EXTRA PAUTA Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná Nº 83 - Novembro/Dezembro - 2007 - ISSN 1517-0217 Impresso Especial [email protected] 3600137940-DR/PR http://www.sindijorpr.org.br SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Convenção Coletiva Fenaj Diretoria eleita assume o comando da Conquista, federação ))Página 8 Ética apesar de tudo Código de conduta Diante do descaso patronal, aumento profissional é salarial não foi além da inflação reformulado em congresso negociação d a campanha salarial ))Página 9 A 2007-2008 fechou com o zeramento da inflação Perdas para a categoria. Embora tenha sido a solução mais Jornalismo do PR conveniente encontrada sem Manoel Carlos pela categoria para o mo- mento, nem de longe chega Karam e José a atender às necessidades dos jornalistas paranaenses, Eugênio de Souza que há dez anos estão que- ))Página 10 rendo ir além da reposição e conquistar aumento real. Com o mote “Chega de per- Violência das!”, fomos para a campa- Trabalhando, nha, sem, no entanto, uma contrapartida de seriedade jornalista é agredido dos patrões – que, ao contrá- por advogado rio, vieram com propostas acintosas, como a criação em de pisos até 40% menores para profissionais de rádio ))Página 12 do interior. Como saldo da campanha, ficamos com Terror o canal de diálogo aberto com os patrões, para che- Nas redações: gar à próxima negociação demissões, assédio discutindo não apenas as cláusulas econômicas em moral e usurpação outros patamares. de direitos ))Página 3 ))Páginas 5 e 6 2 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 editorial

assédio moral tão condenado em todos os para uma jornalista em sua rádio porque ela é sua Osegmentos é mais uma das estratégias de ne- Patrão não filha e se fosse outro não teria condições. gociação dos patrões. A imposição anual de apenas São manifestações assim que embrulham o nosso o índice inflacionário e a assinatura da convenção estômago e tiram todas as esperanças de diálogo. anterior, já vem se alongando há vários anos sem É mais do que notório que as coisas estão erradas. qualquer benefício à categoria. O comum nas mesas dialoga, impõe É evidente que a empresa pensa apenas nos seus de negociação na DRT é a proposta de perdas de be- benefícios e lucros. Não há comprometimento com a nefícios já conquistados, como a indecorosa jornada categoria quando profissionais com dez, vinte, trinta de até sete horas diárias, salário diferenciado entre preocupação com qualidade, jornais, rádios, TVs e anos de casa são empurrados porta afora sem cons- Capital e Interior, fim do anuênio e outras prerrogati- os outros segmentos da mídia não deixam ninguém trangimento. O descumprimento de normas coleti- vas que o Sindijor PR defende a todo custo. Isso é um mais criar raízes ou seguir carreira. vas é evidente quando não se honra sequer o acordo verdadeiro assédio moral, que desgasta o poder aqui- Estimular a ciranda e dar instabilidade empre- coletivo renovado todos os anos diante da DRT. sitivo do jornalista e o empurra pra baixo a gangorra gatícia é a forma que os patrões encontram para Isso tudo está obrigando o Sindicato a ser mais da disputa capitalista, onde os pobres ficam cada vez desmontar qualquer disposição do profissional em duro nas suas investidas. Ao invés de chamar mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. lutar pelo seu lugar ao sol. Com isso é um “agarre- para o diálogo, o recurso será denunciar à Dele- Uma observação constante do Sindicato para se quem puder” para permanecer no emprego. gacia do Trabalho e se isto não for o suficiente, a categoria é a necessidade de união de forças Um exemplo está na tática do Grupo convocar o Ministério Público. estimulando a aproximação dos trabalhadores do Paulo Pimentel, ao ser chamado pelo Sindicato Infelizmente os patrões não entendem a lin- Sindijor para que este redobre forças nas lutas. para uma mesa de negociações na Delegacia Re- guagem do diálogo. Eles só conhecem a imposição São batalhas pelo pagamento de horas extras, con- gional do Trabalho a fim de explicar a demissão como arma de negociação. Então que assim seja. tra as péssimas condições de trabalho, absurdas sistemática de funcionários nos últimos meses. E que o Sindicato não se transforme em culpado propostas de banco de horas e uma infinidade de Como resposta, a lacônica argumentação de que pela estratégia que lhe está sendo imposta. O estratégias que os patrões, organizados, empur- “a política de contratação é de sua exclusiva al- que a categoria não pode é continuar perdendo e ram goela abaixo à categoria. çada, exercitada nos moldes legais, e que não há sendo tratada como uma classe de necessitados. O mais forte de todos os argumentos patronais descumprimento de qualquer norma coletiva”. Não podemos esquecer que o jornalista é o cérebro é a garantia de emprego. Entretanto é preciso ob- E a pior de todas foi do presidente do Sindicato de qualquer mídia. A ele cabe a função de pensar. servar que hoje a tática patronal é a renovação de de Rádio e TV, Roberto Lang, que queria um sa- Então precisamos ter atitudes inteligentes não equipes periodicamente. Aproveitando-se da vasta lário mais baixo para o pessoal do Interior. Uma apenas na negociação, mas no exercício da nossa oferta de mão-de-obra no mercado, sem a menor absurda proposta de quem disse que só paga o piso profissão, antes de tudo. expediente artigo

Extra Pauta é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. Endereço: Rua José Loureiro, 211, Curitiba/ Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax: (041) 3224- 9296. E-mail: [email protected] Jornalista Responsável: Aniela Almeida (MTb As perdas continuam 3844/15/42) Márcio Rodrigues Redação: Adir Nasser Junior tam que mais de 80% das categorias CLT ou fazer plantão todos os finais [email protected] profissionais organizadas receberam, de semana, são absurdos que devem Colaboraram nesta edição: Márcio Rodrigues, , infelizmente, mais um ano ao longo dos últimos três anos (desde ser combatidos por nós jornalistas. Émerson Castro, Mariana Franco Ramos, Aniela Almeida, Cláudio Dalla Benetta. Ése passou, mais uma campanha 2005), aumento real. Ou seja, para os Afinal, muitas vezes somos artífices Fotografias: Jonathan Campos, Allan Costa Pinto, pela renovação da Convenção Cole- barões da imprensa paranaense, jor- de denúncias que tentam combater Lineu Filho, Valterci Santos, Anderson Tozato, João Noronha e Ana Barrios tiva de Trabalho (CCT) foi concluída nalistas são menos profissionais que essas práticas abusivas exercidas Edição Gráfica e ilustrações: Simon Taylor com a assinatura do documento por outros tipos de trabalhadores. por empresários inescrupulosos que (www.ctrlscomunicacao.com.br) parte dos Sindicatos envolvidos (de Pior: a maioria dos colegas de pro- estão mais interessados na geração Impressão: Helvética Composições Gráficas Ltda. (Rua Des. Westphalen, 3047 - Curitiba-PR) trabalhadores e empregadores) e, fissão não têm tido atitude consciente. de lucros sem pensar na função so- Tiragem: 3.800 exemplares mais uma vez, não tivemos nosso No blog construído para a campanha cial de uma empresa. Mas quando o As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que valor reconhecido pelos patrões. Em- “Chega de Perdas!” (http://sindijorpr. assunto é gerado na própria empresa citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos de opinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por não bora o mote de nossa campanha te- blogspot.com), poucos foram os que jornalística, os empresários ou seus representarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria. nha sido o “CHEGA DE PERDAS!”, deram as caras e delataram os patrões pré-postos dentro da organização, até agora a única certeza é que não por condições de trabalho questioná- barram a informação. são mais dez anos sem aumento real. veis, falta de pagamento de hora-extra, É por essas razões que esse Sin- DIRETORIA ESTADUAL São onze. Isso mesmo: onze longos falta de estrutura nas redações ou pro- dicato lança um desafio a todos os Diretora-presidente: Aniela Almeida, Diretor-executivo: Osni Gomes, Diretor financeiro: Marco Assef, Diretor anos sem podermos contar com o tão blemas que geram o descumprimento jornalistas paranaenses: vamos lutar de Defesa Corporativa: Márcio Rodrigues, Diretor de Formação: Valdir Cruz, Diretora de Saúde e Previdência: almejado reconhecimento por parte de cláusulas da CCT. por aumento real desde agora. Vamos Cláudia Gabardo, Diretor de Imagem: Pedro Serápio, dos donos da mídia no Paraná. Essa falta de compromisso para nos mobilizar nos nossos locais de Diretora de Ação para a Cidadania: Maigue Gueths, Diretores administrativos: Josiliano Mello, José Rocher, Onze anos que nos dão (às vezes com a própria categoria deveria ser a trabalho, formar comissões internas Mário Messagi Jr., Thea Tavares e Tatiana Duarte nem isso) o repasse da inflação do gasolina que nos move à mobilização. de discussão do assunto, convocar o DELEGACIAS REGIONAIS Foz do Iguaçu: Vice-presidente regional: período com base no Índice Nacional Porém, o que ocorre é o medo que Sindicato ou seu representante para Alexandre Palmar, Diretor de Defesa Corporativa: de Preços ao Consumidor (INPC), campeia a maioria das redações. Os auxiliar nessa discussão. Não pode- Douglas Furiatti, Diretora de Formação: Patrícia Iunovich, Diretora de Cultura: Áurea Cunha medido pelo Instituto Brasileiro de jornalistas andam assustados e com mos ficar mais tempo sem sermos ou- Cascavel: Vice-presidente regional: Fábio Conterno Ponta Grossa: Vice-presidente regional: Claudia Oliveira Geografia e Estatística (IBGE), como medo de perder o emprego. Nada vidos pelo patronato inconseqüente Conselho Fiscal: Daniela Neves, Edson Fonseca e se fosse um favor. mais justo você temer perder um que só olha para seu bolso e esquece Silvio Rauth Filho Essa postura patronal contradiz o posto de trabalho. Porém, isso não que famílias inteiras dependem do Suplentes: João A. Ribeiro e Wagner de A. Aragão que a maioria dos outros empresários pode ser uma motivação para a ex- salário para sobreviver. Desde já: Conselho de Ética Vânia Mara Welte (presidente), Aurélio Munhoz, Christiani tem feito em relação a seus funcioná- ploração. Aceitar trabalho que paga CHEGA DE PERDAS! Helena de Moraes, Ricardo Bruel (Ministério Público do rios. Dados divulgados após levanta- menos que o piso ou exercer sua fun- Trabalho) e Roni Anderson Barbosa (Central Única dos Trabalhadores - CUT); Suplentes: Andréa Moraes, Rodrigo mento realizado pelo Departamento ção sem carteira assinada; trabalhar * Márcio Rodrigues é jornalista Costa da Rocha Loures (Federação das Indústrias do Estado do Paraná - Fiep) e Manoel Antonio de Oliveira Franco (Ordem Intersindical de Estatísticas e Estu- num mesmo local de trabalho mais e diretor de Defesa Corporativa dos Advogados do Brasil - Seção do Paraná - OAB-PR) dos Sócio-Econômicos (Dieese) apon- que as cinco horas determinadas pela do Sindijor-PR E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 3

)))) Mudanças na assessoria da Ocepar... )))) e na Prefeitura de Curitiba Maria de los Angeles Duarte deixou a assessoria de imprensa da Ocepar e continua Na Comunicação da Prefeitura de Curitiba estão Luciano Patzsch, na redação da Folha de Londrina em Curitiba. Em seu lugar entrou Marli Vieira, que saiu da Toda Comunicação Editora, e Priscila Caroline Campos, que também atua na ONG Ecologia Urbana. que estava na Secretaria Municipal de Educação.

