São Roque/SP
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA Ata da Audiência pública sobre o EIA-RIMA do empreendimento “Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo – ViaOeste S/A, no dia 19 de setembro de 2018, no município de São Roque/SP. Realizou-se, no dia 19 de setembro de 2018, no Centro Cultural e Educacional Brasital, a Rua Araçaí, 250, - Centro, São Roque/SP, audiência pública sobre o empreendimento “Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade de Via Paulista S/A (Proc. 032084/2017.10). Dando início aos trabalhos, o Secretário-Executivo do CONSEMA, Anselmo Guimarães declarou que, em nome do Secretário de Estado do Meio Ambiente e Presidente do CONSEMA, Eduardo Trani, saudava e dava boas-vindas aos representantes do Poder Executivo; – do Poder Legislativo – nas pessoas dos Excelentíssimos Senhores Cláudio Góes, Prefeito de São Roque; Niltinho Bastos Vereador e Presidente da Câmara de São Roque; dos Excelentíssimos Vereadores de São Roque Senhores Etelvino Nogueira, Rogério Jeanda Silva, Maurinho Góes, Alfredo Estrada, Júlio Mariano, Marcos Roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Mairinque Alexandre Peixinho; do Excelentíssimo Senhor Vereador e Presidente da Câmara de Mairinque, Kioshi Hirakawa; dos Excelentíssimos Senhores Vereadores de Mairinque, Abner Segura, Rafael da Hípica, Túlio Camargo, Prof. Giovani, Rodrigás, Marcos roberto Martins Arruda; do Excelentíssimo Senhor Vereador de Alumínio, Enivaldo de Jesus; e do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual, João Caramaz; – da Polícia Militar Ambiental; – do Poder Judiciário; – do Ministério Público; – das entidades da sociedade civil; – dos órgãos públicos, dos conselhos municipais de meio ambiente, das entidades ambientalistas, enfim, a todos que compareceram a essa audiência pública sobre a “Duplicação da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre o Km 46 + 700 ao 63 + 000 e entre o Km 67 + 000 ao 89 + 700”, de responsabilidade da Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo – ViaOeste S/A. Declarou que a Audiência Pública é um evento aberto, público, onde são apresentados os aspectos ambientais da proposta ou projeto a todos, para que dêem suas opiniões, formulem indagações, apresentem contribuições, sugestões e críticas, e tudo o que possa contribuir para o aprimoramento da análise técnica do órgão licenciador, que se encontrava em suas fases preliminares. Esclareceu que o rito referente à realização de audiências públicas foi estabelecido na Deliberação Normativa 01/2011, do Conselho Estadual do Meio Ambiente, e que possuía a função regulamentar de conduzir aquelas que versam sobre empreendimentos, projetos e obras em licenciamento, planos de manejo e criação de áreas protegidas, em âmbito estadual, pelo Sistema Ambiental Paulista, ou seja, seu papel nas audiências públicas era completamente isento, e sua função tão somente conduzir os trabalhos de forma totalmente neutra, para garantir que aqueles que tenham algo a dizer possam fazê-lo de modo democrático e organizado. Informou que as inscrições para participação dos debates são feitas junto à equipe da recepção, em listas apropriadas, e se encerram sessenta minutos após a abertura dos trabalhos, lembrando, àqueles que preferirem ou desejarem, que poderiam apresentar documentos relativos ao assunto objeto desta audiência, bem como manifestações por escrito no prazo de cinco dias úteis a contar daquela data, protocolando-os diretamente nas unidades da CETESB, ou encaminhando pelo endereço de e-mail divulgado. Expôs resumidamente as normas estabelecidas pela Deliberação CONSEMA Normativa 01/2011 para a condução das audiências públicas, com os respectivos momentos destinados à manifestação de cada um dos presentes e o tempo previsto para cada uma delas. Antes que se procedesse à apresentação do projeto, Ticiana Risden Viana, engenheira sanitarista do Setor de Avaliação de Empreendimentos de Transportes da CETESB esclareceu em linhas gerais como se desenvolve o processo de licenciamento. Explicou do que tratam materialmente os estudos de impacto ambiental e deu conta da tramitação do empreendimento, esclarecendo que no momento atual os estudos Página 1 de 15 __________ __________________________________________________________________________ Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – Prédio 6, 1ºAndar CEP 05459-010 São Paulo – SP Tel.: (0xx11)3133-3622 Fax.: (0xx11)3133-3621 E-mail: [email protected] GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE – CONSEMA encontram-se sob os cuidados de equipe técnica especializada da CETESB, responsável por sua análise. Desta