Transitory Object for Human Use Objeto Transitório Para Uso Humano Marina Abramovic Duração E Experiência Fernanda Pitta

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Transitory Object for Human Use Objeto Transitório Para Uso Humano Marina Abramovic Duração E Experiência Fernanda Pitta MARINA ABRAMOVIC TRANSITORY OBJECT FOR HUMAN USE Objeto transitório para uso humano Marina Abramovic DURAÇÃO E EXPERIÊNCIA Fernanda Pitta Walter Benjamin, em seu famoso ensaio sobre a repro- serem tocados, manipulados, sentidos através de várias dutibilidade da obra de arte, analisava uma nova forma de partes do corpo, não só observados. Mas diferentemen- percepção estética, característica da modernidade, asso- te do cinema para Benjamin, sua percepção não pode ser ciada não à contemplação, e sim mais próxima dos aspec- distraída. Ao contrário, eles exigem que sejam apercebidos tos táteis do sentido. Essa percepção determinaria um tipo de maneira intensa, detida, pausada. O que eles pedem de recepção distraída, mais aparentada ao hábito do que à desse espectador-participante (para usar uma terminologia absorção requerida pela contemplação, característica das estranha a Abramovic, mas conhecida do público brasileiro formas de recepção da estética tradicional. Seu paradigma através de Helio Oiticica) é nada menos do que seu tempo. era a arquitetura e, mais ainda, o cinema. Benjamin havia É o que pode afastá-los do perigo de se tornarem simples depositado uma grande esperança nessa nova estética, cosmetologia, objetos para “aliviar do dia-a-dia”, que pode- em seu poder de mobilizar as massas em direção à liber- riam ser encontrados em spas ou lojas de terapias alterna- dade e à revolução. Para ele, essa recepção distraída seria tivas. Eles oferecem uma experiência que, para que seja o ponto chave dessa nova forma de percepção estética, verdadeira, exige um tipo de comprometimento ao qual e explicitaria, para o público, o valor de uso das obras de não se está acostumado. Não prometem uma iluminação, arte, que poderiam ser assim apropriadas pelas massas, uma experiência mística, mas parecem oferecer ao públi- tornando-se seus instrumentos de transformação. Com co o contato com um outro tipo de percepção do tempo, isso o atributo convencional da obra de arte como objeto a uma outra duração do mundo e de si próprio, destacando-o ser contemplado, que o filósofo associou ao valor reificado das posições cômodas, conhecidas. De que materiais são das mercadorias no mundo moderno, seria destruído por feitos esses objetos? De que natureza é a energia que des- esse novo tipo de recepção da obra. locam? Como se dá esse movimento? Qual a sua duração, Pode-se dizer que essa perspectiva foi frustrada e, de certa sua extensão, sua intensidade? Qual o seu significado? maneira, deixou de ser libertadora, tendo perdido seu ca- Que tempo é esse que o contato com eles instaura? De ráter utópico. Certamente, o público, hoje, parece muitas certa maneira, parecem trazer mais perguntas do que res- vezes experimentar a arte de uma maneira distraída, como postas. O melhor que arte contemporânea tem a oferecer nas grandes bienais, exposições e feiras. Mas essa forma nos dias de hoje. de algum modo converteu-se num novo tipo de contem- plação, não aquela da absorção do culto, mas uma espécie FERNANDA PITTA Seu trabalho evoca muitas vezes de hipnose – compulsiva, pois exige o estímulo constante, sentimentos intensos, algumas pessoas têm reações ex- mas também distraída, pois demanda a sucessiva substi- tremadas diante dele. Mas também, numa certa dimen- tuição do objeto, que logo se torna cansativo. Uma forma são, existe um humor muito próprio seu que só às vezes de percepção que tem como pressuposto afastar o indiví- é notado, ou vem à tona. Como na performance que você duo da vida do dia-a-dia, trazendo-lhe um certo alívio, po- realizou com Jan Fabre no Palais de Tokyo, em 2004 (Virgin rém sem o potencial de transformá-la sob nenhum aspec- Warrior - Warrior Virgin), que parece, num certo sentido, to. Uma experiência talvez mais próxima daquilo que Guy um comentário irônico sobre a noção de artista da Estéti- Debord identificou como característico da “sociedade do ca Relacional de Nicolas Bourriaud, e do artista engajado espetáculo” do que da esperança depositada por Benjamin e “missionário”, característico de certa tendência da arte na identificação do público com as aventuras cinematográ- contemporânea. Ou nas reações do público à sua apresen- ficas do ratinho Mickey. tação no seminário “The Feminist Future: Theory and Prac- Os objetos transitórios de Marina Abramovic nos recondu- tice in the Visual Arts”, quando você trouxe trabalhos da zem a uma estética tátil, do uso, já que são objetos para série Balkan Erotic Epic provocando largas risadas no pú- blico do MoMA, em janeiro de 2007. Existe algum aspecto objetos transitórios, as pedras, as ametistas, as turmalinas, humorístico nos “objetos transitórios” que você apresenta os cristais, os geóides, de Minas ou da Amazônia, são