O Ecomuseu De Sepetiba: Construção E Gestão Da Memória Local
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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROF. JOSÉ DE SOUZA HERDY PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO ESCOLA DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HUMANIDADES, CULTURAS E ARTES O ECOMUSEU DE SEPETIBA: CONSTRUÇÃO E GESTÃO DA MEMÓRIA LOCAL. O DESPERTAR DA COMUNIDADE? BIANCA DE MOURA WILD DUQUE DE CAXIAS, OUTUBRO DE 2018 BIANCA DE MOURA WILD O Ecomuseu de Sepetiba: Construção e gestão da memória local. O Despertar da comunidade? Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós- Graduação em Humanidades, Culturas e Artes da Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre, sob orientação da Profª. Drª. Angela Maria Roberti Martins. DUQUE DE CAXIAS, OUTUBRO DE 2018 CATALOGAÇÃO NA FONTE/BIBLIOTECA - UNIGRANRIO W668e Wild, Bianca de Moura. O Ecomuseu de Sepetiba: construção e gestão da memória local. O despertar da comunidade? / Bianca de Moura Wild.- Duque de Caxias, 2018. 241 f.: il.; 30 cm. Dissertação (mestrado em Humanidades, Culturas e Artes) – Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”, Escola de Educação, Ciências, Letras, Artes e Humanidades, 2018. “Orientadora: Profa. Dra. Angela Maria Roberti Martins”. Referências: f. 229-240. 1. 1. Educação. 2. Ecomuseu de Sepetiba - Rio de Janeiro (RJ). 3. Museus - 2. Aspectos sociais. 4. Museologia. 5. Memória. 6. Comunidade. 7. Resistência. 3. I. Martins, Angela Maria Roberti. II. Universidade do Grande Rio “Prof. José de 4. Souza Herdy”. III. Título. CDD – 370 BANCA DE MOURA WILD O Ecomuseu de Sepetiba: Construção e gestão da memória local. O Despertar da comunidade? Aprovada em _______________________________ Banca Examinadora: Prof.ª Dr.ª Andréa Cristina de Barros Queiróz – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) __________________________________________ Prof.ª Dr.ª Cleonice Pugean – Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) __________________________________________ Prof.ª Dr.ª Jacqueline de Cássia Pinheiro Lima – Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) __________________________________________ Prof.ª Dr.ª Angela Maria Roberti Martins – Orientadora - Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO) __________________________________________ DUQUE DE CAXIAS, OUTUBRO DE 2018 Dedico esta pesquisa, que é a concretização de um sonho, resultado de uma luta, fruto de um ideal à memória de minha mãe, Loreni de Moura Wild, a maior responsável pelo meu engajamento não só nas causas sociais como na academia, pois mesmo em meio a todas as adversidades impostas a nós foi minha maior incentivadora na vida. Ao meu irmão, Maxim Richard Wild, meu porto seguro, meu amigo de todas as horas, um exemplo de ser humano que tive o privilégio de compartilhar a criação, sempre ao meu lado, sempre me apoiando. Ao meu filho, Francisco Wild Rodrigues, minha maior realização, meu sonho, que de dentro do meu ventre me fortaleceu, me inspirou e motivou, o amor da minha vida. E, por fim, dedico este trabalho a todos e todas que lutaram e lutam pelo reconhecimento e valorização de seus territórios, que buscam revigorar a autoestima de populações preteridas e segregadas, em especial, aos guerreiros de Sepetiba. AGRADECIMENTOS A gratidão é a memória do coração. Em primeiro lugar, agradeço ao Criador do universo, Deus, por ter permitido que pessoas tão especiais façam parte de minha vida. Não posso deixar de agradecer a minha orientadora, Professora Doutora Angela Maria Roberti Martins, por toda a paciência, empenho e sentido prático com que sempre me orientou neste trabalho, por ter me corrigido quando necessário sem nunca me desmotivar, por toda empatia, solicitude e sororidade. Preciso agradecer imensamente ao amigo Silvan Rocha Guedes, companheiro de empreitada neste projeto de vida, neste ideal que é o Ecomuseu de Sepetiba, por sempre me incentivar, cobrir minhas ausências, “comprar” minhas ideias e ajudar a concretizá- las, por compartilhar seus conhecimentos por este território que tanto amamos, por me mostrar meus vícios e virtudes e ser um amigo para todas as horas. Agradecimentos nunca serão suficientes para o professor mestre Sinvaldo do Nascimento Souza, sempre solícito, motivador, um dos maiores pesquisadores da região neste trabalho apresentada, sempre disposto a compartilhar conhecimentos, sempre enaltecendo e divulgando a chamada por nós de Zona Oeste Segregada, um verdadeiro educador. Em memória da queridíssima Odalice Priosti, que infelizmente não está mais entre nós, agradeço por todos os conselhos, estímulo, orientação, motivação e por ter sido uma inspiração em minha vida. Agradeço imensamente ao estimado “Seu” Salviano, que desde o início deste sonho chamado por nós de Museu, esteve presente, oferecendo