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ESTADO DO SECRETARIA DA SAÚDE

RESOLUÇÃO Nº 562/17 - CIB/RS

A Comissão Intergestores Bipartite/RS , no uso de suas atribuições legais, e considerando:

o Decreto Federal nº 7.508, 28/06/2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde – SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa; a Portaria GM/MS nº 2.048, de 05/11/2002, que institui o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência; a Portaria de Consolidação GM/MS nº 01, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde; a Portaria de Consolidação GM/MS nº 03, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde; a Portaria de Consolidação GM/MS nº 05, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde; a Portaria de Consolidação GM/MS nº 06, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde; a Deliberação nº 33/2017 - CIR Jacuí Centro, 8ª CRS, de 05/12/2017; a Deliberação nº 31/2017 - CIR Vale do , 13ª CRS, de 05/12/2017; as Deliberaçôes CIR 29 – Vales e Montanhas nº 018/2017 e CIR 30 – Vale da Luz nº 009/2017, 16ª CRS, de 05/12/2017; o parecer técnico favorável ao PAR da Macrorregião Vale, emitido pela Coordenação Estadual de Urgências e Emergências/DRE/SES/RS; a pactuação realizada na Reunião CIB/RS, de 08/12/2017.

RESOLVE:

Art. 1º – Aprovar o Plano de Ação Regional (PAR) de Urgência e Emergência da Macrorregião Vales, composta pela 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS, em conformidade com as Deliberações CIR e as Portarias Federais vigentes.

Art. 2º - O PAR e esta Resolução serão encaminhados à Coordenação Geral de Urgências e Emergências/CGUE/SAS/MS para análise, aprovação e demais providências.

Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor a partir da data de sua publicação.

Porto Alegre, 11 de dezembro de 2017.

JOÃO GABBARDO DOS REIS Presidente da Comissão Intergestores Bipartite/RS 1

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE

PLANO DE AÇÃO MACRORREGIONAL

REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Macrorregião Vales

8ª Coordenadoria Regional da Saúde (RS 27)

13ª Coordenadoria Regional da Saúde (RS 28)

16ª Coordenadoria Regional da Saúde (RS 29 e RS 30)

Versão 1.0.01 – 05.12.2017

Dezembro de 2017 2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...... 05 1.1 Objetivos do Plano de Ação Macrorregional da RUE ...... 06 1.1.1 Objetivo geral ...... 06 1.1.2 Objetivos específicos ...... 06 2 ANÁLISE SITUACIONAL: CARACTERIZAÇÃO DAS REGIÕES DE SAÚDE ...... 07 2.1 Eixos viários ...... 16 3 REDE REGIONAL DE ATENÇÃO ÁS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS (RUE) ...... 16 3.1 Princípios ...... 16 4 COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ...... 17 4.1 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) - Estado e Macrorregião Vales ...... 17 4.1.1 Financiamento SAMU ...... 18 4.1.2 Serviço de atendimento Móvel de urgência (SAMU 192) ...... 18 4.2 Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h) ...... 26 4.3 Porta de Entrada ...... 29 4.4 Componente Hospitalar ...... 33 4.4.1 Leitos Clínicos de Retaguarda à RUE ...... 33 4.4.2 Leitos de UTI …...... 34 3

4.4.3 Leitos de Cuidados Prolongados ...... 36 4.5. Leitos de Cuidados Prioritários à RUE ...... 37 4.5.1 Linha Cerebrovascular ...... 37 4.5.2 Linha Cardiovascular ...... 38 4.5.3 Linha do Trauma ...... 38 4.6 Atenção Domiciliar (AD) ...... 39 4.7 Síntese de propostas de serviços …...... 41 4.7.1 Proposta Atenção Básica e Vigilância em Saúde ...... 44 4.8 Outras propostas (metas macrorregionais) ...... 45 5 COMITÊ REGIONAL DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ...... 46 5.1 Monitoramento e avaliação das ações ...... 46 6 FLUXOS E DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS ...... 47 7 DESASTRES E ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS ...... 48 7.1 Integração de agentes regionais ...... 48 8 QUALIFICAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E MERGÊNCIAS ...... 49 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 51 REFERÊNCIAS ...... 53 ANEXOS ANEXO I - RESOLUÇÕES 4

Elaboração e informações:

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Elaborado por:

Alvaro Gustavo Wagner Junqueira – Setor de Planejamento – 16ª CRS Anderson Alberto Gonçalves Alves– Setor de Planejamento – 8ª CRS Juliana Sartori - Setor de Ações em Saúde – 8ª CRS Margit Elena Theisen – Setor de Planejamento – 13ª CRS Maristela Cristine Dresch Neumann - Setor de Ações em Saúde– 16ª CRS Marta Inês Pavanatto de Freitas - Setor de Ações em Saúde e Vigilância em Saúde – 8ª CRS Mireila Oliveira Vieira - Setor de Ações em Saúde – 8ª CRS Mônica Porto Pandolfo – Setor de Planejamento – 8ª CRS Sérgio Luiz Comassetto Hernandez – Setor de Planejamento – 8ª CRS

8ª Coordenadoria Regional da Saúde Cristina de Lima Muratt - Coordenadora Regional da Saúde Rua , 725 (RS) CEP: 96.508-001 Telefones: (51) 3722-2255

13ª Coordenadoria Regional da Saúde Mariluci Inocência Reis - Coordenadora Regional da Saúde Rua Júlio de Castilhos, 36 (RS) CEP: 96.810-010 Telefones: (51) 3713-1011

16ª Coordenadoria Regional da Saúde Ramon Tiago Zuchetti - Coordenador Regional da Saúde Sérgio Luiz Schmidt – Coordenador Regional Adjunto Rua Saldanha Marinho, 428, Bairro Centro Lajeado (RS) CEP: 95.900-020 Telefones: (51) 3714-1470 5

1. INTRODUÇÃO

O Plano de Ação para a Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) da Macrorregião dos Vales, composta por municípios cujas sedes são os municípios de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado, está baseado nas Portarias a seguir: Portaria de Consolidação GM/MS nº 1, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organização e o funcionamento do Sistema Único de Saúde; Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde; Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde; Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, que reformulam e disciplinam a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências e a implementação da RUE.

A Atenção às Urgências e Emergências consiste uma rede composta por diferentes serviços, pelos três níveis de gestão, com regulação pública e controle social. O atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado de forma integral, hierarquizado e regulado com serviços organizados segundo as necessidades dos usuários. Integra as unidades de Pronto Atendimento e as Salas de Observação, a Atenção Primária à Saúde, até os Leitos de Retaguarda nos 6

Hospitais, permeados pela organização do SAMU 192, Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h).

O aumento do número de acidentes e da violência urbana, associado ao aumento da expectativa de vida no estado e ao consequente aumento das doenças crônicas e de seus agravos, bem como as doenças infecciosas não imunopreviníveis, associada a uma insuficiente estruturação da rede assistencial, tem contribuído para a sobrecarga dos serviços de urgência e emergência disponíveis para o atendimento da população.

Atualmente são 05 (cinco) as Centrais de Regulação de Urgências, implantadas no Rio Grande do Sul, (Central Estadual, Central Municipal de , e as Centrais Regionais de Bagé, de e de ).

Experiências têm demonstrado que a organização das Redes de Atenção à Saúde, tendo a Atenção Primária em Saúde como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, se apresenta como um mecanismo de superação da fragmentação sistêmica; é mais eficaz tanto em termos de organização interna (alocação de recursos, coordenação clínica, etc.), quanto em sua capacidade de fazer face aos atuais desafios do cenário socioeconômico, demográfico, epidemiológico e sanitário.

