Families of Europe PORTUGAL
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Families of Europe PORTUGAL Title: The Western Frontier After the enlargement of the European Union to include ten new countries, the Azorean farmers speak out about their concerns. Aware of the fact that they live in an ultra- peripheral region, wherein the social and economic integration, in some instances, is far from being attained, the people living in Europe’s most western frontier fear forgetfulness and lack of vision. Duration: 00.08.06.23 Crew: Author: Teresa Tome Camera: Paulo Medeiros, Tiago Richard Sound Engineer: N.L.A. Editing: Roberto Silveira Narator: Cristina Alves Director: Music: Mario Jorge Raposo Original Text (TC included) 02’ 03” - Nos Açores está-se sobre o Atlântico Norte no ponto mais ocidental da Europa e numa das regiões ultraperiféricas da União Europeia. A situação geográfica, longiquidade, pequena dimensão territorial e demográfica, isolamento ou inexistência de mercados de proximidade estão na origem da sua ultraperificidade. 02’ 25” - A economia do arquipélago assenta em dois principais sectores de actividade: Turismo e agropecuária. Em ambos os casos a região têm apresentado desenvolvimentos apreciáveis e as estatísticas apontam para bons e seguros índices de crescimento. 02’ 42” - Os açorianos estão neste momento satisfeitos com a recente prosperidade económica que os arrancou a uma pobreza crónica que marcou os seus quinhentos anos de história sobre o mar e que na maior parte dos casos só era colmatada com o recurso à emigração. 02’ 58” - O bom momento económico que se vive nos Açores ficou a dever-se em parte à integração Europeia que se verificou em 1986. Por tudo isso os açorianos sentem o alargamento, em alguns casos, com alguma apreensão e noutros com natural optimismo baseado na crença de que um mercado alargado, unido e com um bom entendimento poderá ser benéfico para todos os que nele habitam. 03’ 21” -Estas são imagens das Feteiras uma pequena freguesia com 2100 habitantes do concelho de Ponta Delgada, o maior dos Açores. 03’ 32” - Nesta casa, de frente para o mar, vive a família Melo, uma família de agricultores que se dedica à criação de gado leiteiro. A sua exploração emprega 3 dos elementos da família, 2 assalariados e a mãe que trata dos assuntos administrativos. 03’ 48” - No princípio quando o meu marido morreu, eu não tinha conhecimento de nada, foi difícil. Havia pormenores… e os meus filhos eram pequenos mas depois … no dia em que deixar isso vou ter desgosto, porque eu já gosto de trabalhar nisso com eles. 04’ 04” - Pela sua idade e experiência ela conhece a situação anterior e posterior à adesão: 04’ 11” - Mudou para melhor na qualidade, mas há mais dificuldades, por exemplo gerir o dinheiro… temos que gastar mais dinheiro para ter bom. 04’ 26” - Na casa, uma das salas é praticamente reservada para estes troféus. Cada um constitui um marco na história desta família e contém a memória dos seus sucessos. São troféus que trouxeram de certames aonde os animais que criaram foram premiados pela boa qualidade que apresentavam. Sobre o alargamento Europeu Maria Ascenção Melo fala-nos da sua preocupação: 04’ 51” - A nossa ilha é pequena e precisa ainda de alguns apoios da comunidade europeia e sendo assim vai ser distribuídas as ajudas por outros países e a gente vai ficar prejudicados. 05’ 02” - Um dos filhos, Walter Melo, acrescenta: 05’ 07” - Para Portugal não vai trazer grandes benefícios, poderá haver alguma concorrência em termos de produtos. Penso que será mais benéfico para os países que estão ali perto e que vão ter mais consumidores a consumir os seus produtos. 05’ 20” - Outra família que observa a evolução do alargamento europeu a leste com atenção é a de Jorge Rita. Eles vivem no norte da ilha de S. Miguel, numa zona de terras férteis e grande tradição agrícola. Trabalhar a terra está-lhes no sangue e faz parte da sua herança. 05’ 36” - Jorge Rita é o Presidente da Associação Agrícola, uma agremiação forte constituída em 1975 com o objectivo de defender os seus associados, objectivo que têm vindo a cumprir ao longo do tempo. 05’ 51” - A Associação agrícola da ilha de S. Miguel é uma das maiores Instituições de caracter associativo do país e proporciona aos seus associados um vasto leque de serviços como contabilidade agrícola, veterinários, contraste leiteiro, inseminação artificial, transferencia de embriões, gabinete jurídico e possuiu ainda um laboratório de análise das células somáticas o que permite aos seus associados melhorar a qualidade do leite produzido. 06’ 18” - Neste momento Jorge Rita é o responsável pelo bom desempenho desta Associação e partilha connosco aquilo que pensa sobre as possibilidades e dificuldades do alargamento: 06’ 29” -Vem o próximo quadro comunitário de apoio e os apoios têm que ser maiores para a nossa região, até porque temos algum atraso, como é do conhecimento público e por essa via e por sermos uma região ultraperiférica é que nós temos que fazer reivindicações porque o nosso atraso infraestrutural ainda é bastante acentuado. 