1

PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPANCI DO SUL

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2014 – 2024

Tupanci do Sul 2015 2

PREFEITURA MUNICIPAL DE TUPANCI DO SUL – RS. CNPJ: 90.484.320/0001-57 Endereço: Avenida Luiz Panisson, 781 CEP: 99.878-000.

GENOR JOSÉ MARCON PREFEITO MUNICIPAL

CLODOMAR FERMINO SOARES VICE-PREFEITO MUNICIPAL

AURORA FRANCIOZI FIGUEIRÓ

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

SILVANA DA ROSA DE ALMEIDA

PERSIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

3

COMISSÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME)

COMISSÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO:

Representante da Escola Mun. de Educ. Inf. Prof.ª Ivete Terezinha Zotti de Lima: Professor (a): Francieli Segalla Belusso Pai de aluno: Silvana Oliveira Munari

Representante da Esc. Mun. de Ens. Fund. Santa Terezinha: Professor (a): Delcy Maria Lira Rankrape Pai de aluno: Zanir Longo

Representante da Esc. Mun. de Ens. Fund. João Munari: Professor (a): Elisabete Zanateli Biazus; Taciane Vachin; Rafael Pedotti Pai de aluno: Dircio Defazzi; Amarildo Zotti

Representante da Esc. Est. De Ens. Médio Gustavo Biazus: Professor (a): Andréia Zanella Zotti Pai de aluno: Lidiovana Zanella Pastorello; Marinês Panisson

Representante do Poder Público.

Câmara Municipal de Vereadores: Vantuir Piva; Idemar Didoné

Administração Municipal: Larissa Defaci Munari

4

Equipe Técnica:

Representantes da Administração Municipal Larissa Defaci Munari, João Daros, Josias Luiz Nodari.

Representantes da Secretaria Municipal de Educação; Aurora Figueiró Franciozi, Lidiane Zotti, Luciane Reche Melára.

Representantes do Ensino Fundamental; Elizabete Terezinha Biazus, Marileuse Didoné e Silvana Rosa de Almeida

Representantes da Educação Infantil; Francieli Segalla Belusso, Leila Cristina Panisson

FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

No dia 20 de abril de 2015, a Secretaria Municipal de Administração juntamente com a Secretaria de Educação e Cultura, realizou o 1º Fórum Municipal para Elaboração do Plano Municipal de Educação de Tupanci do Sul, na Câmara Municipal de Vereadores. Na parte da manhã foi realizado, juntamente com a equipe técnica do P.M.E., e os diretores Municipais, um Mini Fórum, com a palestrante e Especialista Professora Lea Maria Brito Teixeira, onde foi discutido as metas e sanado dúvidas em relação a elaboração do plano. Na parte da tarde, aconteceu o I Fórum Municipal do Plano Municipal de Educação, com a participação do Exmo. Prefeito Municipal Genor J. Marcon, de todo o quadro da Secretaria Municipal de Educação, juntamente com pais e alunos municipais. Na oportunidade as crianças da Escola Mun. de Edu. Infantil Prof. Ivete Terezinha Zotti de Lima, fizeram uma belíssima apresentação, encantando o público presente.

Foi ressaltado a importância da participação de todos os segmentos da sociedade com vistas ao cumprimento do dispositivo no art. 214 da Constituição Federal, de modo que os cidadãos, de forma coletiva, sejam porta-vozes dos anseios desta comunidade.

5

“ Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por omitir!”

Augusto Cury

“ O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.”

Jean Piaget

6

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ------14

2. INTRODUÇÃO ------15

3. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO ------15

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO ------15

3.2 EVOLUÇÃO POPULACIONAL DO MUNICÍPIO ------19

3.3 PROJEÇÃO POPULACIONAL DO MUNICÍPIO ------19 3.3.1 Ordenamento Territorial – Zona Urbana ------20 3.3.2 População residente urbana ------20 3.3.3 Ordenamento Territorial – Zona Rural ------21 3.3.3.1 População residente rural ------21

3.4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ------23

3.5 ASPECTOS AMBIENTAIS ------24 3.5.1 Geologia ------24 3.5.2 Climatologia ------25 3.5.2.1 Clima do Município ------25 3.5.3 Região Fisiográfica ------26 3.5.4 Geomorfologia ------27 3.5.5 Hidrografia ------27 3.5.5.1 Mapa da Hidrografia do Município ------28 3.5.5.2 Bacias Hidrográficas ------29 3.5.6 Topografia ------30 3.5.6.1 Topografia do Município ------31 3.5.7 Solos ------32 3.5.8 Bioma ------33 3.5.9 Vegetação ------34 3.5.10 Relevo ------34 7

3.6 TURISMO E LAZER ------35 3.6.1 Aspectos Sociais e de infraestrutura da Comunidade ------37 3.6.2 Histórico Educacional Tupanciense ------39

4. EDUCAÇÃO INFANTIL ------41

4.1 DIAGNÓSTICO ------41

4.2 DIRETRIZES ------41 4.2.1 Bloco Administrativo ------43 4.2.2 Bloco de Serviço ------44 4.2.3 Blocos Pedagógicos ------44 4.2.4 Pátio Coberto/ refeitório ------45 4.2.5 Anfiteatro ------45 4.2.6 Playground ------45 4.2.7 Pórtico ------45 4.2.8 Reservatórios ------45

4.3 METAS E ESTRATÉGIAS ------46 Meta 1 PNE: ------46

4.3.1 Estratégias da educação infantil ------46

5. ENSINO FUNDAMENTAL ------47 Total de Escolas de Educação Básica ------47

5.1 DIAGNÓSTICO ------48

5.2 DIRETRIZES ------60 Meta 2 PNE ------60

5.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL ------61

6. ENSINO MÉDIO ------63

6.1 DIAGNÓSTICO ------63 8

6.2 DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO ------63 META 3 PNE ------64

6.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO MÉDIO ------65

7. EDUCAÇÃO ESPECIAL ------66

7.1 DIAGNÓSTICO ------66

7.2 DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL------67 Meta 4 PNE ------68

7.3 ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ------69

8. ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA ------70

8.1 DIAGNÓSTICO ------70

8.2 DIRETRIZES DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA ------70 Meta 5 PNE ------71

8.3 ESTRATÉGIAS DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA ------71

9. TURNO INTEGRAL ------72

9.1 DIAGNÓSTICO ------72

9.2 DIRETRIZES TURNO INTEGRAL ------72 Meta 6 PNE ------73

9.3 ESTRATÉGIAS TURNO INTEGRAL ------74

10. INDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA ------74

10.1 DIAGNÓSTICO ------74

10.2 DIRETRIZES IDEB ------75 Meta 7 PNE ------75 9

10.3 ESTRATÉGIA IDEB ------76

11. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ------76

11.1 DIAGNÓSTICO EJA ------76

11.2 DIRETRIZES EJA ------77 Meta 8 PNE ------78

11.3 ESTRATÉGIAS EJA ------78 Meta 9 PNE ------79

11.4 ESTRATÉGIA EJA FUNDAMENTAL ------79 Meta 10 PNE ------80

11.5 ESTRATÉGIAS MATRÍCULAS EJA ------80

12. DIAGNÓSTICO EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE ------81

12.1 DIRETRIZES ------81 Meta 11 PNE ------82

12.2 ESTRATÉGIAS ------82

13. DIAGNÓSTICO ENSINO SUPERIOR ------83

13.1 DIRETRIZES ------83 Meta 12 PNE ------84

13.2 ESTRATÉGIAS DO ENSINO SUPERIOR ------84 Meta 13 PNE ------84

13.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO SUPERIOR: ELEVAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO ------85 Meta 14 PNE ------85

13.4 ESTRATÉGIAS DE PÓS-GRADUAÇÃO ------85 10

14. DIAGNÓSTICO DA VALORIZAÇÃO DOS EDUCADORES ------86 Tabela 24: Dados estatísticos dos professores municipais ------86

14.1 DIRETRIZES ------87 Meta 15 PNE: ------88

14.2 ESTRATÉGIAS DA FORMAÇÃO CONTINUADA ------89 Meta 16 PNE ------89

14.3 ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO ------90 Meta 17 PNE: ------91

14.4 ESTRATÉGIAS DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO ---- 91 Meta 18 PNE ------92

14.5 ESTRATÉGIAS PARA REELABORAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA ------93

15. DIAGNÓSTICO DE GESTÃO ------94

15.1 DIRETRIZES ------96 Meta 19 PNE ------101

15.2 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO ------102 Meta 20 PNE ------104

15.3 ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO ------104

16. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO ------106

REFERÊNCIAS ------107

ANEXOS ------109

11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PNE: Plano Nacional de Educação PEE: Plano Estadual de Educação PME: Plano Municipal de Educação LDB: Lei das Diretrizes e Bases MEC: Ministério da Educação ENEM: Exame Nacional de Ensino Médio NEES: Necessidades Especiais. PNAIC: Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa PEE/RS: Plano Estadual de Educação do FUNDEB: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação. IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Metodologia IDEB: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica EJA: Educação de Jovens e Adultos MDE: Manutenção e Desenvolvimento de Ensino RAE: Rede de Apoio a Escola PPP: Projeto Político Pedagógico APM: Associação de Pais e Mestres ENEM: Exame Nacional do Ensino Médio PNAIC: Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa EJA: Educação de Jovens e Adultos PPA: Plano Plurianual

IES: Instituto de Ensino Superior

QEdu: Qualidade da Educação CNDE: Conselho Nacional de Direito a Educação CAO: Custo Aluno Qualidade

12

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Mapa de localização do Município. ------16 Figura 02: Vias de Acesso do Município. ------17 Figura 03: Mapa de Acesso do Município. ------18

Figura 04: Mapa da Evolução Populacional do Município.------19

Figura 5: Geologia do Município de Tupanci do Sul ------25 Figura 06: Climatologia do Município de Tupanci do Sul------26 Figura 07: Geomorfologia do Município. ------27 Figura 08: Hidrografia do Município. ------28 Figura 09: Região Hidrográfica do Uruguai. ------29 Figura 10: Bacia Hidrográfica do rio Apuaê - Inhandava. ------30 Figura 11: Topografia do Município. ------31 Figura 12: Solo do Município. ------32 Figura 13: Bioma do Município. ------33 Figura 14: Vegetação do Município. ------34 Figura 15: Relevo do Município. ------35 Figura 16: Diferenças do FUNDEF x FUNDEB ------96 Figura 17: Composição do FUNDEB. ------97 Figura 18: Recursos para MDE ------98 Desenho 1: Mapa do território do município ------22

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Caracterização Geral do Território. ------18 Tabela 02: Caracterização Específica do Território. ------18 Tabela 03: Síntese Demográfica do Município. ------20 Tabela 04: Saúde no Município. ------37 Tabela 05: Programas de Saúde do Município. ------37 Tabela 06: Educação no Município. ------37 Tabela 07: Segurança do Município.------37 Tabela 08: Comunicação do Município. ------38 Tabela 09: Infraestrutura Social da Comunidade. ------38 Tabela 10: Forma de abastecimento de água do domicílio particular permanente do município. ------38 Tabela 11: Panorama geral do aspecto educacional do município entre 2010-2014 --- 40 Tabela 12: Panorama educacional do município em relação ao ensino fundamental 2010-2014 ------40 Tabela 13: Dados da educação infantil, conforme a realidade do município, de 2010 a 2014, por idade e turmas, respeitando o corte etário. ------43 Tabela 14: Total de escolas de educação básica ------47 Tabela 15: Taxa de Aprovação, Reprovação, Abandono e IDEB dos alunos da Escola João Munari ------50 Tabela 16: Taxa de Aprovação, Reprovação, Abandono e IDEB dos alunos da Escola Santa Tereza ------52 Tabela 17:Infraestrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Munari. - 53 Tabela 18: Infraestrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha ------54 Tabela 19: Infraestrutura da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Ivete Terezinha Zotti de Lima. ------56 Tabela 20: Rendimento- rede municipal ------57 Tabela 21: Resultado da Prova Brasil- Rede Estadual e Municipal. ------58 Tabela 22: Número de Escolas por Etapa de Ensino- Rede Estadual e Municipal. ---- 59 Tabela 23: Evolução IDEB do município de Tupanci do Sul. ------75

14

1. APRESENTAÇÃO

Ao reestruturar o Plano Municipal de Educação, Tupanci do Sul firma o seu compromisso com o ensino, estabelecidos a curto médio e longo prazo, visando as metas e estratégias a serem alcançadas em 10 anos. O Plano Municipal de Educação, foi elaborado pelas Comissões de diferentes seguimentos da sociedade, em especial das comunidades escolares. Priorizou diretrizes e metas a serem executadas. O Plano Municipal de Educação de Tupanci do Sul - RS, tem como objetivo nortear a política educacionais do município, configurando-se com objetivos e metas comuns as ações já realizadas, os recursos financeiros disponíveis e previstos juntamente com os aspectos legais que dão sustentação os quais deverão ser atendidos. O município deverá desenvolver suas ações educacionais integradamente com as Políticas e Planos Educacionais da União e do Estado, baseado na Lei Federal no 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, considerando em suas diretrizes, objetivos e metas, o Plano Nacional de Educação aprovado pela Lei Federal no 10.172 de 09 de janeiro de 2001. 0 mesmo objetiva contribuir, gradativamente, para melhoria das condições e da qualidade de vida de toda a sociedade, propondo uma educação de qualidade a todos os níveis, elevação global do nível de escolarização da população, redução nas desigualdades sociais, a democratização da gestão do ensino e a realização de uma educação permanentemente inclusiva. O Plano Municipal de Educação projeta políticas e fixa objetivos para educação municipal em diferentes níveis, etapas e modalidades de ensino, concretamente responsabilizando-se pelas demandas e respectivos recursos para sua atual rede e seu crescimento nas áreas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, orientando os próximos gestores educacionais a dar sequência no trabalho implementando onde o aluno é o centro do processo de sua permanência com sucesso na escola o nosso foco.

15

2. INTRODUÇÃO

O Processo de construção e desenvolvimento de qualquer sociedade, a formação da identidade cultural de um povo, a consciência social dos indivíduos, o exercício político da cidadania, intrinsecamente estão relacionados com um aspecto fundamental de nossa vida social: a educação. Não entendemos sociedade/democracia/educação Dissociadas. Elas se entrelaçam e se completam, agem em consonância com as necessidades do mundo atual, preparando seus componentes e dotando-os dos qualitativos essenciais à continuação da humanidade. O PME, trata do conjunto da Educação, no âmbito Municipal, expressando uma política educacional de todos os níveis, bem como etapas e modalidades de educação ensino. Este processo de construção coletiva, com a demonstração de um forte espirito democrático, nos enche de esperança e nos aponta para um caminho em que a educação é alicerce para desenvolvimento de uma sociedade plena. Espera-se que o PME, de Tupanci do Sul, aponte para uma Educação Plena, que contribua para formação de cidadãos, com uma nova visão de mundo, em condições para interagir na contemporaneidade de forma construtiva, solidária, participação e sustentável.

3. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

O topônimo Tupanci é de origem tupi-guarani que significa "Mãe de Deus". Sua formação étnica é principalmente italiana e portuguesa.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

A caracterização do município foi realizada com os dados gerais obtidos através do Instituto Brasileiro de Geografia – IBGE; Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul – FEE/RS e Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. O Município de Tupanci do Sul está localizado no Estado do Rio Grande do Sul, na Região Noroeste Rio-grandense, e faz parte da Associação dos Municípios do Noroeste Rio- grandense – AMUNOR, distante da capital do estado 360 km.

16

Figura 01: Mapa de localização do Município.

Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

 Lei de criação: Tem sua data de criação em 20/03/1992. Lei Estadual nº 9.629  Posição Geográfica: latitude -27,925 e longitude -51,536.  Altitude: em relação ao nível do mar 824 m.  População: 1.573 habitantes (IBGE 2010).  População Estimada: 1.591 habitantes (IBGE 2014).  Endereço: A Prefeitura Municipal tem sua sede na Avenida Luiz Panisson, 781.  CEP: 99878-000.  Porte do Município: Micro.  Acesso: Tem como via de acesso a BRS-116 e BRS-386, BRS-287, BRS-158 e BRS-392.

17

Figura 02: Vias de Acesso do Município.

Fonte: DAER, 2014.

Para chegar ao município de Tupanci do Sul partindo de , existem pelo menos três caminhos diferentes. Levando em consideração a distância entre as duas cidades, o trajeto mais curto se dá através da BR 290, saída de pegue a BR 116. Após a ERS 240 em Farroupilha/B. Gonçalves, RS 122, BR 470, RS 324, BR 285/BR 470, seguindo por esta até a entrada da sede de Tupanci do Sul. O acesso efetua-se pela BR 470, totalizando um percurso de aproximadamente de 299 km desde a capital do estado.

18

Figura 03: Mapa de Acesso do Município.

Fonte: Google Mapas, 2014.

Tabela 01: Caracterização Geral do Território. Estado Município População Área Bioma TUPANCI DO RS 1.573 hab. 135,115km2 Mata Atlântica SUL Fonte: IBGE, 2010.

Tabela 02: Caracterização Específica do Território. Caracterização do Noroeste Riograndense e Região Geográfica Território Sul. Área 135,115 km² Densidade Demográfica 11,64 Altitude da Sede 824 Ano de Instalação 20/03/1992 Distância da Capital do 360 km Estado Microrregião Mesorregião Noroeste Riograndense Fonte: IBGE, 2010.

19

3.2 EVOLUÇÃO POPULACIONAL DO MUNICÍPIO

Distrito criado com a denominação de Gustavo Berthier, pela Lei Municipal n.º 552, de 16-08-1955, (ex-povoado), desmembrado do distrito de Clemente Argôlo, subordinado ao município de . Pela Lei Estadual n.º 3.822, de 10-09-1959, transfere o distrito de Gustavo Berthier do município de Lagoa Vermelha para o novo município de São José do Ouro. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito figura no município de São José do Ouro. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. Elevado à categoria de município com a denominação de Tupanci do Sul, pela Lei Estadual n.º 9.629, de 20-03-1992, desmembrado do município de São José do Ouro. Sede no atual distrito Tupanci do Sul (ex-Tupanci). Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01- 1993. Em divisão territorial datada 2001, o município já denominado Tupanci do Sul é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009. Alteração toponímica distrital.