NEGOCIAÇÃO A campanha e seus momentos Não houve muito diálogo com os patrões novamente. Mas conseguimos “arrancar” pelo menos a inflação do período

Por Márcio Rodrigues* toda a categoria e a proposta dos radio- difusores, considerada pela diretoria campanha salarial desse ano foi do Sindijor-PR no mínimo indecorosa, Amenos traumática que a realizada deflagrou um momento de reação. no ano passado. No entanto, se houve Além de um banner na fachada da diálogo, ele foi forçado pela existência sede, e da produção de bloquinhos e de uma instância que, moralmente, adesivos com os motivos da campa- obrigou os patrões a sentar à mesa e nha (CHEGA DE PERDAS!) ainda negociar. Depois da Assembléia que foi criado um blog (http://sindijorpr. aprovou a Pauta de Reivindicações, org.br) para receber denúncias do realizada no dia 31 de julho, foi enca- descumprimento das cláusulas por minhado o documento aos Sindicatos parte dos “patrões picaretas”. Patronais e empresas que seguem nos- Em Assembléia para análise da sa Convenção Coletiva de Trabalho. proposta dos radiodifusores, a direto- Na correspondência encaminha- ria recebeu o aval para negar qualquer da, um ofício estabelecia, para o dia tentativa de diferenciação do piso no 10 daquele mês, a primeira reunião de de diálogo com os patrões, e “escolados” R$ 1700,00”, pois isso representaria interior, pois essa unicidade é o que negociação, como forma de agilizar o com a frustrante falta de comunicação algo em torno de 10% do que as rádios mantém os jornalistas do Paraná em processo e para que em outubro, fosse do ano passado, foi solicitada uma pequenas faturam num mês. situação diferenciada em relação aos assinada a nova Convenção. mesa-redonda de negociação junto à Lang ressaltou ainda que só profissionais de outros estados. Mas os Sindicatos patronais, Delegacia Regional de Trabalho. paga o piso para a jornalista de sua Na reunião do dia 10, diante do im- assim como as empresas que rece- Na data estipulada, 5 de setem- rádio – ele é o dono da rádio Voz do passe criado pelos sindicatos patronais, beram o documento, não comparece- bro, estavam lá cerca de oito repre- Sudoeste, de Coronel Vivida – pois que sequer levaram em consideração ram à reunião. Dois representantes sentantes de empresas, o advogado trata-se de sua filha. a readequação das cláusulas propostas enviaram correspondência na qual se do Sindicato de Jornais e Revistas e Ou seja, caso você jornalista, que ou a implantação das novas sete pro- desvinculavam da nossa negociação. o advogado do atual presidente do está lendo essa matéria não seja postas, foi assinado um acordo possível. Os que continuaram na negociação, Sindicato de Radiodifusão. De cara parente de algum dos proprietários Ou seja, a renovação da atual Conven- nem sinal de fumaça enviaram no o Sindicato rechaçou a proposta dos do veículo onde trabalha, não fará ção, o repasse da inflação do período prazo estipulado. donos de jornais e revistas. jus sequer ao piso salarial – essa é a (4,92%). O absurdo da intransigência Uma semana depois de vencido o Já o advogado que representava lógica dos patrões no Paraná. se deu quando o representante da TV prazo, no entanto, o representante do os radiodifusores (rádios e TVs), ale- Voltando às negociações, Lang ainda Bandeirantes na mesa, argüiu que Sindicato de Jornais e Revistas enviou gou que a nova eleição no Sindicato brindou a categoria com uma “pérola 0,08% (apenas para chegar à alíquota uma correspondência com a pífia con- impedira a presença do presidente coletiva”. Propôs uma alíquota de re- de 5%) significariam uma aumento traproposta de cinco pontos: reposição do mesmo, além desse não ter tido dução do piso para as rádios. Em muni- demasiado nas folhas de pagamentos da inflação do período (outubro de 2006 “tempo hábil” para analisar nossa cípios com mais de 300 mil habitantes, das empresas que possuem jornalistas a setembro de 2007) apenas para salá- proposta original. haveria um redutor de 20% no valor do em seus quadros funcionais. rios já vigentes (só para jornalistas em- Foi programada, então, uma nova piso (R$ 1397,48). Nas rádios instaladas Diante dessa “afirmação bombás- pregados), congelar o piso, substituição mesa de negociações para o fim de em municípios entre 100 mil e 300 mil tica”, há que se supor que o quadro do anuênio por outro mecanismo”, setembro, dando tempo ao recém habitantes, o redutor seria da ordem das empresas do setor é pré-fali- retirar a cláusula que estabelece regras empossado Roberto Lang de analisar de 30% (R$ 1222,79). Já os jornalistas mentar ou então a ganância e a mes- para demissões coletivas e manuten- a proposta original. que fossem contratados em rádios ins- quinharia são práticas corriqueiras ção das demais cláusulas. taladas em municípios com menos de entre o patronato paranaense. Diante de tal absurdo, a direção “Piso só para filha” cem mil habitantes, o redutor atingiria Melancólico fim de negociação. do Sindijor-PR convocou uma as- Diante dessa necessidade do pa- a alíquota de 40% (R$ 1.100,52). A única lição positiva, no entender sembléia, na qual foi aceita apenas tronato em ter “tempo para consultar Já o Sindijor-PR entregou a “pauta desse Sindicato de trabalhadores, é o a oferta de reposição da inflação, as bases”, os representantes da cate- reduzida”, aprovada na Assembléia fato de que os principais atores dessa desde que essa fosse estendida ao goria ficaram aguardando. No dia do realizada dia 30 de agosto, e o media- negociação acordaram em continu- piso. Além disso, foram aprovadas encontro, no entanto, Roberto Lang dor da DRT agendou novo encontro, ar conversando para que, em 2008, novas redações para treze cláusulas se mostrou um “bom pai” e “incenti- para o dia 10 de outubro. Diante do quando chegar outubro, estejamos da atual convenção, assim como o vador de novos jornalistas”. Na mesa fim da validade a CCT, o mediador conversando num outro patamar. pedido para a inclusão de outras sete de negociações, ele disse que os radio- ainda propôs e todos os presentes cláusulas à convenção vigente. difusores, que em sua grande maioria aceitaram, a prorrogação da Conven- * Márcio Rodrigues é jornalista Com o documento em mãos, que nos são empresários de pequeno porte, ção por um mês (até 27 de outubro). e diretor de Defesa Corporativa dava poderes de tentar uma repactuação não poderiam “arcar com um piso de O não à proposta foi unânime em do Sindijor-PR 4 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) Rádio: fim do esporte na Clube )))) Álvaro Borba em São Paulo Com o encerramento da programação esportiva na Rádio Clube Paranaense, Ainda nas rádios, o jornalista Álvaro Borba, que integrava a equipe da CBN Curitiba, Dorival Chrispim e Jairo Silva rumaram para a Rádio Transamérica trocou a capital paranaense pela paulista, onde continua atuando na CBN.

prêmios Sangue Bom e Sangue Novo recebem inscrições

Sindijor está recebendo Oaté o dia 21 de dezembro ins- crições para os prêmios Sangue Bom do Jornalismo Paranaense (para trabalhos de profissionais) e Sangue Novo no Jornalismo Paranaense (para produção de acadêmicos de graduação em Jornalismo). O prêmio Sangue Bom, para profissionais com atuação no Paraná, tem temática aberta. Consagrado prêmio para estudantes, o Sangue Novo chega à 13ª edição, esperando superar a marca de 235 trabalhos acadê- micos da última edição. O Sangue Bom inscreve em oito categorias: Reportagem Impressa (jornal/revista); Repor- tagem para Rádio; Reportagem para Televisão; Reportagem para Internet; Fotografia; Ilus- tração/Charge; Página Diagra- mada (jornal/revista); Projeto para Assessoria de Imprensa, podendo participar autores de trabalhos publicados/veiculados de 28 de setembro de 2006 e 12 de novembro de 2007. Já o Sangue Novo, para traba- lhos do ano letivo de 2007, com- porta 18 categorias: Telejornal Laboratório, Reportagem para Televisão, Reportagem para Rádio, Reportagem Impressa, Radiojornal Laboratório, Pro- jeto/Produto Jornalístico Livre, Projeto Jornalístico para Inter- net, Projeto Jornalístico para Assessoria de Imprensa, Proje- to em Telejornalismo, Projeto em Radiojornalismo, Projeto em Jornalismo Impresso, Mo- nografia, Livro Reportagem, Jornal Laboratório On-Line, Jornal Laboratório, Fotojorna- lismo e Videodocumentário, além da categoria especial de Relevância Social, que volta nesta edição. Regulamentos e fichas de inscrição, no site de eventos do Sindijor (eventos. sindijorpr.org.br) E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 5

)))) Curitiba Deluxe ganha blog )))) Perdas no Jornalismo: Zanatta Sob o comando do Heros Schwinden está no ar o blog da revista Curitiba Deluxe Nos últimos meses foram registradas perdas no Jornalismo do Paraná: O endereço é www.cwbdeluxe.blogspot.com em junho faleceu o jornalista José Augusto Franco Zanatta.

Defesa Corporativa

ssédio moral reiterado, salá- mente prejudicial aos que ficavam. Arios muito abaixo do piso da cate- “Com a saída de diversos funcioná- goria, ambiente insalubre, jornadas rios do setor, nos últimos tempos, de trabalho absurdas, rigor mais que tínhamos que treinar novos funcio- prussiano nos intervalos de almoço nários, fazer todos os relatórios de e lanche, humilhações e demissões mídia pendentes do mês e atender feitas diante dos colegas. Este cená- uma ficha bem extensa de clientes. rio de horror foi o que encontraram Gerando uma estafa mental em to- os jornalistas que foram ludibriados O horror dos, juntando com o despreparo da pela Miti/Clipping Express, empresa empresa para lidar com situações de Curitiba denunciada à Delegacia assim, tornando-se o caos se traba- Regional do Trabalho pelo Sindijor lhar nela”, afirmou outra fonte. no mês de julho. Os donos da empresa, bem como Segundo os relatos dos jornalis- os detentores de cargos de chefia tas, a empresa de clipping exigia constrangiam e humilhavam os uma jornada de oito horas e 25 minu- jornalistas diante dos colegas, numa tos por dia para os profissionais, que atitude de completo desrespeito. deveriam trabalhar por apenas cinco “Em um ato de inconseqüência e horas, conforme a regulamentação arbitrariedade, a dupla (superviso- da profissão. Além disto, em alguns ra e consultora) humilhou-me na finais de semana, os profissionais frente de todos os meus colegas em tinham de fazer plantão. “Na Miti/ função de um erro corriqueiro no Cliping Express as horas extras nosso trabalho (erro esse corriquei- eram obrigatórias. Apesar de não ro em função da sobrecarga de tra- terem sido estipuladas em contrato balho). Depois fizeram-me assinar e a empresa não estar passando por uma advertência (mesmo que não momento adverso, o profissional tivesse sido uma falha grave, muito tinha de trabalhar em domingos e menos reincidente). Para comple- feriados, até mesmo em datas im- tar, afirmaram que se eu recebesse portantes do calendário brasileiro mais duas advertências seria man- como Natal, Páscoa e Ano Novo. dada embora e ainda colocariam Além disso, horas-extras realizadas um carimbo na minha carteira de em dia de semana (após às 16h25, trabalho”, relatou uma fonte que horário de saída) não eram pagas”, trabalhou na empresa. Segundo os relata uma das fontes. relatos feitos ao Sindijor, ofensas, Os jornalistas eram contratados palavras de baixo calão e discursos como “assistentes administrati- preconceituosos da chefia eram re- vos”, com um salário registrado alidade corriqueira na empresa. em carteira de R$ 700,00 (cerca de Para que não houvesse criação 40% do piso da categoria). Quem de afinidade entre os colegas, havia agüentasse mais de três meses de rodízio de mesas, o que gerava uma trabalho estafante, humilhações e situação caótica, pela necessidade tinha um acréscimo de R$ 200,00 – de troca dos computadores, inclusi- mas era “por fora”. Era dado ainda ve com a perda de dados realizado um vale alimentação no valor de durante semanas. Proibidos até R$ 3,60, mas que era cancelado pro- mesmo de conversar no trabalho, gressivamente se o jornalista tives- os jornalistas precisavam suportar se atrasos ao longo do mês, sendo jornadas estafantes, que poderiam cancelado se houvesse mais de três aumentar subitamente. “O número atrasos no mês. A administração da de clientes chegava a dobrar de um empresa, relatam ex-funcionários, dia para outro – e os funcionários é caótica, e os pagamentos eram fei- tinham de suportar”, relatou uma tos com erro e não eram entregues das fontes. Durante uma semana, os comprovantes. o horário de lanche pela manhã O fato de o local de trabalho ser o chegou a ser suprimido e só foi re- sótão de uma casa, sem ventilação, tomado após um profissional com sem iluminação adequada, com problemas gástricos implorar para banheiro sem ventilação ou janela que o direito fosse observado. talvez não fosse a realidade mais Cabe agora à Delegacia Regional desagradável a que os jornalistas Empresa de clipping do Trabalho coibir a situação absur- tiveram de se submeter. Cobranças e da. O Sindijor, que não tem prerro- humilhações sistemáticas tornavam submete jornalistas às piores gativas de conselho profissional, não o ambiente de trabalho insuportável condições de trabalho pode interferir diretamente, apenas e levou vários contratados a pedir dar suporte jurídico aos trabalhado- demissão, numa rotatividade alta- res que vêm sendo prejudicados. 6 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) Morre Luzimar Dionysio, o "Meio Quilo" )))) Talk Comunicação com novas contas Em setembro, faleceu aos 78 anos o jornalista Luzimar de Maria Dionysio, Estabelecida há seis meses, a empresa Talk Comunicação, da jornalista Karin Villatore o “Meio Quilo”, ex-profissional da Gazeta do Povo. está atendendo a Diagnósticos da América, SSAB, Metalúrgica Pastre, Boreal, Nissei, Setcepar, Freezer Point, E-Sat e Toyota Sulpar.

