NEWS LETTER a b r i l . 2 0 0 7 | N Ú M E R O 8 2 Laura C. C. e C. Cintra C. Paulo Laura

paisagem interior josé Pedro croft PRIMEIRA OBRA CONTEMPORÂNEA NO MUSEU GULBENKIAN A BIBLIOTECA PARTICULAR DE CALOUSTE GULBENKIAN www.bibliotecaparticular.gulbenkian.pt Índice

Associação Imprensa Estrangeira em distingue Fundação Gulbenkian...... 2 Paisagem Interior de José Pedro Croft...... 4 Último mês de Cartier e Ingenuidades...... 5 Espólios de Manuel Tainha e de Nuno Teotónio Pereira doados à Fundação...... 6 Nobel da Paz 2006 defende o microcrédito como contributo para a Paz...... 7 Programa Gulbenkian estimula investigação criativa e de qualidade...... 8 Análise Evolutiva da Religião em conferência...... 9 Fluxos migratórios crescentes exigem políticas de integração efectiva...... 10 Descobrir a Música na Gulbenkian...... 12 Arte e Cultura na Escola...... 12 Fundação Gulbenkian e Fundação Champalimaud em iniciativas conjuntas...... 13 Crise do Ambiente e interface ciência/sociedade...... 13 FUNDAÇÃO Destaque RECEBE PRÉMIO Biblioteca Particular de Calouste Gulbenkian ...... 14 Breves PERSONALIDADE Jeb Bush na Fundação...... 18 Recuperação de património na Índia...... 18 DO ANO AIEP Nova edição do centro cultural de ...... 19 Universidade e transformação social em Cabo Verde...... 19 À descoberta da Arte islâmica no mediterrâneo...... 19

Um Rosto da Música Fundação Calouste Gulbenkian foi distinguida pela Raquel Reis...... 20 Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP)A como Personalidade do Ano 2006. Com “honra Um Rosto da Geologia e responsabilidade”, o presidente da Fundação, Emílio Anabela Reis...... 21 Rui Vilar, recebeu o prémio das mãos da ministra Uma Obra do Museu Calouste Gulbenkian da Cultura, Isabel Pires de Lima, no dia 20 de Março, Charles-François Daubigny, Margens do Oise...... 22 numa cerimónia que decorreu no Casino Estoril. Em ano de cinquentenário da Fundação, o prémio Uma Obra do CAMJAP vem “reconhecer o trabalho desta instituição que tem Rui Vasconcelos, S/ Título (Paisagem)...... 23 contribuído para o desenvolvimento do país em sectores Uma Obra da Biblioteca de Arte muito diferentes e às vezes descuidados pelo Estado”, Il Battistero di San Giovanni a Firenze...... 24 declarou a presidente da AIEP, Belén Rodrigo, justificando a escolha. O prémio personalidade do ano Agenda...... 25 é escolhido anualmente, desde 1990, pelos membros Publicações...... 27 da AIEP, que reúne cerca de 50 jornalistas dos mais importantes meios de comunicação estrangeiros representados em Portugal. A associação distingue assim a personalidade portuguesa que mais contribuiu NEWSLETTER Nº 82. Abril. 2007 para projectar a imagem do país no exterior nesse ano. ISSN 0873‑5980 Entre outros, foram já eleitos Carlos Paredes (1990), Esta Newsletter é uma edição do Serviço de Comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian José Saramago (1998), o arquitecto Siza Vieira (2002), Av. de Berna, 45 A – 1067‑001 Lisboa, tel. 21 782 30 00, fax 21 782 30 27 ou a fadista Mariza (2003). [email protected], www.gulbenkian.pt Revisão de texto Rita Veiga Na cerimónia de entrega, Belén Rodrigo falou deste Design José Teófilo Duarte | Eva Monteiro [DDLX] prémio como uma prova de um aspecto menos Impressão Euroscanner Tiragem 10 000 exemplares reconhecido do trabalho dos correspondentes: “Nós, Reportagens Alarcon/Casino Estoril

Mário Assis Ferreira, Emílio Rui Vilar, Isabel Pires de Lima, Belén Rodrigo e Ricardo Carucci

os correspondentes, não falamos só da crise económica, dos incêndios, dos escândalos políticos, do pessimismo português. Também acreditamos no país e procuramos histórias e personagens diferentes que permitam

transmitir uma visão distinta do país.” Segundo Reportagens Alarcon/Casino Estoril a correspondente do jornal espanhol ABC, “a Fundação Gulbenkian tem também uma personalidade muito diferente, uma visão aberta do mundo, que acolhe todas as culturas e nacionalidades; quer dar oportunidade aos portugueses para um futuro melhor, mas também àquelas pessoas que escolheram Portugal para viver”. Emílio Rui Vilar agradeceu o galardão, “um excelente presente neste cinquentenário”. O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian confessou que a distinção é motivo de orgulho, mas, simultaneamente, uma surpresa: “Porque a Fundação se rege por valores e princípios legados pelo seu fundador, de uma forma assumidamente discreta, sem procurar glória ou fama, tentando rigorosamente realizar a missão que lhe foi cometida.” Para cumprir esta missão, Emílio Rui Vilar deixou a promessa de “continuar a inovar, com acções concretas de resposta aos desafios actuais, presente nos movimentos internacionais da filantropia, ensaiando novos projectos, traçando novos programas e abrindo novas áreas de intervenção”. ■ A ministra da Cultura entrega o prémio ao presidente da Fundação Calouste Gulbenkian.

NEWSLETTER |  Laura C. C. C. Laura

Átrio do Museu Calouste Gulbenkian 13 de Abril a 15 de Julho de 2007

PAISAGEM INTERIOR JOSÉ PEDRO CROFT pRIMEIRA OBRA CONTEMPORÂNEA NO MUSEU GULBENKIAN José Pedro Croft descreve a sua

partir de 13 de Abril, o Museu Calouste Gulbenkian “Depois de visitar várias vezes o Museu (que teve uma terá uma nova obra em exposição, instalada no átrio. grande importância na minha formação como artista) ResultouA de uma encomenda ao escultor José Pedro com a intenção de criar uma obra por ocasião dos 50 anos Croft para assinalar os 50 anos da Fundação. Intitulada da Fundação, houve um aspecto que me interessou Paisagem Interior, a peça é composta por estruturas particularmente – a forma como cada peça é mostrada, metálicas com vidros e espelhos, que se demarcam pela individualizando-a. Trata-se de uma encenação que geometria abstracta das formas e pela frieza técnica dos cuida de cada obra, pondo em evidência o seu lado único. materiais, na linha da sua pesquisa sobre a efemeridade As vitrinas ajudam a isolar cada ‘elemento’ e são um estrutural da percepção visual. O artista opta por não trabalho magistral na forma de tornar visível a obra. citar as obras da Colecção, mas antes os aparatos que Através dos jogos de transparências e reflexões, elas as protegem e as dão a ver no seu isolamento maior, cruzam-se com o trabalho que tenho vindo a desenvolver. as vitrinas, convidando o visitante a novos percursos, O local escolhido para a intervenção foi o Hall, libertando­ gerando múltiplas perspectivas e visões. José Pedro Croft ‑me de um confronto directo com o ‘peso’ da respon­sa­ presta também homenagem à própria arquitectura bilidade de convívio com as obras maiores, dentro da sua, do Museu, numa peça de construção clássica centrada delas, casa. Ele é já uma enorme vitrina. Dentro, o magnífico na simetria do vão sobre o jardim interior, vitrina que Apolo de Houdon, fora a escultura de Rodin que abre o espectador pode atravessar e reconhecer-se ao fundo, as portas à contemporaneidade. Assim concebi uma série na própria imagem reflectida, numa fusão entre de grandes caixas ‘vazias’, contentores de escala humana, a representação do visitante e a do objecto de inacessíveis, que criam jogos de transparências e reflexões contemplação. Tal como refere o presidente da Fundação que alteram a percepção do espaço. É ainda um exercício no texto de abertura do catálogo, esta exposição pode sobre os limites do espaço, tema essencial da escultura ser “factor de surpresa, como se pretende; pista desde a Pré-História (interior, espaço simbólico versus de reflexão sobre o atemporal e o efémero na arte dos exterior, espaço profano). A estes ‘contentores’ associei nossos dias; incomodidade, porventura, para quem volumes que têm sempre o mesmo desenho, alterando prefere a ordem do cânone”. E Emílio Rui Vilar conclui: escala e posição e ainda as faces de vidro e espelho. Umas “Esta ‘invasão’ do contemporâneo só vem confirmar vezes dentro e outras fora das vitrinas, estas esculturas o que a história de arte nos ensina – e a colecção alteram o seu estatuto, como objectos que passam do espaço de Calouste Gulbenkian tão bem ilustra –, que a criação privado ao público, do acessível ao inacessível, e vice­ é sempre diversidade e mudança.” ‑versa, como quando estão fora ou dentro de um museu.” ■

 | NEWSLETTER ÚLTIMO MÊS DE CARTIER E INGENUIDADES

Mais de duas centenas de jóias da colecção Cartier, incluindo algumas aquisições de Calouste Gulbenkian, e mais de 340 fotografias sobre a vida e evolução das engenharias, podem ser vistas na Fundação Calouste Gulbenkian até 29 de Abril.

