Fragmentos Da História E Da Memória Da Psicologia No Mundo Do Trabalho No Brasil: Relações Entre a Industrialização
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JÚLIA MARIA CASULARI MOTTA FRAGMENTOS DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA DA PSICOLOGIA NO MUNDO DO TRABALHO NO BRASIL: RELAÇÕES ENTRE A INDUSTRIALIZAÇÃO E A PSICOLOGIA CAMPINAS 2004 i JÚLIA MARIA CASULARI MOTTA FRAGMENTOS DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA DA PSICOLOGIA NO MUNDO DO TRABALHO NO BRASIL: RELAÇÕES ENTRE A INDUSTRIALIZAÇÃO E A PSICOLOGIA Tese de Doutorado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, para obtenção do título de Doutor em Saúde Coletiva. ORIENTADOR: PROF. DR. EVERARDO DUARTE NUNES CAMPINAS 2004 iii FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS UNICAMP Motta, Júlia Maria Casulari M858f Fragmentos da história e da memória da psicologia no mundo do trabalho no Brasil: relações entre a Industrialização e a Psicologia / Júlia Maria Casulari Motta. Campinas, SP: [s.n.], 2004. Orientador: Everardo Duarte Nunes Tese (Doutorado) Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. 1. Psicologia do trabalho. 2. Psicologia aplicada. 3. Psicologia história. 4. Psicologia organizacional. 5. Psicometria. 6. Sociometria. 7. Análise do discurso. I. Everardo Duarte Nunes. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. III. Título. Banca examinadora de Tese de Doutorado Orientador: Professor Dr. Everardo Duarte Nunes Membros: 1. Professora Dra. Maria Carolina Bovério Galzerani 2. Professora Dra. Maria do Carmo Guedes 3. Professora Dra. Leny Sato 4. Professor Dr. Nelson Felice de Barros Suplentes: 1. Professora Dra. Marilisa Berti de Azevedo Barros 2. Professor Dr. Nilton Julio de Faria Curso de pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas. Data: 08/10/2004 v Dedico este trabalho a Emanuel, Clara, Rafael, Daniel e todos(as) que virão. vii AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Everardo Duarte Nunes, orientador deste trabalho, por seu acompanhamento seguro, respeitoso e competente; À Profa. Dra. Aparecida Mari Iguti, pelos dois anos de orientação e sua compreensão amiga quando mudei o rumo da pesquisa; À Profa. Dra. Marilisa Berti de Azevedo Barros, coordenadora da subcomissão da pós-graduação em Saúde Coletiva, por sua acolhida respeitosa, quando solicitei mudança de linha de pesquisa; Ao Prof. Dr. José Inácio de Oliveira, então coordenador da área de Saúde Ocupacional, por sua compreensão quando mudei o tema da pesquisa; À Profa. Dra. Maria do Carmo Guedes, pelo acolhimento junto ao Núcleo de História da Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Aos meus entrevistados: Prof. Dr. Wilson Moura (RJ), Prof. Dr. Antônio Gomes Penna (RJ), Profa. Dra. Ana Maria Jacó Vilela (RJ), Prof. Dr. Eduardo Dapiesi (RJ), Profa. Dra. Nádia Rocha (BA), Prof. Dr. Virgílio Bittencourt (BA), Prof. Dr. Célio Garcia (MG), Prof. Dr. Pierre Weil (MG), Prof. Dr. Raimundo Nonato Fernandes (MG), Profa. Dra. Maria Elizabeth Antunes Lima (MG), Dr. Djalma Teixeira de Oliveira, Profa. Marlene Batista (MG), Psicóloga Maria de Lourdes C. Ribeiro (MG), Sr. Rubens Nunes (SP), Assistente Social Raquel Kussama (CIESP-FIESP-CAMP); Ao IPPGC e à FEBRAP, onde aprendo e ensino o Psicodrama; À Profa. Dra. Íris Barbosa Goulart (MG) e ao Psicólogo Wilson Soares Leite (MG), pelo espírito de colaboração ao me emprestarem fitas de entrevistas antigas; Ao Sr. Joaquim Ronan (SP) e Ana Paula Camargo Poiani (Campinas), pela colaboração junto ao Banco Real (ABN); ix À Imaculada, coordenadora da Biblioteca da Psicologia da USP, por todas as “dicas” preciosas; à Sandra e à Cleusa, coordenadoras do COMUT-FCM, pela paciência em conseguir tantos artigos “de antanho”; à Leoci, secretária da pós-graduação, sempre presente para me auxiliar; À minha família de origem, da qual sou a “caçulinha”; à minha família nuclear e à minha família afetiva, ao ‘Grupo’, todos co-responsáveis por esta pesquisa ter chegado tão rápido a um final feliz; em especial às minhas sábias revisoras Júlia Paula e Ana Raquel, e ao meu sempre disponível tradutor Tuca. xi SUMÁRIO PÁG. RESUMO.................................................................................................................. xvii ABSTRACT.............................................................................................................. xxi INTRODUÇÃO........................................................................................................ 25 Memórias da pesquisadora como um prelúdio.................................................... 27 Delimitando o objeto de estudo e estrutura da tese............................................. 38 Delimitando um campo de estudo.................................................................... 