MUNICÍPIO DO CADAVAL ASSEMBLEIA MUNICIPAL Acta da 2ª sessão ordinária, realizada em 29 de Abril de 2002

------Aos 29 dias do mês de Abril de 2002, pelas 21h20 minutos, no Auditório do Edifício dos Paços do Concelho do Cadaval, reuniu-se a Assembleia Municipal, após convocatórias individuais e Edital n.º 09/2002, de 15 de Abril do corrente ano, afixado nos locais mais públi- cos do Concelho, em que se anunciava o dia, hora e local da sessão, bem como a respectiva ordem de trabalhos, que adiante se indica, a fim de se realizar a 2ª sessão ordinária e do corrente ano e 3ª sessão deste Órgão Deliberativo do Município do Cadaval, referente ao mandato de 2002/2005. ------Estiveram presentes nesta sessão todos os membros que compõem a Assembleia Municipal. ------Nos termos e para os efeitos do previsto nas disposições conjugadas dos artigos 78º e 79.º da Lei n.º 169/99, 18 de Setembro e em substituição estiveram presentes os membros que se indicam: ------Em substituição do Senhor Hélder Renato Vieira Rodrigues presente o Senhor Joa- quim Serafim Jerónimo de Santos.------Em substituição do Senhor Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro, esteve pre- sente o Senhor José Militão Nobre Pinteus. ------Em substituição do Senhor Calos Manuel Martins Pereira, esteve presente o Senhor António Manuel Martins Gomes. ------Em substituição do Senhor Sérgio Claudino Loureiro Nunes, esteve presente o Senhor Francisco Pereira Duarte. ------De seguida, tendo em conta o estabelecido no n.º 1 do Artigo 26º do Regimento, entrou-se no período prévio.------De acordo com o que vem sendo praticado em sessões anteriores, não se procedeu à leitura resumida do expediente recebido desde a sessão ordinária de Fevereiro, tendo sido distri- buída uma cópia do registo da correspondência a todos os membros da Assembleia Municipal. ------Foram distribuídas cópias das actas de 2001 aos membros da actual Assembleia Municipal, que faziam parte da Assembleia Municipal para o mandato de 1998/2001, estando também disponíveis para os membros do actual mandato ------O Senhor Presidente da Assembleia Municipal informou que RESIOESTE convidou para uma visita ao aterro sanitário, pelo que é necessário marcar uma data para o efeito. ------Também da RESIOESTE, recebeu uma carta convidando-o para integrar uma comissão de acompanhamento, que passou a ler.------Espanta-o que, estando prevista uma Comissão Permanente de Acompanhamento, a RESIOESTE venha querer criar, da sua iniciativa, uma comissão de acompanhamento que não está de acordo com o previsto. Pretende pois responder manifestando isso mesmo. Entende que, havendo um representante da Assembleia Municipal nesta comissão, não terá que ser, inevita- velmente, ele próprio, mas um elemento escolhido pelo plenário. ------Ainda da RESIOESTE, foi recebida uma carta remetendo os elementos e informação solicitados na sequência das moções aprovadas na sessão da Assembleia Municipal de Feverei- ro.------A Associação Nacional de Municípios Portugueses já remeteu um modelo tipo de Regimento da Assembleia Municipal, pelo que é necessário e urgente que o grupo designado para o efeito comece a trabalhar nesse sentido. ------De seguida passou-se à aprovação da acta da primeira sessão ordinária do corrente ano, realizada em 27 de Fevereiro do corrente ano, tendo sido com a abstenção do Senhor Fran- cisco Pereira Duarte, que justificou este seu sentido de voto por não ter estado presente na ses- são em apreço. ------Os membros da CDU entregaram à Mesa o seguinte documento:------Tendo por suporte legislativo o artigo 46º-B da Lei nº 5-A/2002, os eleitos da CDU abaixo assinados comunicam a Vossa Excelência a constituição do Grupo Municipal da CDU cujo porta-voz será o Senhor Humberto Pereira Germano sendo substituído na sua ausência pelo Senhor Dinis Acácio Nobre Duarte, Presidente da Junta de do Vilar ------Para efeitos de envio de correspondência a mesma deverá ser enviada para: o Gru- po Municipal da CDU - Coligação Democrática Unitária, apartado 34, 2550 CADAVAL.” ------Os elementos do Grupo Municipal da CDU entregaram à Mesa a seguinte Moção: ------MOÇÃO ------25 DE ABRIL SEMPRE------ comemora este ano 28 anos sobre uma das datas que mais profundas e positivas alterações assinala na vida do povo português: o 25 de Abril de 1974. ------A Revolução dos Cravos, ao por fim à guerra colonial e à ditadura fascista, ao res- tituir ao povo português a liberdade e abrir caminho à construção de um Portugal democrático, progressista e pacífico concretizou sonhos pelos quais lutaram sucessivas gerações de portu- gueses e portuguesas.------Passados 28 anos sobre a madrugada libertadora, porta aberta pelos capitães do MFA em aliança com o Povo, a Assembleia Municipal do Cadaval, reunida em 29 de Abril de 2002, associa-se às comemorações do 25 de Abril enaltecendo a actualidade dos princípios e valores que presidiram a esta Revolução e afirma a sua determinação em defender as conquis- tas sociais oriundas de Abril.------De imediato foi colocada à votação para aceitação, tendo sido admitida para discus- são, por unanimidade. Não havendo intervenções sobre esta Moção, foi colocada à votação, ten- do sido aprovada por unanimidade.------Tomou a palavra o Senhor Valentim Carvalho Matias, que disse que estará, assim como estará o grupo do PS na Assembleia Municipal, presente para elogiar, ou criticar, quando assim se justifique. Elogiou as comemorações do 25 de Abril, particularmente no que considera uma grande demonstração de força das Fanfarras dos Bombeiros. Fez uma crítica ao Senhor Vice-Presidente da Câmara, Senhor José Bernardo Nunes, por uma entrevista que deu ao jornal Área Oeste. Isto porque, ou está mal redigido na entrevista ou o orçamento que a seguir se vai discutir está mal quando se diz, na entrevista, que o empreiteiro do Pavilhão Gimnodesportivo abandonou a obra no dia a seguir às eleições uma vez que o projecto não estava aprovado, não havendo garantia de financiamento, pelo que não fazia sentido começar a obra. Ainda foi ele próprio que assinou o protocolo com o Ministério da Educação, tendo o projecto sido aprovado por unanimidade na Câmara. O financiamento seria do Ministério da Educação, durante três anos e a autarquia iria comparticipar com 45.000 contos, porque se optou por um pavilhão maior com bancadas. Pensa pois que, demonstrado que está que há financiamento, não se devam fazer afirmações como esta para os jornais porque, se assim for, o PS vê-se na contingência de sempre que se façam afirmações como esta, convocar uma conferência de Imprensa, sendo que isso não se deverá justificar. Como o Senhor Vice-Presidente neste momento está no poder, e não na oposição, terá que ter algum cuidado nas informações que se dão para os jornais, para que não se torne necessário o PS andar a desmentir. Esta crítica tem razão de ser em função do que surge no orçamento relativamente ao pavilhão. ------O Senhor Vice-Presidente confirmou que, efectivamente, no dia a seguir às eleições, o empreiteiro abandonou a obra. Julga ter dito ao jornalista do jornal em causa que a obra não estava aprovada pelo Tribunal de Contas, pelo que, assim sendo, não existia nenhuma garantia de que a obra estava em condições de começar. Ao que julga saber, tudo o que se manda come- çar antes da aprovação por parte do Tribunal de contas, será feito por conta e risco do dono da obra. Como a obra foi reprovada pelo Tribunal de Contas, aguarda-se a celebração de novo con- trato.------O Senhor presidente da Câmara, Senhor Aristides Lourenço Sécio, agradeceu, em nome da Câmara, os elogios feitos às comemorações do 25 de Abril. ------Relativamente ao pavilhão gimnodesportivo, a Senhora Vereadora Maria João Mar- ques Pacheco Botelho explicou que foi lançado o concurso, foi adjudicada a obra, e assinado o contrato com o empreiteiro. Só depois desta última fase é que o processo é remetido ao Tribunal de Contas, mas desde o momento em que o contrato é assinado o empreiteiro pode começar os trabalhos porque a Câmara tem que pagar essa parte da obra, havendo cobertura legal para esse pagamento se o Tribunal de Contas reprovar. Neste caso a recusa do Tribunal contas deveu-se a um desfasamento de pormenor entre as medições enviadas para concurso e os documentos remetidos ao Tribunal. Depois de finalizado o processo verificou-se que não havia alteração do posicionamento dos concorrentes, tendo o processo sido corrigido e remetido de novo ao Tribu- nal de Contas. O que não estava aprovado pelo Tribunal contas era o processo, já que o projecto foi fornecido pela DREL, que era um projecto tipo, tendo sido necessário fazer as especialida- des. Os trabalhos foram iniciados logo que possível para que não se perdesse o dinheiro da DREL. Se o empreiteiro abandonou a obra, essa é uma questão com ele.------Não havendo mais intervenções no período prévio, sendo 21h45 minutos, deu-se por encerrado este período, tendo-se entrado no período da ordem do dia de acordo com a seguinte ordem de trabalhos: ------1 - Apreciação e votação da Conta de Gerência e do Relatório de Actividades referentes ao ano financeiro de 2001;------2 - Aprovação das Opções do Plano e da Proposta de Orçamento para o ano de 2002;------3 - Informação acerca da actividade municipal e da situação financeira do Município;------4 - Composição do Conselho Cinegético e da Conservação da Fauna Municipal do Cadaval – Autarca de Freguesia; ------5 - Aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Municipais e res- pectivos estaleiros;------6 - Autorização para a contratação de empréstimo - Aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Municipais e respectivos estaleiros; ------Passou-se de imediato à discussão do primeiro ponto da ordem de trabalhos - Apre- ciação e votação da Conta de Gerência e do Relatório de Actividades referentes ao ano financeiro de 2001.------O Senhor Valentim Carvalho Matias disse ser lógico que, na discussão destes docu- mentos, seja a pessoa, que pelo menos no grupo do PS, esteja em melhores condições de os dis- cutir. É lógico que, na apresentação deste documento para o próximo ano, o Senhor Presidente da Câmara, antes de alguém intervir, o apresente, e também é lógico que não aconteça este ano, pois não teve a responsabilidade da execução agora demonstrada. Não teria ficado mal que fosse solicitado à anterior Presidente da Câmara a elaboração de um documento explicativo do relató- rio de actividades, estando essa informação um pouco em falta. Elogiou o anterior Executivo por ter conseguido manter despesas correntes inferiores às receitas correntes. Isto só vem a acontecer nos últimos quatro anos quando, antes disso, acontecia o contrário, sendo necessário retirar dinheiros de investimento para despesas correntes. Esta tendência mantém-se e no ano transacto a receita corrente foi de 890.463 contos e a despesa corrente foi de 776.738 contos, o que quer dizer que 113.725 contos que foram aplicados em investimento, o que considera muito bom. Teve que haver portanto algum cuidado nas despesas efectuadas. ------Quanto a despesa já paga, ou que consta em dívida, e de que o Executivo vai rece- ber, pelo menos 65%, enunciou algumas obras e respectivos valores, como sejam os respeitantes ao projecto de requalificação e valorização do Cadaval, de Vilar, das , entre outros, no total de € 298.058, isto é, cerca de 60.000 contos. Portanto, há despesas que já foram pagas, ou que estão incluídas na dívida, das quais a Câmara se vai ressarcir.------Temos que ter em atenção que foi um ano terrível em termos de estragos na rede viária tendo sido necessário recorrer a um empréstimo para a necessária beneficiação. Foi adqui- rido o terreno das Castanholas, em zona urbana. ------Resta dizer que, não tendo sido um ano como desejaria o Executivo, ainda assim se conseguiram alcançar objectivos e resultados muito bons, sendo de aprovar este relatório de actividades.------O Senhor presidente da Câmara disse concordar com o Senhor Valentim Carvalho Matias, no que respeita ao facto de não se ter dada oportunidade à Senhora Vereadora Maria João Marques Pacheco Botelho, anterior presidente da Câmara, no sentido de fazer uma nota prévia à conta de gerência. Tal não ocorreu a este Executivo, mas colocou à diposição dela fazê- lo agora. ------O Senhor Vice-Presidente da Câmara, Senhor José Bernardo Nunes disse que, assim como há verbas que podem ser candidatadas também existem coisas que já foram feitas e que estão por pagar, assim como de algumas coisas que ainda estarão eventualmente por fazer e das quais já se receberam verbas.------A Senhora Vereadora Maria João Marques Pacheco Botelho disse que o ano transac- to, foi o ano em que, praticamente, se deu o arranque do QCA III, que é o último a que a Região Oeste vai ter acesso para determinado tipo de fundos, para os quais há uma concorrência muito grande ao nível das câmaras e das regiões. Dentro das candidaturas que se fizeram tentou arran- car-se com o máximo de obras possível, sob pena de se vir a perder dinheiro, como acontece neste momento com a Câmara Municipal de , sendo que o que não for utiliza- do pelas câmaras é utilizado pela Associação de Municípios para transferir para outras, passan- do, depois, em termos nacionais, de uma região para outra.------Quase todas as obras que estavam em curso estavam financiadas pelo QCA III. Se ainda há dinheiro por pagar é porque o dinheiro de determinada obra ainda não chegou. No ano transacto também foi contraído um empréstimo para as intempéries. Também estavam previstas outras obras que, ao contrário do que gostaríamos que tivesse acontecido, não foi possível fazer. ------Não havendo mais intervenções, passou-se à votação, tendo sido apreciados e vota- dos favoravelmente, por unanimidade, a Conta de Gerência e o Relatório de Actividades refe- rentes ao ano financeiro de 2001; ------Não havendo mais intervenções sobre o 1º ponto da ordem de trabalhos, sendo 22h00 passou-se 2º ponto - Aprovação das Opções do Plano e da Proposta de Orçamento para o ano de 2002. ------Transcreve-se de seguida o documento de apresentação das Opções do Plano e da Proposta de Orçamento para o ano de 2002, bem como mapa resumo das receitas e das despesas e ainda das Opções do Plano.------Orçamento e Grandes Opções do Plano------O início do actual mandato coincide com o primeiro ano de aplicação do novo regime de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL), aprovado pelo Dec.- Lei n º 54-A/99 de 22 de Fevereiro, com as alterações entretanto introduzidas.------Este novo e moderno sistema de contabilidade integra de forma consistente uma Contabilidade Orçamental, uma Contabilidade Patrimonial e uma Contabilidade de Custos, o que irá implicar uma profunda alteração nos procedimentos e formas de trabalho na Câmara Municipal e irá constituir uma base fundamental de apoio à gestão económica, eficiente e eficaz da actividade que legalmente está atribuída à Autarquia.------Os documentos previsionais agora apresentados de acordo com a legislação já referida, são as Grandes Opções do Plano e o Orçamento. ------As Grandes Opções do Plano, definem as linhas estratégicas de desenvolvimento da Autarquia e incluem o Plano Plurianual de Investimentos e as Actividades mais relevantes da Gestão Autárquica. ------O Orçamento apresenta a previsão anual das receitas e das despesas, de acordo com o novo classificador económico e desagregado por unidades orgânicas de acordo com a própria estrutura da Câmara Municipal.------Plano Plurianual de Investimentos ------O Plano Plurianual de Investimentos com horizonte móvel de quatro anos, inclui os projectos e acções a realizar no presente ano, bem como alguns dos projectos a levar a efeito nos próximos anos.