análise, em que são coletadas manifestações de diferentes órgãos, acrescidas do quanto se discutiu e propôs nas audiências públicas, resultará um parecer técnico que dará conta ou não da viabilidade técnica do empreendimento. Considerado viável o projeto analisado, será o respectivo parecer encaminhado ao CONSEMA que, reunido em sessão plenária, deliberará pela emissão ou não da licença prévia, documento que coroa a primeira etapa do procedimento. Concluídos os esclarecimentos introdutórios, passou-se à apresentação do projeto. Marcelo Boaventura, diretor Presidente da CCR- ViaOeste S/A, apresentou em linhas gerais o empreendimento, abordando seu histórico, organização, etapas de desenvolvimento e objetivos, após o que Eduardo Augusto, representante da Geotec Consultoria Ambiental, empresa de consultoria responsável pela elaboração dos estudos ambientais, apresentou uma síntese do EIA/RIMA, precisamente dos motivos da eleição do traçado, da capacidade pretendida para o empreendimento quando de sua plena operação, dos impactos potenciais, principalmente nos recursos hídricos e nos meios físico, biótico e antrópico, e acerca das medidas de mitigação que serão implementadas com o objetivo de preveni-los ou mitigá- los. Passou-se à etapa em que se manifestam os representantes da sociedade civil. Eduardo Vitor Mendes, da Associação dos Comerciantes do Bairro Marmeleiro de São Roque informou residir no bairro do Marmeleiro, localizado no 64 km da Rodovia Raposo Tavares, explicou porque a Rodovia tinha esse nome e relatou que antes da CCR, da Via Oeste e da ARTESP havia um caminho que saía de São Vicente, Oceano Atlântico, passava pela região e subia os Andes, até Potossi, na Bolívia, denominado “Caminho do Peabiru”. Sugeriu aos autores do RIMA que fizessem a pesquisa na internet sobre esse caminho milenar, que já existia, antes da descoberta do Brasil. Afirmou que essa estrada, era utilizada pelo bandeirante Antônio Raposo Tavares, morador de Quitaúna, Osasco, e que dizimou várias tribos de índios, no interior de São Paulo e nas barrancas do Rio Paraná, Rio Ivair, Rio Piquiri e Rio Iguaçu. Portanto, ressaltou que a Rodovia era marcada de sangue e crueldade. Passou a explanar sobre o significado do termo “para inglês ver”, há tempos utilizado no Brasil. Recordou que a época em que a Inglaterra era potência mundial e possuía empreendimentos em todos os continentes do mundo, inclusive no Brasil, o brasileiro com seu famoso jeitinho, dava uma garibada nas coisas “para inglês ver”, pois eles eram muito severos, e exigiam o padrão inglês de qualidade. Então, o brasileiro dava uma garibadinha, arrumava ali, um jeito ali, então isso se chama “para inglês ver”. Dessa forma, a ViaOeste estaria fazendo, exatamente “para inglês ver”, porque tudo que estava sendo gasto com avaliação de impactos era tudo uma farsa, porque o bairro Marmeleiro existia antes da ViaOeste, a Vila Sorocabana já existima antes da ViaOeste, o bairro do Vila São Rafael existia antes da ViaOeste. Nova São Roque existia antes da ViaOeste. Questionou por qual motivo eles não estariam respeitando o trajeto inicial do projeto da Rodovia, ou seja, aquele que saía de Mailasqui, passando atrás do hotel Alpino, até seu destino final. Afirmou que achava lindo o trabalho de salvamento dos animais, projetado em PowerPoint, tinham mesmo que ser protegidos, mas questionou como ficariam as pessoas que dependiam daquela Rodovia. Toninho Mazieri, representante dos moradores do bairro Vila Sorocabana de Mairinque parabenizou o trabalho apresentado pela Geotec e com o impacto ambiental que o empreendimento poderá ocasionar, em todo o percurso da obra. Sua expectativa era o cumprimento de tudo o que havia sido apresentado quando a obra fosse executada. Relatou que ao assistir a audiência do dia 11, em Sorocaba e do dia 13, em Alumínio, causou-lhe preocupação a reduzida participação da população de Mairinque. Estiveram presentes, três pessoas em Sorocaba, cinco vereadores, e mais quatro ou cinco moradores de Alumínio. Afirmou ter se assustado pela ausência de representantes da Secretaria do Meio Ambiente e da Secretaria de Desenvolvimento e Obras nessas duas primeiras audiências públicas desse empreendimento tão importante que atinge tanto o município. Por outro lado, ficou sentiu-se satisfeito pela presença de representantes do poder legislativo e do executivo nessa audiência. Revelou ter entendido que o motivo da ausência mencionada deveu-se ao fato de toda a documentação havia sido entregue para que a Geotec pudesse elaborar o projeto. Destacou que, Página 2 de 15 __________ __________________________________________________________________________