Uma Parceria Com Moradores De Pedrinhas, Ilha Comprida/SP (FAPESP Processo No 00/06371-0)1 Costa Pinto, Alessandra Buonavoglia2 & Sorrentino, Marcos3

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Uma Parceria Com Moradores De Pedrinhas, Ilha Comprida/SP (FAPESP Processo No 00/06371-0)1 Costa Pinto, Alessandra Buonavoglia2 & Sorrentino, Marcos3 Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 08, janeiro a junho de 2002 Volume 08, janeiro a junho de 2002 Trabalhos Coletivos e Educação Ambiental para a Participação: uma parceria com moradores de Pedrinhas, Ilha Comprida/SP (FAPESP processo no 00/06371-0)1 Costa_Pinto, Alessandra Buonavoglia2 & Sorrentino, Marcos3 Resumo Este projeto focaliza o bairro de Pedrinhas, que se localiza no interior de Área de Proteção Ambiental no Vale do Ribeira/SP. Pesquisas realizadas apontam para a alteração do modo de vida da população caiçara, no tocante as suas práticas econômicas e culturais, como abandono da agricultura e da tradição de trabalhos coletivos a ela associados. Através da metodologia da pesquisa-ação, realiza-se uma intervenção educacional, voltada à re-significação de práticas culturais de ajuda mútua. Pretende-se assim garantir o sentido de pertença da população caiçara, visando aprimorar sua capacidade de enfrentamento de problemas comuns. Parte-se do pressuposto que a educação ambiental está imbuída de um conteúdo político. O trabalho busca contribuir com a construção de uma articulação entre conservação ambiental e bem estar social a partir da realidade cotidiana. Palavras Chave: educação ambiental, participação, trabalhos coletivos, Vale do Ribeira, caiçara. 1 Este artigo é fruto de um projeto que integra o componente "Intervenções e Educação Ambiental" do Projeto Temático “Floresta & Mar: Usos e Conflitos no Vale do Ribeira e Litoral Sul, SP" desenvolvido no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais / UNICAMP, FAPESP processo no 97/14514-1. Contato: [email protected]. 2 Mestranda em Ciência Ambiental pelo PROCAM - Programa de pós-graduação em Ciência Ambiental / USP. 3 Prof. Dr. do Depto de Ciências Florestais, ESALQ/USP e Coordenador do LEPA - Laboratório de Educação e Políticas Ambientais/ESALQ/USP. 21 Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 08, janeiro a junho de 2002 Summary This project focuses on the quarter of Pedrinhas4 which is located within an Environmental Protection Area (APA) in the Vale do Ribeira. Research conducted at the site reveals changes in the way of life of the caiçara5 population with regard to their economical and cultural practices, such as the abandonment of farming activities and tradition of collective work associated thereto. Using the methodology of action- research, the present project proposes to develop, by means of an educational- intervention, the salvaging of cultural practices of mutual help. It claims to maintain the belonging sense of caiçara population, starting with the presupposition that the environmental education is impregnated of politics content. The project seeks to construct an articulation between environmental conservation and social well-being based on their daily reality. Key words: environmental education, participation, collective work, Vale do Ribeira, caiçara. Apresentação Este projeto focaliza o bairro de Pedrinhas em Ilha Comprida, no Vale do Ribeira – SP. Pesquisas realizadas no local apontam para a alteração do modo de vida da população caiçara, no que se refere a suas práticas econômicas e culturais, tais como abandono de práticas agrícolas e, consequentemente, da tradição de trabalhos coletivos a ela associados (Costa-Pinto, 2001a; Carvalho, 1999). O projeto que aqui se apresenta vem desenvolvendo uma intervenção educacional, voltada à re-significação de práticas culturais de ajuda mútua. Pretende-se com isso garantir o sentido de pertença da população caiçara, visando assim aprimorar sua capacidade de enfrentamento de problemas comuns. O trabalho vem sendo desenvolvido em parceria com um grupo de moradores interessados em atividades agrícolas. As reuniões e ajutórios realizados visam combinar a ação do plantio com uma reflexão a respeito de sua própria realidade. O texto está dividido em seis sessões. A primeira sessão conta com uma breve descrição da Ilha Comprida, buscando situá-la no Vale do Ribeira; a segunda apresenta 4 Located on Ilha Comprida , island at the southeastern tip of the State of São Paulo, Brazil. 5 The caiçaras: populations living in the southern part of the Atlantic Forest coast are called caiçaras. They descend from Indians and Portuguese, and sometimes Africans, and depend on agriculture and fishing, for cash and for subsistence. 