ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO)

ATA Nº 46

PRESIDENTE - DEPUTADO AIRTON PORTUGUÊS

O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Bom-tarde a todos! Vamos debater sobre vários assuntos da nossa segurança da área de fronteira. Convidamos para fazer parte da mesa o Secretário-Chefe da Casa Civil, ex- Deputado, representando o Governador do Estado Silval Barbosa, Sr. José Esteves de Lacerda Filho (PALMAS); Secretário de Estado de Segurança Pública, Sr. Diógenes Gomes Curado Filho (PALMAS); Secretário-Chefe da Casa Militar, Coronel Ildomar Nunes de Macedo (PALMAS); Presidente da Câmara da Cidade de Cáceres, Vereador Antônio Salvador da Silva (PALMAS); Procurador da República na cidade de Cáceres, Dr. Daniel Luz Martins de Carvalho (PALMAS); Promotor de Justiça, Dr. Samuel Frungilo (PALMAS); também o Juiz de Direito, Dr. Geraldo Fernandes Fidelis Neto (PALMAS); Tenente-Coronel João Henrique da Silva Marinho, Comandante do 2° Batalhão de Fronteira, neste ato representando o Comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General Carlos Alberto Maas (PALMAS). Convido a todos para, em posição de sentido, ouvirmos e cantarmos o Hino Nacional. (NESTE MOMENTO É EXECUTADO O HINO NACIONAL). O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Convidamos para, também, fazer parte da mesa o Dr. Jessé James Rodrigues Freire, Delegado Federal, neste ato representando a Polícia Federal da cidade de Cáceres. Agradecemos a presença do Suboficial Eduardo Clemente, representante da Marinha; Coronel PM Joelson Sampaio, Subchefe do Estado Maior da Polícia Militar; Tenente- Coronel Batista, Comandante do Batalhão de Trânsito Major PM Júlio Maria, Coordenador Estadual da Polícia Comunitária do Estado de Mato Grosso; Major Agilson Azizes, Subcomandante do GEFRON, representando o Comandante do GEFRON, Tenente-Coronel Brito Júnior; Sargento Rosana Mendes, Comandante da Companhia Ambiental de Cáceres; Dr. Alexandre Bustamante, Secretário-Adjunto de Segurança Pública; Dr. Pierre Biancardini Júnior, Diretor-Geral Adjunto da Perícia Oficial do Estado de Mato Grosso; Dr. Victor Carneiro, Oficial da Agência de Inteligência; Dr. Gerson Vinícius Pereira, Coordenador de Inteligência, neste ato representando o Secretário- Adjunto de Inteligência, Dr. Masson Ohara; Dr. Fábio de Sá Pereira, membro do GGI; representante da OAB Mato Grosso, Drª Alana Cardoso, Delegada de Repressão a Entorpecentes; Dr. José Emílio Gadioli, Delegado Regional de Pontes e Lacerda; Dr. Douglas Tiburcio, Delegado Regional de Pág. 1 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Cáceres; Sr. José Urbano, Coordenador da POLITEC da cidade de Cáceres; Vereador Alvacir Ferreira Alencar, de Cáceres; Vereador Toni Mamedes, de ; Luiz da Guia, representante da Organização Municipal de Desenvolvimento do Caramujo; Leandro Vieira da Rocha, Auditor Fiscal, neste ato, representando a Receita Federal; Vereador Josias Modesto de Oliveira, de Cáceres; Vereador José Wilton, de Mirassol d’Oeste; Jorge Augusto Amedi, Exmº Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Agricultura de Cáceres; Lindomar Rezende, Exmº Secretário Municipal de Cáceres; Sidney Salomé, Prefeito eleito do Município de Araputanga; Carlos Bianchi, Prefeito eleito do Município de São José dos Quatro Marcos; Marinês Campos, Vereadora eleita do Município de Mirassol d’Oeste; Drª Elizabeth Garcia dos Reis, Delegada da Delegacia de Defesa da Mulher; José Carlos de Souza, Superintendente de Desenvolvimento Regional do Consórcio Nascente do Pantanal; José Carlos Job, Vice-Presidente da FIEMT/Mato Grosso; comerciantes da cidade de Cáceres; s moradores da nossa cdade de Cáceres e da nossa região; Denise Carvalho, Exmª Secretária Municipal de Ação Social do Município de Cáceres; e Vereadora Lúcia de Lurdes Gonçalves, de Cáceres. Esta Audiência Pública foi requerida pelo Deputado Airton Português com a finalidade de discutir as diretrizes do compromisso de adesão ao Programa de Estratégia Nacional de Fronteira-ENAFRON, de investimento em segurança na fronteira, firmado entre o Governo de Mato Grosso e o Governo Federal de forma compartilhada e integrada entre as Polícias Militar e Civil. Autoridades presentes, senhores e senhoras! Em nome da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, declaro aberta esta Audiência Pública, requerida por mim, com a finalidade de discutir as diretrizes de compromisso de adesão ao Programa de Estratégia Nacional de Fronteira - ENAFRON, de investimento de segurança na fronteira, firmado entre o Governo do Estado e o Governo Federal. Convido, para a abertura dos nossos trabalhos, o Presidente da Câmara Municipal da cidade de Cáceres, nosso amigo Vereador Antônio Salvador da Silva. O SR. ANTÔNIO SALVADOR DA SILVA – Boa-tarde a todos! Desejo boas-vindas a nossa cidade! Agradeço a oportunidade de estar aqui para discutir um assunto tão importante que é a segurança pública. Cumprimento todas as autoridades presentes e, em nome dos Vereadores de Cáceres, dos Vereadores, esperamos ter aqui uma tarde agradável. Muito obrigado! Passo a palavra, neste momento, ao nosso Secretário de Segurança Pública, Dr. Diógenes Gomes Curado Filho. O SR. DIOGÉNES GOMES CURADO FILHO – Deputado Airton Português, Secretário José Lacerda, em nome de quem cumprimento todas as autoridades presentes dos dispositivos; os policiais das forças de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros; POLITEC; meu amigo, Secretário-Adjunto de Segurança Pública, Alexandre Bustamante dos Santos; enfim, todas as pessoas presentes. Hoje está prevista e vai ser feita uma reunião no Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira e a diretriz de Estratégia Nacional de Segurança Pública para Fronteira no sentido de que Pág. 2 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) haja um diálogo com a sociedade para que ela possa, também, dizer o que ela acha que deve ser investido. O trabalho que nós temos feito, aqui, na fronteira, junto ao nosso Plano Estadual de Segurança Pública alinhado ao ENAFRON, que é Estratégia Nacional de Segurança Pública para Fronteira, e também junto aos gabinetes de Gestão Integrada municipais prevê realmente que nós tenhamos esse diálogo com a sociedade. Então, hoje, em relação ao nosso GGI-Fronteira, nós vamos fazer uma prestação de contas, vamos colocar aí no PowerPoint, que vai ser feito pelo nosso Secretário Executivo do GGI. O que estamos executando este ano com recurso do ENAFRON? O que está sendo feito pelo Estado? O que vai ser executado? Posteriormente, nós queremos ouvir as autoridades e, também, a população para que seja explanado aqui - isso aqui vai ser registrado em Ata - o que eles acham que é importante para que possamos fazer um bom trabalho na área de segurança pública para a fronteira. Tem várias ações que estão sendo desenvolvidas, sejam com recursos federais ou com recursos estaduais. Eu cito o exemplo de uma ação com recurso estadual, o nosso canil, que já está sendo executado, está em construção. Esse canil foi uma promessa do Governador, veio de um pedido inicialmente feito pelas Lojas Maçônicas Reunidas e foi um pleito que nenhuma autoridade aqui disse que esse investimento não era necessário. Então é um investimento muito importante para o município, mas vários outros investimentos estão sendo feitos para que possamos melhorar a segurança pública aqui da região. Eu cito o exemplo do nosso C3i, nós temos também o Centro de Comando e Controle, que são atividades de inteligência e, também, atividades de CIOSP, que é Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, que faz as chamadas, integra informações. Também recebemos dados de inteligência por meio desses dados de inteligência. E por meio desses dados de inteligência recebidos, nós direcionamos as nossas atividades de segurança pública. Tudo isso aí, ainda, nós vamos discutir. Eu acho que é importante que haja participação de todos nesse processo de discussão para que possamos direcionar muito bem esse nosso trabalho, aqui, na fronteira. O Estado de Mato Grosso tem feito muito por essa fronteira. Podemos dizer que houve um desvio de águas, há cerca de dez anos, com a criação do GEFRON e mais investimentos começaram a chegar para essa fronteira. E agora, aproveitando a Estratégia Nacional de Segurança Pública para a Fronteira, que são linhas de investimentos que teremos até 2015, nós vamos melhorar mais ainda a segurança pública, aqui, nessa fronteira da Bolívia e toda esta região que temos no Estado de Mato Grosso. Então, o Major Rodrigues vai fazer uma apresentação em PowerPoint com relação ao nosso trabalho que está sendo feito na fronteira para contextualizar todos para que possamos debater em relação a essa questão. O SR. WANKLEY CORREA RODRIGUES – Senhoras e senhores boa-tarde! Gostaria de cumprimentar todas as autoridades que compõe a mesa; público presente, em especial os membros do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira, os membros do Comitê Integrado de Fronteira. Pág. 3 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) É um propósito, também, do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira unir as ações do Comitê de Fronteira junto com as ações do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira. O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUES) – Desculpe, mas, eu quero convidar para fazer parte da mesa o Prefeito Municipal de Cáceres, Túlio Fontes.(PALMAS) O SR. WANKLEY CORREA RODRIGUES - Com o advento do Plano Estratégico de Fronteira e do Decreto da Presidenta Dilma Rousseff, a fronteira do Brasil passa a ser olhada numa nova ótica, não mais como um local isolado de delitos, mas, também, um local onde existem pessoas que necessitam de seguranças. Comunidades que estão na linha de fronteira, as comunidades que estão na faixa de fronteira e os investimentos estão sendo feitos em nível nacional pela Estratégia Nacional de Fronteira e o Estado de Mato Grosso assumiu a responsabilidade, também, de atuar mais fortemente na fronteira Brasil/Bolívia, especificamente Mato Grosso. Bolívia nós temos, ainda, o Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul, que fazem também fronteira com a Bolívia. São Estados que nós temos que ter, também, um bom alinhamento e um contato bem próximo. Gostaria de dizer a todos os presentes que os Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteira possuem, também, uma reunião ordinária, onde todos os onze Estados fronteira discutem de forma conjunta as ações para todo Brasil. Nós tivemos, na semana passada, no Chuí, extremo Sul do Brasil, no Rio Grande do Sul, onde nós fizemos a quarta reunião do GGI Fronteira, envolvendo os onze Estados Fronteira do Brasil. Todos os Estados de fronteira do Brasil estão recebendo recursos do Governo Federal e existe uma mobilização do Estado para que esses recursos sejam bem empregados e, também, incrementados com recursos estaduais. Nós teremos ações de fronteira do Amapá ao Rio Grande do Sul, do Oiapoque ao Chuí. Nós temos algumas informações que vamos passar nessas apresentações do que hoje o Estado de Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Segurança Pública, o Gabinete de Ação Integrada vem desenvolvendo. Nós temos ali um diagnóstico rápido da fronteira, uma extensão de novecentos e oitenta e três quilômetros, sendo setecentos e cinquenta quilômetros de fronteira seca, abrangendo 28 municípios na faixa de fronteira, sendo 04 municípios na linha de fronteira. Esses municípios são: Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade, e Cáceres. Os municípios de linha de fronteira possuem uma prioridade de investimento. Então, nós temos a preocupação de fazer investimentos da ENAFRON no Estado, nos 28 municípios, mas com a preocupação maior com os municípios da linha de fronteira. O Decreto Estadual nº 811, de 10 de novembro, criou o GGI-Fronteira, sendo que o GGI-Fronteira foi criado com a presença do Vice-Presidente, finalizando também uma versão da Operação Águia também aqui em Cáceres. O GGI-Fronteira tem a responsabilidade de congregar todas as instituições de segurança que atuem diretamente na fronteira e uma missão também de fixar essas ações na fronteira Brasil/Bolívia. Pág. 4 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Já foram realizadas seis reuniões do Plano Estadual de Fronteira que está sendo criado pela Secretaria de Segurança. Nós temos aqui também membros que estão confeccionando o Plano Estadual de Fronteira, plano que dará um norte às ações tanto políticas como também técnicas na região de fronteira. Foram colocados alguns eixos temáticos nesse Plano, principalmente a valorização, a melhoria das condições de trabalho do policial, do profissional que está operando na fronteira. Além disso, o Plano tratou muito da integração entre as instituições. É um dos propósitos em nível nacional, e também em Mato Grosso, que as ações sejam sempre integradas, ou seja, visando otimizar recurso, visando o bom atendimento à sociedade, visando uma ação mais efetiva e que satisfaça de forma mais correta os anseios, principalmente da comunidade que está residindo na faixa de fronteira. Nós tivemos também... A Secretaria de Segurança vem trabalhando, através dos Gabinetes de Gestão Integrada Municipal os gabinetes de gestão integrada municipais. Nós temos hoje 25 GGIs Municipais, sendo que esses que estão de cor diferente aqui – amarela – são os municípios que estão na faixa de fronteira. Vale dizer que esses municípios hoje já estão contando com o recurso de videomonitoramento urbano. Nós temos Comodoro, Pontes e Lacerda, Mirassol d’Oeste, Cáceres, e Tangará da Serra já com os recursos para o videomonitoramento. Além desses municípios, temos ainda , que não está na faixa de fronteira, e , que hoje também já possui o recurso de videomonitoramento garantido. Em Lucas do Rio Verde o videomonitoramento já está operando e já está trazendo resultados positivos à segurança pública e à administração municipal, uma ferramenta moderna, utilizada no mundo todo e o Brasil já vem fazendo isso. Os grandes eventos que serão realizados no Brasil e o que será realizado em Cuiabá, que é a Copa do Mundo, exige o videomonitoramento de forma mais intensiva nas Capitais e hoje os municípios possuem essa possibilidade de ter o videomonitoramento através do recurso GGI-M/SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública. Ou seja, o município cria o GGI Municipal, através do decreto do Prefeito, que funciona no mesmo molde do GGI Estadual, ou seja, nós temos todas as autoridades que discutem a segurança pública, autoridades que estão atuando no município, envolvendo Justiça, Promotoria, Defensoria, as Polícias, tanto Estaduais como Federais; todos envolvidos na discussão. Tem também uma ação da Estratégia Nacional de Fronteira-ENAFRON agora para 2013, teremos cinco municípios de fronteiras que ganharão – não será recurso que será disputado com os demais Estados, mas um recurso garantido para mais cinco municípios da região de fronteira – um videomonitoramento urbano. Esse recurso previsto para essas cinco cidades da fronteira, nós teremos ainda o videomonitoramento através de leitores de Optical Character Recognition – OCR(s), ou seja, o reconhecimento óptico de caracteres, através onde nós poderemos identificar os veículos que estarão entrando e saindo da cidade, se possuem algum tipo de crime envolvendo aquele veículo; se é roubado ou furtado, ou seja, nos teremos um incremento muito bom para a segurança pública na fiscalização dos veículos. Pág. 5 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Nós sabemos que um dos maiores problemas enfrentados na nossa fronteira são os roubos e furtos de veículos que são levados para o país vizinho e vem em forma de entorpecentes. No convênio 2011 o Estado recebeu em torno de quatro milhões e meio de recursos que foram investidos no GEFRON, foram investidos no Núcleo Regional de Inteligência, que é o C3i, na Polícia Rodoviária Estadual, na POLITEC – na nossa perícia oficial – e com a estruturação do GGI-F. Já temos um nível de 60% desse convênio 2011 já executados. É uma preocupação da Secretaria de Segurança, é uma exigência nacional que os recursos sejam recebidos e devidamente executados. Nós sabemos que a nossa administração pública ainda sofre um pouco com a questão administrativa de execução, mas os recursos do ENAFRON estão sendo muito bem focados para que toda a execução seja feita da melhor forma possível. Ou seja, todo dinheiro que será recebido pela Secretaria de Segurança Pública será devidamente executado. Então, nós temos seis veículos que foram entregues recentemente, as vans da Polícia Rodoviária Estadual, uma Pajero Dakar também da Polícia Rodoviária Estadual, munições, e duas embarcações, que serão entregues posteriormente, ainda esse ano, para o GEFRON. Para 2012 nós temos treze milhões com recursos de seis milhões que já estão depositados na conta da Secretaria de Segurança Pública, que já iniciaremos, e teremos uma reunião amanhã para tratar sobre a execução do recurso 2012, que são os treze milhões que são destinados. Além do que foi falado anteriormente, está sendo destinado também para todas as instituições de segurança que estão operando na fronteira em dez municípios, ou seja, a PM e a Polícia Civil receberão recurso, a POLITEC também, nesses municípios, citando alguns Municípios como Comodoro, Pontes e Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Mirassol d’Oeste, São José dos Quatro Marcos e Cáceres, que estão recebendo esse recurso de 2012 e no início do ano já terão o efeito, o resultado desse recurso, que é um incremento em várias áreas tecnológicas e também estruturais para as polícias. Ali nós temos o valor que já foi depositado, seis milhões que já foram depositados, já está na nossa conta e estão prontos para serem executados. Aqui são os demais municípios e demais Estados de fronteira, são onze Estados de fronteira que receberam o recurso federal. Aqui algumas das aquisições. São fotos da pajero dakar e das vans que foram entregues para policiamento rodoviário estadual. E temos mais recursos destinados para a Polícia Rodoviária Estadual já para 2012. Essas são fotos de alguns equipamentos que serão adquiridos: barco com alta tecnologia para o GEFRON com propulsão hidrojato, com 220 HP, que fará o policiamento na nossa área fluvial, principalmente no Rio , Rio Paraguai, Rio Cuiabá e demais rios da nossa região; equipamentos de visão noturna e de visão termal são de última geração e serão adquiridos com recursos em torno de um milhão de reais envolvendo somente equipamentos de visão noturna. Nós sabemos que na fronteira as coisas acontecem à noite e o policial sofre com a falta de equipamentos adequados para sua atuação nesse período. Então, a visão noturna e a visão