40 Relevância e justificativa da pesquisa.............................................................. 41 Estrutura do texto.............................................................................................. 42 CAPÍTULO I – Ampliando o enfoque metodológico da pesquisa.......................... 45 Um conceito de modernidade como cenário da metodologia da tese.................. 47 Buscando Pierre Bourdieu (1930-2002) para definir Campo e Habitus.............. 50 Buscando Walter Benjamin (1892-1940) para conceituar narrativa histórica e memória............................................................................................................... 53 Buscando Michel Foucault (1926-1984) para complementar uma proposta metodológica........................................................................................................ 57 a primeira fase – o “como” da arqueologia na constituição do objeto – a análise do discurso como diagnóstico............................................................ 57 a segunda fase – a genealogia do poder – o “porquê” do saber como formação discursiva histórica que define poder............................................ 68 a terceira fase – a genealogia da subjetivação – a busca do “sujeito do desejo”........................................................................................................... 72 CAPÍTULO II – Saberes e poderes relativos à Psicologia no Brasil....................... 79 Antecedentes e antecessores desta pesquisa........................................................ 81 xiii CAPÍTULO III – A constituição do IDORT (1931) na relação com o avanço da modernidade – a presença ativa da Psicotécnica e da Psicologia de administração racional...................................................................................................................... 97 A presença ativa da Psicotécnica e da Psicologia da administração racional........ 99 Esquadrinhando o trabalho desenvolvido pelos psicologistas do IDORT: A FÁBRICA DE LOUÇAS CERAMUS............................................................................. 117 Ampliando as reflexões sobre o trabalho dos psicologistas do IDORT –Estudos de Prevenção de acidentes no Serviço da Estiva – I. A.P.E.................................. 123 Conclusões parciais baseadas no estudo da Psicologia do IDORT....................... 129 CAPÍTULO IV – A criação do ISOP (1947) põe a psicotécnica no cenário do movimento desenvolvimentista do Distrito Federal................................................. 133 O trabalho de Mira y Lópes de decomposição e recomposição da profissão de motorista para uma psicotécnica............................................................................ 156 Conclusões parciais baseadas na psicologia desenvolvida pelo ISOP (1947)....... 161 CAPÍTULO V – As relações entre a Psicologia da Educação, a Psicotécnica, a modernidade mineira e o processo de fundação do SOSP (1949)............................ 163 Um olhar reflexivo sobre os saberes e poderes do teste de QI na orientação do destino de uma criança e sua família: “relatório do atendimento do menor O, de 8 anos”................................................................................................................... 180 Conclusões parciais baseadas na Psicologia desenvolvida no SOSP (1948)......... 183 CAPÍTULO VI – O nascimento e o desenvolvimento do DOT (1958) – A Psicologia Humanista. A primeira instituição privada da Psicologia Aplicada ao mundo do trabalho: o DOT (1958) e o Banco da Lavoura de Minas Gerais (Banco Real)............................................................................................................. 187 Um novo paradigma no mundo – A Psicologia Humanista................................... 189 Conclusões parciais norteadas pela Psicologia Humanista do DOT..................... 221 REFLEXÕES FINAIS E CONCLUSÕES........................................................... 223 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 239 ANEXOS.................................................................................................................. 259 xv RESUMO xvii O propósito deste trabalho é contribuir para o conhecimento da História e da Memória da Psicologia no mundo do trabalho, buscando relações entre o processo de industrialização brasileira e a Psicologia. A seleção deste objeto de estudo decorreu da minha posição, que reconhece a Psicologia como fruto da história enquanto constituinte da história, na medida em que exprime o homem, seus valores, seus vínculos e suas relações, expressando o que se constrói entre o coletivo e a subjetividade. A escolha do campo da Psicologia no mundo do trabalho vem da necessidade de compreender a constituição desta Psicologia e o processo de modernização brasileira. Para a realização deste objetivo,