O Atlas Escolar Do Município De Restinga Seca
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA TESE DE DOUTORADO A MINERAÇÃO E A PAISAGEM GEOQUÍMICA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO ARROIO JOÃO DIAS, MINAS DO CAMAQUÃ, CAÇAPAVA DO SUL, RS ALEXANDRE FELIPE BRUCH ORIENTADOR: PROF. DR. LUÍS ALBERTO BASSO CO-ORIENTADOR: PROF. DR. EDINEI KOESTER PORTO ALEGRE, DEZEMBRO DE 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA A MINERAÇÃO E A PAISAGEM GEOQUÍMICA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO ARROIO JOÃO DIAS, MINAS DO CAMAQUÃ, CAÇAPAVA DO SUL, RS ALEXANDRE FELIPE BRUCH ORIENTADOR: PROF. DR. LUÍS ALBERTO BASSO CO-ORIENTADOR: PROF. DR. EDINEI KOESTER Banca Examinadora: Profa. Dra. Dejanira Luderitz Saldanha (POSGea/UFRGS) Prof. Dr. Nelson Sambaqui Gruber (POSGea/UFRGS) Prof. Dr. Luis Eduardo Silveira da Mota Novaes (Ceng/UFPel) Profa. Dra. Angélica Cirolini (Ceng/UFPel) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia como requisito para obtenção do título de Doutor em Geografia. PORTO ALEGRE, DEZEMBRO DE 2014 Aos meus mestres que, certamente, foram os maiores incentivadores e apoiadores da minha caminhada AGRADECIMENTOS Agradeço a Universidade Federal do Rio Grande do Sul por proporcionar-me a chance de desenvolver esta pesquisa o que somente foi possível em função do caráter público e gratuito dessa instituição. Ao Programa de Pós-Graduação em Geografia, por possibilitar a chance de crescimento pessoal e profissional. Ao Centro de Engenharias e mais especificamente as coordenações dos Cursos de Engenharia Geológica, de Petróleo e CST em Geoprocessamento por disponibilizarem sua infraestrutura para o desenvolvimento da pesquisa. Ao meu orientador professor Luís Alberto Basso pelos ensinamentos acadêmicos e sugestões para a elucidação da metodologia proposta nesta pesquisa. Além disso, também quero agradecer pela agilidade e compreensão na correção dos erros das versões desta tese. Aos meus orientadores de graduação, professores Luis Eduardo Silveira da Mota Novaes e Edinei Koester, a qual seus ensinamentos ultrapassaram os limites acadêmicos, disponibilizando muitas vezes de seu tempo pessoal, para corroborar com minha pesquisa. A professora Angélica Cirolini, a qual proferiu sugestões referentes aos documentos cartográficos elaborados. Além disso, foi colega nos trabalhos de campo, auxiliando nas árduas coletas de biomassa e água. Ao professores da Universidade de Moscou pela disponibilização do referencial para o entendimento da Geoquímica da Paisagem e principalmente pelas sugestões no método de mapeamento. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Geografia com os quais tive a oportunidade de conviver e compartilhar do seu conhecimento, em especial a Dejanira Luderitz Saldanha, Laurindo Antonio Guasselli, Nelson Luíz Sambaqui Gruber, Nelson Rego, Nina Simone Vilaverde Moura e Roberto Verdum. Aos professores dos Cursos de Engenharia Geológica, de Petróleo e CST em Geoprocessamento que contribuíram com sugestões cada um em sua área de pesquisa, em especial a Adelir José Strieder, Ana Karina Scomazzon, Evaldo Rodrigues Soares, Ricardo Giumelli Marquezan e ao técnico de laboratório Ricardo Luiz Nunes Arduin. Ao professor José Antônio Weykamp da Cruz dos cursos de Ecologia e Biologia da Universidade Católica de Pelotas pelo auxílio na classificação da vegetação. Aos meus colegas e amigos de pesquisas em Minas do Camaquã, Jeferson Maino e Stefanie Winter e meus companheiros de trabalho de campo, o Engenheiro Éderson Fiss Weber e o Geógrafo André Luis Rodrigues da Silva. Ao meu bolsista de iniciação científica Tecnólogo em Geoprocessamento Michael Silveira de Mattos, a qual foi responsável pelo processamento das amostras de biomassa. À Companhia Brasileira do Cobre, em especial ao diretor Sr. Paulo Mônego, que permitiu o acesso às instalações da empresa, ao Sr. Rui Ferreira, que foi um guia dentro desta pesquisa na CBC, propiciando com suas colaborações que esta fosse concluída. A minha família pela compreensão da ausência, pelo auxílio e incentivos recebidos, e principalmente aos meus pais Irineu e Maria, minhas irmãs Gisele e Irene e a minha sobrinha Helena . RESUMO A MINERAÇÃO E A PAISAGEM GEOQUÍMICA DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO ARROIO JOÃO DIAS, MINAS DO CAMAQUÃ, CAÇAPAVA DO SUL, RS Este trabalho propõe o mapeamento, quantificação e análise das Paisagens Geoquímicas resultantes dos processos naturais e de mineração na Sub-bacia Hidrográfica do Arroio João Dias, Minas do Camaquã, Caçapava do Sul/RS. A metodologia utilizada permeia pelos eixos teóricos e operacionais da Geoquímica da Paisagem. O eixo teórico fundamenta-se na Teoria Geral dos Sistemas, histórico de desenvolvimento da Geoquímica da Paisagem, Paisagens Elementares e