O Jornalista
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EXTRA PAUTA Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná Nº 83 - Novembro/Dezembro - 2007 - ISSN 1517-0217 Impresso Especial [email protected] 3600137940-DR/PR http://www.sindijorpr.org.br SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS CONVENÇÃO COLETIVA FENAJ Diretoria eleita assume o comando da CONQUISTA, federação ))Página 8 ÉTICA APESAR DE TUDO Código de conduta Diante do descaso patronal, aumento profissional é salarial não foi além da inflação reformulado em congresso NEGOCIAÇÃO d a campanha salarial ))Página 9 A 2007-2008 fechou com o zeramento da inflação PERDAS para a categoria. Embora tenha sido a solução mais Jornalismo do PR conveniente encontrada sem Manoel Carlos pela categoria para o mo- mento, nem de longe chega Karam e José a atender às necessidades dos jornalistas paranaenses, Eugênio de Souza que há dez anos estão que- ))Página 10 rendo ir além da reposição e conquistar aumento real. Com o mote “Chega de per- VIOLÊNCIA das!”, fomos para a campa- Trabalhando, nha, sem, no entanto, uma contrapartida de seriedade jornalista é agredido dos patrões – que, ao contrá- por advogado rio, vieram com propostas acintosas, como a criação em Curitiba de pisos até 40% menores para profissionais de rádio ))Página 12 do interior. Como saldo da campanha, ficamos com TERROR o canal de diálogo aberto com os patrões, para che- Nas redações: gar à próxima negociação demissões, assédio discutindo não apenas as cláusulas econômicas em moral e usurpação outros patamares. de direitos ))Página 3 ))Páginas 5 e 6 2 - E X T R A P A U T A - N O V E M B R O / D E Z E M B R O - 2 0 0 7 EDITORIAL ASSÉDIO moral tão condenado em todos os para uma jornalista em sua rádio porque ela é sua Osegmentos é mais uma das estratégias de ne- Patrão não filha e se fosse outro não teria condições. gociação dos patrões. A imposição anual de apenas São manifestações assim que embrulham o nosso o índice inflacionário e a assinatura da convenção estômago e tiram todas as esperanças de diálogo. anterior, já vem se alongando há vários anos sem É mais do que notório que as coisas estão erradas. qualquer benefício à categoria. O comum nas mesas dialoga, impõe É evidente que a empresa pensa apenas nos seus de negociação na DRT é a proposta de perdas de be- benefícios e lucros. Não há comprometimento com a nefícios já conquistados, como a indecorosa jornada categoria quando profissionais com dez, vinte, trinta de até sete horas diárias, salário diferenciado entre preocupação com qualidade, jornais, rádios, TVs e anos de casa são empurrados porta afora sem cons- Capital e Interior, fim do anuênio e outras prerrogati- os outros segmentos da mídia não deixam ninguém trangimento. O descumprimento de normas coleti- vas que o Sindijor PR defende a todo custo. Isso é um mais criar raízes ou seguir carreira. vas é evidente quando não se honra sequer o acordo verdadeiro assédio moral, que desgasta o poder aqui- Estimular a ciranda e dar instabilidade empre- coletivo renovado todos os anos diante da DRT. sitivo do jornalista e o empurra pra baixo a gangorra gatícia é a forma que os patrões encontram para Isso tudo está obrigando o Sindicato a ser mais da disputa capitalista, onde os pobres ficam cada vez desmontar qualquer disposição do profissional em duro nas suas investidas. Ao invés de chamar mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. lutar pelo seu lugar ao sol. Com isso é um “agarre- para o diálogo, o recurso será denunciar à Dele- Uma observação constante do Sindicato para se quem puder” para permanecer no emprego. gacia do Trabalho e se isto não for o suficiente, a categoria é a necessidade de união de forças Um exemplo claro está na tática do Grupo convocar o Ministério Público. estimulando a aproximação dos trabalhadores do Paulo Pimentel, ao ser chamado pelo Sindicato Infelizmente os patrões não entendem a lin- Sindijor para que este redobre forças nas lutas. para uma mesa de negociações na Delegacia Re- guagem do diálogo. Eles só conhecem a imposição São batalhas pelo pagamento de horas extras, con- gional do Trabalho a fim de explicar a demissão como arma de negociação. Então que assim seja. tra as péssimas condições de trabalho, absurdas sistemática de funcionários nos últimos meses. E que o Sindicato não se transforme em culpado propostas de banco de horas e uma infinidade de Como resposta, a lacônica argumentação de que pela estratégia que lhe está sendo imposta. O estratégias que os patrões, organizados, empur- “a política de contratação é de sua exclusiva al- que a categoria não pode é continuar perdendo e ram goela abaixo à categoria. çada, exercitada nos moldes legais, e que não há sendo tratada como uma classe de necessitados. O mais forte de todos os argumentos patronais descumprimento de qualquer norma coletiva”. Não podemos esquecer que o jornalista é o cérebro é a garantia de emprego. Entretanto é preciso ob- E a pior de todas foi do presidente do Sindicato de