25th APDR Congress | ISBN 978-989-8780-06-5 1090 REORGANIZAÇÃO TERRITORIAL DAS FREGUESIAS: ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO NO ALGARVE Margarida Pereira1, José Afonso Teixeira2, Cristina Henriques3, Alexandre Domingues4 1 CICS. NOVA– NOVAFCSH,
[email protected] 2 CICS. NOVA– NOVAFCSH,
[email protected] 3 CIAUD, Faculdade de Arquitetura, Universidade de Lisboa,
[email protected] 4 CCDR Algarve,
[email protected] RESUMO Em Portugal, a reorganização territorial das freguesias, imposta pelo Governo em 2012, levou à sua redução, de 4259 para 3091, e mereceu a rejeição das autarquias locais. O processo foi realizado numa abordagem top down (pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território), seguindo a aplicação de critérios estatísticos, ignorando especificidades e identidades locais. O mapa resultante foi alvo de crítica, embora com base em argumentos distintos nas áreas urbanizadas e nos territórios de baixa densidade. O tempo decorrido permite já uma primeira avaliação do funcionamento das novas freguesias. Assim, o artigo tem como objetivos: (i) discutir o papel da freguesia e sua relação com o município no contexto da reorganização administrativa; (ii) analisar, na perspetiva dos eleitos, as mudanças no exercício das suas competências, no relacionamento com a população e na prestação de serviços. O Algarve, onde coexistem situações diferenciadas de ocupação do território, constitui o estudo de caso. A metodologia está suportada: na análise comparada (configuração territorial, estatísticas de base territorial)