22 Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 08, janeiro a junho de 2002 alguns aspectos do bairro de Pedrinhas. A terceira sessão discorre sobre trabalhos coletivos; a quarta apresenta a proposta do presente trabalho; a quinta descreve brevemente as etapas realizadas e a sexta, e última, traz as considerações finais. I. A Ilha Comprida Dentre os muitos municípios que compõem o Vale do Ribeira está o município de Ilha Comprida, que se localiza ao sul do litoral paulista, fazendo parte do complexo estuarino-lagunar de Iguape-Cananéia-Paranaguá, (Soares et alli,1999:15). A população da Ilha é estimada em cerca de 8 000 habitantes (Soares et alli, 1999:16), dos quais cerca de 23,9% são ilha compridenses natos (Carvalho, 1999:29). Em 1984 foi criada a APA federal de Cananéia-Iguape-Peruíbe (APA/CIP) e em 1987 foi criada a APA estadual de Ilha Comprida (APA/IC), ficando a Ilha inserida dentro de duas APAs. Ilha Comprida (IC) pertenceu a Iguape e Cananéia até 1992, quando se emancipou e tornou-se um município (Soares et alli,1999). Segue abaixo detalhamento do Macrozoneamento proposto pela APA Estadual de Ilha Comprida, segundo Alves (1999) (Quadro 1): Quadro 1: APA Estadual de Ilha Comprida - Macrozoneamento a) Zonas Urbanas 2 • ZU 1, 3 e 4: Lotes mínimos de 500 m desde que existente rede de abastecimento de água e rede coletora de esgotos, dotada de tratamento. • ZU 2: lotes mínimos de 1000 m2 desde que existente rede de abastecimento de água e rede coletora de esgotos, dotada de tratamento. b) Zona de Ocupação Controlada (1 e 2) • a. lotes mínimos de 1500 m2, quando adotado sistema coletivo de tratamento completo de esgoto ou solução equivalente. • b. lotes mínimos de 3500 m2, quando adotado sistema individual de tratamento e disposição de esgotos compatível com o inciso V do artigo 2o do Decreto 30.817/89. c) Zona de Proteção Especial • não serão permitidos parcelamento de solo, qualquer que seja a sua modalidade d) Zona de Vida Silvestre • regulamentada pela resolução CONAMA 10/88. Estabelece condições ou proíbe urbanização, atividades agrícolas ou pecuárias, mineração, terraplenagem, escavação, drenagem e outros. Pode proibir o uso da biota de tal forma a restringir o exercício da propriedade privada - indenização (equivalente a reservas ecológicas públicas ou privadas) ou permitir o uso moderado e auto-sustentado da biota, regulado de modo a assegurar a manutenção dos ecossistemas. OBS: Zonas urbanizadas até agora: ZU 1, ZU 2, ZU 3 e ZOC2. A APA Federal, por sua vez, prevê sete unidades de gestão, nestas propostas IC ficou inserida em duas delas: I. Alta proteção através do controle e manejo sustentável; 23 Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 08, janeiro a junho de 2002 IV) Conservação através do gerenciamento e controle, com medidas de recuperação (Secretaria do Estado do Meio Ambiente, 1996). II. Pedrinhas O bairro de Pedrinhas está inserido na ZU 3 da APA estadual e na unidade de gestão I da APA federal, concentra cerca de 60% das famílias caiçaras da Ilha, onde existem hoje aproximadamente 250 casas, sendo cerca de 190 de veranistas e 1/3 deste valor (cerca de 60) de moradores locais (Carvalho, 1999). A população caiçara vem tendo suas práticas econômicas e culturais alteradas, um exemplo disso é o abandono dos trabalhos ligados à agricultura e de tradições culturais a ela associadas (Costa-Pinto, 2001a; Carvalho, 1999). De acordo com Hanazaki (2001) práticas agrícolas são hoje residuais não só em Pedrinhas, mas na Ilha Comprida com um todo. Algumas das causas destas alterações parecem estar relacionadas à chegada do turismo, à implantação das APAs e à questão fundiária da Ilha (Costa-Pinto, 2001a; Carvalho, 1999). Em Pedrinhas, a Companhia Melhoramentos de Cananéia comprou terras dos moradores e realizou uma escritura do abraço6 (Carvalho, 1999). Com isso os moradores locais perderam grande parte, ou em alguns casos todas as suas terras. Depoimentos de caiçaras coletados por Carvalho (1999:71) estabelecem uma relação direta entre a questão fundiária e o abandono das práticas agrícolas, quando dizem que deixaram de plantar “depois que apareceu esse negócio de balneário”7. A APA é uma das UCs menos restritivas e que prevê atividades humanas em seu interior. No caso da APA Federal de Canaéia-Iguape-Peruíbe está previsto inclusive o extrativismo comunitário regulamentado, implantação de projetos-pilotos de manejo sustentado, manutenção das comunidades "tradicionais", entre outras atividades (Soares et alli, 1999). Mas, como aconteceu em todo o Vale, a população local desconhece os direitos legais que possuem, associando a APA a uma completa restrição ao uso de recursos naturais. A presença do turismo se faz muito evidente ao olharmos para a ocupação dos moradores, pois praticamente todas as famílias residentes no bairro têm ao menos uma 6 Negociou com os moradores a compra de parte das terras e na escritura consta a compra de toda a propriedade. 7 Os loteamentos são os balneários. 24 Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, Volume 08, janeiro a junho de 2002 parcela de sua renda mensal ligada a atividades turísticas, tais como caseiros(as), jardineiros(as), lavadeiras, piloteiros, pedreiros, comerciáros(as),
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