-- ,_--- /Sep. Garcia de Orta, Sér. Zool. Lisboa 19 (1-2), 1992 [1993);10,7-120 -.. /

Novos dados sobre a fauna de tisanuros . Notas e descricáo de tres novas espécies

LUíS F. MENDES

Centro de Zoolopia. Instituto de inves[iga@o Científica Tropical Rua da Junqueira. 14 - 1300 Lisboa ()

R. MOLERO-BALTANÁS C. BACH DE ROCA M. GAJU-RICART

Departamenio de Biologia (Seccion de Zoologia) Facultad de Ciencias, Universidad de Cordoha E-14004 Cordoba (Espana)

(Recehido em 3O/X11/1991)

Estudarn-se numerosas alnostras de tisanuros ZYGENTOMA provenientes do arquipélago canarino e procede-se tt descricáo de tres novas espécies: Neonste- rolepisina inexpecrara sp. n., da Gran Canaria, Gomera e Tenerife, Crenolepisina rodriguezi sp. n., da pequena ilha de Alegranza e Creriolepisrrrrr cnnnriensis sp. n., da Gran Canaria. Sáo apresentadas chaves de identificas2o para as espécies de ZYGENTOMA conhecidas das Canárias e dados sobre a sua zoogeografia.

NEW DATA ON THE THYSANURAN FAUNA OF THE CAKARY ISLANDS. 11. ZYGENTOMA. NOTES AND DESCRIPTION OF THREE NEW SPECIES - Several samples of thysanuran (order ZYGENTOMA) from the Canaries are stu- died and three new species of Lepisinatidae are described: Neonsferolepisnin iriespecrafa n. sp., from the Gran Canaria. Gornera and Tenerife islands, Creno- lepisirin rodriguezi n. sp., frorn the Alegranza littfe island and Crerralepisina cariariensis n. sp., from the Gran Canaria islaiid. Identification keys for the ZYGENTOMA of the Canaiy Islands and a few zoogeographical notes are presented.

No presente trabalho estudam-se numerosas de Creriolepisnia Escherich, 1905 - C. rodrigitezi aniostras de tisanuros das famílias e sp. n., da ilha de Alegranza e C. canariensis sp. n., Ateluridae (ordem ZYGENTOMA) obtidas ao da ilha de Gran Canaria. longo de quase todas as ilhas do arquipélago Os exemplares estudados encontram-se de- canarino, eni particular das ilhas de Alegranza, positados nas colecc6es entomológicas da Uni- Montaña Clara, Graciosa, Lanzarote, Lobos, Fuer- versidade Autónoma de Barcelona (UAB), do teventura, Gran Canaria, Tenerife, La Gomera e Museu Nacional de Ciencias Naturais de Madrid La Palma. Alérn de diversas novidades faunísticas (MNCN) e nas coleccoes particulares dos autores referidas a nível de ilha, procede-se a descricáo de (A). O material foi cedido pelo saudoso Prof. Dr. tres novas espécies, urna de Neoasterolepisnra Ramon Agenjo (MNCN) e pelo Amigo Sr. Rafael Mendes, 1988 - N. inexpecrata sp. n., das ilhas Rodriguez (UAB), bem assim como pelo Dr. Pedro de Gran Canaria, La Gomera e Tenerife - e duas Oromi, da Universidade de La Laguna, Tenerife,’a

107 SIESDES.Luír F. e: 01. - A'oi.os dodos sobre o fniitiii de risntiiiros dos illitis Coti

1 O8 9

Figs. 1-16 - Neoasrerolepismu inespecrura sp. n.. Fig, 1 - Palpo maxilar; Fig. 2 - Palpo labial; Fig 3 - Pronoto; Fig. 4 - Mesonoto; Fig. 5 - Metanoto; Fig. 6 - Area tricobotrial anterior do pronoto: Fig. 7 - Area tricobotrial posterior do pronoto; Fig. 8 - Área tricobotrial anterior do i?esonoto; Fig. 9 - Área tricobotrial posterior do mesonoto; Fig. 10 - Área tricoboirial anterior do inetanoto; Fig. 11 - Area tricoboirial posterior do nietanoto; Fig. 12 - Prosterno; Fig. 13 - Mesosterno; Fig. 14 - Meiasterno; Fig. 15 - Tibia do P 111; Fig. 16 - Urotergito VII. Escalas: 0.1 inm

Gnrcinde Orla, Sér. 2001..Lisboa, 19 (1-2). 1992 (1993). 107-120 1o9 hfENDES. Luis F. er nl. - Novos dndos sobre n foioia de lisntiirros dos ilhos Coridrios. II. ZJgoifoitro.... e.

17

‘1 I \ \\22

Figs. 17-23 - Neonsrerolepisrtin inespectara sp. n.. Fig. 17 - Urotergito X do d: Fig. 18 - Id., da 9; Fig. 19 - Coxito e estilo IX do d e parfimero; Fig. 20 - Parhero; Fig. 21 - Coxitos e estilos VI11 e IX da 9 e ovipositor; Fig. 22 - Artículos distais da goiiapófise VIII; Fig. 23 - Artículos distais da gonapófise IX. Escalas: 0,l inin espiniforme dorsal e 5-6 ventrais, delicadas e pouco sedas nao perdidas sáo um pouco mais curtas que mais curtas a iguais ao diinietro tibial. as correspondentes da 9, náo atingindo as infra- Urotergito 1 com 2 + 2 macroquetas infralaterais laterais 1/2 do conipriniento do tergito corres- algo afastadas (ou 1 + 1 infralaterais e 1 + 1 laterais pondente. Urotergito X do d (Fig. 17) com a muito aproximadas) e 1 + 1 macroquetas sub- margem dista1 pouco escavada, a sua relacáo C/L medianas, os II-VI11 com 2 + 2 macroquetas cerca de 0,66; nos ingulos posterolaterais 2 + 2 infralaterais acompanhadas por uma seda externa sedas fortes; urotergito X da 9 (Fig. 18) mais mais fina, 1 + 1 macroquetas laterais, 1 + 1 alongado, a sua relacao C/L = 0,74-032, igual- sublaterais e 1 + 1 submedianas (Fig. 16), o IX mente com 2 + 2 macroquetas posterolaterais lilas com 2 + 2 macroquetas infralaterais apenas; todas corn a depressfio apical muito pouco marcada. as macroquetas finas, perdidas eni parte, as do Urosternito 1 glabro ou quase, o 11 com um pente grupo infralateral da 9 com cerca de 1/2 do mediano, os III-VIII ( d) ou III-VI1 (9)com um comprimento do tergito correspondente e as pente mediano e 1 + 1 pentes laterais, todas submedianas algo mais compridas; no d,as poucas as sedas igualmente finas; pentes laterais com 3,