3.3 PROJEÇÃO POPULACIONAL DO MUNICÍPIO.

Neste primeiro momento, com base nos dados, identificamos que houve um decréscimo populacional, conforme demonstrado:

Figura 04: Mapa da Evolução Populacional do Município.

Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010.

20

Tabela 03: Síntese Demográfica do Município. Ano Síntese Demográfica 1970 1980 1991 2000 2010 População Total - - - 1.728 1.573 Masculina - - - 899 816 Feminina - - - 829 757 Urbana - - - 459 473 Rural - - - 1.269 1.100 Taxa de Urbanização (%) - % - % - % 26,6 % 30,1% Fonte: IBGE, 2010.

A população estimada conforme Censo IBGE para o ano de 2014 é de 1.591 habitantes.

3.3.1 Ordenamento Territorial – Zona Urbana

A Zona Urbana do município é delimitada pelo Lei do Perímetro Urbano Legal, conforme disposto na Lei complementar nº 001, de 07 de março de 2006 e divide-se em: Zona Urbana de Ocupação Prioritária e Zona de Expansão Urbana. . A Zona Urbana de Ocupação Prioritária é composta pelas áreas da cidade efetivamente ocupadas, servidas por ruas e glebas a elas contíguas, formada pelos seguintes bairros: Centro.

. A Zona de Expansão Urbana é constituída pelas áreas da cidade situadas entre a Zona Urbana de Ocupação Prioritária e o Perímetro Urbano Legal.

3.3.2 População residente urbana

A população residente urbana no município, conforme IBGE 2010 é de 473 pessoas.

21

3.3.3 Ordenamento Territorial – Zona Rural

A Zona Rural do município de Tupanci do Sul - RS é composta pelas seguintes localidades: Linha Zotti, Linha Taboão, Santa Tereza, Sede Piva, Linha Claudino, Linha Palmeira, Sede Ravizone, Linha Lira e Linha Varejão.

3.3.3.1 População residente rural

A população residente rural no município, conforme IBGE 2010 é de 1.100 pessoas. Na página a seguir pode-se ver o mapa urbano do município de Tupanci do Sul. 22

Desenho 1: Mapa do território do município

Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014. 23

3.4 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

Para sumarização dos aspectos socioeconômicos do município, foi utilizado o IDESE (Índice Sintético), elaborado pela FEE-RS (Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul), que abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos municípios do Estado. O IDESE é inspirado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos classificados em quatro blocos temáticos: educação; renda; saneamento e saúde. Também como fonte de informação, foi utilizado o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM, apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Fundação João Pinheiro, no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013), com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Nesse contexto, observa-se que o IDHM para 2010 apontou um índice de 0,727 para o Brasil e 0,694 para o município de Tupanci do Sul – RS. Em relação a outros fatores, o IDHM (2010) apontou:

− IDHM Educação: 0,595 − IDHM Longevidade: 0,818 − IDHM Renda: 0,688

Nesse contexto, o IDESE médio para 2010 apontou um índice de 0,709 para o município, que lhe inseriu em 223º na ordem de colocação em relação ao total dos municípios gaúchos. Para os outros fatores, os valores encontrados foram:

− Educação: Índice de 0, 724 - 86º entre os municípios gaúchos; − Renda: Índice de 0, 565 - 346º posição; − Saúde: Índice de 0,837 - 204º na classificação.

24

3.5 ASPECTOS AMBIENTAIS

Fizemos a caracterização simplificada do município com a apresentação de mapas da base cartográfica do IBGE, usando geotecnologia, contemplando: Geologia, Climatologia, Região Fisiografia, Geomorfologia, Hidrografia, Solos, Bioma, Vegetação e Relevo, predominantes no município.

3.5.1 Geologia

Segundo KAUL (1990), o panorama geológico atual do Estado é o de uma região que abrange três grandes domínios geológicos: Terrenos Pré-cambrianos, Bacia do Paraná e Cobertura de Sedimentos Cenozóicos. Geologia Local: Segundo o mapa geológico do Rio Grande do Sul, elaborado pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM - o município de Tupanci do Sul encontra-se na província geológica do Paraná, na unidade da Formação Serra Geral, Fácies Paranapanema (K 1 β pr) e Fáceis Esmeralda (K 1 β es). A província geológica do Paraná corresponde à bacia do Paraná, ela abrange uma área de 1 milhão de Km² e é constituída por sedimentos clásticos e derrames basálticos, essa província pode alcançar a espessura de 7,800 metros. A Formação Serra Geral caracteriza-se por derrames de basaltos, basalto andesitos, riodacitos e riolito, de filiação toleítica, onde intercalam-se arenitos intertrápicos Botucatu na base e litarenitos e sedimentos vulcanogênicos da porção mediana ao topo da sequência. A Fácies Paranapanema (K 1 β pr), caracteriza-se por derrames basálticos granulares finos, melanocráticos, contendo horizontes vesiculares espessos preenchidos por quartzo (ametista), zeolitas, carbonatos, seladonita, Cunativo e barita, compreendo a maior concentração das jazidas de ametista do estado. A Fáceis Esmeralda (K 1 β es) caracteriza-se por derrames basálticos, microgranulares textura microgranular, dominantemente pretos, comuns vesículas mili a centimétricas com opala preta e água, eventual presença de Cunativo, alteração amarelo ovo (jarosita) característica. O mapa com uso de geotecnologia permite fazer uma interpretação adequada.

25

Figura 5: Geologia do Município de Tupanci do Sul

Fonte: IBGE, 2013.

3.5.2 Climatologia

O clima presente no Rio Grande do Sul é Subtropical. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. Temperaturas médias em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.

3.5.2.1 Clima do Município

O clima de Tupanci do Sul é sub-tropical, com temperaturas que variam de 5ºC negativo a 33ºC positivo. A temperatura média anual é de 17ºC. No inverno a temperatura é suavizada por correntes de ventos periódicos e locais. A pluviometria está em torno de 1500 à 1800 mm por ano na região. As chuvas são, normalmente, bem distribuídas durante os meses do ano, sendo que o inverno é a época com maior concentração. Além de precipitações em forma de chuvas, também registram-se, raramente, em forma de neve e granizo.

As massas de ar que atuam no município são: Massa Tropical Atlântica: quente e úmida, que origina-se no Atlântico Sul. 26

Massa Polar Atlântica: fria e úmida, que origina-se no anticiclone situado ao Sul da Patagônia, no Atlântico. Sua atuação mais intensa é no inverno.

Figura 06: Climatologia do Município de Tupanci do Sul

Fonte: IBGE, 2013.

3.5.3 Região Fisiográfica

Localizada no Estado do Rio Grande do Sul, fazendo divisa ao Nordeste com o Estado de Santa Catarina. Os principais municípios são: Vacaria, Bom Jesus, São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Lagoa Vermelha, Esmeralda e outros. Sua área, segundo FORTES (1956), é de 21.033 km². O relevo é suave com recortes profundos de alguns rios. Esta região é formada de uma planície elevada de inclinação para Oeste. O material de origem é basáltico. As altitudes variam entre 1.200 metros nos Aparados da Serra até 900 metros mais a Oeste. A vegetação predominante é o campo, interrompida por capões de Araucária. Ao longo dos Aparados há uma faixa de pinhais extensos. Nas partes ocidentais da região existem grandes pinhais encravados nos campos. Somente no vale do Rio há uma ligação direta da floresta latifoliada (subindo o vale do Uruguai e indo até as Missões) com a mesma formação na borda Leste do Planalto, contatando com as florestas atlânticas de Santa Catarina.

27

3.5.4 Geomorfologia

Geomorfologicamente pode-se dividir o Estado em quatro Províncias: Planalto da Serra Geral, Planície Costeira, Depressão Periférica e Planalto Sul Riograndense. A região onde se localiza o município de Tupanci do Sul, está na Região Fisiográfica dos Campos de Cima da Serra, e está definida de acordo com a característica da vegetação e da situação do relevo. O Campo de Cima da Serra é situada na porção nordeste do RS, constitui de uma superfície aplainada com cotas acima de 900 m, delimitado ao sul por São Francisco de Paula, ao norte por Bom Jesus,a leste por Cambará do Sul e a oeste por São Marcos. Suporta uma vegetação de campos de altitude entremeados por mata com araucárias, a cobertura geológica predominantes são de rochas vulcânicas ácidas (riolito, dacito) e o relevo varia de suave ondulado a forte ondulado. O mapa com uso de geotecnologia permite fazer uma interpretação adequada.

Figura 07: Geomorfologia do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

3.5.5 Hidrografia

O Brasil possui a rede hidrográfica mais extensa do Globo, com 55.457km². Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e extensão, o que constitui um importante recurso natural. Em decorrência da natureza do relevo, predominam os rios de Planalto. 28

A maior demanda por água no Brasil, como acontece em grande parte dos países, é a agricultura, sobretudo a irrigação, com cerca de 65% do total. O uso doméstico responde por 18% da água, em seguida está a indústria e, por último, a pecuária (dessedentação animal). O Brasil sempre privilegiou o uso desse recurso para a produção de energia e para o uso múltiplo das águas das bacias hidrográficas (navegação, irrigação, pesca e abastecimento).

3.5.5.1 Mapa da Hidrografia do Município

O município Tupanci do Sul encontra-se, segundo o mapa hidrogeológico do Rio Grande do Sul, localizado sobre o Sistema Aquífero Serra Geral II. Este sistema aquífero ocupa a parte oeste do Estado, os limites das rochas vulcânicas com o rio Uruguai e as litologias gonduânicas além da extensa área nordeste do planalto associada com os derrames da Unidade Hidroestratigráfica Serra Geral. Suas litologias são predominantemente riolitos, riodacitos e em menor proporção, basaltos fraturados. Seu aquífero mais importante é o Guarani (nomenclatura atual do Botucatu), formado pelo arenito Botucatu, que na área aflorante (bordas da Bacia) é livre e fornece água em poços de 100 a 200 metros de profundidade, com vazões que variam de 10 a 150 m³/h. Já nas áreas cobertas pelo derrame basáltico, apresenta-se confinado. Suas capacidades específicas são muito variáveis, predominando valores entre 1,0 e 4,0m³/h/m.

Figura 08: Hidrografia do Município.

Fonte: IBGE, 2013. 29

3.5.5.2 Bacias Hidrográficas

O município de Tupanci do Sul está inserido na Região Hidrográfica do Uruguai. Segundo a SEMA (2010), a Região Hidrográfica do Uruguai abrange a porção norte, noroeste e oeste do território Riograndense, com uma área de aproximadamente 127.031,13 Km2, equivalente a 47,88 % da área do Estado. Sua população total está estimada em 2.416.404 habitantes, que equivale a 23,73 % da população do Estado, distribuídos em 286 municípios, com uma densidade demográfica em torno de 19,02 hab/Km2. Esta Região está subdividida em nove Bacias Hidrográficas: Apuauê-Inhandava (U-10), -Várzea (U-20), Turvo-Santa Rosa- (U-30), Butuí-Piratinim-Icamaquã (U-40), Ibicuí (U- 50), Quaraí (U-60), Santa Maria (U-70), Negro (U-80) e Ijuí (U-90). As principais atividades econômicas desenvolvidas neste contexto estão relacionadas principalmente com a agricultura, notabilizando-se as culturas do arroz irrigado, na bacia hidrográfica dos rios Butuí-Piratinim-Icamaquã, Santa Maria, Ibicuí e Quaraí, e soja e milho, nas dos rios Ijuí, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Passo Fundo-Várzea e Apuauê-Inhandava.

Figura 09: Região Hidrográfica do Uruguai.

Fonte: Plano de Desenvolvimento Sustentável da região Brasileira do Rio Uruguai, 2009.

30

O seu comitê foi criado pelo Decreto Estadual n°41.490 de 18 de março de 2002.

Figura 10: Bacia Hidrográfica do rio Apuaê - Inhandava.

Fonte: SEMA/RS, 2014.

A Bacia Hidrográfica Apuaê Inhandava situa-se a norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas geográficas 27°14' a 28°45' de latitude Sul e 50°42' a 52°26' de longitude Oeste. Abrange a Província Geomorfológica Planalto Meridional. Possui área de 14.599,12 Km² e população estimada em 355.521 habitantes, abrangendo municípios como Bom Jesus, , Lagoa Vermelha, São José dos Ausentes, Tapejara e Vacaria. Os principais corpos de água são os rios Apuaê, Inhandava, Cerquinha, Pelotas, Arroio Poatã e o Rio Uruguai. O principal uso de água na bacia se destina ao abastecimento público.

3.5.6 Topografia

O panorama geológico atual do Estado é o de uma região que abrange três grandes domínios geológicos: Terrenos Pré-Cambriânicos, Bacia do Paraná e Cobertura de Sedimentos Cenozóicos.

31

3.5.6.1 Topografia do Município

A topografia do município é composta na sua maioria por Latossolo Vermelho Distrófico. O Latossolo Vermelho Aluminico Ferrico LVaf , segundo a classificação da EMATER, é um solo profundo, homogêneo e altamente intemperizados. Estes apresentam normalmente a sequência de horizontes A-Bw-C, onde o horizonte Bw é do tipo latossólico. Em alguns casos podem ser um pouco profundos associados com inclusões de Neossolo Regolíticos ou Litólicos. Eles apresentam pouco ou nenhum incremento de argila com a profundidade e tem uma transição difusa ou gradual entre horizontes, por isso são muito homogêneos, onde fica difícil a identificação dos horizontes. Devido as suas propriedades físicas (profundos, bem drenados, muito porosos, friáveis e bem estruturados) e as condições do relevo (suave ondulado a ondulado) estes possuem boa aptidão agrícola, desde que corrigida a fertilidade química. O mapa com uso de geotecnologia demonstrado a seguir, também permite fazer uma interpretação adequada.

Figura 11: Topografia do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

32

3.5.7 Solos

O Rio Grande do Sul caracteriza-se por uma heterogeneidade muito grande de tipos de solos, tendo em vista a grande diversidade dos fatores responsáveis pela formação desses solos. Em relação ao solo do município, conforme apresenta o Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2012), estes são classificados em Latossolos, são profundos, bem drenados, ácidos e de baixa fertilidade, podendo apresentar toxidez por alumínio para as plantas. Entretanto, a profundidade do solo associada ao relevo suave os torna de boa aptidão agrícola, desde que corrigida a fertilidade química, podendo ser utilizados com culturas de inverno e de verão. Ocorrem, predominantemente, no norte do Estado na área do Planalto Meridional. No município de Tupanci do Sul, predomina um relevo suave ondulado, com solos dos tipos Latossolo Vermelho Distrófico. O mapa com uso de geotecnologia demonstrado a seguir permite fazer uma interpretação adequada.

Figura 12: Solo do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

33

3.5.8 Bioma

O município de Tupanci do Sul insere-se no Bioma Mata Atlântica, Região Fitogeográfica denominada subformação Gramíneo-Lenhosa com presença de Florestas de Galeria, a qual encontra-se amplamente distribuída por áreas com altitudes acima de 800 metros, constituída por gramíneas cespitosas, acompanhadas por espécies das famílias compostas, ciperáceas, leguminosas, entre outras. Conforme já observara Rambo (1949), nos locais mais úmidos e ao longo dos banhados, a composição muda, ocorrendo turfeiras, onde predominam espécies de musgos e samambaiais, geralmente recobertas por densa vegetação de gramíneas e ciperáceas. A vegetação arbórea é constituída por exemplares de Araucaria angustifolia, isolados ou em agrupamentos puros, formando capões e mata de galeria, os quais são compostos por exemplares típicos de Floresta Ombrófila Mista. Na Estepe, a ação antrópica esta presente principalmente através da pecuária, que utiliza a vegetação gramínea como pastagem para o gado, onde o fogo é utilizado anualmente na eliminação da folhagem herbácea seca, com vistas a rebrota antecipada das gramíneas, que, juntamente com o pastoreio do gado, constituem fatores de modificação do estrato herbáceo (BRISTOT, 2001).

Figura 13: Bioma do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

34

3.5.9 Vegetação

Nosso Município está inserido na região fitogeográfica classificada como floresta do planalto, FLORESTA AMBROFILA MISTA, com presença de araucária, no município podemos encontrar pequenas florestas as margens dos rios (matas ciliares), sendo estas responsáveis por manter a umidade e controlar o assoreamento do solo.

O mapa com uso de geotecnologia demonstrado a seguir permite fazer uma interpretação adequada.

Figura 14: Vegetação do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

3.5.10 Relevo

O relevo do município de Tupanci do Sul predomina um relevo suave ondulado, com solos dos tipos Latossolo Vermelho Distrófico. O Latossolo Vermelho Aluminico Ferrico LVaf (figura 7), segundo a classificação da EMATER, é um solo profundo, homogêneo e altamente intemperizados. Estes apresentam normalmente a sequência de horizontes A-Bw-C, onde o horizonte Bw é do tipo latossólico. Em alguns casos podem ser um pouco profundos associados com inclusões de Neossolo Regolíticos ou Litólicos. Eles apresentam pouco ou nenhum incremento de argila com a profundidade e tem uma transição difusa ou gradual entre 35

horizontes, por isso são muito homogêneos, onde fica difícil a identificação dos horizontes. Devido as suas propriedades físicas (profundos, bem drenados, muito porosos, friáveis e bem estruturados) e as condições do relevo (suave ondulado a ondulado) estes possuem boa aptidão agrícola, desde que corrigida a fertilidade química. O mapa com uso de geotecnologia demonstrado a seguir permite fazer uma interpretação adequada.

Figura 15: Relevo do Município.

Fonte: IBGE, 2013.

3.6 TURISMO E LAZER

 Balneário Invernada da Serra

Balneário de águas naturais, com piscinas, camping, churrasqueiras, chuveiros. Está localizado no interior do município a 3 km da sede, com fácil acesso. Linha Sede Claudino.