1.1 Objetivos do Plano de Ação Macrorregional da RUE

1.1.1 Objetivo geral

 Qualificar a Rede de Atenção às Urgências e Emergências nos municípios da Macrorregional dos Vales - 8ª, 13ª e 16ª Coordenadorias Regionais de Saúde.

1.1.2 Objetivos específicos

 Estruturar a Rede de Atenção às Urgências e Emergências na Macrorregião Vales, que concentram 04 Regiões de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

 Ampliar a Rede de Atenção às Urgências e Emergências na Macrorregião Vales. 7

 Integrar as ações e os serviços de saúde nos municípios e nas Regiões de Saúde.

 Proporcionar atendimento ágil e resolutivo nas situações de urgências e emergências, com garantia de acesso e continuidade de tratamento.

 Implantar referências macrorregionais e regionais para os serviços de suporte indispensáveis na Rede de Atenção às Urgências e Emergências.

2 ANÁLISE SITUACIONAL: CARACTERIZAÇÃO DAS REGIÕES DE SAÚDE

O Estado do Rio Grande do Sul apresenta uma população de 11.207.274 habitantes, distribuídos em 497 municípios (BRASIL. DATASUS (2017), em uma área territorial de 282.674 km². Os municípios estão organizados segundo características sociais, políticas e econômicas, principalmente.

Na área da Saúde, os 497 municípios compõem 30 Regiões de Saúde, Figura 1, redefinidas em 2012, visando à atualização do perfil estadual a partir das características de cada região, como meios de transporte, concentração populacional e de equipamentos de saúde. As 30 Regiões de Saúde estão distribuídas político administrativamente em 19 (dezenove) Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), segundo o Plano Diretor de Regionalização – PDR/2002, revisado em 2010.

As Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) estão articuladas em 07 (sete) Macrorregiões de Saúde. São elas: Centro-Oeste, Metropolitana, Missioneira, Norte, Serra, Sul e Vales (SES ASSTEPLAN, 2017). 8

Figura 01: Mapa das Coordenadorias Regionais de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: SES ASSTEPLAN (2017)

A 8ª, 13ª e 16ª CRS compõem a Macrorregião Vales, composta por 04 Regiões de Saúde (27, 28, 29 e 30) e 62 municípios, com uma população total de 894.705 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017). Por apresentarem maior complexidade instalada, os municípios de Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado são referências, não apenas regional, mas também macrorregional. 9

8ª COORDENADORIA REGIONAL DA SAÚDE

A 8ª CRS, com sede em Cachoeira do Sul, Vale do Jacuí, é composta por 12 (doze) municípios (Figura 02), abrange uma população de 206.933 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017), e uma área geográfica de 12.062.173 Km2.

Figura 02: Municípios da Região de Saúde 27

Fonte: SES ASSTEPLAN (2017)

Do total de municípios, sete apresentam população inferior a 10 mil habitantes (58,3%), dois apresentam população entre 10 e 20 mil (16,7%), dois entre 20 e 50 mil (16,7%), e um acima de 50 mil habitantes (8,3%), ou seja, a maioria de municípios apresenta pequeno e médio porte. O menor município, , é constituído por uma população de 2.810 habitantes, e o maior, Cachoeira do Sul, com 85.829 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017), conforme é apresentado no Quadro 01, sendo referência regional para diversos serviços.

Quadro 01: População dos municípios da 8ª CRS do Rio Grande do Sul (27ª Região de Saúde). 10

Região 27 – Região Vinte e Sete

Município População Residente Área (Km²) 1. 13.277 316.509 2. Caçapava do Sul 34.665 3.047.113 3. Cachoeira do Sul 85.829 3.735.164 4. 4.654 158.568 5. 25.647 3.348.319 6. 3.743 281.667 7. 4.516 194.924 8. Lagoa Bonita do Sul 2.810 108.728 9. 4.068 192.289 10. 5.457 304.999 11. 7.364 245.809 12. Sobradinho 14.903 128.084 TOTAL 206.933 12.062.173 Fonte: BRASIL DATASUS (2017)

13ª COORDENADORIA REGIONAL DA SAÚDE

A 13ª CRS, com sede em Santa Cruz do Sul, Vale do Rio Pardo, apresenta uma região de saúde denominada de Região Vinte e Oito. A região é composta por 13 municípios (Figura 03), com uma população total de 343.866 habitantes (BRASIL. DA- TASUS (2017), O município de Santa Cruz do Sul é referência regional, atendendo pacientes de outras regiões em alguns serviços. Apresenta área geográfica de 7.466,95 Km2. Entre os municípios, apenas Santa Cruz do Sul apresenta mais que 100 mil habitantes e, os demais, com exceção de Venâncio Aires, possuem menos de 50.000 habitantes. Destes, 7 municípios são de pequeno porte com população inferior a 10.000 habitantes. O de menor população, , é constituído por 3.063 habi- tantes e o maior, Santa Cruz do Sul, com 125.352 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017). 11

Figura 03: Municípios da Região de Saúde 28 Fonte: BRASIL. DATASUS (2017)

O Quadro 02, a seguir, apresenta a população residente e a área geográfica coberta pela 28ª Região.

Quadro 02: População dos municípios da 13ª CRS do Rio Grande do Sul (28ª Região de Saúde).

Região 28 – Região Vinte e Oito

Município População Residente Área (Km²) 1. Candelária 31.405 943.949 2. Xavier 4.197 217.526 3. Herveiras 3.062 118.281 4. Mato Leitão 4.159 45,903 5. 9.982 841,229 6. 6.340 265,109 7. Rio Pardo 38.898 2.050,597 8. Santa Cruz do Sul 125.352 733,412 9. 10.398 510,122 12

Região 28 – Região Vinte e Oito

Município População Residente Área (Km²) 10. 3.418 328,228 11. 11.607 329,728 12. Venâncio Aires 69.522 773,244 13. Vera Cruz 25.526 309,622 TOTAL 343.866 7.466,95 Fonte: (BRASIL. DATASUS (2017)

16ª COORDENADORIA REGIONAL DA SAÚDE

A 16ª CRS, com sede no município de Lajeado, Vale do , é composta por 37 (trinta e sete) municípios, com uma população total 343.912 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017), e uma área geográfica de aproximadamente 8.769,85 Km2. Os municípios dessa CRS apresentam características de médio e pequeno porte. O maior município, Lajeado, apresenta 77.758 habitantes e os quinze menores não alcançam 3 mil habitantes. O município com a menor população é com 1.570 habitantes (BRASIL. DATASUS (2017). A Figura 04 apresenta os municípios componentes das Regiões 29 e 30, respectivamente. 13

Figura 04: Municípios da Região de Saúde Vales e Montanhas RS 29 e Vale da Luz RS 30.

Fonte: SES ASSTEPLAN (2017)

Os Quadros 03 e 04 apresentam a população residente e a área geográfica coberta pelas Regiões de Saúde 29ª e 30ª.

Quadro 03: População dos municípios da 16ª CRS do Rio Grande do Sul (29ª Região de Saúde).

Região 29 – Vales e Montanhas

População Município Área (Km²) Residente 1. 6.232 243,0 2. 19.921 158,0 3. Boqueirão do Leão 7.913 265,4 4. 1.831 82,0 5. Capitão 2.748 74,0 6. Coqueiro Baixo 1.570 112,3 14

Região 29 – Vales e Montanhas

População Município Área (Km²) Residente 7. Cruzeiro do Sul 12.120 155,5 8. 3.409 133,4 9. 2.078 108,4 10 Encantado 21.751 139,2 11. 2.531 93,6 12. Ilópolis 4.214 116,5 13. Lajeado 77.758 90,0 14. 4.172 125,2 15 Muçum 4.982 110,9 16. Nova Bréscia 3.317 94,2 17. 1.865 106,5 18. Progresso 6.364 255,9 19. 4.199 205,0 20. 2.202 123,4 21. 10.911 208,5 22. 6.124 86,6 23. São José do 2.200 103,1 24. São Valentim do Sul 2.249 92,2 25. Sério 2.255 99,6 26. 2.392 81,1 27. 1.989 113,9 TOTAL 219.297 3.577,4 Fonte: (BRASIL. DATASUS (2017).

