Futebol: Idolatria Ou Tragédia? Um Estudo De Caso Sobre O Drama De Barbosa, O Goleiro Da Copa De 50

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Futebol: Idolatria Ou Tragédia? Um Estudo De Caso Sobre O Drama De Barbosa, O Goleiro Da Copa De 50 FUTEBOL: IDOLATRIA OU TRAGÉDIA? UM ESTUDO DE CASO SOBRE O DRAMA DE BARBOSA, O GOLEIRO DA COPA DE 50 Sérgio Montero Souto (UFF-RJ) RESUMO Este trabalho trata da relação entre fama e tragédia no mundo moderno. O universo escolhido é o dos grandes ídolos do futebol pelo estudo de caso de Barbosa, goleiro do Brasil na Copa de 1950. O objetivo é buscar na análise da tensão entre identidade pública e privada uma explicação para o fim trágico de muitos dos grandes ídolos do futebol. Nossa hipótese é que a busca da singularidade numa sociedade de massa – cuja representação mais radicalizada é a fama - ao ser alcançada produz uma identidade pública que resulta num pastiche e com a qual o indivíduo que vive esse novo papel não se reconhece. Palavras-chave: Barbosa, Futebol e Tragédia 1 Considerações iniciais O objetivo deste estudo é analisar a fama no mundo moderno, permeado pela comunicação de massa, a partir de um ponto de vista aparentemente antagônico a ela: o destino trágico de muitos dos nossos grandes ídolos do futebol. Este trabalho se propõe a dar conta da seguinte questão: seria a tragédia um corolário intrínseco da fama no mundo do futebol? Nossa hipótese é que a busca da singularidade numa sociedade de massa - cuja representação mais radicalizada encontra-se na fama - ao ser alcançada produz uma identidade pública que resulta num pastiche e com a qual o indivíduo que vive esse novo papel não se reconhece. Dessa tensão entre identidade pública e identidade privada, resulta o germe que leva muitos dos nossos grandes ídolos do futebol a finais tão trágicos, quanto os que abateram Garrincha, Maradona e Edmundo, e aparentemente contraditórios com o glamour que envolveu suas vidas aos olhos da mídia e dos fãs. Este trabalho se propõe a pesquisar o tema acompanhando as três principais fases em que se dividem as vidas desses personagens: anonimato, fama e ostracismo. O caminho proposto para recompor essa trajetória é através do estudo de caso de Moacir Barbosa, o Barbosa, goleiro da seleção brasileira de 1950, colocado no banco dos réus há quase cinco décadas, acusado de provocar um dos maiores traumas coletivos vividos pelo país: a perda da primeira - e única - Copa do Mundo sediada pelo Brasil. (1 - Nota: Para uma análise mais detalhada sobre o drama provocado pela perda da Copa de 1950 ver Perdigão,1986 e Filho,1964). Fenômeno que assume dimensões inéditas com a comunicação de massa, a fama é um objeto de estudo privilegiado para examinar-se a complexa interação entre individualismo, modernidade e indústria cultural. Relação que tem talvez sua face mais visível na possibilidade da associação de um nome a um rosto, com a divulgação maciça da imagem decorrente dessa fusão, com todas as suas conseqüências sobre a tensão constitutiva da condição individual: a de ser único ou ser igual. Em outras palavras: a tensão entre a busca pela singularidade e o anonimato. Ao tratar do que a psicanálise classifica de "sentimento de algo ameaçadoramente estranho", Freud (1996) observou a ligação entre heimlich (traduzível como algo assustador) e unheimlich (traduzível como íntimo, secreto e acolhedor),palavras no original alemão a princípio antônimas, mas que acabariam por encontrar pontos de contato. Numa análise análoga, poderíamos dizer que significados antípodas, como glória-tragédia, brilho-opaco e fama-ostracismo, estão presentes na carreira dos grandes astros do futebol, fortemente marcada pela relação assimétrica entre fama e anonimato. Titular 42 vezes da seleção nacional, jogador durante 20 anos do Vasco da Gama (Jornal do Brasil, 11/6/97), Barbosa integrou o "Expresso da Vitória", num dos períodos de maior glamour do primeiro clube brasileiro a admitir negros em suas equipes (Filho, 1964). Conheceu momentos de glória e acumulou conquistas importantes, como o de campeão carioca cinco vezes em oito anos - 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952 – e o primeiro título sul-americano obtido por uma equipe brasileira, em 1948. Ao mesmo tempo, como poucos, viveu a tragédia em sua face mais visível, ao ser apontado como principal culpado pela perda da Copa de 1950 para o Uruguai, em pleno Maracanã, estádio especialmente construído para sediar a primeira vitória do país em mundiais, apresentada, conforme consulta a jornais da época, como etapa importante na consolidação da identidade nacional. Barbosa, por sua trajetória e singularidade, sintetiza aspectos fundamentais desse universo, da tensão entre singularidade e anonimato e da aparente contradição entre glamour e tragédia. O estudo do seu caso permite-nos reconstituir e analisar a trajetória da fama numa profissão de fundamentos tão antagônicos. Quarenta e nove anos depois