Anais Sibic 2019.Indd
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ISSN 1808-9992 Abril / 2019 DOCUMENTOS 287 online Anais do II Simpósio do Bioma Caatinga ISSN 1808-9992 Abril, 2019 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Semiárido Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento DOCUMENTOS 287 Anais do II Simpósio do Bioma Caatinga Maio de 2018 Diogo Denardi Porto Lúcia Helena Piedade Kiill Editores Técnicos Embrapa Semiárido Petrolina, PE 2019 Esta publicação está disponibilizada no endereço: Comitê Local de Publicações http://www.embrapa.br/fale-conosco/sac Presidente Exemplares da mesma podem ser adquiridos na: Flávio de França Souza Embrapa Semiárido Secretária-Executiva BR 428, km 152, Zona Rural Juliana Martins Ribeiro Caixa Postal 23 Membros CEP 56302-970, Petrolina, PE Ana Cecília Poloni Rybka Fone: (87) 3866-3600 Bárbara França Dantas Fax: (87) 3866-3815 Diogo Denardi Porto Elder Manoel de Moura Rocha Geraldo Milanez Resende Gislene Feitosa Brito Gama José Maria Pinto Pedro Martins Ribeiro Júnior Rita Mércia Estigarribia Borges Sidinei Anunciação Silva Tadeu Vinhas Voltolini. Supervisão editorial Sidinei Anunciação Silva Normalização bibliográfi ca Helena Moreira de Queiroga Tratamento das ilustrações Nivaldo Torres dos Santos Projeto gráfi co da coleção Carlos Eduardo Felice Barbeiro Editoração eletrônica Nivaldo Torres dos Santos Fotos da capa Rebert Coelho Correia 1ª edição: 2019 Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Nome da unidade catalogadora Simpósio do Bioma Caatinga (2. : 2018 : Petrolina, PE): Anais do II Simpósio do Bioma Caatinga; editores: Diogo Denardi Porto, Lúcia Helena Piedade Kiill. Petrolina: Embrapa Semiárido, 2018. 590 p. (Embrapa Semiárido. Documentos, 287). 1. Pesquisa científica . 2. Caatinga. 3. Semiárido. 4. Agricultura. 5. Nordeste. 6. Biodiversidade. I. Porto, Diogo Denardi. II. Kiill, Lúcia Helena Piedade. III. Título. IV. Série. © Embrapa, 2019 Comissão Organizadora Lúcia Helena Piedade Kiill - Coordenadora Diogo Denardi Porto – Coordenador Ana Valéria Vieira de Souza Bárbara França Dantas Francislene Angelotti Iêdo Bezerra Sá Lúcio Alberto Pereira Márcia de Fátima Ribeiro Marcos Antonio Drumond Natoniel Franklin de Melo Saulo de Tarso Aidar Tony Jarbas Ferreira Cunha Viseldo Ribeiro de Oliveira Fernanda Muniz Bez Birolo Gilberto de Souza Pires Gilmário Cerqueira Melo José Deusemar Alves Varjão Luiz Domingos de Carvalho Marcelino Lourenço Ribeiro Paulo Pereira da Silva Filho Tatiana Ayako Taura Janicléia Maria Moraes de Macedo José Antônio Lopes Gil de Sousa Ramos Ana Valéria Vieira de Souza Lúcio Alberto Pereira Márcia de Fátima Ribeiro Nivaldo Duarte Costa Apresentação Estabelecer um sistema produtivo em harmonia com a conservação ambien- tal pode ser considerado um dos maiores desafi os da humanidade, sobretudo quando se observa projeções que apontam para um aumento na pressão sobre o meio ambiente, principalmente em decorrência da necessidade da geração de alimentos para atender a uma crescente demanda da população. Tal desafi o é ainda maior quando se considera as especifi cidades climáticas de cada região. No Brasil, o Semiárido tem se desacatado como uma das principais áreas produtoras de frutas, principalmente na agricultura irrigada e na agricultura familiar. A região concentra grande número de empreendimentos voltados ao agronegócio com impactos socioeconômicos e ambientais, devendo-se atentar para a conservação da Caatinga, bioma característico do Semiárido. A Caatinga vem sendo objeto de estudos e de políticas públicas para se esta- belecer o desenvolvimento sustentável no Semiárido. Exemplo de ações des- ta natureza foi a determinação das unidades para a conservação do bioma. Segundo alguns estudos, estima-se que a Caatinga tem, aproximadamente, 6% de sua extensão protegida. Nos Anais do II Simpósio do Bioma Caatinga foram reunidos resultados de estudos sobre a Caatinga e atividade agropecuárias realizadas no Semiárido que, consequentemente, impactam o bioma, alterando suas características. Além disso, são apresentadas ações para mitigar os efeitos da pressão sobre a vegetação do bioma. Em síntese, são reunidos os resultados dos esforços de instituições de pesquisa e universidades para preservar a Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro. Pedro Carlos Gama da Silva Chefe-Geral da Embrapa Semiárido Sumário Mesas-redondas Gestão estratégica dos recursos hídricos no contexto do bioma Ca- atinga ................................................................................................... 12 Recursos hídricos no contexto social do bioma Caatinga .................... 20 Inteligência territorial na pesquisa agropecuária ................................. 