Quadro 04: População dos municípios da 16ª CRS do Rio Grande do Sul (30ª Região de Saúde).

Região 30 – Vale da Luz

População Município Área (Km²) Residente 01. 12.055 102,3 02. Colinas 2.496 58,4 03. Estrela 32.537 184,2 04. 4.046 84,8 05. 3.140 73,4 06. 8.414 171,9 15

Região 30 – Vale da Luz

População Município Área (Km²) Residente 07. Poço das Antas 2.100 65,1 08. Taquari 27.081 350,0 09. Teutônia 29.805 178,6 10. Westfália 2.941 64,0 TOTAL 124.615 1.332,7 Fonte: (BRASIL. DATASUS (2017).

2.1 Eixos viários (Figura 05)

As três Coordenadorias - 8ª, 13ª e 16ª - apresentam uma boa infraestrutura rodoviária. Os acessos às sedes de municípios são pavimentados e estão em boas condições de trafegabilidade, embora em alguns locais ainda existam estradas não pavimentadas. Na Macrorregião dos Vales os prestadores de serviços de média e alta complexidade encontram-se em áreas com bons acessos rodoviários (Figura 05). 16

Figura 05: Eixos viários 8ª CRS, 13ª e 16ª CRS

Fonte: RIO GRANDE DO SUL DAER (2017)

3 REDE REGIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS (RUE)

3.1 Princípios

O Plano de Ação Macrorregional para a Rede de Atenção às Urgências da 8ª, 13ª e 16ª CRS está organizado a partir de três eixos fundamentais:

 Ampliação e qualificação do acesso, visando universalidade, integralidade e equidade da assistência; 17

 Articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde (atenção primária, urgência, especializada e hospitalar), constituindo redes regionalizadas de saúde com regulação do sistema e transição do cuidado entre os diferentes pontos de atenção;  Implantação do modelo de atenção baseada na Gestão de Linhas de Cuidado, a ser instituído por meio de definição de territórios sanitários, pactuações regionais, princípios de economia de escala, fluxos assistenciais baseados em diretrizes clínicas, rede de apoio logístico e sistema de governança, objetivando garantir acesso humanizado, integralidade e resolutividade da atenção.

4 COMPONENTES DA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

4.1 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência é o elemento ordenador e ori- entador dos sistemas estaduais de urgência e emergência, organizando a relação entre os vários serviços, qualificando o fluxo dos pacientes no SUS, gerando porta de comunicação aberta aos usuários, através da qual os pedidos de socorro são recebidos, avaliados e hierarquizados. A SES/RS é responsável pela organização e coordenação das Centrais de Regulação das Urgências Regionais, Municipais e Estadual, hoje implantadas no Estado. As Centrais atendem e estão estruturadas de acordo com a sua capacidade instalada, segundo legislação federal.

O SAMU 192 foi desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde. Seu acesso ocorre ao acionar o telefone 192, que corresponde a uma central de regulação que conta com profissionais da saúde e médicos treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, ambulância e equipe adequados a cada caso. Há situações em que basta uma orientação por telefone. 18

O SAMU atende pacientes na residência, no local de trabalho, na via pública ou chega ao usuário onde este estiver. A equipe presta atendimento já no local, ainda fora do ambiente hospitalar, procurando salvar vidas e diminuir sequelas. O programa oferece o direcionamento para o serviço mais próximo e adequado para a situação do paciente.

4.1.1 Financiamento do SAMU

O financiamento do SAMU deverá obedecer a legislação específica apresentando a participação obrigatória dos entes federal, estadual e municipal.

4.1.2 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) – Estado e Macrorre- gião Vales.

No Rio Grande do Sul, o SAMU conta com bases em 161 municípios e atende 278, apresenta em atividade 35 Unidades de Suporte Avançado – USA, 187 Unidades de Suporte Básico – USB e 18 motolâncias. Dispõe ainda de 10 Veículos de Intervenção Rápida – VTR que embora não habilitados, representam meio de chegar mais rápido para atendimentos aos eventos.

O SAMU 192 da Macrorregião dos Vales conta com bases em 15 municípios e atende 47, apresenta em atividade 04 Unidades de Suporte Avançado – USA, 15 Unidades de Suporte Básico – USB e 01 motolância.

PROPOSTA: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192)

OBJETIVO 1: AMPLIAR A COBERTURA E A QUALIFICAÇÃO DO ACESSO AO SAMU BÁSICO E AVANÇADO PARA 100% DA REGIÃO E QUALIFICAR AS UNIDADES JÁ IMPLEMENTADAS

A 8ª CRS conta com 4 Unidades de Suporte Básico, com cobertura populacional de 77,04% do total de população. 19

Foi solicitada através da Res. nº 398-17 CIB/RS a desabilitação de 01 Unidade de Suporte Avançado do SAMU 192 (atendia somente a população de Cachoeira do Sul) em virtude de o município não conseguir manter e custear a equipe necessária para seu funcionamento adequado. O pedido de desabilitação está em análise no Ministério da Saúde.

A motolância de Cachoeira do Sul não entrou em funcionamento e foi devolvida à SES pelo município.

META 8ª CRS:

- Ampliar o SAMU Regional com a implantação de 02 unidades de Suporte Básico: 01 Unidade de Suporte Básico em Segredo, para atender os municípios de Segredo e Passa Sete, e de 01 Unidade de Suporte Básico em Sobradinho, para atender os municípios de Sobradinho, Lagoa Bonita do Sul e Ibarama. A Unidade de Suporte Básico de Arroio do Tigre ampliará os atendimentos para o município de Estrela Velha. Com a implantação das novas bases e ampliação do atendimento em Arroio do Tigre, pretende-se cobrir 95,78% dos municípios da Região com Unidades de Suporte Básico. A Região não tem proposta de implantação de Unidade de Suporte Avançado em virtude da dificuldade de regionalização da mesma devido às grandes distâncias entre os municípios.

DESENVOLVIMENTO: Justifica-se a ampliação pelo fato de que na 8ª CRS, atual- mente, somente 4 dos 12 municípios possuem SAMU 192 básico e a região não conta com Unidade de Suporte Avançado.

Na 13ª CRS, conta com 03 Unidades de Suporte Avançado, 06 Unidades de Suporte Básico e 01 motolância, com cobertura populacional de 85% do total da população atendida pelo SAMU 192 em toda a Região de Saúde. No entanto é necessário ampliar e qualificar a rede móvel de urgência para cobertura de 100% da população dessa Região. É necessário a ampliação da rede com mais 4 Unidades de Suporte Básico, conforme pactuações já realizadas na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. 20

META 13ª CRS: Ampliar 05 unidades de suporte básico e 01 unidade de suporte avançado. Suporte básico: Pantano Grande, Passo do Sobrado (que atenderá também a população de Vale Verde), Vale do Sol, ambos com aprovação do MS anterior à implementação do SAIPS, (que atenderá também a população de Herveiras) e Santa Cruz do Sul; Suporte Avançado: Rio Pardo, já em funcionamento e a habilitar pelo Ministério da Saúde.

DESENVOLVIMENTO: Esta necessidade justifica-se pelo fato de 11% - 06 municí- pios não apresentarem cobertura do SAMU.