Pág. 6 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) termal farão o suplemento dessa necessidade principalmente para atuação do GEFRON, da Polícia Civil e das demais instituições que estão na nossa fronteira. Essa é uma foto do veículo scan van que é tecnologia de primeiro mundo. Hoje, a Receita Federal já possui esse veículo e representando a Receita num contato anterior que colocou à disposição, também, o veículo scan van das operações integradas feitas pelo GGI Fronteira. O GEFRON está adquirindo dois veículos scan vans que facilitará principalmente a checagem de bagagens, de ônibus e de veículos que circulam na fronteira evitando aquele constrangimento de lidar manualmente com as bagagens. Funciona basicamente como aquela esteira de scanner dos aeroportos. Nós temos alguns investimentos do Estado previstos principalmente para incremento de efetivo, tanto para a Polícia Militar como para a Polícia Civil; incremento para o GEFRON que hoje, também, sofre com a deficiência de efetivo. Com novo concurso público nós teremos novos policiais formados no GEFRON que atuarão diretamente na fronteira, fortalecendo tudo que está sendo feito; tudo que será recebido de equipamentos. Nós temos que ter equipamentos e, também, o homem para que ele possa lidar com esses equipamentos que serão recebidos. Eu quero dizer que a tecnologia que está sendo adquirida, também, vai otimizar o serviço evitando se colocar um número maior de policiais para determinados serviços. Com a tecnologia nós poderemos fazer isso de forma mais adequada. Nós temos o projeto da Delegacia de Fronteira. Inclusive, nós tivemos uma conversa na reunião de ontem com a Drª Alana, que está aqui presente, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. É uma ação, também, da Secretaria de Segurança Pública trazer a Delegacia de Fronteira para cá para trabalhar diretamente na fronteira, juntamente com o que o GEFRON já vem realizando aos moldes do que hoje o DOF faz em Mato Grosso do Sul. Na região de Pontes e Lacerda nós já temos o novo CR, Comando Regional, dando um poder maior de operação à região de fronteira e o C3i que, também, é uma realidade. Hoje, em Cáceres, já possuímos essa estrutura. Está sendo feita toda aquisição de equipamentos. O videomonitoramento - o Prefeito está presente aqui - é uma realidade que já existe na Prefeitura e já está sendo instalado em Cáceres o videomonitoramento. Com a realidade do videomonitoramento nós teremos o um município com poder de vigilância melhor na questão de depredação de prédios públicos, na questão de trânsito, os municípios que possuem o convênio de trânsito. E as Polícias Militar e Civil terão, também, a tecnologia à disposição. Esta é a foto do C3i de Cáceres, que é o Centro de Comando e Controle e Inteligência de Cáceres, que já está operando e futuramente terá as câmeras e os equipamentos tecnológicos de comunicação que serão colocados à disposição da Segurança Pública. Nós temos já garantidos recursos para a radiocomunicação na fronteira, ou seja, para a digitalização de toda fronteira de Mato Grosso, que é uma dificuldade, hoje, enfrentada na ação policial na fronteira. Ou seja, a radiocomunicação é essencial. Ela deve ser de forma, também, integrada por meio da qual a Polícia Militar poderá rapidamente fazer contato com a Polícia Civil, com a Polícia Rodoviária Federal, com o Exército Brasileiro que está presente na fronteira para que as ações sejam mais efetivas. Esse recurso, também, já está previsto. Para este ano já temos um recurso deposito e deveremos iniciar a execução da radiocomunicação, também, este ano. Pág. 7 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Dizer que não constou na apresentação, mas já temos já uma realidade que é a construção do canil de Cáceres. É um canil que tem o cunho integrado, ou seja, todas as instituições de segurança que estão dentro do GGI Fronteira poderão usufruir dessa ferramenta que é o cão que, também, é uma arma muito forte contra o narcotráfico. Essa é a apresentação, hoje, da Secretaria de Segurança Pública, por meio do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira, dos recursos estaduais e federais que estão sendo executados aqui para favorecer a segurança pública e fixar o serviço de segurança na fronteira. Muito obrigado! (PALMAS) O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Finalizando, só em relação à apresentação do Major Rodrigues, esses recursos são iniciais. Nós sabemos que até 2015, ainda, teremos recursos. Então, muita coisa, ainda, está por vir para que possamos estruturar a segurança pública na fronteira. Ele falou muito rapidamente em relação ao GEFRON, do alinhamento que já foi criado por lei, que é Delegacia de Fronteira. Eu quero colocar o que está sendo discutido na Secretaria de Segurança Pública, possivelmente vamos compartilhar e até colocar em discussão essa questão: o projeto que nós temos em relação ao GEFRON... O GEFRON vai continuar como uma ação integrada, ligado à Secretaria de Segurança Pública, mas, além da Delegacia de Fronteira, nós teremos juntamente ao GEFRON, um Batalhão de Fronteira. Ao invés de ser uma ação integrada que a Polícia Civil e a Polícia Militar estarão juntas na mesma coordenação, nós teremos instituições separadas trabalhando de forma integrada. Eu acho que a melhor forma de se integrar é com cada instituição cumprindo com sua atribuição e uma instituição ajudando a outra, porque, às vezes - quem está na prática vê; quem está na prática sabe as dificuldades que temos em relação a isso -, quando você integra o comando tem dificuldade. Então, nós sabemos que cada instituição – e cada instituição sabe quais são as suas atribuições - estando junto... A Delegacia de Fronteira projeta que ela esteja junto ao GEFRON. Ela estando junto a outro segmento da Polícia Militar, que seria u Batalhão de Fronteira que já tem mais ou menos uma estrutura para isso, nós vamos conseguir fazer um trabalho melhor lá. Porque na Delegacia de Fronteira, você terá, além do segmento de investigação, o segmento de inteligência policial; junto ao GEFRON, o segmento de inteligência estratégica. Então, você consegue otimizar melhor o trabalho junto, ali, ao grupo especial de fronteira, mas continua a ser um grupamento integrado ligado à Secretaria de Segurança Pública. Às vezes, quando nós começamos a colocar esse projeto já se falou que vai acabar com o GEFRON. Em momento algum vai se acabar com o GEFRON. Na verdade, nós queremos melhorar o GEFRON, a sua estrutura a sua atuação. Nós vimos aí que está previsto a colocação de mais policiais ao GEFRON. Então, é isso aí. Eu acho que uma das grandes ações que tivemos no Estado, nos últimos anos, foi a criação do Grupo Especial GEFRON, que é uma referência no Brasil, é utilizado como modelo para outros Estados. Estão criando grupamentos de fronteira em outros Estados focados principalmente no nosso Grupo Especial do GEFRON. Então, essa é a melhor forma de atuarmos.

Pág. 8 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Foi colocado aqui, também, a questão dos vídeomonitoramentos que estamos colocando em vários municípios do Estado de Mato Grosso. Eu até conversei com o Dr. Gadioli hoje. Eu vou precisar também do apoio da população, da Prefeitura, das autoridades do município, para criarmos o segmento de inteligência lá em Pontes e Lacerda. Eu já pedi para ele ver um prédio para colocar esse segmento de inteligência, Centro de Comando e Controle, que nós temos em Cáceres, nós teremos o mesmo projeto lá em Pontes e Lacerda. Os equipamentos nós já temos; já temos pessoal qualificado; encaminhamos, inclusive, duas viaturas de inteligência para a Inteligência de Pontes e Lacerda e precisamos ter esse mesmo projeto, que é o projeto onde você tem o CIOSPE, que é o atendimento 190, 193, do Bombeiro ou da Prefeitura. Todos os atendimentos são feitos por ali. Estão previstas as câmeras de vigilância para Pontes e Lacerda, assim como para Comodoro, e também os segmentos de inteligência. São dois segmentos de inteligência, um mais integrado, que é uma inteligência estratégica, que você trabalha com informação, e por meio dessa informação, que recebe e filtra, você direciona suas ações; e o segmento da inteligência policial, que é o segmento muito ligado a Polícia Judiciária Civil, que é a produção de provas. E nós já estamos muito bem preparados com equipamentos para ter esse segmento em Pontes e Lacerda. Então, é isso aí, gente! É mais para colocar essas ações que estamos fazendo na região para que possamos discutir tudo que está sendo feito e tudo que podemos melhorar. Vamos discutir com a população, com as autoridades para que possamos melhorar mais nas ações de segurança pública. Obrigado. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – A importância da nossa Audiência Pública, integrada com a Secretaria de Segurança Pública e o GGI e todo esse staff de Segurança Pública, da área militar e civil, que nós temos no Estado de Mato Grosso, o importante é o que nós vimos aqui: a exposição do ENAFRON, o que nós já temos de recurso em 2011 e estamos tendo em 2012 e a previsão para 2013, que será adquirido equipamentos, viaturas, como foi falado, munições e muito outras coisas para dar mais sustentação e mais condições de trabalho a todos os nossos policiais, principalmente do GEFRON o qual faz esse brilhante trabalho de segurança na área de fronteira. Gostaria de convidar, neste momento, o nosso Deputado Estadual Ezequiel Fonseca para fazer parte da mesa. (PALMAS). Agradeço a presença do Sr. Vicente Manoel, Major Bombeiro da Polícia Militar; do Vereador Divino Marciano da Silva, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Jauru; da imprensa da nossa cidade de Cáceres e região; do Vereador Sinval Rosa da Cunha, Secretário da Câmara Municipal de Jauru; do Sr. Marcinho Lacerda, Presidente do Sindicato Rural dos Produtores de Cáceres e Vereador eleito da cidade de Cáceres; da Srª Valdinira, Vereadora eleita da cidade de Cáceres; dos demais Vereadores, nossos colegas, que chegaram da cidade de Araputanga. Neste momento, passamos a palavra, para deixar a sua mensagem, ao Sr. Geraldo Fernandes Fidelis Neto, Juiz de Direito, representante do Tribunal Regional de Justiça, do GGIF. O SR. GERALDO FERNANDES FIDELIS NETO – Boa-tarde a todos e a todas!

Pág. 9 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Deputados Estaduais Airton Português e Ezequiel Fonseca, parabéns pela ideia de trazer para cá essa discussão, realizar esta Audiência Pública, compartilhando com o GGIF. Em nome de Vossas Excelências, eu cumprimento todos os Parlamentares em atividade e também eleitos dos municípios da Região Oeste de Mato Grosso. Cumprimento, também, o Sr. José Lacerda, representando o Governador do Estado; o Secretário Diógenes Curado, em nome do qual eu cumprimento todos os membros do GGIF; o nosso Prefeito de Cáceres, anfitrião desta cidade em que se realiza este evento; enfim, senhoras e senhores. As Lojas Maçônicas de Cáceres, compartilhando com o pensamento também do Tribunal de Justiça, apresentaram uma ideia ao Governador Silval Barbosa, que a abraçou e hoje está sendo construído um canil para cães farejadores de drogas aqui, em Cáceres, mas que, com certeza, vão atuar em toda fronteira. É de fundamental importância, Secretário Diógenes, que nós tenhamos canis em todas as cidades da região de fronteira: Mirassol d’Oeste, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Araputanga, São José dos Quadro Marcos, enfim, é de fundamental importância essa atuação que está crescendo em Cáceres e Vossa Excelência até mencionou que vai auxiliar na Copa do Mundo. Mas nós, tanto o Tribunal de Justiça como também as quatro Lojas Maçônicas de Cáceres, das três potências, ficamos mal acostumados e discutimos uma ideia importantíssima que estamos buscando, sem dúvida, de maneira sincronizada, inteligente, fechar por baixo a entrada de drogas no Brasil. É bem verdade que quando se discute segurança pública, o início da discussão é de ordem social, sem dúvida nenhuma. Não há como discutir segurança sem abordar a questão social, a linha de pobreza existente, a discrepância. Bem disse o Sr. José Lacerda na última reunião nós queríamos eventualmente ter vizinhos uma Bélgica, um País que fosse muito rico, mas não é assim. Então, a linha de pobreza existente no país vizinho enseja a prática delituosa, mas não adianta nós fecharmos só embaixo, quando sabemos, na verdade, que o nosso espaço aéreo está sendo invadido a toda hora constantemente. Anteontem, se não me engano, caiu um avião em Rosário Oeste, com 400 quilos de cocaína. Isso, lógico, era droga represada. Uma vez que a Operação Ágata estava acontecendo aqui, estavam esperando terminar essa operação. Nós não podemos, até por questão hierárquica, muitas vezes, discutir essas questões publicamente, mas ficamos indignados com o que aconteceu esses dias aqui na região. Nós não queremos uma Operação Ágata por ano, nós queremos uma operação constante e com um investimento constante, sem dúvida. É bem verdade que essa nossa reunião hoje é de se tratar políticas públicas para a segurança. Eu estou trazendo uma questão pontual e até uma idéia, que não é minha, mas sim das três potências maçônicas, das quatro lojas de Cáceres, que foi entregue ao Vice-Presidente da República, das mãos do Governador Silval Barbosa, e se não fosse o trabalho feito pelo Secretário José Lacerda e pelo Governador Silval Barbosa não chegaria às mãos do Vice-Presidente, pelo aparato de segurança, o absurdo que foi causado aqui em Cáceres, de arrepiar, mas, enfim - nem se Pág. 10 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) comente essa situação, pelo amor de Deus -, chegou às mãos dele esse documento, cuja cópia vou entregar à Assembleia Legislativa, em suas mãos, Deputado Airton Português. Esse é o documento das lojas maçônicas para o Vice-Presidente; também para as mãos Secretário Diógenes Curado, que é a cópia do documento entregue, com a assinatura da Vice-Presidência da República, mostrando a importância de instalar seja uma base aérea, seja um destacamento, mas na região de fronteira... (PALMAS) É de fundamental importância que haja a interceptação dessas aeronaves que adentram o território nacional. Nós sabemos a quantidade de aeronaves que passam por aqui e nós não temos como obstar. Para tanto, temos que ter um aparato de segurança que possa fazer essa interceptação. Cáceres tem um aeroporto ocioso. Nós temos que trabalhar com esse aeroporto daqui. Cáceres tem um trabalho magnífico feito pela Justiça Federal. Temos instalado aqui o Ministério Público Federal, um trabalho magnífico também feito pela Polícia Federal, o Exército, a Marinha. Temos que ter a Aeronáutica, sim. Nessa reunião, anteriormente, nós falamos com o Oficial Brigadeiro Maximo Ballatore, da Força Aérea Brasileira, e a opinião, a visão político- militar é totalmente contrária à instalação de base área na região de fronteira. Deixou-nos até magoados, falando que é mais fácil ampliar, Comandante Marinho, a essa estação do Exército aqui do que colocar a base da Aeronáutica na nossa região. Eu perguntei por que, porque realmente é uma questão de deslocamento tático, é perigoso uma eventual guerra daqui a trinta anos, fazerem uma invasão e tomarem a nossa base aérea. Mas a nossa guerra não é daqui a trinta anos, é de agora, é de já. Está aí a demonstração ontem - invasão do nosso espaço aéreo, com cocaína sendo lançada através das aeronaves. Então, eu gostaria de aproveitar esse ensejo e também fazer constar esse pedido no texto desse documento que sempre saí de reuniões como esta esse pedido, que o Poder Judiciário faz coro, mas é feito pelas Lojas Maçônicas de Cáceres. Também, para não deixar sem mencionar, o que também é uma questão pontual - eu até conversei particularmente com o meu amigo e Secretário Diógenes Curado, outro dia, perto do cemitério, perto da cadeia pública feminina -, sobre uma preocupação grande está acontecendo. Ontem à tarde eu entrei na sala de audiência da 1ª Vara, onde estava sendo feita uma audiência pela Drª Graciene e com o Dr. Samuel, o Dr. Samuel está aqui presente, nove audiências em relação a furtos de motocicletas em Cáceres. Com certeza em Mirassol d’Oeste deve ser a mesma coisa, em Araputanga, mas aqui aquela questão da competência, ao retirar aquele destacamento, aquela base do GEFRON do Distrito do Limão, abriu as portas para a bandidagem furtar as nossas motos aqui. E quando falarem de motocicletas para nós, não é um simples meio de transporte; é o ganha-pão de muitas pessoas em Cáceres. Então, é uma questão muito importante para nós discutirmos no GGI-F, por ser integrado, para chamar a competência federal; a PRF, se for o caso, para reinstalar uma base lá para dar segurança a nossa fronteira. Ali naquele entroncamento que dá para as fazendas, porque ninguém vai lá pela Corixá. Eles não são doidos, eles vão pelas fazendas para penetrarem com as motos furtadas e roubadas. Enfim, essas são as ponderações. 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Neste momento, passamos a palavra ao Tenente-Coronel Marinho, Comandante do 2° Batalhão de Fronteira, neste ato representando o Comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General Carlos Alberto Maas. O SR. TENENTE-CORONEL MARINHO – Prefeito Túlio Fontes, Prefeito da cidade de Cáceres, do Município de Cáceres, mais uma vez é um prazer vê-lo. Fazia tempo que não nos víamos, é um prazer pelo apoio, inclusive quero agradecer o apoio prestado a nossa Operação Ágata, de público, por ter ajudado a montar principalmente aquela base aérea temporária, mas bastante efetiva no nosso adestramento. Muito obrigado por aquele apoio que o senhor deu, Sr. Prefeito. Exm° Sr. Deputado Airton Português, muito obrigado pela chamada aqui na mesa; Dr. Diógenes Curado; referenciando os senhores, eu gostaria de saudar todos os integrantes da mesa. Autoridades civis, militares, senhoras e senhores, muito boa-tarde! Gostaria de iniciar aqui com um pequeno apanhado do que foi a Operação Ágata, operação essa que já tinha sido planejada desde o início do ano pelo Ministério da Defesa, executada do dia 1° ao dia 23 de outubro. Efetivamente, as ações militares ocorreram a partir do dia 07, mas desde o dia 1° o pessoal da Força Aérea já se deslocou para a região de Cáceres para montar a base aérea que viria operar um VANT, um Veículo Aéreo Não Tripulado, uma tecnologia nova de bastante interesse para pegar toda essa área passiva que a tropa não consegue acessar com facilidade que nós temos nessa região do Pantanal. Então, tivemos aqui efetivo de quatro Batalhões do Exército; o nosso 44 BI, vizinho da cidade de Cuiabá; o 2° BFRON de Cáceres; dezoito GAC de Rondonópolis e vinte e sete BI Paraquedista lá do Rio de Janeiro; também tivemos a Polícia do Exército e o apoio do Batalhão Logístico de Campo Grande. Nosso efetivo foi de aproximadamente mil e cem militares do Exército. Nós tivemos cento e seis militares da Força Aérea Brasileira e sessenta e oito militares da Marinha do Brasil, mais especificamente do Corpo de Fuzileiros Navais. Foram cento e quarenta e cinco agentes dos órgãos de segurança pública e de fiscalização, um helicóptero, cedido pelo nosso Secretário de Segurança - muito obrigado por esse apoio que foi de muita valia na nossa Operação Ágata - e cães farejadores que foram de muita valia na fiscalização. Aprendemos muito a trabalhar com esses cães farejadores. Um detalhe: esses cães farejadores são tão eficientes que no Rio de Janeiro saiu uma reportagem que estão ameaçando de morte um cão que apreendeu mais de quatrocentos quilos de drogas no Morro do Alemão ou coisa desse tipo.

