Junho 2010 • Mensal • € 1,50 Publicação Oficial Da
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PUBLICAÇÃO OFICIAL DA MARINHA • Nº 442 • ANO XXXIX JUNHO 2010 • MENSAL • € 1,50 Chegada a Lisboa a bordo do HMS “Carysford” Des. Menezes Ferreira Manuel Teixeira Gomes Um Portimonense Ilustre anuel Teixeira Gomes é provavelmente o mais ilustre portimo- nense da História. M Filho de um produtor de frutos secos, depois de passar pelo Seminário entra na Universidade de Coimbra onde frequenta a Faculda- de de Medicina, mas acaba por se envolver na vida boémia da cidade e depois em Lisboa. Dá-se com figuras ligadas à literatura da época e frequenta salões de arte, designadamente de pintura e escultura. Continuador do negócio do pai, viaja por toda a Europa e aproveita para aumentar a sua já vasta cultura e conhecer novos interlocutores. Entra na vida política activa quando é colocado em1911 como Embai- xador em Londres, e lá se mantém até ser demitido pelo Presidente Sidó- nio Paes em 1918. Voltará ainda à vida diplomática de 1919 a 1923 nas embaixadas de Madrid e Londres. Embarque na galeota D. José No entanto, mais importante que a sua carreira política é a sua obra literária de que se salienta o “Inventário de Junho” em 1899, o “Agosto Azul” em 1904, “Sabina Freire”, “Gente Singular” em 1909, a que se se- guem as “Novelas Eróticas”, “Maria Adelaide”, “Carnaval Literário” e “Londres Maravilhosa” entre outros livros e muitos artigos para jornais e revistas da época. Em Agosto de 1923 é eleito Presidente da República. A Inglaterra num gesto de grande cortesia para com o Embaixador põe o cruzador ligeiro “Carysford” à sua disposição, pelo que Manuel Teixeira Gomes desem- barca no Tejo em 3 de Outubro. A galeota D. José transporta-o até ao Arse- nal da Marinha. Toma posse a 5 de Outubro. No período da sua presidência, mais precisamente em 11 de Dezembro de 1924, Portimão sua terra natal é elevada a cidade. A época em que Manuel Teixeira Gomes presidiu ao país não foi fácil, a sociedade portuguesa encontrava-se profundamente dividida e em 11 de Dezembro de 1925, bastante desiludido, resigna do cargo e embarca a 17 de Dezembro para Oran, na Argélia. Em 1931 fixa-se em Bougie, onde vi- veu os seus últimos dez anos, aí falecendo em 18 de Outubro de 1941. A pedido da família os seus restos mortais voltaram à Pátria em 16 de Outubro de 1950 a bordo do contratorpedeiro “Dão”. A bordo da canhoneira Beira SUMÁRIO Publicação Oficial da Marinha Periodicidade mensal Nº 442 • Ano XXXIX Junho 2010 5 Dia da Marinha. Director Alocução do Almirante CEMA CALM EMQ Luís Augusto Roque Martins Chefe de Redacção CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira Redacção 1TEN TSN Ana Alexandra Gago de Brito Secretário de Redacção SAJ L Mário Jorge Almeida de Carvalho Colaboradores Permanentes 14 CFR Jorge Manuel Patrício Gorjão CFR FZ Luís Jorge R. Semedo de Matos Há cem anos Portugal assinou o contrato CFR SEG Abel Ivo de Melo e Sousa de aquisição do primeiro submersível 1TEN Dr. Rui M. Ramalho Ortigão Neves Administração, Redacção e Publicidade Revista da Armada Edifício das Instalações Centrais da Marinha Rua do Arsenal 1149-001 Lisboa - Portugal 18 Telef: 21 321 76 50 Fax: 21 347 36 24 Dia da Marinha 2010 Portimão Endereço da Marinha na Internet