Geoquímicas, Barreiras Geoquímicas, matriz de dados geoquímicos, Geoquímica da Paisagem e áreas de mineração e o seu impacto ambiental. O eixo operacional teve por base seis etapas: levantamento das características geológicas, pedológicas, climatológicas e hidrológicas; análise do uso do solo; classificação e quantificação da biomassa; análise das águas superficiais; mapeamento geomorfológico; classificação das Paisagens Geoquímicas. Os resultados demonstraram a influência geológica na formação dos solos, no controle estrutural das drenagens e na morfologia dos terrenos. Com o mapeamento do uso do solo diagnosticaram-se as áreas com atividades agropastoris, de mineração e urbanas. Foram também mapeados e quantificados os estoques e a produção anual da biomassa entre os anos de 2012 e 2013 e a relação com a família vegetal a qual pertencem as Paisagens Geoquímicas resultantes. Avaliou-se a qualidade das águas superficiais utilizando-se a Resolução 357/2005 do Conama, que classifica as águas do território nacional em classes de uso, de acordo com a qualidade requerida. Realizou-se, também o mapeamento geomorfológico em escala 1:50.000, com descrição das vertentes, dos topos e dos limites estruturais de cada forma de relevo. Com base neste rol de informações foi construída a matriz de Paisagens Geoquímicas com a geração de 98 classes. Estas classes foram agrupadas segundo o método base-topo obtendo-se 17 Paisagens Geoquímicas Biogênicas, 3 Paisagens Geoquímicas Antropogênicas e 1 Paisagem Geoquímica Abiogênicas. Em síntese, as Paisagens Geoquímicas Biogênicas apresentam intrínseca relação com o substrato geológico, pedológico e o uso da terra, sendo o alumínio, ferro e a atividade agropastoril três importantes condicionantes para as taxas de produção de biomassa. As Paisagens Geoquímicas Antropogênicas refletem os impactos urbanos e da mineração. Na área urbana foram encontrados indícios do despejo de esgotos domésticos na barragem de captação de água para o abastecimento público. Nas áreas de mineração os impactos concentram-se nos depósitos de rejeito, os quais devido à falta de manutenção permitem a solubilização de metais pesados para o arroio João Dias. As Paisagens Geoquímicas Abiogênicas são representadas por afloramentos de rocha da Formação Guaritas. Diante dos resultados obtidos, a Geoquímica da Paisagem foi considerada uma importante metodologia para a avaliação de ambientes, servindo de instrumento para que os gestores públicos implementem ações de melhoria da qualidade de vida da população, potencializando o uso do solo com práticas conservacionistas e de recuperação de áreas degradadas. Palavras-chave: Paisagens Geoquímicas; Mineração; Biomassa; Qualidade das Águas; Mapeamento Geomorfológico; Minas do Camaquã. ABSTRACT MINING AND THE GEOCHEMISTRY LANDSCAPE IN SUB-BASIN JOÃO DIAS STREAM, CAMAQUÃ MINES, CAÇAPAVA DO SUL, RS This paper proposes mapping, quantification and analysis of Geochemical Landscapes resulting from natural processes and mining in the sub-basin of the João Dias Stream, Camaquã Mines, Cacapava do Sul / RS. The methodology permeates the theoretical and operational landscape of Geochemistry axes. The theoretical axis is based on General Systems Theory, historical development of Landscape Geochemistry, Elementary Landscapes and Geochemical, Geochemical Barriers, array of geochemical data, Landscape Geochemistry and mining and its environmental impact. The operating shaft was based on six stages: geological survey, pedological, climatological and hydrological characteristics; analysis of land use; classification and quantification of biomass; analysis of surface water; geomorphological mapping; Geochemical classification of landscapes. The results demonstrated the geological influence on soil formation, the structural control of drainage and morphology of the land. With the mapping of land use were diagnosed areas with agropastoral, mining and urban activities. Were also mapped and quantified inventories and annual biomass production between the years 2012 and 2013 and the relationship with the plant family to which Geochemical Landscapes resulting belong. We evaluated the quality of surface waters using CONAMA Resolution No. 357/2005, which classifies the waters of the national territory in category of use, according to the required quality. Was performed also geomorphological mapping in scale 1: 50,000, with description of the strands, the tops and structural limits of each form of relief. Based on this list of information a matrix of Geochemical Landscapes was constructed with the generation of 98 classes. These classes were clustered according to the bottom-up method obtaining 17 Biogenic Geochemical Landscapes, 3 Anthropogenic Geochemical Landscapes and 1 Abiogenic Geochemical Landscape. In summary,