Pág. 12 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Então, mais uma vez, só por causa desse fato, nós verificamos a pertinência do assunto que é o canil na cidade de Cáceres. Nós tivemos bases espalhadas. O Exército trabalha com a divisão da área que inicialmente é do 2º B Fron. Nós temos de Cáceres a Comodoro é área do 2º B Fron, mas quando existe uma operação desse porte nós conseguimos dividir essa área e aumentar o efetivo na área, que inicialmente é do 2º B Fron, em quatro bases: Cáceres, que ficou por conta 27° BI Paraquedista do Rio de Janeiro (Batalhão de Infantaria Paraquedista); Porto Esperidião, que ficou com o 2º B Fron; Pontes e Lacerda, que ficou com o 18º GAC de Rondonópolis; e Comodoro que ficou com 44º BI de Cuiabá. Nas operações realizadas, toda força que podemos chamar de força-tarefa, não só do Ministério da Defesa, mas de todos os órgãos de Segurança Pública, nós fizemos cerca de 1.800 pontos de bloqueios de estrada. Mais de 1.200 patrulhas tanto a pé, motorizada, aérea e fluvial e duzentos pontos de bloqueios fluviais no Rio Paraguai e no Rio Jauru. Alguns pontos de inteligência nós cobrimos, como pontos de descaminhos, pista de pouso, garimpo e outros. Fizemos algumas apreensões: em dois garimpos ilegais com material apreendido, como bomba, dragas, motores e etc; 20Kg de maconha em Pontes e Lacerda; 50Kg de pasta de cocaína em ; 400Kg de cocaína, com a participação da Delegada Alana, que já foi o rescaldo da Operação. A retenção da operação fez com que a força diversa retivesse o seu material entorpecente e, depois, tentasse passá-lo. Isso já deve ter sido rescaldo da Operação. Vamos dizer assim, isso é uma consequência da Operação. Isso está ligado diretamente à Operação Ágata. E, ainda, quatorze pessoas tiveram auto de prisão em flagrante. Nós podemos aqui levantar, também, algumas características ou alguma coisa que ficou de bom nessa Operação não só para as Forças Armadas, mas para todos os órgãos da Segurança Pública e o trabalho integrado das Forças Armadas com esses órgãos. Primeiramente, o planejamento interforças e interagências. É extremamente necessário! Não é fácil falar a mesma língua, até porque temos ali certa dificuldade, principalmente em material de comando e controle. Então, geralmente verificamos essa dificuldade, mas a boa vontade e a força de interação fazem com que superemos esse trabalho. Isso foi excelente e, cada vez mais, estamos nesses anos nos aprimorando nesse trabalho de planejamento interforça e interagência. O adestramento... Foi interessante a operação real de uma base aérea em Cáceres. Como falou o Dr. Geraldo Fidelis, essa base aérea realmente seria bastante interessante para fazermos esse apoio que o VANT faz com relação à área passiva, mas há outras ingerências em relação a custos e à operacionalidade da Força Aérea que fogem ao nosso controle em termos de operação em uma base área em Cáceres. Mas nós tivemos essa base aérea visando a operação do VANT-Veículo Aéreo Não Tripulado, essa nova tecnologia que é bastante interessante para que possamos cobrir área que a tropa não consegue. A mobilização de tropa de todo o Estado de Mato Grosso, como eu já falei, vieram pessoas de Cuiabá, de Rondonópolis. Só não vieram pessoas de Barra do Garças e Aragarças, porque estão em uma Operação na Reserva, no Nordeste do Estado... É! Já existe um problema nessa terra Pág. 13 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) indígena e o 58º, que seria outra tropa que viria para cá, está nessa terra indígena dando apoio logístico e segurança para que os órgãos de Segurança Pública possam atuar ali. Nós tivemos, também, como aprendizado nessa Operação a mobilização da nossa Força de Ação Rápida, Brigada de Infantaria Paraquedista, que veio atuar no Estado de Mato Grosso e que é para nós um motivo de planejamento, pois, não é fácil trazer um batalhão de paraquedistas para operar aqui, na região de Mato Grosso, com toda mobilização aérea e logística para trazer essa tropa que operou aqui, na cidade de Cáceres. Nós tivemos, também, a ACISO-Ação Cívico Social, com mais ou menos seiscentos atendimentos entre médico e odontológico. Isso foi demonstrar pela vontade do Comandante, do Militar do Oeste, a presença do Estado nessa participação de apoio à população; pelo menos, demonstrar a presença do Estado efetivamente nessa parte tão, como podemos dizer, deficiente que o Estado, ainda, tem de apoio à população fronteiriça. E o Vice-Presidente, pelo VANT principalmente e pela ACISO, ele veio a região de Cáceres para poder fazer a visita e a fiscalização dos trabalhos em cima dessa Ação Cívico-Social e do VANT. E o Vice-Presidente, também, é o chefe do Conselho de Defesa Nacional. Então, esses foram os aprendizados, as consequências e os principais ensinamentos que a Operação Ágata fez e trouxe às Forças Armadas. Eu espero ter, neste pequeno momento, demonstrado a satisfação que tivemos de trabalhar principalmente com os órgãos de Segurança Pública e principalmente com a parte do Executivo Municipal da cidade de Cáceres. Muito obrigado! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Queremos passar a seguinte informação: conforme relatório da Polícia Federal, em 2011 foram apreendidas quatros toneladas e meia de cocaína em nosso Estado; uma tonelada e oitocentos e dez quilos de maconha; quinhentos e trinta e três quilos de pasta básica; setenta e cinco quilos de rachiche. Essa quantidade, conforme a Polícia Federal, representa, apenas, 20% dos que os traficantes trazem da Bolívia e entra no Brasil usando Mato Grosso como rota, principalmente utilização aeronaves. Isso que dizer que em 2011 passaram pelo Estado dezoito toneladas de cocaína entre outras drogas ilícitas. A região Oeste precisa urgentemente da instalação de uma base aérea, como foi relatado pelos antecessores, conforme falou aqui o Dr. Geraldo com grande conhecimento, em Cáceres para dar combate ao narcotráfico. Ontem, dia 29 de outubro - e isso foi anteontem -, por exemplo, um avião com 400 Kg de cocaína passou por Mato Grosso sem ser interceptado por qualquer avião militar, pois, outras bases aéreas, como de Campo Grande e Anápolis, ficam distantes. Por isso, nesta Audiência Pública, eu, como Deputado Estadual, e, também, o nosso colega Deputado Estadual Ezequiel Fonseca estamos nos manifestando aqui e ao seu término coletaremos assinaturas em um abaixo-assinado reivindicando essa base aérea para a nossa cidade de Cáceres, que será encaminhado e assinado por nós, se possível, com a assinatura de todos. Mas, encaminharemos esse abaixo-assinado para a nossa Região Oeste do Estado de Mato Grosso, para todos os segmentos do Estado de Mato Grosso e, depois, a nossa Presidente Dilma Rousseff para dar Pág. 14 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) a mobilização de um movimento popular no Estado de Mato Grosso. Vamos pedir a nossa Presidente essa base aérea que é tão importante para a nossa cidade de Cáceres, para o Estado de Mato Grosso e para o nosso Brasil. Informo que caso haja interesse de alguém da plateia em interpelar o palestrante, poderá fazê-lo com prévia inscrição junto ao Cerimonial, com as nossas colaboradoras que aqui ao lado, estritamente sobre o assunto, conforme preceitua o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, e o interpelado terá três minutos para resposta. Então, se alguém quiser fazer alguma pergunta ou sugestão às pessoas que se encontram participando desta Audiência Pública, hoje, integradas com o GGI, nossa Segurança Pública do Estado de Mato Grosso...(PAUSA) Passo a palavra, para deixar aqui a sua mensagem, ao nosso companheiro Dr. Samuel Frungilo, Promotor de Justiça da nossa cidade de Cáceres. O SR. SAMUEL FRUNGILO – Senhoras, senhores, boa-tarde! Eu gostaria de cumprimentar todas as autoridades aqui presentes na pessoa do Deputado Airton Português, cumprimentando-o pela iniciativa de realizarmos esta Audiência Pública na cidade de Cáceres. Parabéns pela iniciativa, Deputado! Em nome do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, gostaria de apontar algumas dificuldades que nós temos enfrentado na Comarca e que poderão, inclusive, ser endossadas pelos demais presentes. Eu acho que é uma oportunidade trocarmos essas idéias e, inicialmente, endossar, claro, a questão da base aérea, que é uma necessidade. Certamente, nós gostaríamos de dizer da nossa preocupação - já foi adiantado pelo Dr. Geraldo – pelo o grande número de ocorrências relacionadas a roubos na Comarca. Eu estou atuando aqui na área criminal há oito anos e recordo-me que quando cheguei aqui, Secretário Diógenes, nós tínhamos um número muito grande de furtos aqui na Comarca, relacionado ao grande número de drogaditos. Porém, de uns anos para cá nós temos notado que não se tem aportado na Promotoria de Justiça mais furtos, mas, sim, roubos, o popular assalto a mão armada. O número de roubos isso pode ser confirmado por números, por meio da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar. O número de roubos aqui, em Cáceres, nos últimos dois anos aumentou demais. E isso, claro, relacionado à questão da Fronteira, porque essas motocicletas, via de regra, são encaminhadas ao País vizinho e trocadas por entorpecentes. Então, isso tem nos assustado. Como bem disse o Dr. Geraldo, só ontem, na 1ª Vara Criminal, nós tivemos oito ou nove audiências, práticas de roubos, assaltos a mãos armada. Salvo engano, na segunda-feira, nós tivemos aqui, em Cáceres, três roubos de motocicletas. Isso tem realmente nos causado espécie. E não obstante, eu gostaria de elogiar publicamente o trabalho da Polícia Militar em Cáceres frente às dificuldades, uma atuação firme, muitas prisões; elogiar publicamente a Polícia Judiciária Civil, Drª Elizabeth, Dr. Douglas, Drª. Alessandra e os demais Delegados de Polícia que realmente tem selecionado muitos casos. Pág. 15 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Em muitos casos têm se descoberto a autoria, tem sido pedida a prisão ao Judiciário e tem sido decretadas as prisões. Nós tivemos recentemente, pela Polícia Judiciária Civil, a Operação Boca Nervosa, quando foi identificada uma quadrilha que durante um ano efetuou um movimento extraordinário de roubos de veículos em Cáceres e Cuiabá, trocando esses veículos por drogas na Bolívia. Foi identificada, inclusive, a participação de servidor público nessa quadrilha. Então, essa é uma preocupação, Secretário Diógenes, em relação ao número de roubos. Eu acredito que vídeo monitoramento e todos esses investimentos vão contribuir para diminuir isso tudo. Outro ponto que eu gostaria de colocar é que durante o período eleitoral, recentemente, eu e o Dr. Geraldo fizemos algumas diligencias com o apoio da Polícia Militar, de madrugada, à noite, e o que me surpreendeu realmente, salvo engano, foi os policiais militares usaram apenas três viaturas, não muito potentes, não muito adequadas, para atender o município. E eu gostaria de saber o que pode ser feito para incrementar aí o número de viaturas da Polícia Militar? Parece-me que três viaturas não são suficientes para atender a demanda. E, finalmente, em nome da colega Drª Januária, que não pode estar aqui presente, também o Dr. Carlos, Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal, gostaria de pedir à Secretaria de Segurança um incremento na segurança da cadeia pública. Nós tivemos, ontem, uma tentativa de fuga na cadeia e temos tido sucessivos problemas na segurança da cadeia pública local. Isso já é um problema antigo, um problema que vem se arrastando e nós precisamos efetivamente de um incremento na segurança da cadeia. É claro que me parece que em termos de segurança pública o serviço de inteligência é primordial para melhorarmos a segurança pública na fronteira. Mas, com certeza, não melhora a segurança sem o aumento de homens, de mulheres, de armas, de viaturas e não se consegue combater a criminalidade. Parece-me que realmente vai haver um incremento, vídeo monitoramento, transações. Gostaria apenas de pontuar que na visão do Ministério Público esses são os principais problemas aparentemente que nós temos hoje na Comarca. Agradeço a oportunidade de fazer uso da palavra. (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Passo a palavra ao nosso Secretário Diógenes Gomes Curado Filho. O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Agradeço. É muito importante aquilo que o Geraldo Fidelis falou com relação aos problemas que temos aqui e, também, do Ministério Público e do GGIF, principalmente. O GGIF de Fronteira vem para que possamos discutir essas questões e resolve-las. E esta Audiência Pública foi para contextualizar isso para toda população. Eu acredito que o que o senhor falou aqui, a própria população assina embaixo. É uma questão muito complicada, porque é a violência. O furto já é um problema que gera um desconforto à população e roubo muito mais, gera um trauma. Isso não é um problema só de Pág. 16 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Cáceres. Mais um problema que nós temos visto, e não adianta falar que é culpa do sistema penitenciário ou do Judiciário ou quem quer que seja ou das Unidades de Segurança Pública, é o rodízio que temos e vemos dentro das Unidades Prisionais. Realmente a lei dá uma certa abertura em relação aos crimes de menor potencial ofensivo em que o delito ocorre e a pessoa, até por lei – não vamos discutir o mérito dessa questão –, é colocada imediatamente na rua. Então, eu acho que essa é uma questão também que envolve outros fatores, não só a questão de segurança pública, e nós precisamos estar muito atentos a isso. Nós temos procurado - e eu acho que vai ajudar mesmo, a questão da inteligência, a questão do videomonitoramento - diminuir isso. Mas tem outras estratégias que estamos trabalhando, até com o Dr. Douglas, a questão da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, estruturá-la agora com a vinda de novos Delegados, vão chegar novos Delegados aqui para Cáceres e estruturar a Delegacia de Roubos e Furtos, para se ter uma referência em relação a isso. Já fizemos isso em Cuiabá. Cuiabá não tinha. Na cidade de Cuiabá já fazia alguns anos que a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos tinha sido desativada, nós reativamos, assim como a Delegacia de Entorpecentes. Esses setores chaves, como a Delegacia de Entorpecentes, Delegacia em Defesa da Mulher, Delegacia de Roubos e Furtos há necessidade de se ter uma especialização também na parte de investigação. Então, nós já estamos atentos a isso para dar uma melhor solução a essa questão. A questão das viaturas. Depois eu vou conversar com o Coronel Cilso. Eu acredito que seja em relação à Polícia Militar, que é viatura ostensiva, para que nós possamos discutir esse assunto. Se está realmente faltando virão mais viaturas. Nós estamos renovando os nossos contratos de locação de viaturas, vão vir mais viaturas, viaturas melhores. Nós trabalhamos muito isso, nós estamos economizando com viaturas melhores ainda. Então, nós vamos trabalhar a possibilidade de vir mais viaturas, viaturas que possam atender as características do município e também atender a Polícia Militar nesse policiamento ostensivo. A questão da segurança na cadeia, que é um problema não só aqui em Cáceres, mas também em todo o Estado. Nós temos feito um planejamento, isso já de alguns anos, e agora estamos executando. Realmente a profissionalização do segmento do sistema penitenciário talvez seja a chave para isso. Há dois anos atrás nós tínhamos metade dos servidores do sistema penitenciário contratados, hoje são todos servidores. Nós criamos um grupo especial para trabalhar escolta, a guarda de muralha e esse trabalho, essa transição, tem que ser aos poucos. É aquilo que sempre falo, converso com a Polícia Militar, e nós vemos isso também em outras unidades prisionais, para que isso seja transferido aos poucos. Não pode jogar tudo nas costas do Sistema Penitenciário. O Sistema Penitenciário Nacional não é feito por segmento de segurança pública; tudo é feito pelo próprio Sistema Penitenciário. Mas eu acho e vejo, até por conta das estruturas que nós temos nas cadeias e penitenciárias do Estado, que nós precisamos trabalhar melhor essa questão da segurança dentro da unidade prisional. Eu tenho conversado muito com o Secretário Paulo Inácio Dias Lessa, para que possamos fazer um trabalho no sentido de garantir a segurança nas unidades prisionais. Pág. 17 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Cáceres é um grande problema. Nós já tivemos fugas; tivemos agora uma minirrebelião por conta da tentativa de fuga por um túnel, e eu fiquei sabendo disso também. Tem a questão da cadeia feminina, que também é um problema que nós precisamos ter atenção em relação a isso, mas nós temos que trabalhar no sentido de que haja essa segurança também. Eu vejo... É certo que não há como a Polícia Militar sair, pelo menos a curto prazo, das unidades penitenciárias, das unidades do Sistema Penitenciário. Realmente isso o senhor colocou e pontuou com toda razão, porque realmente é um grande problema que nós temos. Agora, essas unidades em que há maiores problemas, como nós tivemos no Pascoal Ramos; como nós tivemos em Rondonópolis, na Mata Grande; como estamos tendo aqui também em Cáceres, tem que ter uma atenção maior. Nós sempre temos conversado com as unidades para que elas tenham atenção em relação à segurança dessas unidades prisionais. O.k.! Obrigado pelas palavras. O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Nós queremos agradecer a presença do Coronel PM Cilson de Oliveira, Comandante-Regional da Polícia Militar da nossa cidade de Cáceres e toda a nossa região; também agradecer a presença do ex-Deputado Estadual, ex- Deputado Federal, ex-Senador e ex-Vice-Governador, Márcio Lacerda, que está participando desta Audiência Pública também. Passarei a palavra, para dar a sua mensagem, ao nosso Prefeito Municipal da cidade de Cáceres, Túlio Fontes. O SR. TÚLIO FONTES – Boa-tarde a todos os senhores e senhoras. De forma muito especial, quero cumprimentar, já parabenizando, o Deputado Airton Português pela iniciativa de trazer para Cáceres esta Audiência Pública. Cumprimento também o nosso amigo Deputado Ezequiel Fonseca; Secretário Diógenes Curado, é uma honra sempre receber Vossa Excelência em Cáceres; nosso Secretário- Chefe da Casa Civil, José Lacerda; Comandante Tenente-Coronel Marinho; Comandante Coronel Cilson Oliveira Silva; Coronel Ildomar Nunes de Macedo e Dr. Geraldo Fernandes Fidelis Neto. Eu quero aproveitar para enaltecer e parabenizar pelo trabalho realizado junto às quatro lojas maçônicas no sentido de preparar com muito cuidado, pensando na cidade, um documento entregue ao Vice-Presidente no sentido de termos uma base aérea permanente no Município de Cáceres, não uma base aérea que seja... Em que pese os avanços do VANT, não, digo, em que pese os avanços da Operação Ágata 6. É lógico, se nós tivermos uma base aérea permanente, não eventualmente, os avanços no que diz respeito aos cuidados com a segurança pública serão bem melhor. Cumprimento também o Dr. Samuel, Promotor de Justiça. Realmente, Dr. Samuel, através do vídeo monitoramento - e nós vimos trabalhando isso há muito tempo, prefeitura e Governo - eu tenho certeza que a situação de furto e de roubos haverá de ser, se não exterminada, digamos assim, em Cáceres, pelo menos diminuída de uma forma bastante significativa. Quero também cumprimentar o Presidente da Câmara, Vereador Antônio Salvador da Silva, e em seu nome todos os vereadores que se encontram presentes e aí eu digo aos vereadores do atual mandato e os vereadores eleitos para o próximo mandato, prefeitos, demais autoridades, senhoras e senhores. Pág. 18 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Antes de tudo, Deputado Airton Português, quero dizer que hoje escutei atentamente as suas palavras no programa na Rádio Club – o Programa do Luizmar Faquini – e em um determinado momento uma pessoa fez uma pergunta a Vossa Excelência dizendo por que ficar tratando dessa questão de segurança, em outras palavras, para ser bem resumido, se o grande problema de Cáceres é basicamente trazer a empresa para gerar emprego e renda?” Eu parabenizo Vossa Excelência, mais uma vez, pela resposta. É lógico que para o empresário vir para Cáceres, para ir para qualquer lugar que seja, vai olhar as condições econômicas, as condições climáticas, dependendo do tipo da empresa, e naturalmente vai olhar as condições de segurança. Quem quer morar; quem quer instalar a sua empresa, o empresário, só se não estiver bem, onde está tendo problemas graves de segurança? Então, eu acho que é ao contrário: a empresa vem, a geração de emprego e renda vem a partir do momento que conseguirmos diminuir, cada vez mais, os ilícitos, Secretário, no nosso querido Município de Cáceres. Eu quero, Dr. Geraldo, parabenizá-lo pelo canil e, ao mesmo tempo – e é o Secretário e logicamente o Governo do Estado -, prestar solidariedade pelo constrangimento que Vossa Excelência sofreu com a vinda do Vice-Presidente até a cidade de Cáceres. Eu estava ao lado, assisti de perto e realmente foi uma situação... Nós até entendemos o lado da segurança do Vice- Presidente; nós entendemos a segurança de uma autoridade de nível nacional, mas eu acho que houve, sim, exagero. Portanto fica aqui registrada a nossa solidariedade e falo isto na condição de cacerense, de seu amigo e Prefeito, porque realmente foi uma situação inusitada que não deve se repetir no meu entendimento. Eu quero dizer que as quatro lojas fizeram, sim, um documento muito bacana, muito importante para que tenhamos uma base aérea permanente em Cáceres, mas quero dizer, também, que desde 2009 a Prefeitura de Cáceres vem lutando para que essa base aérea aconteça no nosso Município. Desde 2009 estamos buscando, sim, o aparelhamento do Aeroporto Nelson Marins Dantas, um aeroporto subutilizado, que perde por poucos metros para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em extensão de pista, que tem uma pista considerada pelos pilotos da própria Aeronáutica como a melhor pista do Centro-Oeste que é nossa. Ela está aqui e pode servir tanto para combate ao narcotráfico, como, também, uma vez aparelhado o aeroporto, para o turismo, para a ZPE e, por que não dizer, para o desenvolvimento de toda a nossa região. Nesse sentido, eu encaminhei, entreguei em mãos melhor dizendo, e conversei... Eu tive a oportunidade de entregar nas mãos do Vice-Presidente Michel Temer - vou encaminhar isso e já comuniquei ao nosso particular amigo Geraldo Fidélis - um documento dizendo o seguinte: Sr. Vice-Presidente, é com grande satisfação que manifestamos o quão honroso é estarmos recebendo Vossa Excelência pela segunda vez em nossa querida Cáceres, a Princesinha do Paraguai. O Município de Cáceres, com duzentos e trinta e quatro anos, uma população de noventa mil habitantes, povo ordeiro e trabalhador, foi escolhido pelo próprio Governo

