Objetivos de Desenvolvimento do Milênio ano de 2007 Relatório de Acompanhamento

1 Expediente e Créditos

Idealização Pesquisa, análises e Instituto de Saúde da Comunidade Programa das Nações Unidas para documentação Edna Massae Yokoo, Hélia Kawa, os Assentamentos Humanos ONU- Universidade Federal Fluminense Luciana Tricai Cavallini, Ana Paula HABITAT / ROLAC e Petrobras: Costa Resendes, Andreia Sobral de Faculdade de Economia Almeida Cecília Martinez Leal Jorge Britto, Carlos Guanziroli, Alberto Diretora do Escritório Regional Di Sabbato, Ruth Dweck, Cláudio Núcleo de Estudos e Projetos para América Latina e o Caribe do Considera, Leonardo Mulls, Luciano Habitacionais e Urbanos Programa das Nações Unidas para Losenkan, Daniel Ribeiro de Oliveira, Regina Bienenstein, Fernanda Sánchez, os Assentamentos Humanos ONU- Gustavo Abrahão Flores, Felipe Cássio de Almeida Freitas, Daniela HABITAT / ROLAC Pinheiro, Patrícia Antunes Ferreira Vieira do Amaral Correia, Epitácio Pandia Dias Reis, Carolina da Costa Paulo Roberto Costa Faculdade de Educação Leal, Daiane Santos Silva Viana, Luiz Diretor de Abastecimento da Petrobras Jorge Nassim Vieira Najjar, Sueli Eduardo Souza de Lima, Núbia Vitória Camargo Ferreira, Crisostómo Lima do Marquez Maruad Fe da Cruz Coordenação geral e Nascimento, Alexandre Mendes Najjar, supervisão Gelcinete Lopes da Silva, Matheus Gerência financeira Escritório Regional para América Ribeiro Motta de Almeida, Valéria da Fundação Euclides da Cunha (FEC) Latina e o Caribe do Programa das Silva Coelho Nações Unidas para os Assentamentos Instituto de Arte e Comunicação Projeto gráfico Humanos, ONU-HABITAT/ROLAC Social Instituto de Arte e Comunicação Social Erik Vittrup Christensen, Oscar João Batista de Abreu Junior, Luiz – IACS/UFF, Laboratório de Livre Criação Fernando Marmolejo Roldan, Fernanda Edmundo de Castro, Dante Gastaldoni, Joana Lima, Marina Boechat e Porto Aranha, Rayne Michelli Ferretti e Wilson Soares de Magalhães, Denis Rosa Benevento Daniele Kowalski. Augusto Bueno de Camargo, Emily Luizetto de Carvalho, Erika Dallier, Revisão Financiamento e Heverton Souza Lima, Leonardo Fernanda Porto Aranha participação no Comitê de Nascimento, Luiz Guilherme Dias Coordenação Fernandes, Maria Luiza de Castro Impressão Petrobras, por meio do Centro Muniz Gráfica Minister de Informações do Complexo Instituto de Geociências Petroquímico do Guilherme Borges Fernandez, Raúl - COMPERJ Sánchez Vicens, Reiner Olíbano Rosas, Abdo Gavinho, Paula Anasthácia Eduardo Manoel Rosa Bulhões, Felipe de Amorim Santos, Marcelo Honor Mendes Cronenberg, Thais Baptista da dos Santos, Carlos Renato Lemos Rocha, Natalie Chagas Slovinski, Felipe Rodrigues, Isabela Lemos da Costa e Pires do Rio Mazur, Thais Dornellas Pedro Carlos Lemos da Costa.

Agradecimentos Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA. Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra. Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger, Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, , Maricá, , Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, e Tanguá). Prefácio

