Dissertação Definitiva Capa
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – CCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS – PGC VICTOR GARCIA MIRANDA EM CAMPO: ORGANIZAÇÃO, DRAMA E PERFORMANCE NO FUTEBOL PROFISSIONAL BRASILEIRO MARINGÁ – PR 2011 VICTOR GARCIA MIRANDA EM CAMPO: ORGANIZAÇÃO, DRAMA E PERFORMANCE NO FUTEBOL PROFISSIONAL BRASILEIRO DISSERTAÇÃO REQUERIDA COMO PRESSUPOSTO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS SOCIAIS. ORIENTADORA: PROF. DRª. WÂNIA REZENDE SILVA MARINGÁ – PR 2011 Ficha de aprovação. EM CAMPO: ORGANIZAÇÃO, DRAMA E PERFORMANCE NO FUTEBOL PROFISSIONAL BRASILEIRO Dissertação defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, pela Universidade Estadual de Maringá, na área de concentração “sociedade e políticas públicas”. _____________________ _____________________ Victor Garcia Miranda Profª Drª Wânia Rezende Silva Orientadora – UEM _____________________ _____________________ Prof. Dr. Fábio Viana Ribeiro Prof. Dr. Paulo Bassani Membro convidado – UEM Membro convidado – UEL _____________________ Prof. Dr. Geovânio Edervaldo Rossato Membro convidado - UEM Maringá, 28 de fevereiro de 2011. Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (Biblioteca Central - UEM, Maringá – PR., Brasil) Miranda, Victor Garcia M672e Em campo: organização, drama e performance no futebol profissional brasileiro / Victor Garcia Miranda. -- Maringá, 2011. 191 f. : il. col., figs., tabs. Orientador: Prof. Dr a. Wânia Rezende Silva. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Maringá, Centro.de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em.Ciências Sociais, 2011 1. Etnografia do futebol. 2. Cultura organizacional.3. Estética do futebol. 4. Narrativa - dramas sociais.4. Atlético Clube Paranavaí. I. Silva, Wânia Rezende, orient. II. Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. III. Título. CDD 21.ed.: 796.334 À Universidade Estadual de Maringá (UEM), instituição que me acolheu menino e fez-me homem. Aos Afonsinho, Lima, Cruyff, Cantona, Maradona, Garrincha, Sócrates, Romário, Tostão e todos os outros que não puderam aqui ser citados e ousaram subverter a ordem repressora estabelecida. Agradecimentos. Agradeço primeiramente à minha família, que me tolerou ao longo destes quase dois anos dedicados integralmente aos estudos sobre o futebol e a sociedade, e à minha orientadora, talvez a pessoa que mais tenha contribuído na transformação do “Victor/aluno” em “Victor/pesquisador”. Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, por ter- me concedido uma bolsa de estudos que permitiu a minha dedicação exclusiva à vida acadêmica e aos queridos docentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Finalmente, agradeço ao Atlético Clube de Paranavaí por abrir as suas portas ao meu trabalho acadêmico, em especial aos seus diretores e funcionários que tanto doaram-se às minhas dúvidas e serviram a mim como dedicados “professores” em ensino a um aluno da escola da vida no futebol profissional em pesquisa de campo: Silvinho (grande amigo), Silas (treinador da molecada), Jair (o “homem das vestes”), Seu Pedro Dantas (modesto e sábio), Nivaldo Mazzin (o político), Leila Lucas de Lima (mulher de opinião firme), o querido Billy de Paula (uma figura!), Itamar “professor” Bernardes (uma bela história de vida) e o meu “professor empírico” Lourival Furquin (o “cara” do futebol). If you didn't care what happened to me, And I didn't care for you, We would zig zag our way through the boredom and pain, Occasionally glancing up through the rain, Wondering which of the buggers to blame And watching for pigs on the wing Pigs on the wing (Pink Floyd, 1977). A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e meu delírio a experiência com coisas reais. Alucinação, (Belchior, 1979). Resumo: Este trabalho visa proceder a uma interpretação de como se faz o futebol profissional em uma organização clubística, especificamente no Atlético Clube Paranavaí. Procura-se por meio deste trabalho interpretar etnograficamente o futebol do ACP ao longo do campeonato paranaense de futebol profissional de 2010, como produto estético em meio a um sistema cultural estabelecido pela ação dos sujeitos sociais no bojo da organização do clube e articulado ao discurso social comum a eles. Em outras palavras, busca-se saber como o futebol do ACP foi expresso esteticamente ao longo do campeonato e compreender como se deram as relações organizacionais entre os jogadores, a comissão técnica, diretores, torcedores e outros atores sociais que compuseram o clube – em suas desiguais condições de participação ante a construção daquele produto cultural – durante o período da citada competição. Para o dito intento, apropriou-se de três distintos - embora não