Vera Cruz: Nas Letras Da Docência
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Igor Rossoni Maria da Conceição Pinheiro Araujo Maria das Graças Meirelles Correia (Org.) Vera Cruz: nas letras da docência Uma coletânea de textos redigidos pelos docentes da Rede Municipal de Educação de Vera Cruz Vera Cruz: nas letras da docência Vera Cruz: nas letras da docência Copyright © 2012, Igor Rossoni, Maria da Conceição Pinheiro Araújo e Maria das Graças Meirelles Correia (Org.) A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais (Lei nº 9.610/98). Capa Núbia Moura Ribeiro Foto da capa Gal Meirelles Revisão Gal Meirelles Editoração Núbia Moura Ribeiro Produção editorial Gal Meirelles e Núbia Moura Ribeiro Sistema de Bibliotecas – IFBA Vera Cruz: nas letras da docência / Igor Rossoni; Maria da Conceição Pinheiro Araújo; Maria das Graças Meirelles Correia (Organizadores). - Salvador: IFBA, 2012. 128 p. ISBN 978-85-8140-000-6 1. Narrativas. 2. Ilha de Itaparica. I. Título. CDU 82-34 Igor Rossoni Maria da Conceição Pinheiro Araújo Maria das Graças Meirelles Correia (Org.) Vera Cruz: nas letras da docência Salvador - BA 2012 Sumário Apresentação Quando a paixão nos move – Núbia Ribeiro ............................................................................... 09 O desafio da educação em Vera Cruz – Heder Amaro Velasques de Souza ....................................... 12 Parte I Prefácio – Oficinas de produção textual em Vera Cruz: memória e experiência docente – Maria da Conceição Pinheiro Araújo ....................................................................................................... 17 Conceição: praia da emoção – Adriana Alves dos Santos .............................................................. 24 A localidade de Tairu – Ângela da Silva Moreno .......................................................................... 26 Terno da estrela: o resgate da cultura de Jiribatuba – Ana Maria Silva Carmo .................................. 28 A comunidade de Baiacu – Áurea Menezes da Cruz ..................................................................... 32 História de Cacha Pregos – Cristiane dos Santos Cruz .................................................................. 34 Ponta Grossa: um lugar em Vera Cruz – Elienai Lima de Jesus ........................................................ 36 Memória de Tairu – Eliene Chagas da Silva ................................................................................. 40 Pesca e festa em Tairu – Ivone Silva Dórea ................................................................................. 42 A chegada do Ferry Boat em Coroa – Jacira Moreira Freitas .......................................................... 48 Memória, história de vida e formação docente dos professores do município de Vera Cruz – João Carlos Pharaoh ................................................................................................................................. 51 Memórias de Barra do Pote: o surgimento da escola – Lorena de Castro e Silva Santana .................. 55 Saveiros da Ilha – Luciene Barbosa Azevedo .............................................................................. 59 Coroa e Barra do Gil – Maria Floricéia Ramos ............................................................................. 63 Zé de Vale, você conhece? – Maria Núbia Alves da Silva ................................................................ 70 Minha Ilha – Maria Telma dos Santos Santana ............................................................................ 73 Memorial: a história dos professores na comunidade de Aratuba – Miraci Carvalho de Souza ............ 78 A localidade de Tairu – Neuza Monteiro da Conceição Lima ......................................................... 82 Memórias de Catu – Rosimere Oliveira Silva Ferreira ................................................................... 84 O amor em Mar Grande – Shirley Cristina S. Conceição ................................................................ 88 Cacha Pregos: alguns aspectos – Silvia Andrea Almeida Patrício .................................................... 89 Juerana: o resgate de uma história – Sortenenes C. da Silva ......................................................... 92 Sobre pessoas e lugares do projeto Shops (Lojas) – Wilma Godoy ................................................. 96 Parte II Ouvir estrelas – Igor Rossoni ................................................................................................................... 101 Em sala de aula – Ana Cristina Paixeco ..................................................................................... 104 Uma história de leitura e escrita – Nilma dos Anjos Santos .......................................................... 