O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. cursos de capacitação em geoprocessa- Desafios para a região Seguindo esses princípios, a mento para os gestores dos onze muni- A iniciativa da Petrobras de re- Petrobras cria o Centro de Informações cípios. Além disso, será implementado alizar investimentos da ordem de do COMPERJ como modelo inovador na região o Prêmio de Boas Práticas de US$ 8,4 bilhões na implantação do na gestão inclusiva do conhecimento. Desenvolvimento Sustentável, que pre- Complexo Petroquímico do Rio de Este centro será responsável pela pro- tende identificar, promover e divulgar Janeiro (COMPERJ), no município de dução e disseminação de informações os projetos de maior relevância para a Itaboraí, trará mudanças significativas e de dados nas áreas ambiental, habita- melhoria das condições de vida da po- para a atual configuração econômica, cional, social, educacional, econômica pulação desses municípios. populacional, urbanística, habitacional, e de saúde, fornecendo insumos para Espera-se que este boletim, que ambiental, de mobilidade urbana, orde- a formulação de políticas públicas na mapeia os indicadores do Milênio entre namento territorial, educação, saúde e região. no ano de 2007, sirva de referência aos segurança urbana em toda a região. governos e instituições do CONLESTE Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO para a elaboração de políticas públicas Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ socioeconômicas e ambientais, capazes Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO de inserir a região em um processo de como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto desenvolvimento sustentável acompa- alianças intermunicipais, para propiciar Global, a Petrobras implementa um pro- nhado da redistribuição de renda e da soluções integradas e compartilhadas jeto pioneiro: o monitoramento dos im- erradicação da pobreza. aos desafios comuns, a fim de potencia- pactos de sua atividade industrial sobre lizar os aspectos positivos do COMPERJ os ODMs na região do CONLESTE. Este e minimizar seus aspectos negativos. O projeto é realizado em parceria entre o consórcio assume o papel de integrador Centro de Informações do COMPERJ, e planejador de políticas que possibili- a Universidade Federal Fluminense tem o desenvolvimento sustentável dos (UFF) e o Programa das Nações Unidas onze municípios que o conformam. para os Assentamentos Humanos Na região do CONLESTE, os impac- (UN-HABITAT), tendo como objetivo a tos positivos do COMPERJ podem con- constituição de um banco de dados ge- tribuir para o alcance dos Objetivos de oreferenciado com informações socioe- Desenvolvimento do Milênio (ODMs), conômicas e ambientais sobre a região, desde que sejam implementadas polí- assim como o desenvolvimento de com- ticas públicas a partir de uma agenda petências locais e regionais. integrada que norteie ações nos níveis Por meio de relatórios semestrais, local e regional. o projeto acompanha os indicadores do Milênio, observando a evolução das A Petrobras E O PACTO cadeias produtivas instaladas na região, GLOBAL DA ONU o fluxo escolar das redes públicas de Em sua trajetória, ensino, indicadores de saúde materna, a Petrobras se destaca de mortalidade infantil, de doenças de como pioneira ao aderir maior incidência e de violência, a evo- aos princípios do Pacto lução dos assentamentos precários, do Global da ONU e assu- uso e ocupação do solo, das condições mir compromissos para de saneamento ambiental e das áreas que os Objetivos e as Metas do Milênio de preservação ambiental. - estabelecidos por países-membros das O fortalecimento das competências Nações Unidas - orientem sua política locais está sendo realizado por meio de Nota sobre o projeto gráfico Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme- no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen- te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco- brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá- vel dos municípios estudados.

Joana Lima, Marina Boechat e Rosa Benevento Laboratório de Livre Criação Instituto de Arte e Comunicação Social Sumário

INTRODUÇÃO...... 06

ODM 1 | ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME...... 07

ODM 2 | UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL...... 09

ODM 3 | PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES...... 12

ODM 7 | GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ...... 14

ODM 9 | ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO CONLESTE...... 18 INTRODUÇÃO

Este boletim apresenta o panorama • Manutenção ou aproximação máxima do município de Cachoeiras de Macacu dos indicadores sugeridos pela ONU; no ano de 2007, representando a primei- • Seleção de indicadores diretamente ra medição dos indicadores do Milênio relacionados à meta (sensíveis às mu- a partir da linha base (2000 – 2006), danças requeridas pela meta); refletindo os impactos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio obser- • Seleção de indicadores passíveis de vados no primeiro ano após o anúncio atualização periódica, preferencial- oficial da implantação do empreendi- mente anuais e com série histórica mento COMPERJ na região. disponível a partir de 1990; Durante os meses de novembro de • Utilização de bases de dados e meto- 2007 a março de 2008, foi realizado um dologias consolidadas. processo participativo de adaptação dos Objetivos, dos Indicadores e das Metas A equipe do Instituto de Arte e do Milênio para a região do CONLESTE, Comunicação Social (IACS/UFF) do- que culminou com o estabelecimento cumentou por meio de fotografias e de 8 Objetivos, 23 metas e 58 indicado- vídeos o processo das 65 reuniões de res. Neste processo, foi acordado que o trabalho, nas quais participaram os po- Objetivo 8, relacionado a: “estabelecer deres públicos dos onze municípios que uma parceria mundial para o desenvol- conformam o consórcio, as instituições vimento” não se aplica ao escopo do que elaboram e sistematizam dados e projeto. Um objetivo adicional, o ODM informações (IBGE, CIDE, DATASUS, 9, foi elaborado e enunciado como se INEP, UNYSIS-DATAMEC, IPEA, entre segue: “acelerar o processo de desen- outras), as Comissões Municipais de volvimento local com redução de desi- Emprego e Renda, algumas Câmaras de gualdades na região do CONLESTE”. Dirigentes Lojistas (CDL), os pesquisado- O sistema composto por 58 in- res da Universidade Federal Fluminense dicadores1, validados entre a equipe (UFF) e os especialistas do Programa das de UN-HABITAT e as seguintes equi- Nações Unidas para os Assentamentos pes da UFF - Faculdade de Educação, Humanos UN-HABITAT. Instituto de Saúde da Comunidade, O princípio norteador do projeto é Instituto de Geociências, Faculdade de o direito pleno à cidade, que pressupõe Economia, Núcleo de Estudos e Projetos a erradicação da pobreza e a melhoria Habitacionais e Urbanos (NEPHU) - com geral das condições de vida dos habi- a participação de gestores locais do tantes dos municípios do CONLESTE, CONLESTE, foi organizado a partir dos em consonância com os ODMs e com seguintes critérios: os princípios do Pacto Global da ONU.