110 Gorcin de Orrn. Sér. Zool.. Lisboa, 19 (1-2). 1992 (1993). 107-120 hfENDES. Luís F. er n/. - Novos dados sobre o fairtio de iisoriiiros das ¡[\?os Corihrios. f/. Zygenromo. ...

os medianos com 5-7 sedas, a distancia que os proporcoes dos esternitos torácicos (muito mais separa 6-7 vezes maior que a largura dos primeiros. alargados no novo taxon), a distancia entre os Dois pares de estilos abdominais, os VI11 clarainen- pentes metasternais (maior em N. inexpectnta), o te mais delicados e curtos. Parameros como nas niais curto e mais alargado processo interno do Figs. 19 e 20, beni desenvolvidos, a sua área basa1 coxito IX na O da nova espécie assim como o con1 5-8 cílios finos; coxito IX do d com o proces- muito menos escavado urotergito X e o muito so interno cerca de 1,2 vezes mais longo que largo menos conspícuo alongamento da tíbia 111 em N. na base e 2 vezes niais comprido que o processo scorpiiis sáo, no entanto, características bem externo; estilo IX alongado, a relaqáo comprimento diferentes nas duas espécies. Relativamente a N. do processo interno/comprimento do estilo cerca de scintschii (SILVESTRI, 1908 b e MENDES, 1988) 0,25. Coxito VI11 da Q (Fig. 21) com um pente e a N. myrniecobiri (SILVESTRI, 1908 ci e MEN- único, interno i insercio do estilo e com apenas 2 DES, 1988), aléni da diferenca apontada rela- sedas; processo interno do coxito IX (Fig. 21) 1,5-- tivamente i quetotaxia urotergal (pois que ambas 2 vezes mais longo que largo na base e 13-2,l apresentam apenas uma macroqueta por pente vezes mais comprido que o processo externo; estilo infralateral), outras disseinelhancas surgem, como IX robusto e alongado, com urna fiada iongitudinal a distancia entre os pentes metasternais, o número de sedas espiniformes escuras e robustas, a re-lacáo de artículos do ovipositor e, no caso da primeira, comprimento do processo internokom-primento do uin muito maior número de sedas nos pentes estilo 0,38 a 0,49 (o estilo é 2-2,75 vezes mais urosternais. Relativamente a N. pelngodronine longo que o processo interno). Ovipositor do tipo (MENDES, 1988) e a N. vrilcann (MENDES, primário, nao muito delicado, com 27-29 artículos, BACH & GAJU, 1992) a diferenca mais marcante pouco mais curto a pouco mais longo que o limite reflecte-se, de novo, na quetotaxia urotergal, pois dos estilos IX e excedendo o limite posterior dos que em ambas estas espécies falta o par de processos internos dos coxitos IX em 1,3-1,8 vezes in a c r oq u e t a s s u b 1a ter a i s ; o u tras di fe re n as s 50

' o compriinento destes. Regia0 posterior das observáveis ainda, no que respeita 2 distancia entre gonapófises VI11 e IX como nas Figs. 22 e 23, os pentes metasternais, comprimento do oviposi- respectivainente. tor e fornia do urotergito X (em N. vulccinci) e quanto A distancia entre os pentes urosternais, ETIMOLOGIA - A nova espécie é deno- compriniento do ovipositor e alongamento do P 111 minad a Ne oas tero 1ep ism n i n expec tci tci de vid o 2 (em N. pelagodronicie). surpresa que constituiu a sua ocorrencia em ilhas A nova N. iire,ryectcitci entra nas chaves de do arquipélago canarino de oiide era já conhecida identificaciio propostas para as espécies do género a existencia de uma outra espécie do iiiesino (MENDES, 19SS) e na sua alteracao introduzida c o mpl e x o, N. tnjrni eco b in (Si I ves t ri ) . pela descriqao de N. scorpiiis (MENDES, 1992 a), como segue: DISCUSSÁO - Neoasterolepisnrci iriexpectnrn sp. n. pertence a um grupo de espécies distribuídas 22 - Hind border of nietanotum clearly - pela África do Norte e ilhas niacaronésicas, concave. hletasternum wider at basé' caracterizado pela ocorrencia no coxito VI11 da 9 than iong. Infralateral conib of uroter- de apenas uiii pente com um reduzido núiiiero de gites Lvith 2 inacrochaetae ...... 22 n sedas e que é coinposto por N. nijrrriecobici 22' - ...... 22A (Si 1 ves t r i ) , N. scin tsch ii (S i 1ves t r i ) , N. y e fci - 22 n - Apical conibs of metasternum very gndronine Mendes, N. i~ulcanciMendes, Bach Br close together (d = 0.5 w). Inner mar- Gaju e N.scorpiiis Mendes; o grupo é caracterizado giri of O VIIIth coxite with 2 setal ainda por apresentar papilas labiais do tipo coin- coinbs. Inner IXth coxite process of pacto, P 111 identico ein ambos os sexos, sedas 9 2.75-3 tinies longer than wide at urotergais todas finas e coni tendencia para a base ...... N. ~tciclii(Wygodzinsky, 1941) desapariciio de uin dos pares e pela inexistencia de 22 ci' - Apical coinbs of inetasternuni not so pseudostilos, sendo muito provavelmente niono- close each other (d = 1.5 w). Inner filético. A quetotaxia completa dos urotergitos (do niargin of VIIIth coxite in the 9 with tipo 2 + 1 + 1 + 1) e o elevado número de artículos one only setal conib. Inner IXth do ovipositor parecem aproximar a nova espécie coxite process of Q 1.5-2 times de N. scnrpiiis (MENDES, 1992 ci), isolando-a das longer than wide at base ...... restantes quatro espécies (vide QUADRO 1); as ...... N. inexpectcita S. sp.