ajuda, suporte, orientação, afeto e memórias. Nosso grande amigo e exemplo, um guerreiro, um bravo defensor da chamada, por ele mesmo, de baía dos milagres. Devo minha gratidão e reconhecimento, ao valioso “Seu” Durval, um caiçara, como gosta de ser chamado, portador de imensa sabedoria e de grande amor por este território, com quem muito aprendi, e que sempre esteve disposto a ajudar, transmitir seus conhecimentos, saberes e fazeres a todos e todas que o procuram, um narrador. Agradeço a todos e todas que já contribuíram no desenvolvimento dos trabalhos do Ecomuseu de Sepetiba, embarcando em meus devaneios e compartilhando a luta, Glauco Vital, Ventolídio José de Almeida Neto, Cláudia Policarpo, Rosemere Figueiredo, Valmir Filho, André Gaio, Telma Lopes, Maria do Carmo Matos, o já falecido Paulo Melo, minha querida ex aluna Rebeca Lamberti, Márcio Sampaio Martinho, Patrick Luiz, Marcelo Ciro, Paula Oliveira, Sílvia Bento, Julio Roitberg, Laércio Martins, Simone Marques, Nathalia Marques, Danilo Gomes, Yuri Borba, Camila Alves e tantos outros que não caberiam aqui. Muitos agradecimentos e reconhecimento por todo empenho e dedicação a esta “causa” que é o Ecomuseu de Sepetiba a Aline Barcellos, que no momento em que foi necessária sua dedicação e esforço neste projeto coletivo, deu o seu melhor e continua se dedicando intensamente. Agradeço a Luciene Rocha, por toda dedicação e compromisso, a Fernando Ohana por todo incentivo e motivação. Gratidão ao amigo Bruno Cruz de Almeida, por ter feito parte disso, por ser um parceiro em reflexões e projetos e por todas as conjecturas e divagações que compartilhamos. Agradecimentos as queridas Andréa Queiroz e Cleonice Puggian, pelas valiosas dicas e correções. Reconhecimento e gratidão aos responsáveis pela comunicação social e segurança da ALA 12, Base aérea de Santa Cruz. Agradecimentos ao arqueólogo Cláudio Prado de Melo, por ter nos atendido mesmo não conhecendo Sepetiba, veio até nosso bairro e avaliou nossos sambaquis e ruínas a nosso pedido prontamente. Minha gratidão a Gutemberg Castro, responsável pelo convite e pela vinda do arqueólogo Cláudio Padro de Melo a Sepetiba. E finalmente agradeço ao meu companheiro Ricardo da Silva Rodrigues, por há alguns anos ter se tornado meu amigo e ser um exemplo para mim no que consiste em solidariedade, trabalho voluntário e em equipe, por sempre estar contribuindo neste projeto que tanto significa para mim, por construir comigo, uma relação de amor e cumplicidade e por concretizarmos o nosso maior sonho, nosso filho. RESUMO Esta dissertação consiste em uma análise do processo de construção e gestão da memória por uma comunidade, percurso de relevo que se desenrolou a partir da criação e do estabelecimento de um Ecomuseu comunitário. Integra o seu escopo, a necessidade de compreender a relação entre memória e lugar, os desdobramentos que se constroem a partir das narrativas e das memórias individuais e coletivas acerca do território, ensejando uma reflexão entre memória, identidade e pertencimento no que tange ao processo de recuperação da autoestima dos moradores locais por meio de um trabalho de educação patrimonial e conscientização ambiental realizado pelo Ecomuseu de Sepetiba, ora em análise. Confere centralidade a uma nova museologia que está de acordo com a realidade e as necessidades das populações envolvidas em processos museológicos, valorizando os saberes e fazeres tradicionais, bem como viabilizando a apropriação coletiva e o empoderamento das comunidades. Contempla, ainda, as iniciativas endógenas à comunidade, como elementos impulsionadores de uma potência criativa que desencadeia a vontade de saber sobre a história local por parte de um número considerável de pessoas. Através de entrevistas foi possível interpelar sujeitos e estabelecer diálogo com as narrativas e as memórias, promovendo uma reflexão sobre o testemunho dos moradores, na busca de compreender o despertar do desejo de preservar, o qual reinventa o museu e o (re)apresenta de forma que as comunidades não permitam que seus patrimônios lhes sejam usurpados e levados para longe de seu contexto. Apoia- se na interdisciplinaridade como princípio mediador, à medida que se vale da aproximação entre História e Memória para investigar como a comunidade pode ser responsável pelo inventariamento dos patrimônios existentes em seu território, o que permitiu tomar a memória como potência e resistência, capaz de dar vida a um museu que liberta e que se constrói coletivamente, a partir da comunidade e para a comunidade. Palavras-chave: Ecomuseu de Sepetiba; Comunidade; Memória; Museologia da Libertação; Resistência. ABSTRACT This dissertation consists of an analysis of the process of construction and management of memory by a community, an important course that took place after the creation and establishment of a community Ecomuseum. It