INGenuidades. Fotografia e engenharia 1846-2006 Sede da Fundação Calouste Gulbenkian

eja um dragão barbudo atento a uma tempestade no Sul da Austrália, uma floresta afogada Sou o primeiro raio-X humano, estas são obras-primas fotográficas, “uma homenagem à liberdade e génio criativo dos cientistas e engenheiros”, diz o curador Jorge Calado, professor de Química-Física do Instituto Superior Técnico. Pela objectiva dos 160 artistas nacionais e internacionais representados, de cerca de 30 nacionalidades, passaram as grandes obras de engenharia passadas e recentes, na sua dialéctica com as forças da Natureza. Por isso, os quatro elementos, Terra, Água, Ar e Fogo organizam e dividem a exposição. Em paralelo, revê-se a história da própria fotografia, nas suas práticas, técnicas e usos. Esta mostra viajará em Outubro até ao Palais des Beaux-Arts, em Bruxelas, coincidindo com a presidência portuguesa da União ■ Richard Woldendorp, Floresta afogada, Lago Argyle, formado pela barragem do Rio Ord, Europeia. em Kununurra, Kimberley, Austrália Ocidental, 1997, Cortesia do artista

Cartier 1899-1949. O percurso de um estilo Museu Calouste Gulbenkian

ntre as duas centenas de peças expostas encontram-se várias tiaras, dezenas de anéis, relógios, pendentes, Epulseiras e colares, incluindo o colar-peitilho vendido ao duque de Windsor, que forneceu todas as pedras excepto as turquesas. São jóias de inspiração egípcia, persa, indiana ou chinesa. O período em causa – de 1899 a 1949 – corresponde aos anos mais importantes das aquisições de Calouste Gulbenkian e, em simultâneo, à consolidação da produção Cartier. Nuno Vassallo e Silva e Maria Fernanda Passos Leite comissariam a exposição, enquadrada no programa de comemorações do cinquentenário da Fundação Calouste Gulbenkian. ■

NEWSLETTER |  MANUEL TAINHA E TEOTÓNIO PEREIRA DOAM ESPÓLIO À FUNDAÇÃO Carlos Carlos Azevedo

s espólios de arquitectura de Manuel Tainha A documentação doada pelo arquitecto Nuno Teotónio e documental de Nuno Teotónio Pereira, este Pereira (n. 1922), membro fundador e primeiro presidente últimoO referente ao Movimento de Renovação da Arte do MRAR, reveste-se da maior importância para o estudo Religiosa (MRAR) das décadas de 1950 e 1960, foram da história da Arte e da Arquitectura em Portugal doados à Fundação Calouste Gulbenkian, passando do século XX. Fundado em 1952, o MRAR integrou como a fazer parte do acervo da sua Biblioteca de Arte. membros mais activos arquitectos, artistas plásticos Os protocolos que formalizaram esta doação foram e historiadores como António Freitas Leal, António Lino, assinados a 12 de Março pelo presidente da Fundação, João de Almeida, Nuno Portas, Erich Corsepius, Diogo Emílio Rui Vilar, pela administradora Teresa Gouveia Lino Pimentel, João Correia Rebelo, José Maya Santos, e pelos dois arquitectos. O espólio de Manuel Tainha, Manuel Cargaleiro, José Escada, Flórido de Vasconcelos, um dos arquitectos que mais tem contribuído para Madalena Cabral e Maria José de Mendonça, que a cultura arquitectónica portuguesa contemporânea, reagiram contra a manutenção dos modelos arquitec­ será estudado, sistematizado, classificado e, até ao final tónicos de cariz tradicionalista nas novas construções do ano, disponibilizado para consulta na biblioteca religiosas dos centros urbanos de Lisboa e Porto. ou através do site http://www.biblarte.gulbenkian.pt. Segundo os princípios defendidos – que incluíam Deste modo, a Biblioteca de Arte dá continuidade a utilização de materiais como o betão e o vidro –, foram a uma vocação já iniciada ao inserir no seu acervo construídos vários templos em Lisboa e no Porto, de que documentação da actividade de arquitectos como Raul se destaca a Igreja do Sagrado Coração de Jesus (1961-70), Lino e Cristino da Silva. na capital, da autoria dos arquitectos Teotónio Pereira Formado em Arquitectura pela Escola Nacional de Belas­ e Nuno Portas. A Fundação Calouste Gulbenkian apoiou ‑Artes de Lisboa em 1950, Manuel Tainha recebeu, várias acções realizadas no âmbito da actuação do MRAR, ao longo da sua carreira, vários prémios de Arquitectura, nomeadamente, uma série de lições preparatórias dos quais se destacam o Prémio Valmor e Municipal do projectado concurso para a construção da Igreja de Arquitectura de 1991, atribuído ao edifício da Faculdade do Sagrado Coração de Jesus; a Exposição de Arte Sacra de Psicologia e Ciências da Educação de Lisboa, Moderna (1956 e 1960); o concurso do ante-projecto para e o Prémio Tschumi de 2002, atribuído pela União a construção da Sé de Bragança e a Exposição itinerante Internacional de Arquitectos. Entre os vários projectos organizada na ocasião do Congresso Eucarístico que ficarão depositados na Biblioteca de Arte, destacam-se Internacional, apresentada em Portugal em 1964. as Piscinas do Tamariz, Estoril (1954-56); a Pousada A documentação encontra-se reunida em seis pastas de Santa Bárbara, Oliveira do Hospital (1957-1971); a Casa contendo relatórios e outro tipo documentação interna Pereira da Silva, Freixial (1958-1960); a Escola Agro­ do MRAR, publicações do movimento, documentação ‑Industrial de Grândola (1959-1963); a Escola de Regentes sobre Arte Sacra, documentação avulsa do Patriarcado Agrícolas de Évora (1960-1971); a Casa Gallo, São Pedro de Lisboa e outras instituições, recortes de imprensa de Moel (1970-1975); a Casa de Chá, Pico do Areeiro, e, ainda, documentação sobre o concurso para a Sé Madeira (1975-1976); a Faculdade de Psicologia e de Ciências de Bragança e debate decorrente. Saliente-se um da Educação, Lisboa (1987-1990); a Escola Superior conjunto de revistas e boletins da época, na sua maioria de Tecnologia de Tomar (1988-1993); o Departamento estrangeiros, sobre a temática da arte e arquitectura de Engenharia Mecânica, Universidade de Coimbra religiosas. Este espólio preenche uma lacuna nas fontes (1990-1996); a Biblioteca Municipal de Viseu disponíveis para a história da Arte e da Arquitectura (1994‑2000); a Porta Norte, Expo 98, Lisboa (1996-1998). Religiosa no nosso país. ■

 | NEWSLETTER ACABAR COM A POBREZA NO MUNDO O SONHO DO NOBEL DA PAZ 2006 Nuno Vieira

Grande Auditório da Fundação encheu-se para mulheres, e cuja taxa de recuperação é de 98,85 por cento. ouvir Muhammad Yunus, o inventor do “banco dos Ao contrário dos bancos tradicionais, os potenciais clientes Opobres”, conceito que, pela sua simplicidade e extraor­ são os que pouco ou nada têm e o empréstimo é feito dinária eficácia no combate à pobreza, lhe valeu o Prémio numa base de confiança que é estabelecida com as pessoas, Nobel da Paz 2006. Como explicou, de um modo muito sem garantias nem papéis. O passado não é tido em conta, simples e tocante, a ideia surgiu-lhe do contacto directo apenas o potencial do futuro. “Aprendemos as regras dos com as pessoas das aldeias do seu país, o Bangladesh, bancos tradicionais e invertemo-las”, afirmou Yunus, após se ter apercebido de que as aulas de Economia sublinhando que a confiança depositada nas pessoas promoviam apenas a abstracção e se afastavam da vida é a melhor garantia. Também ao contrários dos bancos real. “Dava aulas em que desenvolvia belas teorias tradicionais, é o pessoal do Grameen que se desloca a casa económicas, depois saía à rua e via as pessoas a morrerem das pessoas, encorajando-as a empreender e também de fome.” Foi assim, fora do campus universitário, a depositar as poupanças no banco para que este possa no contacto directo com as pessoas das aldeias, que lhe crescer e conceder um número cada vez mais elevado de surgiram as bases do banco que criou e que hoje beneficia empréstimos. Segundo Yunus, todos os seres humanos mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. Tudo têm potencial, mas a sociedade não cria oportunidades. surgiu a partir da ideia de emprestar uma pequena quantia “Os pobres são ‘pessoas bonsai’, não há nada de errado a algumas pessoas para que pudessem criar uma pequena com as sementes”, a pobreza é criada pelo sistema, actividade. “Por 27 dólares tornei-me um anjo, como se sustentou. Por fim, perante uma plateia visivelmente tivesse caído do céu”, brinca, referindo-se ao modo como emocionada, o Nobel da Paz defendeu um sistema que as primeiras 45 pessoas contempladas reagiram e também aposte cada vez mais em negócios sociais, que não tenha ao modo como a sua vida mudou após terem pago apenas em mira o lucro, mas antes fazer o bem e ajudar o empréstimo até ao fim. Yunus explicou como tentou as pessoas a mudar de vida, apelando aos governos envolver o banco local e como, após várias resistências, e fundações para que criem um fundo para impulsionar conseguiu que fossem concedidos empréstimos, sempre esse tipo de negócios. “Não há nenhuma razão para totalmente pagos. O espantoso sucesso deste conceito, a pobreza numa sociedade civilizada”, afirmou, e apontou várias vezes replicado, esteve na génese do Banco Grameen, para um futuro que todos podemos ajudar a construir, o banco do microcrédito, que tem hoje cerca de sete milhões o dia em que as crianças terão que visitar “um museu da de clientes no Bangladesh, dos quais 97 por cento são pobreza” para conhecer essa realidade, então já distante. ■

NEWSLETTER |  Nuno Vieira

PROGRAMA GULBENKIAN ESTIMULA INVESTIGAÇÃO CRIATIVA E DE QUALIDADE

s jovens investigadores distinguidos em 2006 em Portugal”. Mariano Gago deixou ainda um repto pelo Programa Gulbenkian de Estímulo à Criatividade à Fundação e a outras entidades privadas: “Incentivar eO à Qualidade na Actividade de Investigação estudantes mais jovens que trabalham em laboratórios apresentaram os seus projectos no dia 19 de Março, enquanto estudam na Faculdade. Uma tarefa que as numa sessão em que esteve presente o ministro instituições públicas não podem prever e que é da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. importante que entidades como a Fundação Gulbenkian A Fundação vai apoiar cada um destes projectos com possam patrocinar.” 12 500 euros, 2500 para o investigador e dez mil para os encargos da respectiva instituição de acolhimento. Entre as 65 candidaturas a concurso, o júri elegeu oito: Com o incentivo financeiro, o programa visa estimular a criatividade e a qualidade de jovens investigadores Análise Estocástica e Matemática Financeira em áreas científicas de elevado potencial. Nesta edição, • Modelos matemáticos para derivados energéticos os temas abrangidos foram Análise Estocástica Numa altura em que a actividade bancária está em e Matemática Financeira, Matéria Condensada/Matéria transformação, Raquel Gaspar pretende estabelecer Mole, Ciências da Terra e do Espaço e Química aproximações quantitativas do risco de crédito. Sustentável. Diogo de Lucena, administrador com Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) o pelouro da Ciência, explica esta escolha pela da Universidade Técnica de Lisboa. necessidade de “incentivar um certo tipo de atitude • Price formation in incomplete markets na investigação com alto risco”. “E a Fundação acha que Diogo Pinheiro tem como objectivo prever a formação é o seu papel correr esse risco”, explicou. do preço em mercados financeiros incompletos, ou seja, O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em que não existem activos em número suficiente para felicitou a iniciativa e “o historial de apoio da Fundação que o investidor se possa precaver contra todas Calouste Gulbenkian à ciência, extremamente as eventualidades. importante para a entrada de outras instituições Centro de Matemática da Universidade do Porto

 | NEWSLETTER Matéria Condensada/Matéria Mole •The role of surface morphology on tumour growth Rui Travasso vai procurar uma relação entre as propriedades da superfície e a malignidade de tumores. Centro de Física Teórica e Computacional da Universidade de Lisboa.