qualquer mídia. A ele cabe a função de pensar. servar que hoje a tática patronal é a renovação de de Rádio e TV, Roberto Lang, que queria um sa- Então precisamos ter atitudes inteligentes não equipes periodicamente. Aproveitando-se da vasta lário mais baixo para o pessoal do Interior. Uma apenas na negociação, mas no exercício da nossa oferta de mão-de-obra no mercado, sem a menor absurda proposta de quem disse que só paga o piso profissão, antes de tudo. EXPEDIENTE ARTIGO EXTRA PAUTA é órgão de divulgação oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná. Endereço: Rua José Loureiro, 211, Curitiba/ Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax: (041) 3224- 9296. E-mail: [email protected] Jornalista Responsável: Aniela Almeida (MTb As perdas continuam 3844/15/42) Márcio Rodrigues Redação: Adir Nasser Junior tam que mais de 80% das categorias CLT ou fazer plantão todos os finais [email protected] profissionais organizadas receberam, de semana, são absurdos que devem Colaboraram nesta edição: Márcio Rodrigues, , INFELIZMENTE, mais um ano ao longo dos últimos três anos (desde ser combatidos por nós jornalistas. Émerson Castro, Mariana Franco Ramos, Aniela Almeida, Cláudio Dalla Benetta. Ése passou, mais uma campanha 2005), aumento real. Ou seja, para os Afinal, muitas vezes somos artífices Fotografias: Jonathan Campos, Allan Costa Pinto, pela renovação da Convenção Cole- barões da imprensa paranaense, jor- de denúncias que tentam combater Lineu Filho, Valterci Santos, Anderson Tozato, João Noronha e Ana Barrios tiva de Trabalho (CCT) foi concluída nalistas são menos profissionais que essas práticas abusivas exercidas Edição Gráfica e ilustrações: Simon Taylor com a assinatura do documento por outros tipos de trabalhadores. por empresários inescrupulosos que (www.ctrlscomunicacao.com.br) parte dos Sindicatos envolvidos (de Pior: a maioria dos colegas de pro- estão mais interessados na geração Impressão: Helvética Composições Gráficas Ltda. (Rua Des. Westphalen, 3047 - Curitiba-PR) trabalhadores e empregadores) e, fissão não têm tido atitude consciente. de lucros sem pensar na função so- Tiragem: 3.800 exemplares mais uma vez, não tivemos nosso No blog construído para a campanha cial de uma empresa. Mas quando o As matérias deste jornal podem ser reproduzidas, desde que valor reconhecido pelos patrões. Em- “Chega de Perdas!” (http://sindijorpr. assunto é gerado na própria empresa citada a fonte. Não são de responsabilidade deste jornal os artigos de opinião e as opiniões emitidas em entrevistas, por não bora o mote de nossa campanha te- blogspot.com), poucos foram os que jornalística, os empresários ou seus representarem, necessariamente, a opinião de sua diretoria. nha sido o “CHEGA DE PERDAS!”, deram as caras e delataram os patrões pré-postos dentro da organização, até agora a única certeza é que não por condições de trabalho questioná- barram a informação. são mais dez anos sem aumento real. veis, falta de pagamento de hora-extra, É por essas razões que esse Sin- DIRETORIA ESTADUAL São onze. Isso mesmo: onze longos falta de estrutura nas redações ou pro- dicato lança um desafio a todos os Diretora-presidente: Aniela Almeida, Diretor-executivo: Osni Gomes, Diretor financeiro: Marco Assef, Diretor anos sem podermos contar com o tão blemas que geram o descumprimento jornalistas paranaenses: vamos lutar de Defesa Corporativa: Márcio Rodrigues, Diretor de Formação: Valdir Cruz, Diretora de Saúde e Previdência: almejado reconhecimento por parte de cláusulas da CCT. por aumento real desde agora. Vamos Cláudia Gabardo, Diretor de Imagem: Pedro Serápio, dos donos da mídia no Paraná. Essa falta de compromisso para nos mobilizar nos nossos locais de Diretora de Ação para a Cidadania: Maigue Gueths, Diretores administrativos: Josiliano Mello, José Rocher, Onze anos que nos dão (às vezes com a própria categoria deveria ser a trabalho, formar comissões internas Mário Messagi Jr., Thea Tavares e Tatiana Duarte nem isso) o repasse da inflação do gasolina que nos move à mobilização. de discussão do assunto, convocar o DELEGACIAS REGIONAIS FOZ DO IGUAÇU: Vice-presidente regional: período com base no Índice Nacional Porém, o que ocorre é o medo que Sindicato ou seu representante para Alexandre Palmar, Diretor de Defesa Corporativa: de Preços ao Consumidor (INPC), campeia a maioria das redações. Os auxiliar nessa discussão. Não pode- Douglas Furiatti, Diretora de Formação: Patrícia Iunovich, Diretora de Cultura: Áurea Cunha medido pelo Instituto Brasileiro de jornalistas andam assustados e com mos ficar mais tempo sem sermos ou- CASCAVEL: Vice-presidente regional: Fábio Conterno PONTA GROSSA: Vice-presidente regional: Claudia Oliveira Geografia e Estatística (IBGE), como medo de perder o emprego. Nada vidos pelo patronato inconseqüente Conselho Fiscal: Daniela Neves, Edson Fonseca e se fosse um favor. mais justo você temer perder um que só olha para seu bolso e esquece Silvio Rauth Filho Essa postura patronal contradiz o posto de trabalho.