------Salienta-se no entanto que o Plano agora apresentado, não reflecte de forma alguma opções e projectos do actual executivo dado que, conforme se verifica pela sua análise, se limita apenas a dar cobertura aos compromissos assumidos no decorrer do anterior mandato, ficando mesmo assim aquém das necessidades, pondo em causa, inclusive, a adjudicação de algumas obras cujos concursos se encontravam ou encontram a decorrer. Tal situação, vem obrigar o actual executivo a encontrar novas formas de financiamento para tais projectos, quer através de candidaturas complementares ou alternativas, quer através do recurso à contracção de novos empréstimos. ------Dada a actual situação financeira e o escasso tempo que mediou o início de funções do actual executivo e a necessidade de elaboração do PPI, o elenco dos projectos e acções a desenvolver nos próximos anos limita-se essencialmente a obras que já se encontram ou se pretendem candidatar ao QCA III, sendo no futuro corrigidas as opções e projectos, de acordo com as reais capacidades da Autarquia.------Assim e de forma resumida, o PPI apresenta as seguintes áreas de intervenção, e respectivas dotações. ------1 – Funções Gerais------1.1.1 - Administração Geral------Compreende os projectos e acções no âmbito dos órgãos e serviços gerais da Autarquia. As acções previstas prendem-se com as necessidades de funcionamento dos diversos serviços, sendo apenas de realçar o projecto “Construção das Novas Oficinas da Câmara”, que por opção do actual executivo irão ser construídas em local diferente do inicialmente previsto, dada a exiguidade do espaço e projecto, sendo necessário adquirir o terreno, para o qual não se encontra ainda financiamento garantido e elaborar novo projecto.------Dotação global de 717.749 € da qual não se encontra definido financiamento no valor de 451.888 €. ------2- Funções Sociais ------2.1.1.- Ensino não superior ------Para além dos projectos que transitam do ano anterior e das necessidades permanentes dos serviços, acresce a aquisição de terreno para a construção da futura Escola EB1 e Jardim de Infância do Cadaval, e a aquisição de um novo autocarro acções para as quais ainda não se encontra financiamento garantido.------Dotação global de 561378 € da qual não se encontra definido o valor de 155 000 €.------2.4.2 – Ordenamento do território ------Para além dos projectos que transitam do ano anterior e das necessidades permanentes dos serviços, é previsto o início dos projectos “Arranjos Urbanísticos do Pátio do Município do Cadaval”, “Beneficiação da Rua de Alcântara no Vilar”, “Arranjo Urbanístico da zona envolvente à Escola Primária do Vilar”, “Arranjo Urbanístico da Rua da Liberdade em Adão Lobo”, “Arranjo Urbanístico da Rua das Escolas Velhas em Dagorda”, “Arranjo Urbanístico da Rua Principal de Alguber”, “Requalificação das freguesias - 2ª fase”, “Loteamento do Vale de Abrigo”, projectos para os quais ainda não se encontram totalmente definidos os financiamentos. Prevê-se igualmente elaborar projecto para o “Prolongamento da Rua Nossa Senhora da Conceição em Cadaval”. ------De referir que relativamente a alguns dos projectos que transitam do ano anterior, apesar de terem tido execução física, o encargo financeiro tem de ser totalmente assumido no presente ano.------Dotação global de 1.659.907 €, da qual não se encontra definido financiamento no valor de 346.882 €.------2.4.3 –Saneamento ------Para além dos projectos que transitam do ano anterior e das necessidades permanentes dos serviços, prevê-se o início dos projectos “Rede de Esgotos de S. Salvador”, “Rede de Esgotos da zona envolvente à Escola Primária do Vilar” e “Emissário da Venda do Freixo/ Gouxaria”, projectos para os quais não se encontra totalmente definido o financiamento, bem como para pequenos prolongamentos de redes. ------De referir que vários projectos que tiveram execução física no ano anterior ou que já se encontravam totalmente concluídos, mantém encargos financeiros para o presente ano. ------Relativamente ao projecto da Rede de Esgotos Separativa do Cadaval, para além do pagamento do respectivo projecto de execução, pretende-se fazer uma pequena intervenção (51.213 €) já com inclusão nos custos da obra que se pretende ver iniciada em 2003. ------otação global de 953.843 € da qual não se encontra definido financiamento no valor de 149.910 €. ------2.4.4. – Abastecimento de Água ------ara além das necessidades permanentes dos serviços, encontram-se previstos os pagamentos dos projectos de execução da “Renovação da Rede de Abastecimento de água no Cadaval” e “Reforço do Abastecimento de água da Vila do Cadaval”, sendo que, deste último projecto, se pretendem adquirir os terrenos necessários à implantação dos reservatórios, para a qual não se encontra totalmente definido o financiamento, bem como o início das obras da conduta, que carece igualmente de parte do financiamento.------retende-se igualmente dar continuidade ao Sistema de Telegestão, bem como proceder à Renovação de Rede de águas da Rua de Alcântara no Vilar e à abertura de novos furos de captação de água, não se encontrando no entanto definidos totalmente os seus financiamentos.------aso venha a existir financiamento, pretende-se igualmente adquirir uma viatura TT para o serviço de águas. ------otação global de 552.670 € da qual não se encontra definido financiamento no valor de 116.265 €. ------2.4.5. – Resíduos Sólidos------Dentro dos escassos recursos existentes, pretende-se adquirir mais alguns contentores para o lixo doméstico. ------Dotação global de 15.000 € ------2.4.6. – Protecção do Meio Ambiente e Conservação da Natureza ------No presente programa prevê-se a aquisição de árvores e, na medida do possível, algum mobiliário urbano para o Parque de Merendas do Murtório em Cercal.------Irão ser efectuados os pagamentos do projecto do Canil Municipal e a aquisição de mobiliário para o Centro de Interpretação Ambiental, já concretizados no ano anterior, para além de grande parte do Plano Municipal de Ambiente ainda em execução. ------Logo que seja garantido financiamento, pretende-se igualmente adquirir uma viatura para a Protecção Civil e disponibilizar algumas verbas para a limpeza dos rios e ribeiros.------Dotação global de 56.869 € da qual não se encontra definido financiamento no valor de 20. 500 €. ------2.5.1. – Cultura ------No presente objectivo pretende-se equipar o Museu Municipal com o respectivo mobiliário e material informático necessário à sua abertura ao público, bem como adquirir e restaurar alguns bens culturais. ------Serão efectuados os projectos de execução do Núcleo Museológico do Moinho das Castanholas e do centro de Promoção de Produtos Regionais, pretendendo-se iniciar a obra do primeiro projecto logo que esteja garantido o financiamento complementar ao apoio da DGAL –Direcção Geral das Autarquias Locais. ------Com o intuito de ampliar aquele espaço cultural, é intenção do executivo, logo que seja assegurado financiamento, proceder à aquisição de terreno e adega destinado ao Núcleo Museológico Histórico/Etnográfico Rural, contíguo aos terrenos já adquiridos pela Câmara Municipal, bem como proceder à elaboração do respectivo projecto. ------Pretende-se ainda, caso seja assegurado financiamento, proceder à elaboração de projecto para o Núcleo Museológico do Castro de Pragança e dar sequência ao processo já iniciado de aquisição do Morabito do Cercal.------Dotação global 324.092 €, da qual não se encontra definido financiamento no valor de 197.326 €.------2.5.2.- Desporto, Recreio e Lazer------Na área do Desporto, irá proceder-se à construção do Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária, cujo contrato efectuado no presente ano, espera-se esteja concluído em 2003. ------Irá proceder-se ao pagamento de grande parte do mobiliário e equipamento adquirido no ano transacto para a Piscina Municipal, bem como proceder ao pagamento final da sua construção, esperando-se que este último tenha como contrapartida financeira a aplicação de multas contratuais a aplicar ao respectivo empreiteiro. ------Ainda dentro desta área, pretende o executivo elaborar o projecto e proceder a eventuais aquisições de terrenos para a construção de uma pista para a prática de atletismo e bicicletas, que ligue as freguesias de Painho, Figueiros e Alguber. Caso venha a ser obtido financiamento, há intenção de construir um circuito de manutenção na vila do Cadaval. ------Relativamente ao Campo de Futebol Municipal e Polidesportivos descobertos, irá proceder-se ao pagamento final dos respectivos projectos esperando-se, caso existam condições financeiras para o efeito, iniciar as suas construções em 2003.------Na área de Recreio e Lazer, irá proceder-se ao pagamento das obras de adaptação do espaço Internet e adquirir o respectivo mobiliário e equipamento informático, com co- financiamento do POSI. ------Dotação global de 1.301.680 €, da qual não se encontra definido financiamento no valor de 280.661 €. ------3 – Funções económicas------3.1.0 – Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e Pescas ------Neste domínio, irá ser efectuada a asfaltagem dos caminhos rurais “Vermelha/Vale Canada”, “Boiça do Louro/Casais Gaiola” e “Murteira/Póvoa”, co- financiados pelo F.E.O.G.A. (Medida Agris), bem como proceder ao arranjo de outros caminhos.------Prevê-se igualmente intervenção ao nível dos caminhos florestais, para a qual irá ser apresentada candidatura para financiamento junto da C.N.E.F.F. ------Dotação global de 150.420 €, da qual não se encontra definido financiamento no valor de 18.400 €. ------3.2.0 – Indústria e Energia ------Enquanto não forem conhecidos pelo actual executivo, todos os procedimentos em execução relativamente a esta matéria, irá proceder-se apenas ao pagamento do Plano de Pormenor da Zona Industrial II, iniciado no ano transacto. Contemplam-se ainda algumas extensões da rede eléctrica em várias localidades.------Dotação global de 49.520 €. ------3.3.1. – Transportes Rodoviários------Neste âmbito, irá ser construída a Central de Camionagem, que se espera que venha a ser co- financiada através de candidatura a apresentar junto da Direcção Geral dos Transportes Terrestres. ------No Plano Rodoviário, irá ser intervencionada a E.N. 115, co-financiada através de protocolo estabelecido com o I.C.E.R.R., na sequência da sua desclassificação da Rede Rodoviária Nacional.------Relativamente às estradas e caminhos municipais, para além dos projectos que transitam do ano anterior e das necessidades permanentes dos serviços, apenas se contemplam verbas para grandes reparações da Rede Viária. Tal situação decorre do facto de ter de se assegurar o pagamento total dos projectos da Renovação da Rede Viária, iniciados e com elevada execução física no ano anterior, com excepção do Caminho Municipal Vale Sobreiro/ E.N. 115, do qual resta pagar cerca de um terço do respectivo valor. ------No que respeita à sinalização e segurança, irão ser implementados os projectos decorrentes do Acordo de Cooperação Técnica e Financeira no domínio da Prevenção Rodoviária, que apesar de comparticipados, exigem algum esforço financeiro próprio da Câmara Municipal. ------Terá igualmente de ser assegurado o pagamento dos Abrigos para transportes públicos adquiridos e colocados no ano anterior.------Dotação Global de 2.381.534 €, da qual se encontra por definir financiamento de 50.000 €.------3.4.1. – Mercados e Feiras------Nesta área, verificam-se novamente os condicionalismos impostos pelos encargos assumidos em anos anteriores. ------Assim, irá proceder-se ao pagamento quase integral da pavimentação do Campo da Feira, sendo necessário ainda vir a definir verbas para assegurar o pagamento da regularização das plataformas, cujo encargo advém igualmente do ano transacto. Prevê-se o embelezamento e arborização do espaço em 2003. ------Esta obra irá ser objecto de candidatura ao F.E.D.E.R. por forma a garantir-se ainda algum financiamento. ------Relativamente à Remodelação e Ampliação do Mercado Municipal, apesar de se encontrar protocolado com a D.G.A.L. ( Direcção Geral das Autarquias Locais) o seu financiamento a 50%, torna-se necessário definir o restante. ------Dotação Global de 293.057 €, da qual se encontra por definir dotação no valor de 97.772 €.------3.4.2. – Turismo------Neste domínio encontra-se em estudo um Plano Estratégico de Intervenção, que à medida dos recursos que vierem a ser disponibilizados irá evoluindo e serão então determinados os projectos aexecutar. ------No presente ano, apenas serão efectuados os pagamentos dos encargos de anos anteriores, com a construção de Caminhos Pedestres e de Visitação no Montejunto e Recuperação da Casa do Guarda das Fontainhas.------Parte destes custos deverão ser compensados por acerto de contas a efectuar com a Câmara Municipal de Alenquer. ------Dotação Global de 42.522 €.------O Plano de Investimentos para o Ano de 2002, que se quis coerente e rigoroso, encontra-se assim condicionado pelos encargos decorrentes de compromissos de anos anteriores, apresentando os seguintes valores finais: ------Investimento Total Previsto...... 9.060.241 € ------Financiamento Definido...... 7.175.637 € ------Financiamento Não Definido ...... 1.884.604 € ------Actividades Mais Relevantes ------Neste documento, são elencadas as diversas acções e projectos a levar a efeito no ano de 2002, que apesar de terem alguma expressão financeira, não são nos termos legais, passíveis de integrar o PPI – Plano Plurianual de Investimentos.------Exemplo disso, são as transferências de capital para as Freguesias, Colectividades e Associações. ------Engloba igualmente as transferências correntes que se pretendem levar a efeito durante o ano. ------Surgem também os eventos culturais, desportivos e recreativos que irão ser organizados pela Autarquia ao longo do ano, como por exemplo a Animarte, Adiafa das Vindimas, Semana da Floresta, Carnaval, Feriado Municipal, Comemorações do 25 de Abril, Festa do Emigrante e Imigrante, Comemorações Natalícias, Campeonato de Futebol Concelhio, etc.------Considera também os apoios a organizações externas à Câmara Municipal, bem como a elaboração do Boletim Municipal e da Agenda Cultural.------Dotação Global de 406.163 €. ------Orçamento ------O Orçamento financeiro para o ano de 2002, atinge o valor total de 11.538.473 €, repartido respectivamente pela receita e despesa que apresentam os seguintes montantes: ------Receitas Correntes...... 4.843.748 € ------Receitas de Capital...... 6.694.725 € ------Despesas Correntes...... 4.777.976 € ------Despesas de Capital ...... 6.760.497 € ------O presente Orçamento, elaborado à luz da nova legislação da Contabilidade Autárquica, pretende ser um instrumento de rigor e contenção, tanto mais que as novas regras previsionais assim o exigem. ------As receitas previstas relativamente às taxas, tarifas e impostos foram determinadas pela média aritmética das cobranças efectuadas nos últimos 24 meses, com excepção da SISA e Contribuição Autárquica em que foram ponderados os valores do ano anterior, tendo por base a constatação inequívoca de um aumento na actividade da construção civil no Concelho. ------Nas restantes receitas, nomeadamente as transferências correntes e de capital, foram consideradas as verbas que se encontram efectivamente atribuídas pelas respectivas entidades ou que se encontram contratadas, excepto as provenientes dos Fundos Comunitários, em que são igualmente consideradas verbas de candidaturas ainda não aprovadas. ------As despesas com pessoal prevêem apenas o pessoal ao serviço da Autarquia à data da elaboração do presente documento, com excepção das destinadas ao pessoal contratado a termo certo, que prevê verba a ser gerida ao longo do ano. ------As restantes despesas decorrem dos valores aproximados aos apurados na execução do ano anterior, com excepção das rubrica económicas “ Bens Não Duradouros” que integram as despesas resultantes das obras constantes do PPI – Plano Plurianual de Investimentos, cuja realização se prevê seja efectuada por Administração Directa, de acordo com as regras legais aplicáveis, bem como aquelas que por força de contratos ou obrigações assumidas tiveram de sofrer alterações.------