 Cascata do Cambará

De propriedade da família Machado, a cascata do Cachoeirão tem 10 m de altura e forma um lago natural bom pra banhos. No alto da cascata tem-se uma visão da cidade e dos arredores, e a paisagem natural favorece a reflexão e o encontro com a natureza. Está localizada na Linha Zotti. 36

 Gruta Nossa Senhora da Salete

A Gruta Nossa Senhora da Salete está localizada na sede do município, ao lado da Igreja Matriz. Construída aproximadamente em 1950 em pedra lascada com a imigração italiana que deu origem ao município. Sede do município.

 Floresta de Araucárias

A floresta de araucárias é mata nativa preservada por toda a comunidade tupanciense, tem cerca de 1000 árvores formando mata fechada. Está localizada perto da Gruta Nossa Senhora da Salete na sede do município.

 Casa Cruzeiro

A Casa Cruzeiro é patrimônio histórico do município, construída em 1939 pela família Marchiori um dos primeiros habitantes do município. Feita de madeira de araucárias, coberta de zinco, típica construção da imigração italiana, com dois sobrado e porão, onde os proprietários fabricavam e vendiam vinho e salames. Hoje funciona um armazém que atende toda a população tupanciense e região.

 Santuário Nossa Senhora da Saúde.

A Paroquia Nossa Senhora da Saúde, tornou-se santuário no dia 21/11/2011, onde realiza todo ano, no último final de semana de novembro Romaria de Nossa Senhora da Saúde.

37

3.6.1 Aspectos Sociais e de infraestrutura da Comunidade

Tabela 04: Saúde no Município. Saúde (2014)

Identificação Quantidade Descrição 00 Hospital 01 Unidade Básica de Saúde SAÚDE 00 Internações Hospitalares 00 Número de Leitos Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

Tabela 05: Programas de Saúde do Município. Programa Estratégia da Saúde Programa de Agente Agentes de Saúde da Família Comunitário de Saúde Equipes Agentes Equipes Agentes

MUNICÍPIO 00 00 00 04

Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

Tabela 06: Educação no Município. Educação (2014)

Identificação Quantidade Descrição 01 Educação Infantil 03 Ensino Fundamental EDUCAÇÃO 01 Ensino Médio 00 Ensino Especial Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

Tabela 07: Segurança do Município. Segurança (2014)

Identificação Quantidade Descrição 01 Brigada Militar SEGURANA 00 Bombeiros 00 Delegacia da Policia Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

38

Tabela 08: Comunicação do Município. Comunicação (2014)

Identificação Quantidade Descrição 219 Terminais Telefônicos em Serviço/ Total Terminais Telefônicos em Serviço/ 215 COMUNICAÇÃO Acessos Individuais Terminais Telefônicos em Serviço/ 04 Acessos Públicos Fonte: FEE – Brasil Telecom, 2006.

Tabela 09: Infraestrutura Social da Comunidade. Infraestrutura Social da Comunidade Identificação Quantidade Descrição Postos de Saúde 01 Cidade e Interior Igrejas 10 Cidade e Interior Educação Infantil/ 30 Matrícula Inicial/Total Ensino Fundamental/ 256 Escolas Matrícula Inicial/Total 64 Ensino Médio/Matrícula Inicial/Total - Ensino Especial/Matrícula Inicial/Total Cemitérios 05 Cidade e Interior Fonte: Prefeitura Municipal de Tupanci do Sul, 2014.

Tabela 10: Forma de abastecimento de água do domicílio particular permanente do município. Tipo Ano/Nº Domicílios

Abastecimento Água 2010 Rede Geral 334 Poço ou nascente (na propriedade) 121 Poço ou nascente (fora da propriedade) 80 Rio, açude, lago ou igarapé - Outra forma - Fonte: IBGE. Censo Demográfico, 2010.

39

3.6.2 Histórico Educacional Tupanciense

Através do Plano Municipal de Educação, busca se proporcionar à população Tupanciense e regional uma educação que nos leve a construção de uma sociedade justa, harmônica, democrática, solidária, participativa, crítica, comprometida com a transformação social, que respeita a diversidade cultural e étnica, exercendo dessa forma sua cidadania. Na Constituição Federal, no seu Art. 214, que estabelece o Plano Nacional de Educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009). I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto ( PIB). (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009. Todos os municípios devem elaborar e reestruturar seus Planos Municipais de Educação, com todos os segmentos da comunidade, em consonância com Plano Nacional de Educação e o Plano Estadual de Educação. Tupanci do Sul, tem diferentes níveis de Ensino. Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio a cargo do Estado. O município tem 3 escolas Municipais com 173 alunos, e 1 escola Estadual, com 108 alunos, somando um total de 281 alunos no município. Sempre foi possível atender a demanda dos alunos, ampliando o atendimento da Educação Infantil, com vagas suficientes para atender clientela do município. O quadro docente é composto por 20 professores, sendo que 19 deles tem graduação e pós- graduação, onde somente um professor tem o magistério de nível médio.

40

Tabela 11: Panorama geral do aspecto educacional do município entre 2010-2014 2010 2011 2012 2013 2014 Número de Escolas Estaduais de 01 01 01 01 01 Ensino Fundamental Número de Escolas que atendem à 01 01 01 01 01 Educação Infantil Número de Escolas que oferecem o 01 01 01 01 01 Ensino Médio Número de Escolas que oferecem a 01 01 01 01 01 EJA Número de Escolas Particulares 0 0 0 0 0 TOTAL 04 04 04 04 04 Fonte: SMEC de Tupanci do Sul (2015).

Tabela 12: Panorama educacional do município em relação ao ensino fundamental 2010-2014. Matrícula inicial da Rede de Ensino Fundamental de Tupanci do Sul/RS ENSINO FUNDAMENTAL ESTADUAL E MUNICIPAL Período apresentado 2010-2014 ANO 2010 2011 2012 2013 2014 Anos Iniciais (AI) AI AF AI AF AI AF AI AF AI AF Ans Finais (AF) Estadual 64 58 33 54 19 65 41 20 EF 8 anos Municipal 52 - 28 ------Privado ------Estadual 13 14 16 20 50 EF 9 anos Municipal 61 91 110 95 25 86 19 Privado ------Séries 113 119 110 95 86 Total do Iniciais município Séries - - - 25 19 Finais Anual 113 119 110 120 105 Fonte: SMEC de Tupanci do Sul (2015).

Para melhoria da Educação do Município, foi reformada as escolas, e adaptadas para acessibilidades facilitando o acesso dos alunos com necessidades especiais, adquiridos acervos bibliográficos, materiais pedagógicos e curso de formação continuada para os professores.

41

4. EDUCAÇÃO INFANTIL

4.1 DIAGNÓSTICO

No Município de Tupanci do Sul, a Educação Infantil, é autorizada pela SMEC, juntamente com o CME, onde concedeu um ato autorizativo, para o funcionamento da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Ivete Terezinha Zotti de Lima. O maior problema enfrentado no Município em relação a educação infantil, está relacionado com espaço físico, transporte escolar de alunos de 0 a 3 anos 11meses e 29 dias e com o quadro de funcionários. Temos vagas suficiente para nossa clientela, mas pouca procura, pois no nosso Município a maioria das crianças reside na Zona Rural. Ampliar o número de matriculas é nosso maior objetivo, nesses próximos de 10 anos. No entanto são desenvolvidas na Esc. Mun. de Edu. Inf. Ivete Terezinha Zotti de Lima muitas atividades, envolvendo o corpo docente e discente da referida Escola. As atividades que desenvolvem a coordenação motora, ampla e fina, historias cantadas e dramatizadas, com interação ao faz de conta, jogos pedagógicos, desenhos com tinta, com lápis, na areia, corpo e movimento, dança, músicas, brincadeiras, trabalhando com massinha de modelar, argila, bambolês, cordas, figuras geométricas, alinhavos, bola, jogo de varetas, construindo e brincando com peças de encaixe, atividades com recursos da natureza, textura, espiritualidade, balões, passeio e visitas, trabalhando com números e letras, quebra cabeça, dobraduras, poesias, parlendas, trava-línguas, adivinhas, recortes, pinturas e diversas atividades livres e monitoradas. A Escola de Educação Infantil Profª Ivete Terezinha Zotti de Lima, tem o Projeto Político Pedagógico, e Regimento Escolar pronto e aprovado pelo CME, pois a Educação Infantil de 0 a 3 anos não era oferecida em nosso Município, até 2015. A educação Infantil, em Tupanci do Sul, está em processo de amadurecimento, de que essa fase é importante para a educação do cidadão, deixando de existir a ideia anterior que era de um local seguro e de entretenimento para as crianças e as medidas propostas por este plano se enquadram na perspectivas da melhoria da qualidade.

4.2 DIRETRIZES

Recordando que na Declaração Universal dos Direitos Humanos as Nações Unidas proclamaram que a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Convencidos de 42

que a família, como grupo fundamental da sociedade e ambiente natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros, e em particular das crianças. A constituição federal em seu artigo 227, determina: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010). É dever do Estado assegurar educação infantil em creches e pré-escolas a todas as crianças. Para isso, a Constituição organiza o dever de garanti-la, determinando que cabe aos municípios ofertar diretamente as vagas de educação infantil, e que aos demais entes governamentais cabe apoiar técnica e financeiramente a criação e manutenção de vagas em creches e pré-escolas. Portanto, não podem o Governo Federal e Estadual “lavar as mãos” em relação a esta etapa de ensino. O MEC delineou pela primeira vez uma Política Nacional de Educação Infantil (MEC/SEF/COEDI, 1993) propondo diretrizes norteadoras de propostas pedagógicas voltadas ao desenvolvimento da criança, às interações entre as crianças, à autoestima e à identidade, ao respeito à diversidade de expressões culturais, ao brincar como modo privilegiado de aprendizagem e desenvolvimento, ao trabalho cooperativo. Em 1995, o documento “Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças” (MEC/SEF/COEDI, 1995) reiterou tais objetivos, estabelecendo critérios para garantir a qualidade na Educação Infantil, particularmente nas creches: de organização e funcionamento, focalizando as práticas com as crianças; relativos à definição de diretrizes e normas políticas, programas e sistemas de financiamento de creches. Em 2006, o MEC publica o documento Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à educação, que visa orientar os municípios a investirem na Educação Infantil como política pública, o atendimento educacional das crianças de 0 a 3 anos obedece às concepções da Constituição e das leis decorrentes. Do ponto de vista pedagógico, este aspecto diz respeito à continuidade do processo nas faixas de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos, sob a mesma política, o mesmo setor, a mesma orientação técnica e pedagógica. Nesse sentido, vem se delineando a concepção de “estabelecimentos de Educação Infantil” para crianças de 0 a 6 anos, no mesmo espaço, com os necessários e adequados ambientes específicos para as diferentes faixas etárias. A intenção é evitar uma ruptura na trajetória educacional das crianças pequenas. 43

A qualidade na Educação Infantil deve ser assegurado por meio de estabelecimento de parâmetros de qualidade que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais, que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical. Oportunizando as crianças, experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais, orais e escritos. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação.

Tabela 13: Dados da educação infantil, conforme a realidade do município, de 2010 a 2014, por idade e turmas, respeitando o corte etário. ANO Berçário Maternal Pré-A Pré-B (04 meses a (02 anos a 04 anos (04 anos a 05 (05 anos a 06 anos 02 anos) incompletos) anos) incompletos) 2010 - - 13 alunos 19 alunos 2011 - - 14 alunos 25 alunos 2012 - - 20 alunos 17 alunos 2013 - - 19 alunos 14 alunos 2014 - - 11 alunos 20 alunos Fonte: SMEC de Tupanci do Sul (2015).

A escola de educação infantil do tipo C é térrea e possui 4 blocos distintos de acordo com a função a que se destinam. São eles: bloco administrativo, bloco de serviços e 2 blocos pedagógicos. Os blocos juntamente com o pátio coberto e refeitório são interligados por circulação coberta. Na área externa estão o playground e o castelo d’água. Os blocos são compostos pelos seguintes ambientes:

4.2.1 Bloco Administrativo

O Bloco Administrativo, anexo à entrada principal da creche, é composto dos seguintes espaços: -Área de espera externa e coberta, definida entre a Creche II e a Administração; 44

circulações; sala da administração; sala de professores; almoxarifado; sanitários.

4.2.2 Bloco de Serviço

No Bloco de Serviço constam: Entrada de funcionários; circulações; sanitários de funcionários; cozinha; central GLP; depósito de lixo orgânico e inorgânico; área de recepção e pré-lavagem de hortaliças (carga e descarga); área de higienização pessoal (pia interna); bancada de preparo de carnes; bancada de preparo de legumes e verduras; área de cocção; bancada de passagem de alimentos prontos; buffet (bancada) integrado ao refeitório; bancada de recepção de louças sujas; pia de lavagem de louças; pia de lavagem de panelões; despensa; lactário; área de higienização pessoal e troca de roupa; área de preparo de alimentos(mamadeiras e sopas) e lavagem de utensílios; bancada de alimentos prontos; lavanderia; lavagem de roupas com balcão de recebimento e triagem de roupas sujas, tanques e máquinas de lavar; área externa de secagem de roupas (varal); passadoria com prateleiras para guarda de roupas; balcão de entrega de roupas limpas; depósito de material de limpeza; sala de multiuso e informática; sala do rack (apoio à informática);depósito.

4.2.3 Blocos Pedagógicos

3.1- Bloco creche I e II –crianças de 4 meses a 3 anos:

3.1.1- Creche I: atividades; repouso; banho; higiene pessoal; amamentação; alimentação.

3.1.2- Creche II: atividades; repouso; sanitário infantil; solários(coletivos).

3.2 - Bloco creche III e pré-escola: - crianças de 3 a 6 anos: Atividades; repouso; solários(coletivos).

45

4.2.4 Pátio Coberto/ refeitório

O pátio coberto está localizado em área central da creche, sendo um espaço que proporciona a integração entre as diversas atividades e diversas faixas etária. Está diretamente ligado ao playground, a entrada principal e as salas de aula, por ele, se acessa com facilidade aos demais ambientes da escola. Trata-se de um espaço de realização de atividades diversas, como reuniões de pais e mestres, comemorações, atividades comunitárias (filmes, teatro, etc).

4.2.5 Anfiteatro

Espaço circular com arquibancadas e palco.

4.2.6 Playground

Espaço não coberto integrado ao pátio coberto, com brinquedos nos quais podem desenvolver suas atividades lúdicas.

4.2.7 Pórtico

Fachada frontal, a qual marca o acesso principal da creche.

4.2.8 Reservatórios

O sistema para armazenamento de água é composto de um castelo d’água, o qual possuirá dois reservatórios, sendo um inferior (R1) e um superior (R2).

No projeto arquitetônico foram criados durante a execução, alguns elementos construtivos, acessórios e opcionais de controle de ventilação para serem adotados conforme a necessidade climática, dessa forma o município adequou o refeitório, o hall de entrada e a área coberta, a fim de garantir a segurança e condições favoráveis na estação do inverno e nos dias de chuva.

46

4.3 METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 1 PNE: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 1 PEE: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade em todos os municípios e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PEE-RS, ampliando o percentual na faixa etária da creche nos municípios onde a meta do PNE já estiver alcançada, conforme os PMEs.

Meta 1 PME: Universalizar, elevar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, de 0 a 2 anos, no mínimo 50% (cinquenta por cento) das crianças de 04 meses a 3 (três) anos até o final da vigência do PME.

4.3.1 ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

1- Garantir na matrícula e na organização das respectivas classes escolares o número de crianças de acordo a seguinte relação crianças/educador: a) de 0 a 2 anos -06 a 08 crianças/01 educador e um auxiliar; b) de 3 anos -15 crianças /01 educador e um auxiliar; c) 04 a 6 anos - 20 criança/01 professor, respeitando a idade corte 31-03, conforme lei de regência sobre a área. 2- Ofertar progressivamente a educação infantil em horário integral em toda rede Municipal. 3- Promover a atualização permanente dos profissionais que atuam na Educação Infantil; 4- Assegurar que, a partir da vigência do plano, todas as instituições com atendimento à crianças de 0 a 5 anos tenham definido sua política para Educação Infantil, com base nas diretrizes nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestões dos referenciais curriculares nacionais e que tenham formulado, com a participação dos profissionais da educação, seus projetos pedagógicos. 47

5- Fortalecer os mecanismos de parceria, entre os setores da educação, saúde, esporte e assistência, para os alunos matriculados na rede pública e entidades conveniadas, de acordo com as suas necessidades. 6- Assegurar, o fornecimento de materiais pedagógicos adequados às faixas etárias e às necessidades do trabalho educacional, de forma que sejam atendidos aos padrões mínimos de qualidade. 7- Melhorar a infraestrutura da Educação Infantil, em todos os aspectos. 8- Garantir e assegurar Qualificação dos Educadores; 9- Garantir a aquisição de computadores até o final da vigência do PME. 10- Fortalecer em forma de colaboração a rede de apoio escola com objetivos de atender as necessidades mínimas para o bem estar das crianças; 11- Garantir e assegurar a música, na Educação Infantil, até o final vigência do PME.