Pág. 19 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Federal/Ministério do Turismo como um dos sessenta e cinco municípios indutores do turismo no Brasil. Obteve recentemente o tombamento do conjunto arquitetônico urbanístico e paisagístico pelo IPHAN/Ministério da Cultura; é detentor de títulos como no guinness book pelo Festival Internacional de Pesca e, ainda, temos no nosso município 58% - vejam bem, senhores e senhoras - do Pantanal do Estado de Mato Grosso, o que nos autoriza mencionar que o Município de Cáceres ocupa expressiva posição em âmbito do turismo nacional. Mas em que pese a nossa história e as nossas incessantes ações, digo e repito, desde 2009, visando o desenvolvimento do município, não logramos êxito numa demanda essencial, qual seja o aparelhamento do Aeroporto de Cáceres Nelson Martins Dantas, apesar do nosso empenho, conforme comprova os ofícios... E aqui estão citadas três linhas de ofícios que não vou ler por economia de tempo. Ressalto, Sr. Vice-Presidente, que o pleno funcionamento do Aeroporto beneficiará diretamente o turismo, a estruturação, implantação e consolidação da ZPE de Mato Grosso, sediada em Cáceres; o combate ao narcotráfico e a necessária segurança da faixa de fronteira Brasil-Bolívia, sendo que o aeroporto poderá servir, inclusive, como uma base aérea permanente sem prejuízo à aviação civil dentre outros benefícios. Enfim, eu vou ser bem objetivo aqui: Finalmente, ante o exposto, solicitamos a Vossa Excelência que atenda este nosso antigo pleito de ver em pleno funcionamento o Aeroporto Nelson Martins Dantas, uma vez que, com toda certeza, trará desenvolvimento não apenas para Cáceres, etc e etc... Bom, este documento foi entregue com muitos outros, em anexo, ao Vice- Presidente. Nós temos informações, já foi falado aqui, que há vozes contrárias à implantação de uma base aérea permanente em Cáceres. Eu não tenho conhecimento e tenho certeza que não há - estava trocando uma ideia há pouco com o Dr. Geraldo - legislação que impeça a implantação de uma base aérea permanente que, volto a dizer, ajudará a aviação civil e o desenvolvimento como um todo. Feitas essas considerações, eu quero – o Secretário Diógenes Curado saiu e está dando entrevista -, Secretário José Lacerda... “10 de março de 2009, Ofício nº 96...” Obviamente, estamos falando do Governo anterior. ... “Estado de Mato Grosso, Secretaria de Justiça e Segurança Pública...” Eu gostaria que todos prestassem atenção nisto aqui! “Sr. Prefeito, tal, cumprimentos, etc... Comunicar a Vossa Excelência investimentos em equipamentos de aeronáutica em Cáceres superior a sete milhões de dólares onde estaremos aplicando nossas novas aeronaves nas mais variadas missões em apoio à Polícia Federal, Políia Rodoviária Federal, IBAMA, SEMA, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Grupo Especial de Fronteira, Poder Judiciário, Ministério Público e Exercito Brasileiro na execução de operações policiais de combate ao narcotráfico, contrabando, descaminhos e roubos de aeronaves, etc e etc.” Este Ofício é datado de 10 de março de 2009 e assinado pelo Major PM Joel Marcos Coordenador Adjunto do CIOPAer. Pág. 20 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Muito bem, nós temos aqui ofícios a praticamente, eu diria, todos os Parlamentares, especialmente da Bancada Federal, solicitando também no mesmo sentido e para a minha surpresa, eu tomei conhecimento em Brasília, na ANAC, o porquê os investimentos não aconteciam em Cáceres, em que pese o Ofício do próprio Governo do Estado dizendo da necessidade, sim, em força, em conjunto com todas as forças citadas, do aparelhamento do aeroporto, Secretário José Lacerda, Deputado Ezequiel Fonseca, Deputado Airton Português. Ofício ao Sr. Anderson Ribeiro Correa, Superintendente de Infraestrutura Aeroportuária, já saiu, certamente, Agência Nacional de Aviação e tal. E neste documento o próprio Governo do Estado de Mato Grosso colocando Matupá, Juara, Canarana, , Colíder, , etc., etc., como prioridade para investimentos nos aeroportos. Este é o plano bienal, ou seja, ao mesmo tempo em que é prioridade, não é prioridade. Este documento eu busquei em Brasília. Tive a oportunidade de conversar há pouco sobre ele com o Secretário José Lacerda. Ele acaba de me reportar que este documento é para novos aeroportos e que atualmente já consta no Plano Bienal a inserção de Cáceres para fins de investimentos no aeroporto. Eu tenho certeza que Vossa Excelência e o Governo do Estado de Mato Grosso, Silval Barbosa, se fizer isso nós estaremos seguramente dando um grande salto para o desenvolvimento de toda nossa região. Para não me alongar muito, eu quero dizer a todos os senhores que é triste termos um aeroporto com uma pista dessas, que custou tanto e tanto dinheiro público, subutilizada há tanto tempo. Mais triste ainda é ver, não o atual Governador... Aqui tem um verdadeiro dossiê: “Governador reivindica novo aeroporto para Mato Grosso”. Oras, se a Copa é do Pantanal, então ela é de Cáceres, pois cinquenta e oito por cento do Pantanal estão em Cáceres. Eu sou bairrista mesmo, está bem claro, e vou continuar sendo. Desculpem-me até a maneira de falar, mas esta Audiência Pública é justamente para falarmos, com todo respeito, o que vem acontecendo. Eu quero aqui cumprimentar o Dr. José Lacerda, porque, pelo que e disse há pouco, já houve a inserção de Cáceres no Plano. E eu tenho certeza que ele está falando exatamente o que está acontecendo, porque a luta para aparelhamento deste aeroporto é antiga. Esta luta precisava sim, Dr. Geraldo, do apoio das Lojas Maçônicas e de toda sociedade organizada de Cáceres. Eu quero dizer, para não cometer injustiça, que tem documentos aqui, também, assinados por todos os Vereadores da Câmara Municipal de Cáceres solicitando, junto comigo, o aparelhamento do aeroporto. Enfim, agradeço a atenção e cumprimento todos que estão nesta Audiência Pública. Inclusive, comentei há pouco que é difícil fazer Audiência Pública ainda mais quando você vem discutir. Embora seja assunto de vital importância para as pessoas, mas nem todos entendem a importância de uma Audiência Pública como esta. Por isso, mais uma vez, meus agradecimentos em nome da população, Deputado Airton Português. Cumprimento obviamente a Assembleia Legislativa como um todo e peço licença, porque estamos vivendo um momento de transição democrática como há muito não havia em Pág. 21 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Cáceres e neste momento estão me aguardando para dar sequência à Equipe de transição para o Prefeito eleito Francis Maris Cruz. Portanto, meus cumprimentos às autoridades e a todos que estão aqui e têm vontade de ver realmente a nossa cidade cada vez melhor. Muito obrigado felicidades. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Queremos agradecer a todos que se inscreveram para falar, fazer intervenções com perguntas e sugestões, mas pedimos que seja o mais rápido possível pelo adiantado da hora. Convido para fazer uso da palavra, neste momento, o Sr. Antônio Luís, Diretor da TV Record e Rádio Continental de Pontes e Lacerda. O SR. ANTÔNIO LUÍS – Boa-tarde a todos! Em nome do Deputado Airton Português, Presidente desta Audiência Pública, eu quero cumprimentar os demais componentes da mesa e todo público presente. Nós estamos numa região de fronteira em Pontes e Lacerda e ontem nós assistimos e quem assistiu ao Programa Cadeia Neles hoje em rede estadual pode ver a tranquilidade, o desafio das quadrilhas especializadas que têm agido com muita tranquilidade no Estado de Mato Grosso, especificamente contra algumas agências bancárias. E ontem, quando acompanhávamos o assalto em Comodoro, observamos que as quadrilhas permaneceram dentro da agência por aproximadamente uma hora e vinte minutos, tempo suficiente de repente para que uma aeronave como esta da base, que está sendo solicitada aqui, chegasse com uma resposta mais eficiente. Nós acompanhamos que o assalto se encerrou, os elementos evadiram-se do centro da cidade e depois disso que chegou, portanto, uma aeronave em Comodoro. E a pergunta que nós queremos fazer aqui é a seguinte: Por que de repente não temos um helicóptero agindo aqui na região com base, portanto, em Porto Esperidião, não somente em Cáceres, como o Prefeito Túlio Fontes solicita? Mas se nós tivéssemos uma ação de uma aeronave mais próxima aqui para dar um apoio mais eficiente à Polícia Militar. Essa pergunta eu faço ao Secretário Diógenes Curado. O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Obrigado. O plano de trabalho da aquisição da aeronave era também utilizar aqui nesta fronteira, e nós a utilizamos muito na fronteira. Inclusive, na Operação Ágata ela foi utilizada totalmente aqui e ela tem feito várias ações na fronteira. Com a questão de uma ação que está sendo feita lá em Marcelândia, que é um assalto também, nós estamos há mais de 20 dias lá, tivemos que direcionar aeronaves para lá. E outro problema que nós tivemos ali na região do Araguaia nós não tivemos condições de fazer o planejamento que fazemos todo mês de direcionar essas aeronaves em pontos estratégicos no Estado. Mas a aeronave fica muito aqui até por conta do plano de trabalho dela aqui da nossa fronteira. Há previsão de realmente ter um heliponto em Porto Espiridião para que possamos ter uma estrutura melhor para a atividade aérea aqui na região oeste. Eu acho que é estratégico. É importante que tenhamos isso. Nós estamos já finalizando a aquisição de um avião que transporte tropa, que vai realmente ajudar, porque ele vai conseguir transportar dez policiais de imediato.