Financiamento Obj. Prog Designação Definido 1 - Funções Gerais 1 111 Administração Geral 278.361,00 1 121 Protecção Civil e Luta contra Incêndios 40.000,00

Totais do Objectivo 1 318.361,00 2 - Funções Sociais 2 211 Ensino Não Superior 412.598,00 2 232 Acção Social 30.750,00 2 242 Ordenamento do Território 1.313.025,00

2 243 Saneamento 803.933,00 2 244 Abastecimento de Água 436.405,00 2 245 Resíduos Sólidos 15.000,00 Protecção do Meio Ambiente e Conservação 2 246 Natureza 36.619,00 2 251 Cultura 221.516,00 2 252 Desporto, Recreio e Lazer 1.072.969,00 2 253 Outras Actividades Cívicas e Religiosas 8.000,00

Totais do Objectivo 2 4.350.815,00

3 - Funções Económicas Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Caça e 3 310 Pesca 132.020,00 3 320 Indústria e Energia 49.520,00

Resumo da Despesa por Classificação Económica Económica Designação Dotação 01 Pessoal 2.563.190,00 02 Aquisição de Bens e Serviços Correntes 1.871.479,00 03 Encargos correntes da Dívida 66.230,00 04 Transferências Correntes 276.377,00 06 Outras Despesas Correntes 700,00 Total das Despesas Correntes 4.777.976,00 07 Aquisição de Bens de Investimento 6.452.996,00 08 Transferências de Capital 45.866,00 09 Activos Financeiros 34.916,00 10 Passivos Financeiros 226.719,00 Total das Despesas de Capital 6.760.497,00 Total do Orçamento da Despesa 11.538.473,00 Resumo da Receita por Classificação Económica Económica Designação Dotação 01 Impostos Directos 843.752,00 02 Impostos Indirectos 26.915,00 03 Taxas, Multas e Outras Penalidades 549.194,00 04 Rendimentos de Propriedade 258.465,00 05 Transferências Correntes 2.528.026,00 Venda de Bens e Prestações de Serviços 06 Correntes 539.603,00 07 Outras Receitas Correntes 97.793,00 Total das Receitas Correntes 4.843.748,00 08 Venda de Bens de Investimento 385.576,00 09 Transferências de Capital 6.243.174,00 10 Activos Financeiros 0,00 11 Passivos Financeiros 34.253,00 12 Outras Receitas de Capital 100,00 Reposições Não Abatidas nos Pagamen- 14 tos 15.161,00 15 Contas de Ordem 16.461,00 Total das Receitas de Capital 6.694.725,00 Total do Orçamento da Receita 11.538.473,00

Classificação Orgânica Class. Designação Montante Org. 01 Administração Autárquica 1.585.525,00 0101 Assembleia Municipal 34.350,00 0102 Câmara Municipal 1.223.210,00