“economia burra” Jornalistas na linha de tiro Alvos dos patrões são profissionais com salários maiores e que reivindicam direitos; resultado é a demissão dos jornalistas mais experientes

s patrões estão decretando o fim do jorna- Retaliação na RIC poucos entre os sete repórteres cinematográficos da Olista de carreira nos veículos tradicionais. A Impedir o jornalista de criar raízes e permanecer RIC com documentação regularizada e enquadrado prática de demitir os profissionais mais experien- por um longo tempo numa mesma empresa pare- devidamente na função, mobilizou os colegas a luta- tes e com salários maiores, para contratar focas cem ser palavras de ordem dos patrões da imprensa. rem pelo reenquadramento, e, segundo informações pelo piso seco, que antes era escamoteada por Organizar-se para reivindicar seus legítimos direi- obtidas pelo jornalista, a sua saída teria servido de desculpas como “reestruturação” – hoje acontece tos, então, é algo impensável. Quem soube disto “exemplo” a seus colegas, para que não reivindicas- abertamente. Foi o que experimentaram os jorna- foi o repórter cinematográfico Claudiomar Queiroz sem ser contratados como jornalistas que são. listas Portos Casela e Ari Silveira, demitidos de O Schleuner, contratado em meados de abril pela O desligamento é uma clara mensagem aos ou- Estado do Paraná sob a alegação vinda “de cima” Rede Independência de Comunicação – RIC. Ele tros ex-colegas, de que não devem regularizar sua de que tinham “altos salários”. Prática perniciosa, não ficou na empresa sequer até o fim do primeiro situação de registro profissional, pois correm o risco a demissão de jornalistas experientes e de “altos contrato de experiência. Depois de uma visita à de serem demitidos também, uma clássica condição salários” (para os patrões, qualquer coisa acima empresa de uma comissão formada pelos diretores de assédio moral sobre o grupo de trabalhadores. do piso) deve fazer com que ao longo do tempo do Sindijor Márcio Rodrigues (Defesa Corporativa) Em declaração ao Extra Pauta, o superintendente as redações se tornem locais inóspitos para quem e Pedro Alexandre Serápio (Imagem), no fim do mês de operações da RIC, José Carlos Caniato, afirmou queira seguir uma carreira duradoura e afastará de maio – para incentivar os repórteres cinematográ- que Schleuner tem “mania de perseguição” e que sua grandes talentos para outras atividades. ficos a regularizar suas situações junto à entidade –, denúncia é infundada. Detalhe: afirmou que “de jeito Casela, já aposentado, estava há 35 anos Claudiomar foi sumariamente demitido. nenhum” a RIC irá mudar sua postura e que conti- na empresa e chefiava o Departamento Foto- O Sindijor vinha e vem lutando para acabar com nuará contratando repórteres cinematográficos como gráfico do jornal. Silveira, que em doze anos o absurdo de que a totalidade dos contratados para operadores de câmera, em afronta à regulamentação desempenhou diversas funções no veículo, de a função de repórter cinematográfico na RIC terem da profissão (Decreto 83.284/79): “Art. 6º - As funções repórter a chefe de reportagem e ultimamente suas carteiras de trabalho na função de Operador desempenhadas pelos jornalistas profissionais, como era secretário de redação, viu a situação como de Câmera UPE (função vinculada à categoria dos empregados, serão assim classificadas: (...) j) Repór- “desalentadora”. “Fomos pegos totalmente de radialistas, que tem piso salarial de R$ 475,20, para ter-Cinematográfico: aquele a quem cabe registrar surpresa”, disse Silveira, que, apesar de conhe- uma jornada diária de cinco horas), uma burla ex- cinematograficamente, quaisquer fatos ou assuntos cer a prática de “renovação das redações”, não plícita da legislação trabalhista para pagar menos ao de interesse jornalístico”. Mesmo com esta posição, o acreditava que poderia ser vítima desta “eco- profissional que desempenha função jornalística. sindicato está preparando uma reunião com a direção nomia burra”, que além de sacrificar talentos A demissão do profissional tem todas as caracterís- da empresa, para que assim sejam respeitados os ainda pode incluir corte de páginas. ticas de uma retaliação. Afinal, Claudiomar, um dos direitos desses trabalhadores. denúncia Fiscalização Contra os abusos Crédito indevido patronais, Sindijor motiva pedido do lança blog Sindijor à DRT onda de desrespeito dos barões com os jor- Sindijor encaminhou ofício à Delegacia Re- Analistas não é novidade, nem por isso devemos Ogional do Trabalho (DRT) pedindo providên- nos acostumar com ela. Para barrar o patronato cias quanto ao uso indevido do nome da jornalista que varre os direitos dos jornalistas para baixo do velada e o assédio moral ostensivo pesam sobre Dolly Polasek em uma matéria publicada na edição tapete e avançarmos na conquista de mais direitos, quem se insurge contra a exploração. de 26 de junho do jornal Tribuna de Imprensa, de o Sindijor está mobilizando a categoria através A idéia é mostrar os desmandos patronais, as Paranaguá. A matéria dá crédito de texto e fotos a de um blog, um espaço para denunciar o abuso violações dos direitos dos trabalhadores jornalis- Dolly, quando a verdadeira autora é Juliane Rocha. patronal aos direitos dos jornalistas. tas, os casos de constrangimento e conduta antié- Segundo a jornalista, seria uma forma de o jornal O endereço http://sindijorpr.blogspot.com tica por parte do patronato, em especial no interior se aproveitar do prestígio com que Dolly conta na servirá como um canal para você, jornalista, de- do Estado. Com o blog vamos fazer ganhar corpo cidade para conseguir mais leitores. Ela exige que nunciar situações de abuso e desrespeito que os a insatisfação que muitas vezes fica silenciosa e o jornal publique uma errata sobre o caso. Além patrões transformaram em rotina nas redações. represada no jornalista, que, temendo represálias disto, o Sindijor pediu para se averiguar se o jornal O fórum de denúncias e discussões vai dispen- ou que sua queixa não surtirá efeito, guarda-se na conta com profissional devidamente registrado sar identificação, pois sabemos como o a pressão muda exploração resignada. para atuar como editor responsável. E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 7

)))) Daniel Caron com blog )))) Jornalista lança livro sobre repressão a comunistas Fotos são o forte do Blog do Caron, do jornalista Daniel Caron O jornalista Celso Martins está lançando a obra “Os Quatro Cantos do Sul”, (www.blogdocaron.blogspot.com/), de Curitiba, que também é fotógrafo. que relata a repressão da ditadura militar ao Partido Comunista Brasileiro nos Estados do Paraná e . mercado História Milton Ivan Heller Novidades agitam lança novo livro

jornalista mata fechada, os mi- OMilton Ivan Hel- litares revoltosos su- mercado de comunicação ler acaba de lançar, pela cumbiram às forças le- editora Letras Contem- galistas, que se valiam porâneas, “De Catan- da Polícia Militar para duvas ao Oiapoque – O reprimir o movimento. Embora patrões insistam na tese da recessão, Martírio dos Rebeldes O episódio que Heller mídia do Paraná está envolta em negações sem Causa”, que relata dá destaque é resultado a revolta tenentista dos desta desarticulação: anos 20 no Paraná e a sem poder encontrar enda das TVs de Paulo Pimentel para o JBTV/CNT situação dos militares a Coluna Gaúcha, que Vgrupo Massa, reviravolta no controle opera- A Companhia Brasileira de Multimídia sublevados vindos de estava próxima de Foz cional da CNT, entrada do grupo RBS no Paraná, (CBM), do empresário Nelson Tanure, deixou São Paulo, que, captu- do Iguaçu, revoltosos lançamento do site do Jornale. O mercado de o controle das operações da TVJB, que ocupava rados em Catanduvas, de São Paulo são derro- comunicação no Estado está vivendo momentos o sinal de rede da CNT desde abril. Logo que foram confinados numa tados em Catanduvas de intensa movimentação, o que contraria todas arrendou a emissora com sede em Curitiba, prisão no Amapá. e presos, enquanto a as alegações patronais de que há recessão na mí- Tanure fez jus a seu epíteto de terror dos tra- Na obra, Heller Coluna Prestes recu- dia do Estado. Resta saber se de tudo isto haverá balhadores, e foi logo demitindo a equipe de traça um panorama ava para as barrancas ganhos para os jornalistas. Jornalismo no Paraná e em outros Estados. do interior do Paraná do rio Paraná. Promessa de inovação na imprensa do Esta- “Cortar custos” não bastou, e o arrendamento na época – a pequena A ação tenentista, do, o Jornale, do advogado Roberto Bertholdo, não passou dos nove meses porque, segundo a população falando es- segundo Heller, deixou estreou em agosto como um portal na internet empresa, embora tivesse investido R$ 50 mi- panhol, sob a ocupação rastros melancólicos: e com a promessa de se tornar um veículo im- lhões na TVJB – incluindo a produção de novos de argentinos e para- além de não promover presso gratuito, a exemplo dos tablóides euro- programas, como o Telejornal do Brasil, com guaios que se apode- os fins a que se propu- peus. Com a direção de redação de Bernardo Boris Casoy, e Verso e Reverso, com Augusto ravam de erva-mate e nha, ainda plasmou nos Bittencourt, o Jornale conta com um time de Nunes -, a CBM estaria decepcionada com a madeira e onde o peso militares a suposta ca- colunistas como Roberto José da Silva (Zé Beto), qualidade técnica da transmissão, que “não era a moeda circulante pacidade de definir os Mirian Gasparin e Ruy Barrozo, além de seções atendia aos clientes comerciais e nem à audi- -, que era um cenário rumos da democracia editoriais e espaço para vídeos. ência da TVJB”, segundo informou em nota. ideal para profundas no Brasil, o que culmi- Apesar da desistência, a CBM sinalizou com a mudanças sociais. nou na Doutrina da Se- TVs possibilidade de retornar com a TVJB recon- Mas o movimento gurança Nacional e no A venda das TVs do grupo Paulo Pimentel - tratando as equipes de Jornalismo, técnica e dos tenentes, sob a lide- golpe de 1964, na qual TV Iguaçu (Curitiba), TV Tibagi (Apucarana), TV administrativa. rança de Prestes, embo- muitos ex-revoltosos Naipi (Foz do Iguaçu) e TV Cidade (Londrina) – ra tenha promovido im- tomaram portes como por R$ 70 milhões para o Grupo Massa, do apre- Eles chegaram portantes ações contra agentes da deposição sentador e empresário Carlos ‘Ratinho’ Massa, e O que há anos parecia uma ameaça iminente a escravidão, teve seus de João Goulart. para o SBT (das quais são retransmissoras) foi a à estabilidade da mídia tradicional do Paraná co- ímpetos iniciais arrefe- Heller, jornalista notícia que mais movimentou o setor de comu- meçou a acontecer em agosto, sem, ao menos por cidos, e o movimento que sofreu com as per- nicação no Estado nos últimos anos. Após uma ora, o estrondo imaginado. O Grupo RBS, líder dos tenentes ganhou seguições à imprensa negociação dada como certa de fechamento de absoluto da mídia escrita e de TV no Rio Grande vida própria, sem se no regime militar, tem negócio com o Grupo Monte Cristalina se esvair do Sul e Santa Catarina, ingressou no mercado ligar a uma causa trans- duas obras sobre os em maio, por conta de um desacerto sobre os paranaense ao inaugurar a seção curitibana do formadora. “Além disto, “anos de chumbo”: “Re- imóveis, Paulo Pimentel consegue alienar suas portal hagah (www.hagah.com.br), que oferece o movimento tinha ban- sistência Democrática” emissoras e deve se concentrar nos jornais O roteiros de lazer, cultura, mapas e contatos de deiras – como a comba- e “Memórias de 1964 no Estado e Tribuna do Paraná. profissionais liberais. Exatamente há um ano, te à corrupção e pela Paraná” (este em parce- Ao se concentrar nos jornais, Paulo Pimentel a RBS havia confirmado sua “expansão para o liberdade de imprensa ria com Maria de los deve aprimorar o negócio, contratando profis- Norte” ao adquirir o jornal A Notícia, de Join- – que pelas quais Angeles Duarte). sionais e expandindo horizontes, ou vai manter ville, consolidando seu domínio no mercado nem precisavam É autor ainda de a gestão tacanha, que dá prioridade ao “corte editorial catarinense. pegar em armas”, uma biografia do de custos”, ou seja, corte dos jornalistas com O hagah se estabeleceu em Curitiba com 30 disse Heller. ex-deputado fede- maiores salários para substituí-los por focas? jornalistas e pesquisadores, num escritório na Desarticula- ral Aníbal Por outro lado, com interesses políticos em região central que serve também de sucursal da dos e tendo Khury. jogo (o filho de Ratinho é deputado federal), RBS. O site servirá de termômetro do público de enfren- resta saber qual será a direção a ser dada às local para mergulhos mais profundos no merca- tar duros emissoras quanto à orientação editorial e o do paranaense. Seriam expansões no mercado obstáculos trabalho dos jornalistas. Os Massa parecem se editorial? Em mídia eletrônica? O certo é que o naturais, consolidar como novos barões da comunicação: grupo da família Sirotsky é conhecido por suas como a com emissora FM em Curitiba, têm também práticas monopolistas e, para os trabalhadores, uma emissora pronta para operar no Litoral e como agentes de aviltamento dos salários e da que deve estender seu sinal para Curitiba. precarização das condições de trabalho. João Noronha - Arquivo 8 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) História da indústria gráfica em livro )))) Jornalista lança revista sobre rock antigo A jornalista Guadalupe Fernandez Presas lançou o livro “Memórias & Histórias da Indústria O jornalista Aroldo Glomb está lançando a revista Antigas Novidades do Rock, Gráfica do Paraná”, projeto patrocinado pela Abigraf-Paraná e pelo Sindicato das Indústrias que resgata o chamado período clássico do rock, anterior aos anos 80. Gráficas no Estado do Paraná (Sigep). O site da revista é www.antigasnovidadesdorock.com.br