5. ENSINO FUNDAMENTAL

Total de Escolas de Educação Básica

Total de Escolas 4 escolas /RS: 9.975 /Brasil: 190.706

Tabela 14: Total de escolas de educação básica RS: 143.085 Brasil: Matrículas em creches 0 nenhum 2.730.119 RS: 184.061 Brasil: Matrículas em pré-escolas 31 estudantes 4.860.481 RS: 787.782 Brasil: Matrículas anos iniciais 95 estudantes 15.764.926 RS: 626.950 Brasil: Matrículas anos finais 92 estudantes 13.304.355 RS: 416.123 Brasil: Matrículas ensino médio 47 estudantes 8.622.791 RS: 146.765 Brasil: Matrículas EJA 53 estudantes 3.772.670

Matrículas educação especial 0 nenhum RS: 14.761 Brasil: 194.42

Fonte Censo Escolar/INEP 2013 | Total de Escolas de Educação Básica: 4 | QEdu.org.br

48

5.1 DIAGNÓSTICO

De acordo com a Constituição Brasileira, Art. 208, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito. A constituição de 1998 prevê a garantia da oferta de Ensino Fundamental a todos os brasileiros, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. E básico na formação do cidadão, pois, de acordo com a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional em seu Art. 32, o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo, constitui meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar tanto social quanto politicamente. A Secretaria Municipal de Educação visa que as escolas contemplem um maior número de educandos e educadores, possibilitando desenvolver atividades que proporcionem ao aluno momentos de ludicidade e de convivência, fazendo da escola um espaço para as práticas de lazer e cultura, que tenham no seu bojo o desenvolvimento do humano e do social, da dignidade, que respeite as diferenças e os direitos sociais como valores, inserindo a criança no mundo presente e preparando-a para atuar no futuro. Para atender a clientela do Ensino Fundamental, o município conta com quatro escolas, sendo que uma é estadual e duas municipais. O município conta com sistema de ensino instituído pela lei nº 1013/2014 de 28 de novembro de 2014, o qual por meio do Conselho Municipal de Educação tem, entre outras Competências, autorizar o funcionamento de escolas municipais, a criação de anos gradativamente e aprovação de regimentos escolares. Na zona urbana estão localizadas duas escolas e uma na Zona Rural. No município de Tupanci do Sul, é oferecido o Ensino Fundamental por unidades públicas municipais e estaduais, sendo que nas Escolas Municipais tem turmas de 1ºano ao 5ºano de Ensino Fundamental inicial e 6ºano Ensino Fundamental Final. Na Escola Estadual é oferecido o ensino fundamental do 7ºano ao 9º ano. A mesma possui amplo espaço para atividades diversas e lazer, com pátio coberto mesas para lanches, uma sala de computação, laboratório de ciências, uma sala para o programa Mais Educação, uma sala de recursos onde atende crianças estaduais e municipais que apresentam necessidades especiais. Para realização do esporte a escola conta com uma quadra poliesportiva localizada ao lado da mesma. O município se propôs a atender as necessidades dos alunos, oferecendo todas as condições necessários para que aluno continue frequentando a escola com um rendimento de boa qualidade. É oferecido para os alunos uniforme escolar, material pedagógico (caderno, 49

lápis borracha entre outros), bem como suporte pedagógico conforme as necessidades de cada aluno. A Escola Municipal João Munari possui, uma área coberta, para os dias de chuva, um parquinho com balanços, gangorras, casinhas de boneca, um quiosque, mesas com bancos para os alunos realizarem atividades diversas. Para as atividades físicas a escola conta com um ginásio de esportes localizados nas proximidades da mesma, conta também com um Tele centro, onde os alunos fazem suas pesquisas para ampliar seus conhecimentos e jogos educativos como forma de aprendizado e lazer, oportunizando momentos de cultura e acesso as novas tecnologias da informação habilitando-os para o futuro. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha, localizada na zona rural, sendo a escola do campo, possui parquinho para brincadeiras, quadra esportiva para atividades diversas, conta também com uma sala de computação com internet banda larga, para pesquisas melhorando a qualidade do ensino. O acervo bibliográfico das escolas municipais é enriquecido com coleções de literatura infantil, infanto juvenil, adquiridos com verbas do MDE. A Biblioteca Municipal, localizada na Av. Luiz Panisson 781, com horário de funcionamento pela manhã e tarde, disponibiliza aos leitores material bibliográfico variado para pesquisa e leitura. O acervo foi adquirido com recursos municipais, recursos do Mec e da Biblioteca Nacional. As Escolas da Rede Municipal de Ensino possuem mobiliários, equipamentos e materiais pedagógicos necessários para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e administrativas das escolas, de acordo com a sua tipologia. Todas as escolas da rede possuem acesso à internet e telefone, os quais são disponibilizados para a área pedagógica e administrativa, utilizados pelos professores. Conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 9394/96), artigos 13 e 14, em 2006 a Secretaria Municipal de Educação juntarem-te com as escolas da rede, elaboraram o Projeto Político Pedagógico de forma padronizada, sendo que a SMEC, através do setor pedagógico desafiou os professores para discutirem, estudarem e elaborarem suas propostas. Em decorrência do projeto de Lei Federal no 144/05 que amplia Ensino fundamental de oito para nove anos; sendo o ingresso obrigatório aos seis anos de idade. A Rede Municipal de Ensino de Tupanci do Sul, diante do diagnóstico educacional previsto na Proposta Político Pedagógica e no Plano Decenal de Educação comprometeu-se em absorver a clientela de suas escolas municipais e outros alunos oriundos da comunidade para o ingresso imediato no primeiro ano do Ensino Fundamental. A partir da implantação do Ensino de nove anos foram programados encontros pedagógicos para aprimorar o processo educativo. Nos 50

encontros foram feitos estudos, análises e discussões, fortalecendo e intensificando a prática educativa. Nas Escolas Municipais trabalha-se com número suficiente de professores e funcionários tendo eles suas cargas horarias respeitadas, conforme a legislação. Em relação ao desempenho escolar dos alunos do Ensino Fundamental observa-se que a aprendizagem acontece em sua maioria satisfatória, sendo que o número de reprovações diminui, com o passar dos anos. Faz-se necessário, também, promover com maior intensidade atividades extracurriculares na própria escola, pois trata-se de uma forma de melhorar os relacionamentos nas instituições, de fazer com que os pais, alunos professores se conheçam melhor e possam interagir, unindo-se pelo mesmo objetivo.

Tabela 15: Taxa de Aprovação, Reprovação, Abandono e IDEB dos alunos da Escola João Munari

Anos iniciais do Ensino Fundamental IDEB Observado Meta Esfera 2005 2007 2009 2011 2013 2015

IDEB Brasil 3.8 4.2 4.6 5 4.7 5.0

Anos iniciais do IDEB Estado 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3 5.5 Ensino IDEB Município - - 6.8 - 7.2 7.3 Fundamental IDEB Escola (ESC MUN ENS - - 6.3 - 6.7 6.9 FUN JOAO MUNARI)

Taxa de Aprovação do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 85.2 86.6 83.4 88.2

Estado 83.9 84.4 85.5 87

Município 84.3 87 90.6 88.4

Ensino Escola (ESC Fundamental MUN ENS FUN 88.6 94.7 92.7 94.7 JOAO MUNARI)

Taxa de Reprovação do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 11.1 10.3 12.4 9.1

51

Estado 14.6 14.2 13.1 11.7

Município 14.3 9.1 9 5.7

Escola (ESC MUN ENS FUN 11.4 5.3 7.3 5.3 JOAO MUNARI)

Taxa de Abandono do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 3.7 3.1 4.2 2.7

Estado 1.5 1.4 1.4 10.3

Município 1.4 3.9 0.4 2.4

Escola (ESC MUN ENS FUN 0 0 0 - JOAO MUNARI)

Anos iniciais do Ensino Fundamental Língua Portuguesa Esfera 2005 2007 2009 2011 Brasil 172.31 175.77 184.29 190.58 Estado 182.38 182.96 191.14 195.45 Município - - 233.80 - Escola (ESC MUN ENS FUN JOAO - - 233.80 - MUNARI)

Anos iniciais Anos iniciais do Ensino Fundamental do Ensino Matemática Fundamental Esfera 2005 2007 2009 2011 Brasil 182.38 193.48 204.30 209.63 Estado 195.60 200.49 211.72 214.07 Município - - 273.56 - Escola (ESC MUN ENS FUN JOAO - - 273.56 - MUNARI)

52

Fonte: pdeinterativo.mec.gov.br

Tabela 16: Taxa de Aprovação, Reprovação, Abandono e IDEB dos alunos da Escola Santa Tereza

Taxa de Aprovação do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 85.2 86.6 83.4 88.2

Estado 83.9 84.4 85.5 87

Município 84.3 87 90.6 88.4

Escola (ESC MUN ENS 92.9 86.8 90.3 100 FUN SANTA TEREZINHA)

Taxa de Reprovação do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 11.1 10.3 12.4 9.1

Estado 14.6 14.2 13.1 11.7

Município 14.3 9.1 9 5.7 Ensino Fundamental Escola (ESC MUN ENS 7.1 13.2 9.7 0 FUN SANTA TEREZINHA)

Taxa de Abandono do Ensino Fundamental (em %) Esfera 2009 2010 2011 2012

Brasil 3.7 3.1 4.2 2.7

Estado 1.5 1.4 1.4 10.3

Município 1.4 3.9 0.4 2.4

Escola (ESC MUN ENS 0 0 0 - FUN SANTA TEREZINHA)

Fonte: pdeinterativo.mec.gov.br

Com base nos estudos, pesquisas e construções realizadas pelos grupos de trabalho do Plano Municipal de Educação, foi preenchido o seguinte quadro demonstrativo das condições das escolas de ensino fundamental existentes no município.

53

Tabela 17:Infraestrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Munari.

Padrões de Infraestrutura do ambiente escolar-Escola Municipal de Ensino Fundamental João Munari

Ambiente Escolar Ótimo Bom Regular Inadequado

1-Iluminação artificial X

2-Iluminação natural X

3-Ventilação X

4-Visão para espaço externo X

5-Rede elétrica e segurança X

6-Temperatura ambiente X

7-Esgoto sanitário X

8-Instalação sanitários e locais/ X higiene pessoal

9-Instalação p/ preparo e/ou serviço X de alimentação

10-Atualização e ampliação do X acervo da biblioteca

11- Mobiliário e equipamento X

12-Materiais pedagógica X

13-Linha telefônica X

14-Informática e equipamentos X multimídia para o ensino. 54

15-Adequação para o X desenvolvimento das atividades esportivas e recreativas

16-Parques Infantis X

17-Água potável X

18-Poluição sonora externa (ruídas e X carros, barulho na rua.)

Fonte: Secretaria de Educação de Tupanci do Sul/ 2015.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Munari, com uma matrícula de 98 alunos, no ano de 2014, dispõe de equipamentos para desenvolvimento das práticas pedagógicas dos professores e para as aulas de informática que inclusive integram a parte diversificada do currículo da educação infantil e todas as séries do ensino fundamental. A merenda escolar é servida no refeitório, localizado junto a cozinha da escola, porém há a necessidade de ampliação. Devido à implantação do ensino fundamental de nove anos, há necessidade de ampliação do espaço físico com construção de novas salas de aula e aquisição de equipamentos. A escola possui o Círculo de Pais e Mestres desde 1997, porém ainda não existe o Conselho Escolar. Os alunos que estão em situação de vulnerabilidade social participam de projetos como reforço escolar.

Tabela 18: Infraestrutura da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha

Padrões de Infraestrutura do ambiente escolar- Zona Rural- Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Terezinha.

Ambiente Escolar Ótimo Bom Regular Inadequado 1-Iluminação artificial X 2-Iluminação natural X 3-Ventilação X 4-Visão para espaço externo X 5-Rede elétrica e segurança X 6-Temperatura ambiente X 55

7-Esgoto sanitário X 8-Instalação sanitários e locais/ X higiene pessoal 9-Instalação p/ preparo e/ou serviço X de alimentação 10-Atualização e ampliação do X acervo da biblioteca 11- Mobiliário e equipamento X 12-Materiais pedagógica X 13-Linha telefônica X 14-Informática e equipamentos X multimídia para o ensino. 15-Adequação para o X desenvolvimento das atividades esportivas e recreativas 16-Parques Infantis X 17-Água potável X 18-Poluição sonora externa (ruídas e X carros, barulho na rua.)

Fonte: SMEC de Tupanci do Sul (2015).

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Santa Terezinha, com matrícula de 25 alunos no ano de 2014, possuem equipamentos de informática para o uso da direção, professores e alunos. Pela importância dos recursos tecnológicos no desenvolvimento das práticas pedagógicas, proporcionando ao aluno a construção do conhecimento e aquisição de habilidades no manuseio. As instalações sanitárias estão em boas condições. A escola não possui adequação para alunos com necessidades educacionais especiais, tampouco laboratório de ciências. Há a necessidade de construção de um refeitório, pois a merenda é servida na sala de aula, também aquisição de equipamentos e materiais pedagógicos para melhoria das práticas pedagógicas.

56

Tabela 19: Infraestrutura da Escola Municipal de Educação Infantil Professora Ivete Terezinha Zotti de Lima.

Padrões de Infraestrutura do ambiente escolar-Escola Municipal de Educação Infantil Professora Ivete Terezinha Zotti de Lima. Ambiente Escolar Ótimo Bom Regular Inadequado 1-Iluminação artificial X 2-Iluminação natural X 3-Ventilação X 4-Visão para espaço externo X 5-Rede elétrica e segurança X 6-Temperatura ambiente X 7-Esgoto sanitário X 8-Instalação sanitários e locais/ X higiene pessoal 9-Instalação p/ preparo e/ou serviço X de alimentação 10-Atualização e ampliação do X acervo da biblioteca 11- Mobiliário e equipamento X 12-Materiais pedagógica X 13-Linha telefônica X 14-Informática e equipamentos X multimídia para o ensino. 15-Adequação para o X desenvolvimento das atividades esportivas e recreativas

16-Parques Infantis X 17-Água potável X 18-Poluição sonora externa (ruídas e X carros, barulho na rua.)

Fonte: SMEC de Tupanci do Sul (2015).

A Escola de Educação Infantil, está em boas condições de funcionamento, sendo que deu início as atividades letivas em fevereiro de 2015. 57

O rendimento Escolar do nosso Município está baseado nos critérios de avaliação continuada e cumulativa, do desempenho do aluno com prevalência dos aspectos qualitativos e quantitativos e dos resultados ao longo do período.

Tabela 20: Rendimento- rede municipal

Fonte: http://ide.mec.gov.br/2014/municipios/relatorio/coibge/4322186

58

Tabela 21: Resultado da Prova Brasil- Rede Estadual e Municipal.

Fonte: http://ide.mec.gov.br/2014/municipios/relatorio/coibge/4322186

59

Tabela 22: Número de Escolas por Etapa de Ensino- Rede Estadual e Municipal.

Fonte: http://ide.mec.gov.br/2014/municipios/relatorio/coibge/4322186

A inserção de educandos em Programas Sociais promovidos pelo Governo Federal, Estadual e Municipal realizados através da Secretaria Municipal de Assistência Social juntamente com a Secretaria Municipal de Educação evitaram as evasões escolares. 60

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição na taxa de reprovação nas escolas, nos anos 2012, 2013 e 2014 devido a implantação da Rede de Apoio à Escola -RAE no ano de 2012, com uma ação mais efetiva, um trabalho Inter setorial entre Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal da Saúde, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Educação e escola.

5.2 DIRETRIZES

O Ensino Fundamental segundo a LDB, no seu Art. 32, é obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006). Tendo como proposito que aluno chegue ao final da alfabetização dominando a leitura, interpretação, escrita, operação. Para que isto aconteça é preciso que o espaço escolar seja acolhedor, educativo, e que eles tenha condições pedagógicas e materiais que facilitem esta aprendizagem. Esperamos que a qualidade educacional domine em nossas escolas, é preciso que nossos educadores tenham espaço para enriquecimento de suas atividades de cursos, estudos continuados e especializados. A LDB recomenda a progressiva implantação do ensino em tempo integral, a ampliação da duração do Ensino Fundamental, com início aos seis anos de idade; prevê, ainda, mecanismos para a correção de fluxo da distorção idade/ano. A educação, neste nível de ensino, precisa promover a aprendizagem e o desenvolvimento do educando através de um trabalho contínuo, integrado e contextualizado no processo de Construção do conhecimento, valorizando o aluno na sua totalidade.

Meta 2 PNE: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

META 2 PEE: Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que no mínimo 80% (oitenta por cento) dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada até 2019 e pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos, até o último ano de vigência deste PEE-RS.

61

Meta 2 PME: Universalizar, e assegurar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 99,7% (noventa e nove, sete) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PME.

5.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

1- Garantir que a partir da vigência do Plano Municipal de Educação, todas as instituições de Ensino Fundamental tenham seus projetos pedagógicos elaborados com base na educação nos referencias curriculares do Estado e Município, com a participação de todos os profissionais que fazem parte deste estabelecimento; 2- Assegurar para escolas de tempo integral no mínimo 70% das necessidades nutricionais, distribuídas em, três refeições; 3- Estabelecer como foco a aprendizagem, acompanhar cada aluno individualmente mediante registro de sua frequência, seu desempenho e avaliações combatendo a repetência, dadas especificidades de cada escola, por meio da adoção de práticas que visem progressão do processo de aprendizagem. 4- Estabelecer parcerias para desenvolvimento de projetos e programas sobre temas contemporâneas (drogas, sexo, saúde e higiene, economia, cidadania, meio ambiente, valores) objetos de pesquisas, de encontros, de produção e de troca de conhecimento. 5- Adequar com garantias a alimentação escolar, oferecendo um cardápio elaborado por especialista de saúde (nutricionista) com qualidade. 6- Propiciar formação permanente com os funcionários e profissionais responsáveis pela elaboração da merenda escolar. 7- Garantir, a partir do primeiro ano de vigência do PME, a inclusão da ampliação do atendimento do ensino fundamental de 9 anos, no projeto político pedagógico, prevendo recursos físicos pedagógicos e profissionais para implantação desta proposta. 8- Garantir, a partir do primeiro ano de vigência deste plano, inclusão de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais no PPP das unidades escolares. 9- Promover, durante a vigência do plano programas de interação entre escola e pais, visando efetivar o acompanhamento deste no rendimento escolar de seus filhos. 10- Garantir durante a vigência do plano a participação dos profissionais da educação e da comunidade escolar na revisão permanente do PPP e do regimento escolar das instituições de 62

ensino da rede municipal, com observância das Diretrizes Curriculares Nacionais e da proposta curricular em vigência para o ensino fundamental. 11- Assegurar, durante a vigência do PME, o pleno funcionamento do ensino fundamental da rede municipal, na zona rural, com professores capacitados para atender as especificidades da educação no campo. 12- Garantir a formação continuada dos profissionais da Educação tendo como objetivo as práticas pedagógicas e avaliativas. 13- Ampliar a jornada escolar para consolidar a escola de tempo integral, de acordo com capacidade da rede física instalada. 14- Aderir aos programas de aceleração de aprendizagem e a promoção de cursos lançados pelo MEC, para que no prazo de 4 anos a partir da vigência dos programas as crianças recuperem a defasagem da aprendizagem, ao mesmo tempo que, serão adotadas, até o final da década, politicas estruturante para redução total da referida defasagem. 15- Asseguar que todas as escolas tenham inseridos nos seus projetos pedagógicos os temas transversais, constantes das diretrizes curriculares para ensino fundamental. 16- Garantir e assegurar, durante a vigência do PME, atividades Culturais; cantigas de rodas, resgates históricos, danças, teatro, pesquisas, dramatização, entrevistas; 17- Assegurar durante vigência do PME, o atendimento na rede municipal de ensino aos alunos com defasagem no processo de aprendizagem, por meio de programas ou medidas de acompanhamento psicopedagógico e pedagógico, orientados pela Secretária Municipal de Educação. 18- Assegurar, durante a vigência do PME, o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino, com profissionais especializados, respeitando o direito ao atendimento adequado em seus diferentes aspectos, bem como em instituições especializadas. 19- Garantir atendimento aos alunos itinerantes, possibilitando a continuidade de seus estudos. 20- Garantir e assegurar, durante a vigência do PME, atividade esportiva, campeonato escolar, interação de jogos; 21- Garantir e assegurar um educador físico para as escolas municipais durante a vigência do PME. 22- Garantir e assegurar as oficinas de música, nas Escolas Municipais, a partir do primeiro ano de vigência após aprovação do PME. 63

23- Garantir e assegurar formação da Banda Municipal desde o primeiro ano de vigência do PME.