------O Senhor presidente da Câmara começou por dizer que as condições em que foram elaborados estes documentos foram um pouco complicadas por diversas razões. A primeira é o facto de se tratar do primeiro ano de funções deste novo Executivo, sendo que, no seu entender, é um erro que estes documentos sejam elaborados pelo novo Executivo porque, por um lado, não há a experiência nem o conhecimento profundo da realidade da Câmara e, por outro lado, porque o orçamento está muito condicionado por aquilo que vinha sendo a anterior gestão, não sendo possível introduzir grandes alterações sob pena que trazer graves prejuízos ao município, o que torna limitada qualquer inovação para inclusão de outros projectos. Estão incluídas obras que vêm da anterior gestão, sendo que concordamos plenamente com algumas, enquanto que, não concordando com outras, ao retirá-las, teríamos que ter projectos para as substituir. Ora, não tendo, e como colocaríamos em causa os apoios do programa operacional que estão previstos, isso limitou, de forma muito significativa a elaboração desse documento. Não tem a experiência que tem o Senhor Valentim Carvalho Matias, que esteve onze anos à frente dos destinos da autarquia.------Colocou-se, bem como ao Chefe do Gabinete de Apoio à Presidência, Senhor Vítor Manuel Matias Pinto de Carvalho Lemos, à disposição para prestar os esclarecimentos que forem entendidos por necessários. ------O Senhor Valentim Carvalho Matias disse que aguardava este documento com alguma expectativa porque queria ver como se fazia o milagre da multiplicação na sequência do tanto que o PSD prometeu em campanha, tendo com certeza consciência de quais seriam as receitas com que poderiam contar. Para mais, não têm o argumento de que o Governo é de outro Partido. Esperava mais deste Orçamento. Lamentou não estar presente o Senhor Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro porque, todos os anos, dizia que uma das razões para o PSD se opor ao Orçamento e ao Plano era o facto de ele não trazer um documento dizendo qual era a estratégia para o Concelho. Neste documento apenas consta uma explicação que normalmente era feita por um funcionário. Efectivamente, grande parte das obras são obras que se estão a desenrolar, sendo que este Executivo, apesar de ter essa prerrogativa, optou por não eliminar nenhuma delas. Claro que todos, anterior e actual Executivo, gostariam de fazer mais, mas temos que nos cingir ao que temos. Felizmente este ano temos um aumento de mais de 100.000 contos nas transferências do Estado.------Considera que, um aumento de 23% na despesa corrente é ir contra as indicações do próprio Governo que o actual Executivo apoia. Também considera muito um aumento de 14,2% nas despesas com o pessoal. ------Este é o primeiro Orçamento feito com base POCAL e teve alguma dificuldade em analisá-lo. Segundo entende prevê-se 50% da comparticipação para a Central de Camionagem sendo que, tanto quanto julga saber, é hábito o apoio a rondar entre os 80% e os 90%. ------Quanto à ampliação do Edifício dos Paços do Concelho, disse que o projecto da Central de Camionagem tem um piso de gabinetes que não têm nada a ver com a Central de Camionagem. Foi feito assim, propositadamente, para eventuais necessidades e fica a cem metros deste Edifício pois existem serviços que poderiam ser ali colocados. É uma opção deste Executivo com a qual não concorda, para além do que, mesmo neste Edifício, existem soluções para um melhor aproveitamento.------Também questionou o facto de existir apenas 83% de financiamento na Estrada Nacional 115. Pensa que a responsabilidade do ICERR era suportar todo o custo da obra. Feliz- mente foi assinado entre o anterior Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugue- ses, um contrato em que, anualmente, para estas estradas que são recebidas pelas autarquias, o Estado se compromete a dar uma verba anual para a manutenção dessas estradas e que é de cer- ca de 1.000 contos por quilómetro. ------Solicitou informação sobre a reformulação das bancadas do campo do futebol. ------Só a questão do aumento de 23% na despesa decorrente e de 14,2% nos custos com pessoal seria motivo mais do que suficiente para o PS votar contra. Mas como entende que este é o primeiro Orçamento que o Executivo apresenta, a opção de voto do Grupo do Partido Socia- lista será a abstenção.------O Senhor Humberto Pereira Germano disse que, do ponto de vista da CDU, o Plano e o Orçamento devem ser instrumentos ao serviço de políticas e não meras listagens de activida- des e a distribuição de verbas por essas actividades. ------Disse haver uma falta de visão estratégica de desenvolvimento para o Concelho, crí- tica essa que aliás, era sempre referida pelo Senhor Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro, e com a qual concorda plenamente. Também entende que o tempo disponível para elaborar estes documentos era reduzido, mas esperava um pouco mais, nomeadamente no que respeita a algu- mas promessas eleitorais em relação, por exemplo, às transferências de verbas para as Juntas de Freguesia. Efectivamente grande parte do que consta nestes documentos serve para dar conti- nuidade ao trabalho do anterior Executivo.------Em algumas divisões da Câmara existem despesas incluídas numa rubrica indefinida "outros", e que são despesas com algum significado, como é o caso da Divisão de Obras e Pla- neamento Municipal. Gostaria pois de esclarecimento sobre o que se inclui nesta rubrica. ------No Plano Plurianual de Investimentos existe um ponto sobre resíduos sólidos e, den- tro desse ponto, é simplesmente dito que se pretende adquirir mais alguns contentores para o lixo doméstico. Como o Cadaval já está a depositar os resíduos no aterro sanitário e isso tem custos para o município, gostaria de obter alguma informação sobre esta questão, quais os cus- tos por tonelada de resíduos, e como é que o actual Executivo pensa gerir essa despesa.------O anterior Executivo aprovou a atribuição de uma verba mensal para a Associação Musical Vilarense e não vê isso reflectido neste Orçamento. ------Outra questão que suscita alguma dúvida é a aquisição de terrenos junto da Escola do Primeiro Ciclo do Vilar, pois pensa que não está prevista a totalidade dos terrenos que ini- cialmente estavam em causa. ------As transferências para as Juntas de Freguesia não sofreram aumento relativamente ao ano transacto, sendo que essas transferências são inferiores, em alguns casos, às despesas efectuadas com alguns eventos a levar a efeito pela Câmara Municipal e algumas actividades de âmbito desportivo. Pensa que as Juntas de Freguesia merecem ser um pouco melhor tratadas. ------A CDU irá votar favoravelmente este Orçamento. ------O Senhor Dinis Acácio Nobre Duarte, Presidente da Junta de Freguesia de Vilar, colocou-se à disposição quer do Executivo quer da Assembleia, para prestar o apoio que for entendido por necessário na sua área – economia.------Relativamente ao Orçamento, disse existir um factor que lhe levanta alguma preocu- pação, e que é o facto de verificar que, do investimento total que está previsto, 20% não tem financiamento definido. Já foram dadas aqui algumas explicações, mas quaisquer que sejam as razões e os motivos, o certo é que 20% do investimento previsto num Orçamento não estar defi- nido, é preocupante. Assim algumas das obras que estão anunciadas no Plano para este ano, ine- vitavelmente, não serão feitas, pelo que gostaria de saber quais são as prioridades. Verifica que, no respeita ao Vilar, particularmente à Rua de Alcântara, o total da componente suportada pela Câmara Municipal está na coluna dos financiamentos não definidos, o que lhe causa alguma inquietação pois esta poderá ser uma daquelas obras que ficarão de fora. ------Por iniciativa da Junta de Freguesia de Vilar e em acordo com as Juntas de Fregue- sia do Concelho, foi apresentada uma proposta de protocolo de transferência de competências e verbas da Câmara Municipal para as Freguesias. Essa proposta já foi objecto de trabalho e foi dito que em Junho poderão existir condições para um reforço das verbas a atribuir às Juntas de Freguesia porque, de outra forma, as Juntas não podem aceitar que nem sequer tenha havido correcção das verbas a transferir para este ano. ------Não encontrou nestes documentos verba para o financiamento da GESCADAVAL, pois presume que a empresa Municipal tenha necessidade de se socorrer da Câmara Municipal para fazer face às suas despesas. ------Efectivamente 23% é um aumento considerável na despesa corrente, mas daqui a alguns meses poderemos verificar se é ou não um aumento preocupante em função dos resulta- dos apresentados no que respeita à avaliação da melhoria do serviço prestado.------O Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus disse ser difícil intervir como o Senhor Valentim Carvalho Matias, pois há quatro anos que não é o autarca, mas gostaria de tecer algu- mas considerações sobre este Plano e Orçamento. ------Verificou que este não é um Orçamento arrojado, confrontou o Senhor Presidente da Câmara com este seu pensamento, pois considera que poderia ter sido feito mais. Foi-lhe dito que não poderia ser mais porque todas as verbas para este ano estavam esgotadas com as verbas mal gastas no ano passado. ------Isto é uma constatação, tanto mais que, por exemplo, para o alcatroamento que é muito necessário das estradas, no Orçamento estão previstos cerca de 170.000 contos, sendo que mais de 130.000 já estavam comprometidos do ano passado, havendo ainda coisas para facturar do ano passado. Compreende pois que, nestas circunstâncias, é muito difícil fazer um Orçamen- to.------Mais difícil se torna quando se pretende implementar algumas promessas eleitorais e não se pode fazer porque se está comprometido, e, de certa forma, até talvez bem, por considera que os autarcas devem respeitar os seus antecessores e não deixar um campo minado como julga que o partido Socialista deixou ao Partido Social-Democrata. Isto porque algumas das obras não tinham o visto do Tribunal de Contas como é o caso das Oficinas, em que o empreiteiro vem pedir uma indemnização de 15.000 contos. Pensa pois que houve aqui uma tentativa desespera- da de ganhar eleições. Acontece pois, que, efectivamente, não se pode fazer um Orçamento melhor. Não se pode perder dinheiro, tem que se seguir o que se vinha fazendo e é este Orça- mento que o PSD vai votar a favor, em prol do Cadaval.------Lamentou a gestão do Partido Socialista ao longo dos últimos anos, designadamente no que respeita à construção do Edifício dos Paços do Concelho, porque tem um bom auditório e um bom átrio, enquanto isso não acontece com os gabinetes de trabalho. Considera que aqui se poderia ter sido feito um melhor, assim como na Piscina Municipal, entre outros. ------Ele próprio e o PSD esperam mais no próximo Orçamento porque considera serem capazes fazê-lo, a não ser que surjam mais algumas armadilhas.------Efectivamente foi uma bandeira eleitoral do PSD dizer que as Freguesias iriam ser contempladas com outras verbas. Não foi possível fazê-lo porque não há dinheiro, a que acresce a nova forma de fazer o Orçamento em função do POCAL. ------Só com muito sacrifício e muito trabalho se poderá levar a bom termo algumas obras.------Quanto ao aumento da despesa corrente disse também estar na expectativa. Pensa que o aumento da despesa em pessoal é um investimento e terá sido feito com a melhor das intenções.------Os 20% de investimento não definidos é dinheiro que a Câmara terá que tentar coli- gir, porque, a seu ver, só tem duas soluções: ou se endivida mais, ou não faz as obras. É neces- sário muito rigor na gestão para que as obras não fiquem por concluir. ------O PSD irá votar com certeza a favor, mas com a expectativa de que no próximo ano seja melhor. ------No uso do direito de resposta, o Senhor Valentim Carvalho Matias disse que talvez o Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus seja a pessoa menos indicada para aqui vir fazer estas críticas. Quando o PS ganhou as edições em 1989 estava negociado o QCA I e o seu antecessor, tendo uma dívida de tal forma grande, do 1.000.000 de contos que tínhamos disponíveis, dispen- sou 400.000 para a Lourinhã. Também ele próprio, à altura, teve que se ficar com o que já esta- va negociado e o Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus era o Vereador a Tempo Inteiro da altura. Também em Outubro ou Novembro, antes de se ir embora, assinou o protocolo com a EDP para, em dois ou três anos, se pagar os 75.000 contos que se devia, e agora disse que o PS deixou armadilhado quando naquela altura a dívida era superior ao Orçamento de um ano, sendo que este ano a dívida é menos de metade daquilo que se gastou o ano passado. Não é possível comparar aquilo que o PS deixou e aquilo que o PSD deixou.------Estranhou que ainda haja facturação a fazer relativa ao ano transacto.