Federação

primeiro seminário de plane- Ojamento estratégico das ativida- des da nova diretoria da Fenaj para os próximos três anos contou com a participação de 41 jornalistas, entre diretores e membros da Comissão Nacional de Ética. A reunião ocorreu em Brasília, nos dias 12, 13 e 14 de outubro. O detalhamento do progra- ma da chapa “Orgulho de ser Fenaj”, apoiada pelo Sindijor, concentrou-se em quatro grandes eixos: a defesa da democratização da comunicação, a luta pela regulamentação e formação profissional, o combate à precari- zação das relações de trabalho e ao desemprego na área de comunicação e ainda o aprimoramento das relações da Fenaj com seus 31 Sindicatos de Jornalistas filiados – especialmente quanto às campanhas salariais. Tam- bém foram definidas ações comple- mentares dos oito departamentos e das sete vice-presidências regionais da Federação. “Todas as definições foram toma- das por consenso num coletivo que reuniu 41 dirigentes, sendo grande parte deles presidentes de Sindica- Orgulho e desafios tos”, registrou o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, que infor- Chapa Orgulho de Ser Fenaj assume o comando da federação mou que o resultado do planejamento será revisado dentro de um ano. e define prioridades para a ação entre os sindicatos A Regional Sul, por exemplo, apresentou a proposta de realizar um seminário de capacitação para negociação salarial, previsto para o primeiro semestre de 2008. O evento foi definido durante a primeira reu- nião da regional, em Porto Alegre (RS), na segunda quinzena de setem- bro desde ano. Além do presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, participaram da reunião o diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Fenaj, José Carlos Torves, o pre- )) Sérgio Murillo, presidente sidente do Sindicato Rio Grande do reeleito da Fenaj, assina Sul, José Nunes, a primeira-vice pre- ata de posse, durante a )) Sérgio Murillo, na cerimônia que antecedeu )) Primeira reunião da diretoria em Vitória, que avaliou sidente, Márcia Camarano, o diretor cerimônia em Vitória (ES) o congresso que aprovaria o novo Código de Ética o resultado das eleições do Departamento de Saúde e Previ- dência e presidente do Sindicato de Santa Catarina, Rubens Lunge, a suas contribuições e as propostas fo- Posse e eleição votantes. A Chapa 1 obteve 3.823 Também em Vitória, foram empos- diretora do Departamento de Educa- ram incorporadas ao planejamento. A nova diretoria da Fenaj, eleita votos e a Chapa 2 teve 1.362 votos. sados os membros da Comissão Na- ção e Aperfeiçoamento Profissional Outro destaque do planejamento para o triênio 2007/2010, tomou pos- Houve, ainda, 133 votos nulos e cional de Ética, Armando Rollemberg da Fenaj e diretora da comissão de foi a linha geral de atuação definida se, no dia 3 de agosto, na abertura do 111 em branco. No Paraná, na área que recebeu 2.973 votos, Washington Sindicalização e Registro Profissio- pelos integrantes da Comissão Na- Congresso Nacional Extraordinário de atuação do Sindijor, foram 311 Mello que obteve 2.610 votos, Carmem nal do Sindicato de Santa Catarina, cional de Ética. A Comissão tomará de Vitória (ES). Em seu discurso de votos validados (266 em Curitiba, 1 Lúcia Pereira eleita com 2.649 votos, e Valci Zuculoto e a vice-presidente a iniciativa de divulgar o Código posse, o presidente reeleito da en- em Pato Branco, três em Francisco ainda Regina Deliberai que consegui da Regional Sul e presidente do de Ética do Jornalista Brasileiro - tidade, Sérgio Murillo de Andrade, Beltrão, 11 em Ponta Grossa e 30 2.487 votos e Rossini Barreira que Sindijor-PR, Aniela Almeida. atualizado em Congresso Nacional destacou a votação expressiva que em Foz do Iguaçu), sendo 268 (86%) recebeu 2.494 votos. A Comissão será Edson Silva, representante do Pa- extraordinário realizado em agosto, a Chapa 01 obteve - 70% dos votos para a Chapa 1 e 31 para a Chapa 2, presidida por Carmen Pereira. Rossini raná, na diretoria do departamento em Vitória – na categoria e na socie- válidos - e agradeceu a todos que além de sete brancos e cinco nulos. Barreira é o Vice-presidente e Regina de Mobilização dos Jornalistas de dade, com a produção de materiais e participaram do processo eleitoral. Em Londrina, foram 128 votos para Deliberai será a relatora, conforme Produção e Imagem da Fenaj, não promoção de ciclos de debates sobre Os números finais das eleições re- Chapa 1, quatro para a Chapa 2, um definição dos conselheiros reunidos pode ir até Brasília mas mandou a ética no Jornalismo. gistraram a participação de 5.429 nulo e oito em branco. para o planejamento em Brasília. E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 9

)))) Mudanças na RIC )))) Simon Taylor abre empresa O jornalista Manoel Costacurta que estava trabalhando na RBSTV de Blumenau retornou Simon Taylor deixou a MegaMidia e abriu sua empresa de ilustração e diagramação, a a Curitiba para assumir como repórter da RIC-TV. Da emissora saiu Dmitri do Valle, Ctrl S Comunicação (www.ctrlscomunicacao.com.br). Paralelo, também assumiu a charge que vai atuar como correspondente da Folha de S Paulo. diária do Jornale (www.jornale.com.br) e a charge semanal do site www.biodieselbr.com

Fotos: Edson Silva Ética Em vigor, o novo código Congresso extraordinário da categoria em Vitória aprovou mudanças nas normas de conduta dos jornalistas