6. ENSINO MÉDIO

6.1 DIAGNÓSTICO

A Escola Estadual de Ensino Médio Gustavo Biazus, inserida em um contexto social, assume junto com a comunidade escolar uma proposta de uma escola democrática, participativa e cidadã, proporcionando opções de uma educação em que cada um possa interagir como ser responsável, compreendendo a cidadania como participação social e política, desenvolvendo conhecimentos, sendo agente transformador e integrante do meio em que vive. O aluno deve ser autônomo, solidário, pesquisador e capaz de investigar os problemas que se colocam no cotidiano escolar. Deve fazer planejamento adequado e significativo, evidenciar conhecimento necessário para a consecução dos projetos articulando as diferentes áreas do conhecimento e os conhecimentos sociais, relacionando-se bem com todos, demostrando respeito, ética, responsabilidade, bom senso, iniciativa e criatividade. A organização pedagógica tem como princípios a concepção de conhecimento e de currículo, princípio de convivência, projeto político administrativo pedagógica, plano de estudo, plano de trabalho do professor, formação permanente e continuada, calendário escolar, estrutura curricular, metodologia de ensino, articulação curricular, regimento escolar, estudo de recuperação prologados, inclusão educacional. Os princípios de convivência são os pilares que orientam as relações entre os diferentes segmentos, entendidas como forma de organização da vida escolar, são elaborados pela comunidade escolar dentro do Processo Pedagógico com a participação, avaliação e deliberação do conselho Escolar e APM, (associação de pais e mestres).

6.2 DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO

O Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Média e Tecnológica, organizou, na atual administração, o projeto de reforma do Ensino Médio como parte de uma política mais geral de desenvolvimento social, que prioriza as ações na área da educação. Particularmente, no que se refere ao Ensino Médio, dois fatores de natureza muito 64

diversa, mas que mantêm entre si relações observáveis, passam a determinar a urgência em se repensar as diretrizes gerais e os parâmetros curriculares que orientam esse nível de ensino. A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral, em oposição à formação específica; o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular, ao invés do simples exercício de memorização. Pensar em um novo currículo para o Ensino Médio coloca em presença estes dois fatores: as mudanças estruturais que decorrem da chamada “revolução do conhecimento”, alterando o modo de organização do trabalho e as relações sociais; e a expansão crescente da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade que se coadunem com as exigências desta sociedade. A constituição Federal (Art.208) traz como dever do Estado a garantia da progressiva universalização do Ensino Médio gratuito. Este dever do Estado vem trazer a oportunidade a muitos jovens de realizarem seus estudos, mas, como os desafios da modernidade exigem, queremos um Ensino Médio que vá proporcionar as aquisições de competências relacionadas ao exercícios da cidadania e na inserção produtiva.

META 3 PNE: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Meta 3 PEE - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até 2019, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 70% e, até o final do período de vigência deste PNE, para 85% (oitenta e cinco por cento)

META 3 PME: Universalizar, e oferecer em forma de colaboração, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

65

6.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO MÉDIO

1. Apoiar, durante a vigência do PME, o contato permanente entre o ensino médio e instituições de ensino superior, com o objetivo de troca de experiências e atualização, integrando o aluno do ensino médio com o mundo acadêmico. 2. Articular, junto aos órgãos competentes, durante a vigência do PME, que somente seja permitida a criação de ensino médio, em instituições de ensino, que apresentem as condições necessárias de estrutura física, técnica e pedagógica. 3. Incentivar, durante a vigência do PME, a inclusão e a permanência dos educandos com necessidades especiais em classes comuns, cabendo a cada mantenedora, garantir condições para que possa receber este estudante e oferecer-lhe um ensino de qualidade, conforme legislação vigente. 4. Estimular e apoiar, durante a vigência do PME, ampliação de cursos profissionalizantes, integrados e subsequentes ao ensino médio no município. 5. Assegurar, durante a vigência do PME, em regime de colaboração com o Estado, o transporte escolar, adequado e exclusivo, para alunos do município, conforme suas necessidades (físico motoras) e distâncias. 6. Apoiar, durante a vigência do PME, a promoção de atividades interativas entre as escolas públicas, visando um maior entrosamento e troca de experiências. 7. Oferecer oportunidades variadas e inovadoras de formação continuada aos profissionais da educação. 8. Disponibilizar um amplo conjunto de recursos e estratégias de formação e de ampliação de vivência profissional e cultural assegurando que os docentes e gestores tenham acesso a tais recursos e estratégias. 9. Utilizar estratégias que permitam aos profissionais sentirem-se responsáveis pelo gerenciamento de sua formação continuada e de seu desenvolvimento profissional, visando à construção de sua autonomia. 10. Valorizar as ações lançadas pelo MEC e pelo Estado, de melhoria e aproveitamento dos alunos do Ensino Médio, de forma a atingirem níveis satisfatórios de desempenho definidos e avaliados. Exemplo: Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). 11. Criar o próprio sistema de avaliação.

66

7. EDUCAÇÃO ESPECIAL

7.1 DIAGNÓSTICO

Os serviços disponíveis na área de Educação Especial tornam-se expressivos, em termos numéricos, na década de 50, e se multiplicaram nas duas décadas seguintes, revertendo a primazia inicial das deficiências mais marcantes, com a constatação da dificuldade de trabalho nas escolas regulares. A evolução da Educação Especial Brasileira era dependente de organizações especificas e entidades filantrópicas da sociedade civil, contribuindo, segundo Bueno, "para que a deficiência permanece no âmbito da caridade pública e impedindo, assim, que as suas necessidades se incorporasse no rol dos direitos da cidadania". A educação Especial, como um processo, não existe independente da prática cotidiana dos indivíduos com deficiência, porque o homem é o sujeito da própria educação. A perspectiva de educação para todos constitui um grande desafio, quando a realidade aponta para uma numerosa parcela de excluídos do sistema educacional, sem possibilidade de acesso a escolarização, apesar dos esforços empreendidos para a universalização do ensino. A educação Especial tem sido, atualmente, definida no Brasil segundo uma visão mais ampla. Conforme define a nova LDB, trata-se de uma modalidade de educação escolar, voltada para a formação do indivíduo, com vistas ao exercício da cidadania. Como elemento integrante e indistinto do sistema educacional, realiza-se transversalmente, em todos os níveis de ensino, nas instituições escolares, cujo projeto, organização e pratica pedagógica devem respeitar a diversidade dos alunos, exigem-se diferenciações nos atos pedagógicos que contemplem as necessidades educacionais de todos. Os serviços educacionais especiais, embora diferenciados, não podem desenvolver-se isoladamente, mas devem fazer parte de uma estratégia global de educação e visar suas finalidades gerais. A análise de diversas pesquisas brasileiras identifica tendências que evitam considerar a educação especial como um subsistema e reforçam seu caráter interativo na educação geral. Sua ação transversal permeia todos os níveis - Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Superior, bem como as demais modalidades - Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional. Muitas vezes por desconhecimento, é exigido desse aluno o que o mesmo não pode dar e ser, ignorando-se todo seu potencial; exigido assim a disciplina, permanência de atenção, obediência, desconhecendo a sua criatividade, independência, capacidade de resolver 67

situações problemáticas, sua capacidade de expressar pensamentos e sentimentos e pouco a pouco inibida. A sala de Recursos existente no município foi autorizada em 15 de maio de 2000 no âmbito Estadual (Parecer n°44/2000) na modalidade de atendimento em Deficiência Mental. No ano de 2009 disponibilizou-se o atendimento a esta modalidade também no âmbito Municipal, perfazendo então, um regime semanal de 20 horas. A sala de Recursos é um ambiente destinado ao trabalho com o educando que apresenta necessidades educacionais especiais, disponibiliza equipamentos, materiais e recursos pedagógicos específicos a natureza das necessidades especiais, sendo um complemento educacional ao que é realizado em classe de ensino regular, tanto no âmbito municipal como estadual, da Educação Infantil e Ensino Fundamental. Nesse ambiente também se procura inovar o processo educacional pelo alargamento de oportunidades inclusivas a serem oferecidas aos educandos com Necessidades Educativas Especiais. A inclusão do aluno com NEEs tem por finalidade valorizar as diferenças individuais, respeitando as necessidades de todos os alunos; nesta perspectiva inclusiva, definida e implementada pelo MEC, em consonância com a LDB, Lei n° 9394/96, inspiradas na Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e na Declaração de Salamanca (1994), tem-se que as crianças com necessidades especiais devem ter sua escolaridade atendida fundamentalmente pela escola regular de modo a promover a inclusão e quando necessários serviços especializados. Os atendimentos atualmente são por diferentes modalidades: Deficiência Mental, Auditiva, Visual, Transtornos Globais do Desenvolvimento, Altas Habilidades/Superlotação, sendo, então, uma Sala Multifuncional. O atendimento é individual ou pequenos grupos, com duração mínima de 01 hora. Os alunos que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional utilizam o transporte escolar oferecido pela Secretaria Municipal de educação. As escolas abrem matriculas sem excluir os alunos com deficiência, oportunizando condições adequadas em relação ao material didático, pedagógico e com profissionais habilitados, em serviços especializados, porém necessita de melhorias na estrutura física.

7.2 DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação Especial, segundo a LDB, constitui hoje modalidade de educação escolar a ser oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino, a educandos com necessidades 68

especiais, originadas quer por deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer em razão de altas habilidades, superlotação ou talentos. A educação Especial, como modalidade de educação escolar, deve ser promovida nos diferentes níveis de ensino, com garantia de vaga no ensino regular para os diversos graus de dificuldades e tipos de necessidades, sempre que a inclusão for a forma mais indicada para o atendimento. O atendimento educacional precoce e preventivo ao aluno com necessidades especiais contribuirá para o desenvolvimento da criança e do adolescente, possibilitando uma melhor qualidade de vida e de inserção social, inclusive no mercado de trabalho. Considerando as questões envolvidas no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças, jovens e adultos com necessidades especiais, a cooperação entre os setores de educação, Saúde, e Assistência, é fundamental e potencializa a ação de cada um deles. A qualificação de recursos humanos para o atendimento aos alunos com deficiências nas creches, pré-escolas, centros de educação infantil, escolas particulares de ensino fundamental, e nas instituições especializadas, entre outras, deve ser prioridade para o Plano Municipal de educação. A inclusão responsável do aluno com necessidades educacionais especiais vai além da oportunidade de acesso ao sistema educacional. Leva em consideração as diferenças, necessidades, ritmo e possibilidades de cada sujeito, buscando garantir-lhe o direito a inclusão dos alunos com necessidades especiais ou deficiência, na rede regular de ensino, não implica, de forma alguma, o término ou a desativação das escolas especiais. Tais escolas sempre serão necessárias, devido à variedade de casos ocorrentes na educação Especial. A inclusão escolar deve estar prevista e dimensionada na proposta pedagógica das escolas, de modo que todos os alunos, independentemente de classe, raça, sexo, características individuais, necessidades educacionais especiais ou deficiência, possam aprender juntos em uma escola de qualidade. Os professores especializados deverão ser qualificados para identificar alunos em suas singularidades, diferenciando as pessoas com necessidades educacionais especiais, com alguma deficiência, daqueles que possuem dificuldades comuns de aprendizado, como problemas disciplinares.

Meta 4 PNE: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na 69

rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 4 PEE: A partir da vigência deste plano, universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com total garantia de atendimento ao serviços especializados e também qualificação dos professores para a atendimento destas crianças.

Meta 4 PME: Universalizar, em forma de colaboração, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

7.3 ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

1. Assegurar a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais em classes de ensino regular. 2. Implantar e dinamizar salas de apoio pedagógico com professor especializado e com recursos psicopedagógicos. 3. Incluir os educandos com necessidades educativas especiais nas atividades e eventos culturais, científicos, artísticos e esportivos das escolas públicas e da comunidade. 4. Assegurar a eliminação das barreiras arquitetônicas, garantindo a acessibilidade aos espaços educativos. 5. Possibilitar parcerias com instituições da área de Saúde para atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais sem diagnóstico, que necessitam de exames, cirurgia e/ou acompanhamento especializado. 6. Fornecer, material didático específico e auxílio óptico necessários para os portadores de necessidades educativas especiais. 7. Implantar, gradativamente, a partir do primeiro ano do PME, programas para atender aos alunos com altas habilidades nos aspectos artístico, intelectual e/ou psicomotor. 70

8. Equipar as escolas, com salas de recursos para auxiliar o professor no atendimento ao portador de necessidades educativas especiais. 9. Assegurar, durante a vigência do PME, através do Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, a valorização do professor que possua formação específica e que esteja atuando nos diversos programas de educação especial. 10. Assegurar e ampliar, a partir do primeiro ano de vigência do PME, o atendimento da equipe multiprofissional (fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagogo), para a realização de avaliações e acompanhamento psicopedagógico, centralizados na Secretaria Municipal de Educação. 11. Possibilitar o atendimento de crianças portadoras de necessidades educativas especiais a partir de zero ano, a contar da aprovação do PME. 12. Construir ou adequar escolas com dependências e equipamentos que garantam o acesso dos deficientes nos diversos espaços. 13. Garantir a inclusão de todos os portadores de necessidades educativas especiais, em todos os níveis e modalidades da educação e do ensino, durante a vigência do PME, ofertadas no sistema de ensino municipal.

8. ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

8.1 DIAGNÓSTICO

Alfabetizar na idade certa ainda é um desafio no Brasil, assim como estados e municípios, com dados do último censo, indicam que as crianças brasileiras não sabem ler nem escrever, para melhorar o índice foi aderido juntamente com o governo federal PNAIC, onde busca qualificação profissional, buscando diminuir as diferenças na alfabetização, e isso é de extrema relevância porque a insuficiência de aprendizado é raiz da exclusão social, intelectual, econômica e cultural.

8.2 DIRETRIZES DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

É importante diferenciar os conceitos de alfabetização. Alfabetização plena é aquela em que a criança consegue ir além das habilidades mecânicas de codificar e decodificar palavras. Ela deve ser capaz de compreender e interpretar textos, além de produzi-los, desenvolvendo adequadamente suas habilidades de expressão. A proposta do bloco 71

pedagógico de três anos de duração é de alfabetização e letramento, possibilitando que a criança construa o sistema alfabético e faça uso social dele, dando significado à leitura e à escrita dentro e fora da escola.

Meta 5 PNE: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

META 5 PEE - Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental, no prazo da vigência deste PEERS, considerando o diagnóstico específico para o estabelecimento de metas locais.

Meta 5 PME: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental, respeitando as especificidades de cada aluno.

8.3 ESTRATÉGIAS DA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

1-Promover e fortalecer ações, visando à integração entre escola, família e comunidade. 2-Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental articuladas com estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena para todos os alunos; 3-Garantir a aplicação de instrumentos de avaliação nacional periódicas e específicas para aferir a alfabetização das crianças, aplicadas a cada ano, bem como fomentar o sistema de Ensino; 4-Assegurar que, no quinto ano de vigência do PME, pelo menos avaliação interna, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental. 5-Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, considerando as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade.

72

9. TURNO INTEGRAL

9.1 DIAGNÓSTICO

A contribuição da educação ao desenvolvimento humano é alcançada mediante um pressuposto: ter como meta a oferta de oportunidades de domínio de todos os recursos que permitem a todas as pessoas usufruírem de uma sociedade educativa. Esses compromissos provocaram mudanças, inovações, propostas significativas, traduzidos na Política Educacional da Secretaria de Estado da Educação, cuja missão é promover o acesso, a permanência e a aprendizagem bem sucedida dos alunos da rede pública. Considera- se ainda que, há uma discussão generalizada entre educadores e pesquisadores da educação sobre a importância de ampliação do tempo dedicado ao processo de ensino e aprendizagem. Ampliar o tempo de permanência na escola equivale a criar as condições de tempo e de espaços para materializar o conceito de formação integral, desenvolvendo as potencialidades humanas em seus diferentes aspectos: cognitivos, afetivos e socioculturais. A concepção de educação integral evidencia a exigência, a pressão e a luta constante pela democratização da educação, para uma escola universal de qualidade, que considere o acesso a todos os recursos culturais, às mais diversificadas metodologias dos processos de ensino e de aprendizagem e, também, à utilização das novas tecnologias como respeito à condição humana e sua respectiva dignidade. Desse modo, o Programa Ensino Integral foi concebido levando-se em consideração as demandas decorrentes de pesquisas, avaliações, bem como resultado de experiências educacionais atualmente desenvolvidas no Brasil e em diferentes países. A partir de estudos iniciais foram identificadas as condições de sucesso dessas experiências e as adaptações necessárias foram incorporadas ao modelo.