1 Nesse boletim, os indicadores referentes aos Objetivos do Milênio, ODM4 (Reduzir a mortalidade na infância), ODM5 (Melhorar a saúde materna) e ODM6 (Comba- ter o HIV/AIDS, a malária e outras doenças), bem como os indicadores de mortalidade no ODM9, não são apresentados por município. Os dados relativos a esses ODMs encontram-se no Boletim Regional 2007. 6 ODM1 ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME

Meta 1A reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário mínimo mensal. indicadores: • Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios

• Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza

7 ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome

Distribuição da população abaixo da linha da pobreza

(%) 25

20

15

10

5

0 Cachoeiras de Macacu CONLESTEEstado do Rio de Janeiro Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados do Censo Demográfico 2000 (IBGE) e da PNAD (IBGE).

Os impactos do COMPERJ e o Estado do Rio de Janeiro os seguintes acompanhamento da evolução do nú- valores para definir a linha da pobre- mero de famílias que pertencem às za: R$117,34 para a região metropoli- faixas de renda mais baixas nos muni- tana, R$99,56 para a região urbana e cípios do CONLESTE permitirão estabe- R$89,61 para região não-urbana (valo- lecer indicadores de redução da pobre- res em reais do ano 2000). za e de desigualdade de rendimentos. O município de Cachoeiras de Para calcular a renda da população e, Macacu apresentava, em 2007, uma consequentemente, estimar a pobreza, porcentagem menor de pobres (21,2%) utilizou-se a variável renda do Censo em relação ao conjunto do CONLESTE Demográfico IBGE do ano 2000. Para (23,2%) e maior em relação ao obser- o ano de 2007, foi feita uma extrapo- vado para o Estado do Rio de Janeiro lação com base na variação do PIB de (18,8%). Dentre os municípios do cada um dos 11 municípios. CONLESTE, Cachoeiras de Macacu Para análise das condições de po- ocupava a quarta melhor posição em breza foi utilizado o critério definido termos dos níveis de pobreza, ficando pelo Instituto de Pesquisa Econômica atrás de Casimiro de Abreu, Niterói e Aplicada (IPEA), que estabelece para o Rio Bonito.

8 ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome

ODM2 UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL

META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/ raça, concluam o Ensino Fundamental. indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental

• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental

• Taxa de masculinidade dos concluintes do Ensino Fundamental

META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio. indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de ensino

• Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade

• Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio

• Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio

• Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Médio

• Taxa de masculinidade dos concluintes do Ensino Médio

META 3C Garantir a ampliação da cobertura na educação técnica profissional. indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas por grupos de idade nos cursos de educação técnica profissional em nível médio, segundo o sexo

• Taxa de distorção idade / conclusão dos alunos dos cursos de educação técnica profissional em nível médio

• Taxa de permanência dos alunos do Centro de Integração do COMPERJ por curso, município e nível de escolaridade

9 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

O acesso ao ensino fundamental Taxa de Matrícula Bruta na região do CONLESTE é hoje prati- camente universalizado. Contudo, a retenção e a evasão escolar têm invia- 125% bilizado que muitos percorram o fluxo escolar de maneira adequada. Assim, os 120% indicadores referentes à defasagem2 em termos de idade e sexo para diferentes 115% etapas do ensino refletem os principais problemas existentes na escola. A fim 110% de garantir a meta de universalização do ensino fundamental e ampliação do 105% ensino médio, é necessário implemen- tar políticas efetivas tanto de acesso 100% quanto de permanência na escola nes- tas duas etapas do ensino. 95% Com relação à taxa de masculinida- de, observa-se que o acesso de homens 90% e mulheres ao ensino fundamental não Cachoeiras de Macacu CONLESTERio de Janeiro apresenta discrepâncias, embora esta Fonte: INEP mesma taxa mostre grande distorção Distorção idade/conclusão no Ensino Fundamental entre os sexos quanto à conclusão des- te nível de ensino. Para dar conta das metas deste ODM, serão necessárias 40% políticas específicas para a manutenção dos alunos do sexo masculino no inte- 35% rior da escola. Da mesma forma que o observado no ensino fundamental, a 30% região precisará de grande esforço para melhorar o fluxo educacional no ensino 25% médio, buscando equacionar o proble- 20% ma das reprovações, primeira causa de retenção. 15% Há de se atentar que o potencial aumento da demanda ocasionado 10% pela implantação do COMPERJ pode, se não for desde já equacionado pelo 5% Poder Público, trazer sérias consequên- 0% cias para as redes de ensino médio, Cachoeiras de Macacu CONLESTE Rio de Janeiro pela carência de professores e prédios Fonte: INEP escolares. A taxa de matrícula bruta entre 7 fundamental. Podemos verificar que em Os indicadores “a” e “b” referen- e 14 anos de idade representa a rela- relação ao período de 2006 (110,11%) tes à educação técnica-profissional ção entre os alunos matriculados e as houve um aumento da taxa, que sobe ainda estão sendo trabalhados e rece- crianças em idade escolar no município. para 122,41%. bendo outro tratamento, em função Sendo o percentual ideal de 100%, esse A Taxa de distorção idade/série no da inexistência de um banco de dados município apresenta uma taxa muito ensino fundamental aproxima-se do oficial sobre tais questões. Quanto ao elevada, inclusive em relação às taxas zero quão menor é a retenção dos alu- indicador “c”, referente aos cursos de do CONLESTE e do Estado, indicando nos ao longo do ensino fundamental, capacitação do Centro de Integração que houve retenções ao longo do pro- pois a taxa zerada mostraria não ha- do COMPERJ, este começa a ser moni- cesso de escolaridade, consequência de ver qualquer aluno com idade acima torado a partir do primeiro semestre de reprovações. Deve-se estar alerta, pois da recomendada em qualquer série 2008, e, portanto, ainda não faz parte no Relatório de 2007 os índices são al- desse nível de ensino. Sendo assim, o desta análise. tos em quase todas as séries do ensino município de Cachoeiras de Macacu

