Plano Municipal De Redução De Risco Cabo De Santo Agostinho 2
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ARQUITETU RA E PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCO CABO DE SANTO AGOSTINHO VOLUME II – MAPEAMENTO DE RISCO Maio - 2006 6565265 VOLUME II – MAPEAMENTO DE RISCO 2 6565365 SUMÁRIO VOLUME II – MAPEAMENTO DE RISCO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 04 2. ASPECTOS SOCIAIS ............................................................................................. 06 3. ASPECTOS DE URBANISMO E INFRA-ESTRUTURA ......................................... 12 4. ASPECTOS AMBIENTAIS ...................................................................................... 31 5. ASPECTOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS .................................................... 35 6. MONTAGEM DA BASE CARTOGRÁFICA ............................................................. 52 7. QUADROS RESUMOS ........................................................................................... 54 8. ANEXOS .................................................................................................................. 62 3 6565465 1. INTRODUÇÃO O Mapeamento de Risco abrange os assentamentos precários indicados pelo monitoramento da Defesa Civil, localizados em áreas de encostas ou margens de cursos d'água no território do Município do Cabo de Santo Agostinho, identificados como áreas sujeitas a situações de risco decorrentes de processos erosivos e inundação, conforme objeto do Termo de Referência. O Mapeamento de Risco contém em um mesmo ambiente as informações cartográficas disponibilizadas pelo governo municipal (bases cartográficas) e as informações descritivas, devidamente tratadas, resultando na hierarquização de setores de risco. Esta hierarquização foi obtida através da sistematização e tratamento das informações/ levantamentos de campo. O Mapeamento de Risco deverá ser considerado como um instrumento no planejamento urbano essencial, no registro da situação atual (março/2006), ele deve permitir e facilitar o acompanhamento das transformações futuras no ambiente, por conta tanto de intervenções previstas no plano, quanto por fatores outros, positivos ou negativos, especialmente presentes na dinâmica dos assentamentos precários. Por conta disso, o mapeamento se agregará ao sistema de acompanhamento/ gestão da operacionalização do plano, que contém instrumentos / rotinas específicos para a atualização das informações em tempo real, de forma a se constituir num produto perene. Conforme apresentado anteriormente (volume-I), com a adoção de metodologia que segue a recomendada pelo Ministério das Cidades, o mapeamento foi elaborado objetivando o cadastramento dos pontos de risco e o zoneamento destes. No cadastramento dos pontos de risco, a equipe partiu dos relatórios de monitoramento dos pontos de risco da coordenadoria de Defesa Civil do Município e das reuniões realizadas junto às lideranças locais, das comunidades diretamente envolvidas, foram vistoriados todos os pontos, com indicação do grau de risco. As informações levantadas através das vistorias subsidiaram o cadastramento das áreas de risco, considerando os fatores de suscetibilidade e vulnerabilidade. A partir deste cadastramento foram delimitadas as zonas homogêneas em relação ao grau de risco, estabelecendo assim os setores, os quais passaram por um processo de individualização, sendo: aplicação de fichas/ relatórios de campo – informações geológicas, geotécnicas, de engenharia, urbanísticas, social, ambiental, estabelecimento de escala para hierarquia de risco – risco baixo = 1, risco médio = 2, risco alto = 3, risco muito alto = 4, e o lançamento dos setores de risco no mapa. Para o zoneamento, foi realizada uma pré setorização – com mapas, fotos, imagens, relatório da coordenadoria de defesa civil e das vistorias realizadas e os cadastros. A setorização foi realizada com a aplicação das fichas de campo (indicadas pelo MCidades) O mapeamento foi executado por meio de estudos realizados em campo, no período de julho a novembro de 2005, partindo de reuniões realizadas, junto à equipe técnica institucional e sociedade civil organizada; onde foi elaborado um Planejamento de Atividades de Campo, com a montagem de uma agenda de visitas nas áreas indicadas pela Defesa Civil/ documentos institucionais de anos anteriores/ indicação da população. A equipe de campo foi composta por: Consultora – engenheiros civis, técnico social, arquitetos, geólogo - junto à equipe da defesa civil do município e as lideranças locais. 