A Ascensão De Alain Platel “Pitié!” Em Lisboa E Porto Mccartney Está À Espera De Uma Chamada Dos MGMT
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Sexta-feira 3 Julho 2009 www.ipsilon.pt David Adjaye Tortoise Konono nº 1 Ursula Meier Gao Xingjian A ascensão de Alain Platel “pitié!” em Lisboa e Porto McCartney está à espera de uma chamada dos MGMT “O Sangue” (1989) e “Ne Change Rien” (2009): o primeiro e o último filme de Pedro Costa vão estar em marcha no Outono Pedro Costa “Pitchfork”. Depois de terem passado dois em marcha meses numa cabana perto de Woodstock, os MGMT Vamos continuar a ouvir falar de continuam exilados em Malibu, Pedro Costa nos próximos meses: Califórnia – onde é suposto “Ne Change Rien”, o documentário estarem a trabalhar no novo sobre Jeanne Balibar que o cineasta “Congratulations”, com saída português mostrou pela primeira prevista para Janeiro –, e ainda vez em Cannes, foi seleccionado não reagiram à palmadinha nas para mais de 20 festivais, tem mais costas. Têm um álbum para uma antestreia, em Berlim, na Haus fazer e já começaram a mostrar der Kulturen der Welt (depois de, algumas das coisas que será há uma semana, ter tido outra na possível encontrar no sucessor Filmoteca Espanhola, em Madrid) e de “Oracular Spectacular” (foi já assegurou a exibição comercial uma vez sem exemplo, numa Flash em sete países (EUA, França, actuação “excepcional” em Espanha, Japão, Áustria, Suíça, Memphis, e os vídeos de “It’s Argentina). Em Portugal, chega às working”, “Congratulations” e salas no dia 5 de Novembro. Antes “Song for Dan Tracey” já estão disso, outro acontecimento Pedro no YouTube). Definitivamente, Costa: a 10 de Setembro, a Midas não vai haver um “Oracular lança uma “grande monografia” Spectacular” parte dois: “Não sobre o realizador, “Cem Mil sentimos realmente pressão Cigarros: Os Filmes de Pedro porque sabemos que não vamos Costa”, com coordenação editorial refazer canções como ‘Kids’ ou de Ricardo Matos Cabo e edição da ‘Time to pretend’. A nossa Tinta da China. São mais de 300 música está mais estranha. páginas com textos de 28 críticos, Criamos as canções que estão Sumário ensaístas, cineastas e artistas na nossa cabeça e as pessoas portugueses e estrangeiros, entre os reagirão como quiserem. Alain Platel 4 quais Thom Andersen, Philippe Gostávamos que reagissem “pitié!”, o novo acto de fé do Azoury, Rui Chafes, João Bénard da bem, mas não é uma questão de coreógrafo belga Costa, Chris Fujiwara, António vida ou morte”, disse Andrew Guerreiro, João Miguel Fernandes Vanwyngarden ao “Memphis Festival de Almada 10 Jorge, Marc Peranson, Jacques Flyer”. Rancière e Jeff Wall. O lançamento Luc Bondy, Silva Melo vai ser festejado com dois bónus: a e André Murraças em edição em DVD do primeiro filme Tarantino quer destaque na primeira do realizador, “O Sangue” (20 anos fazer um “Inglorious semana depois da estreia no Festival de Veneza), e a reedição de “Onde Jaz Basterds II” o Teu Sorriso?”, documentário de Ursula Meier 14 2001 sobre o casal de cineastas Ninguém – nem mesmo o produtor A realizadora atropela o Danièle Huillet e Jean-Marie Straub. que tem estado com Quentin refúgio de Isabelle Huppert e Tarantino na alegria e na tristeza, família em “Lar Doce Lar” Harvey Weinstein – põe a mão no Paul McCartney fogo por um “Inglorious Basterds” tem um “flirt” parte dois, mas todos gostavam Curtas Vila de Conde 18 muito que acontecesse. “O Brad O festival mostra como o com os MGMT [Pitt] quer fazer o ‘Inglorious II’. cinema imaginou o futuro Todos queremos, e o filme ainda A um mês de lhes ser nem sequer saiu”, disse Weinstein à David Adjaye 22 pessoalmente apresentado – vão “GQ”. Aparentemente, Tarantino Entrevista com o arquitecto fazer a primeira parte dos tem planos para uma prequela do concertos do ex-Beatle em seu último filme, mostrado em escolhido para desenhar o Boston, a 5 e 6 de Agosto –, Paul Cannes há mês e meio – e até para Centro Cultural Africa.Cont, McCartney já só tem coisas muito mais do que isso. Segundo FRANCOIS GUILLOT/ AFP FRANCOIS GUILLOT/ em Lisboa boas a dizer dos MGMT. Weinstein, Tarantino tem “Gosto deles. material suficiente para Agradava-me uma série televisiva Ficha Técnica trabalhar com eles tipo “Band of em materiais mais Brothers”: Director José Manuel Fernandes virados para a “Podíamos fazer Editor Vasco Câmara, dança, mas isso dois filmes, três Joana Gorjão Henriques (adjunta) tem de acontecer filmes. Eu queria os Conselho editorial Isabel organicamente. filmes, mas o Coutinho, Inês Nadais, Precisamos de falar Quentin queria fazer a Óscar Faria, Cristina Fernandes, sobre isso, mas não série e o Bob Vítor Belanciano tenho o número deles. [Weinstein] também, por Design Mark Porter, Simon Se eles me ligassem, Tarantino isso eram dois contra um. Esterson, Kuchar Swara perguntava-lhes onde é que Pensei: ‘Ok, esquece, não quero ser Directora de arte Sónia Matos arranjaram o meu número, mas um derrotado, vou mudar de Designers Ana Carvalho, falava com eles”, disse ao facção.’ Logo a seguir, o Quentin Carla Noronha, Mariana Soares “blogger” britânico Zoe Griffin. transforma a coisa num filme. Editor de fotografia Podiam aproveitar para tratar Enfim”. A viabilidade da prequela Johnny Depp na sua sétima aventura com Tim Burton: o chapeleiro Miguel Madeira do assunto em Boston, nos depende sobretudo da performance ruivo de “Alice no País das Maravilhas” é personagem para juntar E-mail: [email protected] bastidores do concerto, sugere a de “Inglorious Basterds”, que chega à galeria em que estão Eduardo Mãos-de-Tesoura e Willy Wonla 2 • Sexta-feira 3 Julho 2009 • Ípsilon às salas a 21 de Agosto – depois da da cultura popular do século XX e reacção ambígua da crítica, só há dois ou três anos é que Tim Burton já está também não há ninguém que descobrimos quem a fez”, apontou ponha a mão no fogo pela o comissário. no País das Maravilhas bilheteira. Pixies vão fazer Já ouvimos os ponteiros do espécie de viagem no Os anos 60 saem do digressão 100 por relógio em contagem tempo. Reencontramos armário na National cento “Doolittle” decrescente para a estreia Alice dez anos mais velha e Portrait Gallery do próximo Tim Burton – de casamento marcado, É o melhor álbum da vida deles – mas não estamos atrasados, numa festa da aristocracia podemos discutir isto, mas lá fora – ao contrário do Coelho vitoriana, e saímos com ela e faz 20 anos em 2009. Está Branco (pagávamos para ver pela porta das traseiras, explicada a digressão 100 por cento “Doolittle” que vai trazer os Pixies à a transfiguração de Michael atrás de um coelho branco, Europa (para já, há concertos Sheen, até porque nunca direcção País das confirmados em Dublin, Glasgow, subestimámos o potencial Maravilhas. Esta é a parte Londres, Frankfurt, Amesterdão, daquela dentição, mas essas para crianças, mas também Bruxelas e Paris, mas esperamos imagens ainda não foram há a parte para adultos: é que a lista ainda não esteja fechada) a partir de 1 de Outubro. O desclassificadas). O muito uma história perversa (o alinhamento dos concertos vai aguardado “remake” do tipo de história “para incluir, uma por uma, todas as 15 clássico de Lewis Carroll, adultos que querem canções do disco editado em 1989 – “Alice no País das recordar como foi a a saber, para quem tem uma Maravilhas”, vai para as primeira ‘trip’ de ácidos, memória mesmo muito fraca ou, Os Beatles em 1964 pior, ainda não fosse nascido, salas no dia 5 de Março de como algum “insider” já Os Beatles e os Stones, mas também “Debaser”, “Tame”, “Wave of 2010 e a Disney começou a escreveu). É a Alice como os Shadows, Sandie Shaw, Cila mutilation”, “I bleed”, “Here comes mandar convites no final da nunca a vimos, garante Tim Black, Marianne Faithfull e um your man”, “Dead”, “Monkey gone semana passada. São ainda Burton: “Os filmes nunca desconhecido chamado David to heaven”, “Mr. Grieves”, “Crackity mais vistosos do que conseguiram ir além da Bowie. A partir de 15 de Outubro, a Jones”, “La la love you”, “No. 13 National Portrait Gallery mostra 150 baby”, “There goes my gun”, poderíamos imaginar: o encenação de uma série de imagens inéditas, ou pelo menos “Hey”, “Silver” e “Gouge away” –, mínimo que se pode dizer é acontecimentos estranhos. muito pouco vistas, que além dos lados B associados. que, a julgar pelo cuidado A Alice limita-se a vaguear documentam a paisagem musical Entretanto, os rumores acerca de posto na concepção visual por ali no meio de umas britânica dos anos 60. “Beatles to um possível novo álbum da banda do filme, o realizador está personagens bizarras, Bowie: The 60s Exposed” mostra continuam a alimentar páginas e “como a música mudou o mundo. páginas da Internet na sequência da nas suas sete quintas. como se não passasse de Do final da década de 50 até ao final entrevista que Black Francis deu ao Johnny Depp (Chapeleiro) uma observadora. Mas o da década de 60, as mudanças “NME” no último fim-de-semana: está ruivo, Anne Hathaway livro é um clássico e a sociais e políticas foram de uma “Precisamos de trabalhar com um (Rainha Branca) tem cabelos iconografia é tão surreal importância fantástica – e no centro realizador. O Quentin Tarantino, ou brancos, Helena Bonham- que isto só pode ser um dessas mudanças estiveram alguém do género, podia pedir-nos imagens e canções que alteraram as para fazer a banda sonora de um Carter (Rainha de Copas) grande desafio. Estas expectativas, as oportunidades e as filme. Espalhem a notícia, acho que mete medo, pelo menos do histórias são como drogas possibilidades”, explicou o director esta ideia podia resultar”, disse o pescoço para cima, e Matt para crianças”, disse ao da galeria, Sandy Nairne. vocalista da banda, que não exclui a Lucas (que Tim Burton “The Guardian” há um ano.