• Integração e manipulação à nanoescala de nanocristais Nuno Vieira coloidais em heteroestruturas epitaxiais de baixa Os investigadores distinguidos acompanhados pelo ministro Mariano Gago, dimensionalidade opticamente activas pelo administrador Diogo Lucena e pelo director do Serviço de Ciência João Caraça. Sérgio Pereira quer estudar as potencialidades de Química Sustentável nanopartículas, criando nanoestruturas com formas • Miniaturised combinatorial libraries of rationally cada vez mais complexas ao aprisioná-las em designed ligands nanoburacos definidos, lisos ou com rugosidades. Ana Roque vai miniaturizar e organizar livrarias Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos de moléculas que permitam saber quais os componentes e Compósitos (CICECO) da Universidade de Aveiro de mais interesse para uma determinada actividade biológica. A investigação visa maximizar o rendimento Ciências da Terra e do Espaço de uma reacção com o mínimo de solventes. • Estudos de previsibilidade do ciclo solar baseados Centro de Química Fina e Biotecnologia (REQUIMTE) em osciladores estocasticamente excitados da Universidade Nova de Lisboa Dário Passos vai desenvolver técnicas para a previsão • Desenvolvimento de têxteis condutores/inteligentes de eventos solares e a sua intensidade, que têm impacto baseados em biopolímeros nas redes de satélites, telecomunicações ou mesmo Nuno Miguel Torres Lourenço usará processos químicos nas radiações a que as pessoas estão expostas. sustentáveis (solventes verdes) no desenvolvimento Centro Multidisciplinar de Astrofísica (CENTRA) de celulose condutora, uma matéria de propriedades da Universidade Técnica de Lisboa. flexíveis na emergente indústria de têxteis inteligentes. • Arrasto ondulatório por ondas internas atmosféricas Tecidos com sensores para detectar a síndrome de morte João Paulo Martins pretende melhorar a estimativa súbita, o sistema de comunicações em fardas do momento angular, com a aplicação de um novo de militares ou os MP3 incorporados em roupa são modelo teórico de cálculo do arrasto ondulatório que exemplos destes têxteis. tem em conta a variação vertical observada no vento. Centro de Química-Física Molecular da Universidade Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. Técnica de Lisboa. ■ conferências ANÁLISE EVOLUTIVA DA RELIGIÃO

A origem e a evolução de crenças metafísicas e de instituições religiosas constituíram o ponto de partida Nuno Vieira para um encontro promovido pelo Instituto Gulbenkian de Ciência, em Março, no Auditório 3 da Fundação, e que juntou vários especialistas nacionais e internacionais. Temas como O Estudo da Religião através da Biologia Evolutiva, A Origem da Religião e a Defesa do Teísmo, entre outros, foram debatidos por David Sloan Wilson, Lewis Wolpert, Keith Parsons e Richard Sosis. Participaram ainda nos trabalhos António Marques, Henrique Teotónio, Peter Stilwell, João Caraça, L. Moniz Pereira, António Coutinho, Luís Santos Pinto e J. Ferreira de Almeida. No âmbito desta iniciativa, integrada nas comemorações do cinquentenário da Fundação, David Sloan Wilson e Lewis Wolpert deram ainda duas conferências, abertas ao público, no Auditório 2. ■ Lewis Wolpert e David Sloan Wilson.

NEWSLETTER |  FLUXOS MIGRATÓRIOS CRESCENTES EXIGEM

POLÍTICAS DE INTEGRAÇÃO EFECTIVA Macedo Tatiana

Recomendações do Fórum Imigração publicadas em livro

s modelos de integração de imigrantes na Europa o comissário do Fórum, António Vitorino, membro do revelam falhas graves ou mesmo insanáveis caso grupo de trabalho da Comissão Europeia para as Políticas nãoO se actue rapidamente e de forma concertada. de Imigração. “Os jovens não se identificam com Às lideranças políticas, económicas, e à sociedade civil o modelo laico francês, que não reconhece o religioso pede-se que flexibilizem o acesso dos imigrantes ao na esfera pública”, continuou Firoz Ladak, das fundações mercado de trabalho, ao sistema de saúde, à educação, Rothschild, aconselhando “a aceitação de formas de ao crédito e aos direitos políticos. Foram estas pertença traduzidas em identidades múltiplas, mas as recomendações compiladas em livro e apresentadas sendo inflexível no respeito pelo diálogo democrático”. na conferência internacional Imigração: Oportunidade Também a sociedade portuguesa, segundo António ou Ameaça?, que encerrou o Fórum Gulbenkian Vitorino, deve “preocupar-se em criar uma dinâmica Imigração, nos dias 6 e 7 de Março. capaz de consolidar uma união entre todos os elementos O fluxo de imigrantes na Europa ou a migração para envolvidos, fundamental para a estabilidade do país”. os países mais ricos tem crescido nos últimos anos, mas Para facilitar a integração a nível político, Vitorino propôs as políticas de integração estão obsoletas, alertaram os a atribuição do pleno direito de voto aos imigrantes, conferencistas. “Os modelos de integração que conhecemos que hoje apenas podem votar em eleições autárquicas. estão em declínio: o do Reino Unido levou ao limite máximo O comissário do Fórum desafiou ainda a banca portuguesa o respeito pelas comunidades, isolou‑as, sem laços e coesão; a isentar de taxas as transferências de remessas e o da França, de assimilação e igualdade cidadã perante de imigrantes (à semelhança de um banco espanhol) a lei, foi incapaz de combater a discriminação dos e a financiar projectos de imigrantes, pelo recurso magrebinos no acesso ao mercado de trabalho”, notou ao microcrédito ou a parcerias com os países de origem.

10 | NEWSLETTER Tatiana Macedo Tatiana

Oportunidade ameaçada

Três por cento da população do mundo vive a condição de migrante. “Falamos de 200 milhões de pessoas. Se todas vivessem no mesmo local constituiriam o quinto país mais populoso do mundo, depois da China, Índia, Estados Unidos da América e Indonésia”, observou Jack Hanning, do Conselho Europeu. Neste cenário, a Europa é destino privilegiado e ganha em sê-lo, garantiu o comis­ sário do Fórum, porque “os critérios demográficos ou de acesso ao mercado de trabalho mostram que precisamos de mais imigrantes”. Mas de acordo com uma sondagem

feita pela empresa Harris Poll for que George Macedo Tatiana Therhanian apresentou na conferência, 60 por cento dos europeus querem fechar-lhes a porta. “A percepção de que há um excesso de imigrantes está errada. É preciso Há dois milhões de pessoas vitimadas por sindicatos ultrapassar as resistências”, asseverou António Vitorino. de crime, de acordo com o número avançado por Joaquim Com a mesma postura, o primeiro-ministro José Sócrates Chissano. O ex-presidente moçambicano lembrou que rejeitou “a ideia da Europa como uma fortaleza”, já que o subdesenvolvimento crónico dos países é o principal “é inegável a importância da imigração para a susten­ móbil da imigração e que milhões de pessoas são tabilidade da economia europeia”. Segundo o chefe do exploradas nos destinos da imigração. “Se estas pessoas Governo é, contudo, “necessário controlar as fronteiras, tivessem boas condições perto das suas casas porque para que os dispositivos de acolhimento funcionem quereriam emigrar?”, questionou Ibrahim Awad da bem”. Uma ideia secundada por António Vitorino, que Organização Internacional do Trabalho. “É da pobreza acredita que “a imigração desregulada pode ser uma e desespero das origens que parte o problema. A ajuda ameaça, tanto para quem acolhe como para quem se ao desenvolvimento destes países de origem é imperativa.” sente rejeitado, mas a solução não é aceitar todos”. A conferência Imigração: Oportunidade ou Ameaça?, um A resposta à pergunta lançada – Imigração: dos eixos centrais das comemorações do cinquentenário Oportunidade ou Ameaça? – foi, por isto, unânime. da Fundação, assinalou o culminar de um ano de Monica Goracci, chefe da missão da Organização reflexão, produção de pensamento, debate e mobilização Internacional das Migrações em Lisboa, sintetizou-a: de agentes e da opinião pública em torno do tema “A imigração é uma tripla oportunidade, para os países das migrações, “uma das prioridades de intervenção de origem, para os países de acolhimento e para da Fundação no campo social”, afirmou o presidente, os próprios imigrantes, mas coloca desafios tremendos Emílio Rui Vilar. Deste trabalho resulta um livro que são, por si, ameaças, como migração irregular, dedicado ao título da conferência, com a contribuição tráfico humano, racismo e xenofobia.” de várias personalidades nacionais e estrangeiras. ■

