Cesar De David
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UFSC Tese de Doutorado ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO FAMILIAR EM ASSENTAMENTOS: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL EM CANGUÇU – RS __________________________ Cesar De David PPGG Florianópolis, SC, Brasil 2005 ESTRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO FAMILIAR EM ASSENTAMENTOS: LIMITES E POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL EM CANGUÇU – RS __________________________ por Cesar De David Tese apresentada ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Área de Concentração em Desenvolvimento Regional e Urbano, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC, SC), como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Geografia. PPGG Florianópolis, SC, Brasil 2005 Posto em seu devido tempo na terra, o trigo nasceu, cresceu e agora está maduro. Na orla da seara arrancamos uma espiga, esfregamo-la entre as palmas das mãos, que é gesto antigo. Desfaz-se o palhiço seco e quente, reunimos no côncavo da mão as dezoito ou vinte sementes daquele pé, e dizemos: É tempo de ceifar. Estas são as mágicas palavras que hão-de pôr em movimento as máquinas e os homens, ... (José Saramago) à tia Sirlei, cuja mão me conduziu pela primeira vez à escola e que tem sido exemplo de força e resistência... dedico este trabalho. AGRADECIMENTOS Este foi um trabalho escrito por muitas mãos. Semelhante ao trabalho no campo, algumas prepararam a terra, outras lançaram a semente, outras tantas retiraram os inços, adubaram, irrigaram e comigo esperaram a planta crescer e tornar-se robusta. Todas compartilham agora a árdua mas gratificante tarefa da colheita, provam comigo o doce sabor da fruta madura, que a todos alimenta. Reconhecidamente agradeço... - à Profª. Drª. Walquíria Krüger Corrêa, com quem tive a satisfação e o orgulho de trabalhar, recebendo sua orientação, e que esteve presente desde a seleção do curso e partilhou comigo de toda a sua sabedoria e experiência. Privando da convivência com sua família, tive os mais belos exemplos de doçura e dignidade; - aos meus irmãos Elenita e Flávio, Élvio e Solange, Sérgio e Maria, Eunice, Doralice e Gal, Fernando e Luciane, Cleuza que apesar das dificuldades exigiram, possibilitaram e incentivaram meus estudos e aos meus sobrinhos pela alegria e ternura que trazem à minha vida; - ao Rogério Lima e digna família, em especial ao Seu Vanderlei (in memoriam) e a Dona Acelina, por todos os anos de convívio e companheirismo, e sobretudo pelo carinho, respeito e admiração que nutrimos reciprocamente; - ao PICDT/CAPES (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior), pela bolsa de estudos recebida nestes quatro anos de curso; - à banca examinadora, pela atenção dispensada e pelas críticas e sugestões que muito contribuíram para o aperfeiçoamento deste trabalho; - ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina, especialmente sua coordenação e secretaria personificadas no Prof. Dr. Norberto Olmiro e na Marli Terezinha Costa, sempre solícitos no atendimento das demandas do curso e também aos professores, de modo especial ao Prof. Luiz Fernando Scheibe, Prof. Idaleto Aued, Profª. Margarete A. Pimenta e Profª Leila Dias, que muito contribuíram para minha formação; vi - aos colegas do programa, em especial aos mestrandos ingressos em 2001, e a Marlene Grade, o Solismar Fraga Martins e o Lauro Cezar Figueiredo, pelas dúvidas, descobertas e reflexões surgidas nesse espaço-tempo que compartilhamos; - aos colegas do Departamento de Geociências, à direção do CCNE e à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, que possibilitaram meu afastamento e, sobretudo, pelo apoio recebido antes e durante o doutorado; - aos amigos de Florianópolis, que me acolheram e tornaram esse tempo um dos melhores da minha vida: Eduardo e Nadir Maciel, Fábio Catelan, Paulo Pedroso, Leo, Lia e aos amigos de Santa Maria: Clady Terezinha Lopes, Márcia Pagel e Edna, Eliane Foleto, Adriano Figueiró, Sandra Bolfe e Cláudio, Lusa Aquistapasse, Sandra Fontoura, Ane Carine Meurer e também aos amigos distantes Gláucio Marafon, Carmen e José Wizniewsky, João e Abigail De Marchi, Rosa Noal, Ideni Antonello, por me fazerem tão feliz; - aos meus padrinhos, tios, primos, demais familiares e amigos que nunca deixaram faltar carinho e incentivo para prosseguir meus estudos; - à COCEARGS e a CPT de Porto Alegre-RS e às instituições de Canguçu que me receberam e colaboraram sempre que solicitadas, de modo especial à EMATER, na pessoa de Vilson Júnior Santi, Sindicato de Trabalhadores Rurais, CREHNOR e Coordenação Regional do MST; - aos agricultores dos assentamentos rurais de Canguçu, especialmente do 12 de Julho e Renascer, entre os quais destaco Natalício