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A minha pergunta é de prazo: em quanto tempo os senhores podem conseguir trazer isso para nossa região? O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Com a palavra o Exm° Sr. Diógenes Gomes Curado Filho. O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Obrigado pela pergunta. Nós vemos o quanto será benéfico trazer esse canil para Cáceres, não será só para Cáceres, mas para a região - eu acho que daqui vai radiar para outros municípios. O que acontece? O canil é integrado. Todas as forças vão trabalhar ali: Polícia Federal, o próprio Exército, vão fazer o convênio, a Polícia Rodoviária Federal, além das unidades de segurança pública do Estado que é: Polícia Civil, Polícia Militar e o próprio Bombeiro. Então, nesse projeto você treina o policial e o cão também, e se pode criar pequenos canis nos outros municípios. Ele vai radiar! É um projeto que beneficiará Cáceres, mas beneficiará toda a região, inclusive, até foi citado, a Copa do Mundo. Nós começaremos a treinar os policiais e os cães para a Copa do Mundo aqui em Cáceres. A previsão é de até o final do ano esse canil de Cáceres estar pronto. E também através dos recursos do ENAFRON nós estamos adquirindo viaturas, ambulâncias e equipamentos para suprirmos a estrutura desse canil e podermos trabalhar também em recurso posterior - conforme a necessidade das instituições e também o pleito da população, igual você fez aqui -, a estruturação de canis também em outros municípios, como: Pontes e Lacerda, Araputanga, ou qualquer outro município em que a população defina. Nós temos os gabinetes de gestão integrada para poder discutir essa questão do município, que define se realmente querem recurso em relação a esse determinado segmento. Então, realmente é um fator muito positivo, logo, logo, nós já começaremos a utilizá-lo. Eu, até pelo meu trabalho, porque já executei, fui agente da Polícia Federal, já fiz várias operações aqui na fronteira utilizando cães, como foi utilizado aqui na Operação Ágata, realmente traz um resultado muito positivo, muito positivo, porque o cão descobre a droga, ajuda inclusive nas revistas, tirar um pouco o impacto e aquela questão que a população às vezes não gosta que faça revista, ajuda nesse tipo de trabalho. Essa é uma coisa que beneficiará muito a região aqui. Obrigado! O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Neste momento passamos a palavra também, para sugestão e pergunta, ao nosso Vereador eleito Márcio Lacerda. O SR. MÁRCIO LACERDA – Quero cumprimentar o Deputado Airton Português pela iniciativa, em nome da Assembleia Legislativa; o Deputado Ezequiel Fonseca e autoridades. Quero parabenizar os cidadãos, autoridades civis e militares pela presença. Quero fazer dois questionamentos, Secretário: um seria em relação à Guarda Municipal. Quais seriam as colaborações nesse conjunto de ações de combate ao narcotráfico, principalmente nas cidades de fronteira? Posso falar em nome da nossa da nossa cidade de Cáceres, Pág. 24 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) que é eminentemente turística, porque um dos quesitos básicos para um cidadão escolher um ponto turístico para viajar seria a segurança da sua família. Pela experiência do senhor em relação à Várzea Grande, por um exemplo, que tem a Guarda Municipal, qual a importância dessa entidade, vamos dizer, dentro desse conjunto de ações integradas? A outra seria em relação à questão das empresas que estão cuidando da instalação do videomonitoramento dos municípios. É uma empresa só que cuida de... É uma empresa especializada que cuida desse trabalho? Qual seria o prazo aqui para o Município de Cáceres? Como está o andamento? Gostaria que dessem essas informações. Obrigado! O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Obrigado pela pergunta. Vamos falar sobre Guarda Municipal, até porque nós temos um projeto e podemos falar em relação ao que já está sendo feito na Baixada Cuiabana. Em Várzea Grande tem a Guarda Municipal e em Cuiabá tem os chamados “amarelinhos”, que é um segmento um pouco parecido também, mexe mais com questão de trânsito, mas também ajuda. É essencial e eu vejo aqui que não tem como, a Prefeitura terá que trabalhar junto conosco ali no chamado C3I-Centro de Comando e Controle e Inteligência do Interior para nos dar um apoio nisso aí. A Guarda Municipal tem um fator muito importante, além da questão patrimonial, também nessas ações em escolas que podem ser feitas por meio de convênio, junto às unidades de Segurança Pública: Polícia Militar ou a própria Polícia Judiciária Civil, para apoiar na questão das drogas dentro das escolas. É um fator muito importante seguirem as orientações os alunos, nas guardas desses projetos de segurança dentro das escolas. Nós temos o Pacto de Enfrentamento às Drogas que tem várias ações e o município pode aderir a esse Pacto dentro da ação que achar mais interessante. Então, nós necessitamos e muito do apoio do município nessas ações de segurança pública, principalmente nesses fatores que vemos como importantes. Os videomonitoramentos de Cuiabá e de Várzea Grande são feitos praticamente pelos Amarelinhos de Cuiabá e pela Guarda Municipal de Várzea Grande, juntamente com outros policiais, porque nós vemos o trânsito, que seria atribuição principalmente do Município e da Guarda Municipal, mas, também, pode-se trabalhar trânsito e segurança nesse videomonitoramento. Eu não tenho como dizer, mas sei que está terminando a execução do videomonitoramento, quero fazer um trabalho e, ainda, tenho que conversar com o Governo - nessa questão da manutenção. Nós já temos experiência de câmeras de vigilância que foram adquiridas e a questão da manutenção é o grande problema. Foi a de Rondonópolis! Não houve um trabalho, uma estratégia, com relação à manutenção, mas há um prazo para isso, até porque há as garantias. Depois, as câmeras de vigilância quebraram e, de certo, demorou-se para fazer a manutenção e ficou o município devendo em relação a essa questão. Então, eu quero trabalhar essa questão de manutenção dentro do projeto para todo o Estado para que o mesmo, por meio de convênios com os municípios, faça a manutenção das câmeras de vigilância para que possamos ter a imagem de todas as câmeras por vinte e quatro horas. Pág. 25 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Nós trabalhamos um sistema um pouco diferente em Cuiabá que é o de locação de câmera de vigilância. Na verdade, não se loca câmera de vigilância, mas, sim, a imagem. Não temos nenhum problema em relação a essas câmeras de vigilância, porque a empresa só recebe se fornecer as imagens. Aqui o sistema é diferente! Tem que ser feito, porque é por meio de convênio. Então, precisamos trabalhar e muito essa questão da manutenção. Então, essa é a resposta que tenho para lhe dar. O SR. MÁRCIO LACERDA – Eu agradeeço, Secretário! Só para complementar, em relação à Guarda Municipal nós ouvimos - e assumirei a Câmara, agora, a partir de janeiro - que os municípios sofrem muito com a arrecadação. Eu quero saber se tem dentro da formatação desses municípios que já têm atuação uma parceria com o Governo Federal, com o Governo Estadual, por exemplo, para subsidiar essa organização. Quer dizer, na montagem da organização está presente a participação em termos financeiro dos Governos Federal e Estadual? O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Há muitas linhas de créditos para a Guarda Municipal, inclusive, há um grande projeto da Secretaria Nacional de Segurança Pública. A Guarda Municipal, dentro do que está previsto na Constituição, não é uma unidade de Segurança Pública, mas de apoio. Tanto que no Conselho Nacional de Segurança Pública, que é o Federal que nós temos, nós temos o Presidente do Colégio Nacional dos Secretários e, também, o Presidente das Associações das Guardas Municipais com o mesmo peso no voto das deliberações que são feitas ali. Então, realmente, vemos que é uma questão que o Governo Federal coloca como essencial às atividades de Segurança Pública. Eu sei que tem e se tem que trabalhar principalmente por meio do GGI Municipal. O GGI Municipal... Às vezes, não temos a dimensão da ferramenta que isso é de benefício com relação à Segurança Pública. Então, temos que trabalhar em cima dos projetos junto ao GGI Municipal para que faça a intermediação junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública para buscar recursos. Nós podemos fazer, também, convênios com o município para capacitação e várias outras sanções que podem beneficiar o município tanto na área de atribuição da Guarda Municipal quanto na área de Segurança Pública. Nesse caso é o que eu digo: uma mão lava a outra. Então, realmente, pode beneficiar os dois lados da questão. O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Convido para fazer a sua pergunta ou sugestão, o Sr. Orivaldo Gonçalves, ex-Delegado da cidade de Cáceres, Diretor do Presídio e muitas outras coisas na área de Segurança. O SR. ORIVALDO GONÇALVES – Eu quero, em nome do nosso Deputado Ezequiel Fonseca, agradecer pelo convite para estar aqui, hoje. Se não fosse por ele, eu não estaria aqui.

Pág. 26 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Em seu nome, também, quero parabenizar toda a mesa de honra que aqui está; o nosso José Lacerda, amigo de muitos anos, hoje, representando o Governo do Estado aqui como Secretário; Dr. Diógenes Curado, Secretário de Estado, ilustre Policial Federal, também. Quero agradecer, também, todo o pessoal que está presente que milita na Segurança Pública e aqueles que não militam. Eu quero dizer uma coisa para vocês: a Polícia no nosso País é uma das mais organizadas que tem no mundo. Ela utiliza de duas instituições policiais: a Civil e a Militar. A Polícia Militar é responsável pela ação preventiva. É o que eu vi hoje. Todas essas ações, a maioria dessas ações, são preventivas. A Polícia Civil é responsável pelas investigações policiais. São essas investigações que vêm ao encontro do povo, que vêm dar ao povo a resposta por um crime, por um furto de bicicleta, de moto. E nós estamos sofrendo aqui, em Cáceres. Não só em Caçares, mas em todo o nosso Estado. O Promotor acabou de falar sobre isso! A Polícia Civil confecciona a peça investigatória e a manda ao representante do Ministério Público. Há algumas peças investigatórias, pessoal, que vão de duzentas a trezentas páginas até chegar ao autor do fato e ser apresentada ao Ministério Público para que ele ofereça denúncia e o Juiz condene ou não. Eu estou vendo isto aqui e analisando. É uma beleza! Isso é um sonho, Secretário! Um sonho! Há muitos policiais antigos aqui que podem falar por mim que isso é um sonho, uma maravilha. Tanta verba sendo mandada para a nossa região, com uma estrutura tão grande e o nosso povo sofrendo. Por quê? Porque se você vai a uma delegacia, hoje, Deputado Airton Português, não encontra ninguém. Não tem gente para trabalhar, não tem gente para investigar. Onde está o pessoal da Polícia Civil? Os investigadores? Você vai lá e há um de plantão e um escrivão fazendo BO. Às vezes, precisamos falar certas coisas e, às vezes, as nossas autoridades têm que ouvir. Eu sofri muito na minha vida! Eu trabalhei trinta e três anos na Segurança Pública. Fui Delegado Regional aqui, em Cáceres, por cinco anos e se nesses cinco anos foram furtados aqui dez veículos... Não foram! Naquela época, não tinha isso que está tendo, hoje, aqui, em Cáceres. Não tinha! Outra coisa que não tinha, também: você ia à cadeia, naquela época, tinha de oitenta a noventa presos somente, aquela cadeia que, hoje, é a cadeia feminina que estão querendo inaugurar. Se você perguntasse dentro do presídio, daquela cadeia: quem é de Cáceres? De noventa pessoas, se tivessem três ou quatro, era muito. Hoje, você vai a um presídio; hoje, você vai a um cadeião, a maioria dos nossos jovens, filho de filho de Cáceres, está presa lá, Dr. Diógenes Curado. A mudança foi muito grande! Hoje, quando você vai ao cadeião vê os nossos meninos, os filhos da nossa comunidade lá. Hoje já são 30%, 40% deles lá. Nós temos que acabar com isso, mas antes temos que melhorar certas situações dentro da segurança. Uma delas é a seguinte: a Polícia Militar pratica ação Pág. 27 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) preventiva, a Polícia Civil a investigação... O nosso Governador há muito tempo vem aprimorando a Polícia Militar, dando-lhe condições. Eu elogio o trabalho excelente que a Polícia Militar faz e tem que ser feito isso mesmo. O nosso Comandante aqui está fazendo um trabalho por excelência na nossa cidade, desde quando ele assumiu falei isso. Mas nós precisamos também, Secretário, não esquecer da Polícia Civil. Por exemplo, se é roubada a sua carteira ali na Rodoviária, só depois das sete horas vai encontrar um policial civil de plantão. Não tem equipe nenhuma para sair atrás se o senhor precisar. Nós precisamos mandar esse recado para o nosso Governador, Sr. José Lacerda, para que aprimore também a nossa Polícia Civil, pois não temos uma equipe em Cáceres para trabalhar. Se tiver equipe tem que tirar do serviço hoje, trabalhar amanhã, retornar ao serviço depois. Se eu estiver mentindo, o Delegado Regional pode usar da palavra. É verdade! Ele não pode falar nada, mas eu posso e estou falando como cidadão. Aprimore a Polícia Civil para melhorar não só as condições de Cáceres, mas as condições de Araputanga, Mirassol d’Oeste, enfim, de toda região. Sabe quem sente com isso? São os nossos prefeitos, os nossos vereadores, Salvador, o nosso povo que às vezes vai registrar uma queixa ou às vezes o bandido está dentro de casa liga para a Delegacia e o tem ninguém. Tem que ter na Polícia Militar, mas tem que ter na Polícia Civil também. E outra parte muito mais importante: quem soluciona os crimes, Promotor? Quem manda para o senhor as informações, as testemunhas para dar condições ao senhor fazer a denúncia? É a peça investigatória que é feita por um Delegado de Polícia e vários Investigadores e um Escrivão de Polícia. Tem que ser aprimorado também! Não pode ficar do jeito que está! Essa é a minha fala. (PALMAS). A SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Agradeço e passamos a palavra ao nosso Secretário de Estado. O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Obrigado pelas palavras. Falta de policial civil, com certeza; policial militar também; Bombeiro; Promotor; Juiz; Secretário. Se tivessem mais dois ou três Secretários de Segurança Pública, também, seria bom. Eu quero falar de quem trabalhou dezoito anos como Agente de Polícia Federal, outro tanto como Delegado de Polícia Federal, o policial vive na diversidade e quem achar que não pode procurar outra profissão para fazer, porque ele sempre trabalha na diversidade. O que nós temos procurado além de fazer as inclusões, e nós fazemos inclusões. Só de escrivães investigadores, no ano passado, foram quatrocentos e estamos colocando agora, no final do próximo mês, sessenta e sete Delegados. Não vou entrar no mérito, aqui, e nem na discussão porque não é o objetivo qual que vai mais nem qual que vai menos. Nós procuramos investir. Mas em relação a isso, com certeza, o policial vive na diversidade, ele trabalha e tem que trabalhar muito. Eu trabalhei muitos anos na atividade operacional. Trabalhei em operações da DRE, todo dia dava um flagrante; depois fui Chefe da Delegacia, conduzia quinhentos inquéritos não só de entorpecentes, mas eleitoral, previdenciário.