2 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos matri- culados em determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos, chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino. 10 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional apresenta uma taxa elevada, o que in- Taxa de matrícula Bruta Ensino Médio dica a existência de retenções em todas as séries do ensino fundamental (ver

Relatório 2007), consequência das re- 88% provações escolares. O mesmo aconte- ce no CONLESTE e no Estado do Rio de 86% Janeiro, que também apresentam taxas elevadas, embora ligeiramente inferio- 84% res à municipal. Ao compararmos o ano de 2006 (40,80%) do município, vemos 82% que houve uma pequena diminuição. É preciso atentar para a implementação 80% de políticas de correção do fluxo escolar, objetivando o alcance da meta de uni- 78% versalização do ensino fundamental.

A taxa de marícula bruta entre 15 76% e 17 anos representa a relação entre os alunos matriculados nas três séries do 74% ensino médio e a população municipal Cachoeiras de Macacu CONLESTE Rio de Janeiro de quinze a dezessete anos de idade. Fonte: INEP A taxa de 100% é considerada como a ideal, pois indica que os alunos matri- culados estão nas séries adequadas às Distorção idade/conclusão no Ensino Médio suas idades. O município de Cachoeiras de Macacu apresenta uma taxa inferior

à ideal, o que revela que há menos jo- 58% vens com idade adequada matriculados 57% nesse nível de ensino. É preciso estar atento a 2ª série (73,37%) e a 3ª série 56% (64,47%), que expressam percentuais 55% baixos, consequência da evasão escolar. Em relação às taxas do CONLESTE e do 54% Estado, o município apresenta uma taxa 53% situada entre os dois, embora todas se- jam taxas preocupantes. Entretanto, 52% tudo faz crer que está havendo uma 51% melhora, pois em comparação ao ano 50% de 2006 (77,57%) houve uma pequena elevação da taxa do município. 49%

A taxa de distorção idade/série no 48% ensino médio se aproxima de zero, Cachoeiras de Macacu CONLESTE Rio de Janeiro quanto menor for a retenção dos alu- Fonte: INEP nos ao longo do ensino médio. Assim, do CONLESTE e do Estado, esse muni- o município de Cachoeiras de Macacu cípio apresenta um percentual elevado. apresenta uma das taxas mais elevadas Com relação ao ano de 2006 (59,73%) de distorção idade/série da região, reve- houve um pequeno decréscimo. lando a existência de retenções em to- das as séries desse nível de ensino (ver Relatório 2007), destacando a 1ª série (60,36%) com valor superior às demais séries. Essa distorção compromete o ensino médio e, consequentemente, a conclusão da Educação Básica na idade adequada, exigindo a implementação de políticas públicas que corrijam o flu- xo escolar. Em comparação com a taxa

11 ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres

ODM3 PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES

Meta 4B reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012. indicadores: • Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli- gados nos municípios do CONLESTE

• Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade

12 ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres

Participação feminina no mercado de trabalho formal (percentual)

41%

41%

40%

40%

39%

39%

38%

38% Cachoeiras de CONLESTEEstado do Rio de Brasil Macacu Janeiro Fonte: RAIS/MTE.

Diferencial de remuneração feminina

110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Cachoeiras de CONLESTERIO DE JANEIROBRASIL Macacu Fonte: RAIS/MTE.

Este ODM trata da igualdade entre apresentou a maior taxa de participa- os sexos que, apesar de assegurada na ção feminina no mercado formal de constituição brasileira, ainda não é uma trabalho da região), Casimiro de Abreu, realidade na prática, considerando-se Guapimirim, Maricá, Rio Bonito e São as grandes disparidades existentes em Gonçalo. diversas áreas da sociedade. Quanto ao diferencial de remu- No escopo deste Objetivo, os indi- neração feminina no município de cadores propostos visam acompanhar Cachoeiras de Macacu, observa-se que, a participação feminina no mercado de em 2007, o valor do mesmo (73,6%), trabalho da região, bem como a dife- era inferior ao observado para o rença de remuneração entre homens e CONLESTE (83,2%), para o Estado do mulheres, no contexto de monitorar a Rio de Janeiro (83,2%) e para o Brasil evolução da meta de igualdade entre os (82,9%). No conjunto do CONLESTE, gêneros. Cachoeiras de Macacu ocupava a dé- Em 2007, o percentual de mulhe- cima primeira posição em termos do res no mercado de trabalho formal no diferencial de remuneração feminina. município de Cachoeiras de Macacu Ou seja, ficava atrás dos municípios de (39,3%) era superior ao observado para Maricá, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, o CONLESTE (38,6%), e inferior ao ob- Itaboraí, Rio Bonito, Magé, Niterói, servado no Estado do Rio de Janeiro Tanguá, São Gonçalo e Guapimirim, (40,4%) e no Brasil (40,8%). Dentre os apresentando uma defasagem salarial municípios do CONLESTE, Cachoeiras de 26,4% na remuneração média fe- de Macacu ocupava a sétima posição minina em relação à masculina para o em termos da participação feminina, mesmo posto de trabalho. ficando atrás de Magé (município que