NEWSLETTER | 11 DESCOBRIR A MÚSICA NA GULBENKIAN Em Abril

mês de Abril é fértil em propostas educativas para Concertos para todas as idades oferecidas pelo programa Descobrir a Família. O público aO Música na Gulbenkian. Para além das viagens pelo não infantil também terá duas mundo do som e pelos bastidores dos concertos, acções formativas ao longo do mês de Abril. Rui Vieira desenhadas para crianças de vários grupos etários, Nery vai repor a sua História da Música Ocidental dos três aos 12 anos, são também sugeridas três oficinas. à Velocidade do Som, um curso livre sobre as grandes A primeira, Vem Inventar a Música para um Filme, é um correntes de pensamento musical, as grandes escolas, espaço de improvisação musical concebido e orientado os grandes compositores, os grandes géneros, e as grandes por Francisco Cardoso e especialmente dirigido a alunos obras. Este curso esgotou na sua 1ª edição, sendo agora de música. Catarina Molder coordena uma oficina/ reeditado. Música e Cinema é o tema do outro curso concerto de exploração musical, vocal e corporal a realizar este mês, orientado por Carlos Pontes Leça, intitulada À Descoberta da Voz e da Canção. Por fim, que parte do cinema mudo para explicar como o cinema Lydia Robertson propõe explorarem-se as origens dos se revela um terreno ideal para o cruzamento com materiais e as formas de construção de alguns instru­ a música de todos os géneros, atraindo uma plêiade mentos muito simples, como a flauta ou a ocarina, com de compositores de formação erudita que se deixam matérias-primas naturais, do próprio Jardim Gulbenkian, fascinar pelas possibilidades dramáticas e a capacidade no ateliê Tudo se Transforma – Materiais Naturais. de difusão que o novo meio oferece. Ainda em Abril, Rui Vieira Nery, a propósito de um A completar este conjunto de sugestões, mais uma programa da Temporada de Música, fará uma “visita edição de Concertos (Im)previstos, um recital em guiada” ao contexto histórico e à música de Julius formato cénico, inspirado e criado, desta vez, em torno Klengel, Giovanni Bottesini e Nino Rota, em mais uma da instalação de Pedro Cabrita Reis, com direcção cénica sessão de Concertos Comentados para Jovens e de de Margarida Bettencourt. ■ [ver Agenda]

9h30 Abertura com intervenção do Administrador ARTE E CULTURA da Fundação Calouste Gulbenkian NA ESCOLA Eduardo Marçal Grilo 9h45 Enquadramento conceptual do Projecto/ Explicitação do modelo de exploração dos conteúdos e Apresentação dos materiais Equipa do Projecto

10h00 Intervenção do Conselho Executivo da Escola o dia 16 de Abril, no Auditório 3, será apresentado Secundária de Linda-a-Velha o projecto criado para aproximar a arte e a cultura daN prática pedagógica, entendidas como dimensão 10h15 Intervenção de Sua Excelência a Ministra da Educação essencial à formação individual. Através de experiências destinadas a promover a interacção da arte, da cultura 10h45 e da ciência, com todas as disciplinas constituintes dos Sessão de perguntas e respostas. Esclarecimentos currículos do 3º ciclo, este projecto pretende fornecer as bases conceptuais para que esta transversalidade 12h45 se institua. ■ Encerramento da sessão

12 | NEWSLETTER Fundação Gulbenkian e Fundação Champalimaud em iniciativas conjuntas

Fundação Champalimaud e a Fundação Calouste mas rápido, do programa até à sua dimensão final. Gulbenkian anunciaram o lançamento de um O interesse no desenvolvimento da investigação conjuntoA de iniciativas no domínio das neurociências, científica em neurociências é um elemento afirmado que irá decorrer no Instituto Gulbenkian de Ciência. da estratégia definida por cada uma das Fundações. As actividades previstas centram-se em três vectores Este acordo, que aproveita da natureza comum principais: dos estatutos de ambas, consubstancia uma colaboração 1 – Um “Programa Champalimaud em Neurociências no que potencia os esforços de cada uma. A localização Instituto Gulbenkian de Ciência”, dedicado à investigação do Instituto Gulbenkian de Ciência permite a utilização sobre mecanismos de funcionamento cerebral. de sinergias tecnológicas e científicas decorrentes da 2 – Um “Programa Gulbenkian/Champalimaud de multidisciplinaridade da investigação que aí se realiza, Doutoramento em Neurociências”, destinado a formar bem como da flexibilidade do modelo de gestão aí novos investigadores, incluindo médicos, nesta área. adoptado. O programa de doutoramento integra-se na 3 – Séries regulares de conferências, workshops e cursos actividade actual do Instituto no ensino pós-graduado, pós-graduados (“Workshops Champalimaud de de uma forma que permite recolher e oferecer Neurociências no Instituto Gulbenkian de Ciência”), que vantagens significativas. deverão contribuir para a expressão internacional desta Os programas desenvolver-se-ão por um período inicial iniciativa conjunta. de cinco anos, estando prevista até lá a sua revisão O programa de investigação incluirá seis a oito grupos, conjunta pelas duas Fundações. Prevê-se que o num total de 50 investigadores e técnicos. A Fundação programa de investigação possa vir a ser localizado no Champalimaud assegurou já a contratação de dois futuro centro de investigação da Fundação jovens investigadores principais de grande reputação Champalimaud, cujo projecto comporta uma forte internacional, estando previsto um crescimento gradual, componente em neurociências. ■

CRISE DO AMBIENTE E INTERFACE CIÊNCIA/SOCIEDADE

uma iniciativa conjunta do Programa Gulbenkian 15h00 Ambiente e do Joint Research Centre (da Comissão 1º Painel Perspectivas sobre uma relação complexa NEuropeia), vai realizar-se no dia 19 de Abril, às 15h00, Hermínio Martins, Oxford e Instituto de Ciências Sociais , ISCTE na sala 1 da Fundação Calouste Gulbenkian, o colóquio Maria Eduarda Gonçalves Olga Pombo, Faculdade de Ciências da Universidade Crise do Ambiente e Interface Ciência/Sociedade. de Lisboa A investigação sobre as relações entre a Ciência e a Moderadora: Sofia Vaz, Universidade de Lisboa Sociedade tem vindo a suscitar cada vez mais interesse e coloca novos desafios, tanto aos cientistas como aos 17h00 cidadãos, beneficiários desses novos conhecimentos 2º Painel Leituras sobre a Obra Interface between científicos. A influência da ciência no processo de tomada Science and Society Joint Research Centre, 2007 de decisão, nomeadamente no domínio ambiental, Luísa Schmidt, Instituto de Ciências Sociais , ISEG – Universidade Técnica de Lisboa tornou-se num tema de debate público. Este colóquio irá Helena Jerónimo António Dias Figueiredo, DEI – Universidade de Coimbra oferecer diversas leituras para este interface ciência­ Moderadora: Ângela Pereira, JRC ‑sociedade e apresentar a obra coordenada por Sofia Vaz e Ângela Guimarães Pereira, editada pelo Joint Research 18h20 Centre, que se constitui como uma mais-valia na Notas finais compreensão e aprofundamento das relações entre as Viriato Soromenho-Marques, esferas do conhecimento, da política e da sociedade civil. ■ Programa Gulbenkian Ambiente e Universidade de Lisboa

NEWSLETTER | 13 Destaque 1 www. B A DE CAL 4 | NEWS LETTER I bibliotecaparticular IO BL OUSTE TECA IAN GULBENK PART . gulbenkian ICUL AR . pt alouste Gulbenkian reuniu ao longo da sua vida e da constituição da sua colecção de Arte. Privilegiando uma importante biblioteca actualmente dividida uma visão de conjunto, pretendeu-se ainda com esta emC dois grandes núcleos. O núcleo constituído pela iniciativa contribuir para outros olhares sobre a colecção de manuscritos e obras impressas que ilustram verdadeira dimensão do seu valor patrimonial e cultural a Arte do Livro no Oriente e no Ocidente, entre os no contexto do legado do Fundador. séculos XIII e primeira metade do século XX, de elevado Cosmopolita e requintado, Calouste Gulbenkian foi valor patrimonial, encontra-se integrado no acervo do verdadeiramente um homem de cultura e da cultura Museu Gulbenkian. O outro núcleo, constituído por do seu tempo. Atento ao mundo em que vivia, tinha cerca de 3000 títulos de publicações abrangendo os diversificados interesses que iam muito para além dos mais diversos domínios do conhecimento, encontra-se directamente relacionados com as suas actividades integrado no fundo documental da Biblioteca de Arte, profissionais e com a paixão pela Arte. A sua biblioteca tendo constituído a origem de muitas das secções reflecte não só estes traços da sua personalidade, como temáticas – Pintura, Arquitectura, Desenho, Mobiliário, também a influência do ambiente cultural da época, Cerâmica – da sua actual organização. contemplando informação sobre praticamente todos No âmbito das Comemorações do Cinquentenário os ramos do conhecimento humano. Foi esta colecção, da Fundação Calouste Gulbenkian, a Biblioteca de Arte constituída por diversos tipos de publicações – desenvolveu um site que disponibiliza o núcleo documental monografias, catálogos de museus, de colecções privadas constituído pela biblioteca pessoal do Fundador, criando e de leilões e publicações periódicas – que Calouste um instrumento importante para a compreensão da sua Gulbenkian utilizou como ferramenta de estudo personalidade, dos seus gostos, preferências estéticas e investigação para satisfazer a curiosidade intelectual

NEWSLETTER | 15 que sempre o caracterizou. A colecção transforma-se to Catalogue a Library e How to Make an Index. assim em mais uma das peças que contribui para Esta atenção de Calouste Gulbenkian estendia-se ainda desvendar melhor o homem e o seu percurso intelectual, aos aspectos relacionados com a preservação e a os seus gostos e os seus métodos de estudo. encadernação das espécies. São vários os títulos sobre Calouste Gulbenkian cuidou da sua biblioteca particular bibliofilia e a arte da encadernação, como Connaissances com o empenho e a dedicação de um verdadeiro bibliófilo, nécessaires à un bibliophile e Manuel historique et orientando directamente e intervindo em todos bibliographique de l’amateur de reliures. processos relacionados com a aquisição, a inventariação Uma biblioteca particular pode constituir um teste­ e o acondicionamento dos livros. Originalmente, este munho privilegiado das preferências e necessidades conjunto documental teria uma organização interna de informação do proprietário em diferentes momentos definida, que é detectada tanto nas facturas de da vida, reflectindo etapas do seu percurso pessoal. aquisição, como nos inventários e nos livros de registo Eventuais coincidências entre as preferências estéticas de compra. A maior parte das obras – cerca de do Coleccionador e os padrões culturais da época, 78 por cento do total –, designada por “Documentation”, a variedade temática dos seus interesses pessoais ou os terá coincidido, grosso modo, com os anos de Paris. vestígios do seu pensamento e das suas opiniões através Alguns livros exibem o testemunho da intervenção de marcas visíveis de leitura, são alguns exemplos pessoal de Calouste Gulbenkian: “File”, “Documentation”, de aspectos que podem constituir matéria de estudo. “A garder”, “Découper”, “Mme Theiss” (uma das suas Neste sentido, a abordagem escolhida para este projecto, secretárias) são algumas das indicações manuscritas ao invés de privilegiar uma ou outra área temática, nas próprias obras. Existem também títulos ou de dar destaque a algumas obras em particular, sobre a organização de uma biblioteca, como How procurou seleccionar alguns núcleos desta colecção

