DINIZ, Sheyla Castro (2017). Clube da Esquina: mineiridade, romantismo e resistência cultural nos anos 1960. Per Musi. Belo Horizonte: UFMG. p.1-27. SCIENTIFIC ARTICLE Clube da Esquina: mineiridade, romantismo e resistência cultural nos anos 1960 Clube da Esquina: “mineiridade”, romanticism and cultural resistance in the 1960’s Brazil Sheyla Castro Diniz Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil
[email protected] Resumo: Este artigo discute como parte da produção musical do Clube da Esquina incorporou e redefiniu o imaginário mítico da mineiridade. Esta noção traduz uma perspectiva romântica, sendo também expressão de resistência cultural ao modus operandi coercitivo e repressor que se impunha, no Brasil, no contexto de ditadura militar. As análises se concentram, especialmente, em canções dos anos 1960, fase de constituição do grupo. Palavras-chave: Clube da Esquina; mineiridade e música; romantismo; resistência cultural; ditadura militar no Brasil. Abstract: This paper discusses how part of Brazilian group Clube da Esquina’s musical production incorporated and redefined the mythical imaginary of mineiridade. This notion translates a romantic perspective, besides being a cultural resistance expression against a coercive and repressive modus operandi imposed, in Brazil, in the context of military dictatorship. The analyses focus on Clube da Esquina songs of the 1960’s, the first decade in which the mineiro group was formed. Keywords: Clube da Esquina; Mineiridade and music; romanticism; cultural resistance; military dictatorship in Brazil. Submission date: 9 May 2017 Final approval date: 26 March 2018 Dedico este artigo a Fernando Brant (in memoriam). “Longe, longe, ouço essa voz, que o tempo não vai levar...”. “O importante não é saída, nem a chegada, mas a travessia”.