Gnrcin de Orm. Sér. 2001..Lisboa, 19 (1-2). 1992 (1993). 107-120 111 MENDES. Luís F. er al. - Noros dados sobre o fnutin de iisotiiiros dos illios Ciiriórios. 11. z)getirotnn. ...

N. sunrschi h'. iii?riiiccobiu , N. 1 ulcunn N. jwlngodroiiiac N. scorpiirs N. inirpecrura

Distribuigh Líbia (Fezzan); biarrocos (Aga- Canárias (Gran geográfica Tunísia deira e Porto Santo; Canárias (várias ilhas)

Prosterno Náo ou pouco Pouco inais lar- Claramente iiiais CI a ra iii e ii te niai s inais largo na go na base que largo na base largo tia base base que longo, longo (1/13) nos que longo (1/6) que. longo (1/4) quase náo cons- 2 sexos e clara- na 0 e pouco no I nos 2 sexos e trangido inenie consiran- d (1110). clara- PO u co coi1s I ra ii - gido mente consiran- gido gido

~ I Metasterno Claramente inais Pouco inais lar- Ciaraineiiie inais ' Ciaraineiite inais (1/4) largo na go na base que (114) largo nall (1/1) largo na base que longo lollgo base que tongo base que longo

Pentes metaster- d = 0.5 1 d = 1.0 1 d = 1.0-1,2 1 Id = 1.5 1 nais a I Quetotax. urot. 12 (1 + 1 + 1 + 1) 2(1+ 1 + 1 + 1) 2(2+ 1+0+ 1)(2(2+1 +o+ 1) 2(2+ 1 + 1 + 1) 2(7+1+1+1)

Pentes urost. d = 1-2 1 d = 5-8 1 d = 8-10 1 d = 7-8 1 d = 6-8 1

Proc. int. coxito 2 x inais longo 1.75 x inais lon- 1,5 x inais longo 1,5 x mais longo 2,5 x inais longo 1.5-2 x mais Ion- IX Q que largo na ba- go que largo na que largo na ba- que largo na ba- que largo na ba- go que largo na se e 2 x inais base e 2 x inais se e 2 x mais se e 1,5 x inais se e 2.5 x mais base e 13-2,1 x que o processo que o processo que o processo que o processo que o processo inais que o pro- externo externo externo externo ex te rii o cesso externo

I 0.5 I 0,65 Estilo perdido f 0,25 0.4-0,5

17-19 23-24 23-24 26-27 26-29

Oviposit. excede Cerca de 112 do Cerca de l x o Cerca de 2 x o Cerca de 1 x o Cerca de 1.2 x o 1.2- 1,7 x o coin- proc. int. coxito coinprimento des- coinpnmenio des- c oinpr i mento c o ni pr i inc n t o c o iii p r i in e n t o primento deste 1X em te te deste deste deste Cercamais loiigode 1.2 que x Proc. int. cox. Cerca de 2 x Cerca de 1.5 x Cerca de 1.1 x Cerca de 1,5 x -SóQ- ! IX (a") inais loiigo que inais longo que inais longo que inais loiigo que largo na base largo na base largo na base largo tia base !largo na base

Bordo post. do Clarainente con- Clarainentc con- Clarainente con- Pouco iiiiida- urot. X (9) cavo cavo +---cavo iiicnte c6iicavo Bordo post. do Como na Q Menos escavado Menos escavado Como na Q urot. X (a") que iia 9 que na 0 2.7-2,s 5,2-6.0 3,2-3.5 c 4,O 13,8-5.0

2,9-3.2 5,2-6.0 14.0-1.8 - Só 0 - /i5.0 3-4 6-8 3 I 4-5 l 5-6 2-3 inacr. 3-4 i113cr. 12-3 inaci'. 3-4 inaci'. 3 inacr.

I

Pente urost. me. 12-15 macr. 7-9 macr. 5-8 iiia~r. 14-6 inxr. 4-6 iiinci'. diano

Área tricobotr. 9 x inais longa Pouco inais curta T2o ou pouco posterior do pro- que larga e coin que larga e coin inais longa que noto 4-5 espínulas nu- 2 6 espínulas ein , larga e com 4-5 ina única fiada 1-2 fiadas 2 fiadas espínulas eni 2 i fiada fiadas

112 Gorcin de Orlo. SCr. Zool.. Lisboa. 19 í1-2J. 1992 (1993). 107-120 MENDES. Luis F. e! nl. - Noi,os dndos sobre n foirun de risoiiirros dos illins Cniióri(is. 11. ZJ,$rtiioiiin....

Ctenolepismu (C.) ciliatu (Dufour, 1830) Valle de Ucanca, 7/X1/1989, col. R. 'Rodriguez, 2 dd (A); Benijo, S/IV/1990, col. R. Rodriguez, MATERIAL EXAMINADO: LANZAROTE - 1 d (UAB); Barranco de Afur, 7/IV/1990, col. R. Jable del Papagallo, 2/IV/1988, col. R. Ro- Rodriguez, 1 Q (A): Corral del Niño, 8/IV/1990, driguez, 10 (UAB); Montaña Chica, Llanos de col. R. Rodriguez, 19 (A); Las Raices, 8/1V/1990, la Caleta, 2/IV/1988, col. R. Rodriguez, 2 dd col. R. Rodriguez, 1 d (A); Jable del Medano, (UAB). 8/XI/1990, col. R. Rodriguez, 1 d 10 (UAB). C. ciliata. muito comum ao longo da bacia inediterranica, parece ser urna espécie rara nas C. liiieatci é seiii dúvida a espécie de ZY- Canárias (MENDES et nl., 1992), arquipélago de GENTOMA mais comum nas ilhas Canárias, onde onde era conhecida apenas da Gran Canaria. tinha sido já assinalado na niaioria das ilhas (MENDES ei nf., 1992); é agora referido pela primeira vez para Alegranza, Montaña Clara, Ctenolepisma (C.)iineatri (Fabricius, 1775) Fuerteventura e Graciosa.