e quatro copas conquistadas pelo Brasil, Barbosa, ao 73 anos, continua sendo representado na mídia como símbolo de fracasso e complexo de inferioridade nacional, condição renovada a cada véspera de jogo importante com o Uruguai, (2 Nota: Vide, em particular, jornais da véspera da partida da Copa de 1970 e do jogo que decidiu a classificação do Brasil para a Copa de 1994). O capítulo mais simbólico dessa representação se deu quando o então treinador do Brasil para a Copa de 1994, Carlos Alberto Parreira, pediu ao ex-goleiro que se retirasse do campo de treinamento, para evitar o "mau agouro" (O Globo, 17/9/93). Em "A representação do Eu na vida cotidiana", Ervin Goffman compara a vida em sociedade à atuação de atores num palco, assinalando que, para podermos interagir com nossos pares, passamos a assimilar regras sobre o comportamento do grupo, sem que necessariamente tenhamos consciência disso. (Goffman, 1995). Para Goffman (1995), as diferentes equipes de atores sociais representam papéis para platéias distintas em que reforçam sua linha de atuação e defendem sua face. Esse raciocínio pode ser radicalizado quando aplicado às pessoas da “equipe dos famosos”. As inúmeras subdivisões dessa equipe nos permitiriam examinar a representação da fama e seu corolário trágico através do acompanhamento da trajetória de artistas, políticos, cantores, entre outros famosos. A escolha da “equipe dos jogadores de futebol” para a materialização dessa análise deve-se ao fato de que, em na minha opinião, esse é o universo onde a experiência da fama, com toda a intensidade da oposição entre os domínios público e privado, aparece com maior complexidade. E ao contrário de outros campos, onde o fenômeno da fama está longe de seu momento de maior apogeu (3 Nota: A TV Globo publicou, em setembro no jornal O Globo, pesquisa do Ibope revelando que sua novela de maior audiência não ultrapassa a marca de 40% dos televisores ligados. Isso revela que, embora continue um fenômeno de massa expressivo, esse gênero e, por tabela, os ídolos que produz, está bem distanciado do clímax atingido nos anos 70 e 80, quando chegava a alcançar índices superiores a 80%), o futebol vive momento oposto, de exacerbação da idolatria de seus ídolos incomparável ao de outros universos. Poderíamos citar apenas o espaço dedicado na mídia a Ronaldinho numa visita a Kosovo ou ao anúncio da gravidez de sua namorada ou ainda a súbita ascensão no noticiário do outro Ronaldinho, o gaúcho, apenas depois de participar de sua primeira competição pela seleção brasileira, na Copa América de 1999. Os números, porém, são ainda mais eloqüentes. Pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), entre julho e agosto de 1991, revelou que o nome-marca mais conhecido em todo o planeta em todos os setores era o de Pelé, à frente da Coca-Cola e do papa, respectivamente, em segundo e terceiro lugares. (Murad, 1996:124). O crescente reconhecimento do futebol como fenômeno de massa intimamente ligado ao processo de construção da identidade nacional mobilizou e mobiliza a atenção de intelectuais de áreas tão distintas e do porte de Eduardo Galeano, Monteiro Lobato, Manuel Bandeira, Carlos Drumond de Andrade, Roberto DaMatta, Chico Buarque, Dolores Duran, Elis Regina e Haroldo de Campos, entre 92 personalidades listadas pelo coordenador do Núcleo de Sociologia do Futebol da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Maurício Murad (Murad, 1996: 16/17). O jogador de futebol é o principal ator de um negócio que o ex-presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa) João Havelange estima movimentar US$ 250 bilhões (Carta Capital, junho/96), dado que explica o crescente interesse de empresas poderosas em investirem nesse universo, multiplicando seu potencial de crescimento na indústria cultural e gerando novas tensões entre os mundos sagrado e profano. Esses dados, que se somam a outros tão significativos como às gigantescas manifestações populares que ocorrem a cada quatro anos em que o país participa de uma Copa do Mundo, confirmam a afirmação crescente do futebol como um dos principais catalisadores da mobilização nacional. E ajudaram a romper preconceitos, inclusive, acadêmicos, como mostra a constituição do Núcleo de Sociologia do Futebol da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Meu interesse pelo tema foi despertado ao cursar, no segundo semestre de 1996, a disciplina "Industria Cultural e Sociedade", no curso de Especialização em Comunicação e Espaço Urbano, da Uerj, o que deu origem à minha tese Anonimato, fama e ostracismo - jogador de futebol: uma carreira em ziguezague, defendida e aprovada em janeiro de 1998 neste mesmo curso. Esta tese tratou do papel da indústria cultural na construção e na sustentação da imagem do jogador de futebol; a singularidade alcançada por esses ídolos e a forte assimetria que marca a relação entre ídolos e fãs. Foi justamente
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