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A SRª VALDENIRIA DUTRA FERREIRA – Deputado Airton Português, em seu nome cumprimento todos da mesa; e Coronel Cilson, em seu nome cumprimento todos os militares e civis presentes. Deputado Airton Português, primeiramente eu quero agradecer Vossa Excelência. Esta não é a primeira e espero que não seja a última Audiência Pública feita em nosso Município de Cáceres. Quero agradecer ao Juiz, Dr. Geraldo Fidelis e as Lojas Maçônicas, porque pela primeira vez eu ouvi essas solicitações - primeira vez - e olha que eu sempre atuo em quase todos os acontecimentos do nosso Município de Cáceres. Parabéns e muito obrigado, Dr. Geraldo! Quero agradecer o Dr. Samuel, Promotor, pelas suas reivindicações, pelas suas palavras. Aproveitando, eu vim para fazer três reivindicações aos representantes do Governo do Estado, principalmente, Deputado Airton Português, a Vossa Excelência e a todos os Deputados da Assembleia Legislativa. Eu faço minhas palavras a solicitação do Promotor, Dr. Samuel, sobre a cadeia pública de Cáceres, que já é uma reivindicação antiga e é lamentável a situação que ela se encontra. Dr. Geraldo Fidelis, muito obrigado mais uma vez por Vossa Excelência dizer aqui sobre o que vem acontecendo, que é o roubo de motos dentro do nosso Município de Cáceres. Eu quero fazer uma sugestão e uma solicitação, Deputado: que Vossas Excelências avaliem com urgência o retorno da patrulha fixa do GEFRON após a Ponte do Limão, porque, infelizmente, a criminalidade no roubo de motos no Município de Cáceres é muito grande. O problema, Secretário, não é só o roubo de motos, além de roubarem, eles estão batendo, espancando, atirando por nada em nossos filhos e em nossos companheiros dentro da nossa cidade de Cáceres. Faz-se na nossa cidade vizinha de San Matias a encomenda de dez motos. Nós ficamos sabendo, escutamos nas redondezas e, de repente, começa a roubalheira. Eu quero parabenizar o Coronel Cilson aqui, pelo trabalho que vem fazendo dentro das possibilidades, não só ele como a Polícia Civil também, que com o pouco efetivo que tem vem tentando impedir. Mas eu quero pedir encarecidamente que vocês analisem e nos ajudem nesse ponto. Quando o GEFRON estava fixo não tinha essa facilidade. Hoje a facilidade é muito grande. Eles pegam uma moto aqui, a Polícia Rodoviária é na frente, tem várias localidades que eles entram, fora, por dentro do mato e sai lá na ponte do Limão. Como tem o GEFRON lá, facilita eles entrarem na Bolívia. Queria pedir que vocês analisassem com carinho também. Pág. 31 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) E, Deputado, também queria pedir aos senhores outra coisa. A Polícia Ambiental de Cáceres vem trabalhando não só em defesa do meio ambiente, ela atua também em defesa de toda a criminalidade. Ela trabalha em conjunto com a Polícia Militar e tem feito um grande trabalho, mas eu queria que Vossas Excelências vissem e dessem condições de trabalho para eles que têm o mínimo de condições. Deputado, até queria convidá-lo se nós pudéssemos fazer uma visita lá na Polícia Ambiental, junto com o Coronel Cilson, que tem dado o maior apoio dentro das possibilidades dele. Então, eu queria que Vossas Excelências analisassem e também ajudassem a nossa Polícia Ambiental aqui de Cáceres. Essas são as minhas reivindicações. Obrigado pela presença de vocês. A partir de 1° de janeiro estarei novamente na Câmara Municipal, com certeza vocês me verão direto lá na Assembleia Legislativa e no Secretariado do Estado de Mato Grosso. Cobrar é comigo mesmo. Obrigado, gente! (PALMAS) O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Gente, eu quero falar sobre o Limão. Por que a polícia saiu de lá? Há cerca de um ano, mais ou menos, teve uma grande reportagem a nível nacional numa grande rede de televisão que mostrou os postos que nós tínhamos do GEFRON. Mostrou vários postos que temos, todos arrumadinhos, bonitinhos, bem instalados. Quando terminou eu cheguei ao local para poder fazer uma entrevista, não se falou nada sobre os postos que estavam arrumados, criticou-se a instalação do Posto Limão. Ali é uma BR e nós precisamos de uma autorização para construir. Nós tínhamos um projeto e tudo e até hoje não conseguimos isso. Na verdade a atribuição do Limão seria à Polícia Rodoviária Federal, porque é uma BR. Então, tem condição? Tem. Mas é difícil fazer essa vigilância ali sem ter convênio e nas condições que os policiais estavam lá realmente não tinha condição de deixarmos a situação do jeito que estava. Então, definimos estrategicamente. Nós temos um posto no Corixa, que é do INDEA, os policiais estão lá nesse posto e como temos essa capacidade, porque temos equipamento, temos viaturas, estamos fazendo as patrulhas volantes. Aquele trabalho que nós fazíamos ali no Limão realmente era bom porque trazia uma garantia. Está lá uma unidade da polícia boa, igual ao GEFRON, trabalhando, mas nas condições que estava, estrategicamente definimos que é melhor fazer por patrulhas volantes. Nós estamos, agora, com a Polícia Rodoviária Estadual que dará apoio a isso, inclusive, com bases móveis. Eu vou colocar caso haja esse entendimento com a Polícia Rodoviária Federal, mas principalmente, como temos várias MTs na nossa fronteira, darão apoio ao GEFRON, também, nas MTs. Então, é isso! Eu acho que, talvez, haja a necessidade desse entendimento do Governo Federal com o Governo Estadual no sentido de: vamos fazer esse projeto? Podemos colocar, mas vamos construir uma boa base lá, porque do jeito que está, de zinco, como estava construído, fica difícil colocarmos policiais para trabalharem ali. Ok? Obrigado! Pág. 32 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Passemos a última pergunta, do Sr. Washington Cançado, representante do Lions Club . O SR. WASHINGTON CANÇADO – Boa-tarde a todos! Deputado Airton Português, eu quero cumprimentá-lo por esta iniciativa. Em nome da mesa, eu quero que o José Lacerda Esteves de Lacerda Filho e o Deputado Estadual me permitam, cumprimentar em seus nomes todas as autoridades da mesa. Inicialmente, Deputado, eu quero colocar que temos dois ícones aqui, em Cáceres, que, pelo menos nos trinta anos que estou aqui, conhecem essa fronteira de cima para baixo, de baixo para cima, para lá e para cá, estudando, que são o Secretário José Esteves de Lacerda Filho e o Senador Márcio Lacerda. Esses dois realmente entendem de fronteira e, com certeza, a palavra e o conhecimento dos dois poderão alterar o resultado desta grande reunião. Mas eu gostaria de falar e fiquei preocupado, porque, também, no passado, na contribuição que fizemos juntamente com o Secretário José Esteves de Lacerda Filho e o Senador Márcio Lacerda, também, numa programação, talvez parecida, criamos a Polícia Florestal. A Polícia Florestal foi criada aqui, em Cáceres, por meio dos companheiros Secretário José Esteves de Lacerda Filho e do Senador Márcio Lacerda. Na época, estávamos empenhados e buscávamos resolver, também, os problemas de fronteira, mas tínhamos uma preocupação exatamente com esse planejamento. Eu quero falar do Gabinete de Gestão Integrada. Nesse planejamento que foi colocado eu vi muito o quê? A atividade meio. Foram compradas seis caminhonetes; foram compradas... São números expressivos! Caminhonete boa, como pajero... Então, são coisas boas! Mas eu queria dar destaque ao homem fardado; eu queria dar destaque à pessoa, porque eu tive a experiência de sair da fase de planejador e fui... Por incrível que pareça, tinha uma fazenda na fronteira e estou há vinte e sete anos com uma fazenda na fronteira. Ora, o que eu passei nesse tempo, nessa estrada, para ir para minha fazenda, Secretário, não foi fácil! Eu enfrentei pessoas fardadas que não sabia o limite do corte. Então, nós tivemos assim... Eu vou fornecer um dado: como um carro do GEFRON pode parar próximo a uma cerca de fazenda, e uma pessoa retirar uma arma, ameaçar o cidadão que está a cavalo dizendo que ele estava transportando cocaína? Isso aconteceu! Como um grupo do GEFRON pode afrontar um cidadão de bem dizendo, com uma chave de fenda batendo no carro dele, assim: “O barulho não está bom. Se o meu chefe mandar, nem que eu gaste três dias vou desmanchar este carro todinho, mas vou achar o que tem aí”, por que ele não foi com a cara do cidadão; por outras coisas que aconteceram? Então, eu vejo dentro desse tratamento que estão abordando quero aqui fazer uma crítica construtiva: eu pediria ao nobre Secretário que desse uma atenção nesse planejamento e colocasse as atividades de educação, de promoção, de salário, de cidadão para essas pessoas que ficam na ponta para que os cidadãos de bem possam ir e vir com segurança. No primeiro momento, tivemos uma parceria que achávamos que seria a melhor coisa do mundo, mas, no segundo momento, estamos no inferno, porque não confiamos mais. Então, Pág. 33 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) vamos ter uma parceria onde teremos coisas boas. Para termos coisas boas precisamos ter educação na fronteira; precisamos ter educação com esses policiais que estão aí e vão fazer o front . Obviamente, ele tem que discernir entre aquele do mau, porque, muitas vezes, ele fala que não tem esse discernimento. Mas ele tem que saber discernir o que está de mau. Ele tem que ver qual externalidade terá no momento que não o afetará com relação ao seu trabalho. Essa externalidade que eu falo é um recurso financeiro, uma quantidade de entorpecente ou qualquer coisa que o afetará no geral. Nós sabemos que se num saco de laranja houver uma podre poderá apodrecer muito mais laranjas. Eu sei, também, que os militares cortam na carne. Eles cortam na carne! Muitas vezes, vemos o próprio GEFRON... O GEFRON já mandou trinta pessoas embora, soldados, sargentos e vem mandando. Nós sabemos que nem todos são iguais, mas eu acho que se nós prepararmos essas pessoas; se dermos um descanso; se dermos bastante treinamento, educação, salário bom, elas sabem que vão trabalhar melhor. Ele sabe que tem uma família que está esperando-o em casa, então, fará tudo para voltar para essa família. Então, eu gostaria, numa critica construtiva e positiva, de abrir aquele leque orçamentário e tirar um pouco daquele recurso para o cidadão que está naquela farda para que possa, cada vez mais, ser um soldado melhor, um cabo, um sargento, um tenente, ou seja, para seja uma pessoa melhor, para que tenha um tratamento melhor, para que durante toda essa penúria que nós temos ele seja um cidadão de confiança e que tenhamos toda a parceria que nós desejamos com esse grupo. Muito obrigado! (PALMAS) O SR. DIÓGENES GOMES CURADO FILHO – Obrigado, Sr. Washington, pela contribuição. Eu acho que é importante até falarmos sobre esse assunto. Às vezes, eu recebo reclamações em relação às unidades. É o que o senhor falou: às vezes, uma maçã podre ele leva o cesto todo a um problema. Então, quando o fato ocorre... Se estiver ocorrendo esses fatos... Quando eu recebo muitas reclamações nós procuramos retirar a pessoa, porque a cara da instituição é o seu atendimento. A instituição, a pessoa que está fazendo atendimento ao cidadão, se ele faz um bom atendimento, fica na instituição para o cidadão. É a cara que o cidadão terá com relação à instituição. Então, há a necessidade no caso que há excesso que a população vá e faça a denúncia. Tem que fazer mesmo! Em relação a investimento, salários, já fizemos acordo com o Governo, todas as instituições, e fechamos até 2014. Nós temos várias ações ligadas à questão da qualidade de vida, mas quanto à capacitação e à educação, do que o senhor falou, estão previstos tanto investimento do ENAFRON quanto investimento do próprio Governo. No entanto, é muito bom o seu registro, porque eu acho que é uma questão que as instituições, o GEFRON - estamos aqui representando o GEFRON - também converse com a tropa, peça que faça um bom atendimento. Quando eu estava na Polícia Federal, eu falava: o setor mais importante que tem na Polícia Federal é o plantão, é o que faz o primeiro atendimento. O cidadão que chega ali, às vezes, Pág. 34 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) estressado quer um atendimento bom e qualificado, precisa ser bem recebido para que aquele cidadão tenha bons olhos com relação àquela instituição. Isto vale para qualquer instituição, GEFRON, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário. Todas as instituições são iguais e por isso tem que ser dessa forma mesmo. Então, fica aqui o registro. Muito obrigado pela contribuição com relação a isso. O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Passo a palavra ao Deputado Ezequiel Fonseca. O SR. EZEQUIEL FONSECA – Deputado Airton Português, que preside esta Audiência Pública; Sr. Secretário-Chefe da Casa Civil, Dr. José Esteves de Lacerda Filho, que é desta cidade e hoje tem uma função especial no Governo Silval Barbosa; Dr. Diógnes Gomes Curado Filho, que há muito tempo vem lutando e trabalhando em defesa da segurança deste Estado; o representante do Exército Brasileiro que comandou a Operação Ágata 6, no mês de outubro, junto com o Presidente em exercício da República, Michel Temer; todos os representantes do Ministério Público Estadual e Federal; meu amigo desta região, o Juiz de Direito desta Comarca, Dr. Geraldo Fidelis; Polícia Civil; Polícia Militar; meu amigo e ex-Delegado Orivaldo; Dr. Douglas, que é Delegado Regional; amigos que vejo aqui da EMPAER; Vereadores, futuros Vereadores. Eu quero cumprimentar todos aqui em nome do Tony, do Município de Araputanga, o Lucas, o Pedro Bigode. Cumprimento os Prefeitos eleitos de São José dos Quatro Marcos, Carlos Bianchi; de Araputanga, Cidney Salomé; de Jauru; Reserva do Cabaçal, Nivaldo, enfim, toda região aqui presente. Gostaria de parabenizá-lo, Deputado Airton Português, pela mobilização que Vossa Excelência fez para discutir esse assunto que é relevante na nossa região. Agradeço aqui, também, a presença do pessoal de Mirassol d’Oeste, que vejo aqui a nossa Vereadora... Dr. Diógenes Curado, com todas as dificuldades que estamos vendo aqui, cada pessoa que fala demonstra a necessidade em cada área, mas que o GGI venha até a população, às regiões e coloque toda sua retaguarda para discutir os problemas e para dizer que quer fazer mais e melhor. Porém, os problemas são muitos. Como o senhor pode ver aqui, cada hora um problema novo. A Valdenira falou aqui da questão do GEFRON que foi retirado lá da fronteira. Não sabe o senhor a diferença que fez a retirada daquele pessoal da fronteira. E o senhor explicou: “Olha, essa rodovia é federal e nós não podemos construir.” Eu sei da dificuldade, acompanhei todo esse processo, mas é difícil explicar isso para as pessoas que moram aqui. Ora, o cidadão não consegue compreender se nós temos o problema; se antes resolvia; se era bom, e, de repente, por um problema que não é do Estado, que é da União, que não pode construir... Olha, é difícil de compreender esse tipo de dificuldade que nós enfrentamos aqui na fronteira. Como se não bastasse a Base Aérea que nós estamos discutindo... E aqui eu quero Pág. 35 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) aproveitar para dizer do constrangimento do nosso companheiro, Juiz de Direito desta Comarca, Dr. Geraldo, na vinda do nosso Vice-Presidente e pedir - não sei quem coordenou, não foi o pessoal aqui, de Cáceres, e nem de Cuiabá – para tomar mais cuidado com isso... O Dr. Geraldo, além de uma autoridade, é uma pessoa, um cidadão cacerense, brasileiro, que contribui com a defesa, com a segurança, Dr. José Lacerda, deste município. Então, como Deputado, gostaria de pedir desculpas ao senhor, porque estávamos juntos e vimos o acontecimento, mas, também, não tivemos a oportunidade de resolvê-lo. E eu quero agradecer a presença de vocês que estão aqui, pessoas que estão entrando agora na política, muitos com muita vontade de ajudar a resolver os problemas da região. Eu vejo o Lucas que conheci ainda criança e hoje, aqui, preocupado com o problema da fronteira. Eu já estou aqui há trinta anos; outros já estão há muito mais tempo e as coisas vão acontecendo, o tempo vai passando e nós ficamos acreditando. Quando deparamos, por exemplo, com um movimento igual ao que tivemos aqui com a presença do nosso Vice-Presidente. Nós pensamos: está resolvido o problema! Aí a coisa vai mais um tempo, vai outro... Está melhorando? Está. Vagarosamente? Está. Mas nós estamos precisamos que essas coisas comecem realmente a acontecer de uma vez por todas. E aí, Secretário José Lacerda, não apenas dizer que falei exatamente da questão da segurança, mas o Comitê de Fronteira, que o senhor vai falar daqui a pouco, nós sabemos que o problema está na produção desta região; na qualidade de vida das pessoas que estão nesta área de fronteira, que são aí 30% do território brasileiro, que são 10 países, 11 Estados, 17 mil quilômetros e que precisamos cobrar realmente do Governo Federal um posicionamento mais claro. E por meio desta Audiência Pública, Deputado Airton Português, que Vossa Excelência requereu e tem a possibilidade de discutir é que nós podemos realmente avançar. Às vezes, vocês podem estar pensando. “Mas é um negócio chato, é um negócio que não avança.” Não. Vagarosamente, as coisas vão andando. Outro dia, estávamos discutindo, eu, o Deputado Airton Português e o Deputado Dr. Antônio Azambuja, o curso de medicina para esta região, que foi uma luta, mas já é uma realidade. O Dr. Geraldo lutou muito pela implantação do canil, já tem a Ordem de Serviço. Então, nós esperamos realmente que possamos ir avançando, avançando... E aí, Sr. Diógenes, nós temos problemas de todas as ordens, desde a base aérea que nós queremos até o médico legista para a nossa região que nós não temos. Não tem em Pontes e Lacerda, não tem em Araputanga, não tem em São José dos Quatro Marcos e nós temos, muitas vezes, que desaguar aqui, em Cáceres. Nós temos o problema aqui que não é de segurança, mas é de segurança. Amanhã será lançado aqui a vacinação de combate à Febre Aftosa e muitas vezes nós temos que avançar além da fronteira para defender o nosso território. Então, são esses movimentos, são essas cobranças, são esses problemas que nós temos que realmente numa Audiência Pública vocês se sentirem à vontade para colocar aos representantes do Governo.