------Julga que, relativamente às oficinas, não há qualquer indemnização a pagar, de acordo com uma informação dos serviços técnicos da Câmara, o que aliás consta de uma acta. ------O projecto do Edifício dos Paços do Concelho foi discutido na Câmara várias vezes e foi aprovado por unanimidade. Se o PSD fez conferências de imprensa a seguir criticando, nunca as viu, sendo esse, aliás, um hábito do PSD. Apelou aos membros do Executivo do PS para que não o façam. ------Recordou ao Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus que, no último ano em que esteve na Câmara, foram entregues obras para as quais não havia verbas no Orçamento e nem sequer estavam adjudicadas, tendo sido necessário ao novo Executivo fazer um concurso a seguir, e fazer uma revisão ao Orçamento para incluir as obras. É caso da Rua D. Afonso Henri- ques, na Vermelha e a obra foi feita à pressa para que no final do ano estivesse concluída. Tam- bém não havia projecto para o Parque de Lazer porque já foi o novo Executivo que o adjudicou tendo o projecto sido condicionado por trabalhos de terraplanagem que já estavam feitos. ------O facto é que a maior parte das Câmaras vizinhas desejaria ter a capacidade de endi- vidamento e o montante da dívida que tem a nossa.------Tomou a palavra o Senhor Ricardo Filomeno Duarte Ventura Machado, que come- çou por saudar o Executivo pelas comemorações do 25 de Abril. Não concorda com a fraca ade- são dos membros da Assembleia Municipal aos eventos levados a efeito. Estamos a representar os cidadãos do Concelho e todos devemos fazer um esforço para participar nas actividades que o Concelho promove. Temos todos que dar o exemplo e esforçarmo-nos para que haja mais parti- cipação na cidadania. ------As campanhas eleitorais são feitas em função de um mandato de quatro anos, sendo que é complicado exigir-se que se faça em quatro meses o que se prometeu fazer em quatro anos, pelo que julga agora um pouco prematuro virem fazer-se determinadas criticas. ------Também concorda que deveria existir um Plano Estratégico, mas não é em dois ou três meses que se consegue fazer um Plano Estratégico em condições, sendo preferível apresen- tá-lo quando estiverem reunidas as condições para que seja o melhor possível. Temos que espe- rar e dar o benefício da dúvida e foi por isso que os eleitores deram quatro anos. Gostaria que as pessoas pensassem no ditado "Roma e Pavia não se fizeram num dia”. ------Apelou à ponderação nas intervenções dos membros da Assembleia Municipal, ten- do em conta a imagem que é transmitida com acontecimentos como os da sessão anterior, e como objectivo a presença e a participação das populações nas sessões da Assembleia Munici- pal. Considera necessário renovar e inovar um pouco a postura e atitude da Assembleia Munici- pal. ------Em resposta às críticas que lhe foram dirigidas, a Senhora Vereadora Maria João Marques Pacheco Botelho disse esperar que o actual Executivo, do qual também faz parte, tam- bém faça mais e melhor. Ninguém consegue ficar completamente indiferente a coisas que aqui foram ditas.------Quanto à Estrada Nacional 115, disse que foi assinado o protocolo com o ICERR, no valor de cerca de 120.000 contos, mas a Câmara deveria fazer uma candidatura ao Eixo 3 do Programa Operacional e esses 120.000 correspondem a 25% do valor total da obra, isto é, a obra pode custar quatro vezes mais do que 120.000 contos, dado que o ICERR paga tudo o que for componente nacional.------Dirigindo-se ao Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus disse pensar que o dinheiro nunca foi usado a bel-prazer de ninguém, não se podia pedir a um empreiteiro que ficasse seis meses à espera, tanto mais que a Câmara do Cadaval até Dezembro do ano passado, é conhecida por ser a que melhor paga quer a nível regional, quer mesmo a nível nacional, segundo o que aqui disse o Senhor João Manuel Franca do Carmo. É possível que a alteração da contabilidade tenha trazido alguma entropia, mas espera que agora isso seja ultrapassado.------Efectivamente, quanto às Oficinas, de acordo com as informações do Senhor Enge- nheiro João Francisco Lopes da Silva Teixeira Alves, Chefe da Divisão de Obras e Planeamento Municipal, não há qualquer indemnização a pagar ao empreiteiro porque ele não fez qualquer obra. Não houve portanto nenhuma precipitação eleitoralista. O facto é que, quando há eleições, a Câmara não pode parar seis meses antes. É portanto lógico que, dois ou três meses depois das eleições, ainda hajam processos a decorrer. Há portanto aqui alguns meses de intrusão entre as duas coisas em que temos que ter alguma boa vontade e alguma ponderação para conseguirmos encaixar as coisas sem aqui entrarmos em discussões infrutíferas, tendo em conta que os proce- dimentos na administração pública são muito burocráticos, e os processos são correctamente elaborados. ------Tem estado sempre e continuará a estar sempre disponível para esclarecer qualquer dúvida e encontrar soluções.------Disse concordar plenamente com a questão da ponderação e da inovação referida pelo Senhor Ricardo Filomeno Duarte ventura Machado, mas todos temos que contribuir para que as coisas avancem mais e tem que haver um esforço nesse sentido. ------O Senhor José Bernardo Nunes, Vice-Presidente da Câmara, disse que, na sua opi- nião, não faz qualquer sentido ser um novo Executivo resultante das eleições a elaborar o Plano e Orçamento. Esta é uma inovação da nova Lei das Autarquias Locais. Pensa que se quis mudar muita coisa ao mesmo tempo, isto é, a conversão do escudo para o euro e complicações que isso acarretou em termos contabilísticos e das aplicações informáticas, o facto de o Plano e Orça- mento serem elaborados por quem entra de novo, e, ainda, tentar implementar o POCAL, que estava numa situação em que ainda hoje ninguém sabe quando vai ser aplicado. Foi deixado no estado de tal forma incompleto que, mais uma vez, foi adiada a sua implementação para o no dia 1 de Janeiro próximo ano, sendo que essa comunicação, dada a conjectura política nacional, só chegou depois de elaborados estes documentos.------Há uma grande diferença na forma de orçamentar as verbas entre o antigo e o novo sistema de contabilidade.------Reiterou o seu desacordo com facto de ser o novo Executivo resultante das eleições a elaborar o Orçamento, pois se a intenção fosse simplesmente eliminar o que o anterior Execu- tivo tinha em desenvolvimento, isso seria um acto de gestão ruinosa.------Efectivamente existiam obras das quais se podia desistir, mas isso levaria a perder os financiamentos fundos comunitários, pois não é possível aproveita-los para outras obras. ------Quanto ao alargamento do Edifício dos Paços do Concelho e o aproveitamento do referido piso na Central de Camionagem, disse defender a concentração dos serviços por ques- tões de economia de escala, sendo que essa economia de escala não é possível com a dispersão de serviços. A isto acresce o facto de, com a implementação do POCAL, por exemplo, ser mais conveniente o serviço de compras estar junto da contabilidade.------Concordou com a contribuição do Governo no que respeita às estradas que são desa- fectadas da rede viária nacional, assim como disse mudar de opinião no que respeita à desafec- tação. Antes pensava que aceitar uma estrada só porque era entregue arranjada, era um mau negócio para a autarquia porque acarretava o encargo da manutenção subsequente. Com a con- tribuição de 1.000 contos por quilómetro é possível à autarquia manter essas estradas nas devi- das condições. ------Quanto às bancadas do campo de futebol disse ter sido, com muito espanto da sua parte, que passados uns dias de ter tomado posse, e aquando de uma cordial visita do Senhor Engenheiro Fonseca Ferreira, Presidente da CCRLVT à Câmara Municipal do Cadaval para conhecer os novos órgãos da autarquia, ele disse "para isso eu não dou um tostão". O Senhor engenheiro Moura de Campos ainda tentou argumentar em defesa do projecto, e de uma forma um pouco indelicada da o Senhor Engenheiro Fonseca Ferreira foi irredutível na sua postura. Tentou-se apoio em diversas outras entidades mas a questão das bancadas era sempre questio- nada por que se entende que não é um fomentar da actividade desportiva. Na sequência disto foi pedido a quem elaborou o projecto, que retirasse as bancadas e que é esse processo que neste momento está a decorrer. Solicitou que se fizesse o projecto sem as bancadas, mas de forma a deixar uma abertura para, numa fase posterior, e se houver meios financeiros para o efeito, fazer as bancadas.------Concordou no que respeita à falta de planeamento estratégico de fundo. No entanto, tendo o novo Executivo, em tão reduzido espaço de tempo, tido a necessidade de se inteirar das pastas que existiam, tendo tido a necessidade de afinar algumas formas de funcionamento da Câmara, (compreendendo que, também ele, na próxima campanha para as legislativas também não terá o tempo que tem agora disponível para a Câmara porque andará em campanha), tendo um Plano por fazer de acordo com as novas regras sendo que nem os funcionários da autarquia o tinham já feito, um dos próximos paços que o Executivo terá que seguir é a definição um Plano Estratégico para o desenvolvimento do Concelho. ------Quanto às transferências para as Freguesias e os 20% de financiamento não defini- do, disse estar a preparar-se um pedido de empréstimo a uma linha de financiamento a taxas de juro muito baixas e que se destina, exclusivamente, à parte não financiada das obras compartici- padas pelos fundos estruturais. Esse pedido de empréstimo será brevemente presente à Assem- bleia Municipal. Tem consciência de que, depois de contraído esse empréstimo, terão que ser feitas algumas alterações e/ou revisões ao Plano. O valor da recolha dos resíduos sólidos terá que ser cobrado aos munícipes porque, dada a verba envolvida, não será possível à autarquia suportar esse encargo. Aliás, vem aí e muito mais dinheiro para pagar, quer com o fornecimento de água em alta pela EPAL, quer com o tratamento do saneamento, e são valores aos quais, nos Concelhos rurais, não estamos habituados. Tínhamos água barata e agora vamos ter água cara, pagávamos um valor insignificante de recolha de lixo, quer de tratamento de resíduos e isso que vai representar muito dinheiro, e com certeza que vai ter que ser imputado aos munícipes. Tem que ser utilizada a medida do poluidor-pagador.------Quanto aos 20% não definidos disse que, de acordo com o POCAL, não é possível inflacionar receitas, A única alternativa é levar a financiamentos não definidos coisas que têm que ser feitas, senão perdem-se os financiamentos, tendo em conta que a receita não é suficiente para as obras que estão previstas, na esperança de poder definir esses 20% após a contratação do referido empréstimo.------Está prevista no início do Orçamento uma transferência de 7.000 contos para a GESCADAVAL, e que corresponde ao valor que ainda falta transferir. Com certeza que não vai chegar para o financiamento da empresa. É uma outra questão a ter em atenção depois da con- tratação do empréstimo, tanto mais que tem que ser melhor afinada a relação entre a Câmara e a empresa. ------Quanto ao facto de as empresas não terem ainda entregue as facturas disse que, neste momento, algumas delas, ainda não facturaram as aquisições porque ainda não lhes foram entregues as requisições. ------Quanto ao facto de não estarem previstas todas as promessas das eleições, recordou ao Senhor Valentim Carvalho Matias, e ao Senhor Rui de Jesus Félix dos Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Pêro Moniz, as vezes que os questionou acerca da estrada do Vale Sobrei- ro, sendo que a promessa era que aquela estrada seria asfaltada durante o seu mandato. Efecti- vamente assim foi, pelo que felicitou o Senhor Valentim Carvalho Matias pelo facto. Já não poderá dizer o mesmo no que respeita ao Largo da Adega Cooperativa, e o facto é que existe na Câmara uma deliberação com 11 anos e, ainda hoje, Largo não está alcatroado. ------Quanto às rubricas "outros", o Senhor Presidente da Câmara solicitou ao Senhor Chefe do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), Senhor Vítor Manuel Matias Pinto de Carva- lho Lemos, os necessários esclarecimentos. ------Efectivamente não está previsto o pagamento dos resíduos sólidos, o que pensa ser um lapso, pelo que também solicitou esclarecimento ao Senhor Chefe do GAP. ------Quanto ao facto de estar previsto, como receita de resíduos sólidos, o valor de 100 €, disse que isso se deve ao facto de, na Câmara, não haver historial sobre esta matéria porque, até agora, os valores são cobrados em conjunto com o recibo da água.