O Partido Comunista Da Índia (Maoísta) MATEUS CAMPOS RANZAN

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O Partido Comunista Da Índia (Maoísta) MATEUS CAMPOS RANZAN O Partido Comunista da Índia (Maoísta) MATEUS CAMPOS RANZAN Este artigo irá estudar os métodos utilizados na construção teórico e prática do Partido Comunista da Índia (Maoísta) – PCI (Maoísta)1 – no período entre 2009 e 2010, quando esse passou por um processo de institucionalização e militarização, consolidando-se em termos de inserção popular na região de Dandakaranya2, que ocupa áreas de quatro estados indianos diferentes. Entre 2009 e 2010 o Partido conseguiu realizar diversas agitações nas regiões em que sua força é predominante, consolidando o Janata Sarkar (Governo do Povo), ou seja, um governo paralelo ao Estado indiano. Entretanto, no fim de 2010 essas agitações começam a perder força devido às operações antinaxalistas planejadas pelo governo, em especial a Operação Green Hunt3, lançada em novembro de 2009. Fundado no ano de 20044, este partido reúne um grupo de militantes que, ao mesmo tempo, nega a via eleitoral como forma de alcançar o poder estatal e utiliza a luta armada como meio para tentar mudar profundamente a realidade política e social da Índia. Entre as influências teóricas que inspiram os guerrilheiros destacam-se, sobretudo, as teses de Charu Majumdar5 e os pensamentos de Mao Tse-Tung6. Além Mestrando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), bolsista Capes. Email para contato: [email protected] 1 Com o intuito de tornar o texto mais dinâmico e também para aproximar-se da terminologia utilizada pela bibliografia especializada, sempre que possível, será utilizada a forma abreviada do Partido Comunista da Índia (Maoísta). 2 Essa área inclui os distritos de Bastar, Dantewada e Kanker, ao sul do estado de Chhattisgarh; Gadchiroli e Chandrapur em Maharashtra; Koraput e Malkangiri em Orissa; Adilabad, Karimnagar, Khammam e Godavari Oriental no estado de Andhra Pradesh, sendo referida pelos maoístas como Zona Especial de Dandakaranya. (RAMACHANDRAN, 2011:18). 3 Essa operação consiste no envio de mais de 50 mil soldados treinados especialmente para combater os naxalistas em cinco estados diferentes (Bengala Ocidental, Jharkhand, Bihar, Orissa e Chhattisgarh), disponível em: <http://www.bbc.co.uk/news/10453627>, acessado em 20.jun.2012. Contudo, é importante frisar, os maoístas continuam ativos em todos esses estados, ainda que atuem com maior cautela, especialmente após a perda de importantes lideranças do grupo. 4 COMMUNIST PARTY OF INDIA (MAOIST) CENTRAL COMMITTEE (PROVISIONAL). Disponível em: <http://www.bannedthought.net/India/CPI-Maoist- Docs/Statements/PressStatementOnMerger.htm>, acessado em 10.abr.2010. O Partido foi fundado em 21 de setembro, mas a nota para a imprensa somente foi divulgada em 14 de outubro. 5 Líder histórico dos maoístas revolucionários e principal ideólogo do movimento, escreveu as “Oito Teses” (1965-66), documentos que se tornaram as primeiras bases teóricas-ideológicas da guerrilha. Suas teses estão disponíveis em: < http://ajadhind.wordpress.com/historic-documents-charu-mazumdar/>, acessado em 23.ago.2010. 6 Uma série de documentos escritos por Mao, tais como “On Protracted War” (1937) e “On Guerrilla Warfare” (1938) estão disponíveis em:< http://www.marxists.org/reference/archive/mao/index.htm>, acessado em 23.ago.2010. dessa base teórica, o PCI (Maoísta) também recebe influências de experiências históricas como a Revolução Chinesa e conflitos anteriores específicos da Índia. O Partido justifica a sua atuação criticando a formação histórica do país e aproveita-se da multiculturalidade da região para conquistar o apoio popular nas áreas onde atua. O PARTIDO É importante analisar o sentido de organização partidária defendido pelos naxalistas7, uma vez que os mesmos se identificam enquanto partido, contudo, para o governo indiano os maoístas não passam de um “grupo terrorista”. Pretende-se expor os conceitos de Partido relacionados com a ação revolucionária para a tomada do poder estatal e os questionamentos da validade da ação política por meio do parlamento. Nesse contexto, além de um partido, esses grupos utilizam-se de outras formas de organização para alcançar os seus objetivos. O movimento camponês indiano passou por diversos processos de mudanças no decorrer do tempo, com diferentes alinhamentos ideológicos e princípios de ação (SINGHAROY, 2004: 48). Essas mudanças afetaram a participação direta/indireta e violenta/passiva dos camponeses, sendo parte natural de um processo de formação de identidade. Dessa forma, os naxalistas se inserem enquanto uma das consequências desse complexo processo, relacionando posse da terra, valores culturais e religiosos, além da constituição da camada rural pobre como agente político. Os naxalistas sempre procuraram se identificar enquanto um partido