Pág. 36 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Nós temos aqui nesta região, e eu coloco como maior problema para o desenvolvimento, o problema fundiário da região de fronteira. Como a minha região vai se desenvolver se não tenho sequer o documento da minha terra, se não mando naquilo que dei a minha vida? Ora, colocamos lá em Mato Grosso do Sul, o Deputado Airton Português estava, o Dr. Alexandre estava, como prioridade do Comitê de Fronteira, uma varredura fundiária na questão de fronteira, que, diga-se de passagem, não é apenas o problema de Mato Grosso, mas dos onze Estados, porque estivemos reunidos no Paraná, em Foz do Iguaçu, e todos reclamavam numa boca só que o grande problema também é fundiário, que as pessoas não têm coragem de fazer os seus investimentos na fronteira porque ele não é dono, e talvez tenha uma vida inteira dedicada àquilo e de repente não é dono da sua terra. Então, tudo isso são valores que foram colocados, muito bem colocado aqui pelo Washington Cançado toda essa questão da educação. Exato, a educação é a base fundamental. Nós discutimos numa Audiência Pública também outro dia onde estava o Coronel Batista, que está aqui, que é da Polícia de Trânsito, que o que mais mata nos últimos tempos, mais do que as guerras, é o trânsito violento. Por quê? Pela educação no trânsito que talvez nós temos que melhorar. Então, meus queridos amigos, muito obrigado pela presença nesta Audiência Pública e que nós possamos sair daqui sempre lembrando que é preciso participar das reuniões, é preciso vir aqui à frente e colocar às autoridades o que vocês estão sentindo, porque as Audiências Públicas são para isso. Na semana que vem, Secretário José Lacerda, esta região estará se mobilizando também, desde Jauru, passando por Mirassol d’Oeste, Araputanga, São José dos Quatro Marcos, Indiavaí e Figueirópolis d’Oeste pela questão das estradas, estradas que estão esburacadas, estradas que não têm acostamento. É questão de segurança de fronteira? É questão de segurança de fronteira, porque nós também estamos passando aqui. Nós estamos na fronteira e nós realmente precisamos dizer o que é que nós sentimos, qual é o nosso problema, o que nós queremos e aí, respeitando as autoridades, como está acontecendo aqui, mas que possamos levar ao conhecimento de quem quer que seja, os problemas que nós temos, seja ele qual for e esta é uma grande oportunidade. Mais uma vez agradeço aqui a presença das autoridades aqui na nossa região, agradeço ao Deputado Airton Português, deixo aqui um abraço ao Deputado Dr. Antônio Azambuja, que não pode estar presente, porque nós estamos também numa grande discussão junto com o Governo do Estado, fechando mais um ano. E vocês todos sabem das dificuldades econômicas que se encontra não apenas o Estado, mas também as Prefeituras, vocês que estão entrando agora, Prefeitos e Vereadores, sabem das dificuldades que estamos tendo e precisamos realmente, ajudar para que o Governo de Mato Grosso possa fechar o ano, os municípios também possam fechar o ano e possamos iniciar o ano de 2013 com fé, coragem e determinação, esperançosos que a nossa região possa melhorar cada vez mais. Parabéns, Deputado Airton Português! Muito obrigado (PALMAS).

Pág. 37 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Obrigado, Deputado Ezequiel Fonseca. Só uma correção, correção não, um aditivo, um adendo às palavras do Deputado Ezequiel Fonseca: que os nossos prefeitos e o nosso Governador fechem o ano com as contas pagas, que é importante para todos nós mato-grossenses. Com a palavra o Dr. Freire, Delegado da Polícia Federal da cidade de Cáceres, para deixar a sua mensagem. O SR. JESSÉ JAMES RODRIGUES FREIRE – Primeiramente, em nome da mesa, através do Deputado Airton Português, quero agradecer a oportunidade da palavra. Em seu nome cumprimento todos os presentes e a sociedade civil em geral. O que quero colocar é o trabalho da Polícia Federal aqui na região de fronteira. Estou aqui há praticamente dois anos a frente da Coordenação de “Operação Sentinela” no Mato Grosso e quero externar a colaboração do Dr. Diógenes, a administração dele perante a Secretaria de Estado de Segurança Pública, e do Dr. Alexandre Bustamante, em vários trabalhos que foram realizados pela Polícia Federal aqui dentro do Estado. Eu acho que ficou bem claro para todos que esse trabalho é árduo, as dificuldades são imensas, mas precisa a união de esforços - e posso dizer que todas as instituições presentes, de uma forma ou de outra, sempre colaboraram com as atividades da Polícia Federal - essa união é importante. Em que pese o nosso esforço ser muito e o efetivo da Polícia Federal aqui na cidade ser pequeno, nós procuramos focar o grande traficante. Por quê? O grande traficante é aquela pessoa que explora aquela região do Estado e não tem compromisso com o desenvolvimento da região. Então, o investimento que a sociedade civil de Mato Grosso pretende ver é aquele investimento permanente, e não aquele fundado, baseado no crime que é provisório e que não leva a sociedade ao desenvolvimento. Então, em nome da Polícia Federal, eu gostaria de agradecer o Dr. Diógenes Curado e o Dr. Alexandre Bustamante, que sempre contribuíram com as operações da Polícia Federal quanto as demandas que o nosso efetivo aqui não foi capaz de atender a necessidade do esforço. Meu muito obrigado. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) –Passarei a palavra ao nosso amigo e companheiro, ex-Deputado e agora Secretário-Chefe da Casa Civil, que é da nossa região, neste momento também representando o nosso Governador Silval Barbosa, para fazer uso da palavra, o Sr. José Esteves de Lacerda Filho. O SR. JOSÉ ESTEVES DE LACERDA FILHO – Deputado Airton Português, representando a Assembleia Legislativa; Deputado Ezequiel Fonseca; Dr. Diógenes Gomes Curado Filho, Secretário de Segurança Pública; Coronel Ildomar Nunes Macedo, Secretário-Chefe da Casa Militar; Major Wankley Correa Rodrigues, Secretário Executivo do Gabinete de Gestão Integrada do GGI-F; Tenente-Coronel Henrique da Silva Marinho, Comandante do 2° Batalhão de Fronteira, neste ato representando o Comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General Carlos Pág. 38 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Alberto Maas; Prefeito Túlio Fontes, que se ausentou, em nome dele eu cumprimento todos os Prefeitos; Vereador Antônio Salvador da Silva, Presidente da Câmara Municipal, em seu nome cumprimento todos os Srs. Vereadores; Dr. Geraldo Fernandes Fidelis Neto, Juiz de Direito representando o Tribunal de Justiça; Daniel Luz Martins de Carvalho, Procuradoria da República; Dr. Samuel Frungilo, Promotor de Justiça; Dr. Jesse Freire, Delegado Federal; senhoras, senhores e demais autoridades presentes, em nome do Governador Silval Barbosa trago um abraço ao Deputado Airton Português e a Assembleia Legislativa por esta iniciativa e também ao Dr. Diógenes Curado, que também coordena todo esse trabalho em parceria com todas as instituições de segurança, da Justiça e do Ministério Público neste Estado. Farei aqui um breve relato. Sei que todos estão cansados, mas não posso perder uma oportunidade como esta de ter um volume representativo de pessoas, com cérebros tão iluminados como têm e que podem dar uma grande contribuição para o nosso Estado, especialmente nessa questão da fronteira. A nossa faixa de fronteira é de 100 quilômetros de largura. Nós temos 15.719 quilômetros de extensão em todo o Brasil; onze unidades da Federação; divisa com dez países e dez milhões de brasileiros vivendo na faixa de fronteira. Em Mato Grosso são 28 municípios; 479 mil habitantes; uma extensão de 983 quilômetros na divisa de Mato Grosso. Eu quero chamar atenção de que Estado estamos falando? Nós estamos falando do Centro Geodésico da América do Sul, que é Mato Grosso, com uma extensão de 903.329Km²; uma população de, apenas, três milhões e trinta e três mil habitantes; uma área urbana de 519Km²; 141 municípios; densidade demográfica de 3,36 habitantes por Km²; expectativa de vida de 73,7 anos; o IDH na média do Estado é de 0796; analfabetismo estamos com 10,2%, ainda, e em Mato Grosso estão abaixo da linha da pobreza aproximadamente 174.000 mil habitantes. De 1º de janeiro de 2011 até agora nós tiramos 83.000 mil pessoas da linha da pobreza pelo Programa “Brasil sem Miséria” e Programa “Mato Grosso sem Miséria”, consorciado com o Programa “Panela Cheia” e com a participação de toda sociedade, mas, ainda, temos um número representativo. Eu quero mostrar especificamente a faixa de fronteira: no Município de , onde o agronegócio e a economia são fortes, nós temos 4% da taxa de pobreza; em , que faz parte da faixa de fronteira, nós temos 21% do índice de pobreza; em Cáceres, nós temos 7%. Taxa de analfabetismo: em Campos de Júlio, temos 6%; em Cáceres, temos 10%; em Porto Estrela, temos 25%. O aumento da renda domiciliar... Antes vou mostrar alguns dados do nosso crescimento econômico: Mato Grosso, hoje, produz 934,8 milhões de toneladas de plumas; girassol, 49 milhões de toneladas de plumas, primeiro produtor do Brasil; avicultura, 41 milhões de aves; bovinos, 28,7 milhões de animais, primeiro rebanho bovino do Brasil; milho, 7,6 milhões de toneladas; soja, 20,35 milhões de toneladas, primeiro produtor de soja do Brasil com 30% da produção nacional; suínos, 2,1 milhões de animais; e ovinos, 549,5 mil cabeças de animais. Nós estamos falando de uma produção... Pág. 39 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Quando pegamos uma população de 3,33 milhões; uma produção de soja de 24 milhões e um rebanho bovino de 28 milhões, nós estamos falando de um PIB representativo. E vamos para o aumento da renda domiciliar per capita de 2001 a 2009: os 20% mais pobres cresceram a sua renda em 68,3%; os 10% mais ricos cresceram sua renda em 6,8%. Significa... Produto Interno Bruto: em 2003, tínhamos 27,889; em 2011, 64,299. Abertura de empresas em Mato Grosso: de 2003 a 2011 foram 110.378 empresas. Embarque no nosso aeroporto: nós tínhamos, em 2006, Dr. Geraldo Fidelis, 931.451 embarques. Isso em 2006! Em 2011, 2 milhões e 600 mil embarques. Quando nós descemos para a fronteira não representa aqui para nós esse desenvolvimento econômico como qualidade de vida para a nossa sociedade. Nós estamos falando de uma fronteira com um trabalho extraordinário que está sendo feito por todos os setores de segurança: pelo Ministério Público Estadual e Federal, pelo Poder Judiciário Estadual e Federal e por todos os instrumentos de segurança que nós temos do Governo Federal e o Governo do Estado. No entanto, continuamos com um aumento na criminalidade. Eu quero mostrar aqui: área indispensável à segurança nacional; visão de fronteira; defesa da soberania e do território; atividades ilícitas: narcotráfico, contrabando, descaminho, tráfico de pessoa, biopirataria. Daqui, de Cáceres, estão saindo plantas medicinais e pássaros, daqui, do Pantanal. O imaginário das pessoas em nível de mundo e em nível de Brasil: isso representa problemas, risco, insegurança jurídica e vazio demográfico. É importante ressaltar que nesse cenário de risco, de insegurança e de criminalidade nós temos o crescimento da tensão e exclusão social, o entrave ao desenvolvimento econômico-sustentável da Nação e da região. O surgimento da violência:... Eu vi aqui o nosso Promotor colocando esse crescimento e isso, sem dúvida nenhuma, tem essa contribuição. Consequentemente, fica prejudicada a formação de capital social e físico e o fluxo de investimentos interno e externo. A fronteira e reestruturação: o que nós devemos pensar? Nós precisamos ter uma mudança de conceito. A fronteira até hoje foi tida como área de risco. Enquanto a Europa está discutindo o Parlamento único, moeda única, nós ainda estamos discutindo visto em passaporte. Eu vou dar um exemplo doméstico nosso aqui: Nós temos um aeroporto e como não é internacionalizado ainda, foi montado para ser internacionalizado, foi entregue para a Prefeitura iluminado, podia se fazer operação noturna, mas, infelizmente, isso acabou não acontecendo e hoje perdeu até a iluminação. San Matias como não tem um aeroporto também internacional, um cidadão de bem, narcotraficante não precisa autorização, bandido não precisa de porte de arma, um cidadão de bem para se deslocar numa atividade comercial daqui a San Matias tem que pegar o seu avião, ir a Campo Grande; de Campo Grande ir a Santa Cruz de la Sierra e de Santa Cruz de la Sierra ele voltar