antagônicos - referenciais teórico-metodológicos: Performance e Drama Social (especialmente tratado por Richard Schechner, Victor Turner e outros antropólogos), Micro-história (balizado por Giovanni Levi) e descrição densa (sob a menção de Clifford Geertz e sua antropologia dos significados culturais). Toma-se como objetivos de pesquisa desta dissertação: a) proceder a um estudo referente ao Atlético Clube Paranavaí com o intuito de se interpretar como foi produzido o futebol no clube, sobretudo por meio de seus aspectos estéticos e das relações sociais estabelecidas na citada organização ; b)conhecer os aspectos organizacionais do clube desde os seus elementos estruturais, os seus sujeitos sociais e as suas relações com o poder público municipal de Paranavaí ; c) construir uma narrativa atinente à realidade dos acontecimentos no clube e ao processo de disputa pelo mesmo do campeonato paranaense de futebol de 2010 ; d) analisar o processo de produção do futebol pelo clube, no que diz respeito aos diferentes atores da organização e, principalmente, aos sujeitos responsáveis diretamente pelos atos de jogar futebol: os atletas acepeanos . Palavras-chave: etnografia do futebol; Atlético Clube Paranavaí; cultura organizacional; estética do futebol; narrativa de dramas sociais. Lista de ilustrações e anexos. Ilustração 1, Estádio Municipal Waldemiro Wagner – Paranavaí/PR – Brasil Ilustração 2, Los Angeles Memorial Coliseum Sports Arena – Los Angeles/CA Ilustração 3, O imponente A C P Ilustração 4, “Paraíso das Camas” Ilustração 5, As conquistas menos celebradas pela atual administração. Ilustração 6, a "Galeria Geraldo Felippe". Ilustração 7, presidente do ACP, prefeito e empresários. Ilustração 8, uma das vistorias ao WW, com a presença de vários órgãos fiscalizadores Ilustração 9, reunião de lançamento do terceiro uniforme do clube. Ilustração 10, treinador e o seu gesto controverso. Ilustração 11, atletas em mobilização. Ilustração 12, a estrutura tática do time do ACP (3-5-2) planejada pelo treinador. Ilustração 13, um treino de cruzamentos à área, com o treinador ao fundo observando a atividade. Ilustração 14, treino de finalizações, com o treinador rolando a bola. Ilustração 15, uma estrutura tática que demonstra a disposição dos atletas em campo durante as performances. Ilustração 16, o momento em que o volante efetua o passe canhoto ao meia ofensivo (à esquerda no campo, fora de visão nesta imagem), com vários jogadores adversários iludidos (na sequencia) devido a curva que a bola tomou. Ilustração 17, após o passe perfeito, o meia ofensivo avança com a bola pela esquerda e atrai a atenção de toda a defesa, enquanto o volante adentra a grande-área sorrateiramente. Ilustração 18, o meia ofensivo avança até a linha de fundo e cruza a bola, alta, aos companheiros próximos ao gol. Ilustração 19, o volante coloca-se no espaço onde a bola pode ser cabeceada ao gol. Ele efetua a ação. A torcida ao fundo comemora. Ilustrações 20 e 21, o autor do gol ajoelha-se e clama aos céus pela sua filha, enquanto alguns defensores da AEREB discutem sobre o lance. Ilustração 22, o centroavante recebe a bola (rodeado de marcadores) e toca à sua esquerda. Desde o goleiro do ACP a até os torcedores acompanham o desenrolar do lance. Ilustração 23, o atacante recebe e passa a bola ao volante que avança ao ataque. Os jogadores reservas acompanham apreensivamente, com coletes azuis e ao fundo. Ilustração 24, o volante passa a bola ao centroavante. Ilustração 25, o centroavante recebe a bola de frente para o gol e finaliza Ilustração 26, o autor do gol pega a bola e a coloca de baixo de sua camisa. Ilustração 27, na comemoração, o centroavante beija uma tatuagem em seu antebraço e carrega a bola sobre a barriga. Ilustração 28, vários jogadores (e um reporter paranavaiense) rodeiam o atleta e o abraçam. Anexo A – Tabela de resultados dos confrontos da primeira fase do campeonato paranaense (série ouro, 2010) Anexo B – Tabela de resultados dos confrontos da segunda fase do campeonato paranaense(série ouro, 2010) Anexo C – Tabela de classificação da primeira fase do campeonato paranaense (série ouro, 2010) Anexo D – Tabela de classificação da segunda fase do campeonato paranaense (série ouro, 2010) Sumário. SEÇÃO......................................................................................................................................p. Introdução................................................................................................................................12 1 Futebol aprendido in loco ............................................................................17 1.1 A etnografia, um gol metodológico..................................................................................19