Na 16ª CRS o SAMU 192 está presente em 31 municípios, cobrindo aproximadamente 89% da população, 314.617 habitantes. Os 07 municípios que não estão incluídos correspondem a aproximadamente 29.295 habitantes. A frota é composta por 05 Unidades de Suporte Básico e 01 de Suporte Avançado. A expansão proposta contempla mais 07 Unidades de Suporte Básico para implantação nos seguintes municípios, da Região de Saúde 29: Arroio do Meio, Boqueirão do Leão, Dois Lajeados, Ilópolis, Marques de Souza e São José do Herval. Região de Saúde 30: Fazenda Vilanova. Também, uma unidade de Suporte Avançado na Região de Saúde 30, município de Estrela, com ambulância já entregue ao Gestor Municipal, aguardando habilitação pelo Ministério da Saúde e outra na Região de Saúde 29, em Encantado. Com a implementação das novas bases, pretende-se cobrir 100% do território das Regiões de Saúde 29 e 30. Atualmente não participam da rede SAMU 192, 07 (sete) municípios (Colinas, Cruzeiro do Sul, São José do Herval, Putinga, Imigrante, Capitão, e Travesseiro). O motivo foi a não adesão dos gestores ao serviço.

META 16ª CRS: Ampliar 07 unidades de suporte básico e 02 unidades de suporte avançado. Unidade de Suporte Básico: Boqueirão do Leão, São José do Herval, Marques de Souza, Arroio do Meio, Dois Lajeados, Fazenda Vilanova e Ilópolis; Unidade de Suporte Avançado: Estrela (a habilitar pelo Ministério da Saúde) e Encantado. 21

DESENVOLVIMENTO: Esta necessidade justifica-se pelo fato de 9,3 % da popula- ção total da 16ª CRS (29.295 habitantes) - 07 municípios - não apresentarem co- bertura do SAMU. Informações Projeto do SAMU Regional, CONSISA (2011), 16ª CRS (2017). 22

Quadro 05: Redes de Atenção às Urgências/SAMU 192 (Unidades implantadas e a implantar/propostas)

USA USB CRS Município da base Municípios atendidos População Central de Implantadas A implantar Implantada A implantar Regulação s 8ª CRS Arroio do Tigre Arroio do Tigre 13.277 01 (*) Estadual Estrela Velha (ampliará os atendimentos) 3.743 8ª CRS Caçapava do Sul Caçapava do Sul 34.665 01 (*) Estadual

8ª CRS Cachoeira do Sul Cachoeira do Sul 85.829 01 (*) Estadual

8ª CRS Encruzilhada do Sul Encruzilhada do Sul 25.647 01 (*) Estadual

8ª CRS Segredo Segredo 7364 01 Estadual Passa Sete 5.457 8ª CRS Sobradinho Sobradinho 14.903 01 Estadual Ibarama 4.516 Lagoa Bonita do Sul 2.810 13ª CRS Candelária Candelária 31.405 01 (*) Estadual

13ª CRS Gramado Xavier* Gramado Xavier 4.197 01 Estadual Herveiras 3.062 13ª CRS Pantano Grande* Pantano Grande 9.982 01 Estadual

13ª CRS Passo do Sobrado Passo do Sobrado 6.340 01 Estadual Vale Verde 3.418 13ª CRS Rio Pardo Rio Pardo 38.898 01 (*) Estadual

Rio Pardo, como as demais USAs da 13ª 38.898 01 (*) Estadual CRS, possui o atendimento regionalizado, 9.982 não cabendo atender apenas mais Pantano Grande 13ª CRS Santa Cruz do Sul Santa Cruz do Sul 125.352 01 (*) Estadual

Santa Cruz do Sul 125.352 01 (*) 01 Estadual Candelária 31.405 Gramado Xavier 4.197 Herveiras 3.062 Sinimbu 10.398 Vale do Sol 11.607 23

USA USB CRS Município da base Municípios atendidos População Central de Implantadas A implantar Implantada A implantar Regulação s Vera Cruz 25.526 Também com USA regionalizada.

13ª CRS Sinimbu Sinimbu 10.398 01 (*) Estadual

13ª CRS Vale do Sol* Vale do Sol 3.418 01 Estadual

13ª CRS Venâncio Aires Venâncio Aires 69.522 01 (*) Estadual

Venâncio Aires 69.522 01 (*) Estadual Mato Leitão 4.159 Passo do Sobrado 6.340 Vale Verde 3.418 Também com USA regionalizada. 13ª CRS Vera Cruz Vera Cruz 25.526 01 (*) Estadual

16ª CRS Arroio do Meio Arroio do Meio 19.921 01 Estadual

16ª CRS Boqueirão do Leão Boqueirão do Leão 7.913 01 Estadual Canudos do Vale 1.831 Progresso 6.364 Sério 2.255 16ª CRS Dois Lajeados Dois Lajeados 3.409 01 Estadual São Valentim do Sul 2.249 Vespasiano Correa 1.989 16ª CRS Encantado Encantado 21.751 01 (*) Estadual Muçum 4.982 Relvado 2.202 Nova Bréscia 3.317 Roca Sales 10.911 Encantado 21751 01 Estadual Municípios da 16ª CRS 343.912 RS 29 219.297 RS 30 124.615 16ª CRS Estrela Estrela 32.537 01 (*) Estadual

Estrela 32.537 01 Estadual 24

USA USB CRS Município da base Municípios atendidos População Central de Implantadas A implantar Implantada A implantar Regulação s Municípios da 16ª CRS, RS 29 e RS 30 343.912 (a habilitar) RS 29 219.297 RS 30 124.615 16ª CRS Fazenda Vilanova Fazenda Vilanova 4.046 01 Estadual Bom Retiro do Sul 12.055 16ª CRS Ilópolis Ilópolis 4.214 01 Estadual Anta Gorda 6.232 Doutor Ricardo 2.078 16ª CRS Lajeado Lajeado 77.758 01 (*) Estadual Forquetinha 2.531 Santa Clara do Sul 6.124 Lajeado 77758 01 (*) Estadual Municípios da 16ª CRS 343.912 RS 29 219.297 RS 30 124.615 16ª CRS Marques de Souza Marques de Souza 4.172 01 Estadual Coqueiro Baixo 2.392 16ª CRS São José do Herval Pouso Novo 2.200 01 Estadual

16ª CRS Taquari Taquari 27.081 01 (*) Estadual

16ª CRS Teutônia Teutônia 29.805 01 (*) Estadual Poço das Antas 2.100 Paverama 8.414 Westfália 2.941 Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017), BRASIL. DATASUS (2017)

Proposta de qualificação: (*) 25

Hospitais de referência para Atendimento SAMU 192 – Macrorregional Vales.

Quadro 06: Referências hospitalares relacionadas ao SAMU Estadual na Região de Saúde 27 – 8ª CRS

REFERÊNCIA FIXA PARA ATENDIMENTO MUNICÍPIO ATENDIDO HOSPITALAR SAMU 192

Hospital Santa Rosa de Lima Arroio do Tigre Hospital de Caridade Dr. Victor Lang Caçapava do Sul Hospital de Caridade e Beneficência Cachoeira do Sul Hospital Santa Bárbara Encruzilhada do Sul Fonte: 8ª Coordenadoria Regional da Saúde CRS (2017)

Quadro 07: Referências hospitalares relacionadas ao SAMU Estadual na Região de Saúde 28 – 13ª CRS

REFERÊNCIA FIXA PARA ATENDIMENTO HOSPITALAR SAMU MUNICÍPIOS ATENDIDOS 192

Hospital Santa Cruz Santa Cruz do Sul Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Sinimbu, Vale do Sol Hospital Regional de Rio Pardo Rio Pardo e Pantano Grande Hospital Candelária Candelária, Vale do Sol Hospital Sinimbu Sinimbu, Gramado Xavier, Herveiras Hospital São Sebastião Mártir Venâncio Aires, Mato Leitão, Vale Verde, Passo Sobrado Hospital Vera Cruz Vera Cruz Fonte: 13ª Coordenadoria Regional da Saúde CRS (2017) 26

