Universidade Federal Da Paraíba Centro De Ciências Humanas, Letras E Artes Programa De Pós-Graduação Em Linguística - Proling Mestrado E Doutorado Em Linguística

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Universidade Federal Da Paraíba Centro De Ciências Humanas, Letras E Artes Programa De Pós-Graduação Em Linguística - Proling Mestrado E Doutorado Em Linguística UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA - PROLING MESTRADO E DOUTORADO EM LINGUÍSTICA THIAGO TRINDADE MATIAS CULTURA ESCRITA E INSTRUÇÃO PÚBLICA PRIMÁRIA NO PERNAMBUCO IMPERIAL (1837-1889) João Pessoa – PB 2015 THIAGO TRINDADE MATIAS CULTURA ESCRITA E INSTRUÇÃO PÚBLICA PRIMÁRIA NO PERNAMBUCO IMPERIAL (1837-1889) Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Linguística da UFPB, área de concentração Linguística e Práticas sociais, como requisito para a obtenção do título de Doutor em Linguística. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ester Vieira de Sousa João Pessoa – PB 2015 Dedico estas letras, fruto de minha incansável pesquisa, à responsável por tudo, minha mãe. AGRADECIMENTOS “Até aqui tem nos ajudado o Senhor.”. É com este verso que, primeiramente, agradeço a Deus, a força suprema, por ter me conduzido na escrita desta tese. Não foi fácil, mas é com grande alegria que uso este espaço para agradecer àqueles que, direta ou indiretamente, seguraram em minha mão ou estiveram ao meu lado em espírito, na construção deste trabalho. Agradeço aos meus pais, Israel (In memoriam) e Cristina, pelo dom da vida, pelo dom da existência. A eles meu amor e gratidão. À minha amada irmã, Isabelle, pela amizade e por todos os lanches, de madrugada, assistindo aos desenhos animados no Boomerang. Obrigado, Fafina! À minha companheira, Ana, por toda compreensão e entusiasmo. Agradeço também àqueles que mesmo em outra esfera olharam e olham por mim pelo eterno amor que sentimos uns pelos outros, meus avós, Mãe e Papai, D. Zefinha e Seu Manisco, de quem tanto eu ouvi o verso que abre estes agradecimentos. Faço outro grande agradecimento a todos os meus familiares: avó, tios, tias, primos, primas, afilhadas, afilhado, agregados dos Trindades. Muito obrigado por compreenderem a minha ausência durante alguns finais de semana (mas estou voltando...). Por entenderem a minha presença, nos momentos que me acolheram e me deram abrigo em Jampa, agradeço a Débora e a Camila. Sem fugir à regra (e também nem deveria), sou muito grato à minha orientadora, Profa. Ester, a quem eu tive e tenho o prazer de acompanhar desde 2007. Tive e tenho a honra de ser orientado por esta grande mulher. A ela agradeço pelo grandioso fato de ter me tornado um profissional e uma pessoa muito melhor. Obrigado, Profa. Ester, que venham mais histórias de cultura escrita. Em nome do eterno Prof. Edésio Barbosa, agradeço a todos os professores que me acompanharam em minha trajetória escolar e acadêmica. Mas sem deixar de mencionar, quero fazer um agradecimento aos Professores Antonio Castillo Gómez, Verónica Sierra Blas, Agontin Escolano e Marlos de Barros Pessoa, que, gentilmente, dividiram comigo algumas horas do seu dia para discutirmos algumas histórias interessantes sobre história, escrita e escola. Agradeço também aos meus alunos, em especial, aos alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Alagoas – Campus do Sertão, mas também aos professores, colegas de trabalho. É cheio de graça que agradeço às minhas grandes amigas pela paciência de me ligar e eu não poder dar atenção, em especial a Francisca, Marilza, Viviane, Sara, Patrícia, minhas lindas professoras do sertão alagoano. Aos amigos Cleber, pelos puxões de orelha a cada ligação. A Henrique, meu ex-aluno, com quem, descontraidamente, conversávamos sobre sua dissertação e minha tese. A Katia, por toda transmissão de pensamento positivo. A Bianca, pelas conversas e encontros sobra à prática historiográfica. Obrigado. Quero agradecer ao historiador Hildo Leal e ao professor Emerson Correia, funcionários do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano – APEJE/PE, pela receptividade e por me ajudarem a percorrer o século XIX via manuscritos e impressos. Aos funcionários da Fundação Joaquim Nabuco – FUNDAJ/PE, Setor de microfilmagem, agradeço pelos filmes dos peródicos e diários pernambucanos. Agradeço à Capes pelo financiamento de minha estada em Alcalá de Henares – ES para fins de desenvolvimento do doutorado sanduíche. Não poderia deixar de agradecer a Banzé. Sim. A Banzé, o cão da casa, que durante as madrugadas esteve ali firme e forte aos meus pés olhando para mim e dizendo: você vai conseguir. Como parto do princípio de que somos muitos em um, somos plural, e que cada um que nos acompanha ou que passa por nossas vidas deixa marcas em todos os outros que fazem o nosso eu, digo, de coração aberto e em plural: Muitos obrigados. “[...] a escrita teve por missão conjurar contra a fatalidade da perda.” (CHARTIER, 2007). RESUMO A História da cultura escrita, forma específica de história