Fenaj disponibilizou em site, a mídia sua função informativa, ci- Javier Darío Restrepo. Vencedor do Ano último dia 17 de setembro, o dadão e educativa. A ratificação da Prêmio Latino-americano de Ética novo texto do Código de Ética dos presunção de inocência como um dos Jornalística, outorgado pelo Centro Jornalistas Brasileiros. O documento fundamentos da profissão, por exem- Latino-americano de Periodismo e foi atualizado no Congresso Extra- plo, reforça o preceito constitucional Universidade Internacional da Fló- ordinário dos Jornalistas, realizado de que qualquer pessoa é inocente até rida, Restrepo abordou os principais em Vitória de 3 a 5 de agosto. As prova em contrário. A intenção é coi- desafios que estão colocados para os mudanças foram aprovadas por bir a ação de meios de comunicação profissionais no exercício do jorna- delegações de 23 estados. O texto que, em sua cobertura jornalística, lismo, como as precárias condições final foi elaborado por uma comissão denunciam, julgam e submetem de trabalho, os baixos salários pagos, formada pelos jornalistas Antônio pessoas à execração pública. e as pressões impostas pelos che- Carlos Queiroz e Fernando Paulino, O debate para atualização do fes das empresas de comunicação. de Brasília, Márcia Quintanilha, de código começou com um seminário Para o professor de ética da Fun- São Paulo, e Pedro Osório, do Rio em Londrina, em 2005. Mais tarde dação para um Novo Jornalismo Grande do Sul, eleita no Congresso. foram promovidos debates em es- Iberoamericano (FNPI) e fundador Os profissionais contaram ainda com colas de Jornalismo e sindicatos de da Comissão de Ética do Círculo de Orgulho e desafios o apoio do assessor jurídico da Fenaj, todo país. A primeira proposta foi Jornalistas de Bogotá e do Instituto Claudismar Zupiroli. apresentada no Congresso Nacio- de Estudos sobre Comunicação e Chapa Orgulho de Ser Fenaj assume o comando da federação A antiga versão do Código de Ética nal de Ouro Preto, no ano passado, Cultura (IECO), o jornalista deve dos Jornalistas Brasileiros estava em quando a categoria decidiu realizar servir a um só patrão, o público re- e define prioridades para a ação entre os sindicatos vigor desde 1987. A atualização do uma consulta pública para que a pro- ceptor e deve se pautar pela verdade, Código contemplou dilemas éticos posta recebesse críticas e sugestões, responsabilidade social e indepen- trazidos pela a introdução de novas durante três meses. E finalmente, dência, a serviço de toda a sociedade. tecnologias, como o uso de câmeras uma comissão nacional sistemati- “Os filósofos, século após século, ocultas e a possibilidade de alterar zou as propostas apresentadas, que têm acumulado argumentos para imagens digitais, que estão presentes resultaram na tese guia apresentada demonstrar que o entendimento no cotidiano atual da categoria, mas no evento em Vitória. humano não pode aspirar a obter a não estavam há 20 anos. Pelas novas verdade de nada; mas ninguém nos regras, o uso de câmeras escondidas Inspiração tira da cabeça que estamos ali, em deve restringir-se aos casos de inte- Os cerca de 150 jornalistas que algum meio de comunicação para resse público e quando se esgotarem participaram do evento em Vitória fo- encontrar e difundir todos os dias a todas as formas de apuração tradicio- ram inspirados pela conferência “Éti- verdade dos acontecimentos; é nossa nais. O código também sugere que se ca e Jornalismo na América Latina”, utopia, tanto mais arraigada, pois é evite a edição de imagem digital e que proferida pelo colombiano especia- ao mesmo tempo, a razão de nosso quando isso ocorrer, que a modifica- lista em ética e jornalista há 49 anos, orgulho profissional.” ção seja informada ao leitor. )) Primeira reunião da diretoria em Vitória, que avaliou Outra inovação foi considerar como o resultado das eleições dever do jornalista o reconhecimento dos direitos das minorias. Ainda entre os avanços os jornalistas comemora- suas contribuições e as propostas fo- Posse e eleição votantes. A Chapa 1 obteve 3.823 Também em Vitória, foram empos- ram a inclusão da cláusula de consci- ram incorporadas ao planejamento. A nova diretoria da Fenaj, eleita votos e a Chapa 2 teve 1.362 votos. sados os membros da Comissão Na- ência. Embora venha sendo apresen- Outro destaque do planejamento para o triênio 2007/2010, tomou pos- Houve, ainda, 133 votos nulos e cional de Ética, Armando Rollemberg tada na pauta de reivindicações das foi a linha geral de atuação definida se, no dia 3 de agosto, na abertura do 111 em branco. No Paraná, na área que recebeu 2.973 votos, Washington campanhas salariais da categoria em pelos integrantes da Comissão Na- Congresso Nacional Extraordinário de atuação do Sindijor, foram 311 Mello que obteve 2.610 votos, Carmem diversos estados, a proposta tem sido cional de Ética. A Comissão tomará de Vitória (ES). Em seu discurso de votos validados (266 em Curitiba, 1 Lúcia Pereira eleita com 2.649 votos, e sistematicamente recusada pelos pa- a iniciativa de divulgar o Código posse, o presidente reeleito da en- em Pato Branco, três em Francisco ainda Regina Deliberai que consegui trões. Já adotada em outros países, a de Ética do Jornalista Brasileiro - tidade, Sérgio Murillo de Andrade, Beltrão, 11 em Ponta Grossa e 30 2.487 votos e Rossini Barreira que cláusula de consciência permite que atualizado em Congresso Nacional destacou a votação expressiva que em Foz do Iguaçu), sendo 268 (86%) recebeu 2.494 votos. A Comissão será o jornalista se recuse a cumprir uma extraordinário realizado em agosto, a Chapa 01 obteve - 70% dos votos para a Chapa 1 e 31 para a Chapa 2, presidida por Carmen Pereira. Rossini pauta que agrida o código de ética da em Vitória – na categoria e na socie- válidos - e agradeceu a todos que além de sete brancos e cinco nulos. Barreira é o Vice-presidente e Regina categoria ou suas convicções. dade, com a produção de materiais e participaram do processo eleitoral. Em Londrina, foram 128 votos para Deliberai será a relatora, conforme Além das atualizações, o novo có- promoção de ciclos de debates sobre Os números finais das eleições re- Chapa 1, quatro para a Chapa 2, um definição dos conselheiros reunidos digo reafirma valores essenciais para )) Delegados de todo o país deliberaram ajustes no Código de Ética a ética no Jornalismo. gistraram a participação de 5.429 nulo e oito em branco. para o planejamento em Brasília. o exercício da profissão, relembrando e aprovaram versão final, já disponível no site do Sindijor 10 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) Jornalistas criam empresa de assessoria e lançam blog )))) Blog de Denis Ferreira Netto Rodrigo Werneck e Patrícia Cavallari estão à frente da Cupola Comunicação, Em seu blog, lançado em julho, o jornalista Denis Ferreira Netto empresa de assessoria de imprensa em Curitiba e acabam casa a crônica política com as imagens que captura diariamente. de lançar um blog (www.cupola.com.br). O endereço é http://denisferreiranetto.blogspot.com

Lineu Filho Valterci Santos - Gazeta do Povo perda 1 perda 2

Fotojornalismo perde Manoel Carlos Karam José Eugênio de Souza (1947-2007) Não foi o boxe que levou O câncer venceu o velho Zé Eugênio a nocaute. Mas Karam. Pior para nós, que ele deu muitos na fotografia. perdemos um dos mais Infelizmente, um dia brilhantes jornalistas chegamos ao último “round” intelectuais do Paraná

jornalismo paranaense perdeu no início de novembro eferência não apenas profissional e intelectual, mas Oo repórter fotográfico José Eugênio de Souza, aos 75 anos. Rsobretudo pelo companheirismo e camaradagem, Manoel Natural de Pernambuco, o ex-lutador de boxe José Eugênio Carlos Karam deixou órfão no dia 1º de dezembro o Jornalis- era uma referência para os colegas não apenas pelo profis- mo paranaense, que tinha nele uma das maiores referências, sionalismo, mas pelas amizades que cultivou. Ele atuou por reconhecida nacionalmente. Natural de Rio do Sul, Santa 32 anos como fotógrafo do Governo do Estado e passou pelas Catarina, vivia desde 1966 em Curitiba, onde estudou Jorna- redações de veículos como O Estado do Paraná, Imprensa lismo na PUC-PR e cedo se iniciou na profissão. Atuou em Oficial, revista Placar e Veja. diversos veículos, mas suas experiências mais duradouras O jornalista Roberto José da Silva, o Zé Beto, lembra que foram em O Estado e Tribuna do Paraná e na Comunicação conheceu José Eugênio em 1978, quando foram contratados Social da Prefeitura de Curitiba. Nos jornais do Grupo Paulo juntos pela revista Placar. “Nossa amizade é daquelas coisas Pimentel, atuou por 22 anos, ocupando diversos cargos na instantâneas. Ele era uma criança, de alma pura. Aprendi mui- redação, inclusive a edição da coluna Triboladas. to com ele porque eu era jovem, com 23 anos e ele já maduro, Teve também passagens pela TV Iguaçu e pela TV Para- com experiência”, disse. “Ele era aberto a sugestões e aceitava naense e na assessoria de Jaime Lerner quando prefeito de críticas. Como sou apaixonado por fotografia, sugeria fotos. Curitiba e nas duas gestões como governador. Recentemente, Ao mesmo tempo, ele fazia o mesmo comigo. Era uma troca passou a escrever crônicas – a coluna “Crônica de Alhures tranqüila. Encontrar pessoas como ele é um presente de Deus”, do Sul – para a rádio BandNews e que era reproduzida no completou. Algumas das fotos de José Eugênio estão no blog blog do Zé Beto no site Jornale. de Zé Beto no site www.jornale.com.br Além do trabalho no Jornalismo, Karam marcou presença

Para o colega Júlio Covello, José Eugênio registrou ima- ainda na literatura e no cinema. Foi Ana Barrios gens com maestria, como uma foto feita do ex-governador Ney um dos roteiristas do filme “Aleluia, Braga. “Ao pular a cerca, com as pernas pra cima e apoiando Gretchen”, de Sylvio Bach, e autor

a mão direita, a cerca quebrou, e Anderson Tozato dos livros “Fontes murmurantes”, o Zé registrou o exato “Cebola”, “Comendo bolacha maria momento”, disse. “Ele no dia de são nunca”, “Encrenca” e trabalhava alegre e não “Sujeito Oculto”. “Cebola” rendeu rejeitava serviço. Tinha a Karam o Prêmio Cruz e Souza, da um coração do tamanho Fundação Catarinense de Cultura do corpo”, disse o repór- de 1995. Também trabalhou no ter fotográfico Nani Góis. teatro, criando o Grupo Margem Partindo três meses após e escrevendo diversos textos. a companheira Dolores Parte de sua produção ainda não Araújo de Souza, José chegou a ser publicada. Além de Eugênio deixou quatro uma legião de fãs, admiradores e filhos, Denise, Ana Paula, amigos, Karam deixou a esposa, Fernando e Jorge, estes a também jornalista Kátia Kertz- dois também fotógrafos. man, e o filho, Bruno. E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 11

)))) Fenianos lança novo guia )))) Novidades na Literal Link O jornalista Eduardo Fenianos, o Urbenauta, lançou um Guia/Mapa da Região Metropolitana de A Literal Link conquistou novas contas, e a equipe está com mais atribuições. Curitiba, que mostra oportunidades turísticas em nove municípios da área. Estela Midori está atendendo a Microsoft do Brasil, Patrícia Gomes está com a Spacecom, enquanto Mayra Almeida atende a Construtora Monarca.

ombudsman Onde estão os repórteres? Cláudio Dalla Benetta Um pálido policiamento, jornal, mas até para que a sociedade exemplo. Foz mas se esbalda- entenda melhor o que se passa. E opine, otícia é informação. E ponto. É do Iguaçu vive ram em regis- lute por seus direitos, quando for o caso. Manoel Carlos Karam Ntudo o que se lê no jornal, se vê na uma crise de trar o policia- Ou, se o assunto for positivo, que se ani- televisão, se acompanha pela Internet. (in) segurança mento ostensi- me, que aquilo sirva de exemplo. (1947-2007) Está nos blogs, está nos press-releases, pública. As- vo nos bairros e Veja o que diz o dicionário Aurélio está no relato boca-a-boca. saltos, roubos, no centro. sobre reportagem: “Atividade jorna- O telefone é o melhor amigo do re- homicídios, se- Faltam repór- lística que geralmente compreende O câncer venceu o velho pórter. Mas nada substitui a presença qüestros-relâm- teres, sobram a cobertura de um acontecimento, a física. Mesmo porque, reportar é rela- pago estão diariamente nos jornais. jornalistas nos gabinetes oficiais. análise e a preparação do texto final a Karam. Pior para nós, que tar. E só pode relatar quem esteve lá. E a polícia? Pois é, em meio à violên- É um caso único de Foz do Igua- ser entregue à redação. Diversamen- Para ficar em alguns exemplos: cia, os jornalistas não perceberam que, çu? Não, é um sintoma nefasto do te da notícia, a reportagem pretende perdemos um dos mais não se faz matéria de mudança no por longo período, nas ruas de Foz não jornalismo paranaense. esgotar o acontecimento, suas causas brilhantes jornalistas trânsito sem entender como ela se havia nem guardas de trânsito. Insisto: lugar de repórter é na rua, e conseqüências, e estimular debate dá na prática. Nem se pode falar em O prefeito se deu conta da gra- com exceção daqueles que fazem a sobre o mesmo.” intelectuais do Paraná saúde pública sem uma visita aos vidade e pediu ajuda do ministério cobertura de assuntos específicos, Está no dicionário. Está em todos postos de saúde. público. Os vereadores também, e como política - e mesmo esses não os manuais de redação. E da violência? Não basta relatar pediram ao governo federal a vinda podem prescindir de ouvir o que o Mas é letra morta no dia-a-dia do o que está nos boletins de ocorrência. da Força Tarefa. povo acha de tudo o que se decide a jornalismo. E não só paranaense. O Ali está o fato, geralmente mal conta- E foi aí que o assunto ganhou portas fechadas. descaso é nacional. do. Mas não aparece o pesadelo vivido destaque estadual - foi manchete na De notícias, estamos fartos. De pela vítima, a crueldade do autor. Gazeta do Povo, por exemplo. reportagens, carentes. Para onde vai PS: Os jornalistas hoje brigam A violência, no Paraná, ganha di- O reverso da medalha: agora, poli- o jornalismo sem reportagens? Elas por um salário maior. Como não é tão mensões que apavoram. A imprensa ciais se espalham pelas ruas de toda a existem no Paraná, é claro, com um alto assim, que seja concedido, por parece que não se dá conta. Relata os cidade, numa operação da Segurança registro aqui e ali na televisão, um e que não? E que, na etapa seguinte, crimes brutais, esquece de mostrar as Pública com data para acabar. outro na imprensa escrita. sejam valorizados os melhores, para causas. Ou as conseqüências. Os jornais não notaram a falta de Reportagem é vital, não só para o fugir do piso que é teto.

