Observação Das Dinâmicas Regionais
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OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO NOVEMBRO 2011 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE FICHA TÉCNICA Título Observação das Dinâmicas Regionais Políticas Públicas para os Territórios de Baixa Densidade Autoria e Edição Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo Direcção Editorial João de Deus Cordovil Presidente Coordenação Figueira Antunes Director de Serviços de Desenvolvimento Regional Coordenação Técnica Joaquim Fialho Chefe de Divisão de Prospectiva e Planeamento Regional Ordenamento Fátima Bacharel e Sistema Urbano Directora de Serviços de Ordenamento do Território Equipa Técnica Principal Divisão de Prospectiva e Planeamento Regional Outras Colaborações Divisão de Programas e Projectos InAlentejo Cartografia Colatino Simplício Data Novembro 2011 CCDR ALENTEJO 2 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO 4 2. NOTA METODOLÓGICA SOBRE AS DINÂMICAS REGIONAIS 5 3. DINÂMICA POPULACIONAL 7 4. HIERARQUIA FUNCIONAL DOS CENTROS URBANOS – SEDES DE CONCELHO 13 5. DINÂMICA ECONÓMICA E EMPREGO 16 5.1. GANHO MÉDIO MENSAL – TRABALHADORES POR CONTA DE OUTRÉM 16 5.2. INDICADOR DO PODER DE COMPRA 17 5.3. DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS 19 5.3.1. ANÁLISE DE PROJECTOS CO‐FINANCIADOS AO NÍVEL REGIONAL NO ÂMBITO DOS QUADROS COMUNITÁRIOS 19 5.3.2. PROJECTOS DE POTENCIAL INTERESSE NACIONAL (PIN) 22 5.4. EMPREGO DOMINANTE 23 6. DINÂMICA REGIONAL 25 6.1. DINÂMICA REGIONAL GLOBAL 25 6.2. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO 27 6.3. TIPIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES DE EXCLUSÃO SOCIAL E TENDÊNCIAS AO NÍVEL DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 28 7. TRANSFORMAÇÕES, TENDÊNCIAS E OPÇÕES ESTRATÉGICAS REGIONAIS 31 8. VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL 34 8.1. O ALENTEJO E O “ESPAÇO RURAL” 35 8.1.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA E POVOAMENTO 37 8.2. POLÍTICAS PÚBLICAS 40 8.2.1. DESENVOLVIMENTO RURAL E LOCAL ‐ INSTRUMENTOS DE POLÍTICA PÚBLICA COM MAIOR IMPACTE REGIONAL 40 8.2.2. PERSPECTIVAS QUANTO AO FUTURO DA POLÍTICA DE COESÃO E DE DESENVOLVIMENTO RURAL 42 8.2.3. POLÍTICAS PÚBLICAS DE VALORIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA DO ESPAÇO RURAL LINHAS DE ORIENTAÇÃO ADEQUADAS AO CONTEXTO DO ALENTEJO 47 8.2.4. BOAS PRÁTICAS NOUTROS PAÍSES – ALGUNS EXEMPLOS 51 ANEXOS CCDR ALENTEJO 3 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 1. ENQUADRAMENTO O presente trabalho de observação das dinâmicas regionais pretende aprofundar o diagnóstico regional, com visão estratégica e prospectiva, destacando as principais linhas de orientação e reforçando a colaboração com os sectores mais dinâmicos do Alentejo, com um olhar atento e proactivo sobre a região. Trata‐se de uma reflexão e interacção institucional sobre as dinâmicas de desenvolvimento económico, social e territorial, procurando conhecer melhor as principais transformações em curso na região e a eventual existência de trajectórias de desenvolvimento diferenciadas ao nível sub‐regional. A estrutura do relatório inclui uma primeira parte, de análise das dinâmicas regionais, relativamente aos grandes domínios populacional, territorial, económico e de investimentos e uma segunda parte referente ao tema em destaque – valorização socioeconómica do espaço rural ‐ e à apresentação de contributos para a concepção de instrumentos de políticas públicas. Envolvendo os actores regionais relevantes, realizámos diversas reuniões de trabalho sobre desenvolvimento rural, serviços de apoio social e dinamização socioeconómica do espaço rural. Atendendo ao tema em destaque neste relatório, a metodologia de trabalho incluiu também a colaboração de especialistas externos à CCDR, com conhecimentos próximos do terreno e experiência em iniciativas de dinamização dos territórios de baixa densidade. Este relatório lançará as bases para uma reflexão mais aprofundada sobre a futura aplicação das políticas públicas no Alentejo, nomeadamente na articulação entre a Política de Coesão e a Política Agrícola Comum (PAC). Os resultados serão úteis como contributo para a preparação dos novos instrumentos de apoio com incidência regional, nos domínios da política de coesão e de desenvolvimento rural, após 2013, tendo presente a reflexão que está em curso a nível europeu sobre a alteração da PAC e da política de coesão e respectivos instrumentos de apoio comunitário no próximo período de programação (2014‐2020). Além deste documento intercalar, até finais do corrente ano será divulgado um relatório final, melhorado de acordo com a evolução e clarificação das propostas europeias e enriquecido com os contributos suscitados pela leitura da