MATERIAL EXAMINADO: ALEGRANZA - El Cortijo, 13/X/1989, col. R. Rodriguez, 4 da" Cteiiolepisnici i-ieirai Mendes, 198 1 7QP 5 juv. (A); Los Jameos, 13/X/1989, col. R. Rodriguez, 2 dd 2 99 (A); Bajo de la Mon- MATERIAL EXAMINADO: LA GOMERA - taña, 13M1989, col. R. Rodriguez, 1 ci" 2 QQ 2 Epina, 22/111/1989, col. R. Rodriguez, 1 d 1 Q juv. + 2 adultos incompletos (A): Casas de Alegran- (A). GRAN CANARIA - Tufia, 13/XII/1987, col. za, 14/X/1990, col. R. Rodriguez, 1 d 4 juv. (A). R. Rodriguez, 4 0"d 2 QQ 2 juv. (A); Dunas de FUERTEVENTURA - Puerto Lajas, 13/V/1987, Maspalonias, 7/VIII/1988, col. R. Rodriguez, 2 dd col. R. Rodriguez, 1 0" 1 Q jovem (A): Parra Medi- 19 (UAB). Isla de LOBOS - malpais de lava, na, Betancuria, 14/IV/1987, col. R. Rodriguez, 1 Q 9/IV/1987, col. R. Rodriguez, 1 Q (A). (A). LA GOMERA - Los Zarzales, 21/111/1989, col. R. Rodriguez, 10 (A); Igualero, 26/111/1989, Ct eii o 1ep isiii ci ii ic i rci i, j á ass i n al ad o a n ter i o r - col. R. Rodriguez, 1 d 2QQ (A); Barranco de mente para as ilhas Canárias, é referido pela Santiago, 26/111/1989, col. R. Rodriguez, 2 da" primeira vez para La Gomera e para Lobos. 4Q9 1 juv. (A). GRACIOSA - Montaña de las Agujas, 26/III/1988, col. R. Rodriguez, 19 (A); Montaña Roja, 28/111/1988, col. R. Rodriguez, Cteriolepisnia (Sceletoleyismci) r-oclriguezi 3 99 (A). GRAN CANARIA - Puerto de La Luz, sp. n. dunas, 17/IV/1935, col. C. Bolivar 6r F. Bonet, 1 ci" (MNCN); Ibid., ?/IV/1935. ibid.. 6 dd 2 MATERIAL EXAMINADO: ALEGRANZA - juv. (MNCN); Tejeda, ?/IV/1935. col. C. Bolivar El Cortijo. 13/X/1989, col. R. Rodriguez,. 1 Q & F. Bonet, 1 d (MKCN): Barranco del Cañizo, holótipo (A).

13/X11/1986, col. R. Rodriguez. 19 (A); Pinar de c Tejeda, 1/1/1986. col. R. Rodriguez, 10 (A); Coiiipriiiieiito do corpo: 7,O min; conipriinento Barranco de La Veneguera, 26/XII/1987, col. R. das antenas: 4.5 inin: cercos e filamento terminal Rodriguez, 20'd (A). LANZAROTE - Costa dzteriorados. Corpo coiii piginento intenso, vio- Teguise. 9/VIII/1991, col. M. Gaju-Ricart, 2 dd láceo, nao formando. contudo, manchas definidas. 4QQ 2 juv. (A); Morro Prieto. Teguise. lO/VIII/ Macroquetas muito claras a hialinns. Escaiiias í1991, col. M. Gaju-Ricart, 1 ~r 19 S juv. (A). arredondadas a ovóides, as da face dorsal niais MONTARA CLARA - 250 m alt., 20/VII1/1989, escuras, providas de nervuras finas e muito col. R. Rodrisuez, 1 juv. (A). LA PALMA - Bar- numerosas. Desenho das escaiiias desconhecido. ranco de Fernando, 12/X1/1989, col. R. Rodriguez, Cabega típica. niais larga que loriga e coin a 2 80" (A): Llanos del Lance. 12/X1/1989, col. R. quetotasia habitual: pigniento intenso na cipsula Rodriguez. 1 a- (A); Caldera de Taburiente, 14 cefálica, no clípeo e no labro. Antenas coni o /XI/19S9, col. R. Rodriguez, 1 d (A). TENERIFE escapo e o pedicelo escuros. o flaselo coin pig- - Montaña Bermeja, 1400 in, ?/IV/1935. col. C. niento pouco intenso e niais difuso, com a queto- Bolivar &: F. Bonet, 1 o' (MNCN); Lomo Bermejo, tasia típica. Palpo maxilar como na Fig. 24, todos 7/1V/1988, col. R. Rodriguez, 1 0 (A): Degollada os artículos coni pigmento, ernbora os basais mais de Cherfe, ,4/XI/1989, col. R. Rodriguez, 1 9 (A); claros: artículo dista1 quase t3o longo coino os