Quadro 08: Referências hospitalares relacionadas ao SAMU Estadual nas Regiões de Saúde 29 e 30 – 16ª CRS

REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO PRÉ- MUNICÍPIOS ATENDIDOS HOSPITALAR SAMU 192

Hospital Santa Terezinha de Arroio Arroio do Meio do Meio Hospital Santa Terezinha de Encantado, Anta Gorda, Ilópolis, Relvado, Encantado Doutor Ricardo, Dois Lajeados, Muçum, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia, Vespasiano Correa, Roca Sales Hospital Estrela Estrela e todos os municípios da 16ª CRS. (Regiões de Saúde 29 e 30) Hospital Ouro Branco de Teutônia Teutônia, Westfália, Poço das Antas, Paverama Hospital Bruno Born de Lajeado Lajeado e todos os municípios da 16ª CRS. (Regiões de Saúde 29 e 30) Hospital ISEV (Instituto de Saúde e Taquari Educação Vida) de Taquari Fonte: 16ª Coordenadoria Regional da Saúde CRS (2017)

4.2 Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h)

A Unidade de Pronto Atendimento corresponde a um estabelecimento de saúde de complexidade intermediária, articulado com a Atenção Básica, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), a Atenção Domiciliar e a Atenção Hospitalar, a fim de possibilitar o melhor funcionamento da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). Cabe à UPA 24 horas, dentre outras atividades: acolher os pacientes e seus familiares em situação de urgência e emergência; prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes clínicos; prestar o primeiro atendimento aos casos cirúrgicos e de trauma; estabilizar pacientes atendidos pelo SAMU 192 e manter pacientes em observação por até 24 horas.

Na 8ª CRS existe em Cachoeira do Sul uma UPA 24h, Porte I habilitada pela Portaria GM/MS nº 2274-17, que está em funcionamento desde 20 de julho de 2017 e em fase de qualificação. 27

Na 13ª CRS, foram construídas duas UPAs 24h já qualificadas pelo Ministério da Saúde, ambas de Porte I nos municípios de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Há ne- cessidade de ampliar a rede de acesso para maior cobertura da população regional cuja definição de porte e localização deverão ser definidos em pactuação com os gestores lo- cais. Na 16ª CRS, conforme legislação federal, com garantia de financiamento pelo Mi- nistério da Saúde, foi construída uma UPA 24h, Porte II, em Lajeado, fazendo-se ainda necessário, definição dos municípios da 16ª CRS que se vincularão a este serviço e pro- pondo expansão e qualificação da rede fixa pré-hospitalar de atenção às urgências e or- ganização dos fluxos das referências dessa rede fixa. A UPA 24h Porte II citada poderá atender uma demanda de até 200.000 habitantes. Para atender toda a necessidade, a Regional – Regiões de Saúde 29 e 30 – necessita a implantação de mais um serviço (UPA Porte II) para cobertura de 100% da população.

PROPOSTA: Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA 24h) OBJETIVO 1: AMPLIAR PARA 100% A COBERTURA DE ACESSO AOS SERVIÇOS DE UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA 24H.

META 8ª CRS: A região não apresenta proposta de implantação de UPAs 24h neste momento.

DESENVOLVIMENTO: Entre os municípios da 8ª CRS, 02 possuem pronto-atendimen- to 24 horas: Caçapava do Sul e Encruzilhada do Sul.

META 13ª CRS: Ampliar/implantar UPAs para cobertura e acesso a rede de serviços em âmbito regional a ser definido em pactuação entre gestores locais.

DESENVOLVIMENTO: A região apresenta duas UPAs: 01 Porte I, em Santa Cruz do Sul, e 01 Porte I em Venâncio Aires.

META 16ª CRS: Implantar uma UPA Tipo I

DESENVOLVIMENTO: Hoje a região apresenta uma UPA Tipo II, na Região 29 – que pode cobrir até 200.000 habitantes (Atualmente com acesso somente ao município de Lajeado. Demais municípios não demonstraram interesse em participar do serviço). A 16ª CRS necessita de mais 01 serviço UPA Tipo I (proposta de localização no municí- pio de Encantado) para a cobertura de 100%. Quadro09: Plano de Ação Regional das Redes de Atenção às Urgências/UPA 24h (UNIDADES HABILITADAS) CRS Município Porte Situação Municípios de referência

8ª CRS Cachoeira do Sul I Habilitada (em processo Cachoeira do Sul de qualificação) 13ª CRS Santa Cruz do Sul I Habilitada (em processo Santa Cruz do Sul de qualificação) 13ª CRS Venâncio Aires I Qualificada Venâncio Aires 16ª CRS Lajeado II Qualificada Lajeado Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017)

Quadro 10: Plano de Ação Regional das Redes de Atenção às Urgências/UPA 24h (NOVA PROPOSTA) CRS Município Porte Situação - Proposta Municípios de referência 16ª CRS Encantado I Implantação Até 200.000 habitantes. Encantado, municípios região alta. Fonte: 16ª CRS (2017) 29

4.3 Porta de Entrada O Grupo Condutor da Rede de Urgência e Emergência do Estado do RS, no componente Porta de Entrada de Emergência Hospitalar e Leitos de UTI, da Macrorregional Vales, identificou os hospitais abaixo como referência estratégica no âmbito regional.

Quadro 11: Situação atual das Portas de Entrada de Emergências Hospitalares – Macrorregião Vales (Habilitadas pela Resolução CIB/RS 373/2013, e Portaria SES 404/2008). Município Proposta Região Complexidade habilitação CRS de Classificação Instituição/UTI CNES federal Município(s) de referência Saúde Habilitação PT2395/2011 Tipo Cachoeira do Sul – Macrorregional – Geral 8ª CRS 27 HCB – Cachoeira do Sul - 2266474 01 Região de Saúde 27 Habilitação: Sim Neurologia/neurocirurgia Oncologia Nefrologia 8ª CRS 27 Encruzilhada do Sul – Hospital Santa Bárbara 2234432 Encruzilhada do Sul Microrregional – Geral - Não 8ª CRS 27 Caçapava do Sul – Hospital de Caridade Dr. 2234416 Caçapava do Sul Microrregional – Geral Victor Lang - Não 8ª CRS 27 Arroio do Tigre – Hospital Santa Rosa de 2234424 Arroio do Tigre Microrregional – Geral Lima - Não 13ª CRS 28 Candelária -Local - Geral Hospital Candelária - Não 2236362 Candelária

Santa Cruz do Sul – Macrorregional – Tipo II 13ª CRS 28 Hospital Santa Cruz - Sim 2254964 02 Região de Saúde 28 Habilitação: Cardiovascular Traumato-ortopedia 30

Município Proposta Região Complexidade habilitação CRS de Classificação Instituição/UTI CNES federal Município(s) de referência Saúde Habilitação PT2395/2011 Tipo 13ª CRS 28 Venâncio Aires – Hospital São Sebastião 2236370 Venâncio Aires, Mato Leitão, Microrregional – Tipo I Mártir - Sim Passo do Sobrado, Vale Verde 13ª CRS 28 Rio Pardo – Regional – Hospital Regional do Vale 2792974 Rio Pardo, Pântano Grande, Vera Geral do Rio Pardo - Não Cruz, Gramado Xavier, Sinimbu, Herveiras, Vale do Sol 13ª CRS 28 Sinimbu – Local - Geral - Hospital Sinimbu - Não 2236346 Sinimbu