revolucionário, essa era uma questão evidente nos seus planejamentos. Após a expulsão de Charu Majumdar e seus seguidores do Partido Comunista da Índia (Marxista) – PCM –, quando os mesmos iniciaram a revolta em Naxalbari, fez com que os guerrilheiros se organizassem na All India Coordination Committee of Communist Revolutionaries (AICCCR), um aglomerado de organizações simpatizantes dos ideais maoístas. A AICCCR era formada por dissidentes do PCM de diversos estados, mais alinhados com os revoltosos de Naxalbari do que com as políticas parlamentar. Entretanto, já existiam ambições de construir um novo partido na política indiana, que aglutinasse todas as forças de esquerda revolucionárias da Índia. Esse ideal foi concretizado com a fundação do Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) em 22 de abril de 1969. 7 Naxalista é outro termo utilizado para se referir aos maoístas revolucionários da Índia. Nesse texto, os termos são intercambiáveis. Apesar de o movimento ter sofrido diversas divisões no passar dos anos, a maioria de seus grupos continuaram se identificando enquanto “Partido”. Alguns desses grupos abandonaram o caminho da luta armada, optando pela via parlamentar para alcançar o poder estatal. Dessa forma, alguns de seus membros foram eleitos para o Lok Sabha, como foi o caso da região de Ara, em Bihar, responsável por enviar o primeiro naxalistas para o Parlamento8. Para o PCI (Maoísta) esses grupos são revisionistas e pouco diferem dos demais partidos parlamentares burgueses. Os naxalistas buscam como base de apoio as populações mais subalternas da Índia, nesse caso, os adivasis. A integração entre o Partido e os adivasis é significativa, por isso o trabalho de investigação para identificar quem realmente é um naxalista é muito complexo, levando a agentes policias admitirem que não identificam facilmente “quem é o inimigo”9. Para o ativista gandhiano Himanshu Kumar a popularidade do PCI (Maoísta) entre os tribais se deve ao fato de que os naxalistas ouvirem e ajudarem nos problemas dos adivasis, especialmente quando esses problemas estão relacionados com a ação policial. Por outro lado, o Estado cria um bloqueio, até mesmo para ouvir as reclamações dos tribais a respeito dos abusos cometidos pelas forças de seguranças em suas diversas operações em territórios dos povos originários. Kumar acredita que essas operações terminam por aterrorizar as populações locais, desafiando a própria jurisprudência a respeito dos adivasis, logo, por respeitarem os tribais e os ouvirem, os naxalistas, consequentemente, se tornam populares e respeitados10. Especialmente nas duas últimas décadas a Índia passou por um grande processo de desenvolvimento, mas a situação da população pobre se manteve inalterada. Nesse tempo a parte industrial e militar do país cresceu consideravelmente, assim como a classe média que, segundo os maoístas: “parece formidável em tamanho quando comparado com a população de muitos países da Europa”, entretanto, “os pobres cresceram e dobraram de tamanho agora alcançando cerca de 80% da população” (MIB 8 Conforme informação divulgada em uma linha do tempo criada pelo jornal Hindustan Times. Disponível em: <http://www.hindustantimes.com/news-feed/nm2/history-of-naxalism/article1-6545.aspx>, acessado em 18.mar.2012. 9 Em entrevista para o repórter Rahul Pandita, em noticia divulgada na Open Magazine, um policial não identificado ainda afirma: “Adivasis share nothing with us”, logo em seguida acrescenta: “We have even tried asking young children, but not a word comes out of their mouth. We have no intelligence at all”, por fim admite: “We are all waiting for evening so that we could retire to the camp”. Disponível em: <http://www.openthemagazine.com/article/nation/the-war-nobody-can-ever-win>, acessado em 18.jun.2013. 10 Kumar escreveu um longo artigo relatando diversos abusos cometidos pelas forças de seguranças e a reação dos adivasis. Disponível em: <http://sanhati.com/articles/1937/>, acessado em 6.jun.2013. 16, 2010: 3). Em conformidade com essa posição, um relatório independente realizado a pedido do governo aponta: “A Índia hoje orgulhosamente proclama acima de 9% de taxas de crescimento e em breve atingirá dois dígitos de crescimento. Mas é comum observar que as desigualdades entre as classes, entre a cidade e o campo e entre as castas superiores e as comunidades desprivilegiadas estão aumentando” (DCEAA, 2008: 1). São essas as condições que fortalecem os espaços de atuação dos revoltosos. Os naxalistas possuem um modelo de desenvolvimento com algumas práticas que se repetem em todos os lugares onde assumem certa relevância. Essas práticas incluem a reforma agrária e maior igualdade social, incluindo as mulheres, que também passam a ganhar direitos e autonomia. A agricultura passa a ser realizada sem o auxilio de pesticidas ou agentes químicos, visando
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