Gnrciodr Orto. Sér. Zool., Lisboa. 19 (1-2). 1997 (1993). 107-120 113 ,. - anteriores (n/n-1 = 0.93-0,95) e cerca de 6,s vezes QLIADKO 2 niais longo que largo. cilíndrico; apenas no artículo Qiietotasia dos peiites abdominais; basa1 unia coroa distal de sedas fortes. as restantes A - Pente iiifralateral; B - Peiite lateral; todas igualniente finas. Palpo labial (Fig. 25) coiii C - Peiite subiiiediaiio; L - Peiite lateral; pigmento difuso e iiiuito claro nos artículos basais, hl - Pente niediaiio. algo iiiais intenso no teriiiinal, o labio coni pigniento difuso e pouco intenso; artículo distal ovóide e alongado, provido de 5 papilas serisoriais 1 6 - - - - pequenas. 11 6 5-6 5-6 - 17 Pro, ineso e iiietanotos seiii características III 6 5-6 5-6 10 15 especiais, o bordo posterior do pronoto pouco, o I v 7 5-6 6 , 11 13 v 3-7 4-6 6 10-1 I 12 do nietanoto nitidainente concavo. Margens laterais \. I 7 6 6 II 12 do pronoto coiii 5-6 pentes, cada .uni com 2-5 VI1 7-8 5 5-6 12-13 - iiiacroquetas; nos nieso e nietanotos, 7-8 pentes Vlll 7-8 - 6,7 - IX - - - - - semelhantes, cada uni coiti 1-3 sedas: pentes do x s+s - - bordo posterior com 5-6 niacroquetas eni todos os notos. Áreas tricobotriais típicas. Prosterno perdido. Meso e iiietasterno coiiio nas Figs. 26 e 27, anibos Distancia entre os pentes laterais e o niediano com 2 + 2 pentes apicais, o iiietasteriio claramente nos urosternitos (Fig. 32) cerca de 4 vezes a largura iiiais alargado, pouco mais curto que largo na base; de cada pente (laternl ou iiiediano, uiiia vez que a pentes anteriores do niesosterno con1 5, os pos- largura é a iiiesiiia ein todos eles). Dois pares de teriores, tal coino todos os do inetasterno. con1 7- estilos abdoiiiinais. nos coxitos VI11 e IX. Coxito -8 sedas; distancia entre os pentes distais do IX (Fig. 33) provido de uiii nítido pente transver- nietasterno pouco iiiaior que duas vezes a largura sal (com 7 niacroquetas) no processo interno, este de cada pente. Patas coni pigniento difuso, niais algo inais que 1.5 vezes niais longo que largo na intenso no bordo externo da coxa, na regia0 distal base e 4-43 vezes niais comprido que o processo do fémur (excepto no P 1, que é o iiiais claro) e ao externo. Ovipositor coiiiprido e fino, do tipo longo da tíbia e tarso, ti tíbia uniforme e inten- priiiiArio, excedeiido os processos internos dos saiiiente piginentadn nos P 11 e P 111. Tíbia 1 (Fig. coxitos IX eiti cerca de 4 vezes o coniprinieiito 20) cerca de 3 vezes mais coiiiprida que larga e destes: gonapófises coiii 28-30 artículos, seni coiii cerca de 3/5 do coitipriiiiento da tíbia 111, características especiais. provida de 3 iiiacroquetas robustas dorsais. curtas e de 6-7 ventrais, alguitiiis tao longas coiiio o di:- ETIMOLOGIA - A iiova espície é dedicada metro tibial; próximo do grupo iiiciis posterior de ao Sr. Rafael Rodriguez, da Universidade Autó- iii ac roq u e t a s ven t ra i s , u iii es pi nIi o h i a I i no, agu$ ado noma de Barcelona, unia vez que a ele se deve a e curto, nao pectiiiudo. Tíbia 111 (Fig. 29). 3,7-3,9 itiaioria das colheitas aqui estudadas. provenientes vezes niuis longa que larga, coiii 3 niacroquetas da sua terra natal.

dorsais robustas e abundantes sedas espinhosas c ve ii t ra i s ; que t o t a x i a ve n t rii I con s t i tu ída ( al 6 ti1 das DISCUSSÁO - A nova espécie, provida de sedas noriiiais) por 4 iiincroquetas fortes e alonga- uiii perite de iiiacroqiietas transversal no coxito IX, das. as dii fiice interna pi-uvidas de pectiiiacóes parece particularmente próxiiiia de uiti grupo de cluraiiieiite itiriis reduzidas. todas algo iii,i':' I\ curtas espicies conhecidas exclusivamente do Su1 da que o diriiiietro da tíbia. acoiiipaiihadas por cerca Península Ibirica e do Norte e Oeste da África. de 15 espiiihos iiiuito curtos. cónicos e agqados, noitie:iidaiiiente C. (S.)rilbido Escherich. 1905, da os iiiais distais uiii pouco iiiais coiiiyridos e con1 África Sahariana. C. (S.) sili*esrrii Stach, i 936. da cerca de 1/3- 1 /1 do coitipi.inisnro das iiixroquetas Líbia (i*itfc MENDES. 1992 b), C. (S.) ittcirocccuta viziiihas. Pretarso siiiiples e coiiipleto. típico. hleiides. 1980. de Marrocos. C. (S.)Jerrnrioi Urotergito 1 coiii 1 + 1, os 11-VI1 (Fig. 30) coni Meridea, 19S5. da Guiné-Bissau e C. (S.) gun- 3 + 3. o VI11 coiii 2 + 2 peiites de iiiacroqurtas, o cliririicx Mendes. 1992. do Su1 de Portugal. A nova IX glabro. Urotergito X (Fig. 31) iiiuito coiiiprido, esp6cie é. no eiitnnto, briii distinta de todas elas e, a i-aziio C/L = 0.5. Urosteriiito 1 glabro. os 11-VI coriqiiaiito inais seiiielhante a C. cilbidn e a C. coiii itiii pente iiiediiino, os 111-VI11 cotii 1 + 1 iiwroccc//ui pela sua quetotaxia urotergal, é facil- pentes laterais. Núiiiero de sedas por peiite coiiio iiiente distiiiguível pela abundancia e intensidade no QUADRO 2. do pigiiieiito liipoderiiial, pela forma do urotergito

114 \\ \ O . - f --

27

30 32

... .. : . 33

Figs. 24-33 - Cfrtiolepisnia (Scelefolepisino) rodriguezi sp. n.. Fig. 24 - Palpo inaxilar; Fig. 25 - Palpo labial; Fig. 26 - Mesosterno e-porinenor da quetotaxia distal; Fig. 27 - Metasterno e porrneiior da quetotaxia distal; Fig. 28 - Tíbia do P 1; Fig. 29 - Tíbia do P 111; Fig. 30 - Urotergito VII; Fig. 31 - Urotergito X; Fig. 32 - Metade esquerda do uroi- ternito V; Fig. 33 - Coxito e estilo IX e ovipositor. Escalas: 0.1 nim

