Partilha De Recursos Por Espécies Simpátricas De Anfíbios Anuros, Centro- Oeste Do Brasil
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA DE AMBIENTES AQUÁTICOS CONTINENTAIS PRISCILLA GUEDES GAMBALE Partilha de recursos por espécies simpátricas de anfíbios anuros, centro- oeste do Brasil Maringá 2016 PRISCILLA GUEDES GAMBALE Partilha de recursos por espécies simpátricas de anfíbios anuros, centro- oeste do Brasil Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais. Área de concentração: Ciências Ambientais Orientador: Prof. Dr. Rogério Pereira Bastos Maringá 2016 "Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)" (Biblioteca Setorial - UEM. Nupélia, Maringá, PR, Brasil) Gambale, Priscilla Guedes, 1987- G187p Partilha de recursos por espécies simpátricas de anfíbios anuros, centro-oeste do Brasil / Priscilla Guedes Gambale. -- Maringá, 2016. 64 f. : il. Tese (doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais)--Universidade Estadual de Maringá, Dep. de Biologia, 2016. Orientador: Prof. Dr. Rogério Pereira Bastos. 1. Physalaemus (Anura, Leptodactylidae) “rã” - Comportamento - Goiás - Brasil. 2. Anfíbios anuros – Partilha de recursos – Goiás - Brasil. 3. Anfíbios anuros – Nicho – Goiás - Brasil. I. Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Biologia. Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais. CDD 23. ed. -597.87515098173 NBR/CIP - 12899 AACR/2 Maria Salete Ribelatto Arita CRB 9/858 João Fábio Hildebrandt CRB 9/1140 PRISCILLA GUEDES GAMBALE Partilha de recursos por espécies simpátricas de anfíbios anuros, centro- oeste do Brasil Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais pela Comissão Julgadora composta pelos membros: COMISSÃO JULGADORA Prof. Dr. Rogério Pereira Bastos Nupélia/Universidade Estadual de Maringá (Presidente) Prof. Dr. Fausto Nomura Universidade Federal de Goiás (UFG) Prof. Dr. Rômulo Diego de Lima Behrend UniCesumar Prof. Dr. Luiz Carlos Gomes Nupélia/Universidade Estadual de Maringá Prof.ª Dr.ª Norma Segatti Hahn Nupélia/Universidade Estadual de Maringá Aprovada em: 18 de Abril de 2016. Local de defesa: Anfiteatro Prof. “Keshiyu Nakatani”, Nupélia, Bloco G-90, campus da Universidade Estadual de Maringá. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente à Deus pela proteção e por me guiar nos momentos de indecisão. Por me dar força quando precisei, por me fazer persistir no meu sonho, quando eu me sentia fraca e achava que não era mais possível. Em especial a minha família, sempre presente na minha vida, e por ter me apoiado em qualquer decisão que me fizesse garantir um melhor futuro profissional. Pelos conselhos do meu pai, grande profissional o qual sempre me espelho. Pelas idas a campo que meu pai fazia comigo quando ninguém podia ir, para mim uma das maiores demonstrações de apoio. Pelos puxões de orelha da minha mãe quando foi necessário. E pelas palavras encorajadoras da minha irmã. Às queridas rãs, que mesmo com falta de chuva nas épocas da coleta, dificuldades em gravar, ainda assim cantaram, e graças a esses sons pude concluir minha pesquisa. Sou muito grata a esses seres que me encantam cada dia mais com seus sons magníficos. À orientação do professor Dr. Rogério Pereira Bastos, que conseguiu me dar a atenção necessária mesmo à distância. Obrigada pelas inúmeras sugestões e críticas em todos os trabalhos durante estes quase 10 anos, que me fizeram crescer cada vez mais profissionalmente e pessoalmente. Lembro-me até hoje do meu primeiro dia de estágio digitalizando gravações no computador e esperando ansiosa para as idas a campo. Cada vez que ia a campo com o professor Rogério era uma descoberta nova que me fazia crescer nesta área. Obrigada por me ensinar tanto sobre a bioacústica e me instigar a querer ser uma profissional nesta área. Hoje, eu sei que independente de onde estiver, vou sempre poder contar com os conselhos e orientações deste grande profissional que sempre me estimulou a correr atrás do que eu queria. Aos meus amigos do Laboratório de Comportamento Animal, que conseguiram me amparar mesmo à distância, e puderam de alguma forma contribuir para a realização do trabalho. A todos aqueles que foram para campo comigo, me ajudaram a carregar equipamentos, sofreram junto comigo em cada dia de coleta que alguma coisa não dava certo, correram de vacas comigo, me ajudaram a trocar pneus, me ajudaram a desatolar o carro ou simplesmente me fizeram companhia nas chuvas avassaladoras de Bonfinópolis. Aos meus amigos de Maringá e Goiânia que me apoiaram e sempre estiveram dispostos a me fazer bem nos momentos de angustia