16ª CRS 29 Arroio do Meio – Hospital São José - Não 2252198 Arroio do Meio, Travesseiro, Microrregional – Geral Capitão Encantado, Anta Gorda, Ilópolis, Encantado – Hospital Santa Terezinha - Putinga, Relvado, Doutor Ricardo, 16ª CRS 29 Microrregional –Geral Não 2252228 Dois Lajeados, Muçum, Coqueiro Baixo, Nova Bréscia, Vespasiano Correa, Roca Sales 16ª CRS 30 Estrela – Regional – Tipo I Hospital Estrela - Sim 2252260 Regiões de Saúde 29 e 30

16ª CRS 30 Teutônia – Microrregional – Hospital Ouro Branco – 2252244 Teutônia, Westfália, Colinas, Geral Não Imigrante, Poço das Antas, Paverama Lajeado – Macrorregional – Tipo II 16ª CRS 29 Hospital Bruno Born - Sim 2252287 01 Regiões de Saúde 29 e 30 Habilitação: Cardiovascular Neurologia/neurocirurgia Oncologia Nefrologia 31

Município Proposta Região Complexidade habilitação CRS de Classificação Instituição/UTI CNES federal Município(s) de referência Saúde Habilitação PT2395/2011 Tipo 16ª CRS 30 Taquari – Local - Geral Hospital ISEV - Não 2251620 Taquari

Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017) 32

PROPOSTA: Porta de entrada

OBJETIVO 1: DEFINIR E QUALIFICAR AS PORTAS DE ENTRADA

META 8ª CRS:

1. Otimizar o funcionamento das portas de entrada atuais com definição de fluxos e de referências municipais.

2. Habilitar e qualificar com recurso federal as portas de entrada do Hospital de Caridade e Beneficência, de Cachoeira do Sul, conforme a legislação vigente.

DESENVOLVIMENTO: Como as portas de entrada estão definidas, falta aprimorar fluxos e definir algumas referências.

META 13ª CRS:

1. Otimizar o funcionamento das portas de entrada atuais com definição de fluxos e de referências municipais.

2. Habilitar e qualificar com recurso federal as portas de entrada do Hospital San- ta Cruz, de Santa Cruz do Sul, conforme a legislação vigente.

DESENVOLVIMENTO: Como as portas de entrada estão definidas, falta aprimorar fluxos.

META 16ª CRS:

1. Otimizar o funcionamento das portas de entrada atuais com definição de fluxos e de referências municipais.

2. Habilitar e qualificar com recurso federal as portas de entrada do Hospital Bru- no Born, de Lajeado, conforme a legislação vigente.

DESENVOLVIMENTO: As portas de entrada estão definidas, faltam o aperfeiçoa- mento dos fluxos e referências. 33

4.4 Componente Hospitalar

A seguir a apresentação da situação dos leitos de retaguarda.

4.4.1 Leitos Clínicos de Retaguarda à RUE

Quadro 12: Leitos Clínicos de Retaguarda – Macrorregional Vales

CRS Leitos Clínicos de Retaguarda Região Município Instituição CNES de Saúde Leitos Qualificar Proposta de Clínicos implantação (número Existentes de leitos novos) 8ª CRS 27 Cachoeira do Sul Hospital de Caridade e Beneficência 2266474 28 15 15 13ª CRS 28 Vera Cruz Hospital Vera Cruz 2236346 23 20 20 16ª CRS 29 Lajeado Hospital Bruno Born 2252287 75 20 20 16ª CRS 30 Estrela Hospital Estrela 2252260 40 15 15 Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017). OBS: * CNES/nov 2017 34

4.4.2 Leitos de UTI

Quadro 13: Leitos de UTI (Proposta de leitos novos e qualificação de leitos de UTI)

CRS Tipo Leitos Leitos de UTI Região Município Instituição CNES Totais de Proposta de Saúde Novos qualificação 8ª CRS 27 Cachoeira do Sul Hospital de Caridade e 2266474 09 07 Beneficência II Habilitação: Porta de Entrada 13ª CRS 28 Santa Cruz do Sul Hospital Santa Cruz 2254964 II 14 11 Habilitação: Porta de Entrada 13ªCRS 28 Santa Cruz do Sul Hospital Ana Nery 2255936 II 07 03 06 Habilitação: Oncologia 13ª CRS 28 Rio Pardo Hospital Regional 2792974 II - 10

13ª CRS 28 Venâncio Aires Hospital São Sebastião Martir 2236370 II 10 08 Habilitação: Porta de Entrada 16ª CRS 29 Lajeado Hospital Bruno Born 2252287 II 24 19 Habilitação Porta de Entrada 16ª CRS 30 Estrela Hospital Estrela 2252260 II 10 08 Habilitação: Porta de Entrada Fonte: CNES (2017), 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017). 35

4.4.3 Leitos de Cuidados Prolongados

A seguir considerações sobre os Leitos de Cuidados Prolongados, de acordo com os parâmetros previstos em legislação.

Quadro 14: Leitos de Cuidados Prolongados – Macrorregião Vales Unidade de Internação de CRS Cuidados Prolongados Região Município Tipo Instituição CNES Leitos SUS Proposta de Referência de existentes implantação Saúde (número de leitos) 8ª CRS 27 Cachoeira do Sul Hospital de Caridade e 2266474 - 15 Região de Saúde 27. Beneficência População: 206.933 8ª CRS 27 Caçapava do Sul UCP Hospital Dr. Victor Lang 2234416 15 Região de Saúde 27. População: 206.933 13ª CRS 28 Sinimbu Hospital Sinimbu 2236346 15 Região de Saúde 28 População: 343.866 13ª CRS 28 Vale do Sol Hospital Vale do Sol 2236338 15 Região de Saúde 28 População: 343.866 13ª CRS 28 Vera Cruz Hospital Vera Cruz 2236359 15 Região de Saúde 28 População: 343.866 16ª CRS 29 Marques de Souza UCP Hospital Marques de Souza 2252007 - 15 Região de Saúde 29. População: 219.297 16ª CRS 30 Bom Retiro do Sul UCP Hospital de Caridade Santana 2252023 - 15 Região de Saúde 30. População: 124.615 Fonte: CNES (2017); SES ASSTEPLAN (2017) 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017). 36

4.5. Linhas de Cuidados Prioritários à RUE A organização da Rede de Urgências e Emergências (RUE) tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de saúde. Do componente hospitalar fazem parte, entre outros, os serviços de diagnóstico de imagem e de laboratório e as linhas de cuidados prioritários. A seguir as linhas de cuidados prioritários.

4.5.1 Linha Cerebrovascular

Quadro 15: Linhas de Cuidado AVC. 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS

CRS Região de Município Instituição CNES Número de Proposta de implantação Saúde leitos UTI Adulto (II) Tipo (I, II ou III) Número de leitos

8ª CRS 27 Cachoeira Hospital de 2266474 09 Tipo II 05 do Sul Caridade e Beneficência 13ª 28 Santa Hospital Santa 2254964 10 Tipo II 05 CRS Cruz do Cruz Sul 16ª 29 e 30 Lajeado Hospital Bruno 2252287 20 Tipo II 05 CRS Born Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017) 37

4.5.2 Linha Cardiovascular

Quadro 16: Leitos de UCO – Macrorregião Vales Leitos de UCO CRS Região de Município Instituição CNES Proposta de implantação (número Referência Saúde de leitos) 8ª CRS 27 Cachoeira do Hospital de Caridade e 2266474 02 Região de Saúde 27 Sul Beneficência População: 206933 13ª CRS 28 Santa Cruz Hospital Santa Cruz 2254964 02 Região de Saúde 28 do Sul População: 343866 16ª 29 e 30 Lajeado Hospital Bruno Born 2252287 02 Regiões de Saúde 29 e 30. CRS População: 343.912 Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017).