------O Senhor Chefe do GAP disse que, relativamente ao aumento de despesa, e concre- tamente no que respeita ao pessoal, os valores estão bem definidos. Quanto aos 23% de aumento de corrente disse dever-se, em parte, ao facto de todas as obras que vão ser efectuadas por admi- nistração directa terem que ser classificadas em despesas correntes e não em despesas de capital como tinha acontecido até agora, de acordo com as regras do POCAL. Aliás, defende-se mesmo que os custos com pessoal e maquinaria deveriam estar incluídos no Plano, sendo que as aplica- ções informáticas não permitem neste momento a aplicação dessa regra contabilística. Esta é, aliás, uma das razões para os valores elevados em "outros". Assim é com o facto de o POCAL não prever determinado tipo de edifícios, como sejam os museus, entre outros. Assim, como não está prevista nas classificações económicas do POCAL, é necessário a remeter para "outros". Esta rubrica poderia estar subdividida em alíneas mas entendeu-se não fazer porque seria, no fundo, uma repetição do que já consta no Plano de investimentos, em que todas essas obras estão discriminadas. Isto não quer dizer que não seja algo a ter em conta no futuro. Não se quis complicar muito este primeiro Orçamento feito à luz do POCAL porque o classificador econó- mico tem uma rubrica de "outros", as aplicações informáticas não estão ainda desenvolvidas no sentido de conter as outras alíneas, e, na altura em que foi feito o Orçamento, ser um pouco for- çado estar a pedir ao pessoal que trabalha na contabilidade um esforço suplementar no sentido de tentar criar novas rubricas. Também não houve grande oportunidade de explorar convenien- temente a aplicação informática porque, infelizmente, o pessoal contabilidade apenas recebeu formação da respectiva aplicação poucos dias antes de ser indicado o prazo para elaborar o Orçamento. ------O valor que falta atribuir de capital social à GESCADAVAL está previsto no Orça- mento. Esta verba não consta no Plano Plurianual de Investimentos (PPI) porque, de acordo com as regras do POCAL, os activos e os passivos financeiros não entram neste documento. ------Estão previstos 14.000 mil contos para os resíduos sólidos, apesar de ser uma verba que poderá ser insuficiente para o pagamento da taxa, em função das facturas que entretanto foram recebidas da RESIOESTE, também previsto em "outros" na Divisão dos Serviços Urba- nos e Ambiente. ------No uso do direito de resposta ao Senhor Vice-Presidente da Câmara, o Senhor Valentim Carvalho Matias, disse que apesar de o PS está no papel da oposição também conside- ra que dentro dos conhecimentos que tem, deve procurar dar algum apoio. ------Quanto às bancadas do campo futebol disse que houve uma empresa que fez um documento para o Cadaval para poder demonstrar à CCRLVT, empresa essa que aliás fez um Plano de Acção para Oeste, no sentido de se demonstrar que para Oeste eram necessárias deter- minadas verbas, tendo-lhe, na altura, sido dito para também fazer um Plano de Acção para justi- ficar verbas nos quadros comunitários. Com toda a certeza que nesse Plano de Acção estão incluídas as bancadas do Campo de Futebol. Sempre houve abertura para isso da parte do Senhor Engenheiro Moura de Campos. Com certeza que o novo Governo não irá manter o actual Presidente da CCRLVT. Não se trata do Campo de Futebol do Clube Atlético do Cadaval mas sim do Campo Municipal de Futebol e temos que lhe dar alguma dignidade. Pelas mesmas razões que disse aos técnicos do GAT para ter em atenção despesas com o Edifício dos Paços do Concelho, também não foram previstas outras coisas para o Campo do Futebol, como sejam a relva. Não é justo agora verificar que, por exemplo Óbidos tem bancadas que foram financiadas pelos fundos comunitários. Então esse não é um direito também do Cadaval? Apelou ao Senhor Vice-Presidente para que não desista das bancadas.------Esclareceu que não falou num Plano Estratégico. Recordou que foi feito um Plano Estratégico para a Vila do Cadaval que foi aprovado e que foi trazido à Assembleia. O Plano de Acção que a tal empresa fez para os fundos comunitários foi tendo em conta a conjugação de diversos outros Planos. O que solicitou, e que o Senhor Engenheiro Carlos Alberto Silva de Almeida e Loureiro solicitava, era qual a visão estratégica da Câmara para o Concelho. Reco- nheceu as dificuldades na elaboração deste Orçamento, designadamente do que respeita ao POCAL, mas sempre ouviu os autarcas clamarem não ser justo que, quem entrava de novo, tivesse que trabalhar com o Orçamento deixado pelo anterior Executivo. Esta foi uma luta de muitos anos dos autarcas que conseguiu ir por diante porque o Secretário de Estado das autar- quias locais era uma pessoa que já tinha sido autarca. ------A autarquia só é obrigada a comparticipar com 10% nos fundos comunitários. Há formas de, nas obras do quadro comunitário, se solicitarem os 25%, mas com certeza que o actual Presidente da Câmara, com o Gabinete de Apoio completo que tem, tem disponibilidade para tentar coligir essas verbas. Portanto, os 35% de que aqui se fala, podem ser reduzidos para 10%.------No uso do direito de resposta ao Senhor Valentim Carvalho Matias, o Senhor Vice- Presidente da Câmara disse que, relativamente ao Plano Estratégico, o que foi solicitado pelo Senhor Engenheiro Moura de Campos relativamente aos fundos comunitários, foi um Plano Estratégico de todo o Concelho e não um Plano Estratégico da Vila do Cadaval. ------Quanto ao facto de a autarquia ser obrigada a comparticipar apenas com 10% para as obras, e, se tiver oportunidade de o apresentar na próxima assembleia, fará um levantamento de quantas obras foram feitas com 10% do capital a ser suportado pela Câmara. Isto porque não é possível prever, quando se fazem as candidaturas, o valor total da obra. Muitas obras têm mui- tos trabalhos mais e, no final das contas de cada obra, as verbas que nos são atribuídas nem se aproximam dos 65%. Neste caso a culpa morre solteira porque ninguém consegue fazer previ- sões de coisas, que com o decorrer da obra, se encontram e que leva a que os custos finais sejam completamente diferentes do inicialmente previsto.------Concorda inteiramente que se deve tentar coligir os 25% e se deve tentar pedir ao Senhor Secretário de Estado José Relvas tudo o como for possível para o nosso Concelho. Tam- bém concorda inteiramente que haverá uma relação mais privilegiada entre o Secretário de Estado e uma autarquia do mesmo Partido, defendendo que as autarquias não devem ter um tra- tamento diferente conforme o Partido, mas há que compreender que, tendo em conta os números que surgem na comunicação social, neste momento, o que se adianta em termos do défice do país, vai com certeza originar cortes nessas verbas o que vai tornar esses financiamentos mais difíceis. Terminou dizendo que estas questões do défice são mais ou menos como as questões do desemprego - nunca é tanto como dizem os sindicatos, nem tão pouco como diz o Estado. ------A Senhora vereadora Maria João Marques Pacheco Botelho disse pensar que o Pla- no Estratégico que o Senhor Presidente da CCRLVT pediu quando cá veio, não é para todo o Concelho, mas está relacionado com a medida 1.5 do Eixo 1 do Plano Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, e que se destina a investimentos concentrados na requalificação urbana. É isto que se passa em relação à sede do Concelho. Foi feito um Plano de Acção para o Conce- lho do Cadaval e que dá fundamento a todas as obras que estão em curso, podendo ser reformu- lado. Há o Plano estratégico de Vila e o Plano de Requalificação e Valorização do Cadaval e de Vilar. Neste momento exige-se planos para tudo. Depois de tantos planos, o anterior Executivo decidiu em relação a esta medida 1.5, apenas entregar quando fosse apresentar uma obra para candidatar, neste âmbito. Pensa que o Plano Estratégico tem que ser apresentado até Maio, para candidatura à medida 1.5. e é o resultado da conjunção destes planos que dá corpo à candidatura ------Colocadas à votação as Opções do Plano e a Proposta do Orçamento para o ano de 2002, foi aprovado com 20 votos a favor e 11 abstenções. ------Não havendo mais intervenções sobre o 2º ponto da ordem de trabalhos, sendo 23h40 passou-se 3º ponto - Informação acerca da actividade municipal e da situação finan- ceira do Município. ------Transcreve-se de seguida o referido documento, registado sob o n.º 68, e relativo ao período compreendido entre a sessão de 27 de Fevereiro de 2002 e 18 de Abril corrente.------Educação ------Grande Reparação da Escola Básica do Vilar – A obra encontra-se em avançada fase de exe- cução. Está também a decorrer a negociação da aquisição dos terrenos adjacentes para aumentar a área envolvente.------Cultura ------Espaço Internet do Cadaval – Inauguração do espaço dia 22 de Abril.------Criação da Página na Internet – Apresentação oficial da página dia 22 de Abril. ------Desporto e Tempos Livres------Pavilhão Gimno-Desportivo das Escolas Secundária e EB 2-3 – Já foi celebrado novo contra- to, aguarda visto do Tribunal de Contas. ------Bancadas e Instalações de Apoio do Campo de Futebol Municipal – Encontra-se em fase de reformulação de projecto. ------Saneamento e Salubridade------Rede de Esgotos de Casal Cabreiro – Encontra-se em fase adiantada de execução. ------Rede de Esgotos de S. Salvador – Encontra-se em fase de adjudicação. ------Ampliação da Rede de Esgotos de Figueiros – Obra concluída, encontrando-se a ser executada a Estação Elevatória que aguarda ligação eléctrica. ------Saneamento da Venda do Freixo – Obra concluída, vai-se proceder à repavimentação. - Saneamento da zona envolvente à Escola Velha do Vilar – Encontra-se em fase de análise de propostas. Aterro Sanitário do Oeste – Encontra-se a ser efectuado um levantamento exaustivo da envol- vência da Câmara Municipal do Cadaval no respectivo processo. ------Habitação e Urbanismo ------Requalificação e Valorização do Vilar – Encontra-se em fase de adjudicação da empreitada para Beneficiação da Rua de Alcântara. ------Requalificação Urbana das Freguesias:------Estão em fase de concurso público: ------Arranjo Urbanístico da Rua Principal de Figueiros------Arranjo Urbanístico da Rua Principal em Adão Lobo------Arranjo Urbanístico da Rua Principal de Alguber------Arranjo Urbanístico da Rua das Escolas em Dagorda – Encontra-se novamente em fase de concurso, após o anterior ter sido anulado por terem sido apresentadas propostas com valores superiores aos limites legais admitidos.------Arranjo Urbanístico da Rua e Largo do Painho - Encontra-se em fase de execução, verifican- do-se no entanto algum atraso por parte do empreiteiro. ------Arranjo Urbanístico do Largo da Igreja da Vermelha – Encontra-se em avançado estado de execução.------Comunicações e Transportes ------EN 115 (Troço Alto Bacalhau/Palhoça) – A obra foi consignada (encontra-se em fase de pre- paração de estaleiro) ------Alargamento e beneficiação da Estrada Municipal 615 Painho – Foi celebrado o contrato para início de trabalhos. ------Beneficiação da Estrada Boiça/Figueiros – Obra concluída. ------Beneficiação da Estrada Figueiros/Alguber – Obra concluída. ------Arranjo da Rua do Campo da Bola e da Rua Joaquim Domingos, em Cadaval – Em fase de conclusão, faltando apenas o calcetamento das zonas pedonais. ------Encontram-se em fase de concurso, (limitado), a pavimentação dos seguintes caminhos rurais: ------Vale Canada / Vermelha ------Murteira / Póvoa------Boiça do Louro / Casais Gaiola ------Pátio Alfredo Marceneiro (Cadaval) – Procedeu-se à sua repavimentação. ------Estação Central de Camionagem – Foi iniciada a obra. ------Alargamento da Ponte sobre o Rio Arnóia no Painho – Encontra-se em fase de conclusão, fal- tando apenas a execução de passeios. ------Pavimentações e Repavimentações - Foram efectuadas algumas reparações de Ruas e Estra- das, em diversas Freguesias. ------Instalação de Serviços Municipais ------Novas Oficinas dos Serviços Urbanos Municipais – Face ao exposto na anterior informação à Digníssima Assembleia, sobre esta matéria, e na impossibilidade de adequar o espaço às neces- sidades dos Serviços e à expectativa dos funcionários relativamente à melhoria das suas condi- ções de trabalho, está em fase de aquisição um terreno de maiores dimensões e abertura de concurso para elaboração de projectos.------Outras Informações------Foi inaugurado o Posto de Atendimento ao Cidadão, instalado no Edifício Paços do Concelho, em cooperação com o Instituto para a Gestão das Lojas do Cidadão no dia 10 de Abril.------No âmbito das áreas de Educação, Cultura e Tempos Livres, Desporto e Acção Social, foram realizadas ou estão em fase de desenvolvimento as seguintes actividades: ------Está em elaboração a “Carta Escolar” do Concelho.------Efectuou-se uma visita guiada à Serra de Montejunto, no âmbito das actividades do Grupo de Animação do GEOTA, denominada EcoTur.------Levámos a efeito de 18 a 22 de Março, na Serra de Montejunto, a “Semana da Floresta”, no âmbito do Ano Internacional da Floresta, tendo como principais destinatários os alunos dos ensinos Pré-Escolar e 1º Ciclo do concelho, que envolveu cerca de 850 alunos. Acompanhamento com visita guiada de diversas entidades ao Concelho, nomeadamente à Serra de Montejunto.------Apoio à realização de uma prova escolar de BTT, na Serra de Montejunto. ------Levou-se a efeito uma iniciativa enquadrada num passeio pedestre com vista à observação de diversos habitats, inserido na Rede Natura 2000. ------Participação na XII Mini-Maratona de Lisboa. ------Decorreu no dia 13 de Abril uma ida com idosos do concelho ao Teatro Politeama para ver a peça “A Casa do Lago”. ------Realizou-se um passeio/visita com crianças ao Museu dos Lanifícios-Covilhã- e à Serra da Estrela no dia 3 de Abril, no âmbito das Actividades de Tempos Livres (férias da Páscoa) ------Efectuou-se a organização das comemorações do XXVIII 25 de Abril, dias 24 e 25. ------Aderimos ao projecto do Instituto do Livro e das Bibliotecas “Maratona das Bibliotecas”, inse- rido no Dia Mundial do Livro, de 22 a 27 de Abril.------Encontra-se em fase de preparação uma acção intitulada “Promoção da Saúde – Trabalho em Parceria”, organizado no âmbito da Comissão Concelhia de Saúde. ------Está a ser organizado o VI Certame “Animarte” que decorrerá de 1 a 5 de Junho. ------Encontra-se em fase de preparação o “V Duatlo do Cadaval”, a decorrer em 12 de Maio. Atribuímos subsídios a instituições e colectividades do Concelho. ------Realizámos diversos serviços de transporte em apoio a associações, paróquias, juntas de fre- guesia, escolas, etc. ------

