdem no universo dos problemas que a cidade tem a enfrentar nos períodos de chuvas, como os acidentes de deslizamentos, erosões severas, inundações e as respectivas conseqüências, representadas por perdas materiais e - o que é mais grave - de vidas humanas. O objeto do Plano Municipal de Redução de Risco é a composição dos serviços técnicos integrados de engenharia, arquitetura, urbanismo, social, geologia, geotecnia, geoprocessamento abrangendo todos os assentamentos, localizados em áreas de encostas ou margens de cursos d'água no território do Município do Cabo de Santo Agostinho, identificados como áreas sujeitas a situações de risco decorrentes de processos erosivos e/ ou inundação. Já o Plano de Intervenções Estruturais, conforme recomendações do MCidades e da Unidade Gestora, é focado para os setores de encostas. Ressaltamos que o SIG – Sistema de Informações Geográficas será parte do próximo produto, ficando para finalizar o processo de elaboração do PMRR, a Audiência Pública cujo relatório será entregue após esta ser realizada. 5 3535635 SUMÁRIO VOLUME I – INFORMAÇÕES GERAIS 1. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 07 2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................ 09 3. ASPECTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 26 4. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ......................................................................... 35 6 3535735 1. JUSTIFICATIVA A paisagem urbana, das localidades situadas em áreas de risco encontradas mostra um elevado adensamento, com ocupação desordenada, de baixo padrão construtivo e índice de desenvolvimento humano baixo. Apesar de consolidadas, estas áreas sofrem todo inverno situações de enchentes e desabamento de barreiras, apesar do trabalho preventivo desenvolvido pela Prefeitura. Porém os recursos são escassos e não acompanham a velocidade em que surgem os problemas. Foram observadas várias situações, em que, em sua maioria foi deflagrada pelos próprios moradores,