cultural, tem por objetivo interpretar as práticas sociais de escrever e ler (CASTILLO GÓMEZ, 2003). Esta tese, do ponto de vista de seus objetivos, buscou investigar, a partir dos usos sociais, os suportes empíricos de memória da cultura escrita, produzidos para/pela instrução pública primária em Pernambuco do século XIX, no período de 1837 a 1889, isto é, o que se escrevia, quem escrevia, para quem se escrevia, para quê se escrevia na/para instrução pública primária. A fim de atingir tal propósito, esta investigação insere-se na perspectiva da História da cultura escrita, conforme Castillo Gómez (2003), e na perspectiva da História cultural, que “[...] tem por principal objecto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinada realidade social é construída, pensada, dada a ler.” (CHARTIER, 2002). Este trabalho parte da discussão voltada à relação memória, documento e história, consolidada pela catalogação de todas as fontes recolhidas. De manuscritos a impressos, boa parte da documentação fora coletada no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (APEJE – PE) e parte na Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ – PE), além do diálogo estabelecido com memórias, autobiografias, depoimentos e fontes iconográficas. Esta pesquisa contribui para a História social da cultura escrita no Brasil, além de cooperar com o campo da história da educação ao levantar dados da instituição ‘escola’ e dos processos didático-metodológicos vigentes à época no século XIX, destinados ao ensino da leitura e da escrita. Quanto aos resultados obtidos, considera-se que a relação cultura escrita e a instrução pública primária, no Pernambuco Imperial, se configurou, de um modo geral, pelo disciplinamento e imposição à determinada ordem do dizer e do fazer. A legislação educacional, enquanto um dos objetos materiais do domínio escriturístico (CARDONA, 2013) da instrução pública, determinou métodos de ensino, currículo e programas de exames, utensílios necessários às aulas, orientações quanto ao espaço e ao tempo escolares, além dos modelos de escrita que caberiam escrever aos profissionais do escrito: diretor geral, delegado literário, secretário, inspetor da instrução pública, professores. Quanto às imposições para o ensino, a leitura e a escrita foram o meio pelo qual se buscou impor o regime educacional, que recebera influência direta dos ideários políticos à época, seja na busca de uma educação condicionada aos valores morais e religiosos, seja na tentativa de atender aos ideários de uma formação do homem moderno. A documentação escrita oriunda do controle e do disciplinamento institucional foi uma das estratégias pelas quais a instrução pública primária buscou se estabelecer como uma instituição sólida e eficiente com o propósito de sistematizar o poder do Estado independente e que, em breve, tornar-se-ia republicano. Todas essas ações se definiram como formas e maneiras de enquadrar os corpos em específica ordem do dizer e do fazer educacional, buscando, assim, por meio da dominação, do controle e da disciplina o modelo de educação proposto. Palavras-chave: Memória. Cultura escrita. Instrução. Disciplina. ABSTRACT The culture of writing history, specific form of cultural history, aims to interpret the social practices of reading and writing (CASTILLO GOMEZ, 2003). This thesis, from the point of view of its objectives, investigates, from the social uses, empirical media culture of writing memory, produced for / by primary public instruction in Pernambuco nineteenth century, in the period 1837-1889, this is what was written, who wrote, for whom it was written, for what was written in / for primary public education. In order to achieve this purpose, this research is part of the cultural perspective of history writing as Castillo Gómez (2003), and from the perspective of cultural history, that "[...] is mainly identifies the way in different places and times a particular social reality is constructed, thought given to read. "(CHARTIER, 2002). This work of the discussion focused on the relationship memory, document and history, consolidated by cataloging all collected sources. Of printed manuscripts, much of the documentation was collected in the State Public File Jordan Emerenciano (APEJE - PE) and part in Nabuco Foundation (FUNDAJ - PE), and the dialogue established with memories, autobiographies, testimonials and iconographic sources. This research contributes to the social history of written culture in Brazil, and to cooperate with the field of the history of education to collect data of the institution 'school' and didactic-methodological processes prevailing at the time in the nineteenth century, for the teaching of reading and writing. As for the results obtained, it is considered that the writing relationship between culture and the primary public instruction in Pernambuco Imperial, configured, in general, for the ordering and tax for the particular order of say
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