13 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

ODM7 GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

META 9 integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de recursos naturais. indicadores: • Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE

• Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

META 10A reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de resíduos sólidos. indicadores: • Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede geral de esgoto nos municípios do CONLESTE

• Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE

META 11A até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE. indicadores: • Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município do CONLESTE

• Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos, por município do CONLESTE

• Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá- rios, por município do CONLESTE

• Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequado, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por muni- cípio do CONLESTE

• Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por municí- pio do CONLESTE

14 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

A maior parte do CONLESTE en- de forma contínua os eixos rodoviários, também do conjunto das ações que contra-se localizada dentro da Região com destaque para o aglomerado São envolvem abastecimento de água, es- Ecológica da Floresta Ombrófila Densa Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- goto sanitário e coleta de resíduos só- (Floresta Tropical Pluvial), parte do do- ções associadas às atividades urbana e lidos. O saneamento ambiental emerge mínio do Bioma Mata Atlântica, que agrícola, as fisionomias ainda apresen- como um dos pontos mais vulneráveis ainda se desdobra em ambientes de tam uma área remanescente represen- da chamada crise urbana. Neste senti- manguezais e restingas. tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. do, trata-se de um tema que demanda Com base em dados do ano 2000, Com relação à meta que trata do a urgente correção dos rumos adotados as áreas urbanas ocupam um percen- acesso às redes de água e esgoto, será até o momento em parte significativa tual representativo da área total do central o conceito de saneamento am- dos municípios brasileiros. CONLESTE (5,39%), concentrando-se biental, entendido aqui como o acom- O município de Cachoeiras de em núcleos que acompanham quase panhamento das áreas ambientais e Macacu apresentava 65% da superfície

Proporção das áreas cobertas por florestas

Fonte: Elaborado pela Equipe do Instituto de Geociências com base em Imagens do Satélite SPOT do ano de 2005. 15 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

Fonte: IBAMA e IEF-RJ coberta por remanescentes florestais. A tituído por unidades de conservação município de Cachoerias de Macacu, vertente da Serra do Mar pertencente de proteção integral, representadas no ano de 20073, 74,76% dos domicí- ao município encontra-se coberta qua- pelo Parque Estadual dos Três Picos lios permanentes urbanos no município se na sua totalidade por um fragmen- e a Estação Ecológica do Paraíso. tinham acesso ao serviço de abasteci- to contínuo de floresta, enquanto que Especificamente, no ano de 2007, não mento de água e o mesmo percentual fragmentos menores distribuem-se em houve a criação de nenhuma nova era atendido por rede de esgoto sanitá- grande número pelos topos de morros unidade de conservação de proteção rio, situação comparativamente pior do da superfície de colinas entre os rios integral. que a encontrada na média do Estado, Macacu e Guapiaçú. Com relação ao percentual de do- no que se refere ao abastecimento de Em 2007, Cachoeiras de Macacu micílios particulares urbanos com aces- água (98,74%) e melhor com relação possuía 27,4% de seu território cons- so às redes gerais de água e esgoto no ao serviço de esgotamento (71,03%).

3 Para construção do perfil relativo ao ano 2007 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci- mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e por possuir um banco de dados atualizado semestralmente. 16 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Percentual de domicílios urbanos com acesso à rede de água e à rede de esgoto

120

100

80

60

40

20

0 RJ* CONLESTE Cachoeiras de Ma cacu

Água 2007 98,74 48,2 74,46 Esgoto 2007 71,03 20,9 74,46 *Dados PNAD – 2007. Elaboração: Equipe de Urbanismo / UFF, 2008.

A comparação desta situação com abastecimento de água, ficou aquém a encontrada em 2000 aponta, para do crescimento urbano. Entretanto, no o caso do abastecimento de água, um que se refere ao esgotamento sanitário, decréscimo no percentual de domicílios o serviço foi expandido em uma por- atendidos (de 84,99% a 74,46%). Já centagem maior que a do crescimento para o esgotamento sanitário, cons- urbano, o que neste caso aponta para tata-se um crescimento no percentual uma melhora do serviço. de domicílios atendidos (de 62,06% Com relação aos assentamentos a 74,46%). Note-se que entre 2000 e precários, por dificuldades técnicas re- 2007, o número de domicílios perma- lativas à obtenção de imagens satélite nentes urbanos cresceu 40,71%, en- e coleta de dados, o presente Boletim quanto a rede de água foi estendida não contém análises referentes à META em 23,27% e a de esgoto em 68,81%. 11. Tal análise se propõe a ser realizada Portanto, a provisão dos serviços de bianualmente, sendo o próximo resulta- saneamento ambiental, no caso do do para o ano de 2008.