Dívidas de terceiros – Curto prazo: (euros)

Câmara Municipal do (Aterro Sanitário) 71.645,86 Depósitos em instituições financeiras e caixa: Disponibilidades 287.079,67 358.725,53 Dívidas a terceiros – Médio e longo prazo Empréstimos bancários Caixa Geral de Depósitos 1998.204,47 Banco Português do Atlântico 9.532,02

------Capacidade de endividamento (conforme artigo 23º, n.º 1 e artigo 24, n.ºs 3 a 5 da Lei n.º 42/98, de 6 de Agosto) ------Saldo de- Encargo anual Empréstimos Contrato Montante vedor Amortização Juros 31/12/00 180/0..287/0019 2.2-SF 17-06-94 1.249.957 637.341 134.573 23.177 180/0..087/0019 3,0 14-19-94 64.844 25.745 8.203 1.076 180/0..487/0019 15,4 18-07-96 75.957 67.426 5.973 1.751 180/0..087/0019 17,0 18-10-96 143.480 122.583 11.030 2.768 180/0..987/0019 18,9 18-10-96 226.554 180.536 16.244 4.076 180/0..787/0019 87,19 05-05-99 299.279 287.438 25.176 11.925 180/0..987/0019 30-12-99 134.346 134.346 8.893 3.238 Massas asfálticas 06-05-63 149.639 3.578 16.624 624 9015/0…087/0019 a) 17-07-01 342.510 308.258 6.323 9015/0…487/0019 29-10-01 299.279 299.279 11.272 TOTAIS (em contos) 2.995.845 2.066.530 226.719 66.230 a) Excluído dos Limites de endividamento, artº 1º da Lei nº 2-A/2001, de 08 de Fevereiro Nota: Não existem empréstimos obrigacionistas, nem empréstimos contraídos por empresas públicas municipais Fundo Geral Municipal – 1.856.802 € Fundo de Coesão Municipal – 1.207.165 € Limite anual de endividamento = F.G.M.+F.C.M – 3 duodécimos – 763.491 € contos Capacidade de endividamento – 763.491 € Encargos de empréstimos – 286.626 € RELAÇÃO DE PROCESSOS EM CONTENCIOSO PENDENTES 1 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CÍRCULO DE LISBOA Proc. nº 617/94 – 2ª Secção – Recurso RECORRENTE: José Manuel Batista RECORRIDOS: C.M.CADAVAL e Sr. António Justiniano da Silva 2 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CÍRCULO DE LISBOA Proc. nº 356/01 – 1ª Secção – Recurso Contencioso de Anulação RECORRENTE: António João Várzea Corrêa RECORRIDOS: C.M.CADAVAL e a Srª. Arqtª. Maria João Marques Pacheco Botelho 3 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CÍRCULO DE COIMBRA Proc. nº 693/01 – Suspensão de Eficácia AUTORA: SAPEBA – Sociedade Agro-Pecuária das Barrocas, Lda. RÉ: C.M.CADAVAL e a Srª. Arqtª. Maria João Marques Pacheco Botelho 4 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DO CÍRCULO DE COIMBRA Proc. nº 767/01 - Recurso Contencioso de Anulação RECORRENTE: SAPEBA – Sociedade Agro-Pecuária das Barrocas, Lda. RECORRIDOS: C.M.CADAVAL e a Srª Arqtª. Maria João Marques Pacheco Botelho 5 – TRIBUNAL JUDICIAL DA COMARCA DE CADAVAL Queixa CRIME contra ANÍBAL PAULINO e AMÍLCAR DOS SANTOS PAULINO. 6 – Protocolo: EMPREENDIMENTO TURÍSTICO DA SERRA DE MONTEJUNTO celebrado entre: ENCOSTA DO VALE, S.A. – Empreendimentos Turísticos – Assistência, Formação Profissional e a C.M. CADAVAL. 7 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO CIRCULO DE LISBOA, 3ª SECÇÃO Proc. nº 481/2001 – Recurso contencioso de anulação (impedimento) RECORRENTE: Srª Arqtª Maria João Marques Pacheco Botelho RECORRIDOS: C.M.CADAVAL 8 – TRIBUNAL ADMINISTRATIVO CIRCULO DE LISBOA, 1ª SECÇÃO Proc. nº 288/A/01 – Suspensão de Eficácia de acto administrativo RECORRENTE: Sr. António Justiniano da Silva RECORRIDOS: C.M.CADAVAL 9 – TRIBUNAL DO TRABALHO DE , 1º JUÍZO Proc. nº 141/2002 – Acidente de Trabalho (F. Conciliatória) RECORRENTE: Sr. João Vitor Rodrigues Monteiro Escada RECORRIDOS: Câmara Municipal de Cadaval ------O Senhor Humberto Pereira Germano disse que nesta informação consta que se encontra em fase de adjudicação o projecto de requalificação e valorização do Vilar. Sabe que o concurso já teve lugar há algum tempo e pretende saber se a obra já foi efectivamente adjudica- da e, se o não foi, porque razão. Perguntou se a obra de beneficiação da Rua de Alcântara inclui o que estava previsto no Plano de requalificação urbana. ------O Senhor Vice-Presidente esclareceu que as propostas foram abertas e tem que ser dado um prazo de audiência prévia aos empreiteiros, estando neste momento esses prazos a decorrer. Vai ser feita, no Vilar, a apresentação do projecto da recuperação da Rua de Alcântara, estando prevista a colocação de sinais luminosos, entre outros, para além da repavimentação e dos passeios. ------O Senhor Dinis Acácio Nobre Duarte, Presidente da Junta de Freguesia de Vilar dis- se verificar que foram atribuídos subsídios a diversas instituições e colectividades do Concelho, e como não obteve resposta à pergunta sobre o porquê da não atribuição de um subsídio à Asso- ciação Musical Vilarense, solicitou que agora fosse dada resposta.------Na qualidade de Presidente da Junta foi abordado por algumas pessoas da Freguesia queixando-se acerca dos preços praticados pela GESCADAVAL na piscina municipal. Pergun- tou qual a filosofia está por detrás da empresa municipal - se se está a pensar numa empresa tipo privada, compreendendo assim que se pratiquem os actuais valores ou, se, pelo contrário tratan- do-se de uma empresa municipal, deve ter-se em atenção o índice de desenvolvimento do Con- celho na fixação dos preços. ------O Senhor Vice-Presidente da Câmara disse que a política que entende que deve ter a empresa municipal é a de prestar um serviço aos munícipes. Deve fazê-lo, não tendo como objectivo obter lucros, mas de minorar os prejuízos. Considerando que a piscina que já existiu no Cadaval foi uma peça muito importante e que serviu para iniciar muitas crianças do Conce- lho do Cadaval na prática da natação, e que boa parte dos utilizadores da actual piscina vêm dessa altura, não se deve estabelecer comparação entre preço que era praticado naquela piscina com a actual. São estruturas com custos de manutenção completamente diferentes. Antes de haver a escola de natação o custo estimado era de 4.000 contos de prejuízo por mês. A estrutura tem que ser paga e, se não for paga em parte por quem utiliza, é paga pelos outros todos que não a utilizam. Uma aula de natação custa aproximadamente 2,5 €, mas se for adquirido um livro com dez senhas, passa a custar 2,0 € sendo ainda mais reduzido se comprar 50,0 € de senhas que dá 27 aulas Tudo isto com IVA incluído. ------Quanto à escola de natação e à mensalidade de 25,0 € por mês, não lhe parece que nesta fase, e tendo em conta o protocolo que existe com o Ministério da Educação, e o compro- misso da anterior Câmara que o actual Executivo pretende manter, de levar todos os alunos que andam no ensino oficial a terem pelo menos um período escolar de natação gratuita, seja um valor muito elevado. Ainda assim, foi dada indicação que nada impede que de acordo com os serviços sociais da Câmara, e nos casos que se justifiquem, vir a subsidiar ou a permitir a utili- zação da piscina por parte pessoas que não tenham posses para o efeito, como seja o caso de pessoas idosas com pensões muito baixas, a quem os médicos recomendam natação. ------Foi feita uma reunião com os professores do primeiro ciclo, em coordenação com a Delegação Escolar, no sentido que se providenciar a utilização por parte destes alunos. Con- cluímos que para este ano seria difícil, porque se está no final do ano e seria necessário conjugar os transportes. A partir próxima quinta-feira todos os alunos do primeiro ciclo receberão quatro senhas, que permitem quatro entradas gratuitas na piscina. Também receberão uma relação das horas e dos dias em que é possível facultar o transporte de grupos. O único óbice é que essas 4 senhas são extensivas ao adulto que acompanha a criança e que é responsável por ela nesse período. A utilização organizada entrará em vigor no início do próximo ano electivo. ------Quanto ao pedido para a Associação Musical Vilarense da Senhora Vereadora Maria Eugénia Rodrigues Correia de Sousa esclareceu que houve um pedido por parte da Associação, mas que não indicava valores. Entretanto foi pedido à Associação que indicasse um valor e não se voltou a abordar o assunto. Apesar de não constar no Plano como um subsídio mensal, poderá ser atribuído por deliberação da Câmara. ------O Senhor Carlos Gustavo Fernandes Patuleia, como viu no documento a grande reparação da Escola Básica de Vilar, perguntou em que ponto de situação se encontra a repara- ção da Escola de Chão do Sapo. Solicitou ao Executivo que continuasse com os desenvolvimen- tos do projecto da Internet nas escolas porque elas têm os computadores e os meios, mas esses meios por vezes não funcionam adequadamente. ------No que respeita ao capítulo "Desporto e Tempos Livres" perguntou qual é o ponto da situação dos polidesportivos descobertos.------Quanto à Carta Escolar do Concelho perguntou o foi feito ou o que esperam fazer no que respeita à rede escolar do Concelho, designadamente no que respeita às 23 escolas do pri- meiro ciclo, em que cerca de 40% tem menos de 10 alunos.------Relativamente à escola de Chão do Sapo a Senhora Vereadora Maria Eugénia Rodrigues Correia de Sousa disse que, numa reunião com a DREL, teve oportunidade de se inteirar do ponto de situação deste projecto, não tendo sido possível, até esta data, obter qual- quer resposta. Logo que o projecto seja desbloqueado na DREL, tentaremos obter o financia- mento para a reparação da escola. Por parte da DREL não existe abertura para esse financiamen- to.------Quanto à Internet da escola, disse dispor neste momento a autarquia de animadores para o espaço Internet, sendo agora possível desenvolver melhor este projecto, tendo-se já começado a fazer um levantamento das necessidades. Com a participação do Centro de Forma- ção de Professores, já alguns dos professores das escolas do ensino básico estão a receber for- mação nesta área.------Quanto à rede escolar do Concelho, de momento, a política do Executivo é continuar com todas as escolas em funcionamento. Estão a dar-se os primeiros paços na Carta Escolar, mas, no que respeita ao encerramento escolas, necessitamos das correspondentes contrapartidas. Ainda que a carta escolar indique que se devem encerrar escolas, tem que se receber contrapar- tidas para o transporte e alimentação, acontecendo o mesmo com o ensino básico mediatizado. ------No que concerne aos polidesportivos descobertos o Senhor Vice-Presidente da Câmara disse estarem os projectos aprovados, faltando encontrar a verba para a parte não finan- ciada. As obras para as quais foram encontrados financiamentos vão avançar. Numa primeira fase da candidatura avançaram todos os projectos para que tinham sido disponibilizados terreno. ------O Senhor Carlos Gustavo Fernandes Patuleia disse que haverá grande resistência da população atingida pelas escolas que se pretende encerrar. O facto é que a autarquia terá que pensar muito seriamente em alterar toda esta panorâmica. ------A Senhora Vereadora Maria Eugénia Rodrigues Correia de Sousa disse que, houve primeira reunião que este Executivo teve com a DREL. Esse assunto foi abordado e foi dito pela responsável que acompanha a elaboração das Cartas Escolares que só podemos avançar com o encerramento de escolas se houver contrapartidas. Aliás, nas grandes opções do Plano já se pre- vê a existência de uma escola básica com o Jardim de Infância porque neste momento acontece que já há muito os alunos das Freguesias que vêm para a escola da Vila por opção dos pais. ------Quanto a esta matéria o Senhor Valentim Carvalho Matias disse que, infelizmente, ainda há grandes disparidades entre as autarquias relativamente às receitas, contra o que sempre manifestou. É exemplo disso Mafra, que recentemente inaugurou uma escola com condições excepcionais, isto porque tem muitas receitas. Pensa que neste momento, no país, existem uma série de Municípios que não deveriam receber qualquer verba do Orçamento de Estado porque as receitas que geram são mais do que suficientes e alguns até acabam por esbanjar dinheiro. O que gostaria de fazer, assim como qualquer autarca, seria uma ou duas verdadeiras escolas bási- cas com uma adequada rede de transportes, bons refeitórios, etc. ------Quanto à piscina disse que, é natural que nos três primeiros anos a situação financei- ra seja má tendo em conta o acordo com o Ministério da Educação quanto à utilização gratuita por parte dos alunos. Não há dúvida que os serviços que são prestados têm que ser pagos, quer seja aqui, quer na recolha do lixo, quer no fornecimento de água. Sabemos que algumas câma- ras, porque não têm tantas necessidades como a nossa, praticam verdadeiros preços sociais, como é o caso da água em Caldas da Rainha. ------Disse que vai guardar religiosamente os documentos sobre a situação financeira do Município, nomeadamente, a capacidade de endividamento para comparar com o mesmo docu- mento daqui a quatro anos. Há uma diferença muito grande entre o serviço da dívida e a capaci- dade de endividamento. A Câmara Municipal do Cadaval não está assim tanto "de tanga” como é agora hábito de dizer-se - é necessário poupar, procurar os maiores financiamentos possíveis. Temos que ver como se vai gerir essa capacidade de endividamento, como se vão contrair empréstimos porque, se o PS verificar que a contratação desses empréstimos não se justifica pelo objectivo que têm, votará contra, assim como votará favoravelmente se os empréstimos se justificarem.------O Senhor Rui Manuel Martins Soares, Presidente da Junta de Freguesia do Peral, disse não se ter pronunciado aquando da discussão do Plano e Orçamento por compreender que o Executivo pretende honrar os compromissos pelos seus antecessores, tendo também em conta a actual situação financeira.------Alertou o Executivo para o facto de esperar, e ter a certeza de que as promessas fei- tas na campanha eleitoral, nomeadamente aos candidatos às Juntas Freguesia, possam vir a ser uma realidade. Compreendendo a situação financeira, as Freguesias aceitaram que o protocolo fosse adiado por mais algum tempo. Mais uma vez não houve e imparcialidade tendo em conta as realidades do Concelho que é composto por 10 Freguesias. Há alguns anos que vê a maior parte das Freguesias consideradas, com o que concorda, mas não concorda que a sua Freguesia não tinha sido levada em consideração, falando-se agora, como nunca se falou, em protocolos. Todos somos cidadãos deste Concelho e temos deveres e direitos e a definição dos critérios deve ter em conta a realidade da situação. ------Não havendo mais intervenções sobre o 3º ponto da ordem de trabalhos, sendo 00h12 passou-se 4º ponto - Composição do Conselho Cinegético e da Conservação da Fauna Municipal do Cadaval – Autarca de Freguesia. ------O Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus disse que o Senhor Joaquim Irnando Fer- reira Adrião, Presidente da Junta de Freguesia do Cercal foi eleito o ano passado por um manda- to de três anos e o PSD entende que, caso ele aceite, deveria ser reconduzido. Após uma rápida consulta ao plenário, também os restantes grupos municipais concordaram com a indicação do Senhor Presidente da Junta de Freguesia do Cercal. Apesar, de a rigor, tratando-se de uma elei- ção sobre uma pessoa, nos termos do Regimento, se dever proceder a uma votação secreta, por acordo com todas as forças políticas não se procedeu ao escrutínio secreto. Assim, foi eleito com 31 votos, o Senhor Joaquim Irnando Ferreira Adrião, como Autarca de Freguesia, para a composição do Conselho Cinegético e da Conservação da Fauna Municipal do Cadaval.