06’ 50” - A coesão económica e social em toda a Europa ainda não é uma realidade nos Açores, existem ainda situações de grande diferença ou de alguma diferença dos Açores para a Europa. É fundamental que os apoios se mantenham e se possível aumentados, situações do Poseima serem revistas em alta, algum apoio para os transportes, nós vivemos em ilhas, temos algumas dificuldades para sermos competitivos, estamos a competir com mercados extremamente agressivos. 07’ 27” -Os agricultores açorianos têm grande orgulho na qualidade do seu gado criado em liberdade num ambiente natural e livre de poluição que produz um leite de grande qualidade transformado posteriormente em fábricas modernas. Aqui ele é recolhido e embalado. É aqui também que se produz a manteiga açoriana e os queijos da ilha conhecidos e apreciados em todo o mundo. 07’ 56” - É fundamental como eu digo e acentuo, o aumento da quota leiteira para a região autónoma dos Açores. Nós sabemos que os produtos lácteos e os preços do leite têm muita dificuldade em subirem e nós só podemos ter algum rendimento com o aumento da produção. Aumento esse que não têm implicações ambientais absolutamente algumas, bem pelo contrário. Com o melhoramento genético que têm existido nos Açores faz com que possamos ter menos animais nas explorações e produzir o mesmo leite ou mais leite. 08’ 28” - Uma das reivindicações que os nossos governantes têm que fazer perante a comunidade, por sermos uma região ultraperiférica, em que o pilar da economia açoriana assenta na fileira do leite, o grande objectivo da direcção e dos lavradores é sempre poder aumentar. 08’ 44” - Tem sido um grande constrangimento não poder aumentar porque temos um grande potencial genético, temos um potencial hidafoclimático que não está totalmente explorado e como não há intensificação nos Açores, como é obvio, nós estamos abaixo das unidades impostas pela comunidade, estamos abaixo do encabeçamento, portanto é de grande importância o aumento da quota leiteira e esta é a reivindicação que os políticos têm que fazer a nível europeu. 09’ 16” - As entregas de leite para laboração nos Açores subiram das 332 mil toneladas em 92/93, para as 522 mil toneladas em 2002/2004. O produto da transformação é exportado para o Continente português e talvez o futuro lhe reserve novas possibilidades de expansão num mercado agora alargado a muitos milhões de novos consumidores. 09’ 42” - Esta é a esperança dos agricultores que no outro lado da fronteira trabalham diariamente com empenho para produzir leite de qualidade, respeitando o ambiente, a saúde e o bom estar dos consumidores. English text (TC included) 02’ 03” - The Azores lie on the North Atlantic in the most western point of Europe and in one of the ultra-peripheral regions of the European Union. Its ultra-periphery is based on its geographical location, far away from the Continent, small size territory and demographic dimension, isolation and the non-existence of large international markets. 02’ 25” - The economy of the archipelago is based on two main sectors of activity: tourism and cattle breeding. In both these areas the region has developed considerably and the statistics reflect good and steady growth indicators. 02’ 42” - Presently the Azoreans are satisfied with their recent economic prosperity, which delivered then from a chronic state of poverty that lasted the five hundred of their Marine history, and which could only be solved by emigration. 02’ 58” - The present economic boom that the Azores are now experiencing is partly due to its joining of the European Union which took place in 1986. For this reason, on the one hand the Azoreans are apprehensive with the European enlargement and, on the other hand, they are naturally optimistic as they base their feelings on the belief on an enlarged, united market that, if it is well understood, will bring benefits to everybody. 03’ 21” - These images were shot at Feteiras, a small parish with 2.100 inhabitants in the municipality of Ponta Delgada, the largest of the Azores. 03’ 32” - In this house, facing the sea, lives the Melo family. It is a family of farmers and breeders of milking cows. The farm employs 3 family members, 2 on the pay roll and the mother who looks after the administration. 03’ 48” - After my husband died, I did not know a thing about anything, and it was difficult … there were some details. …And my children were small, but then … the day that I have to leave this l will be very unhappy because I enjoy working with them. 04’ 04” - Due to her age and experience, she knows about before and after the joining: 04’ 11” - The quality has improved, but there are more problems such as managing the money.