Imaginário, Memória E Identidade Na Produção Audiovisual Da Bem-Te-Vídeo
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO NARRATIVAS À MARGEM: IMAGINÁRIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL DA BEM-TE-VÍDEO Juiz de Fora Março de 2013 Raruza Keara Teixeira Gonçalves NARRATIVAS À MARGEM: IMAGINÁRIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL DA BEM-TE-VÍDEO Dissertação apresentada no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Orientadora: Profª. Drª. Christina Ferraz Musse Juiz de Fora Março de 2013 Gonçalves, Raruza Keara Teixeira. Narrativas à margem: Imaginário, memória e identidade na produção audiovisual da Bem-te-vídeo / Raruza Keara Teixeira Gonçalves. – 2013. 175 f.: il. Dissertação (Mestrado em Comunicação)-Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013. 1. Memória audiovisual. 2. Produção independente em vídeo. 3. História oral. 4. Identidade. 5. Bem-te-vídeo. I. Título. Raruza Keara Teixeira Gonçalves Narrativas à margem: Imaginário, memória e identidade na produção audiovisual da Bem-te-vídeo Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação em Comunicação (Mestrado) da UFJF Orientadora: Profa. Dra. Christina Ferraz Musse Dissertação aprovada em 12/03/2013 pela banca composta pelos seguintes membros: ____________________________________________ Profa. Dra. Christina Ferraz Musse (UFJF) - Orientadora ______________________________________________ Prof. Dr. Igor Sacramento (UFRJ) – Convidado ______________________________________________ Prof. Dr. Nilson Assunção Alvarenga (UFJF) - Convidado Conceito obtido: _________________ Juiz de Fora Março de 2013 “Aquele a quem o presente é a única coisa presente, nada sabe da época que vive.” Oscar Wilde Dedicatória: Dedico esta obra às minhas avós, Ondina e Beatriz, e, a minha querida Tia Emília (in memorian), foram elas quem me ensinaram o prazer de ouvir histórias e a amar a memória. À minha mãe, Cleópatra, meu grande amor, a quem eu devo aprendizados preciosos sobre a fé, a humildade e a alegria. Por estar sempre ao meu lado, ainda que fosse por orações e pensamentos. Ao meu pai, Carlos, por me mostrar que a vida é feita de realidade e persistência, e que, por isso, ter sonhos é uma forma linda de se ter coragem. À minha irmã, Nathascha, por ser o meu “eu” às avessas e pela esperança sempre depositada em mim. Agradecimentos: Agradeço ao infinito amor de Deus e por sempre me guardar em seu doce coração. E por nos momentos mais difíceis me mostrar que por e com ele tudo é possível. Aos meus pais, avós, irmã e demais familiares, vocês são meu engenho, minha fortaleza e refúgio. À minha orientadora, Christina Musse, por nossas conversas intermináveis e por suas sugestões. Além disso, por ser uma grande amiga e por ser uma pessoa tão gentil e generosa. Muito obrigada pelos livros e conselhos, certamente, me transformaram em uma pessoa muito melhor. Ah! Meus crochês também não serão mais os mesmos... Ao professor Paulo Roberto Figueira Leal por seus ensinamentos em toda minha vida acadêmica, pelos apontamentos em minha qualificação e pela amizade de sempre. Pelo companheirismo que compartilhamos nas aulas de Teoria da Comunicação I, durante o meu estágio-docência. Você é um bonito exemplo de pessoa ética. Suas aulas “fascinantes”, eu levarei em minhas memórias. Ao professor Nilson Alvarenga por seus questionamentos em minha qualificação e pela boa- vontade de sempre. Ao professor Wedencley Alves pela amizade, pelos melhores “bate-papos” nos corredores e secretarias da Facom/UFJF e nos congressos que nos encontramos. Às professoras Iluska Coutinho e Cristina Brandão, às quais eu muito admiro e tenho muita gratidão. Aos meus companheiros, grandes amigos, que a investigação sobre a memória e a cidade de Juiz de Fora me proporcionou: Eduardo Chain, Rafaella Prata, Paty Lanini, Karina Vasconcelos, Haydêe Sant’Ana Arantes, Daniella Lisieux, Carlos Alexandre, Camilinha Carvalho e Brênio Peters. Aos meus amigos do Programa de Pós-Gradução em Comunicação, PPGcom/UFJF, que estão guardados para sempre em meu coração, pois já me cativaram: Carlos Alberto Pavam, Marcello Machado, Fran de Paula, Dora Stephan, Renata Vargas, Luciano Teixeira, Emília Merlini, Tito Jr., Igor Oliveira, Íris Jatene, Roberta, Ana Eliza Alvim, Gabriela Praça e Flávia Cocate. Aos meus grandes amigos da vida, integrantes do Quarteto Fantástico: Thaís, Mariana e Fausto. À minha amiga e companheira de jornadas, pesquisas e sonhos, Wanessa Bittar. Serei eternamente grata ao seu carinho, paciência, amizade e disponibilidade para me ouvir sempre que preciso fosse. Por ser minha família em Juiz de Fora. À Haydêe por sua generosidade, partilha e atenção. Nossas conversas, desabafos, angústias e dúvidas, nossa vinda para Juiz de Fora. Quantas trilhas nós percorremos, quantas histórias