16 | NEWSLETTER documental que permitissem estabelecer ligações com fases do percurso pessoal de Calouste Gulbenkian e com algumas conhecidas características do seu carácter. Foram, deste modo, determinadas várias facetas principais que se desdobraram, sendo que, para cada uma, se escolheu um conjunto de obras que, de algum modo, as reflectem ou estão com elas directa ou indirectamente relacionadas. No âmbito das comemorações do Cinquentenário foram já realizadas algumas exposições que mostraram ao público a arte do livro na colecção de Calouste Gulbenkian, bem como a sua faceta de bibliófilo. Este projecto da Biblioteca de Arte vem no seguimento destas iniciativas que pretendem dar a conhecer o homem, a obra e o seu património de coleccionador. Pela sua especificidade, este projecto constitui uma oportunidade privilegiada para revelar uma parte relativamente desconhecida do legado de Calouste Gulbenkian, a sua biblioteca particular, cujo acesso é reservado, por razões que se prendem com o seu inegável valor patrimonial. ■

NEWSLETTER | 17 breves 25 por cento por a 25 15 de prémios de atribuiçãoresultados. a os Outrasmedidas,melhorarcomo os todas as superfícies.as de todas pinturaa telhado,e Fundação,revestimentodo prevêreparaçãoparedes pela do que a das ConventoGoa,do Mónica,restauroapoiado alvoseráSantaem Igreja um de da de exterior o RECU mudam”,públicas escolasexiste,escolha as a escolha,quando da porque concluiu. questão a sobre reflexão uma fazer de urgentemente filhos. precisa os para país escola “O a melhor escolherem pais os de possibilidade a ser poderá seguir a exemplo um Gulbenkian, Calouste Fundação da BolsasEducação e de Serviço do administradorda Educação e FLAD,EduardoGrilo,da Machete.Segundo Marçal presidente Rui ex-ministro o disse Este “éummodelo que não pode ser importado”, mas é “ummodelo inspirador para Portugal”, cento.diminuiuresultadospor piores 80 com númerodaquelas quadruplicou,o desempenhosaltos e mais os com escolas o númerode década,uma de reduziumenos metade,escolarcomprovar em abandono a aposta: o -se a parecem dados polémica.os mais Mas sido professores, têm melhores os paraordenado do de um consecutivos,mandatos2007. dois a partir de longo1998 A Florida, ao nade ensino de sistema no reforma umaO introdução de pela “governadoreducação” conhecido da assim é Março. de 2 dia no Gulbenkian,Calouste Fundação a colaboraçãocom (FLAD),vimentoem Interior da Igreja do ConventoMónica do Santa Igreja de da Interior

Orlando Teixeira

estabelecimentos com melhor nota e investiu 75 euros por aluno nas escolas que conseguiram ranking PER de avaliação,de euros de milhões governo113 o estadualcom premiou A ÇÃ ■ O DE PA Americana para o Desenvolo para Luso-Americana Fundação ­ e pela o orador principal na conferência conferência na principal orador o foi ensino.Bush o do sucesso”Jeb aperfeiçoar para chavesalunos,as dos resultadosão no baseados titividadeescolas,em nas pontuadas O arquitectónico de influência portuguesa.Tambéminfluência de arquitectónico património original vastoe localiza,um apresenta Kerala,de se região igreja fachada.A a onde da desenho no implicações com moderna) época católicada arquitecturaparalelona qualquer sem portuguesas,igrejas das específica (característica alto coro um quais os portuguesa,entre influência nítida de visíveiselementos ainda são gravementeafectaram entanto,original.traçaNo a que edifício intervençõesno vandalismoe de séculos,Portugueses,actos dos sofreu,ao longo dos Igreja como localmente Deos, Materconhecida Goa.Mónica,A catedralde Calecute,Igreja em ou Conventodo Santa Igreja de na outro e Calecute de A J na Educação a excelência. “Aavaliação,compe­ a e exigência a I TRIM NCENT EB BUSH EB

projectos de restauro na Índia,um narestaurona Catedral de projectos dois vaiapoiar Gulbenkian Calouste Fundação que melhorar o ensino implica recompensar implica ensino o melhorar que ex-governadorBush, Florida,acredita Jeb da ÓN , organizada pela Embaixada dos EUAdos Embaixada ,organizadapela IV ÍN NA IO O DEFEN AO MÉRI DE DIA Inovação rankings T O ■

colóquio Portugal–Sri Lanka: 500 Anos O S s actas do colóquio Portugal-Sri Lanka: 500 Anos, realizado pelo Centro Cultural Calouste Gulbenkian deA Paris, em Dezembro de 2005, foram agora publicadas, sob o título geral Re-exploring the Links. History and Constructed Histories between Portugal and Sri Lanka. A obra foi apresentada em Paris por Jorge Flores, responsável pela edição e por Djanirah Couto. Reúne as comunicações proferidas nesse colóquio sobre as ricas L I VR e complexas relações entre os dois países, com contributos de estudiosos como S. Pathamanathan, Rohini Paranavitana, Karunasena Dias Paranavitana, Rui Manuel Loureiro, Jorge Flores, Maria Augusta Lima Cruz, Alan Strathern, John Clifford Holt, Inês G. Zupanov, Jurrien van Goor, Zoltán Biedermann, Hélder Carita, Nuno Vassalo e Silva, Kenneth David Jackson e Dennis B. McGilvray. ■

UNIVERSIDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL EM CABO VERDE

abo Verde é o estudo de caso de André Corsino Tolentino numa investigação sobre “Universidade e Transformação Social nos Pequenos Estados em Desenvolvimento”. O livro, publicado pela Fundação, foi apresentado pelo economista AntónioC Simões Lopes, no dia 21 de Março. Cruza três eixos de reflexão sobre a universidade, a identidade e o desenvolvimento humano num contexto insular, histórico e real, podendo também ser lido como um texto não académico: a história de um percurso, de um país e de uma universidade, explica o reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, na contracapa da obra. O autor, André Corsino Tolentino, foi embaixador de Cabo Verde em Portugal (1981-1984), ministro da Educação (1984-1990), membro do Conselho Executivo da UNESCO e é hoje consultor do Banco Mundial. ■

ARTE ISLÂMICA EM LIVRO E SITE

Descoberta da Arte Islâmica no Mediterrâneo é um livro que retrata as grandes dinastias islâmicas desta zona, oÀ seu legado artístico e cultural. Em 22 capítulos escritos por 39 estudiosos, conservadores de museus e especialistas em património cultural, o leitor pode percorrer os muitos séculos de história e de arte que vão da época do profeta Muhammad até ao final do Império Otomano. Esta edição portuguesa do Museu sem Fronteiras, apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, pretende contribuir para “uma compreensão mais precisa, e portanto mais autêntica, do Islão, através das dife­ rentes interpretações da história, da arte e da cultura”. Além do livro, a organização Museu sem Fronteiras apresenta o site www.discoverislamicart.org que é um autêntico museu virtual da arte islâmica. O site será apresentado no dia 19 na Fundação. ■ Um Rosto da Música 20 | NEWS concorrer.nívela grandehavia de que candidatose julgo muitoexigente foi provaGulbenkian OrquestraA a para dessaexperiência? falar-nosmundo.Pode o todo de candidatos vindos váriosda entre Gulbenkian,Orquestratutti paraconcurso o violoncelo ganhou Recentemente aqui.estudar para Mundo o todo vêmde que estudantes aos proporciona culturasque de encontro pelo também programas,dos mas e professores dos qualidade alta na NorthwesternUniversityprivilégio, um é pela só não de mestrado. recital Estudar meu o paraa preparar -me dedicação.e muitoActualmente,tempo exige estou que o trado o meu estudo na preparação para concursos de orquestra,individual.muitoestudo com Recentemente,concen­ tenho ocupado livreé tempo suficiente,Sinfónica.que Resta-me Orquestra de intenso bastantetrabalho um também faço e (com Semanalmente,aulaindividualtenho violoncelo de maioria,pedagogia.sua de teóricas, na disciplinas poucas muitotenho práticainstrumental,que a para sendo virado muitoestá Performance em mestrado de curso meu O NorthwesternUniversity? na dia-a-dia seu o é Como Jensen. Hans professor o violoncelocom estudo onde Northwesternna UniversityChicago,Music, em of School mestrado o fazer anos.Actualmente,a dois estou há quase Orquestra,de Instrumentista de curso concluío onde Lima,PauloGaio professor de Orquestra,o Lisboa,com em SuperiorNacional Academia Posteriormente,na estudei complementar.curso o terminei Boiça,onde Isabel Aveiro,professoraVioloncelo de da de classe na ingresseino Conservatório de Música de Calouste Gulbenkian Oliveirade anos Bairro.União dez do a Filarmónica Aos local,anos,quatronuma tinhaassociação quando Oliveiraem Bairro,feita musicaldo foi iniciação minha A musicais?estudos seus os iniciou Onde Área:Violoncelo / Música anosIdade:23 Reis* Nome:Raquel mais E xigirsempre

