9 a 12 De Julho De 2019. UFSC- Florianópolis, SC. GT36

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9 a 12 De Julho De 2019. UFSC- Florianópolis, SC. GT36 19º Congresso Brasileiro de Sociologia- 9 a 12 de julho de 2019. UFSC- Florianópolis, SC. GT36- Sociologia Digital. O tamanho importa: desejo pelas travestis nas plataformas de pornografia digital. Dionys Melo dos Santos1 . 1 Mestre em Sociologia pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Este trabalho contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). 1 Introdução. O trabalho em tela possui como objetivo central pensar, a partir da relação entre pornografia e tecnologia, como o corpo travesti, o desejo e as forças sociais se articulam na construção da diferença sexual. No limite, esta investigação pretende analisar como o corpo travesti é colocado em cena pela pornografia contemporânea, predominantemente distribuída a partir de plataformas digitais gratuitas, de que maneira a pornografia digital reflete na construção e/ou no apagamento de uma feminilidade travesti e quais tecnologias e discursos incidem sobre o campo pornográfico na construção/reprodução de uma “transpornografia”. Para tanto, neste trabalho optou-se por produzir uma pesquisa bibliográfica e documental sobre aspectos da reprodução do sexo com travestis na pornografia e apresentar uma análise de gráficos e alguns dados de cunho mais quantitativos relativos ao consumo produzidos pela plataforma Pornhub Network, em especial, os mais recentes referentes ao ano de 2018, sem ignorar os conteúdos imagéticos e midiáticos dos arquivos audiovisuais selecionados nos sítios de pornografia disponíveis na internet. Tais plataformas de conteúdo pornográfico foram selecionadas a partir de critérios que buscavam privilegiar aquelas que possuíssem um maior fluxo de acessos a suas bases. Sendo assim, optamos por trabalhar apenas com sítios de distribuição pornográfica gratuitos2 entendendo ser neles que se desenvolve a maior parte do consumo. Os sites que serão analisadas aqui são: a) o Pornhub (pornhub.com); b) o Redtube (redtube.com) e; c) o Shemale Tube (ashemaletube.com). Criados em 2007, tanto o Pornhub como o Redtube fazem parte do conglomerado de distribuição pornográfica gratuita Pornhub Network que é composto também pelos domínios: Youporn (youporn.com); Tube8 (tube8.com); PornMD (pornmd.com); Thumbzilla (thumbzilla.com); Xtube (xtube.com) e suas versões correspondentes especializadas em pornografia homossexual masculina: o Pornhub Gay, Redtube Gay, Youporn Gay, Tube8 Gay, PornMD Gay, Xtube 2 A questão da “gratuidade” destes conteúdos é um dos primeiros pontos que nos ajudam a compreender a ambivalência de trabalhar com tecnologias digitais a partir de uma perspectiva sociológica, pois é muito comum tais plataformas de distribuição pornográfica gratuitas serem acusadas de pirataria pelas produtoras de filmes de sexo explícito. 2 Gay e o Gaytube (gaytube.com), sendo que este último consiste no único que possui um domínio diferente e uma interface de navegação própria. O Pornhub Network começou a ganhar forma, em 2009, quando o programador alemão Fabian Thylmann inicia um processo gradativo de aquisição de vários websites tubes e produtoras de conteúdo pornográfico. Há muito mistério em torno de quem realmente comanda e financiou esse processo de aquisição, mas a história pública sobre a formação do maior conglomerado de distribuição pornográfica da atualidade passa necessariamente pelo grupo Mansef3. A estrutura de negócio do grupo Mansef/Manwin foi montada em torno de sedes e mais de 20 subsidiárias localizadas, principalmente, no Chipre e em Luxemburgo, mas havendo também um escritório na Alemanha (Hamburgo) e sua sede principal no Canadá (Montreal). É um ponto controverso, mas a grande maioria dos websites tubes e sites de camgirls, como o Live Jasmin, ncontram-se localizados ou registrados em países conhecidos como “paraísos fiscais”. Este ponto levanta muitas dúvidas sobre a origem e procedência do dinheiro movimentado4. Devido à quantidade de sites que compõem o conglomerado, é possível afirmarmos que o Pornhub Network consiste no maior grupo de distribuição pornográfica gratuita na rede. Segundo as estatísticas mais recentes produzidas pela própria plataforma5, somente em 2018, foram registradas 33,5 bilhões de visitas ao site6 e 30,3 bilhões de pesquisas na plataforma7, sendo que somente no ano passado 4.791.799 de vídeos foram descarregados no sítio e 141.312.502 de 3 Mansef foi um grupo de investidores, criado em 2004, que tinha em Stephane Manos, Ouissam Youssef e Matt Keezer seus três principais nomes. Apesar da ascendência diversificada de seus criadores, todos tinham em comum o fato de frequentarem a Universidade de Concordia, localizada em Quebec no Canadá. Em 2010, Thylmann assume o protagonismo do grupo mudando o nome para Manwin em meio ao processo de aquisição de vários websites, como o Youporn e o Redtube, e produtoras, como a Digital Playground. Estima- se que a Manwin gastou por volta de 362 milhões de dólares para compor seu portfólio. Sendo que a maior parte dessa quantia foi levantada junto a fundos de investimentos como o Fourtress Investiment Group e o Could Back Capitals. Para mais ver o documentário produzido pelo Canal + “Pornocratie: Les nouvelles multinationales du sexe” (Ovidie, França, 2017). 