ma- nessa exposição na Galeria Brito Cimino? teriais realmente familiares para os brasileiros. Mas o que será surpreendente para o público brasileiro, eu imagino, MARINA ABRAMOVIC Não exatamente. Há poucos tra- é que geralmente esses materiais são vistos sob a forma balhos que provocam o riso, que têm humor. Eu não sou do artesanato, em objetos utilitários, jóias, em peças deco- uma artista cujo trabalho provoque esse tipo de sensação rativas. Creio que poucos artistas brasileiros usam esses frequentemente. Meus trabalhos despertam sim sensa- materiais para fazer grandes peças como essas. Imagino ções extremas, pessoas choram, mas raramente riem. Os que esse será um aspecto surpreendente do trabalho. Es- trabalhos que quero mostrar no Brasil vêm de uma longa tou trazendo uma herança antiga com um novo elemento, jornada. Comecei a trabalhar neles em 1989, foram feitos com um novo significado. Eu gostaria de despertar uma no Brasil entre 1989 e 1992, e nunca foram mostrados nova consciência a respeito desses materiais, pois o públi- nesse país. Eles saíram daí para serem mostrados na Euro- co pode estar acostumado com esses materiais, mas não pa e na América do Norte, e agora me parece natural que sabe realmente o que eles podem fazer por ele. Não vejo eles voltem a sua terra natal. São trabalhos que demandam um problema se não houver obediência estrita às instru- uma participação do público, ele deve interagir com o traba- ções dos objetos. Para mim a função do artista é apresen- lho, são peças que devem ser usadas para que se obtenha tar o trabalho, entregar ao público esse trabalho, o público determinadas experiências. deve completá-lo. Mas, como artista, não sou responsável pela parte do público, se o público brasileiro terá ou não FP Esses objetos têm instruções específicas para serem uma atitude comprometida com relação a esses objetos. seguidas. Eles só “existem”, como obras, mediante seu Minha função é lhe entregar esse trabalho! Se o público uso pelo público, correto? brasileiro não completar o trabalho, não é minha respon- sabilidade. A questão de obediência e desobediência não MA Sim, esses objetos só fazem sentido quando investi- é central, eu não estou obrigando ninguém, é mais uma dos de um certo poder, pelo uso das pessoas. É por isso questão de livre-arbítrio. Eu gostaria de ter alguns jovens que não os chamo de esculturas. São objetos para serem artistas, performers, para usar e interagir com esses traba- incorporados ao dia-a-dia. Como esses travesseiros que lhos diante do público, servindo como uma espécie de guia devem ser usados sobre o coração para sentir uma descar- para o uso correto desses objetos. Existem livros escritos ga de energia. Ou por uma família que, por exemplo, antes sobre as propriedades dos cristais, isto não é uma novida- de tomar café ou fazer suas tarefas, deve ir até a parede de. Se o público não quiser ter essa experiência, será uma e pressionar seus corpos contra um desses objetos (Black boa experiência a menos que ele terá em sua vida. Dragon, quartzo rosa, 1989, Brasil) e então fazem o resto de suas atividades diárias. Dessa maneira eles se tornam FP Essa relação de mão dupla também está presente em parte da vida cotidiana. O seu papel é se tornarem parte suas performances? Você as pensa como monólogos ou dessa vida. como diálogos? FP Como você espera que essas instruções sejam segui- MA A performance deve ser um diálogo. É uma troca de das pelo público brasileiro? energia entre o artista e o público. Uma comunicação. Se fosse monólogo eu poderia fazer em minha casa, o que MA Não sei ao certo como ele irá reagir. Sei que o público nunca fiz. Nunca fiz performances privadas. Eu faço per- brasileiro é muito curioso, entusiasta e emocional. Além formances diante de grandes públicos. Para mim a perfor- ESPERANDO POR UMA IDÉIA WAITING FOR AN IDEA 1990 1990 disso, esse público conhece o material do que são feitos os mance é um diálogo. Brasil Brazil FP Os objetos transitórios também provocam um tipo de ferença. Há livros escritos sobre essas propriedades dos diálogo? minerais, não é algo que eu inventei. Joseph Beuys era outro artista que se preocupava bastante com o material, MA Sim. Você sabe, toda boa obra de arte é um diálogo. com certas propriedades do cobre, por exemplo. Eu me Entre o trabalho e o observador. E aqui é necessário dar um interessei por diferentes materiais e pelas maneiras com passo além, o espectador deve não só observar os traba- que esses materiais se conectam com nosso corpo e com lhos, como um “voyeur”, mas se transformar num “experi- o corpo do planeta. E como o corpo do planeta se conec- mentador”, interagir com os objetos, tomar parte ativa na ta com nosso corpo. É possível perceber facilmente, por exposição e dessa maneira fazer uma “performance” com exemplo, que o quartzo afeta nossos olhos, esses mate- os objetos. Esse é realmente um passo adiante, pois geral- riais nos afetam, conectam-se com nosso corpo.
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