podemos dizer que são apenas nossas. Ao Marcello Machado, amigo de mestrado, que prefiro chamar de Anjo Marcello. Conversas, congressos, trabalhos, e-mails, músicas e orações... Muito vivemos e partilhamos. É certo: “Tamo junto”. Aos alunos do primeiro período de Comunicação Social/ Noturno do primeiro semestre do ano de 2012 por me darem a oportunidade de exercitar em sala de aula um pouco da alegria, da novidade, da ansiedade e da responsabilidade que abarca a docência. Cada aula foi única, uma verdadeira aventura. Ao Nilo e à Hilda, da Divisão de Memória da Funalfa, por sempre acolherem às minhas dúvidas sobre a metodologia da história oral, por compartilhar histórias e curiosidades dos anos 1980 em Juiz de Fora e pelas dicas preciosas para a confecção de minha qualificação. À Heliane Casarin, diretora do Setor de Memória da Biblioteca Murilo Mendes, por me fornecer pistas sobre o período da minha investigação, seja por seus comentários e contatos fornecidos, seja pelo auxílio de sempre na busca por informações nos jornais da época. À Vanessa Esteves, à Leila Barbosa, ao Paulo Motta, ao Jorge Sanglard, ao Paulo de Mello e ao Alex Cunha por disponibilizarem seus acervos pessoais e por saborear um pouco de suas histórias comigo. A todos os entrevistados, que sempre me receberam com os braços abertos, permitindo que eu pudesse viajar pelo tempo através da emoção, da imaginação e da riqueza de suas memórias. Aos professores e demais funcionários da Faculdade de Comunicação da UFJF (FACOM/UFJF) pela simpatia e a colaboração de sempre. À secretaria do PPGcom/UFJF por sanar dúvidas e pela ajuda constante. Destaco a importância de nossa querida secretária, Ana Cristina, por sua boa vontade, carinho e torcida. À PROPG e à Capes, que permitiram que eu pudesse me dedicar a essa pesquisa com zelo e tempo. Resumo Esta dissertação pretende caracterizar a memória audiovisual como marca identitária de Juiz de Fora, Minas Gerais, privilegiando a investigação inédita sobre a produção independente em vídeo, realizada pela empresa Bem-te-vídeo, fundada em 1984 na cidade. Para a avaliação do objeto de estudo, recorreu-se à perspectiva memorialística, adotando a metodologia da história oral, que tem por proposta reconstruir o percurso histórico por meio do testemunho dos sujeitos da experiência. Nesse sentido, foram realizadas entrevistas com 17 pessoas, envolvidas no contexto cultural e audiovisual do período, o que totalizou a análise de cerca de 20 horas de gravação em áudio. Material que, transcrito, ofertou um documento rico sobre a história da produtora, de seus realizadores e do processo da produção de bens audiovisuais e culturais na cidade. A pesquisa ainda contou com um exaustivo trabalho de revisão bibliográfica e investigação de arquivos pessoais, de jornais, revistas, fotografias e produtos em suporte audiovisual. Isto resultou em uma análise fílmica sobre o videodocumentário O Bar Redentor: Fora desse bar, o mundo é mudo, criado pela produtora em 1987. A dissertação orienta-se pela compreensão dos processos comunicacionais como conformadores das identidades e das sociabilidades, em seu contexto histórico, baseando-se em metodologias e conceitos propostos pelos Estudos Culturais, a Nova História, as pesquisas sobre o fenômeno do vídeo no Brasil e as Teorias da Análise Fílmica. Palavras-chave: Memória audiovisual; Produção independente em vídeo; História oral; Identidade; Bem-te-vídeo. Abstract This paper aims to characterize the audiovisual memory as brand identity of Juiz de Fora, unpublished research focusing on independent video production, conducted by producer Bem- te-video, founded in 1984 in the city. For the evaluation of the object of study, we used the memorial perspective, adopting the methodology of oral history, which is proposed to reconstruct the historical route through the testimony of the subjects of the experiment. Accordingly, we conducted interviews with 17 people involved in the audiovisual and cultural context of the period, which amounted to the analysis of approximately 20 hours audio recording. Material that transcript offered a rich document about the history of the producer, its directors and production of audiovisual and cultural assets in the city. The survey also included a thorough literature review and the investigation of personal files, newspapers, magazines and photographs and products in audiovisual support. This resulted in a film analysis on the video documentary The Redeemer Bar: Outside this bar, the world is silent, created in 1987 by producer. The work is guided by the understanding of communication processes with conforming identities and sociability, in its historical context, based on concepts and methodologies proposed by Cultural Studies, New History, research on the phenomenon of video in Brazil