TST decide Exercício do Jornalismo exige diploma e registro no MTb

ara o reconhecimento da condi- a universidade, até então, não havia didos os diplomas. Quem estiver tra- Pção de jornalista, é necessário que providenciado a emissão do diploma balhando com o registro expirado – de o trabalhador comprove o preenchi- no MEC. Diante disso, a reclamação forma irregular, portanto – pode estar Sindijor suspende mento das formalidades legais que a foi julgada improcedente, decisão sujeito a multa; além disto, pode ter novos registros profissão exige para seu desempenho: mantida pelo TRT/SP. problemas ao participar de concursos o prévio registro no órgão regional do No recurso de revista, o relator, públicos. O prazo para a regularização a profissionais Ministério do Trabalho e o diploma do ministro Carlos Alberto Reis de foi ampliado no ano passado de 180 de imagem curso superior de Jornalismo ou de Paula, considerou que a profissional dias para um ano, mesmo assim há Comunicação Social com habilitação não preenche nenhum dos requisitos muitos registros pendentes. O Sindijor suspendeu a concessão em Jornalismo. Seguindo este enten- para o exercício do Jornalismo, que é Tendo em vista esta situação, a de registros para repórteres dimento, a Terceira Turma do Tribunal atividade regulamentada. “O fato de carteira da Fenaj para quem obteve o cinematográficos, fotográficos e Superior do Trabalho rejeitou recurso a trabalhadora ter exercido funções registro sem a apresentação do diploma diagramadores até janeiro de 2008. A de revista de uma ex-empregada da compatíveis com a de jornalista pro- é concedida pelo prazo de apenas um entidade pretende implantar um novo produtora X-Virtual S/A que, trabalhan- fissional, por si só, não dá ensejo à ano, só passando a ter validade de dois sistema de avaliação para conceder do sem carteira assinada e recebendo procedência”, afirmou o ministro. anos para quem estiver com o registro os registros. A idéia é criar uma salários por meio de nota fiscal, pedia definitivo. Para regularizar a situação, o prova que vai testar os conhecimentos reconhecimento de vínculo de emprego Paraná profissional deve solicitar formalmente do profissional e avaliar se ele está na condição de jornalista. No Paraná, mais de 500 jornalis- por meio de requerimento próprio – devidamente habilitado para receber Na ação, a autora não apresen- tas estão com registros profissionais que pode ser baixado em www.mte.gov. o registro e exercer regularmente as tou seu registro profissional. O que pendentes de regularização. São re- br/delegacias/pr/ - juntamente com a atividades. A decisão segue o que foi chegou aos autos foi o histórico gistros feitos na Delegacia Regional fotocópia do diploma, RG, e CTPS com aprovado no IV Encontro Nacional escolar com a data de conclusão do do Trabalho do Paraná (DRT-PR) por as anotações do registro, diretamente de Jornalistas de Imagem, realizado curso e da colação de grau, junto recém-formados com o certificado de à DRT ou através do Sindijor. Outras em junho de 2006, em Ouro Preto, e com a informação de que, embora conclusão de curso e que são válidos informações podem ser obtidas pelo também referendado pela categoria no tivesse concluído o curso em 2002, por um ano, enquanto não são expe- telefone (41) 3219-7777. 32.º Congresso Nacional dos Jornalistas. 12 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) Videomaker paranaense em Portugal )))) Eduardo Ribeiro em programa da O jornalista Marcos Brás Iba, de Maringá, está trabalhando em Portugal, Eduardo Ribeiro, ex-Band Curitiba e ex-CBN, deixou o Jornal da Band em São Paulo, onde mantém uma produtora e está trabalhando como videomaker. Quer manter onde era repórter, para ancorar o Record News Brasil, da Record News, o primeiro contato com profissionais do Estado pelo e-mail [email protected] “all news” em TV aberta do país.

Violência Fotos: Allan Costa Pinto

orpe, covarde e revoltante. O Como resposta ao clamor contra a Tque mais dizer da agressão so- agressão ao jornalista, o Conselho frida pelo repórter-cinematográfico de Ética e Disciplina da OAB Seção Humberto Vendramel, da RPC, que, do Paraná aprovou a suspensão do em pleno exercício da profissão, foi registro do advogado por 90 dias. À atacado com socos pelo advogado El- direção da RPC, o Sindijor registrou des Martinho Rodrigues? Algo é certo: o protesto pelo fato de a agressão esta agressão – ao profissional e a toda a não ter sido divulgada com o mesmo imprensa – não pode ficar impune. destaque que nas outras duas emis- Na tarde de 19 de outubro, Ven- soras que acompanharam a agressão dramel, juntamente com outros nove (SBT e Paraná Educativa). profissionais, acompanhava uma O sindicato ainda foi à Assembléia operação policial que desmantela- Legislativa, divulgou o caso no ple- va um cassino, no bairro Parolin, nário e pediu que a Secretaria de Se- em Curitiba. Dentro do imóvel que gurança Pública do Paraná repasse operava o jogo ilegal, os jornalistas a documentação do caso às polícias passaram a ser atacados verbalmen- Civil e Militar do Paraná. Na Câmara te pelo advogado, que seria o repre- Municipal de Curitiba vereadores se sentante legal de freqüentadores reuniram para prestar solidariedade da casa. Após se dirigir de forma ao jornalista e repudiar a atitude agressiva a Vendramel e a outros do advogado. Por iniciativa dos de- profissionais de imagem que regis- putados Dr. Rosinha (PT-PR), Luiz travam a operação, exigindo que Couto (PT-PB), Adão Pretto (PT-RS), saíssem dali, o advogado voltou-se a Comissão de Direitos Humanos e para o repórter cinematográfico da Minorias da Câmara dos Deputados RPC e, traiçoeiramente, desferiu-lhe aprovou uma moção de repúdio à um soco no rosto. agressão, classificada como “ato co- O ataque foi testemunhado pelos Em plena atividade varde, violento e criminoso”. demais profissionais que estavam no O Sindicato considera condenável local e registrado pelos repórteres- profissional, jornalista é qualquer agressão, por uma questão cinematográficos Geber Vieira, do de princípios e respeito à integridade SBT, e Fábio Santiago, da RTVE, agredido por advogado física das pessoas e à dignidade hu- além do repórter fotográfico Allan mana. Mais ainda em se tratando de Costa Pinto, dos jornais O Estado/ um repórter no exercício de sua pro- Tribuna do Paraná. A agressão resul- fissão. É inaceitável o uso da violência tou num ferimento entre os supercí- e intimidação que podem impedir os lios de Humberto, além de deixar um jornalistas ao acesso e a difusão da hematoma abaixo do olho esquerdo. informação. O Sindijor ainda reitera Apesar da presença policial no local, sua posição exigindo que as autori- o advogado não foi preso. dades cumpram seu dever de punir De pronto, o Sindijor se solida- o agressor com os rigores da Lei. rizou em nota com o colega e pediu Somente com uma solução exemplar providências das autoridades. À para esse caso, será restabelecida Ordem dos Advogados do Brasil a dignidade e o respeito aos profis- (OAB), o Sindijor pediu a cassação sionais da imprensa, que se sentem do registro de Eldes Rodrigues. solapados pela atitude covarde.

Direito autoral Jornalista paranaense ganha ação por plágio de artigo nos EUA

Igreja Avivamento Mundial - Assem- sem sua autorização no jornal Mensageiro por jornalistas que não pautam pela ética no A bléia de Deus Ministério Boston foi conde- Cristão, voltado a fiéis brasileiros da igreja exercício da profissão”. Os editores do jornal nada pela Justiça paulista em primeira instân- em Boston; pior: como sendo de autoria do ainda acrescentaram um parágrafo ao texto cia a pagar R$ 42,8 mil à jornalista paranaense editor do veículo. dizendo-se satisfeitos por saber que os jorna- Alessandra Silvério como reparação por danos Ironicamente, o artigo versava sobre ética listas brasileiros que servem à comunidade morais e materiais por conta do plágio de um jornalística e, num dos trechos, dizia que brasileira no exterior não praticam o plágio. artigo publicado em um jornal nos EUA. Após “o jornalista deverá considerar como graves Alessandra tentou um acordo extrajudicial ter sido divulgado na internet, um texto de delitos plágio, deturpação maliciosa, calúnia, nos Estados Unidos, mas houve recusa da Alessandra, elaborado originalmente como um injúria, difamação e suborno em troca de pu- igreja, que, agora condenada, terá que publi- trabalho acadêmico do curso de Jornalismo na blicação ou omissão de notícias (...). Mesmo car em três jornais de Curitiba a errata sobre UTP, acabou publicado em dezembro de 2003 assim, tais delitos continuam sendo feitos a autoria do texto. E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 13

)))) Mudanças em O Estado do Paraná... )))) E na Gazeta do Povo Com a demissão de Ari Silveira (v. pág. 6), Olavo Pesch está como editor de capa Rumando para Portugal em estudos, o jornalista Jorge Olavo pediu licença de O Estado do Paraná. Ainda no jornal Diogo Dreher passou da reportagem de dois anos à Gazeta do Povo, onde atuava na reportagem. Em seu lugar, para a edição de Cidades. entrou Ana Carolina Bendlin.

Coluna da Ajap Coluna da Ciranda Jornalistas elegem Comunicação para nova diretoria da Ajap o desenvolvimento

Jornalista Samuel Milléo dirigirá a Cobertura jornalística sobre as entidade até 2009; meta é manter comunidades deve destacar a os projetos em andamento e criar participação dos diferentes atores site para agilizar a comunicação na melhoria da realidade social