e desespero durante a tese. Não posso deixar de citar a Gisa de Maringá e ao Watson de Goiânia, que me ampararam em todos os momentos de desespero durante a realização do projeto. À Jasci e à Bruna que moraram comigo durante este período e me apoiaram nos momentos difíceis. Àquelas pessoas que durante minha estadia na Malásia fizeram um diferencial enorme na minha adaptação. A todos aqueles que pude conhecer na Malásia, e me fizeram crescer pessoalmente e profissionalmente de uma maneira incrível. Eu sempre vou carregar um carinho imenso por vocês. Ao Douglas pela presença constante durante os últimos dois anos em todos os momentos da minha vida, às palavras de carinhos, ao afeto demonstrado, ao apoio em todas as decisões importantes na minha carreira profissional, independente de onde essas decisões me levariam, sou imensamente grata por você ter cruzado meu caminho. Eu sempre vou carregar um carinho imenso por vocês. À Aldenir e Jocemara pelo carinho em responder todas as dúvidas sobre o curso independente do horário e das correrias. À Salete e o João sempre tão prestativos em ajudar na parte bibliográfica do trabalho. À CAPES pela bolsa de doutorado concedida e a FAPEG pelo financiamento do projeto de pesquisa. Ao ICMBio pela licença de coleta e transporte. “É muito melhor lançar-se em busca de conquistas grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do que alinhar-se com os pobres de espírito, que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta, onde não conhecem nem vitória, nem derrota.” (Theodore Roosevelt) Partilha de recursos por espécies simpátricas de anfíbios anuros, centro- oeste do Brasil RESUMO Os anfíbios anuros têm sido excelentes modelos para entender os padrões de partição do recurso nas comunidades biológicas. As principais e mais estudadas dimensões de partilha em anuros são a espacial, de período de vocalização e alimentar. Em anfíbios anuros outra dimensão que tem sido estudada é o espaço acústico. Avaliou-se o uso diferencial do espaço acústico de três espécies de anuros do gênero Physalaemus, que ocorriam em simpatria e apresentavam características ecológicas e filogenéticas semelhantes, distribuídas em nove corpos d’água vizinhos, no estado de Goiás. Observou-se que a dimensão da estrutura do canto foi a mais importante na segregação das espécies, quando comparada com a dimensão de estrutura de micro-habitat e estrutura de período das espécies envolvidas. No entanto a coexistência das espécies deve ser explicada a partir das interações de todas as dimensões envolvidas. Testou-se também a diferença da composição dos itens alimentares entre as duas espécies simpátricas de Physalaemus. Nesta outra dimensão do nicho analisado, conclui-se que, apesar da alta sobreposição, a composição diferente dos itens alimentares pode garantir segregação no habitat, sendo o consumo comum devido a não limitação das presas. A ingestão de diferentes volumes de presas também pode servir como forma de segregação dos predadores. Palavra-chave: Nicho. Espaço acústico. Dieta. Physalaemus. Simpatria Resource sharing by sympatric amphibians species, midwestern Brazil ABSTRACT The amphibians have been excellent models to understand the resource partitioning patterns in biological communities. The main and most studied dimensions of resource partitioning are spatial, period of vocalization and diet. In anurans, another dimension that has been studied is the acoustic space.We evaluated the differential use in acoustic space of three anurans species, genus Physalaemus, occurring in sympatric that have similar ecological and phylogenetic characteristics, co-occurring in nine water bodies at Goiás state. We observed that the call structure’s dimension is the most important to segregation of species, compared with the micro-habitat and period structure’s dimension of species involved. However, the coexistence of species must be explained from the interactions of all dimensions involved. We tested the difference in food item’s composition between the two sympatric species of Physalaemus. In this other niche’s dimension, we concluded that despite the high overlap, the different food item’s composition can ensure segregation in the habitat, and the common consumption is due to no prey’s limitation. Ingestion of different preys’ volumes can also serve as a form of predator’s segregation. Keywords: Niche. Acoustic space. Diet. Physalaemus. Simpatric. Tese elaborada e formatada conforme as normas da publicação científica Journal of herpetology. Disponível em: < http://journalofherpetology.org/userimages/Conte