17 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

ODM9 ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO CONLESTE

META 12A viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país. indicadores: • Evolução do PIB a preços constantes

• Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços constantes

• Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços

• PIB per capita a preços constantes

META 13A atração de mão-de-obra qualificada para a região. indicador: • Evolução do perfil de trabalhadores desligados e contratados na região em termos de setor de ocu- pação, grau de qualificação e faixa de remuneração

META 14A melhoria do perfil do mercado de trabalho na região. indicadores: • Evolução da PIA, PEA e POC e de taxas de ocupação, participação e desemprego

• Distribuição da população ocupada formal e de seu rendimento por grau de escolaridade, faixa de rendimento, tamanho de estabelecimento e setor de atividade

META 15A dinamização do padrão de especialização produtiva da região. indicador: • Especialização, concentração e diversificação da estrutura produtiva da região

META 16A dinamização de cadeias produtivas locais indicador: • Identificação da estrutura e monitoramento do emprego de 4 cadeias produtivas na região

META 17A Fortalecimento do empreendedorismo na região. indicadores: • Número de PMEs criadas na região e empregos gerados por setor de atividade

• Evolução do número de admitidos e desligados no setor de comércio varejista

18 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

META 18A adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE. indicador: • Consumo residencial per capita da energia elétrica

META 19A adequação da malha de transportes ao crescimento da região do CONLESTE. indicador: • Evolução da frota de veículos em termos absolutos e per capita

META 20A adequação da infraestrutura de telecomunicações da região do CONLESTE. indicador: • Percentual de domicílios atendidos por linha telefônica

META 21 adequação da infraestrutura de atenção à saúde na região do CONLESTE. indicador: • Taxa de mortalidade geral e proporcional segundo causas selecionadas por sexo e faixa etária, nos municípios do CONLESTE

META 22A controle e redução de indicadores de violência na região do CONLESTE. indicador: • Taxa de mortalidade por causas externas selecionadas (agressões e acidentes de transporte) nos mu- nicípios do CONLESTE

META 23A melhoria das condições fiscais e da capacidade de investimento dos municípios. indicadores: • Estrutura de receitas (correntes e de capital) e despesas (custeio e capital) para municípios da região

• Dependência de transferência de recursos

• Receita e investimento per capita

19 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O ODM 9 – acelerar o processo de Cachoeiras de Macacu ocupava a quarta Cachoeiras de Macacu ficou na nona po- desenvolvimento local, com redução das posição em termos de valor de PIB per sição em termos de criação de postos de desigualdades na região do CONLESTE – capita, posicionando-se atrás de Casimiro trabalho, posicionando-se atrás de Niterói foi elaborado a partir de uma adaptação de Abreu (o maior PIB per capita da re- (município onde foi registrado o maior dos Objetivos de Desenvolvimento do gião), Niterói e Rio Bonito. número de postos de trabalho criados), Milênio da ONU a esta região. Dentre as Com relação à criação de postos de São Gonçalo, Rio Bonito, Itaboraí, Magé, metas compreendidas neste ODM, des- trabalho, informações levantadas a par- Tanguá, Maricá e Silva Jardim. tacam-se para análise neste boletim as tir do Cadastro Geral de Empregados O número total de empregos formais seguintes áreas: crescimento econômico e Desempregados do Ministério do no município de Cachoeiras de Macacu na região (PIB), mercado de trabalho e Trabalho e Emprego (CAGED/MTE) para foi de 6.674 postos de trabalho em mão-de-obra, especialização produtiva, o município de Cachoeiras de Macacu 2007. Com este valor, o município de evolução de cadeias produtivas, empre- mostraram que o número de postos de Cachoeiras de Macacu foi responsável endedorismo, fornecimento de energia trabalho criados - saldo líquido de ad- por 1,96% do total de empregos formais e, por fim, um panorama das condições missões - foi de 48 novas vagas, como existentes na região do CONLESTE. Em fiscais dos municípios. resultado de 1.740 admissões e 1.692 comparação com os demais municípios O PIB registrado no município de desligamentos. Em relação aos demais da região, Cachoeiras de Macacu ocupa- Cachoeiras de Macacu foi de R$ 674,9 municípios da região do CONLESTE, va a sétima posição em termos de partici- milhões em 2007, o que equivale a uma PIB a preços constantes de 2007 participação de 2,9% no PIB da região 800 3,5% do CONLESTE. Em termos comparativos, s hõe o município de Cachoeiras de Macacu il 700 3,0% M ocupava a oitava posição em termos 600 2,5% de participação no PIB da região do 500 CONLESTE, ficando atrás dos municípios 2,0% de Niterói (o maior PIB da região), São 400 Gonçalo, Casimiro de Abreu, Itaboraí, 1,5% Magé, Maricá e Rio Bonito. 300 1,0% Em 2007, o PIB per capita registrado 200 no município de Cachoeiras de Macacu 0,5% foi de R$ 12.137, ficando acima do IP B 100 per capita médio da região do CONLESTE 0 0,0% (R$ 10.266), mas abaixo do PIB per ca- 2007 pita médio observado no Estado do Rio PIB % CONLESTE de Janeiro (R$ 19.139) e no Brasil (R$ Fontes: PIB municipal IBGE; 2007 estimado mantendo proporções em relação ao 13.843). Comparativamente aos demais RJ de 2006; o deflator de 2007 foi calculado implicitamente a partir dos valores municípios da região do CONLESTE, nominais e reais do PIB trimestral do Brasil.