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excelente professor Hans Jensen), de Música de Câmara LETTER

e melhore estes de alguma maneira sejam discutíveis,maneirasejam semprealguma há de que estes qualidade.Ainda de critérios dos globalização de uma falar pode se que níveise mesmos dos dentro feita foi de provaSinfónica Orquestrafeito a parater de Depois Chicago NorthwesternUniversity,na Música de Serviço do bolseira * sonho.um de parte cumprir e Gulbenkian Orquestra à privilégiojuntar-me enorme mim paraum mãos. É nossas nas o está aguardarpior,não “veredictofinal”é já que que parte da depois e satisfação) perfeita uma nuncacom que (ainda cumprida missão de sensação uma e suor,de depois muito,dar muitatensão se de de depois elas.Depois por decidem se coisas as complexo.que bastantejulgo Depois é que energias,o de optimização de concentraçãoe de mentaltrabalho muitoum importantemento,é que julgo preparação,uma de instru­ digamos,além Parado física provasorquestra.das de realidade vocacionadoesta para especialmente foi e muitointenso e longo foi preparação de período meu lidar.O fácil é sempre nem qual a com provasorquestra,das de outrarealidade é esta que sei Mas melhor.e mais sempre própria:exigir comigo competir e melhor meu o fazer concentrarem me de o custo,sim mas todo a melhor ser de tenho que e alguém com a competir estou que competição.pensar de Pessoalmente,gosto não concurso,de de falar jogo.disto, a além Paraestamos em que,muitaliteralmente,concentraçãocoisa em põe se máximaminutos de nesses condensados ficam trabalho de meses minutos,que dez modo a de cinco de cerca apenas tocamos e anónima) forma uma (de painel um de detrás avaliados primeiro somos por vezque difícil,uma bastante provasde tipo este exige.Considero Mundo do orquestra qualquer que qualidades númerode determinado um Chicago, senti que a prova para a Orquestra Gulbenkian provaGulbenkian Orquestraa Chicago,a paraque senti ■ Um Rosto da Geologia hidrográfica,na Região Demarcada Douro,do com Para ainvestigaçãoseleccionoucurso em efectiva.gestão sua na hidrográfica,reflexo com adquire bacia da relevânciaescala à especial Osestudos sobre dinâmica e fluxo de contaminantes Geologia). da ramo (um Ambiental da Geoquímica na área crescente fluviaisimportância uma adquire sistemas contem aminantesde e biodisponibilidade) com do a compreensão persistentes.de contamacumuladosAssim,inantese trófica cadeia na sedimentos,transferência e de com intersticial de água ingestão pela quer água na presença comunidadeaquática,pela a para quer risco um orgânicos,e fluvialno ambientequímicos representa contaminantes,de presença antrópica. A origem de muitosparacontaminantes depósito como e actuando organismosvivosnutrientesprovidenciandoos para fluvial,ambiente do fundamentaisSão componentes tempor que,e transportam rios os que finos mais os sedimentos sobre fundamentalmente incide trabalho meu O dasuatema Qualinvestigação? o actividadeda humana.impacte e o naturaisambientais sistemas dos estudo vertentesde váriasAmbiente,as do abrangendo Ciências das na área investigaçãoda nívelinternacionalexcelência a pela Universidade reconhecida Sciences,da Reading,é de de investigação.Environmentaland Human of School A desenvolvimentoo paradeterminantes tema meu do váriastécnicas, aperfeiçoar e aprender permite-me desenvolvera doutoramento.estou agora que estágio O de orientador actual meu do supervisão com a laboratório,desenvolvidode trabalho do parte aqui mestrado,tinha de que tese já minha da a preparação com Universidadeiniciou-se ligaçãoà Reading A de Porqueresolveu estagiar na Universidade de Reading? Área:Geologia anosIdade:36 Nome:AnabelaReis* fluviais contaminantes O risco dos riamente, se depositam no seu leito.seu no depositam ariamente,se por tamento (mobilidade tamento - seuma bacia montanha, com clima temperado,de montanha,clima com ocupação e zona em ser de particulares as características Projectos futuros... Projectos predominantementerural. ReinoUnido andEnvironmental Sciences daUniversidade deReading, bolseira* doServiço deEducação Bolsase naSchool ofHuman semelhantes.com características hidrográficas, outrasbacias de ambiental gestão na referência como usados ser poderiam resultadosdistintas, meus forma,pois,os desta investigadorescom geográficaso trabalho áreas de útil extremamente também seria que hídricos.Creio envolvidaslocais com empresasrecursos dos gestão na da UTAD,outrasinstituições,também masde ou investigadoreslaboratóriose outros colaboração com em efectuados fossem estudos esses que Gostaria desenvolverambientes.e destes estudo de técnicas hídricos,emespecial ossuperficiais, pretendo aperfeiçoar recursos dos gestão e ambientais estudos de no âmbito dedico,me actualmente que a tema do a pertinência e ainvestigação.investigação,da campo No dada ensino o doutoramento,o entre repartido será (UTAD),Douro Altotempo, e meu ‑os‑Montes o após Universidadeda TráGeologias­ de de Departamento do docente corpo do parte faço vezque Uma ■ NEWS LETTER

| 21 Uma Obra do Museu Calouste Gulbenkian 22 | NEWS (chamaramfinalizado -lhe nãovaleu “apressado”) -lhe, pelo gosto o pinturae na pressente se O improvisoque aprisionar,luz.transitóriode sobretudo,estado um para pretexto Oise do registo magnífico neste representação,fugazda momentoDaubigny o encontra poente,do quentes tonalidades das e aorealçar, partir a imediato óptico impacto de cor de pinceladas espessas de rápida aplicação à obra nesta recorrer Ao omnipresente.são tema fluviaispaisagens as quais motif,nos le sur captados formatomédio e pequeno de quadros produçãode numavastainsere-se e representação da no espaço preponderantepapel um assume entardecer do atmosferaA cidades. grandes das agitação da distante agradáveis,mundode paisagens um a associadas atravésemoções sublimar aquisição querer da parece que urbana sensibilidade uma de eco faz que e Império duranteconsagraçãoSegundo sua o a publicamente conhece que representação de tipo um de o apogeu pintor,com do coincidente artística maturidadeplena Temporalmente,de inscreveobranum período a -se númeroassinalávelum pinturas.Oise de no produção,executado sua pintor conjuntoda o no tendo A C R MA H de Daubigny,fundamental corpo um constituem fluviais,paisagens s obrana abundantes LETTER ARLES-FRAN GENS DO Ç OIS OISE crítica da época, um comentário menos favorávelmenos comentárioépoca, um da da crítica Inv.444 Proveniência:1913. Reinhardt,Henryde Agosto Paris,de 19 cm 49 x 27 madeira sobre Óleo França,1865 direita:datado,à e baixoAssinado em “Daubigny1865” OISE DO MARGENS Charles-FrançoisDAUBIGNY (1817-1878) XIX. e XV séculos os entre pinturasexecutadas 26 conjuntode incluium e que inteiramentededicada é lhe que edição vez,uma de objecto,primeirasendo Gulbenkian,pela Sarkis Calouste de eleição de pictóricos géneros dos sabe,um se Gulbenkian Calouste intituladoCD-ROM DVD/um de capa ilustrarparaescolhidaa foi obra Esta pintura– da “impression”! história decisivamenteda e rumo por alterarprofunda o sintetizado,então,palavra umaacabaria por que estilo,seu do originalidade inesperada perantea disposição do público. O tema da paisagem foi,como paisagem da público.tema do O à disposição D AUBIGN Pintura de Paisagem no Museu no PaisagemPintura de , que se encontrará em breveencontraráem se , que

Luísa SampaioLuísa Y Uma Obra do CAMJAP que absorve o olhar como a um corpo inteiro.corpo um a como olhar absorveo que macia,paisagem,tornadae cheia superfície uma é afinal humanolocal,peloesta do imaginária física passagem virgem,rasgadodelicadamentepela bosque ou Floresta esquerdo.lado o afunda,sobre se por fugaconstituído de ponto conduzidoao é facilmente elevado,flutuantee menos ou a umnívelmais que observadorencontrado -se,vista aliás,de ponto O coabitação,perspectiva.em da troncos dos morfologiaentrevistas), pedrase (algumas inclinação da invençãosombreada),à geológica duma probabilidade luz(generalizada,da localizada,gestão à obriga que selvagem,numlugare caminho desabitado de sugestão serrado,mato de contexto dumadumaem clareira criação à obriga que semânticaminúcia a também mas pormenor,densidade,e quantidadesua da é registada,a pincelada a que a escala da a só é nãominúcia Essa verosimilhança.total uma exige o quanto executado minuciosamentetão ser de condição a sob visibilidade ganhafloresta fotografias,de cantopostais, este Inventadoda partir “colagem”memórias,a de imagética O R ilusão fotográfica de um lugar que é apenas pictórico.apenas lugaré um que de a ilusãofotográfica

esseburaco negro emque adivinhamos que florestaa u advémficcional:dumaconseguir necessidade representação desta hiperdeliberado-realismo i Vai s co n c el o s

S/ Título(P nº Inv.:nº 98DP1705 cm 273,5 x 111,2 papelEncáusticasobre (Paisagem),Título 1997S/ VasconcelosRui artista. do da ficção palco o é este que solidária,assinala mas circunscrita arena uma como absorventee um de eficácia a com encáusticaimagem,a acolheda torno em nas margens presente bem papel,familiar.um arquétipodeixado O de contorno estado,o termos assume de nuncalá e,apesar reconhecimento de efeito um sob como memória nossa encontradamomentos,na ser Por parece

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| 2 3 Uma Obra da Biblioteca de Arte 2 apresentaporta, primeiraque uma realizou e a comissão ganhouque último o finalistas.Foi como (1378-1455) Ghiberti Lorenzo (1377-1446)e Brunelleschi Filippo com novaumapara porta, concurso um Em 1401,realizou-se gótico.estilo do influência clara uma Baptista, ainda S.João de vida da cenas de e ostenta,representação na 1336 em (c.instalada 1270-1348),Pisano foi de Andrea autoriada é sul a situada dourado. bronze porta em A Sansovino(c.1467Andrea e, sobretudo, -1529) portas as como artistas esculturasmármore,de geométrica,as em decoração a visitantes dos admiração causama exterior,No cidade.catedral da como funcionadoterá XII e XI duranteséculos e VII,os e VI séculos os entre erigido octogonal,edifício,plantasido terá o actual de provavelmentee romano período ao remontar parece e Florença de antigo mais edifício Giovannio é (S.João) San Duomo,de Battisterodo Praçao na Situado italiano.Quattrocento do contexto no artístico centro importante mais no transformou a que político e mico econó ­ apogeu atingiuum Medici,Florença família da XIV.duranteséculo governoo seguinte,o século sob No consolidarame fortaleceram se territorial,que expansão desenvolvimentoum correspondeu uma e urbano desenvolvimentoeste europeus.A mercados económico vestuáriochegavamindústriade os da sua todos a produtosos XIII, século do meados e,em XI o século duranteromano.Impériorecuperaçãocomeçou do A a Arno,rio do margens do Renascimento. nas Situada período do artístico e arquitectónico património admirávelseu viajantesdevidoao conjunto de A Il 4

umdos seus monumentos mais visitados. suaA origem cidadepassou por uma fase dedeclínio seguira quedaà | NEWS Ba uma das mais procuradas pelos modernos pelosprocuradas mais das é uma Toscânia,Florença,da capitalde italiana cidade LETTER i tt o di Sa di ster o n