107 Primeiros momentos – Patrícia Kipper ....................................................................................... 111 Ideias do cotidiano, abrindo os olhos para sala de aula – Tereza Antônia ........................................ 113 Posfácio Ler, ouvir, escrever – Maria das Graças Meirelles Correia .............................................................121 Apresentação Quando a paixão nos move Núbia Moura Ribeiro* izem que as coisas feitas com paixão têm maior possibilidade de dar certo. Como o Projeto DBaía de Todos os Santos nasceu de uma paixão, o dito vem se confirmando e o Projeto nasceu abençoado desde sua origem. Tudo começou em dezembro de 2007, numa tarde de sol, na linda Colina de São Lazaro, quando pesquisadores estavam reunidos para discutir um projeto que contribuísse para a estruturação da pesquisa no Estado, projeto que teria o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Naquela reunião, Jailson Bittencourt de Andrade, o atual coordenador no Projeto Baía de Todos os Santos (BTS), um velejador apaixonado pelas águas verdes esmeraldas da Baía e ciente dos problemas que seus habitantes e o ambiente enfrentam, propôs que a Baía de Todos os Santos fosse o eixo de estruturação do projeto para desenvolver a pesquisa no Estado. Embora naquela reunião a opção fosse priorizar as pesquisas em Engenharia e em Tecnologia da Informação, todos reconheceram a importância de um projeto estruturante focado na BTS, o que levou Robert Verhine, o então diretor científico da FAPESB, a disponibilizar o espaço da FAPESB para apoiar a formulação da proposta. Assim, durante o ano de 2008, um grupo de trabalho, multidisciplinar e multiinstitucional, discutiu e elaborou uma proposta que, em dezembro de 2008, resultou na assinatura de um convênio entre a FAPESB e as instituições parceiras, para realização de um projeto de pesquisa com duração de dois anos. * Núbia Moura Ribeiro, doutora em Química Orgânica, é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). 9 Na verdade, a concepção do Projeto BTS, discutida e proposta pelo grupo de trabalho, prevê a realização de pesquisas ao longo de 30 anos, para que levantamentos de dados oceanográficos, químicos e biológicos possam permitir o acompanhamento, o diagnóstico e a realização de simulações mais próximas possíveis da realidade. Assim sendo, o projeto, apoiado pela FAPESB, é apenas a semente de uma árvore que deve se desenvolver por, pelo menos, três décadas. Imbuídas da mesma paixão que levou ao surgimento do projeto BTS, as “Oficinas para produção textual” também são fruto de esforço movido por um poderoso sentimento. Gal Meirelles, uma fotógrafa, professora, pesquisadora e moradora de Baiacu, povoado de pescadores da contra-costa da Ilha de Itaparica, no coração da Baía, havia se integrado à equipe do projeto BTS. Inquieta, criativa, preocupada com “seu povo” – os moradores da Ilha — ela perguntou-nos se haveria possibilidade de organizarmos oficinas para os professores da Rede Municipal de Vera Cruz, um dos municípios da Ilha de Itaparica. Não tínhamos recursos no projeto para esta atividade, porém lembrando que o projeto não nasceu em um banco, mas nasceu sobretudo porque encontrou eco nos corações, podíamos esperar bons desdobramentos... O IFBA, antigo CEFET-BA, leva em seu nome e na sua prática o caráter tecnológico, mas é uma instituição onde o sentimento de amor e respeito pelas pessoas ainda emerge e encontra espaço para expressar-se. Em relação às Oficinas, primeiro Maria da Conceição Pinheiro Araújo, uma doutora do IFBA e entusiasta do ensino de Língua Portuguesa, cedeu suas tardes de sábado para realização dos encontros com os professores de Vera Cruz. Em seguida, numa reunião com o Pró- reitor de Extensão, Carlos d´Alexandria Bruni, sem qualquer obstáculo, ficou acertado o apoio do IFBA para a realização das Oficinas como uma atividade integrada ao projeto BTS. No processo de seleção, inscreveu-se mais que o dobro do número de vagas oferecidas para 10 as Oficinas, aproximadamente 170 inscritos para as 50 vagas iniciais. Neste processo seletivo, foi detectado, também, outro grupo de professoras que mereciam atenção especial e, mais uma vez, pudemos ver o poder de um sentimento enraizado na luta por algo melhor para as pessoas. Igor Rossoni, um doutor em literatura da UFBA, um sulista que foi conquistado pelo calor desta terra, aceitou ministrar as oficinas para um segundo grupo de professoras. E assim começaram os encontros, previstor para ocorrerem em seis tardes de sábados. Pude estar com o grupo em alguns momentos. Encantava-me observar quanto conhecimento não consciente sobre a BTS havia naquelas pessoas, conhecimento tácito, vivencial, amalgamado nas células, nos