Despertar Com a Natureza
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A QUINTA DO MEDRONHEIRO É UM ESPAÇO res, foi adquirida em 2005 cavalos. Qual o objectivo? pela família Oliveira, que O rebanho, que tem cerca PARA QUEM GOSTA DE APRECIAR A NATUREZA SO: Aali realizou um sonho, transfor - de 80 ovelhas da raça bordaleira, é mando-a num espaço aprazível, para podermos corresponder às onde os visitantes podem desfru - necessidades da casa, nomeada - tar da natureza, da gastronomia mente para a confecção de refei - beirã e de um hotel rural, além de ções. É para isso que temos os bor - outras valências, como um wine regos, pois queremos que esse seja bar, uma loja gourmet de produtos um dos pratos da casa. tradicionais, ou dar um passeio Temos, também, dois cavalos pelos percursos pedestres que em lusitanos, que são para lazer. breve irão ser marcados no espaço da quinta, ou no verão dar um GR: Recuperou dois moi - mergulho na piscina biológica nhos de água? situada junto ao hotel. A quinta, que dispõe de cerca de em meter-se em tanta coisa, SO: São moinhos antigos. Exis- Todavia, sentado numa das es- quatro hectares de vinha, possuí como na agricultura, nomea - tiam três, mas só conseguimos re- planadas da quinta pode apreciar uma adega onde se produz o vi- damente na produção de cuperar dois. Também pretende - os trabalhos do campo, nomeada - nho, e um salão de eventos para a vinho? mos ter produção de farinha de mente a vinha, ver as ovelhas no realização de festas, como casa - SO: Sim, para complementar milho e de centeio, porque temos pasto, ou a horta onde são produzi - mentos, baptizados ou reuniões de as actividades que temos na quin - na quinta uma área de fabrico de dos muitos dos produtos consumi - negócios, além de dispor de um ta. A vinha é importante, pois en- pão. Pretendemos fabricar o pão dos no restaurante, ou ainda dois espaço para a confecção do pão tra - contra-se na região demarcada do antigo, a broa de milho e a sêmea. equinos e outros animais domésti - dicional desta região, como broa de Dão, e logo é uma mais valia. O cos que fazem as delicias dos mais milho e sêmea caseira. enoturismo é o casamento perfeito GR: Que vai comercializar novos, além de dois moinhos de Em conversa com a Gazeta Ru- entre o vinho e a gastronomia. na pastelaria de Viseu? água recuperados. ral, Silvestre Oliveira falou-nos do SO: Sim, é lá que pretendemos É, pois, num ambiente de char - sonho que iniciaram em 2005 e GR: Numa encosta excelen - comercializar o produto, mas tam - me e distinção, com uma envolven - que agora culmina com a abertura te para a produção de vinho? bém aqui. Lá terá o escoamento te natural invejável, que os visi - do empreendimento ao público. SO: Sim. Os técnicos, experien - principal devido à localização na tantes podem dispor de um dos tes nessa actividade, assim o en- cidade e ser um estabelecimento dezasseis quartos do hotel rural, Gazeta Rural (GR): Podería- tenderem. É uma localização exce - que já está estruturado. decorados num estilo atraente e mos dizer que a Quinta do Me- lente para a produção de vinho do moderno, saborear alguns dos me- dronheiro é a concretização Dão. A quinta já tinha uma área GR: Aproveitou as condi - lhores pratos da gastronomia bei- de um sonho? de produção de vinho, com vinhas ções naturais e construiu uma rã no restaurante do hotel, ou de- Silvestre Oliveira (SO): Sim. antigas praticamente mortas. piscina biológica? gustar alguns dos melhores nécta - Mas os sonhos são difíceis de con - Quando comprámos a quinta em SO: Entendeu-se que tínhamos res produzidos na região no Dão, cretizar, pois as dificuldades são 2005 o que existia era mato e algu - que oferecer aos clientes uma pis - no wine bar. sempre muitas. As barreiras a ul- mas cepas antigas. Plantámos cina, porque no verão esta é uma Porém, para quem apenas pre - trapassar são sempre difíceis. Ago- quatro