Avaliação Psicológica De Condutores
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Inês IsabelInês Rodrigues Saraiva Ferreira Inês Isabel Rodrigues Saraiva Ferreira AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CONDUTORES IDOSOS Validade de Testes Neurocognitivos AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA IDOSOS DE CONDUTORES no Desempenho de Condução Automóvel Validade de Testes Neurocognitivos no Desempenho de Condução no Desempenho Neurocognitivos Automóvel de Testes Validade Dissertação de Doutoramento na área científica de Psícologia, especialidade de Avaliação Psicológica, orientada pelo Senhor Professor Doutor Mário Manuel Rodrigues Simões e apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Outubro de 2012 FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE DE COIMBRA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CONDUTORES IDOSOS: VALIDADE DE TESTES NEUROCOGNITIVOS NO DESEMPENHO DE CONDUÇÃO AUTOMÓVEL Inês Isabel Rodrigues Saraiva Ferreira Dissertação de Doutoramento Título: Avaliação Psicológica de Condutores Idosos: Validade de Testes Neurocognitivos no Desempenho de Condução Automóvel Autor: Inês Isabel Rodrigues Saraiva Ferreira Orientação Científica: Professor Doutor Mário Manuel Rodrigues Simões Domínio Científico: Psicologia Especialidade: Avaliação Psicológica Instituição: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Universidade de Coimbra Ano: 2012 II Este trabalho foi apoiado por uma Bolsa de Doutoramento concedida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior [SFRH/BD/27255/2006]. III Parte dos trabalhos de investigação foram realizados ao abrigo de um Protocolo de Cooperação entre a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P., e com a colaboração do Automóvel Club de Portugal. IV Dedico este trabalho ao José Maria, e aos meus filhos, o José Maria e o Miguel. V VI AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a diversas pessoas e instituições que contribuíram para a concretização da presente dissertação. Ao Professor Doutor Mário Simões, um sincero agradecimento pela orientação científica da presente dissertação. Por todos os incentivos, comentários e sugestões pedagógicas que contribuíram de um modo decisivo para a minha formação como profissional e para a evolução dos trabalhos de investigação. Ao Professor Doutor Mário Godinho, que inicialmente orientou a presente dissertação, por toda a motivação e estímulo que sempre soube transmitir. Que este trabalho possa ser, de algum modo, uma homenagem à sua memória. À Professora Doutora Nadina Lincoln (School of Psychology, University of Nottingham), pelo acolhimento e supervisão durante um estágio no domínio da avaliação neuropsicológica de condutores, e pela colaboração na adaptação da versão experimental Portuguesa do Stroke Drivers Screening Assessment . Agradeço igualmente aos Professores David Clarke e David Crundall (Accident Research Unit, University of Nottingham) pelos esclarecimentos sobre as suas investigações no âmbito do padrão de acidentes de viação em adultos Jovens e idosos. À Professora Doutora Patricia McKenna, pelos ensinamentos sobre os fundamentos teóricos do Rookwood Driving Battery , e também pela partilha da sua experiência prática em avaliação neuropsicológica de condutores. Agradeço também à Dra. Janice Rees (Gwent Healthcare National Health Service Trust), pela sensibilização para a importância do aconselhamento de pessoas idosas com medidas restritivas de condução. Aos Centros de Avaliação de Condutores no Reino Unido, o Driving Assessment Service (Rookwood Hospital, Cardiff), e o Derby Regional Mobility Centre (Kingsway Hospital, Derby), por terem permitido a observação da interface entre testes neuropsicológicos e condução automóvel em contexto real de trânsito. Ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT, I.P.), por ter possibilitado o acesso à amostra dos estudos, e pela colaboração nos trâmites legais necessários para a realização (excecional) de uma tarefa prática de condução num processo de avaliação psicológica de condutores. De modo VII particular, agradeço a todos os colegas do Laboratório de Psicologia (LAPSI) do IMTT, I.P., com um reconhecimento especial para a Dra. Fausta Figueiredo, por todo o interesse e empenho necessários para a concretização dos estudos empíricos programados no âmbito da presente tese, e para o Dr. Alberto Maurício, diretor do Laboratório de Psicologia, por acolher este proJeto de investigação, e pela partilha da sua experiência prática em avaliação psicológica de condutores. Ao Automóvel Club de Portugal (ACP), por proporcionar todas as condições técnicas necessárias para a realização das provas de condução em contexto real de trânsito. Um agradecimento particular ao Engenheiro Sérgio