http://www.marinha.pt e-mail da Revista da Armada [email protected] Paginação electrónica e produção Macfinal, Lda. Rua Lalande, 17 - 7º Esq. Lisboa Tiragem média mensal: 6000 exemplares 24 Preço de venda avulso: 1,50 € Cabo da Boa Esperança Registada na DGI em 6/4/73 com o nº 44/23 MANUEL TEIXEIRA GOMES. UM PORTIMONENSE ILUSTRE 2 Depósito Legal nº 55737/92 PONTO DE APOIO NAVAL DE PORTIMÃO 4 ISSN 0870-9343 NAVIO-ESCOLA “SAGRES”. VOLTA AO MUNDO 2010 8 ACADEMIA DE MARINHA 11 DIA DO COMBATENTE 12 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA MARINHA • Nº 442 • ANO XXXIX JUNHO 2010 • MENSAL • € 1,50 A MARINHA DE D. SEBASTIÃO (9) 13 PRÉMIOS DA REVISTA DA ARMADA / CONDECORAÇÃO 18 VIGIA DA HISTÓRIA 22 / NRP “JOÃO COUTINHO”. 40 ANOS A SERVIR A MARINHA COM ORGULHO E DEDICAÇÃO 27 POR ESTE NOME SE CONHECEM (AS ALCUNHAS DOS NAVIOS) / COMANDANTE OLIVEIRA MONTEIRO 28 HISTÓRIAS DA BOTICA (75) 30 Fotos: 1SAR FZ Pereira I CONGRESSO NACIONAL DE SEGURANÇA E DEFESA REALIZA-SE Composição gráfica: EM LISBOA 31 2TEN TSN Rodrigues QUARTO DE FOLGA 33 ANUNCIANTES: JOGOS SANTA CASA; ROHDE & SCHWARZ, Lda. NOTÍCIAS PESSOAIS / CONVÍVIOS 34 NAVIOS DA REPÚBLICA CONTRACAPA REVISTA DA ARMADA • JUNHO 2010 3 Ponto de Apoio Naval de Portimão m Ponto de Apoio Naval (PAN) é Naval de Portimão são as mencionadas no Des- operações do Serviço de Combate à Poluição uma infra-estrutura de acesso reser- pacho do Almirante Chefe do Estado-Maior de âmbito regional, do Departamento Maríti- Uvado, dotada de recursos materiais e da Armada, n.º 44/00, de 12 de Setembro, fun- mo do Sul; humanos, destinada a apoiar directamente as cionando na dependência do Comando da • Assegurar o encaminhamento, processa- unidades navais durante os períodos em que Zona Marítima do Sul (CZMS) e para efeitos mento, cifra, distribuição e arquivo das men- estas se encontram com missão atribuída fora de apoio às suas competências, conforme se sagens originadas ou destinadas ao PAN da Base Naval de Lisboa. O despacho do Al- encontram definidas no Dec. Reg. 39/94, de Portimão e às unidades navais atribuídas em mirante Chefe do Estado-Maior da Armada, 1 de Setembro. controlo operacional ao CZMS, assim como ou- n.º 44/00, de 12 de Setembro, estabelece que De forma a rentabilizar as capacidades do tras unidades e órgãos apoiados pelo centro de são considerados PAN as instalações de Tróia Comando Naval e da Autoridade Marítima, comunicações de Faro; e de Portimão. numa perspectiva de uma Marinha de du- • Assegurar as radiocomunicações relativas Em Outubro de 1982 foi atribuído à Marinha plo uso, o PAN Portimão tem assumido uma ao funcionamento do PAN Portimão, operando um cais de 150 metros numa frente marítima crescente complementaridade de actividades, como Posto Radionaval, em operação local. de 300m, a que posteriormente vieram a ser as- nomeadamente: As capacidades de apoio do PAN Portimão sociadas duas parcelas de terreno, que foram • Dar apoio geral às unidades navais atribuí- têm vindo a ser reforçadas relativamente ao integradas no que viria a ser o Ponto de Apoio das em controlo operacional ao CZMS, durante disposto no despacho do Almirante CEMA Naval de Portimão que ficou com uma área fi- a sua permanência neste dispositivo; n.