G 1425, a Ghiberti foi encomendada uma novauma porta,encomendada foi Ghiberti Em 1425,a relevos,28 ainda,gótico.moldurasnos do as típicas COTA(S)AAT ;AAT2613 2613a p.desdobr. : il. color. 2º v.: Testi : saggi = Text : Essays 580 v.:p. 1º CONTÉM AtlantePhoto-Atlas.: = fotografico 659,[4] il COLECÇÃOdir.) / MirabiliaItaliae;Salvatore2 ( Settis v.2 DESCR.brochuraFÍSIC :1 il.color. + cm ;32 PUBLICAÇÃOPanini,:CosimoFranco Modena cop.1994 RESP TÍTULO/ documental.fundo seu no possui de Arte Biblioteca a que – alçadosfotografias, e com plantas outro e inglês) e italiano (em especialistas de textos com GiovanniFirenze a obrana profundidade e em pormenor estudado ser arte,pode de obras suas as como assim envolvendoedifício,do diversasconstrução as de fases (1391-1472?).Michelozzo Todo(1386-1466)e processo o Donatellode escultóricostrabalhos os geométricos;e de visão uma representam que e XIV e XIII séculos datarãodos as paredes,que revestemque maravilhammosaicos os olhares os Paraíso”.de do apelidado “Portas tê-lasá interior,No de GiorgioVasari (1475(1511-1574),Ângelo-1564) Miguel testemunhoo com contemporâneosacordoe, nos de impactocausougrande perfeição já renascentista.sua A descobertos,estética recentementenuma linguagem relevos,perspécticos os princípios os utilizando baixos e altosTestamentoAntigoretratadas em do são dupla,Baptistério. porta cenasdo Nesta as este) lado no (actualmente entradanorte 1452,a paraem finalizada pavimento em mármore com complexos motivoscomplexos com o pavimentomármore em The Baptistery of San GiovanniSan of Baptistery = The Florence io v a Il Battistero di San GiovanniSandiBattistero FirenzeIl a nn , composta por dois volumesum dois – ,por composta i a a i O JulgamentoFinal O F i Il Battistero di Sandi Battistero Il renze ■

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A gen da As visitas guiadas para turistas no Centro de Arte Arte de Centro no turistas para guiadas visitas As [ Horáriode Exposições Apoio:Banco Espírito Santo ¤ TemporáriasExposições Museu de do Sala EducativoServiço orientadas,o contactarvisitas Para estilo um de percurso O 1899-1949 Cartier atéAbril 29 CAMJAP,1 Piso 22,Anágua domingo,Susana 12h00, por às guiada: Visita Calhau Fernando CAMJAPdo na Colecção Obras maior] modo e menor [modo II e ConvocaçãoI atéAbril 22 EntradaLivre FCGda Sede da 01 Piso Filipe Cruz PaisagensMultiplas atéAbril 8 ver… pode Ainda Gulbenkian Calouste Museu do recepção da Átrio Croft Pedro José PaisagemInterior Julho 15 a Abril 13 [ 20 36 782 tel.21 o para préviamarcação requerem pessoas] 20 e máximo 10 [mínimo grupospara Perdigão e Azeredo de José Moderna mail ou fax – verInformações]. – fax ou e-mail por preferência [de estrangeirae encerradas às segundas­feiras às encerradas 3,00| ¤ 5,00[Bilhete conjunto para Museu eINGenuidades]

abertura das exposições das abertura € abrilnacional].grupo por 50 € 60 por grupo em língua em grupo por 60

] , das 10h00 às 18h00 às 10h00 das

concentra apenas numa zona da exposição] numada se concentraapenaszona concentra apenas numa zona da exposição] numada se concentraapenaszona O fogo O 1,domingo,10h30 [comissário] Calado geral,Jorge Visita por 26,quinta, 13h00 Anágua Susana por mundoelementos,o quatroordenar Os e criar 19,quinta, 13h00 ciência da olhar o transformação: Naturezae da Forças 12,quinta, 13h00 Visitasguiadas ¤ Temporárias,Exposições de FCGGaleria da Sede Engenharia e Fotografia INGenuidades Abril Até29 O ar O 22,domingo,10h30 Anágua Susana por mundoelementos,o quatroordenar Os e criar 15,domingo,16h00 o olhar daciência transformação:naturezae da Forças 1,domingo,16h00 CAMJAP,01 piso PartirA daColecção atéAbril 29 CAMJAP,01 piso Frias 29,domingo,Hilda 15h00, por às guiada: Visita Humor e Ilustração na Colecção CAMJAPatéAbril 29 CAMJAP,0 piso 28,sábado,Carrilho Carlos 15h00,por 14,sábado,Mendes Carla 15h00,por guiada: Visita CabritaReis Pedro Fundação atéAbril 29 Entradalivre CAMJAP,Hall 22,domingo,Mendes Carla 15h00,por guiada: Visita Matej Krén Cell Book atéAbril 29 sede recepção,edifício à no junto encontroexposição. entradade na Pontode bilhete do prévia.apresentaçãomarcação Requer necessária é Não [comissário] Calado geral,Jorge Visita por 29,domingo,16h00 dialécticodacriação/destruição poder O – transforma se perde,tudo se Nada 22,domingo,16h00 3,00| , por Sílvia Almeida [visita parcial que parcial [visita Sílvia,Almeida por ¤ , por Susana Anágua [visita parcial que parcial [visita Anágua Susana ,por 5,00[Bilhete conjunto para Museu eINGenuidades]

Instalação , por João Caraça João ,por , por João Caraça João ,por

,por Carlos Carrilho NEWS

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| 2 5 19, quinta, 21h00 Ciclo Artistas da Colecção Música 20, sexta, 19h00 15, domingo, 12h00 Artistas mulheres na colecção: Ana Jotta, 1, domingo, 12h00 Orquestra Gulbenkian Rudof Barshai Maestro Ana Hatterly, Helena Almeida, Lourdes Castro, Concertos de Domingo Valery Sokolov Violino Paula Rego, Susanne Themlitz, por Hilda Frias Ciclo de Bolseiros da Fundação Calouste Ludwig van Beethoven, Dmitri Chostakovitch Gulbenkian No centenário do nascimento de Dmitri Chostakovitch Ciclo Géneros e Modos José Bon de Sousa Piano Grande Auditório 1, domingo, 12h00 José Machado Violino Modos de ver, modos de ler: o olho e a percepção Jorge Cronner de Vasconcelos, , 21, Sábado, 19h00 da cor, por Lígia Afonso Clotilde Rosa, Sergei Prokofiev Átrio da Biblioteca de Arte Ciclo de Música de Câmara 29, domingo, 12h00 Sarah Chang Violino Revisitar os géneros: retrato, natureza-morta Ashley Wass Piano e paisagem na colecção do CAMJAP, 3, terça, 19h00 Ludwig van Beethoven, Richard Danielpour, Sergei Prokofiev por Ana Gonçalves 4, quarta, 19h00 Grande Auditório 5, quinta, 21h00 Ciclo Visões e Acasos Orquestra e Coro Gulbenkian 22, domingo, 12h00 1, domingo, 15h00 Michel Corboz Maestro Concertos de Domingo Visões e acasos: a experiência do visitante, Ana Quintans Soprano por Lígia Afonso e Carlos Carrilho Marie-Claude Chappuis Meio-Soprano Ciclo de Bolseiros da Fundação Calouste Werner Gura Tenor Gulbenkian Ciclo Zonas de Contacto Nuno Soares Violino Alexander Judenkov Tenor 21, sábado, 15h00 Youri Popov Piano Alfred Reiter Baixo Artistas e público, por Sandra Vieira Jürgens Johann Sebastian Bach, Franz Schubert Georg Friedrich Händel, Tomaso Antonio Vitali, Ernest Bloch, Johannes Brahms Grande Auditório Átrio da Biblioteca de Arte 10, terça, 19h00 Cursos 24, terça, 19h00 Ciclo de Canto 21 e 22, sábado e domingo, Elina Garanca Meio-Soprano Ciclo Novos Intérpretes Charles Spencer Piano Lara Martins Soprano 10h00 às 13h00 e 14h30 às 17h30 A percepção visual aplicada às obras de arte ou Johannes Brahms, Robert Schumann, Gioacchino Rossini, João Paulo Santos Piano porque é que “ver” nunca é “ver tudo”, Manuel de Falla Claude Debussy, Hugo Wolf, Benjamin Britten, Fernando Lopes-Graça, Joaquin Rodrigo por Ana Gonçalves Grande Auditório No centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça Neste Curso far-se-á uma introdução à percepção visual Auditório Dois humana em geral, colocando-se posteriormente o enfoque 12, quinta, 21h00 na percepção das obras de arte em particular. 13, sexta, 19h00 26, quinta, 20h00 Sala 3, Sede da Fundação Orquestra Gulbenkian 29, domingo, 20h00 €60 [marcação prévia] Lawrence Foster Maestro Florian Zwiauer Violino Orquestra e Coro Gulbenkian Nabil Shehata Contrabaixo Lawrence Foster Maestro Clélia Vital Violoncelo Hadar Halevy Meio-Soprano Eventos Maria José Falcão Violoncelo Franco Farina Tenor Julius Klengel, Giovanni Bottesini, Nino Rota Luís Rodrigues Barítono 16, segunda, 09h30 Grande Auditório George-Emil Crasnaru Baixo Arte e Cultura na Escola Camille Saint-Saëns Uma iniciativa criada para aproximar a arte e a cultura da Grande Auditório 14, sábado, 21h00 prática pedagógica, entendidas como dimensão essencial à formação individual. Através de experiências destinadas Ciclo Grandes Orquestras Mundiais 30, segunda, 18h00 a promover a interacção da arte, da cultura e da ciência, Orquestra Juvenil Gustav Mahler Comentário pré-concerto com todas as disciplinas constituintes dos curricula Myung-Whun Chung Maestro com Stefano Scodanibbio do 3º ciclo, este projecto pretende fornecer as bases Renaud Capuçon Violino Auditório Três conceptuais para que esta transversalidade se institua. Gautier Capuçon Violoncelo Auditório Três Johannes Brahms, Béla Bartók 12, segunda, 19h00 Apoio: BPI Vanguardas / Novas Vanguardas 19, quinta, 16h00 Grande Auditório Britten Sinfonia Biblioteca particular BBC Singers de Calouste Gulbenkian 16, segunda, 19h00 Stefano Scodanibbio Contrabaixo Apresentação pública do site Ciclo de Piano Luciano Berio, Stefano Scodanibbio Este projecto documental foi desenvolvido pela Biblioteca Grigory Sokolov Piano Compositores interpretam as suas obras: Stefano Scodanibbio de Arte no âmbito das comemorações do cinquentenário Franz Schubert, Alexander Scriabin Grande Auditório da Fundação | www.bibliotecaparticular.gulbenkian.pt Grande Auditório Auditório Três