------Não havendo mais intervenções sobre o 4º ponto da ordem de trabalhos, sendo 00h15 passou-se 5º ponto - Aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Muni- cipais e respectivos estaleiros. ------O Senhor Vice-Presidente da Câmara esclareceu que o terreno em causa é contíguo à Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval, e tem cerca de 66.000 m2. A opinião é de que o terreno para onde estavam previstas as anteriores oficinas municipais carece de espaço, quer em termos de construção, quer, essencialmente, em espaços exteriores, isto é, para parque de máquinas e estaleiros. Considera estas estruturas necessárias na tentativa de concentrar os serviços, pelo que faz sentido a aquisição de um terreno maior. O terreno foi adquirido na base dos 5,0 €/m2, e de acordo com o PDM, não está afecto a qualquer reserva, a não ser uma muito pequena parte e fica nas margens de um ribeiro que é reserva ecológica. Assim, à luz do o actual PDM permite a edificação em 20%, ou seja, cerca de 12.000 m2, que é uma área mais do que suficiente. ------O Senhor Valentim Carvalho Matias começou por dizer que, neste caso, efectiva- mente, tem que se perguntar à Câmara qual é a estratégia para o Concelho. Julga ter visto na campanha que o Senhor Presidente da Câmara queria fazer do Cadaval o Concelho mais desen- volvido do Distrito de Lisboa. Tem que se ver o que se pretende para o futuro quando todas as outras autarquias estão a recorrer à concessão de serviços, como a água, o saneamento, e a reco- lha de lixo, porque não conseguem admitir pessoal especializado, porque estes operários ganham muito mais na actividade privada. Não concorda que invocando-se que a situação finan- ceira é péssima se vá agora, a correr, adquirir um terreno para fazer umas oficinas, que se não forem muito grandes, apenas bastaria comparar um terreno para fazer estaleiros, quando no actual terreno se tem uma edificação já dividida. O que pretende a Câmara fazer com esse Edifí- cio? O sector operário vai esvaziar-se de necessidades de pessoal, enquanto que, com a transfe- rência de competências, designadamente na área da Educação da Acção Social, vai aumentar. Julga que o terreno é um pouco acidentado. Tendo o Senhor Vice-Presidente sido mandatado para negociar o terreno, recordou que durante o seu mandato, quando havia terrenos para nego- ciar propunha sempre que um Vereador da oposição participasse nessa negociação. Assim acon- teceu com o terreno das Castanholas. não Coloca em causa a seriedade do Senhor Vice- Presidente mas, ele que aqui tantas vezes colocou em causa a negociação de terrenos, devia dar esse exemplo, não aceitando ser o único a negociar. Questionou o valor por metro quadrado do terreno, que considerou um pouco elevado, porque o terreno para o Campo da Feira foi adquiri- do a esse valor e é contíguo ao perímetro urbano. Assim sendo, está contra a aquisição do terre- no. ------O Senhor Carlos Gustavo Fernandes Patuleia perguntou como é que, existindo um terreno que foi destinado a um projecto e que foi aprovado em devido tempo por todos os ele- mentos da Câmara Municipal, bem como pela própria Assembleia Municipal, de uma forma extemporânea, tudo mudou em função de argumentos que não colhem. A tendência é para que a maior parte destes serviços seja entregues a empresas especializadas pelos motivos já invocadas pelo Senhor Valentim Carvalho Matias. Assim, o PS vai votar contra de consciência tranquila porque, se não há dinheiro, não se justifica o investimento num terreno para construção de umas oficinas havendo já um terreno adquirido e que até à data tinha todos os requisitos necessários. ------Tendo-se apercebido de que o terreno não se encontra dentro do perímetro urbano, o Senhor Humberto Pereira Germano perguntou se as oficinas são edificáveis neste terreno. Quan- to ao valor do terreno perguntou porquê não fazer uma avaliação do mesmo. Gostaria também de saber se há ou não lugar a indemnização ao empreiteiro relativamente ao projecto as oficinas no local original. ------O Senhor Vítor Manuel Feliciano Pinteus começou por dizer que, a Câmara, fazendo este tipo de trabalho, está no bom caminho. Isto porque, por exemplo, durante 12 anos, a Câma- ra teve à disposição um depósito de combustível que não utilizou e em que as empresas faziam descontos significativos, levando a que durante esse tempo a Câmara perdesse milhares de con- tos. Acima de tudo considera importantíssimo e urgente retirar as oficinas da actual localização. Como é evidente não podem ir para o actual local porque só tem 8.000 m2 não sendo sequer suficiente para parte de máquinas. Quanto ao valor e comparando com o terreno do Campo da Feira, considera que não é assim tão elevado, porque este último não pode servir para outra coi- sa. Admite que, hoje, o valor possa ser um pouco elevado mas temos que ter em conta que o proprietário do terreno em causa não precisa de vender e a Câmara precisa de comprar. Se assim fosse, o que se diria sobre o terreno das Castanholas, que considerou um péssimo negócio por- que não se comprou o que se deveria comprar, e que era o terreno e os pavilhões. Concordou com a participação de um Vereador da oposição nas negociações. ------Recordou ao Senhor Valentim Carvalho Matias que ele disse algumas coisas que são puras mentiras. Uma delas refere-se aos 400.000 contos que foram para a Lourinhã. Quando se fizeram as primeiras candidaturas ao QCA a comparticipação era de 25%, sendo que o restante era dinheiro da autarquia. Quando este assunto foi discutido na AMO, e em que foram as verbas colocadas à disposição, verificou-se que a Câmara do Cadaval não tinha capacidade para o efei- to, isto é, o Orçamento da Câmara não permitia que se concorresse a esse tipo de obras. Claro que o Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, autarca experiente na altura, aproveitou essas verbas. ------Relativamente aos 75.000 contos da EDP, é sabido que se tratou de um Decreto-lei do Governo em que obrigou a as autarquias a assinar o protocolo, porque, se assim não fosse, perdia algumas verbas na altura e também ficava sem energia.------Se fosse hoje Vice-Presidente da Câmara fazia precisamente o mesmo. Não come- teu nenhuma ilegalidade, a não ser em defesa do seu Concelho. ------Quanto à mata da Misericórdia disse ser triste ouvir um Presidente da Câmara, de 12 anos, dizer o que disse. Como é sabido a diferença de altura do pé direito era de mais de 15 metros. A sua primeira atitude da Câmara Municipal foi colocar lá uma placa dizendo que se aceitava entulho. À altura foi criticado mas, dois anos depois, já lá andavam bulldozers a endi- reitar o terreno. ------Recordou que, nos anos 80, a Câmara do Cadaval tinha um automóvel, uma Retro- escavadora e uma camioneta. Quando o Senhor Valentim Carvalho Matias chegou à Câmara tinha muito mais equipamento, algum, claro está velho e usado, mas porque não havia dinheiro, mas que serviu durante muitos anos. Claro que assim tinha que haver dívidas. ------Recordou as receitas que a construção gera actualmente do Cadaval comparativa- mente ao que existia na altura, e que são muito maiores.------Terminou dizendo que o Senhor Valentim Carvalho Matias, que tudo teve na mão e pouco ou nada fez, não tem moral para criticar quem nada tinha e muito fez.------Relativamente ao terreno para as oficinas disse que o PSD deverá votar a favor. ------No uso do direito de resposta o Senhor Valentim Carvalho Matias começou por dizer que a gestão de dez anos do PSD, efectivamente, era para esquecer. Quando entrou havia fundos do FEDER aprovados com taxas de comparticipação de 50%. Assim foi com a candida- tura única das redes de esgotos de Painho, Alguber e Figueiros. Estava a negociar-se o QCA com uma comparticipação de 70%. O Dr. João Francisco Ribeiro Corrêa disse o que aqui foi referido na Associação de Municípios do Oeste e os 400.000 foram para a Lourinhã. Aliás, isto foi confirmado numa Assembleia Municipal pelo próprio Dr. João Francisco Ribeiro Correia que disse que a Câmara tinha dívida para pagar as e não poderia utilizar aqueles valores. ------O depósito para o gasóleo foi uma boa compra da gestão que o precedeu, mas sem- pre entendeu que era errado ter uma bomba de combustível tendo em conta o nosso consumo, e a necessidade de um funcionário para a contabilidade inerente. Acresce a que numa altura em que a dívida da Câmara era tão grande que não havia disponibilidade para pagar a pronto paga- mento ou antecipadamente o combustível para encher o depósito. Pode confirmar a dívida por- que ainda aguarda as listagens das dívidas a fornecedores da altura. A isto acresce que sempre tivemos concursos para fornecimento de combustível, com um desconto significativo por litro, a que acresce o facto de que as facturas já vinham distribuídas por viatura, o que facilitava imenso o trabalho contabilístico. ------Quanto ao terreno das Castanholas disse que são cerca de 12.000 m2 em zona Urba- na, que, se for necessário, permite a venda com um bom lucro, e não se adquiriram os pavilhões porque não eram necessários e encareciam o terreno. Considera pois que este terreno não foi mal negociado. Perguntou qual a necessidade de 6 hectares mesmo tendo em conta que se pre- tenda fazer umas oficinas maiores, bastam 2 hectares que permitem a construção de 4.000 m2, quando, ainda para mais, se invoca tanta dificuldade financeira.------Quanto à dificuldade em encontrar pessoal especializado, o Senhor Vice-Presidente disse que, efectivamente, enquanto a construção se mantiver em alta, haverá essa dificuldade. Tendo em conta a capacidade de endividamento que as famílias atingiram essa tendência não continuará e, assim sendo, no futuro próximo não haverá tanta dificuldade em admitir esse pes- soal, aliado ao facto de, no nosso quadro do pessoal, essas equipas são compostas por funcioná- rios relativamente jovens. As empresas de prestação de serviços são empresas, normalmente de fora do Concelho, e que contratam pessoas a quem pagam vencimentos irrisórios e que prestam serviços caros. Pensa pois que, em condições normais, será de evitar esse tipo de situações. ------É intenção evitar os custos de dispersão levando a situações, como tem acontecido, de desaparecimento de materiais dos estaleiros, sem que seja possível responsabilizar ninguém. ------O projecto que estava aprovado para as oficinas tinha, por exemplo, uma cozinha 11 m2, e um refeitório com 38 m2. São pois espaços reduzidos para umas oficinas municipais. o electricista tinha 30 m2 e a ferramentaria tinha 30 m2. A isto tudo acresce que o terreno não comporta o actual parque de máquinas. ------O valor do terreno por metro quadrado foi igual ao do Campo da Feira, não foi adquirido em 1997 mas em 2002, e ao contrário do que acontece com o Campo da Feira, este terreno não tem o ónus da não construção, isto é não está no perímetro urbano mas também não está em nenhuma reserva, permitindo a edificação de 12.000 m2. Claro que, se for autorizada a aquisição do terreno se irá pedir à equipa que está a rever o PDM que altere a classificação da restante área. ------Esclareceu que foram presentes à Câmara duas avaliações feitas por avaliadores ofi- ciais. O actual terreno em que se prevê fazer as oficinas tem 8.000 m2, é facto do que já tem um edifício que não está acabado, mas já custou à Câmara mais de 53.000 contos, tendo sido adqui- rido, na altura, por 40.000 contos. ------De acordo com as informações dos serviços técnicos não há lugar a indemnização ao empreiteiro porque ele não fez lá qualquer obra. ------Esclareceu que foi mandatado pela Câmara para negociar o terreno, mas que nunca assumiu qualquer compromisso, a não ser trazer a proposta do proprietário à Câmara, sendo sempre esta quem teria a palavra final. Só depois de ter sido levado à Câmara e ter sido aprova- do por unanimidade é que a decisão foi transmitida ao proprietário do terreno, sendo ele conhe- cedor de todo o processo. ------Indagado sobre o valor das avaliações pelo Senhor Humberto Pereira Germano, o Senhor Vice-Presidente esclareceu que as avaliações eram ligeiramente superiores ao valor da aquisição.------Não havendo mais intervenções foi colocado à votação, tendo sido aprovada, com 17 votos a favor e 14 votos contra, a aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Municipais e respectivos estaleiros. ------Não havendo mais intervenções sobre o 5º ponto da ordem de trabalhos, sendo 00h55 passou-se 6º ponto - Autorização para a contratação de empréstimo - Aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Municipais e respectivos estaleiros.------Em nome do grupo do PS na Assembleia Municipal, o Senhor Carlos Gustavo Fer- nandes Patuleia disse que, pelas razões já invocadas o PS vota contra. ------Não havendo mais intervenções foi colocado à votação, tendo sido aprovada, com 17 votos a favor e 14 votos contra, a contratação de empréstimo para a aquisição de terreno para a instalação da Novas Oficinas Municipais e respectivos estaleiros.------Estando esgotada a ordem de trabalhos, o Senhor Presidente da Assembleia recor- dou o convite da RESIOESTE para uma visita ao aterro sanitário em data a decidir pela Assem- bleia Municipal. Posto isto foi acordado entre os diversos grupos que seria o Senhor Presidente da Assembleia estabelecer essa data, em dia em que o aterro sanitário estivesse a laborar nor- malmente. ------Relativamente à extensão das Actas da Assembleia Municipal deixou à consideração do plenário, para que seja discutido numa próxima sessão, considerar-se a possibilidade de ape- nas constar o resumo das intervenções. ------Também é necessário iniciar os trabalhos do novo Regimento. ------Estando esgotada a ordem de trabalhos, sendo 01h00 minutos do dia 30 de Abril de 2002, foi dado por encerrado o período da ordem do dia. ------Nos termos e para efeitos do disposto nos números 3 e 4 do artigo 92º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, os assuntos constantes da ordem de trabalhos da sessão ordinária da Assembleia municipal realizada em 29 de Abril de 2002, bem como o texto das deliberações tomadas nesta sessão foram, aprovados em minuta, por unanimidade. ------Nada mais havendo a tratar e estando esgotada a ordem de trabalhos e nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 28º do Regimento, deu-se início ao período de intervenção do Públi- co ------Não havendo intervenções do público, o Senhor Presidente da Assembleia Munici- pal, sendo 01h05 minutos do dia 30 de Abril de 2002 deu por encerrada a sessão. ------

O Presidente da Assembleia Municipal

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O funcionário responsável pela elaboração da acta

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