º 44/00, de 12 de Setembro, dispondo actu- nal de aproximadamente seis hectares. • Dar apoio geral a todas as unidades navais almente das seguintes capacidades: Inicialmente o projecto de edificação do nacionais ou estrangeiras, superiormente auto- • Cota de operação para navios (-8 mts PAN Portimão contemplava a ZH), após dragagem efectuada implantação do Comando da em 2008; Zona Marítima do Sul e, eventual- • Cais flutuante de acostagem mente, do Departamento Maríti- (20 mts de comprimento); mo do Sul (DMS) neste espaço, • Contentores para resíduos só- estando este último dependente lidos domésticos; da decisão final dos estudos de • Ecoponto; reestruturação, então empreendi- • Grua com lança giratória com dos, no âmbito da Direcção -Geral a capacidade de 610 Kg a 8 mts; dos Serviços de Fomento Maríti- • Internet, Intranet e correio mo (DGSFM). Em despacho de electrónico de Marinha; Fevereiro de 1982, o Almirante • 1 Terminal de SIFICAP; CEMA concordou que se proves- • Sistema de videovigilância sem em Portimão instalações para interno; o CZMS/Chefe de Departamen- • 2 Pontos de comunicações de to, situação que não se veio a con- cais do sistema In-Port; cretizar por condicionalismos vários, sobre- rizadas a demandar este cais, no cumprimento • Parque de óleos usados com porta bidões tudo de natureza financeira. Em 1996 numa das suas missões; manual (200 Lt.); perspectiva de promover uma utilização mais • Dar apoio geral a todas as unidades opera- • Parque de artes de pesca apreendidas. intensiva do PAN Portimão, voltou a ser equa- cionais, superiormente autorizadas (Fuzileiros, O PAN Portimão é utilizado regularmente cionada a possibilidade de transferir as ofici- Mergulhadores, Helicópteros, e outros), que no pelos navios da Marinha Portuguesa, sobretu- nas de Faro e eventualmente o próprio CZMS âmbito das suas missões o solicitem; do as Lanchas de Fiscalização Rápidas e Cor- para Portimão. • Prestar apoio geral a todas as unidades, vetas, mas também pela LDG “Bacamarte” e O PAN Portimão possui um conjunto de órgãos e serviços da Marinha, superiormen- pelos veleiros da Escola Naval. As instalações estruturas habitacionais, tendo para o efeito te autorizados, que no âmbito das suas mis- do PAN Portimão foram recentemente utiliza- sido aproveitados dois edifícios pré-fabricados sões (cientificas, técnicas, policiais e de apoio), das por Draga-minas Alemães e são utilizados transferidos da Unidade de Apoio à Admi- o solicitem; com alguma regularidade por navios patrulha nistração Central da Marinha. Tendo igual- • Prestar apoio geral aos outros ramos das da Marinha de Espanha. mente sido obtido algum apoio financeiro e Forças Armadas, às Forças de Segurança nacio- Como projectos futuros para este Ponto de fixada uma lotação, foi adquirido e instalado nais e aos organismos da Protecção Civil, que Apoio Naval apontam-se a eventual construção material de aquartelamento (cozinha, refeitó- no âmbito da colaboração com as missões da de uma rampa no topo montante do cais para rio, alojamentos, casas de banho, paiol, sala Marinha, solicitem o seu apoio (Exército, For- movimentação de embarcações (quer para efei- de estar, secretaria), central eléctrica, ilumina- ça Aérea, PSP, PJ, ASAE, GNR, SEF, SNBPC) e tos operacionais, quer para acções de manuten- ção externa, telefones e equipamento de fax.