Garcia de Orra. Sér. Zool.. Lisboa, 19 (1-2). 1993 (1993). 107-120 115 hlENDES. Liiís F. et ni. - rVoi.0~dodos sobre n fauito de tisorturos dos ilhos Coitflrins. II. Zjgeiirorno...... X (enibora este seja claraniente niais semelhante longo que largo na base, com 2 + 2 pentes ao de C. cilbiíia) e, especialmente, pela quetotaxia anteapicais, cada uni com 3 macroquetas. Me- única da tíbia do P 111, diferente de tudo o que se tasterno mais largo na base que longo (Fig. 37), conhecr neste g2nero. coin 1 + 1 pentes apicais com 7 macroquetas cada, a distancia que os separa semelhante ii largura de cada pente. Patas ligeirainente amareladas, quase Crc.tiolepisiiiei (Scelcrolepisriici)yircitrclie Men- desprovidas de pigmento; tíbia 1 corn cerca de 0,6 des, 1991 vezes o conipriniento da tíbia 111 (Figs. 38 e 39). a sua relapo C/L cerca de 2,3-2,5; superfície dorsal MATERIAL EXAMINADO: LA GOMERA - coni 3 macroquetas robustas e curtas (mais curtas Barranco de Santiaso. 26/111/1989. col. R. Ro- que o dianietro tibial), a superfície ventral com 4 driguez. l o^ (A). inacroquetas (excluindo as 2 distais) mais com- pridas, as mais finas das quais atingem o diametro Cret i n 1t.y isui ci y iici )Icli c, rece 11 temen t e descrito da tíbia. Tíbia 111 3,l-3.4 vezes mais longa que (MEKDES, 1991 a) apenas se conhece até ao larga, com 3 macroquetas dorsais mais curtas que presente da ilha de La Goinera. o diinietro da tíbia e 6 ventrais (aléni das 2 apicais), sendo as inais delicadas táo ou pouco iiiais longas que o diiiinetro tibial. Ctenolepisnia (Sceletolepisnia) ccinciriensis Urotergito 1 coiii 1 + 1, os 11-VI1 com 3 + 3, o sp. n. VI11 com 2 + 2 pentes de macroquetas; urotergito IX glabro, o X (Fig. 41) trapezoidal, com o bordo MATERIAL EXAMINADO: GRAN CANARIA posterior levemente reentrante, e curto (relaciío C/ - Pajonales, 4/IV/1987, col. R. Rodriguez, 19 /L = 0,35). Urosternito 1 glabro, os 11-VI com um holótipo (A). pente mediano, os 111-VI11 com 1 + 1 pentes laterais. Número de sedas por pente conio no Compriinento do corpo 6,5 nim; comprimento QUADRO 3, a distancia entre os pentes laterais e das antenas: 2.5 mni; coniprimento dos cercos: o mediano 5,5-6 vezes a largura de cada pente 2,5 mm; comprimento total: 9,0 mni. Pigmento lateral (Fig. 42). hipodermal claro e difuso, presente no palpo maxilar, antenas, cápsula cefálica (muito claro) e filamentos posteriores. Desenho das escamas QUADRO 3 desconhecido, estas arredondadas ou ovóides. Quetotaxia dos peiites abdominais; acastanhadas em ambas as faces (álcool) einbora A *' - Pente iiifralateral; B - Pente lateral; niais escuras dorsalmente, providas de nervuras C - Peiite subniediaiio; L - Peiite lateral; finas e muito numerosas; inacroquetas amareladas, M - Peiite mediano. $uito claras. .. Cabeca típica, niais larga que longa e com a A B ClL hr qiietotaxia habitual. Antenas coin pigmento difuso 1 4 e coni a quetotaxia usual. Mandíbulas e inaxilas 11 4 seni caracteres especiais; palpo maxilar (Fig. 34) III 4-6 con1 pigmento difuso e iiiuito claro; artículo ter- IV 5 V 4-6 minal táo longo como o anterior e cerca de 4,s VI 6 vezes mais longo que largo, todas as suas sedas VI1 5-6 igualniente finas. Lábio típico. o palpo labial como VI11 6 IX - na Fis. 35, coni o artículo dista1 ovóide e alonpado, X seni piginento e provido de apenas 3 papilas ap i c a i s. Pro. meso e metanoto com as margens pos- Estilos em dois pares, nos coxitos VI11 e IX, teriores pouco reentrantes, a do pronoto quase os posteriores muito inais robustos. Coxitos VI11 direita; margens laterais de todos os notos com 6- e IX como na Fig. 43; processo interno do coxito -8 peiites coiii 1-3 inacroquetas, as posteriores con1 IX cerca de 1,3 vezes inais longo que largo na 1 + 1 pentcs, cada pente com 3 sedas: áreas base e 2.5 vezes mais comprido que o processo tricobotriais típicas do género. Prosterno perdido. externo. Ovipositor robusto, do tipo primário, Mesosterno ovóide, alongado (Fig. 36), muito rnais excedendo o limite posterior dos processos internos

116 Gnrcinde Orlo. Sér. Zool.. Lisboa. 19 (1-2), 1992 (1993). 107-120 MENDES. Luis F. el fl/. - Novos dndos sobre o /

e. .. dos coxitos IX em cerca de 43 vezes o compri- relativas 5 quetotnxia do nietasterno (a distan- mento destes. Gonapófises VI11 e IX típicas, com cia entre os pentes é claraniente inenor eni C. 3 8- 40 a rt íc u i os. giianclie), no alonganiento das tíbias 111 (mais curtas proporcionalinente ao seu diaiiietro em C. ETIMOLOGIA - A nova espécie é denoini- canarietisis), na forma do urotergito X e no menor nada de acordo com a sua origem geográfica, o alongamento dos processos internos dos coxitos arquipélago das Canárias. IX na espécie que ora descrevemos.