32 Agricultura de baixa emissão de carbono ............................................ 44 A importância da polinização na Caatinga ........................................... 50 Recuperação de solos degradados por remoção de horizonte super- fi cial na Caatinga 57 A criação de abelhas-sem-ferrão em áreas de Caatinga: potencialida- des e desafi os ...................................................................................... 65 Potencial dos compostos bioativos da fl ora da Caatinga na agroindús- tria ........................................................................................................ 77 Experiências do Projeto Biomas no bioma Caatinga ........................... 83 Workshop Sementes e Mudas da Caatinga Desafi os e oportunidades para produção de sementes fl orestais ..... 90 Projeto de integração do Rio São Francisco: coleta, benefi ciamento e distribuição de sementes para o fomento de produção de mudas 104 Germinação relativa: um conceito contemporâneo para um problema antigo, a presença de sementes sem embrião ................................... 111 Memória hídrica de sementes para produção de mudas visando o refl orestamento da Caatinga ............................................................. 116 Germinação de sementes da Caatinga em um clima futuro ................ 126 Workshop Tecnologias para o Semiárido Recaatingamento ................................................................................ 135 Irrigação de salvação em fruteira de sequeiro ..................................... 142 Fundo de pasto: um patrimônio da Caatinga ameaçado ........................ 152 Manejo e conservação de áreas protegidas no bioma Caatinga ........... 158 Tecnologias de uso sustentável dos recursos naturais e recuperação de áreas degradadas ........................................................................... 166 Workshop Microrganismos da Caatinga Legislação de acesso ao patrimônio genético e conhecimento tradi- cional associado e seus impactos na pesquisa ................................... 176 Potencial terapêutico de plantas medicinais do bioma Caatinga frente a microrganismos de interesse veterinário ....................................... 180 Abordagem multi-ômica para o estudo de fenótipos complexos ......... 187 Workshop Convivência do Homem com a Fauna da Caatinga Herpetofauna em áreas de infl uência do empreendimento de integra- ção do Rio São Francisco ................................................................... 192 Projeto ararinha na natureza ............................................................... 204 Experiências com mamíferos carnívoros na Caatinga ........................ 214 Workshop Fomento às ações na Caatinga Programas e ações do Ministério do Meio Ambiente voltados para a Caatinga .............................................................................................. 230 Considerações gerais das discussões 240 Relatos de Experiências e Resumos Científi cos 245 Textos técnicos Introdução Diogo Denardi Porto1 Lúcia Helena Piedade Kiill1 O Semiárido brasileiro tem a maior parte de seu território ocupado por uma vegetação xerófi la denominada Caatinga. Além de extremamente importante do ponto de vista bio- lógico, suas espécies apresentam características morfofi siológicas adaptadas ao estres- se hídrico e às altas temperaturas, tornando-as uma opção para o desenvolvimento da região. No entanto, esses recursos vêm sendo explorados de forma inadequada, provo- cando a diminuição das populações naturais e, em alguns casos, o desaparecimento de algumas espécies. As consequências desse modelo de exploração predatória se fazem sentir principalmente nos recursos naturais renováveis do bioma. Assim, já se observam perdas irrecuperáveis da diversidade fl orística e faunística, aceleração do processo de erosão e declínio da fer- tilidade do solo e da qualidade da água pela sedimentação. Além disso, os eventos climáticos extremos registrados nos últimos anos, com precipita- ções pluviométricas bem abaixo da média, apontam para um cenário em que, mesmo com sua resiliência, algumas espécies já têm instalado notável processo de erosão genética em suas populações, favorecendo a perda de variabilidade e aumentando a vulnerabili- dade desses grupos. Paralelamente, a estrutura fundiária existente na região impossibilita o acesso dos pequenos produtores à renda, afetando sua sobrevivência e determinando, como uma das poucas alternativas, a migração ou a busca por seu sustento, por meio da exploração excessiva sobre a base de recursos naturais existentes em suas propriedades ou entorno, agravando ainda mais a pressão sobre esses recursos. Ademais, a falta de visibilidade do bioma traz o desconhecimento de sua riqueza e de sua importância, que refl ete no descaso