actual versão. Uma observação final sobre o âmbito territorial deste trabalho para referir que incide com particular enfoque nas quatro sub‐regiões Alto Alentejo, Alentejo Central, Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e não abrange a NUTIII Lezíria do Tejo. Assim, o relatório analisa a Região Alentejo com a configuração correspondente aos instrumentos de planeamento territorial, nomeadamente o PROT Alentejo. A Lezíria do Tejo integra a NUT II do Alentejo para efeitos estatísticos. No entanto, o conjunto de 11 concelhos que corresponde à Lezíria do Tejo (a maior parte sujeita a forte influência da Área Metropolitana de Lisboa) apresenta um perfil socioeconómico distinto das outras NUTIII que integram a NUT Alentejo, como se ilustra em ponto específico do relatório através de uma breve abordagem sobre a evolução populacional nos dois últimos períodos censitários. CCDR ALENTEJO 4 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 2. NOTA METODOLÓGICA SOBRE AS DINÂMICAS REGIONAIS Na abordagem das dinâmicas regionais, baseamo‐nos no trabalho do DPP “Dinâmicas Regionais em Portugal – Demografia e Investimentos”1 e procedemos a algumas adaptações e opções de ordem metodológica e de escolha das variáveis. A partir dos rankings calculados pelo DPP para o território nacional, atribuímos a posição 1 ao primeiro concelho do Alentejo que surge na referida lista nacional e assim sucessivamente até à posição 47. Assim, optamos por avaliar as dinâmicas populacional, territorial, económica, dos investimentos e global, recorrendo às fontes de informação estatística, ao referido trabalho do DPP e à Hierarquia dos Centros Urbanos (Índice de Centralidade)2 de acordo com o esquema metodológico que apresentamos de seguida. DINÂMICAS E INDICADORES DINÂMICA POPULACIONAL (*) Variação da População entre 2001 e 2011 Densidade Populacional em 2011 HIERARQUIA DE CENTROS URBANOS Índice de Centralidade, 2004 DINÂMICA REGIONAL GLOBAL DINÂMICA ECONÓMICA Ganho médio mensal, 2008 Indicador percapita do Poder de Compra, 2007 DINÂMICA DOS INVESTIMENTOS Investimentos aprovados no Eixo 1 do InAlentejo Investimentos empresariais aprovados nos QCA II e QCA III (*) Análise a partir dos Resultados Preliminares dos CENSOS 2011. 1 “Dinâmicas Regionais em Portugal – Demografia e Investimentos”, Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP), 2003. 2 “Sistema Urbano: Áreas de Influência e Marginalidade Funcional – Região do Alentejo”, INE, 2004 CCDR ALENTEJO 5 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE Todos os rankings calculados para os vários indicadores variam entre 1 e 47, com ordenação decrescente, em que a posição 1 corresponde ao concelho com os valores mais elevados em cada uma das variáveis, considerando que nas seleccionadas as situações mais favoráveis correspondem aos valores superiores. Para obtermos os rankings globais de cada indicador de dinâmica regional procedemos à soma das posições das variáveis‐base que os constituem. Os resultados dessa soma foram reordenados por ordem ascendente, correspondendo a posição 1 ao concelho com o valor mais baixo resultante da soma das várias posições e assim sucessivamente. No mapeamento dos vários indicadores de dinâmica regional e no indicador global foram definidos limiares de classificação do nível de dinâmica regional, nos seguintes termos: Dinâmica alta Concelhos entre as posições 1 e 15 Dinâmica média Concelhos entre as posições 16 e 31 Dinâmica baixa Concelhos entre as posições 32 e 47 CCDR ALENTEJO 6 OBSERVAÇÃO DAS DINÂMICAS REGIONAIS – POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS TERRITÓRIOS DE BAIXA DENSIDADE 3. DINÂMICA POPULACIONAL Para avaliar a dinâmica populacional consideramos variáveis relacionadas com a variação da população, entre os Censos de 2001 e 2011, complementada com a densidade populacional em 2011. Se fizermos a decomposição do crescimento efectivo da população, constatamos a grande dominância do comportamento negativo, confirmado pelos dados preliminares dos Censos 2011 já publicados. Alterações na estrutura das actividades económicas originaram alterações demográficas nos efectivos populacionais e na distribuição da população no território. A diminuição da actividade agrícola, no passado muito exigente em mão‐de‐obra, foi um factor importante nesta alteração da estrutura de povoamento, transferindo a população dos aglomerados mais pequenos para os centros urbanos regionais de maior dimensão, quase sempre correspondentes às sedes de concelho, ou para o exterior da região, processo que se relaciona também com o crescimento do sector terciário (serviços públicos e privados) mais polarizados nas sedes de concelho. Analisando a distribuição da população pelo território, constatamos que mais de metade residia, em 2001, em lugares