Pág. 40 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) para San Matias. Para andar esses oitenta quilômetros, Excelências, em linha reta, ele tem que percorrer quase mil e seiscentos quilômetros. São pontos de estrangulamentos que nós temos no nosso crescimento econômico para dar qualidade de vida para quem mora na fronteira. Eu posso dizer isso porque eu nasci na cidade de Cáceres, nasci e me criei aqui, vivo aqui até hoje, então eu sei o que é viver na fronteira, porque hoje estou com sessenta anos de idade e sei o que foi, o que é e o que pode ser. Na mudança de concepção, nós temos que entender que esse é um espaço integrado sobre o qual se deve orientar as estratégias de desenvolvimento por meio de ações conjuntas entre países vizinhos. Existe muita crítica em relação ao vínculo econômico e da participação dos dois Países. Infelizmente, nós temos tratado muito a integração só com a questão econômica, nós não estamos tratando a integração com a questão cultural, com a questão educacional, com a questão científica e tecnológica. Nós estamos tratando muito só na parte econômica. Quem trata só na parte econômica sofre a seguinte consequência: se a Bolívia compra arroz de Mato Grosso, a hora que ela Bolívia parar de comprar o arroz, produzir o arroz lá, eles param de comprar e acabou o relacionamento econômico. O cultural ou científico, este é permanente; o educacional, este é permanente. Isto nós estamos fazendo muito pouco e precisaríamos aprofundar nessa questão. Mudança de concepção, desenvolvimento como estratégia prioritária para soberania brasileira integração continental. Eu tenho discutido no Comitê de Fronteira, que estou presidindo hoje e que foi criado pelo Governo do Estado, que nós precisamos melhorar a qualidade de vida do cidadão na fronteira. Há uma necessidade. A pobreza acaba contribuindo para que essas pessoas sejam usadas como inocentes úteis pelas pessoas de má-fé, pelos narcotraficantes, e nós precisamos gerar aqui, na fronteira, uma condição de ter atividade econômica regular. Aqui na fronteira de Mato Grosso, em Cáceres, divisa de San Mathias, nós não temos uma alfândega; nós não temos um posto do Banco do Brasil; nós não temos um posto do Ministério da Agricultura para qualquer cidadão que venha com qualquer produto para que ele possa tributar lá na fronteira. Nós estamos tratando isso com esses órgãos da Receita Federal, o Banco do Brasil, Ministério da Agricultura, para conseguirmos montar essa possibilidade de desenvolvimento econômico como tem em Porto Soares, Foz do Iguaçu, Ponta Porã. E muitas vezes o cidadão faz uma compra e está acima de sua cota do mercado formiga, que é o mercado de consumo, e quando ele passa não tem onde tributar. Então, ele vai ser penalizado, com certeza, porque está descumprindo a lei, está acima da cota. Nisso, com certeza, ele vai ser penalizado. Então, Deputado, eu acho que nós temos que fazer uma inversão que permita superar o espaço problema verso espaço pleno de oportunidades. Nós precisamos transformar essa fronteira nossa como um espaço de oportunidade. Sendo espaço de oportunidade, nós vamos levar atividade econômica e, com certeza, a fiscalização vai ser muito maior. Isso vai combater a atividade irregular: o crime, o narcotráfico, o contrabando. Todo esse tipo de processo será combatido porque vai ter uma fiscalização muito mais ativa nessa região da fronteira. Pág. 41 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Eu dou um exemplo da importância dessa integração nossa com a Bolívia, que muitos discordam: Nós fizemos uma parceria com o Governo boliviano, em 1986, com o Governo do Estado e passamos a fazer... Cáceres e a região da fronteira inteira não podiam exportar carne, porque não eram área isenta de aftosa. Nós começamos essa parceria com a Bolívia. A Bolívia hoje é área isenta de combate da aftosa. Santa Cruz foi declarada há 3 anos área isenta de aftosa e hoje Mato Grosso é exportador de carne. A hora que a Bolívia resolver parar de fazer a vacina de aftosa lá, Mato Grosso perde a condição de exportadora de carne, seus 28 milhões de cabeça acabam sendo prejudicados. Então, vocês vejam a importância que nós temos de aprofundar essa integração econômica, cultural, social e também de segurança pública com o nosso País vizinho. Mato Grosso tem feito a sua parte por meio do Governo Federal, do Governo do Estado; todas as nossas instituições têm feito a nossa parte, mas nós precisamos, e eu quero sugerir isso... Eu sei que as instituições de segurança têm esta ligação internacional, mas nós precisamos aprofundar o vínculo de amizade e de comunicação mais próxima com a nossa cidade vizinha, que é a Bolívia, para que eles nos passem as informações e colaborem mais com essa área de segurança aqui com o nosso Estado. Eu não vou ser longo, Deputado Airton Português, porque eu sei que todo mundo está cansado. Eu quero só dizer qual é o nosso papel no Comitê de Fronteira, que é uma determinação do Governador Silval Barbosa para a minha pessoa para que eu faça esse trabalho com os 28 municípios, as Secretarias de Estado e com os setores de segurança pública. As fronteiras no passado tinham uma característica puramente geopolítica. Na atualidade acrescentam-se novas roupagens com fortíssimo caráter econômico, cultural e estratégico do ponto de vista das novas logísticas regionais. O mundo se globalizou. Não é possível que aqui não vamos nos globalizar. Essa globalização é uma necessidade, é fundamental para o desenvolvimento de todos os municípios que nós temos aqui na fronteira, que só na região são 22 e que compõem a fronteira do Mato Grosso com a Bolívia são 28. Eu quero fazer um fazer um pedido aos Prefeitos e aos Vereadores que assumem agora a partir de janeiro os municípios - estão aqui o Sr. Salomé, Prefeito de Araputanga, o Prefeito de São José dos Quatro Marcos e outros Prefeitos. Nós precisamos dar uma importância maior para a política internacional em nosso Estado, especialmente em nossa região. O Estado de Mato Grosso contribuiu em 2011 com 34% do PIB Nacional na área do grande negócio. Mato Grosso exporta 70% de tudo que produz e sofremos porque temos esse crescimento econômico com a chamada Lei Kandir. Nós deveríamos estar recebendo em contrapartida, com a Lei Kandir, aproximadamente oitocentos milhões de reais por ano e estamos recebendo de devolução com a metodologia adotada apenas duzentos milhões de reais, mas contribuímos com a Lei Kandir nas exportações com dois bilhões de reais de isenção tributária para o nosso Estado. Isso é uma lei federal e nós temos que cumprir. O Governo Federal tem feito várias isenções, liberou a CIDE agora e mais dois tributos. Só que os municípios, especialmente os nossos de fronteira, passam a cada hora a assumir mais responsabilidades. Pág. 42 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Então, quero aqui parabenizar o Deputado Airton Português por essa iniciativa, quero parabenizar a todas instituições que se fizeram presentes e quero parabenizar especialmente o Procurador da República, o nosso Promotor, a Polícia Federal e o Exército pela iniciativa de estar participando desses atos públicos e sociais. Eu acho que isso é fundamental, até para que possamos ter uma integração maior com a sociedade e para poder inclusive ter um avanço maior no nosso convívio, porque o trabalho que todos nós desenvolvemos tem um objeto, que é o cidadão lá na ponta. Nós precisamos de qualidade de vida aqui na fronteira. Nós precisamos melhorar a qualidade de vida na nossa fronteira dos nossos municípios. Qualquer cidadão que queira pode ir à fronteira, seja do lado colombiano, seja do lado brasileiro e vai ver a pobreza que existe, vai ver se alguma daquelas pessoas que vivem aquela pobreza se eles estão vulneráveis ou não para serem usados como inocentes úteis pelos traficantes e por outros que usam atividade clandestina. Não vou me alongar, mas quero dizer que precisamos retomar a nossa navegação, é uma necessidade; nós precisamos agora melhorar essa integração econômica e cultural com os países vizinhos. Estamos implantando a nossa Zona de Processamento de Exportação. Há vinte e quatro anos que foi discutida essa ideia aqui. Infelizmente, Deputado Ezequiel Fonseca, o Governo Federal suspendeu a lei e nós ficamos vinte e três anos sem poder implantar a Zona de Processamento de Exportação, em nenhum lugar do Brasil. Quando o então Presidente Lula assumiu o Governo aqueles Estados que tinham solicitado a implantação da ZPE, voltaram à atividade com o então Presidente Lula e com a Presidente Dilma Rousseff e hoje toda a legislação está pronta. E na ZPE de Cáceres já foi aprovada o seu EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental); o seu plano diretor está aprovado; a área já está limpa, em frente a Escola Técnica Federal; o alfandegamento já foi protocolado na Receita Federal e eles devem estar liberando essa aprovação, provavelmente até o final do mês de novembro; a empresa está pronta, concebida, que é a Assessoria de Pesquisa, Estratégia e Gestão da Qualidade - ASPEQ; o imóvel de duzentos e quarenta hectares já está incorporado na empresa, que foi uma doação do Governo do Estado de Mato Grosso com contrapartida, porque ele acionista da ASPEQ; temos dezoito pedidos de industrias que já protocolaram o seu pedido para fazer o estudo socioeconômico, algumas delas vamos implantar e outras não. Cáceres foi declarada como cidade irmã, por um Decreto Federal em 2009 - de 2009 é o Decreto, se não me falhe a memória agora o número -; Cáceres e San Matias já foram declaradas cidades irmãs. Nesse projeto que está tramitando agora em Brasília - que está sendo aprovado em Brasília, que está com o apoio dos Deputados: Ezequiel Fonseca, Airton Português, de toda nossa Bancada Estadual e Federal, dos nossos Senadores, do Senador Cidinho, do Governador do Estado, da Prefeitura de Cáceres, o Prefeito novo que já esteve em Brasília correndo atrás disso -, nós poderemos também montar também os nossos free shoppings aqui.

Pág. 43 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) Então, o que nós precisamos é ver como é que trataremos essa questão. Quando fui Deputado há alguns anos, em 1986, e tive a oportunidade de ter sido Chefe da Casa Civil também em 1988, naquela época, como Deputado Constituinte do Estado, colocamos um dispositivo na Constituição do Estado que é o dinheiro com que vive a nossa Universidade Estadual de Mato Grosso-UNEMAT. Este ano ela trabalhou com cento e sessenta e oito milhões de reais e, com a criação da faculdade de medicina, o ano que vem já estamos colocando duzentos milhões de reais no orçamento da UNEMAT. A UNEMAT pode dar um papel extraordinário, uma contribuição extraordinária para a nossa cidade nesse processo de integração. Tive oportunidade também de criar a Fundação de Amparo à Pesquisa, Ciência e Tecnologia, a FAPEMAT, que também está disponível para fazer esse trabalho. Eu acredito que há a necessidade de fazermos um trabalho em conjunto, aproveitando as instituições que temos constituídas aqui em Cáceres, e o Exército pode dar uma grande contribuição para a nossa prefeitura, só que ela precisa demandar, não só para a Prefeitura de Cáceres, mas prefeituras da região, assim como todos os Poderes que estão constituídos aqui, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, todos podem dar uma grande contribuição - acredito que é hora de unirmos -, os Poderes Públicos Municipal, Estadual e Federal, com a sociedade civil organizada, como tem dado aqui a maçonaria, o Rotary , o Lions , todas essas instituições, as igrejas têm dado uma grande contribuição de fazermos uma grande campanha de combate à pobreza, de eliminação do analfabetismo e de melhoria de vida, da qualidade de vida das pessoas que vivem na fronteira e nós conseguirmos avançar nessa integração econômica e será a forma de contribuir para o combate ao narcotráfico e para a criminalidade também aqui na nossa região. E, para encerrar, parabenizo o Deputado Airton Português, a Assembleia Legislativa, o Deputado Ezequiel Fonseca e também o Secretário Diógenes Curado que tem feito um trabalho coordenando em parceria com todas as outras instituições de segurança, um trabalho extraordinário não só para a fronteira, como para o Estado de Mato Grosso. A todas as pessoas da área de segurança pública, meus parabéns e obrigado, em nome do Governador Silval Barbosa, pelo apoio que Vossas Excelências têm dado a Mato Grosso. Felicidades a todos e muito obrigado! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Gente, em rápidas palavras, sabemos da questão do horário, eu quero agradecer a TV Assembleia Legislativa e em seu nome todos os meios de comunicação que estão trazendo informação a nossa cidade de Cáceres, à região Oeste do Estado de Mato Grosso e a todo o Estado de Mato Grosso. Quero parabenizar o Secretário-Chefe da Casa Civil, Sr. José Esteves de Lacerda Filho; o Secretário de Estado de Segurança Pública, Sr. Diógenes Gomes Curado Filho; Secretário da Casa Militar, Coronel Ildomar Nunes de Macedo; o Delegado da Polícia Federal; nosso Exército; Ministério Público; Dr. Geraldo Fernandes Fidelis Neto; Deputado Ezequiel Fonseca que agradeço a luta pela nossa região, pelo nosso Estado de Mato Grosso, pois, está sempre presente colaborando. O Sr. Secretário-Chefe da Casa Civil, José Lacerda, quer fazer um adendo.

Pág. 44 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA COM O OBJETIVO DE DISCUTIR AS DIRETRIZES DO COMPROMISSO DE ADESÃO AO PROGRAMA DE ESTRATÉGIA NACIONAL DE FRONTEIRA-ENEFRON, DE INVESTIMENTO EM SEGURANÇA NA FRONTEIRA, FIRMADO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO E O GOVERNO FEDERAL, DE FORMA COMPARTILHADA E INTEGRADA ENTRE AS POLÍCIAS MILITAR E CIVIL, REALIZADA NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 2012, EM CÁCERES, ÀS 14:00 HORAS. (DEGRAVAÇÃO) O SR. JOSÉ ESTEVES DE LACERDA FILHO – Eu quero pedir desculpas, porque cometi uma injustiça. É que o Márcio Lacerda é meu irmão, como dizem que santo de casa não faz milagres, e eu deixei de agradecê-lo pela grande contribuição que já deu como Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador da República para a questão da integração e para Mato Grosso. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (AIRTON PORTUGUÊS) – Parabéns, Secretário-Chefe da Casa Civil, Sr. José Esteves de Lacerda Filho, por essa manifestação ao seu irmão que é um grande colaborador, de fato, do nosso Estado e da região Oeste do Estado de Mato Grosso. Eu quero deixar registrado, agradecer mesmo, Secretário José Lacerda, a Vossa Excelência e a todo staff do Governo que está à frente das obrigações e dos trabalhos, juntamente ao Governador Silval Barbosa, por terem dado importância a esta Audiência Pública. Nós estamos aqui com o Ministério Público, como já falamos, com Juiz de Direito, Procurador, Polícia Federal, Exército, Secretários que estão à frente da Segurança do Estado de Mato Grosso dando importância a esta Audiência Pública. Do começo do debate, no início dos trabalhos, eu tenho uma avaliação até o final nas palavras ditas pelo Sr. Secretário-Chefe da Casa Civil, José Esteves de Lacerda Filho, que nos trouxe números para conhecermos o desenvolvimento, o IDH do nosso Estado, as necessidades sociais, de segurança, de todos os segmentos. Isso nós discutimos nesta Audiência Pública. Eu quero colocar a todos que esta Audiência Pública nós fizemos para coletar assinaturas a esse manifesto popular de todo o nosso Estado de Mato Grosso que tenho certeza que acontecerá começando aqui, nesta Audiência Pública. Eu gostei, Dr. Geraldo Fidélis, mesmo por ser uma opção, uma situação nossa como Deputado, do começo das suas palavras, quando falou da base aérea aqui, na cidade de Cáceres. Eu vejo a sua veemência! Lá na Escola Técnica Federal o Dr. Geraldo Fidelis parecia até um adolescente correndo para entregar o manifesto. E ele representando as lojas maçônicas, todo segmento da nossa sociedade cacerense junto ao Vice-Presidente Michel Temer. Naquele momento, eu vi que o seu coração deixou de ser um Juiz de Direito e passou a ser um cidadão correndo e falando: “Nosso Vice-Presidente do Brasil, nós precisamos dessa base aérea.”. Então, é muito gratificante uma pessoa como o senhor, do seu staff , se manifestando como cidadão cearense, como cidadão mato-grossense, por todos nós (PALMAS). Então, eu posso dizer a todos: obrigado, de coração! Estamos fechando o ano e vamos continuar coletando assinaturas em toda a região. Peço a colaboração de cada segmento: da Polícia Civil, da Polícia Militar, dos nossos colégios, agentes de saúde, de todo segmento da nossa sociedade, para fazermos o máximo de manifestação popular por meio desse abaixo-assinado que começamos a partir desta Audiência Pública. No mais, eu quero agradecer a todos!

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Equipe Técnica: - Taquigrafia: - Aedil Lima Gonçalves; - Amanda Sollimar Garcia Taques Vital; - Ariadne Fabienne e Silva de Jesus; - Cristiane Angélica Couto da Silva Faleiros; - Cristina Maria Costa e Silva; - Dircilene Rosa Martins; - Donata Maria da Silva Moreira; - Isabel Luíza Lopes; - Tânia Maria Pita Rocha; - Revisão: - Regina Célia Garcia; - Rosa Antonia de Almeida Maciel Lehr; - Rosivânia de França Daleffe.

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