9.2 DIRETRIZES TURNO INTEGRAL

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (Redação da Emenda Constitucional nº 65, de 2010). No art.nº205 da Carta Magna. A educação, direito de todos e dever do Estado da 73

família, será promovido e incentivada com colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesta perspectiva, o decreto n° 6.253/2007, que regulamentou o Fundeb, complementando o que já havia sido apresentado no Plano Nacional de Educação, estabeleceu que: Considera-se educação básica em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total que um mesmo aluno permanece na escola ou em atividades escolares, observado o disposto no art. 20 deste Decreto 11 (art. 4°). No que tange às diretrizes apresentadas, tem-se três aspectos a considerar. O primeiro diz respeito ao fato de o Decreto (inciso VII), a exemplo do art. 34 da LDB, associar a ampliação do tempo a uma maior responsabilidade da escola, remetendo à sua necessária centralidade nos processos pedagógicos que objetivem relações de ensino aprendizagem. O segundo relaciona-se à ampliação do conceito de educação integral, que tem por fim formação integral do indivíduo em seus aspectos multidimensionais, e como tal, valoriza e requer sua formação ética, cultural, artística, física (incisos VIII, XXVI), dentre outras, além da cognitiva. O terceiro aspecto a ser considerado refere-se ao fato de, sob a ótica do Compromisso, Todos pela Educação (incisos XXIV, XXVI e XXVII), a educação integral se fazer associar também à perspectiva da integração, por meio da qual os estudantes têm acesso a novas possibilidades de aprendizagens (intra ou extraescolares) enriquecedoras do seu desenvolvimento global e que a escola, por si só, não apresenta condições de oferecer.

Meta 6 PNE: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

Meta 6 PEE - Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

Meta 6 PME: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

74

9.3 ESTRATÉGIAS TURNO INTEGRAL

1-Ofertar progressivamente a educação infantil em horário integral em toda rede pública municipal; 2- Ampliar progressivamente a jornada escolar visando a expandir a escola de tempo integral, que abranja um período de, pelo menos, 7 horas diárias, com previsão de infraestrutura adequada, professores e funcionários em número suficiente; 3- Promover nas escolas de tempo integral, para todas as crianças e jovens matriculadas, um mínimo de 03 refeições adequadas e definidas por nutricionista; monitoria das tarefas escolares; desenvolvimento da prática de esportes, atividades artísticas e culturais, associados às ações socioeducativas e em parceria com a Secretaria de Saúde.

10. INDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

10.1 DIAGNÓSTICO

Para melhoria da Educação no município, é realizado várias formas de avaliação, pois segundo, Mello e Souza (2005), por exemplo, “enfatiza que educação e avaliação sempre andaram de mãos dadas”. Tal fato, certamente nada estranho a todos aqueles que frequentaram por anos as unidades escolares, hoje, no contexto crescente do uso de indicadores econômicos, educacionais e estatísticos, se torna algo com finalidade bem diferente dos antigos testes escolares para avaliar, reprovar ou aprovar, significativa parcela da população discente. As escolas realizam avaliações externas, para analisar e discutir os resultados obtidos, assim podendo melhorar o IDEB, de seus respectivos estabelecimentos, mantendo os alunos nas escolas com segurança e qualidade educacional, onde são assegurados por lei. Essas avaliações externas são aplicados, pelos próprios professores, ou por instituição educacional credenciada pelo governo, Estadual ou Federal, como por exemplo (Ana, Provinha Brasil e o ENEM). O IDEB é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

75

Tabela 23: Evolução IDEB do município de Tupanci do Sul.

Fonte: QEdu.org.br. Dados do Ideb/Inep (2013). Organizado por Meritt (2014)

10.2 DIRETRIZES IDEB

A Qualificação educacional não está somente restrita ao município, mas em toda rede educacional, baseada na LDB, a proposta de avaliação externa é reafirmada em seu artigo 9º: [...] VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino. O IDEB foi criado em 2007 pelo INEP e resulta da combinação de dois fatores que interferem na qualidade da educação: a) indicadores de fluxo (taxas de aprovação, reprovação e evasão), medidos pelo Censo Escolar, e b) indicadores de 5 Cf. Art. 9º, inciso VI, da Lei nº. 9.394, de 24 de dezembro de 1996. Medidos pelo desempenho em exames padronizados, realizados a cada dois anos ao final de determinada etapa da educação básica. Priorizando a melhoria da qualidade do ensino (BRASIL, 1996).

Meta 7 PNE: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias 76

nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

Meta 7 PEE - Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias estaduais para o IDEB:

Meta 7 PME :fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

10.3 ESTRATÉGIA IDEB

1- Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional; 2- Estabelecer e implantar diretrizes pedagógicas para a educação básica, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano de escolaridade; 3- Assegurar, até vigência do PME, os alunos do Ensino Fundamental tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento exigidos no currículo;

11. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

11.1 DIAGNÓSTICO EJA

A educação de jovens e adultos, (EJA), se caracteriza como educação pública para pessoas com experiências diferenciadas de vida e de trabalho. É uma modalidade da Educação básica que garante a jovem e adultos, a partir de 15 anos de idade o direito a formação a especificidade de seu tempo humano e assegurar-lhes permanência e a continuidade dos estudos ao longo da vida. 77

A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino constituída não somente num desafio pedagógico, mas principalmente uma dívida social. A exclusão de jovens, adultos e idosos do processo educativo os priva de outros direitos fundamentais como o exercício pleno de cidadania, o acesso a herança cultural brasileira e da humanidade e, especialmente, o acesso ao mercado de trabalho, com consequências profundas para a construção de uma sociedade justa, democrática e solidária. A erradicação do analfabetismo é preocupação do Brasil e dos munícipios. Aqueles que não tiveram acesso a continuidade de estudos na idade própria podem fazê-lo agora. No Município de Tupanci do Sul, EJA, do Ensino Médio, é ofertada pelo Escola Estadual Gustavo Biazus, enquanto a EJA, do Ensino Fundamental é uma obrigação Municipal a qual está sendo organizada para que no segundo semestre de 2015 inicie algumas turmas, sendo que há espaço físico, onde sejam desenvolvidas as aulas da melhor maneira possível, contemplando todos os alunos que tiverem interesse nessa modalidade de ensino. O município também dispõe de transporte escolar, para facilitar a frequência dos mesmos.

11.2 DIRETRIZES EJA

A constituição Federal, em seu artigo 208, Inciso I, garante o acesso ao ensino fundamental gratuito, inclusive aqueles que não tiveram acesso na idade própria. Esse dispositivo constitucional determina, portanto o dever do Estado de promover a educação de jovens e adultos, todas os que a ela não tiveram acesso na idade própria. Constituição Federal de 1988 – estabelece que "a educação é direito de todos e dever do Estado e da família..." e ainda, ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta garantida para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria. Parecer 05/97 do Conselho Nacional de Educação - aborda a questão da denominação "Educação de Jovens e Adultos" e "Ensino Supletivo", define os limites de idade fixados para que jovens e adultos se submetam a exames supletivos, define as competências dos sistemas de ensino e explicita as possibilidades de certificação. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases definiu que a educação de jovens e adultos deve atender aos interesses e às necessidades de indivíduos que já tinham uma determinada experiência de vida, participam do mundo do trabalho e dispõem, portanto, de uma formação bastante diferenciada das crianças e adolescentes aos quais se destina o ensino regular. É por isso que a educação de jovens e adultos é também compreendida como educação contínua e permanente. De acordo com a Resolução n.º 1, de 5 de julho de 2000, do Conselho Nacional 78

de Educação (CNE) – que estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos –, a oferta desta modalidade de ensino deve considerar. O poder público deve garantir professores capacitados para atuarem na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com acompanhamento de a coordenação pedagógica, em todos as classes e a utilização de metodologias diversificadas, com forma de combater a evasão e a repetência.

Meta 8 PNE: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

Meta 8 PEE - Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste PEERS, para as populações do campo, comunidades indígenas, comunidades quilombolas e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à superação da desigualdade educacional.

META 8 PME: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência do PME, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no município e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres.

11.3 ESTRATÉGIAS EJA

1- Ampliar a participação dos profissionais da EJA em encontros regionais e nacionais concernentes a esta modalidade de ensino; 2- Garantir aos alunos da EJA o acesso às tecnologias da informação; 3- Garantir material didático apropriado a essa modalidade de ensino, oportunizando a participação dos profissionais especializados na elaboração, seleção ou adoção dos mesmos; 4- Reduzir a taxa de evasão na EJA, até o final da vigência do PME; 5- Incentivar continuamente a expressão e preservação das manifestações artísticas e culturais oriundas das comunidades onde estão inseridos os alunos da EJA; 79

6- Garantir que, em até três anos da aprovação do PME todas as Unidades Escolares da Rede que oferecem EJA possuam um laboratório de informática e uma sala de vídeo; 7- Divulgar as ações dos programas de EJA para incentivar a participação e a mobilização dos munícipes.

Meta 9 PNE: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9 PEE: – Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 98% (noventa e oito por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PEERS, universalizar a alfabetização e reduzir em 55% (cinquenta e cinco por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 9 PME: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) e, até o final da vigência do PME, reduzir o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

11.4 ESTRATÉGIA EJA FUNDAMENTAL

1- Implementar classes regulares de alfabetização para jovens e adultos que ainda não tenham frequentado a escola; 2- Articular políticas da EJA às políticas sociais voltadas para o mundo do trabalho, saúde e geração de emprego e renda; 3- Desenvolver programas para correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados; 4- Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de 80

maneira a estimular a ampliação do atendimento desses estudantes na rede pública regular de ensino; 5- Promover, busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude.

Meta 10 PNE: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 10 PEE: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, no ensino fundamental e 50% (cinquenta por cento) das matrículas do ensino médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 10 PME: Oferecer, matriculas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

11.5 ESTRATÉGIAS MATRÍCULAS EJA

1- Incentivar, a educação profissionalizante como educação continuada, ampliando as oportunidades de ingresso no mundo do trabalho; 2- Intensificar, o processo de integração da educação básica ao ensino profissionalizante bem como contribuir para o bom desenvolvimento dos cursos nas modalidades sequenciais e concomitantes; 3- Assegurar, a democratização do acesso aos cursos profissionalizantes de caráter eminentemente técnico, ou similar; 4- Assegurar, a excelência de cursos profissionalizantes e sua adequação à realidade regional; 5- Viabilizar, ações de integração do ensino profissionalizante junto aos setores produtivos, visando seu aperfeiçoamento; 6- Estabelecer, a partir do primeiro ano da aprovação do PME, políticas para a educação profissional; 7- Assegurar, nas escolas profissionalizantes, a infraestrutura física, didática e tecnológica adequada, de acordo com os padrões necessários a qualidade do ensino profissional, atendendo, inclusive, aos alunos com necessidades educativas especiais; 81

8- Manter e ampliar, convênios com programas estaduais e federais de financiamento para a educação profissional durante a vigência do PME, garantindo melhorias.

12. DIAGNÓSTICO EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE

No município de Tupanci do Sul não há escola de nível técnico, que ofereçam cursos profissionalizantes. Os alunos do nosso Município deslocam- se para outras cidades e estados onde são oferecidos estas modalidades de Ensino. Para o acesso ao Ensino Técnico, o município de Tupanci do Sul oferece um auxílio de custo. Os cursos mais procurados em nossa cidade pelos alunos e Técnico em Agropecuária e Agrícola, Gestão Empresarial e Agente Administrativo, sendo que no ano de 2013 e 2014 foi oferecida em parceria com instituição privada um curso de Gestão Empresarial e Agente Administrativo, para realização das aulas foi utilizado a Escola Municipal, e um funcionário público municipal. O grande desafio é transformar a Educação Profissional oferecida no Brasil e em Tupanci do Sul, para que responda com maior eficiência e eficácia, as demandas dos cidadãos do mundo do trabalho e aos requerimentos específicos do desenvolvimento econômico e social do país, com o propósito de melhorar as condições necessários às atividades profissionais e contribuir para elevação da produtividade e melhoria da qualidade de vida da comunidade.

12.1 DIRETRIZES

A formação profissional, não pode ser aceita pelos que lutam por dias melhores para todos e por uma educação pública de qualidade, assentada em projetos que buscam o desenvolvimento humano e social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) propõe que a educação profissional integre-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. Os cursos poderão ser organizados por eixos tecnológicos; assim, possibilitam a construção de diversos itinerários formativos – um aperfeiçoamento do aluno na área escolhida. O ensino profissional deve ser formulado, então, com objetivo de garantir a capacitação profissional de talhadores tecnicamente competentes e politicamente comprometidos com toda a sociedade.

82

Meta 11 PNE: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Meta 11 PEE - Triplicar, até o último ano de vigência do PEE, as matrículas da Educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade social da oferta e, no mínimo 50% da expansão no segmento público.

Meta 11PME: incentivar, as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta, e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

12.2 ESTRATÉGIAS

1. Realizar, parcerias com órgãos federais e estaduais, com ênfase ao Ministério do Trabalho, voltadas para a implantação e o financiamento de ações que permitam o oferecimento de cursos para a qualificação e requalificação ao mundo do trabalho. 2. Oferecer, cursos profissionalizantes de nível básico em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Obras, tendo em vista a demanda no mundo do trabalho. 3. Propiciar, aos jovens, acima de 14 anos, e aos adultos, condições para o trabalho, oferecendo-lhes novas perspectivas profissionalizantes, independente de terem ou não concluído o Ensino Fundamental. 4. Oferecer, Educação Profissional na modalidade não formal e de duração variável não sujeita à regulamentação curricular. ex: pequenos frutos, manejo e tecnologia da poda, manejo do solo, manejo de ovinos. 5. Cooperar, com instituições que ofereçam o Ensino profissionalizante à comunidade, de acordo com a demanda do município, durante a vigência do PME. 6. Implantar, cursos de qualificação profissional na rede pública, articulados com programas de alfabetização para jovens e adultos. 7. Incentivar, por meio de recursos públicos e privados, a produção de programas de educação a distância que ampliem as possibilidades de educação profissional permanente para toda a população, durante a vigência do PME.

83

13. DIAGNÓSTICO ENSINO SUPERIOR

Ensino Superior, é de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior. A lei de diretrizes e bases da educação (LDB 9394/96) É a legislação que regulamenta o sistema educacional do Brasil, desde educação Básica ao ensino superior. Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação, que regulamenta todos os níveis. A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. No Município de Tupanci do Sul, não há instituição de Ensino Superior, por isso a Prefeitura Municipal, oferece um auxilio universitário, para o transporte escolar. Na rede municipal de Ensino, 98% dos professores são graduados e pós-graduados. Sendo que não temos nenhum professor com doutorado ou mestrado, pois os custos são elevados e dificulta a frequência dos cursos. Através de parceria com universidades, os professores podem fomentar a formação continuada.

13.1 DIRETRIZES

A Educação superior, no Brasil é oferecido por universidades, centros universitários, faculdades, institutos superiores e centros de educação tecnológica. O cidadão pode optar por três tipos de graduação: bacharelado, licenciatura e formação tecnológica. Cabe ao município contribuir para garantia de educação superior pública, gratuita e de qualidade, bem como estabelecer uma política de articulação das ações do ensino, pesquisa e extensão universitárias com as ações estratégicas de desenvolvimento realizadas no município, em benefício da população, por meio das ações de apoio e de parcerias concretas com instituições federais, estaduais e privadas. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN, de 1996, o Ensino Superior Brasileiro passou por mudanças refletidas até hoje em sua estrutura. A autonomia didática-científica foi assegurada às Universidades, podendo criar e extinguir cursos e 84

administrar o número de vagas oferecidas. Também a LDBEN determinou em 1996 que o governo brasileiro em parcerias com os estados e municípios, deveria elaborar o Plano Nacional de Educação (PNE), com período decenal. O primeiro PNE foi aprovado em 2001 e sua segunda edição com metas para todo o país até 2024, estabelece três objetivos para a educação superior.

Meta 12 PNE: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 12 PEE - Elevar a taxa bruta da matrícula na educação superior para 55% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 37% (trinta e sete por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada à qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 12 PME: elevar a taxa de matrícula na educação superior e a taxa líquida da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão, das novas matrículas, no segmento público.

13.2 ESTRATÉGIAS DO ENSINO SUPERIOR

1-Valorizar as ações previstas pela reforma da Educação Superior. 2-Estabelecer, em forma de parceria durante a vigência do PME, auxilio para os alunos que frequentam o Ensino superior e residem no município. 3-Apoiar a criação de novos cursos, visando a necessidade do Município;

Meta 13 PNE: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Meta 13 PEE - Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior 85

para 90% (noventa por cento), sendo, do total, no mínimo, 45% (quarenta e cinco por cento) doutores, valorizando esses profissionais com uma remuneração adequada, conforme praticada em IES.

Meta 13 PME: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior.

13.3 ESTRATÉGIAS DO ENSINO SUPERIOR: ELEVAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

1- Assegurar, durante a vigência do PME, a continuidade da qualificação de cada área ensino; 2- Realizar, parcerias com órgãos federais e estaduais, voltadas para a implantação e o financiamento de ações que permitam o oferecimento de cursos para qualificação; 3- Qualificar e atualizar, profissionais da Educação, visando um melhor desempenho no exercícios do trabalho;

Meta 14 PNE: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Meta 14 PEE - Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 6.000 (seis mil) mestres e 4.000 (quatro mil) doutores.

Meta 14 PME: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu.

13.4 ESTRATÉGIAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

1- Incentivar, em forma de colaboração, a todos na matricula de pós-graduação; 2- Estabelecer políticas, de estímulos visando atender as necessidades do município; 3- Estabelecer, em forma de colaboração, com as Universidades, curso de pós-graduação, para os estudantes.