4.5.3 Linha do Trauma

Quadro 17: Centro de Trauma – Macrorregião Vales CRS Região de Saúde Município Instituição CNES Número de Número de leitos UTI Proposta de implantação – leitos adulto (II) Tipo I, II ou III hospitalares 8ª CRS 27 Cachoeira do Sul Hospital de Caridade e 2266474 199 09 Tipo I Beneficência 13ª CRS 28 Santa Cruz do Sul Hospital Santa Cruz 2254964 248 10 Tipo II 16ª CRS 29 e 30 Lajeado Hospital Bruno Born 2252287 189 20 Tipo II Fonte: CNES (2017) 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017). 38

4.6 Atenção Domiciliar (AD)

O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) apresenta como principais portas de acesso a atenção primária e a rede hospitalar, para os casos de complexidade intermediária, em que o paciente pode ser tratado no seu domicílio, evitando uma internação desnecessária ou tendo uma alta mais precoce. Este importante componente da rede de atenção pode diminuir a sobrecarga da rede hospitalar e, sobretudo, evitar os riscos e intercorrências de uma internação prolongada.

A Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar - EMAD deve atender a uma população adstrita de 100 (cem) mil habitantes. O parâmetro de referência para o funcionamento da EMAD é o cuidado concomitante de, em média, 60 (ses- senta) usuários. Todos os Municípios com uma EMAD implantada poderão im- plantar uma Equipe Multidisciplinar de Apoio - EMAP para suporte e complemen- tação das ações de saúde da Atenção Domiciliar e, a cada 3 (três) EMAD a mais, farão jus à possibilidade de implantar mais uma EMAP.

O SAD deverá organizar o trabalho da EMAD no formato de cuidado horizontal (diarista) de segunda a sexta-feira, 12 horas/dia, e garantir o cuidado nos finais de semana e feriados, podendo utilizar, nesses casos, o regime de plantão, de forma a assegurar a continuidade da atenção. Quando clinicamente indicado, será designada EMAP para dar suporte e complementar as ações de saúde da atenção domiciliar.

Para habilitação aos recursos financeiros o Rio Grande do Sul, segundo os critérios estabelecidos, conta com 30 municípios elegíveis, dos quais 18 (dezoito) possuem mais de 100 mil habitantes e 12 (doze) possuem entre 40 e 100 mil ha- bitantes. Quadro 18: Equipes de Atenção Domiciliar – Macrorregião Vales EMAD Tipo 1 EMAD Tipo 2 EMAP TOTAL CRS Existente Proposta Existente Proposta Existente Proposta Existente Proposta

8ª CRS 0 01 Cachoeira do Sul 0 0 0 01 Cachoeira do Sul 0 04 01 Caçapava do Sul 01 Encruzilhada do Sul 13ª CRS 01 Venâncio Aires 01 Candelária 0 0 01 Venâncio Aires 01 Candelária 4 08 01 Santa Cruz do Sul 01 Rio Pardo 01 Santa Cruz do Sul 01 Rio Pardo 16ª CRS 0 01 Lajeado 0 0 0 01 Lajeado 0 02 Fonte: 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (2017). 40

4.7.1 Proposta Atenção Básica e Vigilância em Saúde

OBJETIVO 1: AMPLIAR A COBERTURA DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA E NASF-NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA.

META 8ª CRS: Ampliar a cobertura de ESF em municípios com população acima de 25 mil habitantes.

DESENVOLVIMENTO: A 8ª CRS apresenta 07 municípios com cobertura de 100 % de ESF e os demais 05 municípios possuem cobertura parcial (24,87% a 72%).

META 13ª CRS: Ampliar a cobertura de ESF em todos os municípios ainda não contemplados com 100%.

DESENVOLVIMENTO: a 13ª CRS apresenta 06 municípios com 100% de cober- tura populacional de ESF, e os demais 07 municípios, contam com cobertura par- cial.

META 16ª CRS: Ampliar a cobertura de ESF e NASF nos municípios das Regiões de Saúde 29 e 30.

DESENVOLVIMENTO: A 16ª CRS apresenta 10 municípios com cobertura parcial de ESF e 02 municípios sem equipes de ESF constituídas.

OBJETIVO 2: COMPOR EQUIPES MÍNIMAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM TODOS OS MUNICÍPIOS.

META 8ª CRS: Implantar equipes mínimas de Vigilância em Saúde nos 12 municípios.

DESENVOLVIMENTO: Muitos municípios da 8ª CRS estão com dificuldades para montarem e/ou manterem suas equipes e cumprirem com as metas em vigilância.

META 13ª CRS: Implantar equipes mínimas de Vigilância em Saúde nos 13 municípios. 41

DESENVOLVIMENTO: Vários municípios da 13ª CRS apresentam dificuldades para montarem suas equipes e cumprirem com as metas em vigilância.

META 16ª CRS: Implantar equipes mínimas de Vigilância em Saúde nos 37 municípios.

DESENVOLVIMENTO: Diversos municípios da 16ª CRS estão com dificuldades para montarem suas equipes e cumprirem com as metas em vigilância.

4.8 Outras propostas (metas macrorregionais)

OBJETIVO 1: CAPACITAR OS COMPONENTES DA REDE DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS.

META DA 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (MACRORREGIONAL): Capacitar os componentes da RUE.

DESENVOLVIMENTO: Os profissionais necessitam ter pleno conhecimento e es- tar permanentemente atualizados, já que este serviço apresenta constante trans- formação. A visão sistêmica nesse contexto poderá contribuir para a agilização e maior qualidade e resolutividade em todas as etapas do processo.

OBJETIVO 2: IDENTIFICAR NECESSIDADES DE ESTRUTURA, DE EQUIPAMENTOS, DE INSTALAÇÕES E DE PESSOAL.

META DA 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (MACRORREGIONAL): Identificar necessidades de estrutura, de equipamentos, de instalação e de pessoal.

DESENVOLVIMENTO: A Macrorregião carece de uma definição clara das suas necessidades para a implementação dos serviços de urgência e emergência. 42

5 COMITÊ REGIONAL DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

O comitê é organizado e suas funções são definidas, conforme resolução da CIR Regional, o qual deverá:

I - propor o Plano Regional de Atenção às Urgências II – articular os entes gestores e executores das ações relativas à Atenção e Urgências; III – assessorar os envolvidos diretamente na estruturação e organização da atenção às urgências; IV – propor as correções necessárias à permanente adequação da Política de Atenção Integral às Urgências, dentro das diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às Urgências, em suas instâncias de representação institucional; V - avaliar e pactuar as diretrizes de ações prioritárias na atenção às urgências; VI – elaborar o Plano de Atenção aos Desastres; VII – adotar providências necessárias à plena estruturação do Comitê Regional de Atenção às Urgências.

5.1 Monitoramento e avaliação das ações

O presente Plano estabelece que o Comitê Regional de Atenção às Urgências deverá definir instrumentos de monitoramento e avaliação das ações e serviços de saúde envolvidos e organizados por este plano na atenção às urgências da região. Estabelece como uma das diretrizes da Rede de Atenção às Urgências o monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção. 43

6 FLUXOS E DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

Os Fluxos e diretrizes devem considerar primeiramente o acolhimento do usuário na atenção às urgências se dará através das portas de entrada abaixo, onde será considerada também a rede cegonha e a rede de Atenção psicossocial, a fim de garantir o acesso integrado a todas as situações de risco de doença e outros agravos.

UBS – Unidade Básica de Saúde

Pronto Atendimento 24 horas

UPA - Unidade de Pronto Atendimento

SAMU – Serviço de Atendimento Móvel às Urgências

Pronto Socorro

Rede Cegonha

Atenção psicossocial

PROPOSTA

OBJETIVO 1: INTEGRAR OS AGENTES REGIONAIS E MACRORREGIONAL PARTICIPANTES DO PLANO DE AÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCAS (NÚCLEO REGIONAL DA FORÇA NACIONAL DO SUS).