urante Assembléia Geral Balanço teoria como é o caso de DOrdinária, realizada no dia 5 Segundo o presidente da enti- Ado agenda- vários municí- de junho, no auditório do Sistema dade no biênio 2005/2007, Marcos mento (agenda pios da Região Ocepar, em Curitiba, profissionais Tosi, o ano de 2006 foi decisivo setting), desen- Metropolitana filiados à Associação de Jornalistas do para a Ajap consolidar-se como volvida nos Es- de Curitiba. Agronegócio do Paraná (Ajap) elege- proposta viável, de uma agre- tados Unidos, Em Colombo ram a nova diretoria da entidade para miação de jornalistas que une aponta que os e Almirante Ta- um mandato de dois anos (2007/2009). esforços na busca da excelência meios de comu- mandaré, o tra- Antigo anseio destes profissionais, a da comunicação dentro do setor nicação contri- balho articula- associação foi fundada em 11 de maio agropecuário, com especial aten- buem fortemen- do entre gover- de 2005, com o objetivo de promover ção às oportunidades de qualifi- te na construção no, empresas e a discussão, a divulgação de assuntos cação para jornalistas nesta área. da agenda públi- sociedade civil de interesse do agronegócio e, ao mes- Segundo o presidente eleito da ca e política das tem possibili- mo tempo, aprimorar o conhecimento Ajap, Samuel Milléo Filho, um dos sociedades, quer quando destacam, tado o desenvolvimento de ações dos profissionais que atuam no setor projetos para este ano é colocar quer quando se calam, sobre deter- em rede contra o trabalho infantil. e de estudantes de jornalismo que no ar uma página da entidade na minados temas. A mídia é o ator O Programa Catavento, coorde- desejam trabalhar na área. internet. “Uma forma mais ágil de central nos processos de consoli- nado pela Ciranda – Central de A diretoria eleita é a seguinte: pre- levarmos as informações sobre a dação das democracias contempo- Notícias dos Direitos da Infância sidente, Samuel Zanello Milléo Filho entidade e de eventos para nossos râneas e aceleração do esforço pelo e Adolescência, em parceria com (Sistema Ocepar); vice-presidente, colegas jornalistas e estudantes de desenvolvimento humano e social. o Fórum Estadual de Erradicação Paulo Roberto Domingues (Faep); comunicação”, ressaltou. A promoção da idéia de que a do Trabalho Infantil, é mais um primeira secretaria, Roberto Júnior Milléo afirmou que dará con- comunicação é ferramenta essen- estímulo para que a sociedade se Monteiro (Emater-PR); segunda tinuidade aos projetos em anda- cial para levar à opinião pública as mobilize e implemente políticas secretaria, Kátia Pichelli (Embrapa mento, como a parceria a ser fir- questões relativas aos direitos de públicas em defesa dos meninos Floresta); primeiro tesoureiro, Marcos mada neste ano com a Embrapa, crianças e adolescentes é um dos e meninas da região. Garcia Tosi (Faep/CBN) e segundo através da realização de seminá- pressupostos do trabalho da Rede Há muito mais a ser feito, no tesoureiro, André Martin de Oliveira rios ao longo de dois anos por todo ANDI Brasil, que atualmente con- entanto, no sentido de destacar o Franco (Senar-PR). Conselho Fiscal: o Estado, fortalecer o processo de ta com 11 agências espalhadas em potencial dessas localidades e as Titulares: Ana Cecília Pontes de Sou- filiação de um maior número de todas as regiões do país. possíveis soluções aos problemas za (Sanepar), Maria Duarte (Folha de profissionais que atuam no setor Em 2007, as atenções da Rede enfrentados. Ao fazê-lo, os meios Londrina) e Vânia Casado (Seab); Su- ou mesmo aqueles que tenham se voltam para chamar a atenção de comunicação incentivarão os plentes - João Alceu Ribeiro (O Estado afinidade com o tema rural. “Sa- do país sobre a realidade do Semi- atores sociais a conhecer a reali- do Paraná), Gabriela Mainardes (DCI) bemos que ninguém faz nada árido, que inclui não apenas seu dade e trabalhar para melhorar e Guilherme Vieira (Avipar). Conselho sozinho, por isso contamos com cenário de privação, mas também a qualidade de vida de crianças e Consultivo: Região de Curitiba, Mar- um grupo bastante afinado na di- e, sobretudo, as soluções que po- adolescentes. cos André Morgenstern (Banco do retoria eleita, com outros colegas dem ser encontradas para uma A cobertura jornalística sobre Brasil); Região de Ponta Grossa, Elia- que se filiaram ou pretendem se convivência pacífica e produtiva as comunidades contribui para ne Bernardo da Silva França (TV Es- filiar e apóiam esta iniciativa e dos cidadãos. oferecer a visão de que, apesar das planada/RPC); Região de Guarapuava, também entidades como o Sindi- Para Estados que não estão no dificuldades, a riqueza cultural e a Erikson Rezende (TV Guairacá/RPC); jor, Sindicato dos Jornalistas de Semi-árido, mas enfrentam igual- força de vontade da população tor- Região de Londrina, Lebna Delagraf Londrina, Faep, Ocepar, Avipar, mente situações de violação aos nam viável o desenvolvimento. Ao (Embrapa Soja); Região de Maringá, Sindiavipar, Sindicarne e demais direitos infanto-juvenis, as agências mesmo tempo, o monitoramento de Rogério Recco (Cocamar/Flamma) associações de classe e empresas criaram o selo Desafios do Brasil, políticas públicas alarga o controle e Região de Cascavel, Lurdes Tirelli que atuam no setor rural do Para- com destaque a regiões pouco fa- social e incentiva a transparência (Coopavel/Univel). ná”, frisou Milléo Filho. vorecidas por políticas públicas, das ações governamentais. 14 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 Biblioteca da co­mu­ni­ca­ção tabela de preços - Dezembro de 2007

SALÁRIOS DE INGRESSO Um Diário Russo cidos e respeitados do Século” reúne “reis” da crônica como Repórter, redator, revisor, ilustrador, diagramador, Anna Politko- jornalistas brasi- Rubem Braga e Luis Fernando Veríssimo repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.832,79 vskaya, 360 leiros, nos últimos e novatos que cultivam o gênero na in- Editor 2.382,63 pp., Editora 35 anos como cor- ternet, como o pernambucano Xico Sá, Pauteiro 2.382,63 Rocco, R$ respondente em passando pelos “príncipes” João do Rio, Editor chefe 2.749,19 43,00 Paris do jornal Nelson Rodrigues, Paulo Mendes Campos, Chefe de setor 2.749,19 A jornalista Anna O Estado de São Antônio Maria e Fernando Sabino. “Ela é Chefe de reportagem 2.749,19 Politkovskaya, as- Paulo e da rádio um gênero brasileiro por excelência, cuja sassinada a tiros Jovem Pan, traça durabilidade não corre nenhum risco. A in- Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valores da em outubro do um panorama da ternet, que poderia significar esta ameaça, ano passado, nun- política nas últimas décadas. As recorda- está longe disso. Ao dar espaço para relatos tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria é definido ca mediu palavras para criticar o governo ções do repórter que começou aos 16 anos do cotidiano, da banalidade, já se tornou em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo. de Vladimir Putin, o ex-diretor de assuntos cobrindo esporte como radialista vão aos o paraíso da crônica contemporânea” externos da KGB eleito à presidência da poucos se alternando com o depoimento Na organização da antologia, em vez de FREE LANCE Federação Russa em 2000 e, novamente, do biografado com os amigos, familiares temas mais recorrentes ao gênero como “O Assessoria de imprensa em 2004. O tom de denúncia usado du- e colegas de profissão, por vezes cotejando humor”, “A mulher”, “As cidades”, “Os Serviço mensal local 1.832,79 rante anos no jornal em que trabalhava o mesmo acontecimento com diferentes costumes”, “As relações amorosas”, Joa- Redação em Moscou não é diferente das anotações pontos de vista. Os bastidores de impor- quim preferiu dividir a história das grandes Lauda de 20 linhas (1.440 caracteres) 98,35 que geraram “Um diário Russo”, livro que tantes momentos históricos internacionais crônicas em blocos cronológicos. Para esta Mais de duas fontes: 50% a mais reúne histórias, relatos e depoimentos que e brasileiros das últimas décadas, como o travessia por 150 anos de produção lite- Edição por página mostram a verdadeira cara do governo de golpe militar de 1964, a vida dos exilados rária, Joaquim ressalta que adotou como Tablóide 127,36 Putin. O diário está dividido em três partes. na França e o hoje esquecido Relatório principal critério na escolha dos textos a Standard 152,61 Na primeira, Anna acompanha os últimos Saraiva - denúncia de corrupção no alto avaliação de qualidade e a capacidade de Diagramação por página momentos do primeiro mandato de Putin e escalão da embaixada brasileira em Paris, terem sobrevivido aos tempos, sem rodapés Tablóide 63,70 coloca o leitor a par de todas as falcatruas quando chefiada por Delfim Neto, são exaustivos, e estarem ainda em permanente Standart 86,85 que geraram a reeleição. Desde a falta de algumas das histórias reunidas na obra. estado de letrinhas que flutuam como se Revista 47,34 candidatos dispostos ao confronto com Putin São únicos os perfis de políticos como nuvens fossem. Tablita / Ofício / A4 32,35 até o fim da candidatura de muitos que Pompidou, Giscard D’Estaing, Mitterrand, pretendiam concorrer ao governo e tentar Chirac, Jânio Quadros, João Goulart, Pobre Nação Revisão dar um novo rumo à Rússia. A vitória de Brizola e Lula – e de jornalistas, entre Robert Fisk, 966 pp., Editora Lauda (1.440 caracteres) 25,63 Putin foi esmagadora: 71,22% dos votos. eles o misterioso Alexandre von Baum- Record, R$ 88,00 Tablóide 53,53 Em um segundo momento, Anna mostra garten, informante do SNI assassinado “Pobre Nação” é Tablita 40,37 a tragédia ocorrida no estado russo da In- em 1982 como “queima de arquivo” da uma abordagem Standard 111,93 guchétia, vizinho da Tchetchênia. Na porta comunidade de informação. Também se épica do conflito Ilustração do quarto da jornalista, formam-se filas de destacam no livro casos pitorescos, como no Líbano escrita Cor 151,95 pessoas que querem contar que os filhos o dilema de Paulo Maluf com uma espada por Robert Fisk, P&B 101,18 estão desaparecidos e que as pessoas estão de ouro doada pelo rei da Arábia Saudita; um dos mais pro- Reportagem fotográfica – ARFOC (tabela nova) sendo mortas como animais. As mortes são ou dramáticos, como a frustrada campa- eminentes jorna- Reportagem Editorial relatadas uma após a outra. A lista de civis, nha ecológica pela proibição do asbesto listas britânicos. Saída cor ou P&B até 3 horas 266,00 soldados e jornalistas aumenta de capítulo (amianto), substância cancerígena ainda O livro combina Saída cor ou P&B até 5 horas 401,00 em capítulo. Anna relembra da atrocidade utilizada no Brasil na fabricação de telhas reportagem de Saída cor ou P&B até 8 horas 678,00 terrorista ocorrida na Primeira Escola da e caixas d’água destinadas à população de guerra e análise Adicional por foto solicitada 98,00 Cidade de Beslan, durante a qual ela tentou baixa renda. política de uma maneira sem precedentes. Foto de arquivo para uso editorial 268,00 intervir, mas foi envenenada e precisou ser Fisk, que tem mais prêmios jornalísticos do Reportagem Comercial/Institucional internada. Além disso, cita a tragédia passa- As Cem Melhores Crônicas que qualquer outro correspondente inter- Saída cor ou P&B até 3 horas 370,00 da no Teatro Dubrovka. Ambas relacionadas Brasileiras do Século nacional, foi testemunha da carnificina de Saída cor ou P&B até 5 horas 587,00 à guerra pela independência da Tchetchênia, Joaquim Ferreira dos Santos (org), Beirute por mais de duas décadas. “Pobre Saída cor ou P&B até 8 horas 978,00 local que Anna conheceu a fundo e levou 360 pp., Editora Objetiva, R$ 48,90 Nação” se concentra na invasão israelense para os jornais do mundo inteiro. A políti- Ela não discursa, do começo da década de 1980 e suas ter- Adicional por foto 130,00 ca, as guerras, as injustiças praticadas no não tem empáfia ríveis conseqüências, incluindo o massacre Reportagem Cinematográfica governo de Putin seguem sendo relatadas nem o compro- de milhares de palestinos. Proibida no Lí- Equipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratante até o último capítulo. O livro começou a misso de informar bano, a primeira edição do livro foi lançada Saída até 5 horas 289,00 ser editado antes da morte da jornalista e o que está acon- quando o amigo de Fisk, o jornalista Terry Saída até 8 horas 354,00 há algumas observações feitas pela própria tecendo. Está no Anderson, ainda era mantido preso pelo Adicional por hora 100% Anna, que também oferece um glossário, jornal, mas não Jihad - ele só foi libertado em 1991, com Foto de arquivo para uso em: para o melhor entendimento de termos ocupa espaço de outros reféns ocidentais -, o que acrescentou Anúncio de jornais (interna) 580,00 e a identificação de personagens não tão notícia. Abusa da ao livro de Fisk relatos pessoais a respeito Anúncio de Revista (interna) 624,00 conhecidos no cenário mundial. liberdade e quer do conflito no Oriente Médio. No livro, Capa de Disco, calendário, revista, jornal 978,00 distância da solenidade. Está no detalhe, Robert Fisk descreve a ferocidade da guer- Outdoor 1230,00 Às Margens do Sena - Um no mínimo, no escondido, nas banalidades, ra civil libanesa, as subseqüentes invasões Cartazes, Folhetos e Camisetas 401,00 Depoimento a Gianni Carta na descontração do cotidiano. Como define israelenses, a maneira pela qual as milícias Audiovisual até 50 unidades 1661,00 Reali Jr./Gianni Carta, 320 páginas, ainda o organizador Joaquim Ferreira dos libanesas não poupavam ninguém; oficiais Audiovisual acima de 50 unidades a combinar Editora Ediouro Santos, o gênero é uma fina iguaria com di- da Marinha norte-americana, encurralados Diária em reportagem que inclui viagem a combinar O livro conta as experiências da carreira reito à eternidade no paladar do leitor. Este no horror do Líbano, se depararam com um Reportagem aérea internacional a combinar do correspondente internacional Reali Jr. volume, que forma agora uma trilogia com fim terrível; e os israelenses, que, com a Hora técnica 78,00 em depoimento a Gianni Carta. Em suas os anteriores “Os Cem Melhores Poemas” invasão de 1982, provocaram eles mesmos Observações importantes: Lembramos que os valores acima referem-se ape­nas ao trabalho do profissional, memórias, Reali Jr., um dos mais conhe- e “Os Cem Melhores Contos Brasileiros crimes de guerra hediondos. incluído o uso do equipamento básico necessário para se executar uma cobertura fotográfica. Despe- sas com filmes, re­ve­la­ções, provas - contato, cópias, du­pli­ca­tas, molduras, trans­mis­sões, trans­por­te, ali­men­ta­ção, hos­pe­da­gem, seguro de vida, cre­den­ci­a­men­to, dentre outras, correm por conta do con­tra­tan­te. Tra­ba­lhos realizados entre 22 e 6 horas, aos domingos e feriados e as saídas mistas (p & b e cor) serão acrescidas em 50%. Conforme a Lei 9610/98 o fo­to­jor­na­lis­ta re­a­li­za um trabalho de criação intelectual, que não pode ser confundido com mera prestação de ser­vi­ços, portanto a LICENÇA DE REPRODUÇÃO DE OBRA FO­TO­GRÁ­FI­CA é um documento legal de cobrança e deve substituir a nota fiscal de serviços. O crédito na foto é um direito do autor, obrigação de quem quer que divulgue, previsto pela Lei 9.610, de 19/02/1998. Trabalhos pu­bli­ca­dos sem cré­di­to, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme a Lei 9.610 de 19/02/98. Na republicação, será cobrado 100% do valor da tabela. A foto editorial não pode ter utilização co­mer­ci­al. Certifique- se que a pes­soa que vai lhe prestar o serviço de foto­ ­jor­na­lis­mo, é um profissional habilitado. EXIJA A IDENTIFICAÇÃO DE RE­PÓR­TER FOTOGRÁFICO. Su­ges­tões deverão ser encaminhadas ao Sin­di­ca­to atra­vés do fax 41 224-9296 ou Correio Ele­trô­ni­co: [email protected] E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7 - 15