86

14. DIAGNÓSTICO DA VALORIZAÇÃO DOS EDUCADORES

De acordo cor a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Lei de Diretrizes de Base e Resolução no 03/97 da CDB do CNE, a Lei de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Municipais e Piano Nacional de Educação, a valorização dos profissionais da educação e prioritária, dada sua responsabilidade social que vai além na mediação da construção do conhecimento, pois envolve a formação de valores humanos e a construção da cidadania. A partir da Constituição Federal de 1988, a valorização dos profissionais da educação tornou-se consenso na sociedade para a melhoria da qualidade no ensino público, passando necessariamente pela valorização do magistério. Nesse sentido, a partir da Lei do Fundeb, Lei 9.434/96, o Conselho nacional de Educação estabeleceu diretrizes nacionais para os pianos de carreira dos professores, visando assegurar políticas públicas de valorização do magistério que implicam, obrigatoriamente, a formação inicial de qualidade, as condições adequadas de trabalho, o salário condigno, a carreira que valorize o desempenho e a titulação do professor e o processo permanente de formação continuada, garantindo a atualização e a qualificação do magistério. Na rede municipal tem 19 professores com graduação e pós-graduação, sendo que apenas 1 professor da rede pública municipal possui magistério de nível médio, todos são amparados pelo Plano de Carreira, onde há mudança de nível e classe dependendo da formação continuada de cada um. A mesma é realizada a cada quatro anos com titulação exigida em cada classe, através de uma comissão. Dados estatísticos dos professores municipais, entre 2010 e 2014: Tabela 24: Dados estatísticos dos professores municipais Professor 2010 2011 2012 2013 2014 Educação Infantil 05 05 05 05 05 Nomeado/Contratado Ensino Fundamental 14 18 17 15 15 Nomeado Ensino Fundamental - 01 - 01 - Contratado (A I.) Atendente de Creche - - - - 04

Fonte: SMEC Tupanci do Sul (2015). 87

OBS: Os professores da Educação infantil são nomeados para series iniciais do Ensino Fundamental, sendo que os mesmos possuem habilitação para Edu. Infantil.

14.1 DIRETRIZES

A qualidade da educação dá-se pela valorização de seus trabalhadores, através da remuneração condizente com a titulação, de condições favoráveis de trabalho e de elaboração de políticas de formação permanente. Numa sociedade com constantes mudanças, para que os trabalhadores em educação possam fazer frente às exigências da atualidade, mantendo seu equilíbrio e vislumbrando novas possibilidades de ação, é necessária a formação permanente, fortalecendo-os assim, no exercício de sua profissão, permitindo a apropriação da realidade, de novas tecnologias e saberes necessários que possibilitarão intervenções pedagógicas qualificadas. Faz-se necessário, também, que o professor domine as tecnologias de comunicação e de informação, a fim de integrá-las a prática do magistério. O acompanhamento das mudanças por que passa a sociedade deve fazer parte da rotina de um profissional da educação voltado para o desenvolvimento de suas práticas, de seu ambiente e de seu estado. Na medida em que município e professor se comprometem com a melhoria da qualidade do ensino, estabelecerão, com a sociedade, a harmonia necessária para assegurar o exercício pleno da cidadania e a inserção nas atividades produtivas que permitam a elevação constante do nível de vida. O salário dos trabalhadores em educação deve ser compatível com sua formação, garantindo a qualidade de vida necessária, sem a sobre carga de trabalho, com um mecanismo de reposição das perdas decorrentes do processo inflacionário. As condições de trabalho favoráveis, a destinação de tempo para estudos, planejamento de atividades e de avaliação, dentro da carga horária dos professores, bem como o acesso as novas tecnologias e políticas holísticas de saúde preventiva permitem uma melhor qualidade de vida destes profissionais, gerando a melhoria de ensino. É também fundamental constar das ações supracitadas o processo de inclusão que exige do poder público uma sensibilidade na deliberação das propostas educacionais. Nesse sentido, não basta somente a formação, mas também Conhecimento especifico do processo de construção de conhecimento nos diferentes níveis e modalidades de ensino. 88

Melhorar a condição do ensino é indispensável para assegurar a população o acesso pleno a cidadania e a sua inserção nas atividades produtivas, permitindo a elevação constante do nível de qualidade de vida. É um compromisso que não poderá ser cumprido sem a valorização do magistério, uma vez que os docentes exercem um papel decisivo no processo educacional. Valorizar o magistério implica nos seguintes requisitos: - Uma formação profissional que assegure o desenvolvimento da pessoa do educador como cidadão e profissional; o domínio dos conhecimentos, objeto de trabalho com os alunos e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem; - Um sistema de formação continuada que permita ao professor um crescimento constante de seu domínio sobre a cultura letrada, dentro de uma visão crítica e da perspectiva de um novo humanismo; - Salário condigno, competitivo, no mercado de trabalho, com outras ocupações que requerer nível equivalente de formação; Comprometimento social e político do magistério. Valorizar o profissional de educação depende do poder Púbico, mas também, dos profissionais no desempenho de suas atividades. Sendo assim deve-se prever, no Plano de Carreira, o sistema de ingresso, promoção, e afastamento periódico para estudos que proporcione a melhoria das condições de trabalho, formação continuada e avaliação de desempenho. A formação continuada visa abrir novos horizontes na atuação profissional com finalidade de abrir as janelas para a reflexão sobre a prática educacional e a busca do aperfeiçoamento técnico, ético e político. A educação escolar viabiliza-se pela ação articulada entre todos os agentes educativos (docentes, funcionários administrativos e de apoio que atuam na escola). Assim, a formação continuada deve se estender a todos os profissionais. Nessa perspectiva, a educação não pode ser vista como privilegio de alguns, mas oportunidades de todos, com profissionais que tem competência e compromisso com a melhoria continua do processo ensino aprendizagem.

Meta 15 PNE: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 89

META 15 PEE - Implantar o Sistema Estadual de Formação e de Valorização dos Profissionais da Educação, no prazo de 1 (um) ano a partir da aprovação desse PEERS, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior gratuita, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, até o quinto ano de vigência desse Plano.

Meta 15 PME: Implantar, em regime de colaboração, a formação e valorização dos profissionais da educação, no prazo de 1 (um) ano a partir da aprovação do PME, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior gratuita, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, até o quinto ano de vigência do PME.

14.2 ESTRATÉGIAS DA FORMAÇÃO CONTINUADA

1. Apoiar os programas de cursos de formação de docentes que tratam de temas relacionados às problemáticas tratadas nos temas transversais: género, educação sexual, ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e temas locais. 2. Apoiar, durante a vigência deste Plano, a permanência das pessoas com necessidades especiais nos cursos de educação superior. 3. Apoiar, durante a vigência deste Plano, de forma intensiva, em segunda graduação.

Meta 16 PNE: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 16 PEE - Formar, em nível de pós-graduação, prioritariamente desenvolvida por Instituição Pública de Ensino Superior EA1 80% (oitenta por cento) dos professores e professoras da educação básica, até o último ano de vigência deste PEERS, gratuitamente e garantir a todos/as os/as profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextos dos sistemas de ensino, expandindo a 100% até o final de vigência deste plano.

90

Meta 16 PME: formar, em nível de pós-graduação, professores da educação básica, até o último ano de vigência do PME, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

14.3 ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO

1. Consolidar, aperfeiçoamento, através do Sistema Municipal de Formação, Valorização, Incentivo e Proteção dos Profissionais da Educação, a formação de todos os profissionais da educação em nível de pós-graduação, com ampliação ao Mestrado. 2. Constituir, no primeiro ano de vigência deste PME, fórum das Instituições de Ensino da Educação Básica da rede pública de ensino, em parceria com SMEC, CME e Sistema Municipal de Formação, Valorização, Incentivo e Proteção dos Profissionais da Educação, com fins de planejamento e articulação de ações para viabilizar o alcance da meta; 3. Realizar por meio de Fórum um levantamento de interesses para habilitação dos profissionais de educação para atendimento da demanda de portadores de necessidades especiais e ofertar em parceria com as instituições de ensino superior formação a nível municipal. 4. Disponibilizar e/ou transferir recursos, em parceria com os entes federados, referente a programas de acervo de obras didáticas, paradidáticas, de literatura, de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille para os profissionais da educação das instituições de educação básica e ensino superior. 5. Disponibilizar em parceria com os entes federados materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato acessível para os profissionais da educação das instituições de educação básica e ensino superior. 6. A partir da realidade local, buscar a disponibilização de recursos para o acesso a formação e bens culturais através da implementação das ações do PNE. 7. Assegurar aos professores, a partir da aprovação deste PME, tempo específico para estudos e planejamentos, estabelecendo condições efetivas para o desenvolvimento de pesquisas e projetos acadêmicos e pedagógicos, que garantam a formação contínua de professores, por meio de investimentos do município e das redes privadas, facilitando o acesso às fontes de pesquisa e aos materiais de apoio pedagógico. 91

8. Fomentar, nas redes públicas de educação básica, a partir do primeiro ano de vigência desse PME, o acompanhamento dos professores e professoras iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes já efetivados no cargo, durante o estágio probatório, e oferecer nesse período cursos de aprofundamento de estudos nas áreas de atuação dos professores, com destaque para os conteúdos que compõe a base curricular nacional, as temáticas transversais, as especificidades locais e as metodologias de ensino de cada campo do saber. 9. Criar uma comissão própria de avaliação dos professores em estágio probatório dentro da entidade ao qual está vinculado, composta por: um representante da direção da instituição, um professor efetivo, 01 funcionário efetivo. 10. Após a avaliação realizada pela comissão própria será apresentado tal instrumento ao profissional avaliado para possíveis dúvidas e esclarecimentos. 11. Manter e ampliar, em parceria entre a SEDUC e SMEC, política municipal de formação continuada para funcionários de escola, construída em regime de colaboração com os sistemas de ensino. Tal política deve oferecer formação continuada e cursos nas áreas de administração escolar, multimeios, manutenção da infraestrutura escolar e inclusive para a área da alimentação escolar, sem prejuízo de outras.

Meta 17 PNE: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. Meta 17 PEE- Valorizar o magistério público da educação básica, a fim de igualar o rendimento médio dos profissionais do magistério ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente e entre o próprio magistério nas diferentes redes e sistemas, até o final do sexto ano de vigência deste PEERS. Meta 17 PME: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, durante a vigência do PME.

14.4 ESTRATÉGIAS DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO

1. Constituir, a partir da aprovação deste PME, fórum permanente que congregue representantes da União, do Estado e do Município e dos trabalhadores em educação, sob a responsabilidade de chamamento do Sistema Municipal de Educação e SEDUC/RS, em 92

parceria com a UNDIME, para acompanhar a atualização progressiva em relação ao valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de acordo com a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. 2. Implementar, sob responsabilidade da SEDUC/RS, SMEC-Tupanci do Sul, CME e Entidades representativas, no prazo de um ano, no âmbito do Estado e dos Municípios, planos de carreira para os profissionais da educação, equiparando os vencimentos dos profissionais de acordo com os níveis de formação requeridos para o exercício da profissão e implementando a jornada de trabalho, preferencialmente cumprida em um único estabelecimento escolar. 3. Buscar a ampliação da assistência financeira específica da União aos entes federados, para implementação e complementação das políticas de valorização dos/as profissionais do magistério, em particular para assegurar a efetivação do piso salarial nacional.

Meta 18 PNE: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 18 PEE - Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos a partir da aprovação do PEERS, a existência de planos de Carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 18 PME: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência do Planos de Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

93

14.5 ESTRATÉGIAS PARA REELABORAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA

1. Constituir, no primeiro ano de vigência do PME, grupo de trabalho com representantes da SMEC-Tupanci do Sul, CME, APMS, e das IES, para proceder diagnóstico detalhado dos planos de carreira existentes, buscando um reordenamento comum e equânime, pautado pela especificidade do campo da educação, excluindo vieses dos paradigmas do gerencialíssimo baseado no modelo de mercado. 2. Estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do último ano de vigência do PME, 90% (noventa por cento), dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontram vinculados. 3. Implantar, nas redes públicas municipais de educação básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, formação continuada de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina. 4. Promover, a partir da aprovação do PME de Tupanci do Sul, nos planos de carreira dos profissionais da educação do sistema municipal, licenças remuneradas para qualificação profissional em nível de pós-graduação stricto sensu e lato sensu, assim como períodos reservados a estudos, planejamentos e avaliação, incluídos na carga de trabalho, na proporção definida pela Lei nº 11.738/2008. 5. Considerar, as especificidades socioculturais das escolas do campo; 6. Integrar, comissões permanentes de profissionais da educação(professores, diretores, assessor jurídico indicado pela APMS e CME) junto aos sistemas de ensino, para subsidiar os órgãos competentes na reestruturação dos planos de Carreira. 7. Criar, dentro do Plano de Carreira um artigo com políticas públicas de formação, valorização, Incentivo e Proteção, com a finalidade de defender a integridade física e moral dos profissionais da educação. 8. Promover, formação específica para professores da rede pública de ensino no que concerne ao campo de atuação no magistério. 9.Oportunizar, cursos de formação continuada por meio de qualificação na área em que atua e na área específica de sua formação inicial de acordo com a legislação vigente. 94

10. Conscientizar, por meio de formação continuada, os professores sobre a importância de uma conduta ética de qualidade para promoção da classe dos profissionais de educação e assim garantir meios de proteção (moral, física...) de sua ação no desenvolvimento de suas atividades.

15. DIAGNÓSTICO DE GESTÃO

Com a Constituição Federal de 1988, os municípios tiveram assegurada sua autonomia no estabelecimento de atribuições e competências, dentre as quais se inclui a de manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental. Como o Brasil é organizado de forma federativa, cada nível de governo possui diferentes responsabilidades, inclusive com relação à oferta da educação escolar nas diferentes etapas de ensino. A educação infantil é função própria dos municípios, oferecida em creches e pré-escolas. O ensino fundamental é competência de Estados e Municípios, em um sistema de responsabilidade compartilhada. Na oferta dessa etapa de ensino esses entes federados devem estabelecer formas de colaboração em relação à divisão proporcional de encargos, no que se refere à população. O percentual constitucionalmente vinculado a manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem representar os parâmetros para a formulação e implementação das metas educacionais, é preciso, entretanto, desfazer alguns enganos, há uma imagem equivocada de que a determinação constitucional represente um valor elevado em relação aos demais encargos da administração pública. A vinculação, pela constituição federal, de 25% no mínimo, da receita de impostos dos Estados e Municípios para a manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), é importante porque garante uma fonte estável para financiar a educação, não sujeita as conveniências da política econômica. No Rio Grande do Sul, a Constituição Estadual de 1989 (Art.202) elevou esse percentual para 35%, o qual não foi observado por alguns governos das Últimas décadas. O município de Tupanci do Sul dispõe de 25% para a Educação. O acompanhamento e o controle social dos recursos aplicados em educação serão realizados, principalmente, pelo Conselho Municipal de Educação que tem uma das incumbências para atuar nesta área observando a aplicação das verbas públicas destinadas ao município quanto a Alimentação Escolar, Transporte Escolar, Capacitação de Professores, Funcionários, Construção e Conservação dos Prédios Educacionais, de acordo com o diagnostico existente no PME. 95

O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), tem a função de fiscalizar e acompanhar os programas, as contas e os recursos repassados para o município. Ao Conselho Municipal de Alimentação Escolar compete acompanhar, com conhecimento de causa, a aplicação dos recursos do Programa Nacional e Municipal de Alimentação Escolar, zelar pela qualidade do atendimento, analisar as prestações de contas e comunicar irregularidades detectadas. Sem dúvida, a garantia dos percentuais vinculados a manutenção e ao desenvolvimento do ensino, inclusive no Plano Plurianual- PPA, deve ser o ponto de partida para a formulação e implementação dos objetivos e metas educacionais. Entretanto, considerando as necessidades de expansão e a melhoria da qualidade da educação escolar, esses recursos são insuficientes. No Município de Tupanci do Sul outras fontes tradicionais de financiamento são o salário-educação e os recursos recebidos do FNDE/MEC. Estes também não atendem as necessidades prioritárias da Secretaria Municipal da Educação. O Município de Tupanci do Sul, gradativamente deseja concretizar os objetivos das comunidades escolares através das verbas federais e estaduais destinadas a Educação suprindo as necessidades pertinentes para o pleno desenvolvimento das mesmas. Outro aspecto importante a ser considerado e o regime de colaboração entre União, Estados e Município para a oferta da educação escolar, que se constitui em diretriz estratégica da Constituição Federal e da Lei NO 9.394/96- LDB. Os avanços conquistados na Legislação, as relações do Estado com os municípios tem se limitado, algumas vezes, somente ao repasse de recursos, não avançando para a implementação de parcerias que objetivem a qualidade do ensino. Os problemas vivenciados pela educação não podem ser enfrentados de forma isolada pelo Estado e exigem ampla mobilização da sociedade em prol de uma educação de qualidade para todos. Um dos mecanismos importantes para garantir espaços de participação da comunidade na gestão da educação é a Lei da Gestão Democrática do Ensino Público (Lei nº 10.576/95, alterada pela Lei nº11.695/01), tendo como preceitos, entre outros, a autonomia dos estabelecimentos de ensino na gestão administrativa, financeira e pedagógica, a participação dos segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios em órgãos colegiados, a garantia da descentralização do processo educacional e a eficiência no uso dos recursos. 96

15.1 DIRETRIZES

Ao tratar do funcionamento da educação, é preciso reconhecer que, para o exercício pleno da cidadania e para a melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento humano, está implícito o direcionamento, aplicação e transparências dos recursos.

Figura 16: Diferenças do FUNDEF x FUNDEB

Fonte: Site Fundeb (2015).