DISCUSSÁO - Ctrnoiepisnlu ctintiriensis sp. n. parece aproximar-se particularmente de C. Fa ni íI i a ATE LU R 1D A E giiunche Mendes, recentemente descrita também das Canárias, mas até ao presente conhecida apenas Pt-oatelut-ri psciiclolepisnln (Grassi, 1 887) de La Gomera (MENDES, 1992 ti). Contudo, além de na nova espécie ocorrerem 3 + 3 pentes de MATERIAL EXAMINADO: LA PALMA - inacroquetas nos urotergitos 11-VI1 (em C. gucirtchr, Caldera de Taburiente, 14/XI/1989,col. R. Ro- apenas nos 11-VI), notam-se ainda diferencas driguez, l O (UAB).

37

\

42

Figs. 34-43 - Ctenolepisrna (Sceletolcpisr~ia)ccrnariensis sp. n.. Fig. 31 - Palpo maxilar; Fig. 35 - Palpo labial e pormenor das papilas distais; Fig. 36 - Mesosierno e pormenor da queioiaxia apical; Fig. 37 - Meiasterno e pormenor da quetotaxia apical; Fig. 38 - Tibia do P 1; Fig. 39 - Tibia do P 111; Fig. 40 - Uroiergito VII. rneiade esquerda; Fig. 41 - Uroiergito X; Fig. 42 - Urosierniio IV; Fig. 43 - Coxiio e esiilo 1X e ovipositor. Escalas: 0.1 min -

Garcin de Orlo, Sir. Zool.. Lisboa. 19 (1-2). 1992 (1993J. 107-120 117 ' MENDES. Luís F. ei nl. - Novos dndos sobre n fnitrin de iisnirirros das illins Crtriíírins. 11. Zygriiioim. ..

v. ' Conhecida até ao presente no arquipélago mente endéinicas do arquipélago, Neoasterolepisma apenas na ilha de Tenerife, P. pseudolepisma é itiexpectatci é a única que é conhecida de niais de referida como urna novidade faunística para La urna ilha (Gran Canaria. Tenerife e La Gomera), Palma. encontrando-se os restantes endeinisnios restritos a uma única ilha: N. wilccinci em Hierro, Ctetiolepis- Presentemente, sáo conhecidas das ilhas Caná- nici cíiriariensis na Gran Canaria, C. gucrnche em rias 12 espécies de tisanuros da Ordem ZYGENTO- La Goiiiera e C. rodrigiiezi eni Alegranza. MA, uma única da família Ateluridae e 11 da Para que se torne mais fácil o reconhecimento família Lepisinatidae. A distribuicáo das espécies dos ZYGENTOMA das Canárias, apresenta-se ein pelas diferentes ilhas é representada no MAPA 1, seguida uma chave de identificacáo para as espécies sendo de salientar que, entre as espécies suposta- aí assinaladas.

1 - Sem olhos. Corpo de forma lirnulóide, encurtado, o tórax quase táo longo como o abdómen. Antenas e filamentos terminais muito curtos ... Fam. ATELURIDAE ... Pseudovesículas laterais no urosternito VII, o 11 com um par de vesículas submedianas. Bordo posterior dos urotergitos com as macroquetas restritas regiáo infralateral ...... Proateluro yseiidolepisnia (Grassi, 1887) - Olhos compostos presentes, beiii visíveis, laterais, negros a muito escuros. Corpo mais alongado, o tórax sempre mais curto que o abdónien. Antenas e filamentos terminais medios a compridos. Vesículas abdominais ausentes. Bordo posterior dos urotergitos só raramente náo providos de macroquetas, isoladas ou eiii pentes ... Faiii. LEPISMATIDAE ...... 2

3.. 8-eh. 1l.h 12.. LJ O'LOBOS- 11 .

c 1 .a n 2. . LA PALMA 3.cfg. 5.. 6.a f 8.fgh. l1.g. FUERTEVENTURA LA GOMERA CANARIA 2'. A 8.- 3.9 0 i3.. 7.g. 11-g h EL HIERRO 11.

NAPA 1 - Distribuiqáo coiihecida nas diferentes ilhas das espécies de ZYGEKTOMA (1-10) de acordo coin o autor que as referiu (a-.). 1 - Lepisitia saccliarina; 2 - Neoasterolepisiiia itiexpectatci; 3 - Neomterolepisnia inyrinecobia; 4 - Neoasterolepisitin idcana; 5 - Ctenolepisnia catiarierisis; 6 - Cteiiolepisitia ciliata; 7 - Ctenolepisnia guanche; 8 - Cteiiolepisitia linecita; 9 - Cteiiolepisina lorigicaridatci; 1O - Ctenolepísincr rodrigire:i: 1 1 - Cteriolepirinn vieira;; 12 - Proateliira pseridolepisim. a - RIDLEY (1881); b - ESCHERICH (1905); c - SlLVESTRl (1940); d - WYGODZINSKY (1952); e - PACLT (1960); f - MENDES (1982): g - MENDES (1992); h - MENDES et u/. (1992); - Novos dados

118 Gnrcio de Orto. Sér. Zool.. Lisboa, 19 (1-2). 1992 (1993). 107-120 h1ESDES. Luís F. ei al. - Noi.os dodos soúi.e n foiriio dc iisoriirros dos illios Cniitirios. 11. Zjgeuroino. .... :

~

I 2 - Todas as inacroquetas simples. apenas bífidas ou trifidas apicalinente. Pelo menos as áreas tricobotriais posteriores dos iiieso e iiietanoto fechadas. Macroquetas notais só nas margens laterais, as urotergais isoladas, nao foriiiando pentes (apenas as infralaterais podem formar uiii par, externamente acompanhado por urna seda fina). Parheros presentes ...... 3 - Algumas niacroquetas pectinadas. Todas as áreas tricobotriais abertas e associadas a pentes notais laterais. Uin par de pentes posterolaterais notais. as macroquetas urotergais formando sempre pentes, estes pelo menos nos 11-V em número de 3 + 3. Parameros ausentes ...... Gen. Ctetioiepistiici ...... 6