)))) Luciana Bren no Sindicato Rural de Guarapuava )))) Jornalismo esportivo perde Andrés Baró A jornalista Luciana de Queiroga Bren deixou jornal Tribuna Regional do Centro-Oeste, O jornalista Andrés Baró morreu no dia 21 de abril, em Florianópolis, num acidente de Guarapuava, onde era editora, para assumir a Assessoria de Comunicação Social de mergulho. Baró foi um dos precursores na cobertura de esportes radicais no Paraná do Sindicato Rural de Guarapuava. e editava o caderno Folha Aventura, na Folha de Londrina. história Assembléia e negociação coletiva: nasce uma oposição Emerson Castro * evitaram o conflito, pois sal de partidos (...)” . (Ata gestão (1985), tanto no cenário polí- a concepção de grupo de Assembléia Geral tico nacional, quanto no sindical, o estopim das disputas em de transição fez com em 23 de setembro dirigente aponta para uma instân- O torno da negociação coletiva que as estratégias de 1983, fl. 186) cia externa de poder. Mesmo sem com os proprietários dos jornais aceitas jamais Na fala do pre- citar, não é difícil perceber em sua aconteceu em uma assembléia dos contemplassem sidente, pela pri- fala, dois tipos de receio: primeiro jornalistas em julho de 1983. Como a do confronto meira vez desde o de ver o Sindicato, que até poucos estava na Comissão, a jornalista aberto. 1964, aparece anos estava fortemente subjugado Elza de Oliveira conta que um dos Estava claro abertamente no ao poder do Ministério do Trabalho, episódios surgiu de uma crítica ao que a convivên- Sindicato uma especialmente no tocante à expe- comportamento de Paulo Pimentel cia cooperativa, discussão que dição de registros profissionais – o [proprietário de jornais e televisão], muito antes da envolve política maior problema enfrentado na pri- “uma crítica que a comissão fez en- própria assembléia partidária dentro meira gestão daquele grupo – estar volvendo uma empresa, e o Peron em questão, já havia do movimento sindi- novamente submetido a interesses [presidente do Sindicato] mandou caído por terra. Na for- cal dos jornalistas. A externos à categoria, agora por um uma carta desautorizando a comis- mação das comissões de partir daí a oposição, Partido; segundo, avaliar que uma são. O nível de envolvimento da mobilização e de resistência já com ou sem razão, carregará ação de confronto pela mobilização diretoria era muito pequeno... Era o despontava uma dose de inconfor- até a disputa de 1988, a pecha de que da categoria, como defendida pelo Peron e o Arnaldo... e com a comis- mismo em relação às estratégias de estaria vinculada a um partido. “pessoal PT”, seria prejudicial ao são de mobilização de campanha negociação adotadas durante toda O que se pode depreender com processo que seu grupo havia ini- salarial, muito pouco eles realmen- a década de 1970 e que continua- certeza é que esta nova oposição ciado em 1979, mantido até então, te interagiam. E daí a gente fazia vam sendo praticadas, apesar dos não estava isolada, mas interagindo visando conquistas a longo prazo. as coisas e depois desautorizavam resultados obtidos, que ampliavam com outros movimentos, inclusive Destaca-se aqui a repulsa aparen- na continuidade”. o volume de cláusulas do acordo, com partidos políticos. No caso, o te por idéias, movimentos e concei- A fala da entrevistada tem res- saindo de oito no início dos anos partido não citado seria o dos Tra- tos considerados estranhos aos jor- paldo em atas de assembléias em 1970 para 39 em 1983. balhadores, conforme a versão do nalistas, suas práticas profissionais setembro e outubro de 1983, quando Mais à frente, na mesma Assem- entrevistado Arnaldo Cruz. e seu movimento sindical. Busca-se é evidente o grau de confronto aberto bléia, solicitado a esclarecer sobre os “O PT ganhou força, porque na preservar a fronteira profissional, entre os membros da Comissão de resultados obtidos pela Comissão de primeira eleição não se falava em a partir da atividade no sindicato. Mobilização e a Diretoria. Mobilização, o presidente Desidério PT, não havia esse círculo assim... Nesta fronteira aparece como rele- Em pleno calor das discussões Peron argumentou que a Comissão PT e direita. Era direita e esquerda. vante algo que é uma idealização dentro da Assembléia, o diretor é que deveria fazê-lo. A Comissão Não havia nenhuma noção partidá- da especificidade de ser jornalista: Arnaldo Alves da Cruz renuncia ao não aceita a delegação e inicia-se um ria, nem de sindicalismo de resul- a “imparcialidade”. Esta “norma” mandato, alegando “(...) discordar tumulto na Assembléia. O presiden- tado ou de novo sindicalismo, não. exige o afastamento de qualquer da forma como os companheiros te do Sindicato retoma a palavra e No fim da segunda gestão, começou tomada de posição a respeito de um de assembléia entendem conduzir faz acusações que se tornam reve- a aparecer o fenômeno CUT e PT. conflito. É um conceito idealizado nosso sindicato. (...) Não posso acei- ladoras sobre como considerava ser Então aí começou a partidarizar o na profissão, que se transplantou na tar que companheiros ‘controlem’ formada essa oposição, deixando movimento. Então aí aconteceu um atuação sindical do dirigente. terceiros para o encaminhamento transparecer também sua própria fenômeno engraçado: nós, que en- A partir desse momento sindical deste acordo/dissídio coletivo, sem visão da situação. tramos para ser... [oposição], no fim uma disputa seguirá os próximos informar ao menos a diretoria e os Transcrito em ata, o presidente da segunda gestão, nós passamos a anos tendo de um lado a diretoria sin- que conduzem a negociação. Não “lamentou que companheiros pre- representar o sistema, porque nós já dical, defendendo sua concepção de posso aceitar que (...) vejam-se al- tendem estabelecer o confronto na estávamos lá, e duas gestões são seis sindicato que evitava o conflito como guns companheiros assumirem po- categoria, da categoria contra a dire- anos, é um bom tempo... muda.... estratégia de conquistas, mantendo- sições, que afrontam frontalmente toria, quando a hora é de confronto entrou uma carrada de gente nova se, portanto, longe de debates que tanto a minha função, como o bom com o patronato; que poderíamos no mercado... mudaram... aquela ra- não eram exclusivamente relativos a senso daqueles que em mim vota- pôr em dúvida, sim, a sinceridade dicalização ideológica tinha sumido jornalistas; e de outro a oposição, que ram”. (Ata de Assembléia Geral em de alguns companheiros que vêm já... o PT estava subindo e a CUT era tinha na mobilização sua estratégia, 23 de setembro de 1983, fl. 186). às assembléias para fazer política, e o grande instrumento. Então o pes- e no contato com movimentos fora A mobilização passa a ser um pro- partidária às vezes, ou então posar soal que se filiou a CUT, esses novos do campo jornalístico, sua dinâmica blema, pois tinha o conflito como es- de liberais e corajosos, mas não en- todos, olhavam a gente como a gente de ação político-sindical. tratégia, algo que efetivamente não frentam o patrão em defesa de seus olhava o Ayrton Baptista”. estava nos planos da diretoria eleita direitos, nem por telex... (...) que se É importante destacar que ao em 1979 e reeleita em 1982. Os dire- assim, for, então é melhor fechá-lo [o indicar o PT e a CUT como as no- * Emerson Castro é jornalista e tores eleitos em 1979 desde o início sindicato] e transformá-lo em sucur- vidades no final de sua segunda professor. 16 - E X T R A P A U T A - n o v e m b r o / d e z e m b r o - 2 0 0 7

)))) Voilà é novidade do Jornalismo em Londrina )))) Obra de jornalista traz história de Rolândia A jornalista e artista plástica Gabriela Canale é responsável pela edição da Revista Voilà, O jornalista Lucius de Mello lança o livro “A Travessia da Terra Vermelha – Uma Saga nova publicação de cultura bimestral editada em Londrina, que conta com uma versão dos Refugiados Judeus no Brasil”, sobre as famílias alemãs, judias e cristãs, digital (www.revistavoila.com.br). que fundaram a cidade de Rolândia. fotografia

Fotos: Johnatan Campos repórter fotográficoJ onathan OCampos está com uma missão di- fícil e ao mesmo tempo encantadora: selecionar as melhores fotos dos últi- mos trinta anos feitas por jornalistas de imagem com atuação no Paraná. São 40 fotógrafos e mais de 300 imagens ana- lisadas que vão compor um livro de re- trospectiva histórica do fotojornalismo no Estado. Concebido há cerca de dois meses, o projeto ainda não tem nome, mas deve ser tocado em parceria com Francisco Camargo, editor-chefe da Gazeta do Povo, onde Campos também trabalha. A idéia do livro veio da cons- tatação de como a tecnologia trouxe facilidades ao Jornalismo na última década. “Peguei o úl- Imagens timo período da máquina de es- crever, do telex, da radiofoto e da diagramação no paste-up”, disse Campos, que viu surgir a explosão da internet e da fotografia digital. “Aprendi muito com meus cole- revisitadas gas mais antigos e me encantava Jonathan Campos compila três com o empenho deles quando não havia todas estas facilidades”. décadas de fotojornalismo no Paraná Campos, que começou tra- balhando em jornal em 1995 e ingressou de vez na profissão em 1999, diz que continua aprendendo – e muito – a cada dia com os colegas de profissão. Ex-office-boy de O Estado do Paraná, Campos teve “professores” de peso, como o Prêmio Esso Edson Jansen, e hoje, aos 28 anos, diz contar com ajudas valiosas de diversos pro- fissionais, especialmente os colegas de redação na Gazeta Antônio Costa (Socó) e João Bruschz. Com oito anos dedicados à fotografia, Campos já realizou exposições coletivas e indi- viduais e obteve prêmios como o se- gundo lugar no Prêmio Sangue Bom, promovido pelo Sindijor.

Nesta página, fotos do acervo do próprio Jonathan