O município utiliza seus recursos exclusivamente na educação infantil e ensino fundamental, áreas estas de atuação prioritária. A lei do FUNDEB estabelece que, no mínimo 60% (sessenta por cento) sejam destinados a remuneração dos profissionais do magistério, da educação básica, em efetivo exercício sendo eles: docentes e profissionais que oferecem apoio pedagógico como direção, supervisão, orientação educacional e coordenação pedagógica e 40% para manutenção, construção e aquisição de materiais. No entanto, com a implantação da Lei nº 11.738 de 16 de julho de 2008, que regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, no ano de 2014, mais de 80% dos recursos foram destinados ao pagamento dos profissionais da educação.

97

Figura 17: Composição do FUNDEB.

Fonte: site Fundeb.

O cálculo para o repasse dos recursos do FUNDEB é realizado pelo número de matrículas na educação infantil (creches e pré-escolas) e ensino fundamental da rede municipal de ensino, informada anualmente através do Censo Escolar, sendo sua utilização sempre no ano subsequente.

98

Figura 18: Recursos para MDE

Fonte: Site Fundeb.

O Salário Educação é outro recurso da União repassado aos municípios como uma fonte adicional de recursos de acordo com a Lei Federal nº 10.832, de 29 de dezembro de 2003, que alterou o parágrafo Iº, e o seu inciso 2º do artigo 15 da lei nº 9424/96, art 2º a Quota Estadual Municipal do Salário-Educação, de que trata o parágrafo 1º e seu inciso II, do art. 15 da Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, será integralmente redistribuída entre os Estados e seus Municípios de forma proporcional ao número de alunos matriculados no ensino fundamental da rede pública municipal de ensino conforme apurado pelo Censo Educacional realizado pelo Ministério da Educação”. Até 2006, era destinado apenas para o ensino fundamental, passando, a partir de 2007, a financiar toda a educação básica. De acordo com a legislação vigente, após as deduções legais, é distribuída pelo FNDE, autarquia federal vinculada ao MEC, que é responsável pela arrecadação e distribuição dos recursos aos 99

Estados e aos Municípios. Em Tupanci do Sul, a quota municipal do Salário Educação repassada tem como base o número de alunos matriculados na educação básica, apurado pelo Censo Escolar realizado no ano anterior ao do repasse. Em relação ao fornecimento da merenda escolar, o FNDE –Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, através do Programa PNAE –Programa Nacional de Alimentação Escolar, estabelece os critérios e as formas de transferência legal dos recursos financeiros ao município, em caráter suplementar, para a aquisição exclusiva de gêneros alimentícios. O PNAE tem como objetivo suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos com vistas a garantir a implantação da política de segurança alimentar e nutricional e contribuir para a formação de hábitos alimentares saudáveis. Os beneficiários do PNAE são os alunos matriculados na educação infantil e no ensino fundamental da rede pública de ensino. No Brasil, os dados do IBGE indicam que 95,3% dos municípios contam com a atuação do CAE. O setor da merenda escolar da rede pública municipal, além das atividades estabelecidas pelo PNAE, orienta as escolas e desenvolve programas de capacitação das cozinheiras e auxiliares, bem como projetos de hortas escolares em todas as unidades da rede municipal de ensino, realiza acompanhamento dos educandos através do índice de massa corpórea -IMC e, em casos de necessidade, acompanhamento individual dos alunos. Para realização deste trabalho, a rede municipal possui uma nutricionista que também é responsável pela elaboração dos cardápios. No ano de 2014 os valores repassados pela União ao município por dia letivo para cada aluno foram: Creche: R$ 1,00 Pré-escola: R$ 0,50 Ensino fundamental: R$ 0,30 Como é possível perceber pelos dados acima, esses valores acabam sendo irrisórios para suprir as necessidades nutricionais dos educandos. Dessa forma, o município acaba ampliando o investimento na aquisição de gêneros alimentícios para o atendimento da merenda escola. O Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE conta com o acompanhamento do CAE –Conselho de Alimentação Escolar, órgão deliberativo que tem por finalidade fiscalizar e assessorar a execução do programa e a aplicação dos recursos financeiros transferidos pelo MEC/FNDE –Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação ao município de Tupanci do Sul. 100

Outro recurso recebido pelo município é o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), que visa atender alunos moradores da zona rural e urbana com o objetivo de garantir o acesso e a permanência nos estabelecimentos escolares dos alunos do ensino fundamental público residentes em área rural e urbana que utilizem transporte escolar, por meio de assistência financeira, em caráter suplementar aos municípios. O programa consiste na transferência automática de recursos financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear despesas. Assim como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) também tem caráter suplementar, ou seja, parte dos investimentos deve ser realizado pelo município, o que acarreta falta de recursos para melhorar esta prestação de serviço como a aquisição de novos veículos ou até mesmo a criação de novas rotas. Com relação ao transporte escolar em regime de colaboração o município possui convênio com a Secretaria Estadual de Educação transportando alunos da rede estadual de ensino, nas modalidades ensino fundamental e ensino médio. O PDDE –Programa Dinheiro Direto na Escola, programa federal implantado com base no princípio de descentralização dos recursos federais destinados às escolas do ensino fundamental mantida pelo município, tem como objetivo contribuir com a melhoria da infraestrutura física e pedagógica da escola, mediante a provisão direta dos recursos nas contas das unidades executoras (Associação de Pais e Mestres). O valor do repasse é baseado no Censo Escolar do ano imediatamente anterior. O Estado do Rio Grande do Sul realiza repasse automático de recursos às escolas da rede estadual de ensino através da conta denominada Autonomia Financeira, sendo as despesas fiscalizadas pelo Conselho Escolar. As referidas escolas também recebem da União, recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola-PDDE, sendo a destinação destes recursos acompanhados pelo CPMs. Tanto os recursos repassados pelo Estado quanto pela União acabam sendo insuficientes para as escolas suprirem as necessidades de materiais de expediente, limpeza e pedagógicas, bem como para inserção de novas tecnologias necessárias a melhoria da qualidade do ensino. Para ampliar os investimentos em educação, o documento da CONAE 2010 aponta a necessidade de uma reforma tributária a curto prazo, alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal, permitindo investimentos para além do limite de 54% da receita corrente líquida atualmente permitidos. Também orienta a adoção do referencial Custo Aluno 101

Qualidade(CAQ), o qual estabelece a necessidade de definição de indicadores/critérios que definam um padrão mínimo de qualidade para a educação. O Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi), desenvolvido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação -CNDE, se tornou referência para a construção da matriz de Padrões Mínimos de Qualidade para a Educação Básica Pública no Brasil, em vários fóruns de discussão. Em estudo iniciado em 2005, a CNDE optou por buscar a definição do CAQi referenciada em padrões mínimos iniciais, e não o CAQ, que representaria a qualidade ideal para as escolas públicas, com a projeção de aumento do valor do CAQi à medida que a qualidade se amplie e se aprofunde. Conforme a proposição, os fatores que mais influem no cálculo do CAQi são: 1) tamanho da escola; 2) jornada dos alunos (tempo parcial/tempo integral); 3) relação alunos/turma ou alunos/professor; 4) valorização dos profissionais do magistério, incluindo salário, plano de carreira e formação inicial e continuada. Para que se concretize todas as políticas em prol da educação, seguimos as seguintes metas e estratégias;

Meta 19 PNE: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

META 19 PEE - Assegurar condições, sob responsabilidade dos sistemas de ensino, durante a vigência do Plano, para a efetivação da gestão democrática da educação pública e do regime de colaboração, através do fortalecimento de conselhos de participação e controle social, e da gestão democrática escolar, considerando três pilares, no âmbito das escolas públicas: conselhos escolares, descentralização de recursos e progressivos mecanismos de autonomia financeira e administrativa e provimento democrático da função de gestor, prevendo recursos e apoio técnico da União, bem como recursos próprios da esfera estadual e municipal; para a manutenção dos respectivos conselhos de educação.

102

Meta 19 PME: assegurar condições, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

15.2 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

1. Construir diagnóstico da situação da gestão democrática em todas as escolas do município, a partir da aprovação do PME, sob a responsabilidade da SMEC e CME. 2. Implantar e fortalecer os conselhos escolares existentes, no prazo de um ano, após a aprovação do PME, como instrumentos de participação, deliberação, avaliação e fiscalização na gestão escolar nas dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo. 3. Fortalecer o Conselho Municipal de Educação já existente, garantindo a esse colegiado na Lei de Diretrizes Orçamentárias recurso financeiro. Oferecer espaço físico adequado, quadro de recursos humanos, equipamentos e meios de transporte para verificações à rede escolar, com vistas ao desempenho de suas funções. 4. Ampliar os programas de apoio e formação aos (às)conselheiros(as) dos conselhos de Educação, através de ações articuladas entre União, esfera estadual e municípios, com oferta anual. 5. Ampliar os programas de apoio e formação aos conselheiros dos conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções. 6. Fortalecer o Fórum Municipal Permanente de Educação já existente, com o intuito de coordenar as conferências municipais e efetuar o acompanhamento da execução do PME para planejamento, replanejamento, rearticulação, avaliação e monitoramento das metas estabelecidas neste documento, assim, estabelecendo um ciclo sistemático de políticas educacionais articuladas. 7. Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis, associações de pais, clubes de mães e conselhos escolares, assegurando- lhes, inclusive, espaços adequados e compartilhados a fim de possibilitar condições de 103

funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações. 8. Respeitar e incentivar a livre organização de familiares dos estudantes na educação básica, assegurando, inclusive, espaço adequado e compartilhado e assim, oportunizar condições de funcionamento para suas entidades representativas, fortalecendo a sua articulação orgânica com as instâncias da comunidade escolar, em especial com os espaços de deliberação colegiada de gestão escolar, por meio das respectivas representações. 9. Respeitar e incentivar a livre organização dos trabalhadores em educação, assegurando, inclusive, espaço adequado e condições de funcionamento para suas entidades representativas, fortalecendo a sua articulação orgânica com as instâncias da comunidade educacional, em especial com os espaços de deliberação colegiada de gestão escolar e acadêmica, por meio das respectivas representações. 10. Estimular a participação e a consulta de profissionais da Educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares. 11. Desenvolver políticas de formação de diretores e gestores escolares a fim de qualificar sua atuação na dimensão político-pedagógica, administrativa e financeira da instituição, com oferta anual, através do regime de colaboração e ações próprias de cada ente federado. 12. Garantir o direito às formas alternativas de gestão, de modo a promover a participação social ampla na gestão democrática escolar, respeitando as necessidades e os costumes de grupos culturais e sociais específicos – tais como cidadãos do campo e membros de populações tradicionais, como indígenas e quilombolas – e o processo educativo desenvolvido junto às pessoas privadas de sua liberdade. 13. Fomentar a gestão da educação pública por meios e métodos que não estejam baseados na introdução da lógica dos negócios e de mercado nos assuntos educacionais, mas afirmando sua especificidade na formação integral. 14. Fortalecer e instrumentalizar os órgãos administradores dos sistemas nas suas funções de fiscalização e acompanhamento das instituições públicas e privadas de ensino, buscando a qualidade social, definida anteriormente, da educação. 15. Credenciar e autorizar todas as instituições de ensino em seus respectivos sistemas de ensino, durante a vigência do PME. 16. Fortalecer as ações conjuntas, objetivando a superação da infrequência escolar. 104

17. Fortalecer as ações conjuntas para a garantia do acesso, dentre elas o recenseamento e a chamada pública na educação obrigatória. 18. Garantir a paridade de representações nos conselhos municipais de educação e colegiados escolares, coibindo a hegemonia de qualquer setor.

Meta 20 PNE: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. Meta 20 PEE - Garantir o investimento público em educação pública, assegurando a competência de cada ente federado, de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência deste PEE-RS, e o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. Meta 20 PME: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

15.3 ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO

1. Garantir, a partir da aprovação do PME, em regime de colaboração, a formulação de políticas públicas federais, estaduais e municipais, que assegurem fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da Educação Básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1º do art. 75 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais em diálogo com o padrão de qualidade nacional. 2. Destinar à manutenção e ao desenvolvimento do ensino os recursos oriundos do Fundo Estadual para o Desenvolvimento Social através das receitas recebidas da União e decorrentes da exploração de petróleo e gás natural, de acordo com a Emenda Constitucional 70 da Constituição Estadual do RS. 3. Fortalecer, a partir da aprovação do PME, os mecanismos e os instrumentos que possam assegurar a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em 105

educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, em regime de colaboração entre a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e o Conselho Municipal de Educação. 4. Aperfeiçoar e ampliar mecanismos de acompanhamento da arrecadação e de contribuição do salário educação, possibilitando que o Conselho Municipal de Educação possa exercer sua função de fiscalização e de controle social na aplicação adequada dos recursos destinados à educação. 5. Implantar, no prazo de 2 (dois) anos da vigência do PME, sob coordenação da SMEC, normas para aplicação do inciso IX do artigo 4º da Lei nº 9.394/96 (LDB), que trata dos padrões mínimos de qualidade de ensino para a Educação Básica pública, considerando-o como referencial no conjunto de padrões estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem prevendo-se mecanismos de sua atualização monetária a cada ano que considerem a correção inflacionária e o crescimento do PIB per capita. 6. Implementar, a partir da regulamentação na esfera nacional, o Custo Aluno Qualidade (CAQ) como parâmetro para o financiamento da educação em todas etapas e modalidades da Educação Básica no Estado, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais e investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino, aquisição de material didático-escolar, alimentação, transporte escolar e investimentos em tecnologia da comunicação. 7. Ampliar e consolidar, sob coordenação da SMEC, o Sistema Municipal de Ensino e o Conselho Municipal de Educação, assegurando dotação orçamentária aos seus custeios e à capacitação dos conselheiros, para que se garanta o acompanhamento e o controle social sobre as aplicações dos recursos públicos vinculados e destinados à educação nas suas diversas etapas, níveis e modalidades. 8. Assegurar, que a elaboração da proposta orçamentária anual da Secretaria Municipal de Educação e Cultura seja feita com base no levantamento das principais necessidades das redes escolares, tomando o CAQ como referência em termos de recursos para todas as escolas públicas de educação básica, assegurando insumos para a reestruturação e aquisição de equipamentos. 106

9. Garantir, a partir da aprovação do PME, que se aplique o mínimo estabelecido na Constituição Estadual e na Lei Orgânica Municipal da receita líquida de impostos e transferências em despesas de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), garantindo a referida vinculação na lei orçamentária anual, a ser aprovada pelo Poder Legislativo e sancionada pelo Poder Executivo. 10. Promover, sob responsabilidade do Fórum Municipal de Educação, debates públicos sobre o término do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério (FUNDEB), agindo em regime de colaboração para a aprovação de uma nova emenda constitucional que garanta a continuidade e aperfeiçoamento do financiamento da educação.

16. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO

O Plano Municipal de Educação ( PME), de Tupanci do Sul, cumpre seu papel de estabelecer as políticas de educação para os próximos dez anos, a partir da vontade emanada de diferentes setores da comunidade Tupancience, que, durante alguns meses, reunidos com autoridades municipais, representantes dos poderes Executivo e Legislativo, entidades locais, escolas municipais e estaduais, grupos de estudos em todo o município, indicaram, sugeriram, discutiram caminhos e decidiram por possibilidades que lhes pareceram as ideais para este momento. Este é um Plano Municipal e, o que lhe dá legitimidade é a participação da comunidade, pois os objetivos, metas e estratégias contidos no PME, somente poderão alcançar êxito se entendidos como concepção pelas três esferas: Federal, Estadual e Municipal, juntamente com a sociedade local. Portanto a partir da promulgação do documento legal, esta mesma sociedade esteja atenta para fazer o acompanhamento da implementação daquilo que planejou e, também, as correções que, ao longo dos próximos dez anos, se fizerem necessárias. A aprovação do Plano Municipal de Educação pela Câmara Municipal de Vereadores, o acompanhamento e a avaliação anual realizada pelo Fórum Municipal de Educação e pelo Conselho Municipal de Educação, são fatores decisivos para que a educação produza grande mudança, no panorama do desenvolvimento, da inclusão social, da produção científica- tecnológica e da cidadania do povo brasileiro.

107

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. C. Estratégias para o financiamento da educação pública de qualidade: alterações no sistema tributário e fiscais: MEC. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.CONAE 2010: construindo o Sistema Nacional articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, diretrizes e estratégias de ação –coletânea de textos da CONAE (tema central e colóquios).Brasília: MEC, 2010.

BRASIL.LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007.Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação -FUNDEB, de que trata o art.60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei no10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. Disponível:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11494.htm

BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.

BRASIL. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 53, DE 19 DEDEZEMBRO DE 2006. Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm

BRASIL. LEI Nº 13.005, DE 25 JUNHO DE 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação- PNE e dá outras providências. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm

PME, Indicadores IDEB, Censo Escolar, IBGE, ESCOLAS, do município de Tupanci do Sul. Disponível em: http://convivaeducacao.org.br/platform/indicators.

PDDE Interativo 2014, Secretária Municipal de Educação, Escolas Municipais, Diagnostico; Indicadores e Taxas; Taxas de rendimento. Disponível em: http://pdeinterativo.mec.gov.br/pddeinterativo/pddeinterativo.php?modulo=principal/diagnost ico&acao=A&aba=diagnostico_1_indicadoresetaxas&aba1=diagnostico_1_2_taxasderendime nto.

ALBRECHT, Karl. A única coisa que importa: trazendo o poder do cliente para o centro da sua empresa. 6. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

CAPELLARI, Edite Teresinha Vicenzi. ZOTTI, Clenes Schenhel. Resgatando a história de Tupanci do Sul. 1º ed. : Maneco, 1998.

PARPINELLI, CLORACI. Tupanci do Sul: Ontem e hoje. 1ª ed. Sananduva: Tipografia Sananduva, 2008.

108

RIO GRANDE DO SUL. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Texto constitucional de 3 de outubro de 1989, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de n.º 1, de 1991, a 70, de 2014. Disponível em: 17 http://www2.al.rs.gov.br/dal/Legisla%C3%A 7%C3%A3o/Constitui%C3%A7%C3%A3 oEstadual/tabid/3683/Default.aspx

109

ANEXOS

110

111

112

113

114

115

116

117

118

119

120

121

122

123

124

125

126