META DA 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (MACRORREGIONAL): Integrar os agentes regionais e macrorregional participantes do plano de ação de urgências e emergências.

DESENVOLVIMENTO: Atualmente faz-se necessário a organização da rede de serviços em urgência e emergência. Principais agentes: Corpo de Bombeiros, De- fesa Civil, Brigada Militar, Secretarias Municipais de Saúde, 16ª CRS, Empresas responsáveis pela administração de rodovias, rede hospitalar, e demais serviços privados. 44

7 DESASTRES E ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS

Considerando que Desastres: “Resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável causando danos a vida humana, bens materiais, meio ambiente e que ultrapassa a capacidade de resposta da comunidade afetada”

Acidentes com múltiplas vítimas: Considera-se acidente com múltiplas vítimas todo desastre ou catástrofe que envolve no mínimo cinco pessoas, podendo ser de médio ou de grande porte. São eventos que proporcionam desequilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades manifestadas na ocorrência; tornando-se indispensável o atendimento de profissionais de múltiplas áreas para realizar diferentes ações na tentativa de atender a demanda apresentada por esta tragédia. Dentre elas é primordial, para o sucesso da ação, o comando, a comunicação e controle entre as equipes e a realização de procedimentos como: triagem, ação direta e transporte.

Pelo exposto, faz-se necessário a organização da rede de serviços a fim de atender as situações acima que venham a se apresentar, buscando uma ação rápida, efetiva, coordenada e humanizada das instituições que compõe o Comitê Regional de Atenção às Urgências, em conjunto, se necessário, com os Comitês Operacionais de Emergência do Núcleo de Vigilância em Saúde da SES e com a Defesa Civil.

7.1 Integração de agentes regionais

Corpo de bombeiros

Defesa civil

Brigada militar 45

Secretarias municipais da saúde

Coordenadorias regionais da saúde – 8ª CRS; 13ª CRS e16ª CRS

Órgãos responsáveis pela administração das rodovias

Rede hospitalar

Demais serviços privados

Organizações qualificadas para o transporte de vítimas

PROPOSTA

OBJETIVO 1: CONSTITUIR UMA EQUIPE REGIONAL E MACRORREGIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES E POLÍTICAS RELACIONADAS A GRANDES EPIDEMIAS E ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS.

META DA 8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS (MACRORREGIONAL): Constituir equipes Regionais e Macrorregionais para o desenvolvimento de ações e políticas relacionadas às grandes epidemias e acidentes com múltiplas vítimas.

DESENVOLVIMENTO: Atualmente as regionais e a Macrorregional não dispõem de uma rede organizada de referência de atendimento, bem como de uma política de integração entre agentes regionais para o caso de ocorrências de grandes de- mandas.

8 QUALIFICAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE NA REDE DE ATENÇÃO DE URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

A qualificação de uma rede de saúde depende decisivamente de recursos humanos capazes de atender prontamente a população em suas necessidades. Assim, para a efetividade deste plano de ação faz-se necessário o desenvolvimento de ações de educação permanente em saúde, que possibilite re 46

significar o processo de trabalho de cada componente de atenção na perspectiva de fortalecer uma atenção integral e resolutiva.

As ações de EPS devem contemplar os diferentes atores envolvidos da atenção, formação, gestão e controle social, produzindo trocas de experiências, atualização e produção de conhecimentos que promovam a construção de fluxos e regulação do acesso, protocolos de atendimento, monitoramento e avaliação da atenção às urgências, em consonância com as necessidades da região articulado com a CIES. Deverá ser assegurada no mínimo uma capacitação semestral em áreas a serem definidas pelo Comitê. 47

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Atenção às Urgências é um tema complexo, que não deve ser tratado de forma pontual e por um único tipo de serviço. As urgências devem ser abordadas a partir da constituição de Redes Regionalizadas de Atenção, que perpasse os diversos níveis do sistema, organizado a partir das necessidades dos usuários, visando a integralidade da atenção.

A proposta de reorganização dos componentes da Rede de Atenção às Urgências junto aos municípios da Macrorregião dos Vales (8ª CRS, 13ª CRS e 16ª CRS), por meio da ampliação e qualificação do atendimento pré-hospitalar, móvel e fixo, e das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência, das Enfermarias Clínicas de Retaguarda, das Enfermarias Clínicas de Longa Permanência e dos Leitos de Terapia Intensiva, visa articular, integrar e otimizar todos os componentes desta Rede de Atenção, o que certamente proporcionará e garantirá acesso qualificado, ágil e oportuno dos usuários aos serviços de saúde.

O Comitê de Atenção às Urgências, responsável pela implantação, assessoramento e monitoramento do presente plano - poderá propor às CIRs a suspensão de repasses às instituições habilitadas ao recebimento de recursos, para compor a Rede de Atenção às Urgências, quando descumprirem os compromissos previstos na legislação.

O Plano de Ação Macrorregional, da 8ª, 13 e 16ª CRS – Macrorregional Vales será parte integrante do Plano Estadual de Atenção às Urgências e Emergências, podendo este ser reformulado periodicamente conforme necessidade. As ações e respectivos cronogramas serão revistos anualmente pelo grupo condutor.

As metas, prazos de execução e propostas não foram definidas no presente plano devido a necessidade de uma maior negociação e discussão envolvendo os gestores e agentes locais, bem com como a equipe da macrorregional. 48

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 de set. de 1990. BRASIL. Decreto nº 7.508, de 19 de dezembro de 2010, que Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. CNES 2017.

BRASIL. Portaria de Consolidação GM/MS nº 1, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organiza- ção e o funcionamento do Sistema Único de Saúde;

BRASIL. Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde;

BRASIL. Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;

BRASIL. Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. População residente – estimativas para o TCU – Rio Grande do Sul. Período 2014. Disponível em:

CONSELHO FERERAL DE MEDICINA. Resolução CFM nº 1451/95. Conselho Fe- deral de Medicina de 10 de março de 1995 [publicada no Diário Oficial da União em 17.03.95 - Seção I - Página 3666] estabelece nos Parágrafos I e II do Artigo I as defi- nições para os conceitos de urgência e emergência, a serem adotas na linguagem médica no Brasil.

CONSISA VRT. Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari. Bases SAMU. Disponível em: . Acesso em: 25 nov 2016.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. 8º Coordenadoria Regional da Saúde. 2017 RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. 13º Coordenadoria Regional da Saúde. 2017 RIO GRANDE DO SUL Secretaria Estadual da Saúde. 16º Coordenadoria Regional da Saúde. 2017 RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Estadual da Saúde, Portaria SES/RS nº 396/2008, de 06 de agosto de 2008, que cria incentivo financeiro por leito/mês destinado ao acompanhamento em Unidades de Atenção à Gestante de Risco, doravante denominadas Casa da Gestante, no Estado do Rio Grande do Sul. RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Portaria SES/RS nº 404/2008, de 15 de agosto de 2008, que aprova os critérios gerais para a habilitação aos incentivos previstos na Ação de Apoio aos Hospitais Vinculados ao SUS. RIO GRANDE DO SUL. Site da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, março 2013. Disponível em: http://www.saude.rs.gov.br. Acesso em: 23 nov 2017. RIO GRANDE DO SUL. Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem. Mapa rodoviários 2015. Disponível em: www.daer.rs.gov.br/mapas. Acesso em: 23 nov 2017. RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Estadual da Saúde. Resolução nº 036/07 – CIB/RS, de 24 de março de 2017, que aprova as diretrizes estaduais para a organi- zação da rede de transporte sanitário no Sistema Único de Saúde – SUS.