3 - Antenas com sensilhas especializadas do tipo canipaniforine, esferoidais. Ein todos os notos, as áreas tricobotriais anteriores abertas e as posteriores fechadas. Urosternitos 1 e 11 com um pente mediano de sedas. Parameros sacciforiiies, hiperdesenvolvidos, excedendo posteriormente o extremo do processo interno do coxito IX ...... Lcpisnici scicclinrirrcr Lin., 1758 - Antenas com sensilhas especializadas estreladas, do tipo asteriforme. Áreas tricobotriais anteriores de todos os notos e áreas posteriores do pronoto ahertas, fechadas apenas as posteriores dos meso e iiietanoto. Urosternito 11 con1 uin pente mediano de sedas, o 1 glabro ou com raros cílios. Parameros sacciformes eiii regra de tamanho médio, claramente mais curtos que o extremo do processo interno do coxito IX ... Gen. Neocisterolepismci ...... 4

4 - Urotergitos 11-VI11 com uma única macroqueta infralateral, externamente acompanhada por urna seda mais fina, as inacroquetas do bordo posterior todas presentes - quetotaxia do tipo 2 X (1 + 1 + 1 + 1). Prosterno pouco inais largo na base que comprido (cerca de 1/13 mais largo), claramente constrangido nos seus 2/3 distais. Metasterno nao muito mais largo na base que longo. Ovipositor excedendo o limite dos processos internos dos coxitos IX em cerca de urna vez o comprimento destes, coni 17-19 artículos por goiiapófise. Ti%ia 111 curta, seiiipre menos de 3,5 vezes inais longa que larga ...... N. niyrtriecobici (Silvestri, 1908) - Urotergitos 11-VIII coin 2 inacroquetas infralaterais, externamente aconipanhadas por uina seda fina. Prosterno pelo menos na 9 claramente niais largo na base que longo. Metasterno nitidarnente (1/3-1/4) niais largo na base que longo. Ovipositor pouco ou iiiuito alongado, mas senipre com iiiais de 20 artículos por gonapófise. Tíbia 111 inais comprida, sempre pelo menos 4,s vezes niais longa que larga ...... 5

5 - Quetotaxiü urotergal coiiipleta, do tipo 2 X (2 + 1 + 1 + 1). Pentes iiietasternais distando 1.5 vezes a largura de cada pente. Bordo posterior do urotergito X pouco reentrante em aiiibos os sexos. Tíbia 111 alongada (C/L = 5,O) con1 5-6 macroquetas ventrais ...... N. iriespectcitci sp. n. - Quetotaxia urotergal incoiiipleta, faltando o par de iiiacroquetas laterais. do tipo 2 X (2 + + 1 + O + 1). Pentes nietasternais distando 0.8-1 vez a largura de cada peiite. Bordo posterior do urotergito X da O claramente concavo. o do d menos reentrante. Tíbia 111 mais comprida íC/L = 5.2-6,O) e coni 6-8 inacroquetas ventrais ...... A’. i~irlc

6 - Urotergito X curto, triangulóide e de extreiiio arrsdondado. Urosternitos sem pentes inedia- 110s ... Crctioiepisttrci s. s. (parte) ...... 7 - Urotergito X inais alongado. de foriiia trapezoidal ...... S

7 - 3 + 3 pentes de niacroquetas nos urotergitos 11-VI ...... C. (C.)\*iciuri hlendes, 1981 - 3 + 3 pentes de iiiacroquetas nos urotergitos 11-VI1 ...... C. (C.) liticarcl (Fribricius. 1775)

8 - Urosternitos seni pente mediano de inacroquetas, os Ií-VI11 coni uiii par de pentes laterais ... Ctoioiepisrnci s. s. (parte) ... 3 + 3 pentes de inacroquetas nos urotergitos 11-VI ...... 9 - Urosternilos 11-VI coiii uni pente iiiediano, os Ii-VI11 coin 1 + 1 pentes laterais ... Ctetiolcpisttici . ( Sccle t o 1cp ist r i ci ) ...... 1O

Garcin (le Orla. Sir. Zonl.. Lisboa. 19 (1-7). 1997 (1993). 107-120 119 8

hlENDES, Luís F. ei o/. - Novm dodos sobre a jnitiui de iisofiirros dos illios Cotidrios. 11. Zjgetiiorirq. ... :

9 -Pigmento hipoderinal ausente ou muito claro e difuso. Antenas e filamentos posteriores niuito coinpridos. Ovipositor excedendo muito claramente o limite dos estilos IX. Espécie sempre antropofílica, as escamas no vivo cintento-prateado a cinzento-escuro...... C. (C.) lotigiccirihtrt Escherich, 1905 - Pigniento hipoderinal em regra presente e intenso. Antenas e filanientos posteriores alongados, enibora nao táo claraiiiente. Ovipositor em regra náo excedendo ou polico ultrapassando o limite posterior dos estilos IX. Espécie só acidentalniente antropofílica, as escamas no vivo castanho-bronze, mais ou menos escuro ...... C. (C.)ciliata (Dufour, 1830)

10 -Coxito IX com um pente transversal de niacroquetas. 3 + 3 pentes nos urotergitos 11-VII. Pigmento hipodermal muito intenso e abundante. Tíbias, ein particular as do P 111, corn espinhos lisos e agupdos, ventrais, além das niacroquetas usuais. Urotergito X muito alongado. Quetotaxia dos urosternitos abundante. Palpo labial coin 5 papilas ...... C. (S.) rodrigrrezi sp. n. - Coxito IX desprovido de pentes de macroquetas. Urotergitos com quetotaxia semelhante ou diferente. Pigmento hipodernial presente mas nao especialmente intenso. Tíbias com a quetotaxia usual. Urotergito X muito niais curto. Sedas dos pentes urosternais pouco abundantes. Palpo labial com apenas 3 papilas sensoriais ...... 11

11 - Urotergitos 11-VI com 3 + 3 pentes de iiiacroquetas. Pentes metasternais distando 1,5-2 vezes a largura de cada pente. Urotergito X com o bordo posterior direito, curto (C/L = 0,45)...... C. (S.)gucrnche Mendes. 1992 - Urotergitos 11-VI1 coni 3 + 3 pentes de macroquetas. Pentes metasternais niais aproximados, a distancia que os separa igual 2 largura de cada pente. Urotergito X com o bordo posterior um pouco reentrante, muito curto (C/L = 0,35)...... C. (S.)catiariensis sp. n.

BIBLIOGRAFIA

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