hectares de vinha com cas - zona muito exposta e muito quen - tende passar uma tarde de des - ra só pensamos em dar o nosso tas da região. te, em que apetece dar uns mergu - canso, pode saborear os lanches melhor nos serviços que oferece - lhos na água. Pensamos que será tradicionais de antigamente num mos aos nossos clientes. GR: Pensa aumentar a vi- uma oferta bem recebida pelos espaço que nos recorda outros nha? clientes. tempos. GR: Disse que não pensava SO: Para já não. Continua pagina seguinte 6 Reflectimos bem sobre isso e cliente, fora das refeições, pode sa- local todo o potencial deste empre- não quisemos enveredar pelas pis - borear um vinho de nossa colheita, endimento. A receptividade por cinas tradicionais, em que o cloro ou doutras quintas da região. parte das pessoas que já nos visita - ou o sal é que fazem a purificação Além disso, o nosso grande objecti - ram tem sido excelente e acredita - da água. Pensámos numa piscina vo é, também, dar a conhecer os mos que vamos singrar. natural, uma piscina biológica. vinhos do Dão. GR: No espaço da quinta, GR: Aproveitando a água GR: Falou nos produtos da mas um pouco afastado do da nascente? quinta para o restaurante, hotel, tem também um salão SO: Sim, temos a água de nas - como as hortícolas, o vinho, o de eventos? cente numa lagoa que se situa no azeite, o borrego, entre outros. SO: Temos um salão de eventos cimo da quinta. A água vem em Que gastronomia quer ofere - com capacidade até 200 pessoas, queda livre para a piscina bioló - cer aos clientes? que para já nos satisfaz. Se sentir - gica. SO: O objectivo é irmos ao en- mos necessidade, vamos ampliá- contro daquilo que hoje os clientes lo. Para já, não o vamos fazer sem GR: Água que vai irrigar pretendem, oferecendo produtos primeiro sentirmos necessidade. toda a quinta? naturais, num modo de produção A realização de eventos, como SO: Precisamente, pastos e oli - biológico. Pretendemos ter uma casamentos, baptizados, jantares val, além de toda a vegetação da pequena produção, mas que não de grupos e outros, é um negócio quinta. chega para as nossas necessida - que pretendemos desenvolver, des. Temos que recorrer ao merca - fazendo todo o tipo de serviços e GR: O hotel tem 16 quartos, do, onde já há bons produtos do fica completamente separado do com uma decoração elegante, campo. É dentro dessa linha que hotel, numa estrutura indepen - mas simples? pretendemos caminhar. Quere- dente, totalmente autónoma. Fica SO: Sim, todos com casa de mos oferecer uma gastronomia de um pouco afastado, porque não banho privativa. Temos algumas qualidade, que é apanágio desta queremos “atrapalhar” o sossego suites mais completas. região, assente nos produtos da dos clientes do hotel terra. GR: Tem também um Wine GR: Ainda lhe falta fazer Bar. Qual o objectivo? GR: O que sonha para esta alguma coisa? SO: Pensamos num Wine Bar quinta? SO: Faltam uns pormenores. no sentido de comercializarmos SO: Sonho que este empreendi - Queremos pôr a funcionar o SPA vinho no local, mas também ofere - mento seja visitado por muitas em breve. É aquilo que falta, mas cer um serviço diferente, em que o pessoas, para que confirmem no que vamos rapidamente fazer. 8 9 TOMÉ PIRES, VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA DE SERPA, À GAZETA RURAL “Estamos empenhados em rentabilizar ao máximo a água do Alqueva” O olival e a pastorícia dominam, para já, o sector primário do concelho de Serpa. Um terço deste concelho alentejano será abastecido por água do Alqueva, facto que a autarquia local quer aproveitar para rentabilizar a agricultura do concelho José Luis Araújo que é o caso do canto alentejano, forte no desenvolvimento, que é omé Pires, vice-presidente para isso que trabalhamos na da Câmara de Serpa, em autarquia. Essa é, de facto, a frase conversa com a Gazeta Ru- mãe, mas depois temos várias Tral garante que a autarquia está derivações.