e Cátia, Batista e Eliane, que me abrigaram em suas casas e partilharam comigo suas vidas, seus problemas, seus projetos... SUMÁRIO LISTA DE TABELAS .......................................................................................... IX LISTA DE FIGURAS........................................................................................... XI RESUMO .............................................................................................................. XI ABSTRACT.........................................................................................................XII INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 I. OS ASSENTAMENTOS E AS TRANSFORMAÇÕES NO ESPAÇO RURAL BRASILEIRO ....................................................................................................... 13 1.1 O avanço tecnológico redimensionado ....................................................... 16 1.2 A (re)significação do rural .......................................................................... 21 1.3 Os assentamentos como possibilidade de desenvolvimento rural............... 24 II. A FORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA E A PRODUÇÃO DO ESPAÇO RURAL NO RIO GRANDE DO SUL ................................................................. 33 2.1 A ocupação inicial do território e as origens do latifúndio pastoril ............ 33 2.2 A imigração européia e o nascimento da agricultura familiar .................... 41 2.3 As origens da agricultura moderna no espaço agrário gaúcho.................... 48 III. A MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA E A LUTA PELA TERRA NO BRASIL E NO RIO GRANDE DO SUL ............................................................. 56 3.1 O Estado e a questão agrária brasileira ....................................................... 57 3.2 Antecedentes: o Estado concentrador ......................................................... 59 3.3 O Estado pressionado pela burguesia: a modernização conservadora da agricultura ......................................................................................................... 61 3.4 O Estado pressionado pelos movimentos sociais rurais: os assentamentos 68 IV. TERRITÓRIO DE ASSENTAMENTOS: O MUNICÍPIO DE CANGUÇU. 73 4.1 A região dos assentamentos: uma caracterização geoeconômica ............... 73 4.2 A territorialização da luta pela terra............................................................ 84 4.3 Conquista da terra: projeto e formação dos assentamentos ........................ 95 4.4 Caracterização geral dos assentamentos rurais de Canguçu ..................... 100 V. ESPAÇOS DA PRODUÇÃO FAMILIAR NOS ASSENTAMENTOS RURAIS: O 12 DE JULHO E O RENASCER................................................... 117 5.1 Campesinato: o Modelo Original.............................................................. 118 5.2 De camponês a agricultor: a permanência da família ............................... 121 5.3 Produção familiar no Brasil: uma breve caracterização............................ 124 5.4 Produção familiar nos assentamentos rurais ............................................. 129 5.5 Assentamentos 12 de Julho e Renascer: estratégias de reprodução familiar ......................................................................................................................... 132 5.5.1 A diversificação agrícola.................................................................... 132 5.5.2 A tecnologia de produção .................................................................. 148 5.5.3 Força de trabalho................................................................................ 150 5.5.4 As práticas não-agrícolas e seu significado ....................................... 152 VI. LIMITES E POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO RURAL NOS ASSENTAMENTOS DE CANGUÇU ............................................................... 159 6.1 Assentamento rural: o espaço da família .................................................. 159 6.2 Políticas públicas: financiamentos e assistência técnica........................... 173 6.3 Relações externas: o associativismo e o mercado..................................... 177 6.4 As demandas públicas que persistem........................................................ 181 viii 6.5 A vida no assentamento e o projeto futuro................................................ 183 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 191 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 195 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 203 ANEXO 1: ROTEIRO DE ENTREVISTAS – PRODUTORES ASSENTADOS ............................................................................................................................