PIB per capita a preços constantes de 2007

20.000,00

18.000,00

16.000,00

14.000,00

12.000,00

10.000,00

8.000,00

6.000,00

4.000,00

2.000,00

0,00 Cachoeiras de Macacu CONLESTE Estado do Rio de JaneiroBrasil Fontes: PIB municipal IBGE; 2007 estimado pela equipe de Economia com base na taxa de crescimento 2006- 2008; OBS: o IBGE deverá rever todas as populações municipais em consonância com as novas projeções feitas em 2008 para Brasil e Ufs. 20 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE pação no total de empregos formais, nes- Saldo líquido de admissões menos desligamentos te mesmo ano, posicionando-se atrás de 2.000 48 Niterói (município que registrou a maior taxa de participação), São Gonçalo, Rio 1.500 Saldo Bonito, Itaboraí, Magé e Maricá. 1.000 Desligados Quanto à taxa de desemprego es- 1740 timada, esta atingiu no município de 500 Admitidos Cachoeiras de Macacu o patamar de 8,2% em 2007, ficando abaixo das ta- 0 xas registradas na região do CONLESTE -500 (10,4%) e no Estado do Rio de Janeiro -1692 (10,2%), e se igualando a taxa observa- -1.000 da no Brasil (8,2%). Com isso, o municí- pio de Cachoeiras de Macacu localizava- -1.500 se, em relação aos demais municípios da -2.000 região, na segunda posição em termos Fonte: CAGED/MTE. de menor taxa de desemprego, ficando atrás de Casimiro de Abreu e Rio Bonito Emprego formal no município (municípios que igualmente apresen- 8000 2,50% taram a menor taxa de desemprego da região). 7000 A remuneração média mensal da 2,00% mão-de-obra formal empregada no 6000 município de Cachoeiras de Macacu foi 5000 de R$ 750, o que representava um va- 1,50% lor inferior ao observado na região do 4000 CONLESTE (R$ 1.010), no Estado do 1,00% Rio de Janeiro (R$ 1.418) e no Brasil (R$ 3000

1.241), em 2007. Com essa remunera- 2000 ção média, o município de Cachoeiras 0,50% de Macacu colocava-se, em relação aos 1000 demais da região, na sétima posição em 0 0,00% termos de melhor remuneração, ficando atrás de Niterói (que registrou a melhor 2007 remuneração da região), Casimiro de Emprego Formal % no CONLESTE Abreu, Itaboraí, São Gonçalo, Rio Bonito Fonte: RAIS/MTE. e Maricá.

Taxa de desemprego

12,0%

10,0%

8,0%

6,0%

4,0%

2,0%

0,0% Cachoeiras de Macacu Conleste Estado do Rio de JaneiroBrasil Fonte: Censo, PNAD e estimativas Economia. 21 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Remuneração média mensal dos trabalhadores

1.600,00

1.400,00

1.200,00

1.000,00

800,00

600,00

400,00

200,00

0,00 Cachoeiras de Macacu CONLESTEEstado do Rio de JaneiroBrasil Fonte: RAIS/MTE.

Concentração produtiva

0,160

0,140

0,120

0,100

0,080

0,060

0,040

0,020

0,000 Cachoeiras de Macacu CONLESTEEstado do Rio de Brasil Janeiro Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da RAIS/MTE.