17, terça, 19h00 Visitas Temáticas 19, quinta, 15h00 Ciclo Novos Intérpretes Crise do Ambiente e Interface Bruno Monteiro Violino no Camjap Ciência / Sociedade Entrada livre. Não é necessária marcação prévia. João Paulo Santos Piano Colóquio Wolfgang Amadeus Mozart, Camille Saint-Saëns, Iniciativa conjunta do Programa Gulbenkian Ambiente Ciclo Encontros Imediatos e o Joint Research Centre Ernest Bloch, Pablo de Sarasate Conversas à Hora do Almoço [15 minutos] Nos 250 anos do nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart Sala 1 13, sexta, 13h15 Auditório Dois Natureza-morta de Rui Sanches [encontros com os géneros], por Hilda Frias 27, sexta, 13h15 S/ Título de Michael Biberstein [encontros com os géneros], por Hilda Frias

26 | NEWSLETTER 20 e 27, sexta, 10h00 14, sábado, 15h30 Actividades Educativas Como se Faz Um Concerto? Jovens percursos pela arte Vem conhecer os bastidores e as etapas que precedem Visita-jogo, por Lígia Afonso Descobrir a Música a apresentação final de um concerto. Dos 6 aos 10 anos | €4 na Gulbenkian Visita, dos 3 aos 5, dos 6 aos 9 e dos 10 aos 12 anos | €4 21 a 22, sábado e domingo 4, 11 e 18, quarta, 10h00 e 11h00 20, 23, 24 e 26, 18h30 Inspiração matemática Viagem ao Mundo do Som História da Música Ocidental Oficina, por Carlos Carrilho e Cecília Costa Visita, dos 3 aos 5, dos 6 aos 9 e dos 10 aos 12 anos | €4 à Velocidade do Som Dia 21: dos 6 aos 10 anos [15h30 às 17h30] Curso livre Dia 22: dos 4 aos 6 anos + 1 adulto [10h30 às 12h30] | €5 10 a 21, 10h00 Sobre as grandes correntes de pensamento musical, grandes escolas, grandes compositores, grandes géneros, 11 e 12, quarta e quinta, 15h00 [alunos de música] 28 a 29, sábado e domingo grandes obras e também a música no dia a dia social e Vem Inventar a Música para um Filme Às voltas com os recursos cultural de cada período. Oficina de improvisação musical Oficina, Patrícia Tiago e Sara Sousa Orientador: Rui Vieira Nery Concepção e Orientação: Francisco Cardoso Dia 28: dos 6 aos 10 anos [15h30 às 17h30] Da Antiguidade ao Renascimento [1º Módulo] Vem explorar e improvisar com diversos instrumentos, Dia 29: dos 4 aos 6 anos + 1 adulto [10h30 às 12h30] | €5 com a voz e com o corpo, até termos uma composição final Barroco e Classicismo [2º Módulo] para um filme e perceber como o som é tão determinante Romantismo [3º Módulo] na forma como o compreendemos e sentimos. Música do séc. XX [4º Módulo] Dos 6 aos 12 anos [sábado] Jovens e adultos | €35 [4 sessões de 2h] Museu Calouste Gulbenkian e dos 13 aos 17 anos [segunda a sexta] | €4 Auditório Três 3 e 4, terça e quarta, 11, 12 18 e 19, quarta e quinta, 18h30 28, sábado, 10h00 e 15h00 10h00 às 1300 e 14h30 ás 17h00 Música e Cinema Tudo se Transforma – Materiais Recicláveis* O Sol não tem Férias Curso livre Oficina de construção de instrumentos Oficina de Páscoa O cinema revela-se um terreno ideal para o cruzamento Concepção e Orientação: Lydia Robertson. Descobrir a importância do Sol ao longo do ano, nas ideal com a música de todos os géneros. E deste Vem explorar as origens dos materiais e as formas de diferentes culturas. Módulo temático, com componente cruzamento resultam perspectivas que enriquecem e construção de alguns instrumentos muito simples e oficinal e lúdica, a partir das obras de arte do Museu. iluminam reciprocamente ambas as artes. constrói a tua flauta de bambu ou a tua ocarina, com Dos 4 aos 8 e dos 9 aos 12 anos | €40 [módulos dois dias] Orientador: Carlos Pontes Leça matérias-primas naturais oriundas do próprio Jardim Funções da música no cinema [1º Módulo] Gulbenkian. 14, sábado, 14h30 às 16h30 Grandes compositores: os adoptados e os originais [2º Módulo] Dos 8 aos 10 anos [manhã] e dos 11 aos 14 anos [tarde] | €5 15, domingo, 10h30 às 12h30 Cinema musical e suas metamorfoses [3º Módulo] A luz e o brilho da natureza *evento associado ao programa educativo do CAMJAP Filme-ópera e filme-dança [4º Módulo] nas jóias de Cartier Para adultos | €35 Pelos Caminhos do Museu Arte e bom gosto, materiais e técnicas, formas e cores 12, 19 e 26, quinta, 10h00 e 11h00 são alguns dos temas a tratar nestas visitas à exposição Viagem ao Mundo do Som Romântico Para os mais Novos temporária, seguidas de oficinas criativas. Visita, dos 3 aos 5, dos 6 aos 9 e dos 10 aos 12 anos | €4 Programas específicos para as escolas Dos 4 aos 8 e dos 9 aos 12 anos | €7,5 no Museu Calouste Gulbenkian: 13, sexta, 11h00 Marcação prévia, tel. 21 782 34 22; 21 782 34 57; fax 21 782 30 32 [email protected] 14, sábado, 16h00 www.museu.gulbenkian.pt Klengel | Bottesini | Rota Publicações Visitas escolares às exposições no CAMJAP Concerto Encenado Marcação prévia, de segunda a sexta, das 15h00 às 17h00, Orquestra Gulbenkian, Lawrence Foster (Maestro), Florian tel. 21 782 36 20; fax 21 782 30 61 Zwiauer (Violino), Clélia Vital (Violoncelo), Maria José cam‑[email protected] Falcão (Violoncelo), nabil Shehata (Contrabaixo) Ateliês e visitas­ateliês no CAMJAP Programa – Klengel, Bottesini, Rota Marcação prévia, de segunda a sexta, das 10h00 às 12h30 Comentador: Rui Vieira Nery e das 15h00 às 17h00, tel. 21 782 34 77; fax 21 782 30 61 A partir dos 8 anos | €5 cam‑[email protected] Sala Polivalente do CAMJAP

16 a 28, 10h00 Centro de Arte Moderna À Descoberta da Voz e da Canção José de Azeredo Perdigão Oficina/Concerto de exploração musical, vocal e corporal 1 e 15, domingo Concepção e Orientação: Catarina Molder Um dragão na banheira Como é que ao longo da história da música a canção foi Ideias Irrequietas evoluindo e crescendo? O que é a canção popular e a Histórias com arte, por Margarida Botelho e Dora Batalim Questões de Poética Simbolista. canção erudita? Como e porque é que as canções variam Dos 2 aos 4 anos + 1 adulto [11h00 às 12h00] Do Romantismo à Modernidade de região em região e de cultura em cultura? Conseguimos e dos 5 aos 7 anos [15h30 às 17h00] | €4,50 Paula Mendes Coelho compreender as canções sem conhecer a sua língua? Tese de doutoramento da autora que, “desbravando Dos 6 aos 12 anos [sábado] 2 a 5, segunda a quinta florestas de signos e símbolos” foi encontrando um percurso e dos 13 aos 17 anos [segunda a sexta] | €5 História das coisas simples próprio, através de diferentes textos doutrinários ou Oficina de Páscoa poéticos que se revelaram pertinentes. O terreno em que 17 a 20, terça a sexta, 13h30 Oficina, por Miguel Horta e Adriana Parda germinou esta poética situa-se na convergência de dois 21, sábado, 16h00 Dos 7 aos 11 anos [10h00 às 13h00] vectores essenciais: por um lado, a herança fortíssima dos Cabrita Reis - O museu como cenário e dos 4 aos 6 anos [14h30 às 17h30] | €28 [4 sessões] românticos, alemães sobretudo; por outro, o conturbado e Concertos (Im)previstos estimulante contexto sócio-cultural dos finais do século Recitais em formato cénico, inspirados e criados em torno 2 a 5, segunda a quinta XIX, pleno de convulsões espirituais e intelectuais, da programação de exposições temporárias do Centro de Era uma vez... a revista ABC responsável pelo aparecimento dessa estranha espécie que Arte Moderna. A partir da instalação de Pedro Cabrita Reis. Oficina de Páscoa foi o “homem decadente” relativamente ao qual o “homem Direcção Cénica: Margarida Bettencourt Oficina, por Carla Rebelo e Rita Cortez Pinto simbolista” se conseguiu distanciar, exclusivamente através Público em geral Dos 4 aos 6 anos [10h00 às 13h00] da palavra poética. CAMJAP e dos 7 aos 11 anos [14h30 às 17h30] | €28 [4 sessões] €15 | €13,50 [pvp]

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