Marques, diretor do Centro de Exames do ACP, pelo profissionalismo demonstrado enquanto examinador de condução, que constituiu um alicerce determinante no desenvolvimento metodológico (e interdisciplinar) dos estudos. À Fundação para a Ciência e a Tecnologia, pelo financiamento facultado para a concretização do proJeto de investigação e período de formação no estrangeiro, através da concessão de uma bolsa de doutoramento. À Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, pelo acolhimento necessário à persecução dos trabalhos. Pelo mesmo motivo, ao Centro de Psicopedagogia da Universidade de Coimbra e, posteriormente, ao Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo- Comportamental. Aos co-autores dos estudos publicados, nomeadamente o José Marmeleira, colega de doutoramento da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, e o Professor Doutor João Marôco, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada – Instituto Universitário, pela disponibilidade e colaboração preciosa. À colega Sandra Freitas, pelo apoio no final deste percurso. Agradeço igualmente aos colegas Salomé Caldeira, Pedro Almiro e Lara Alves, pelos momentos e pelas palavras que partilhámos. E a todos os condutores que participaram voluntariamente nos estudos. Por fim, um agradecimento aos meus familiares. Aos meus pais, Odete e Manuel, irmãos, Carla e Sérgio, e sogros, Maria e Manuel, pelo apoio exemplar e pela compreensão que sempre manifestaram. A uma pessoa muito especial, o José Maria, pela paciência e dedicação incansável, como marido e pai. E de algum modo, ao José Maria e o Miguel, que também acompanharam de perto este trabalho. VIII RESUMO A avaliação psicológica de condutores idosos constitui um tema atual e de relevância crescente em Saúde Pública. O envelhecimento da população mundial e o aumento previsível do número de condutores idosos com alterações neuropsicológicas associadas à idade ou a condições médicas específicas (como doenças cerebrovasculares e neurodegenerativas) determinam a necessidade de instrumentos e protocolos de avaliação psicológica válidos, que permitam a identificação de condutores com diminuição da capacidade de condução e maior risco de acidente de viação. No âmbito da investigação científica atual, não existe um consenso sobre testes de cariz neuropsicológico indicados para a população de condutores idosos. Em Portugal, não são igualmente conhecidas publicações com dados de investigação teórica ou empírica sobre a validade de protocolos de avaliação e testes psicológicos para condutores. A presente dissertação apresenta investigações orientadas para o exame da validade de protocolos de avaliação e testes neurocognitivos em relação a medidas de desempenho de condução em adultos idosos. Para compreender esta finalidade, foram organizados diversos Estudos quer de âmbito teórico ( Estudos I, II e III ), quer de natureza empírica (Estudos IV, V, VI e VII ). O Estudo I documenta a utilidade de testes neurocognitivos no exame clínico de condutores com doença neurológica e psiquiátrica, e fundamenta a necessidade de articulação de resultados da avaliação médica e da avaliação psicológica para a condução. O Estudo II identifica um conJunto de testes neuropsicológicos com valor preditivo em relação a medidas de desempenho de condução automóvel em adultos idosos, e sinaliza a necessidade de investigações portuguesas neste domínio específico de Avaliação Psicológica . O Estudo III elabora uma recensão crítica sobre a legislação portuguesa mais recente no âmbito da avaliação psicológica de condutores, e procura desenvolver linhas de orientação prática para processos de exame em adultos idosos. No âmbito dos estudos empíricos, o Estudo IV analisa preditores cognitivos de um maior risco de dificuldades de condução auto-reportadas numa amostra de adultos idosos. Os resultados indicam o poder preditivo de testes cognitivos específicos que examinam a atenção visual dividida e o funcionamento executivo, e da variável género, e impulsionam uma análise crítica do valor do auto-relato no âmbito da avaliação de condutores. O Estudo V identifica testes e domínios cognitivos com maior significância na discriminação de dois grupos de resultados numa grelha de observação de comportamentos de condução em contexto real de trânsito. Os condutores idosos com pior desempenho na condução obtiveram resultados significativamente inferiores em testes que examinam, de modo IX particular, as capacidades visuo-espaciais, a atenção visual dividida, as funções executivas e os tempos de reação complexa, corroborando domínios neurofuncionais que determinam a proficiência de condução automóvel. O Estudo VI investiga a validade preditiva da versão portuguesa do ACE-R e, secundariamente, indicadores de fiabilidade