4 6565565 Equipe Técnica da Consultora Área Específica Nomes Hilda Wanderley Gomes Luciana Macário Simões da Silva Engenharia Civil Cristiane Barroso Viana Robson Gomes - Estagiário Geologia/ Geotecnia Kleber Rolim Estella Suzana Matias Braga Luiz Antonio Wanderlei Neves Filho Arquitetura/ Urbanismo Jairo Gonçalves Lima Filho Anderson Luiz Aragão da Silva Antonio Jordão dos Santos Neto Ambiental Ricardo Silva D’anunciação Júnior Social Diniz Gomes Campos José Gleidson Dantas Geoprocessamento Kleberth Domingos O trabalho de campo teve início pela Regional 4 – Charneca, área em sua totalidade com perfil geológico de morros, com setores de risco muito alto, como pode-se verificar nos mapas (anexo). A seqüência foi a Regional 3 – Ponte dos Carvalhos/ Pontezinha, com problemas de risco alto e muito alto, com perfil geológico tanto de alagados como de encostas; seguiu-se a Regional 2 – Praias/ Vilas, que diante das outras regionais, em referência a risco de encostas e inundações, apresentou menos setores, porém com uma parte das Vilas (Destilaria) tendo um risco alto de inundação; finalizando com a Regional 1 – Centro/ São Francisco/ Cohab, com muitas áreas de risco, principalmente muito alto e alto. Material utilizado pela equipe de campo da consultora: - Fichas de levantamento de informações, das áreas de geologia, geotecnia, engenharia (definidas pelo Mcidades), social; - Mapas da localidade a ser visitada; - Câmeras digitais. A equipe teve muitas dificuldades nas vistorias, por conta da cartografia disponibilizada estar desatualizada, sendo necessário, por muitas vezes atualizar/ corrigir as unibases, a partir de levantamento em campo. Foram considerados aspectos sociais, de urbanismo e infra-estrutura, ambientais, geológicos/ geotécnicos para delimitação dos setores, a seguir abordaremos estes aspectos, suas especificações, suas informações, quadros resumo e as fichas de campo. 5 6565665 2. ASPECTOS SOCIAIS Por orientação do MCidades, a participação popular é um dos pré-requisitos primordiais para elaboração do PMRR, a sustentabilidade dos conceitos aplicados para elaboração do PMRR, é alicerçada num processo participativo, através do qual as comunidades se envolvam tanto na indicação dos pontos de risco, quanto nos problemas e na proposição de soluções. Esse referencial funciona como o eixo condutor de todas as etapas de trabalho, possibilitando a articulação e integração das atividades e de seus produtos. Foram desenvolvidas articulações/ mobilizações junto à equipe técnica municipal e todas as informações, documentos, relatórios, entre outros foram conseguidas junto à municipalidade. As famílias moradoras do município foram co-participantes em todas as atividades, interagindo nas visitas, reuniões, validação de setores, etc. Para início dos trabalhos foi necessário o conhecimento da divisão político-administrativa do município, para que a equipe técnica pudesse traçar um planejamento de atividades/ vistorias, a partir da forma organizacional do município, resultando na construção integrada e participativa de todos os membros da equipe, tanto da consultora como da defesa civil e da comunidade. Importante salientar que a agenda de vistoria foi elaborada a partir deste precedente. A partir deste planejamento foram executadas as atividades com a seguinte agenda: REGIONAL ATIVIDADE DATA Reunião realizada no escritório da Regional 1, localizado na Cohab, às 9h., com a presença de lideranças representativas 1 11.07 das áreas a serem mapeadas, com o objetivo de apresentar o Plano de Trabalho. Reunião realizada no escritório da Regional 3, localizado em Ponte dos Carvalhos, às 9h., com a presença de lideranças 3 14.07 representativas das áreas a serem mapeadas, com o objetivo de apresentar o Plano de Trabalho. Reunião realizada no escritório da Regional 4, localizado na Charneca, às 9h. e em Jussaral, com a presença de 4 19.07 lideranças representativas das áreas a serem mapeadas, com o objetivo de apresentar o Plano de Trabalho Reunião realizada no escritório da Regional 2, localizado em Gaibú - Praias, às 9h., com a presença de lideranças 2 20.07 representativas das áreas a serem mapeadas, com o objetivo de apresentar o Plano de Trabalho • Em anexo segue as atas das reuniões acima citadas 6 6565765 Registro fotográfico de Reunião realizada na Regional 4 – Apresentação do Plano de Trabalho do PMRR do Cabo de Santo Agostinho 7 6565865 Nas vistorias, foi observado que também um grande número de pessoas, abordava a equipe, com questionamentos do tipo: “em que eles estavam trabalhando?” “Para que era o levantamento que estava sendo feito?” Este número não foi possível quantificar, porém é importante deixar registrado este fato, pois algumas pessoas tomaram conhecimento do Plano a partir das vistorias em suas localidades e percebeu-se que nas reuniões realizadas durante o processo o interesse aumentou, pela presença e pelas perguntas feitas pelas lideranças locais. A partir das apresentações foi construída uma agenda de vistorias REGIONAL ATIVIDADE PERÍODO Agosto/ 4 2005 Agosto/ 3 Visitas de campo para subsidiar