4 A esse respeito o que é de conhecimento público, no que tange a Mansef/Manwin, é que em 2009 a Mansef, responsável no período por gerir a produtora Brazzers, foi multada pelo serviço secreto de Atlanta nos Estados Unidos. E que em 2012, Fabian Thylmann é detido em Bruxelas por sonegação fiscal sendo que no ano seguinte, 2013, ele vende suas ações da Manwin deixando o posto de CEO para Feras Antoon que rebatiza a companhia para MIndgeek, nome atual da empresa. 5 Disponíveis em https://www.pornhub.com/insights/2018-year-in-review. Acessado em 20/05/2019. 6 Este valor corresponderia a uma média diária de 92 milhões de visitas. 7 O que corresponderia a uma média de 962 pesquisas por segundo. 3 avaliações de vídeos, 7.898.478 de comentários e 63.954.319 novas mensagens foram registradas. O Shemale Tube é um site norte-americano que, assim como o Pornhub e o Redtube, possui seus domínios registrados na capital do Chipre, a cidade de Nicósia8. Criado em 2009, o Shemale Tube pode ser considerado o maior site de distribuição pornográfica gratuita exclusiva9 de travestis e mulheres trans10. Atualmente o sítio ocupa a 1.099º colocação no ranking global de sites11 produzidos pela Alexa Internet Inc12. Só para se ter uma noção do que representa o Shemale Tube nesse segmento, o segundo site mais acessado do gênero, o She Shaft (sheshaft.com), ocupava a 7.371º posição no ranking global13. É preciso ter em mente que o esforço deste trabalho é em pensar em contextos, como apontam Miller e Slater (2004), no intuito de evitar recair em conceitos como virtualidade ou ciberespaço na busca em superar a divisão on/off e pensar tais polos como definidos de forma contingente. Sherry Turkley (2011) e José Van Dijck (2016) apontam no sentido de uma conectividade perpétua produzida pelas novas mídias que reverberam na produção de comportamentos a partir de uma dinâmica de retroalimentação entre o humano e o informacional. Tela inicial: a passagem dos desktops aos mobiles e as novas perspectivas que as tecnologias digitais possibilitaram ao campo dos Porn Studies. Acredito que, antes de começarmos uma análise mais sistemática dos conteúdos disponíveis nas plataformas de distribuição pornográfica gratuita, seja necessário pontuarmos como a massificação das tecnologias digitais 8 A escolha por registrar seus domínios na capital do Chipre se dá devido às especificidades e maior permissividade da legislação local sobre tecnologias digitais, o que oferece uma maior estabilidade para esses domínios. É muito comum entre os sites pornográficos de origem norte-americana possuírem seus domínios registrados em países com legislação mais favorável a distribuição de conteúdos pela internet. 9 Tanto o Pornhub como o Redtube são sites predominantemente de distribuição pornográfica heterossexual. Onde a pornografia com travestis e mulheres trans compõem o espectro de conteúdos disponíveis, mas não exclusivamente como no Shemale Tube. 10 É possível encontrar também alguns conteúdos relacionados a homens trans, mas o seu volume é muito pequeno. 11 Dados referentes ao período de 21 de dezembro de 2018 a 20 de janeiro de 2019. Período esse em que produzimos a dissertação “As travestis no cinema da boca do lixo e na pornografia digital.” (DOS SANTOS, 2019) trabalho que deu origem a este artigo. 12 A Alexa Internet Inc. consiste em uma companhia de internet que fornece dados e análises sobre o tráfego na rede. Fundada por Bruce Gilliat e Brewster Kahle em 1996, ela possui como principal serviço a capacidade de mensuração do volume de acessos a determinado domínio e a partir destes dados produz um ranking global e regional de sites mais acessados. Em 1999 a empresa foi adquirida pela Amazon. 13 Dados referentes ao período de 21 de dezembro de 2018 a 20 de janeiro de 2019. 4 reconfiguram a produção, o consumo e, também, os próprios paradigmas que guiaram o campo dos Porn Studies até o século passado. No Brasil, o processo de expansão das tecnologias digitais se deu em muito a partir da popularização de dispositivos móveis de acesso, como o celular. Nesse sentido, os gráficos da plataforma Pornhub sobre consumo e formas de acesso a plataforma são exemplares de como esse processo ocorreu tardiamente no contexto brasileiro quando comparado ao E.U.A. Se em 2012 os Estados Unidos já registravam 54% do acesso à plataforma por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets), no Brasil apenas 15% do acesso foi registrado por meio de tais dispositivos naquele ano14. Com o início dessa década os valores relativos ao contexto brasileiro foram se alterando até chegarmos a um empate técnico no ano de 2015, onde foram registrados 50% do acesso via desktops, 45% via smartphones e 5% através de tablets15. A partir de 2016 o Brasil seguiu a tendência global de predominância dos dispositivos móveis no volume de acesso ao site, com os smartphones sendo responsáveis por 54% do acesso16.
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