Empregos em cadeias produtivas

Cachoeiras de Macacu

CONLESTE

Es tado do Rio de Janeiro

Br asil

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%

Cadeia Agroindustrial Cadeia Metal mecânica Cadeia Químico-petroquímico Cadeia de Construção Fonte: RAIS/MTE. 22 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O indicador de dinamização do pa- Total de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) drão de especialização produtiva4 da 800 3,00% região trata do grau de concentração 700 das atividades produtivas no município 2,50% de Cachoeiras de Macacu (0,150) que, 600 comparativamente ao observado no con- 2,00% junto da região do CONLESTE (0,085), 500 no Estado do Rio de Janeiro (0.092) e 400 1,50% no Brasil (0,084), indica um maior ní- vel de concentração produtiva neste 300 1,00% município no ano de 2007. Em relação aos demais municípios da região do 200 0,50% CONLESTE, Cachoeiras de Macacu po- 100 siciona-se como o sétimo em termos de concentração produtiva, ficando atrás de 0 0,00% Silva Jardim (município que apresenta o 2007 maior índice de concentração da região), Número de PMEs % no CONLESTE Guapimirim, Casimiro de Abreu, Maricá, Fonte: RAIS/MTE. Magé e Rio Bonito. Quanto à evolução de cadeias pro- Volume de emprego gerado por Pequenas e Médias Empresas (PMEs) dutivas no município, considerando as 4.500 2,50% quatro cadeias produtivas seleciona- das para investigação – Agroindustrial; 4.000 Químico-petroquímica; Metal-mecâni- 3.500 2,00% ca; Construção – verifica-se que em 2007, essas cadeias foram responsáveis 3.000 1,50% pela geração de 1.587 empregos no mu- 2.500 nicípio de Cachoeiras de Macacu, cerca 2.000 de 23,8% do total de empregos formais 1,00% neste município, sendo que 93,13% 1.500 concentravam-se na cadeia agroindus- 1.000 trial; 4,03% na cadeia da construção; 0,50% 2,52% na cadeia químico-petroquímica 500 e 0,32% na cadeia metal-mecânicas. 0 0,00% Quanto ao fortalecimento do em- 2007 preendedorismo, em 2007, o número de PMEs registradas no município de Empregos em PMEs % no CONLESTE Cachoeiras de Macacu foi de 705, cer- Fonte: RAIS-MTE. ca de 2,71% do total de PMEs da região do CONLESTE. Em comparação com os Consumo residencial per capita de energia elétrica (kWh) demais municípios da região, Cachoeiras de Macacu ocupava a sétima posição em kWh 700 termos de número de PMEs, ficando atrás 600 dos municípios de Niterói (município que registrou o maior número de PMEs na re- 500 gião), São Gonçalo, Rio Bonito, Itaboraí, 400 Magé e Maricá. 300 Em termos de empregos criados pe- las PMEs no município de Cachoeiras 200 de Macacu, verifica-se que, em 2007, 100 o montante gerado foi de 3.842 pos- 0 tos de trabalho, o que significa 2,09% Cachoeiras de Macacu CONLESTE do total de empregos gerados por PMEs Fonte: Ampla/IBGE.

4 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos. 23 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE na região do CONLESTE. Em relação aos Equilíbrio orçamentário demais municípios da região, pode-se ve- 1,20 rificar que o município de Cachoeiras de Macacu ocupava, em 2007, a sétima po- sição em termos de número de empre- 1,00 gos gerados por PMEs, ficando atrás de Niterói (município que registra o maior 0,80 número de empregos gerados por PMEs na região do CONLESTE), São Gonçalo, 0,60 Itaboraí, Rio Bonito, Magé e Maricá. O consumo de eletricidade per capita 0,40 registrado no município de Cachoeiras de Macacu foi de 312 kWh em 2007. Com 0,20 este nível de consumo, o município de

Cachoeiras de Macacu ficou abaixo da 0,00 média registrada na região do CONLESTE Cachoeiras de Macacu CONLESTEEstado do Rio de Janeiro (691 kWh) e em décima primeira posição Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e em termos de consumo de energia elé- do TCE-RJ. trica per capita, posicionando-se atrás de Receita Orçamentária per capita corrente Niterói (município que registrou o maior consumo de energia elétrica per capita na 1.400 região), Maricá, Casimiro de Abreu, São Gonçalo, Guapimirim, Magé, Itaboraí, 1.200 Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá. Com relação à situação fiscal do muni- 1.000 cípio, Cachoeiras de Macacu apresentava 800 uma situação de déficit orçamentário de

9%, em 2007. Ou seja, as receitas meno- 600 res do que as despesas públicas, situação diferente a do CONLESTE, onde se pode 400 observar um superávit de 1%; mas, se- melhante à do Estado do Rio de Janeiro, 200 no qual se identifica um déficit de quase 0 60% no mesmo ano. Já em termos de Cachoeiras de Macacu CONLESTE Estado do Rio de Janeiro receita orçamentária per capita corrente, Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e observa-se que, em 2007, o valor para o do TCE-RJ. município de Cachoeiras de Macacu (R$ 1.234,85) foi expressivamente superior à Investimento público per capita média do CONLESTE (R$ 855,93), mas 350 inferior à média do total do Estado do Rio de Janeiro (R$ 1.290,22). 300 O município de Cachoeiras de Macacu apresentava um investimento per capita 250 em torno de R$ 66,79, em 2007, ficando abaixo da média da região do CONLESTE 200 (R$ 72,02) e do Estado do Rio de Janeiro (R$ 308,82). Em relação aos demais mu- 150 nicípios da região, Cachoeiras de Macacu 100 posicionou-se em oitava posição4 em ter- mos de investimento per capita, ficando 50 atrás de Casimiro de Abreu (município que apresentou o maior investimento per 0 capita da região), Tanguá, Guapimirim, Cachoeiras de Macacu CONLESTE Estado do Rio de Janeiro Magé, Maricá, Silva Jardim e Niterói. Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do TCE-RJ.

5 Não foi possível realizar comparações com o município de Rio Bonito devido à falta de dados (ver Boletim Regional). 24 Realização

Parceiros

Apoio

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense – CONLESTE

Município de Cachoeiras de Macacu Município de Niterói

Município de Casimiro de Abreu Município de Rio Bonito

Município de Guapimirim Município de São Gonçalo

Município de Itaboraí Município de Silva Jardim

Município de Magé Município de Tanguá

Município de Maricá

26